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O documento discute os principais aspectos de um modelo de jogo no futebol, incluindo a ideia de jogo do treinador, princípios de jogo, características dos jogadores, organização estrutural e modelo de treino. O modelo de treino deve estimular as demandas táticas e técnicas exigidas pelo modelo de jogo através de exercícios específicos que enfatizam os princípios-chave.
O documento discute os principais aspectos de um modelo de jogo no futebol, incluindo a ideia de jogo do treinador, princípios de jogo, características dos jogadores, organização estrutural e modelo de treino. O modelo de treino deve estimular as demandas táticas e técnicas exigidas pelo modelo de jogo através de exercícios específicos que enfatizam os princípios-chave.
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O documento discute os principais aspectos de um modelo de jogo no futebol, incluindo a ideia de jogo do treinador, princípios de jogo, características dos jogadores, organização estrutural e modelo de treino. O modelo de treino deve estimular as demandas táticas e técnicas exigidas pelo modelo de jogo através de exercícios específicos que enfatizam os princípios-chave.
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O mais importante numa equipa de futebol ter um modelo de jogo, um conjunto de princpios que dem organizao equipa. Por isso a minha ateno para ai dirigida desde o primeiro dia . ( Mourinho, 2006 ) Joca Mariano, 2006 A Minha ideia de jogo Futebol Modelo de J ogo Gosto que a minha equipa seja uma equipa com posse de bola, que a faa circular, que tenha muito bom jogo posicional e que os jogadores saibam claramente como se posicionarem. Aliado a isso, defender bem e ter qualidade individual ( o que marca determinados momentos do jogo ) tambm so factores cruciais. Um bom posicionamento defensivo enquanto equipa, formando um bloco compacto que possa jogar com linhas muito juntas, outra caracterstica das minhas equipas .( Mourinho, 2002 ) Joca Mariano, 2006 A Minha ideia de jogo Futebol Modelo de J ogo Princpios de Jogo Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Princpios de jogo Os princpios de jogo e os sub princpios de jogo so comportamentos e padres de comportamento que o treinador quer que sejam revelados pelos seus jogadores e pela sua equipa nos diferentes momentos de jogo. Esses comportamentos e padres de comportamento quando articulados e entre si evidenciam um padro de comportamento ainda maior, ou seja, uma identidade de equipa a qual denominamos de organizao funcional . (Guilherme Oliveira, 2003) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Momento do Jogo: Transio Defesa - Ataque 1. No momento em que recuperamos a posse de bola o objectivo principal aproveitar a desorganizao posicional do adversrio, para criar o mais rpido possvel possibilidades de marcar golo; 2. Sempre que no for possvel jogar para a frente de imediato, retirar a bola da zona de presso, tornando o campo o mais grande possvel. Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Momento do Jogo: Organizao Ofensiva 1. Com a posse da bola o objectivo mais importante marcar golos, criar muitas possibilidades de o fazer; 2. Usar o espao e o tempo em relao com os companheiros e oponentes; 3. Ter a posse de bola o maior tempo possvel; 4. Ter um bom jogo posicional e qualidade no primeiro toque para a equipa ter velocidade na circulao da bola; 5. Executar o plano de jogo de ataque dividido em 4 fases: Construo, preparao da criao, criao de situaes e finalizao. Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Momento do Jogo: Transio Ataque - Defesa 1. No momento em que a equipa perde a bola o objectivo principal a equipa organizar-se defensivamente o mais rpido possvel, fazendo o campo mais curto, para evitar que o adversrio possa criar possibilidades de golo; 2. Para dar tempo reorganizao defensiva fundamental condicionar de imediato a aco do portador da bola adversrio; 3. Utilizao de faltas tcticas sempre que necessrio para matar tentativas de contra-ataque do adversrio. Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Momento do Jogo: Organizao Defensiva 1. Sem a posse da bola o objectivo principal evitar golos contra ou a criao de golos contra; 2. Usar o espao e o tempo em relao com os companheiros e oponentes utilizando as qualidades dos companheiros e dos oponentes; 3. Bom posicionamento defensivo, formando um bloco compacto com linhas muito juntas; 4. Utilizao de uma zona pressing alta de modo a permitir a recuperao da bola perto da baliza adversria. Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Caractersticas dos Jogadores Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Caractersticas dos Jogadores muito importante na concepo do Modelo de jogo, o treinador conhecer as caractersticas dos jogadores. O treinador deve ter um perfeito conhecimento do seus jogadores. Conhecer o entendimento e o conhecimento que eles tm do jogo, assim como, as capacidades e caractersticas de cada um de modo a que no tenha que alterar as suas ideias de jogo . ( Guilherme Oliveira, 2003 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Organizao Estrutural Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Organizao Estrutural Organizao estrutural a disposio que os jogadores tm em campo, ou seja, o sistema de jogo (4-4-2,4-3-3,etc) que a equipa vai utilizar. Este deve potenciar a ideia de jogo do treinador, os princpios de jogo e as capacidades e caractersticas dos jogadores. Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Qual sistema ? 4-3-3 Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Qual sistema ? 4-4-2 normal Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Qual sistema ? 4-4-2 Losango Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Joca Mariano, 2006 A Ideia de Jogo do Treinador Princpios de Jogo Caractersticas dos Jogadores Organizao Estrutural Organizao Funcional Modelo de Jogo Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino O modelo de preparao / treino dever estar orientado por uma preparao tctico-tcnica que tenha como objectivo estimular o tipo de solicitaes que o modelo e os seus princpios exigem . ( Frade, 1985 cit . por Freitas, 2004 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino Existe o treino tradicional, analtico; existe o treino integrado, que o tal treino com bola, mas onde as preocupaes fundamentais no so muito diferentes das do treino tradicional; existe a minha forma de treinar, a que podem chamar periodizao tctica , que nada tem a ver com as outras duas embora muitos pensem que sim . ( Mourinho, 2006 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino O princpio da Especificidade quem dirige a periodizao tctica . ( Carvalhal, 2003 ) S se poder chamar especificidade Especificidade, se houver uma permanente e constante relao entre as componentes psico-cognitivas, tctico-tcnicas, fsicas e coordenativas, em correlao permanente com o modelo de jogo adoptado e respectivos princpios que lhe do corpo . ( Oliveira, 1991, cit. por Carvalhal, 2003 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino A componente tctica surge como o ncleo central de preparao . ( Carvalhal, 2003) O meio de operacionalizar o modelo de jogo so os exerccios especficos. A operacionalizao do treino reclama a utilizao de exerccios especficos desde o primeiro dia . ( Carvalhal, 2003) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino Aquilo que acontece que o objectivo final jogar. E se esse o objectivo, treinar s pode ter um significado: faz-lo a jogar. Se o objectivo a melhoria da qualidade de jogo e de organizao, esses parmetros s se conseguem concretizar atravs de situaes de treino ou de exerccios onde se consiga trabalhar essa organizao. Perante isso, s atravs de uma especificidade de jogo que se consegue gerir esses mesmos objectivos . ( Rui Faria, 2003 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino Treinar significa melhorar sob o ponto de vista do jogo. Tendo claramente definido um modelo e os princpios que o orientam, o que acontece diariamente a exacerbao desses princpios em busca da melhoria da qualidade de jogo e daquilo que a forma de jogar estipulada pelo treinador . ( Rui Faria, 2003 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino Todo o processo de treino deve contemplar exerccios especficos do modelo de jogo adoptado pelo treinador. O modelo de jogo e os seus respectivos princpios devem ser alvo de uma periodizao e planeamento dinmicos, o que faz com que a dimenso fsica surja arrastada pela dimenso tctica, mas sempre em paralelo . ( Guilherme Oliveira, 1991 cit. por Freitas, 2004 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino Quando vejo referncias s pr-pocas e me mostram imagens de atletas a correr e a trabalhar num espao que no o campo de futebol, da praia ao campo de golfe, dou comigo a pensar que so mtodos ultrapassados, para no dizer arcaicos . ( Mourinho, 2006 ) No acredito, no futebol de hoje, em equipas bem fisicamente e outras mal. () H equipas adaptadas, ou no, forma de jogar do seu treinador. O que ns procuramos que a equipa se consiga adaptar ao tipo de esforo que a nossa forma de jogar exige ( Mourinho, 2006 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino H 20 anos falava-se muito em volume e em intensidade; comeava-se com volumes de trabalho altos mas com intensidades baixas e depois com a aproximao da competio, invertiam-se os parmetros, diminuindo-se o volume do treino e subindo as intensidades, planeando-se, assim, a equipa para determinados momentos. No eu no acreditar, mas mais do que isso creio que o futebol feito de intensidades altas e aquilo a que normalmente se chama resistncia aerbica que convencionalmente se dizia que se conseguia com volume de trabalho acho que ela se consegue com a acumulao das intensidades mximas. Quando se trabalha com intensidades mximas e se trabalha um, dois, trs ou quatro ou cinco dias, a acumulao de esforos de mxima intensidade vai de uma forma natural desenvolver-se . ( Mourinho, 2002 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino Trabalhmos desde o primeiro dia em intensidade altas relativas, ou seja de acordo com aquilo que o rendimento mximo que o jogador nos pode dar em determinado momento . ( Rui Faria, 2003 ) Treinar com base em intermitncias mximas de acordo com o modelo de jogo adoptado, vai criar o hbito no organismo de se cansar a realizar este tipo de esforo, mas tambm em funo deste tipo de esforo a recuperar mais rapidamente . ( Carvalhal, 2003 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino Esta periodizao reclama o Princpio da Estabilizao, de forma a permitir os patamares de rendibilidade . ( Carvalhal, 2003 ) A estabilizao da Forma Desportiva consegue-se com base na estruturao de um determinado microciclo, onde o grau de desgaste semanal seja similar de semana para semana. A estrutura bsica do microciclo deve manter-se ( os momentos de treino, a durao, etc), o que leva a uma estabilizao do rendimento . ( Carvalhal, 2003 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino Microciclo Normal / Padro Dom Seg Sex Qui Qua Ter Sab Dom Recuperao Activa Fora Especfica Resistncia Especfica Velocidade Especfica Jogo Jogo Princpios de Jogo Sub-Princpios de Jogo Futebol Modelo de J ogo Modelo de Treino Microciclo Especial Dom Seg Sex Qui Qua Ter Sab Dom Recuperao Activa Fora Especfica Resistncia Especfica Velocidade Especfica Jogo Jogo Princpios de Jogo Sub-Princpios de Jogo Jogo Futebol Modelo de J ogo Princpios Orientadores da minha forma de treinar Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo 1. A dimenso tctica entendida como a organizao da forma de jogar do treinador, nos vrios momentos do jogo, a componente orientadora de todas as outras dimenses ( fsica, tcnica, psicolgica); 2. Todas as dimenses devem estar em permanente e constante relao com o modelo de jogo e respectivos princpios; 3. Utilizao de microciclos padronizados com grau de desgaste semelhante de semana para semana; 4. Utilizao de exerccios especficos desde o 1 dia. O perodo preparatrio serve para preparar a equipa em funo do modelo de jogo; 5. Todo o trabalho realizado em intensidade mxima relativa. O volume deve ser mais ou menos constante e corresponde soma das fraces de mxima intensidade. Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo E os exerccios ? Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo 1. A cada modelo de jogo corresponde uma metodologia de treino diferente. Logo s posso treinar a minha fora, a minha resistncia e a minha velocidade que a minha forma de jogar requisita e no outra de carcter aleatrio. O hbito motor criado facilita tambm na preveno de leses . ( Norton de Matos, 2006 ) 2. O treinador, como responsvel por todo o processo, deve conhecer os objectivos e os efeitos dos exerccios porque s assim que pode decidir quando e como que os deve utilizar . ( Van Gaal, 1997, cit. por Freitas, 2004 ) 3. Para mim, treinar treinar em especificidade, criar exerccios que me permitem exacerbar os meus princpios de jogo . ( Mourinho, 2006 ) Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo A sorte e o imprevisto podem explicar tanto o ganhar A sorte e o imprevisto podem explicar tanto o ganhar como o perder, mas no explicam todos os ganhos nem como o perder, mas no explicam todos os ganhos nem todas as perdas. todas as perdas. Joca Mariano, 2006 Futebol Modelo de J ogo O Modelo final sempre inatingvel, porque est sempre em reconstruo, em constante evoluo. ( Guilherme Oliveira, 2003 ) Joca Mariano, 2006 Bibliografia Joca Mariano, 2006 Carvalhal, C.(2003): Periodizao Tctica A coerncia entre o exerccio de treino e o modelo de jogo adoptado. Seminrio UTAD. Faria, R.(2003): Entrevista com Rui Faria . Jornal O Jogo . 29 de Julho, pp: 8-10. Freitas, S.(2004): A Especificidade que est na concentrao tctica que est na especificidadeno que deve ser uma operacionalizao da periodizao tctica. Mourinho, J.(2002): Entrevista com Jos Mourinho . Jornal A Bola . 26 de Julho, pp: 6-8. Mourinho, J.(2006): In Jornal Record . 18 de Fevereiro, pp 24-25. Matos, N.(2006): In Jornal Record . 28 de Maro, pp: 2 Oliveira, J.(2003): Organizao de Jogo de uma equipa de futebol. Aspectos metodologicos na abordagem da sua organizao funcional e estrutural. Seminrio UTAD. Autor: Joca Mariano