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ELABORAÇÃO DO ATLAS GEOGRÁFICO ESCOLAR DE

MATO GROSSO
Leodete Benedita de Souza Miranda e Silva 1
e-mail: leodetemiranda@ig.com.br

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo apresentar nossa experiência na


elaboração do Atlas Escolar do estado de Mato Grosso. O projeto foi
elaborado no Laboratório de Cartografia da Universidade Federal de
Mato Grosso e a editoração gráfica desenvolvida na editora
entrelinhas. Os mapas foram elaborados nos softwares page maker. A
idéia surgiu no intuito de suprir a deficiência de material didático de
cunho geográfico, tendendo à demanda do ensino fundamental no
estado. Para tanto, são apresentadas algumas experiências realizadas
no Brasil, os procedimentos técnicos e os materiais utilizados para a
elaboração do Atlas. As fontes consultadas foram trabalhos
produzidos sobre o estado, teses, dissertações, monografias e artigos,
documentos cartográficos, bibliográficos e dados estatísticos
existentes em órgão governamentais. O Atlas foi elaborado levando-se
em consideração a Lei de Diretrizes e Bases–LDB (Lei nº 394 de
20/12/96) disciplina a educação escolar. Conforme essa lei, o ensino
de Geografia é obrigatório nos currículos do ensino fundamental e
médio (BRASIL, 1996). Os Parâmetros Curriculares Nacionais –
PCNs apresentam sugestões para a organização do ensino
fundamental. Dessa forma o atlas foi construído com a preocupação
de contemplar as reais necessidades do professor em sala de aula e
sua estruturação está composto com temas contidos nos livros
didáticos do ensino fundamental e médio. As principais dificuldades
encontradas referem-se à coleta dos dados, cartográficos e
bibliográficos sobre o estado, que ora apresentavam-se divergentes,
entre os setores da administração pública estadual, municipal, fereral e
privada. O resultado alcançado é uma coletânea de mapas e sobre o
estado de Mato Grosso, no formato A4, representados na escala de 1:
6.500.000, e um kit da mapas didáticos de cinco temas Político –
Administrativo, Físico, Hidrografia, Geomorfologia e Vegetação.
Todos os Mapas temáticos do estado, está composto de um mapa
secundário do mesmo tema, porem de classificação nacional. Essa
primeira publicação do Atlas escolar do estado, foi inédito em Mato
Grosso, reúne em um só volume informações dos aspectos naturais,
sociais e econômicos, bem como nas páginas inicias temas básicos da
cartografia para a compreensão da leitura e interpretação de mapas
temáticos. A adoção do Atlas nas escolas estaduais e particulares do
estado de Mato Grosso, demonstrou a dificuldade dos professores em
relação a cartografia, e em particular de trabalharem com Atlas
escolares como material didático em sala de aula

Palavra-Chave: Atlas. Ensino de geografia. Ensino fundamental,


Mato Grosso

1
Introdução

Geografia sempre teve como objetivo o estudo do espaço, para


que o educando analise e compreenda os complexos fenômenos
geográficos desse espaço, precisa o professor conhecer a psicologia do
aluno e utilizar as mais diversos recursos didáticos pedagógicos
disponíveis para a transmissão do conhecimento. Necessita estar em
dia com a evolução da ciência Geográfica, a fim de dar atualidade aos
conhecimentos, estabelecendo perfeita sintonia entre a disciplina,
aluno e escola.
Muitos são os recursos didáticos disponíveis na sistemática
atividade de educar e de construir conhecimentos através do ensino da
Geografia, textos, ilustrações, livros, globo, maquetes, Atlas e outros.
A representação espacial supõe conhecer a realidade do espaço
em que se vive, sendo um excelente meio auxiliar para complementar
seu método de ensino, pela riqueza de elementos formativos e
informativos que proporciona. É pelo emprego do mapa, desde o
inicio dos estudos geográficos que o aluno adquire o sentido de
observar, comparar e descrever os fatos através de análises e
explicações sintéticas.
Os mapas constituem um dos mais valiosos recursos do professor
de Geografia, ocupam um lugar definido na educação geográfica das
crianças e dos adolescentes, integrando as atividades, áreas de estudos
ou disciplinas, porque atendem a uma variedade de propósitos e são
usados em quase todas as disciplinas escolares. Oliveira, (1978)
Segundo Simielli, (2000), o mapa e um transmissor de
informações, levando em conta a produção do mapa e a leitura pelo
usuário, estabelecida através da linguagem cartográfica.
Para os que trabalham com o ensino da Geografia é
praticamente consensual considerar a grande relevância do ensino
metodológico da localidade no Ensino Fundamental, e a utilização de
mapas como recursos didáticos-pedagógicos, contudo, o
desenvolvimento de trabalhos dessa natureza tem encontrado diversos
entraves. Conforme apontam especialistas que se dedicam à
investigação das dificuldades de aprendizagem, tais problemas
envolvem desde a dificuldade de o professor encontrar material
apropriado para o desenvolvimento do estudo da localidade até a
deficiência em desenvolver metodologias de ensino deste conteúdo.
Ambos os problemas estão, também, relacionados às condições
adversas do trabalho docente e aqueles diretamente ligados à
formação dos profissionais.
O Atlas Geográfico Escolar de Mato Grosso foi elaborado devido
a necessidade de material didático-pedagógico cartográfico para
estudos regionais, orientados pelo PCNs.
segundo Pontuschika, (2007), no entanto a variação no uso em
sala de aula de mapas e atlas, assim como o livros didáticos dependem
da relação existente entre os vários fatores: a formação geográfica e
pedagógica do professor, o tipo de escola, o público que a freqüenta e
as classes sociais que a que atende.
Os Atlas estaduais e municipais, geram no contexto escolar
processos de ensino e aprendizagem motivadores no sentido de tratar
de problemáticas locais vivenciadas tanto por professores como pelos
alunos.
Nos Atlas Geográficos são utilizados largamente os mapas
temáticos, que têm a finalidade de comunicar, através de uma
simbologia apropriada, determinados fenômenos naturais e sociais em
um dado espaço. Estes mapas possuem uma variada gama de

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utilidades no ensino da geografia, pois portam uma incrível
capacidade de comunicação, sintetização de informações,
espacialização de dados, etc. Desta maneira, servem como ferramenta
para o aluno compreender e refletir o seu espaço, a sua realidade, visto
que “a representação do espaço através de mapas permite ao aluno
atingir uma nova organização estrutural de sua atividade prática e da
concepção do espaço” (Almeida; Passini, 1994).
A concepção de um Atlas geográfico para escolares tem como
proposta básica, a de não ser apenas uma coletânea de mapas, prontos
e acabados, mas sim, de compor uma organização sistemática de
representações trabalhadas com finalidade intelectual específica,
permitindo incluir num só volume mapas, textos, fotografias, gráficos,
imagens, entre outras formas de representação da informação a
respeito do espaço.
Para Le Sann e Almeida (2003), ao Atlas é “uma publicação
formada por um conjunto de mapas acompanhada, ou não, de
diagramas, textos explicativos, glossário, bibliografia e outros
documentos anexos”.
Conforme Le Sann (1995), citada por Silva (2002), a Atlas
escolar municipal tem por objetivo organizar um conjunto de
informações sobre determinado município, em função dos conceitos
geográficos básicos.
Os Atlas municipais escolares devem integrar um conjunto de
materiais cartográficos que possibilitam desenvolver atividades
significativas para o ensino de conceitos e conteúdos da Geografia,
História e Ciências no Ensino Fundamental (Oliveira e Almeida,
1994)
Para Almeida, (2000) “a produção de Atlas escolares deve
realizar-se com a colaboração entre especialistas em Cartografia,
educadores e professores. Caso contrário, corre-se o risco de criar
Atlas visualmente agradáveis e tecnicamente corretos, mas
inadequados para o uso escolar.” Ou seja, é imprescindível que o
Atlas contemple as reais necessidades do professor em sala de aula.
Na recente regulamentação da Lei de Diretrizes e Base da
Educação Nacional-LDB, Lei nº 9.394 de 20/12/96 , que disciplina a
educação escolar, o ensino de Geografia é obrigatório nos currículos
do ensino fundamental e médio (Brasil, 1996).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs apresentam
sugestões para a organização do ensino fundamental. Segundo esse
documento, o ensino de Geografia da 1ª à 4 a série do ensino
fundamental poderá ser oferecido junto com o conteúdo de História
(Brasil, 1997). Nessa fase, conforme afirma Mello, (1999), devido à
organização curricular, os livros didáticos podem ser organizados por
série. Da 5ª a série em diante, estas duas disciplinas são
desmembradas, o que é uma característica do currículo disciplinarista.
A partir de então, os livros didáticos são escritos para cada ano escolar
e para cada disciplina.
No caso da Geografia, os professores adotam livros didáticos,
que são, geralmente, organizados nas unidades espaciais: mundo, país
e/ou regiões. De acordo com a LDB, “os currículos do ensino
fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser
complementada (...) por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia
e da clientela” (Brasil, 1996). Para o ensino de Geografia, os PCNs
consideram que “a paisagem local e o espaço vivido são as referências
para o professor organizar seu trabalho” (Brasil, 1997).

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Uma das grandes dificuldades apontadas pelos alunos do ensino
médio das escolas públicas nas provas do Exame Nacional do Ensino
Médio –ENEM, referem-se a interpretação de mapas. Os Atlas
Escolares , na condição de instrumentos pedagógicos deveriam ser
presença obrigatória nas salas de aula da Geografia.
Entretanto, observa-se que, para a maioria das escolas brasileiras,
há uma carência de material didático local, para estudar o espaço
vivido pelo aluno, quer seja a cidade, o município e o estado onde
mora. Devido essa carência de material, vários trabalhos vêm sendo
realizados no sentido de contemplar o conhecimento do lugar onde o
aluno reside, através principalmente da elaboração de Atlas escolares
estaduais e municipais.
Na cartografia escolar a uma linha de pesquisa que se baseia nos
pressupostos teórico-metodológicas na produção do conhecimento do
ensino pelo mapa, - o lugar - ao distante desconhecido - o espaço
mundial.
No Brasil, diversos grupos vêm desenvolvendo pesquisas e
trabalhos tratando do ensino da Geografia escolar (Almeida e Passini,
1994), (Almeida: 1994), (Almeida, Passini e Martinelli: 1991),
(Oliveira e Almeida: 2000), (Martinelli: 1998). (Simielli: 1996) Entre
as contribuições mais significativas encontramos aquelas direcionadas
à fundamentação, ao desenvolvimento e à produção de materiais
didáticos, que propõem subsidiar práticas de ensino de Geografia. E,
nesse processo, temos nos últimos anos a edição de diversos Atlas
Estaduais e Municipais, alem dos Atlas Nacionais com destaque como
podemos citar o Atlas do Ceara, Rondônia, Amapá, e outro que
contribuem para a educação escolar brasileira.
Meneguette, Meneguette e Girardi (2003), ao elaborarem um
Atlas interativo do Pontal do Paranapanema/SP, enfatizam que o
conhecimento dos aspectos da região onde vivem os alunos auxilia e
facilita o processo ensino-aprendizagem. Os autores destacam ainda a
potencialidade desses materiais enquanto recursos pedagógicos
disponíveis aos professores, que passam a contar com mais um
instrumento didático de apoio ao planejamento de ensino.
Vários estudos foram realizados no sentido de avaliar a
eficácia da utilização dos Atlas Escolares Municipais em sala de aula.
Oliveira e Pierson (2001) analisaram a prática docente aliada à
utilização de mapas municipais em Limeira/SP. Esses autores
apontam que os mapas municipais e o conseqüente estudo da
localidade têm contribuído para um processo de ensino-aprendizagem
mais significativo, já que se trata de aspectos do lugar vivido pelos
alunos e professores. Estes últimos se identificam com o lugar onde
ensinam, o que se constitui em um saber valioso para o professor, cujo
conhecimento foi construído através da experiência vivida no lugar.
Para o ensino de Geografia, uma forma de contemplar o
conhecimento da realidade local é a representação cartográfica, pois
os mapas, conforme afirma Santo, (2001), desenvolvem uma visão
crítica com relação àquilo que é representado. Dessa forma, a
cartografia constitui- se em um instrumento didático importante para o
ensino da Geografia local.
O Atlas utiliza a linguagem cartográfica para representar os
fenômenos geográficos, a qual, de acordo com Carvalho e Felipe
(2002), “tem um enorme poder como recurso para a leitura dos fatos e
ocorrências espaciais”.
Na Universidade Estadual Paulista-UNESP, sob a coordenação
da Professora Rosângela Doin de Almeida, professores do ensino

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fundamental desenvolveram o projeto intitulado “Integrando
universidade e escola através da pesquisa em ensino: Atlas municipal
escolar”, cujo objetivo é construir material didático e procedimentos
de ensino para o estudo da localidade de três municípios paulistas,
bem como promover o processo de educação continuada entre os
professores participantes (Oliveira e Pierson, 2001).
O processo de elaboração do Atlas Geográfico de Mato
Grosso iniciou-se em 1995, no curso de especialização em cartografia,
da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. O projeto foi
desenvolvido no Laboratório de Cartografia do Departamento de
Geografia da própria Universidade, com a participação de professores
da rede de ensino.
O formato escolhido para a publicação do Atlas, justifica-se
pelo formato do limite político-administrativo do estado e a
praticidade de manuseio do público alvo. Foi fundamental a
participação de professores da rede estadual e municipal de ensino,
que relatou a necessidade/dificuldade existente para reproduzir
material cartográfico-didático de temas regionais, para trabalhar com
os alunos em sala de aula, e a estrutura temática foi adequada ao
conteúdo programático do ensino fundamental da rede estadual e
municipal de ensino.
O ensino de noções de cartografia, linguagem que compreende um
sistema semiótico complexo que requer o conhecimento de categorias
formais específicas, merece destaque, pois, conforme o grau de
domínio de seu sistema lingüístico, poderá contribuir para a
interpretação dos conteúdos selecionados pela Geografia escolar
(Bertin: 1973).
Nessa perspectiva, para a efetiva promoção da aprendizagem, e
garantia do sucesso escolar,faz-se necessário que o tratamento dos
conteúdos das diferentes disciplinas sejam, de forma consciente,
integrados ao domínio das diversas linguagens constituintes do
universo comunicativo.
Os Atlas municipais abordam diferentes aspectos da localidade e,
de forma geral, seguem tópicos consagrados pelos conteúdos
selecionados pela Geografia escolar, como: localização geográfica;
processo Histórico de ocupação; clima (variação térmica,
pluviométrica); vegetação original; geologia, geomorfologia, tipos de
solo; rede hidrográfica; uso do solo urbano e rural; demografia;
mobilidade da população, circulação de mercadorias, entre outros.
Nesse sentido, fica aberta a possibilidade de tratamento de
diferentes conteúdos (temas, conceitos e categorias), tradicionalmente
selecionados pela Geografia escolar, integrados ao conhecimento do
espaço vivido pelos alunos da comunidade escolar local.
O Atlas em geral possibilitam o desenvolvimento de trabalhos
metodológicos em que cada conjunto de conteúdo, podendo envolver
propostas de atividades ou exercícios que promovam a investigação, a
observação, a descrição, a correlação dos elementos vividos com os
contemplados pelo currículo oficial.
Assim, colocamos a importância do desenvolvimento de projetos
de elaboração de Atlas municipais e Estaduais, que além de
contribuírem com a produção de materiais didáticos destinados as
escolas de Ensino Fundamental e Médio do país, tais projetos
mostram-se importantes para o desenvolvimento de trabalhos
acadêmicos. Porém deve ser feita a verificação dos materiais didáticos
disponíveis sobre a localidade a ser mapeada, estabelecido os
objetivos do Atlas no que diz respeito à forma e conteúdo.

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Considerando o potencial de integração ensino, pesquisa e
extensão e a necessidade de estimular trabalhos no campo, de
produção de matérias didáticos-pedagógicos, apresentamos, de forma
sucinta, algumas etapas de elaboração do projeto de produção de Atlas
Estadual de Mato Grosso.

Materiais e Procedimentos Técnicos

O projeto foi desenvolvido em várias etapas, onde primeiramente


foi realizado levantamento de dados bibliográficos, cartográficos,
fotográficos e estatísticos, existentes sobre o estado de Mato Grosso.
As principais dificuldades encontradas referem-se à coleta dos
dados, cartográficos e bibliográficos sobre o estado, que ora
apresentavam-se divergentes, entre os setores da administração
pública estadual, municipal e privada .

Coleta de dados

As atividades de coleta de dados foi realizada em órgãos federais,


estaduais, municipais e privados, a seleção e compilação dos dados foi
considerado as temáticas estabelecidas no projeto do Atlas,
considerando trabalhos relacionados com a área de Geografia e
cartografia.
Na seleção dos materiais coletados, foi constatado divergências
significativas nas informações dos diferentes entre setores da
administração pública municipal, estadual e federal pesquisados,
principalmente no que se refere a dados estatísticos. A metodologia
adotada para esta situação, foi considerar os dados fornecidos pelo
órgão responsável pela informação em questão, ou seja, como no caso
de número de áreas indígenas existentes no estado de Mato Grosso em
2000, ano definido no projeto para a base de dados, foi detectado
divergências entre as informações do IBGE, CEMA, SEPLAN e
FUNAI, órgãos com sede no estado e que contém essas informações.
Optamos então pelos dados fornecidos pela FUNAI, uma vez que, é o
órgão responsável pela questão indígena. Assim adotamos esse
procedimento para todos os outros temas contidos no Atlas.
O que não significa dizer que houve somente a compilação dos
dados. Em alguns temas foram necessárias adaptações e/ou
atualizações para que o Atlas representasse melhor a realidade, porém
ressalta-se que o projeto procurou seguir fielmente as fontes
consultadas,

Elaboração da base cartográfica

A base cartográfica do estado comum a todas as págunas do


Atlas, foi adaptada ao formato A4, por meio da generalização
cartográfica, representada na escala de 1:6.5000. Foi elaborada sobre a
base cartográfica fornecida pela SEPLAN, cuja a fonte foi a mapa da
divisão Político-Adminsitrativa do Estado de Mato Grosso, na escala
de 1:1.500.000. O mapa político da SEPLAN, foi elaborado baseado
em cartas topográficas editadas pela Diretoria do Serviço Geográfico
do Exército Brasileiro-DSG, escala 1:250.000, de 1984 e Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, nas escalas de 1:100.000
e 1:250.000, e atualizados através de imagens do satélite Landsat 5,
órbita/ponto que cobrem o estado do ano de 1997, fornecida pelo
INPE.

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As informações contidas no mapa base, foram as que
frequentemente são utilizadas na representação de mapas em Atlas
Geográficos, como: limite estadual e internacional com a
denominação, coordenadas Geográficas, principais hidrografias com
denominação, capital estadual e principais núcleos urbanos,
Escala gráfica e numérica, fonte e outros.

Mapas temáticos

Os mapas temáticos foram elaborados sobre a base cartográfica,


segundo os fundamentos da cartografia temática de Martinelli,1998 e
da semiologia gráfica de Bertin, 1986. Vários tipos de representações
foram utilizadas para a elaboração dos mapas temáticos, sempre
levando em consideração a forma de representação de melhor
compreensão do tema a ser representado.
Todo o processo de elaboração do Atlas foi realizado com
equipamentos e softwares da editora entrelinhas, que para a
digitalização dos mapas , foi utilizado software page maker.
Na organização de cada página temática, ficou estabelecido no
projeto, que cada tema principal, está composto de um mapa
secundário do mesmo da mesma temática, porém de classificação a
nível nacional, possibilitando ao usuário a correlação de mapas em
diferentes níveis de análise. Em alguns temas foi inserido gráficos,
imagens e fotografias, por considerar de grande relevância didática
para subsidiar o tema principal,possibilitando maior interpretação por
parte do ususário.

Resultados

O resultado alcançado é uma coletânea de 40 (quarenta) mapas


temáticos sobre o estado de Mato Grosso, no formato A4,
representados na escala de 1:6.500.000, organizados em temas
ministrados da disciplina de Geografia, (tabela 01). As primeiras
páginas do Atlas, constam fundamentações cartográficas consideradas
de relevância para embasamento na leitura e interpretação de mapas.
Foi produzido também um kit da mapas didáticos de 5 (cinco)
temas, considerados de relevância para o ensino, cujos temas são os
mais utilizados em sala de aula tanto da disciplina de Geografia, como
de outras afins, temas estes que são: Político-administrativo, Físico,
Hidrografia, Geomorfologia e Vegetação, representados na escala de
1:1.500.000.

Tabela 01: Estrutura das temáticas compostas no Atlas Geográfico de


Mato Grosso.

CARTOGRAFIA
Da Paisagem ao Mapa
Projeção
Escala
Paisagem Transformada
Da Imagem ao Mapa
MATO GROSSO – TEMAS
Físico
Geologia
Geomorfologia
A Construção do Território

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Evolução Político-administrativa
Político
Microrregioes Homogeneas
Clima
Hidrografia
Solos
Vegetação
Pantanal
Fauna
Terras Indígenas
Áreas Protegidas
Recursos Minerais
Transporte
Energia
População
Zoneamento Sócio-economico Ecológico
Estrutura Fundiária
Uso da Terra
Agricultura
Pecuária
Economia
Turismo
Impactos Ambientais
Educação
Integração
Migraçao

Considerações Finais

Essa primeira publicação do Atlas escolar do estado de Mato


Grosso, foi inédito no estado, onde a Secretaria Estadual de Educação,
procedeu um avaliação positiva da publicação, que reúne em um só
volume informações dos aspectos naturais, sociais e econômicos do
estado, bem como, nas páginas inicias temas básicos da cartografia,
contribuindo para a compreensão da leitura e interpretação de mapas
temáticos.
A adoção do Atlas nas escolas estaduais e particulares do estado
de Mato Grosso, demonstrou a necessidade de materiais didáticos
desta natureza nas escolas, e a dificuldade dos professores em relação
a cartografia, e em particular de trabalharem com mapas e Atlas
escolares como material didático em sala de aula.
Espera-se que o Atlas Geográfico Escolar de Mato Grosso seja
um instrumento didático-pedagógico importante para o professor e
para o aluno do ensino fundamental nas temáticas regionais,e que a
publicaçoes desta natureza estejam cada vez mais presentes em aulas
de Geografia.

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