Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
CEFET/BSF
0
NATAL
2007
1
NATAL
2007
2
_______________________________________
Msc. Zanoni Tadeu Saraiva dos Santos
Orientador
_______________________________________
Prof. Dr. Calistrato Soares da Câmara Neto
1º Examinador
_______________________________________
Prof. Drª Andréa Gabriel Francelino Rodrigues
2º Examinadora
NATAL
2007
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, Uno e Trino, pois foi Ele que me soprou até aqui,
dando toda a sabedoria e ciência necessária para a conclusão desse trabalho e de tantos outros
que virão de agora e diante, pois: “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os
Escolhidos”.
Agradeço a minha amada Geizy, pois ela é para mim uma pilastra fundamental, que me
serviu de sustento, enxugando as minhas lagrimas, escutando os meus desabafos, suportando
as minhas chatices... Também agradeço a minha Linda por toda força e positividade que me
passou, contribuindo imensamente com esta caminhada. A você, Geizy, meu amoroso muito
Obrigado!
Agradeço a toda a minha família: a meu Pai, a minha Mãe, como também aos meus
irmãos Vitória, Raony e Vida. Pois foi no meu Pai que encontrei a perseverança e experiência,
na minha Mãe a insistência, e nos meus irmãos o companheirismo e amizade. Dons estes que
carregarei sempre comigo. A toda essa Grande Família, só tenho a agradecer!
Também agradeço a meu querido “Chefe”, Zanoni, que me acompanhou e instruiu não
apenas nesse trabalho, mas em toda a minha longa passagem pelo CEFET-RN. Este Físico é
mais que um professor, é um grande Amigo, que guiou os meus primeiros passos no mundo
científico, e que me orientou nas mais diversas situações da vida. A você caro Chefe, meus
agradecimentos!
Aos meus tios “Roldão e Ivanilda” e “Ridon e Andréia”, meus agradecimentos, por
acreditarem em meu potencial e por terem me incentivado e ajudado no que precisei desde os
primeiros degraus no pró-Cefet, ao primeiro título de graduação que se concretiza com este
trabalho. A todos vocês: muito Obrigado!
Por fim, quero agradecer àqueles com quem dividir seminários, provas, preocupações,
como também momentos de muita diversão e alegria. Agradeço a minha turma de Física, pois
com eles aprendi muita coisa, não presente em livros e manuais, além de gerar grandes
amizades: Assisão, Dylon, Pícolo, Tarja, Dabura, Bob, Manteiga, Kiriat, Maumau e Karlyle
Muito Obrigado a todos vocês!!!
5
RESUMO
Tendo como ponto de partida uma re-leitura do surgimento e fundamentos da Física Moderna,
e o quanto é importante o ensino desta no ensino médio, esta leitura leva a uma reflexão de
como vêm sendo ministrados os conteúdos de Física Moderna, ou melhor, em que “época” se
encontram as salas de aula do ensino médio. Se os trabalhos de Einstein, Planck, Bohr,
Heisenberg são assuntos estranhos e desconhecidos a um estudante que acaba de terminar o
ensino médio, pode-se dizer então que as aulas de Física se assemelham às aulas de cerca de
cem anos atrás, onde a Física limitava-se à Física Clássica, ou o paradigma Newtoniano. É
verdade que muitas salas de aula ainda vivem nesse paradigma, e outras lutam para sair dele.
Com base nessa situação, a metodologia de trabalho foi elaborada, com a proposta de uma
pesquisa científica, que levantou dados estatísticos sobre a didática e metodologia de ensino
dos professores de Física das escolas que mantém os melhores índices de aproveitamento nos
vestibulares das Universidades públicas na cidade do Natal. É a partir desses dados que se
constata a quase inexistência de conteúdos de Física Moderna na rede pública estadual de
educação, e quando este ramo mais recente e atual da Física é ensinado, lhe é destinada um
tempo muito restrito e ensinada a parte da Física tradicional. Ensinada dessa forma, deixa
muitas vezes de ser interdisciplinar com a própria Física Clássica. Esses fatos são
conseqüências de fatores como o grau e a área de formação dos docentes, o tempo destinado
ao ensino de Moderna, a falta de material didático e/ ou experimental e vários outros, todos
eles levantados e descritos aqui em detalhes. Essa leitura, dirigida a Físicos e Educadores,
proporcionará não apenas uma reflexão a cerca da importância do Ensino da Física Moderna,
mas também a uma análise critica da situação atual do ensino de Física na cidade de Natal,
além da real necessidade da exigência de Física Moderna nos vestibulares.
ABSTRACT
Assuming the importance of Modern Physics as a subject to be studied in high school level,
the present work intends to analyse how this subject has beem presented to students, or in
other words, in what “age” physics is in terms of high school teaching. If the works of
Einstein, Plank and Heisenberg are a strange and unknown subject to students when they
finish high school we can suppose that physics classes at this level are like they were a
hundred years ago, when physics was dominated by Newtonian paradigm. In order to take a
look inside physics classrooms and laboratories, we develop a methodology of work to carry
out a research that collect data about teacher’s methodology at those schools witch have a
greater number of students approved in Universities entrance exams (vestibular) in Natal-RN.
Based on these data we can come to the conclusion that public schools in Natal have no or
little modern Physics in their curricula, and that in private schools, when it is presented to
students, the time provided is too short and though apart of Classical physics historical
background. These facts are consequences of some factors like teachers undergraduate
background, lack of text books and laboratory equipments. This work, directed to teachers
and physicists, will provide more elements for discussion over the importance of modern
physics in high school, and also for a critical analysis of physics teachings in Natal, and the
real need of this subject in Vestibular exams.
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .. ..... .. 11
2 FÍSICA MODERNA E ENSINO..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .. 13
3 METODOLOGIA..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ... ..... ... 19
3.1 QUESTIONÁRIO............................................................................................................ 19
4 RESULTADOS..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... . 22
4.2.RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO........................................................................... 27
4.2.1.Tipo da Escola.............................................................................................................. 30
4.2.6Pratica Experimental.................................................................................................... 37
4.2.7.Tempo destinado........................................................................................................... 38
5 CONCLUSÃO..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .... ... 43
REFERENCIAS..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... .. 46
1 INTRODUÇÃO
todas elas exigem conhecimentos básicos sobre Física Moderna em seus processos seletivos
(UFRN1, CEFET-RN2, UERN3: Anexo_B), traçamos os objetivos abaixo:
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
2
Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte.
3
Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.
13
É possível perceber que Lorentz utilizou o “tempo relativo” apenas como um recurso
matemático, assim como Planck definiu a luz como “pacotes de energia” com o intuito de
justificar matematicamente o que era observável nos experimentos. Embora Lorentz e Planck,
mesmo estando corretos em suas deduções, não acreditavam ou aceitavam o que tinham
descoberto, reduzindo a pesquisa a apenas um recurso matemático. Foram esses e alguns
outros pequenos passos indecisos e desesperados que se tornaram fundamentos para o grande
nascimento da nova Física.
O surgimento da Física Moderna ocorreu praticamente entre o final do século XIX e o
início do século XX, e se da a partir de diversos acontecimentos, tais como a formulação, em
1900, da lei de radiação de corpo negro por Planck e a determinação da compatibilidade entre
as leis de movimento e as do eletromagnetismo por Einstein, em 1905, os quais deram origem
4
Os alicerces da Física Clássica, ou Newtoniana, não são apenas os trabalhos desenvolvidos por Newton na
Mecânica, Gravitação e Óptica, mas também as teorias acerca da Termodinâmica e a Teoria Eletromagnética de
Maxwell. Todas esses campos são consideradas partes da “Física Newtoniana” devido ao fato de seu método de
estudo e pesquisa ser baseado no método Newtoniano (ou Cartesiano).
14
5
Ministério da Educação, Cultura e Desportos.
16
praticamente não encontraram diferença alguma da sala de aula de um século atrás. Trazendo
isto para nossa discussão: Um professor que ensinava Física no ano de 1900, provavelmente
ensinaria Física sem problemas em pleno século XXI. Dessa forma o professor ministraria
apenas os conteúdos da Física Clássica, sem se preocupar com a tecnologia atual que cerca e
invade aos alunos por toda a parte.
A Física é uma ciência experimental e quando trazida para a sala de aula, deve traçar
um paralelo da teoria física com a experiência diária dos alunos. Vale colocar que é proposta
pedagógica dos PCN “aplicar as tecnologias associadas às Ciências Naturais na escola, no
trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida” (MEC, 2000, p 96). E completa
Castro: “[...] Assim, enquanto educadores devemos romper com uma diretriz de conteúdo e
estanque, trazendo cada vez mais para a sala de aula temas modernos, mais próximos da
realidade dos alunos [...]” (CASTRO, CORREIA; GONÇALVES, 2003, p.3).
Sem sombra de duvidas, a inclusão dos conteúdos de Física Moderna é essencial para
proporcionar uma maturidade ao ensino de Física. “[...] Caso contrário, a indagação “há um
século de atraso no ensino de Física!?”Permanecerá por um longo tempo ainda [...]”
(CASTRO, CORREIA; GONÇALVES, 2003, p.3).
Pelo que parece, a maioria das escolas passa a incluir os conteúdos de Física Moderna
em seus currículos apenas quando as Universidades locais começam a cobrar tais conteúdos
em seus vestibulares, pressionando assim os seus professores de Física, que muitas vezes
estão inseguros sobre os conteúdos de física moderna, por falta de capacitação e/ou por não
possuírem graduação em Física, dificultando ainda mais a situação. (LIMA, 2003).
Dentro dessa política educacional de “o que o vestibular cobrar na prova, será
ensinado na sala”, levam vantagem às escolas privadas: “[...] a rede privada prepara o aluno
somente para um exame-padrão, o Vestibular.” (NEVES, 2000, p.7).
Desta forma é fácil perceber que existe uma resistência natural na implementação do
ensino de Física Moderna devido à ausência deste no programa de Física do vestibular de
algumas Universidades do país, já que grande parte das escolas, em especial as privadas, só
passam a ministrar os conteúdos com a cobrança no vestibular.
Segundo a autora Maria Emília Bezerra (2005, p 27), a primeira universidade pública a
implementar conteúdos de Física Moderna no exame vestibular foi a Universidade Federal do
Rio grande do Sul (UFRGS), no ano de 1970. A segunda universidade foi a federal de Santa
Catarina (UFSC) em 1990, seguida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN) em 1998. Ainda segundo Bezerra, até 2005, cerca da metade das principais6
universidades públicas do País cobram os conteúdos de Física Moderna, e na medida em que
estes assuntos são inseridos no vestibular, também são inseridos nos programas de física do
nível médio (BEZERRA, 2005, p 26 – 28).
Como vimos, os conteúdos de Física Moderna passam a ser cobrados pela
Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 1998, 93 anos após a publicação dos
6
São consideradas principais universidades as que apresentam um grande número de inscritos nos seus
vestibulares.
18
principais trabalhos de Einstein (1905), lembrando que esta foi a terceira Universidade a
implementar tais conteúdos, sendo assim uma das pioneiras no Brasil, a primeira quando se
fala em Norte e Nordeste.
Porém, este conteúdo de Física Moderna que já vem sendo cobrado a alguns anos pela
UFRN está sendo ministrado nas salas de aula de Ensino Médio tanto na rede pública como
na rede privada de Ensino da cidade de Natal? Se estiver sendo ministrado, vem a ser de
extrema importância saber se os conteúdos são passados de forma satisfatória, e se não estão
sendo ministrados, porque não? Afinal, seria justo uma Universidade Pública exigir conteúdos
que não são ministrados em sala de aula? Especialmente se estas salas de aula forem as salas
de aula de escolas públicas?
Para responder essas perguntas e cumprir com os objetivos desse trabalho, é descrito
no próximo capítulo a metodologia de trabalho, seguido dos resultados e conclusões, onde
esses questionamentos serão claramente explicados e justificados.
19
3 METODOLOGIA
Visto que existe uma necessidade de buscar conhecer a situação do ensino de Física
Moderna nas escolas, foi traçado uma metodologia de trabalho para que esta situação possa
ser reconhecida de uma forma prática e dinâmica.
Em primeiro lugar, foi feita a elaboração de um questionário, que foi levado aos
professores de algumas escolas de Natal. O segundo passo foi a definição de quais eram as
escolas que deveriam ser pesquisadas, definindo critérios para selecioná-las, sendo escolhidas
e incluídas na pesquisa sob os mesmos critérios tanto escolas públicas como privadas.
Após obter os resultados do questionário nas escolas, foi feito um levantamento,
realizando a comparação entre os dados gerados nas escolas públicas e os gerados nas escolas
privadas.
soluções da situação em que se encontra o ensino da Grande Natal quando se fala em Física
Moderna.
O resultado final da aplicação e os resultados, junto com os gráficos serão expressos
mais adiante.
matriculados) alunos na UFRN. Para isso, são analisadas as seis primeiras colocações nos
anos de 2004, 2005 e 2006, para os dois critérios, sendo mostrada uma classificação apenas
para as escolas públicas e outra para as privadas. Já que as primeiras colocações são ocupadas,
com exceção de CEFET-RN, por escolas privadas, sendo que a segunda escola pública só
chega a aparecer após algumas dezenas de instituições privadas.
As escolas que aparecerem pelo menos duas vezes (dois anos) em um mesmo critério,
entraram na lista das escolas selecionadas, e receberão, neste trabalho, o título de escolas
“objeto de estudo”, ou escolas “selecionadas”.
4 RESULTADOS
Para encontrar as escolas públicas alocadas nas seis primeiras colocações, foi
necessário observar as escolas presentes nas listas de classificação uma por uma, observando
se ela (a escola) é pública ou privada. Entende-se neste trabalho como escola pública, as
escolas que oferecem ensino gratuito aos jovens e adultos e que são mantidas pelos governos
Municipal, Estadual ou Federal.
A primeira escola pública (primeira colocada) não ofereceu dificuldade alguma para
ser localizada. Esta escola é o Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do
Norte – Unidade Sede, que por sinal ocupa a primeira posição (entre as escolas públicas) nos
23
três anos (2004, 2005 e 2006) e nos dois critérios de classificação. Entre a listagem geral, que
são as escolas públicas mais as escolas privadas, o CEFET-RN oscila entre 1º e 2º colocado.
Percorrendo a lista, e observando a relação escola por escola, encontra-se as outras
cinco escolas que constituirão a nossa lista. Em primeiro lugar classificaremos as escolas
quanto à taxa de matriculados, sendo expresso em cada célula do gráfico nº1, a escola, a taxa
de matriculados e a sua colocação geral (públicas + privadas).
ANO 1º 2º 3º 4º 5º 6º
34,4% - 2º 13,6% - 27º 11,3% - 32º 10,3% - 36º 10,2% - 37º 10,1 – 38º
CEFET Santos Walfredo Padre Felipe Francisco
Dumont Ivo
Gurgel Miguelinho Guerra
2006
37,3% - 2º 11,8% - 56º 10,7% - 60º 8,8% - 71º 8,6% - 72º 8,3% - 75º
Gráfico 1 – Escolas Públicas Classificadas quanto à proporção inscritos/matriculados
Fonte: Criação do autor, a partir dos seminários de avaliação do Vestibular – UFRN.
As escolas públicas em negrito são as que apareceram pelo menos duas vezes no
Gráfico nº. 1. Como se observa, existem algumas escolas que aparecem apenas uma vez entre
essas seis primeiras colocações e em seguida somem das primeiras posições. Estas escolas
obtiveram apenas um desempenho fora do normal para aquele ano, e por isso não possuem
tradição de grandes aprovações. A escola José Fernandes Machado, por exemplo, apareceu
como quarta no ano de 2005, mas não obteve nenhuma aprovação em 2004, onde contava
com apenas seis inscritos, e em 2006 aparece na colocação de numero 90, com 4,5% de
aprovação. Como se observa esta escola apenas teve um ano especial, que provavelmente,
contou com melhores alunos ou com um incentivo maior por parte da direção da escola.
Já para classificar as escolas quanto ao número de aprovados, transcreveram-se as
listas de classificação (da COMPERVE) para um programa de planilhas eletrônicas, fazendo
assim a reclassificação das escolas (esta lista se encontra nos anexos). Para localizar as
escolas públicas, foram dados os mesmos passos: analisando posição por posição e
24
encontrando as seis primeiras escolas públicas. O gráfico 2 expressa além das escolas, o
número total de matriculados, seguido pela colocação geral da escola nessa segunda lista de
classificação.
ANO 1º 2º 3º 4º 5º 6º
UFRN, além de abranger um bom número de escolas. Seguem então as escolas públicas
selecionadas de natal:
O passo seguinte foi a seleção das escolas privadas. A seleção se deu de forma mais
simples que as da escola pública, pois, como já foi dito, com exceção do CEFET-RN, as
primeiras colocações são ocupadas pelas escolas privadas.
Por isso, para gerar os gráficos com as classificações, basta excluir o CEFET-RN, que
temos a listagem das seis primeiras escolas privadas.
De forma análoga ao CEFET-RN, a escola CEI (Centro de Educação Integrada),
domina as primeiras posições em ambas as listagens, com exceção do ano de 2005,
classificado por número de alunos matriculados (gráfico 4).
Segue-se o gráfico 3, que é semelhante ao gráfico 1, contendo em cada célula a escola,
a taxa de matriculados e a colocação geral da escola para aquele ano.
ANO 1º 2º 3º 4º 5º 6º
Como se pode observar acima, os primeiros lugares são literalmente dominados por
algumas escolas. A maioria delas se repete nos três anos. A única a aparecer de forma Isolada
foi a FACEX, em sublinhado. Logo, das escolas acima ela será a única a não ser analisada.
Como se vê, estas escolas possuem uma tradição de aprovação no processo seletivo de
vestibular da UFRN, se isso caracteriza ou não uma boa qualidade de ensino, a análise dos
resultados dirá mais adiante.
Resta saber se quando as escolas forem classificadas quanto ao número de alunos
matriculados, estas escolas voltarão a aparecer. É o que se vê no gráfico 4, que apresenta o
número total de matriculados e a colocação quanto a este número para cada escola:
ANO 1º 2º 3º 4º 5º 6º
81 – 2º 76 – 3º 59 – 4º 51 – 5º 49 – 6º 42 – 7º
Salesiano Neves CAP – CEI Marista CDF –
Prudente Centro
2005
Quando as Escolas são classificados quanto ao seu número de alunos matriculados nos
cursos da UFRN, vemos que as Escolas CEI e Salesiano estão presentes em ambos os
gráficos, e em todos os três anos. É provável que essas escolas possuam um ensino
diferenciado, tal como o CEFET-RN e o Padre Miguelinho, no caso das escolas Públicas.
Observando o ultimo gráfico, estão excluídas da seleção, as escolas: Contemporâneo,
CDF – Centro e Henrique Castriciano. Entretanto, a Escola Henrique Castriciano se faz
presente em todos os anos no gráfico 3. Então, de todas as Escolas presentes nos gráficos de
número 3 e 4, estão fora da pesquisa, Além o Contemporâneo e do CDF – Centro, a FACEX.
Dessa forma, finalizou-se a seleção das escolas de Natal, com a construção da lista
abaixo, que possui as escolas privadas que serão consideradas nessa pesquisa.
estabelecimento. A distribuição das escolas pela cidade de Natal esta mostrada no mapa da
figura 1, a seguir, segundo escolas públicas e privadas.
Os pontos pretos são as escolas públicas presentes em nossa lista e os pontos azuis são
as escolas privadas. Como se pode observar existe uma concentração dessas escolas em uma
pequena região da cidade de Natal (Figura 2). A grande região amarela é a cidade de Natal, e
o quadrado em destaque é a aproximadamente a região expressa com detalhes na figura 1.
Para uma cidade que abrange toda a legenda amarela da figura 2, essa região de concentração
das escolas é muito pequena.
29
Além da própria concentração das 18 escolas levadas em conta nesse trabalho, vemos
mais duas outras “sub-concentrações”: uma de escolas públicas e outra de escolas privadas.
Como é possível ver, existe um aglomerado de pontos pretos na região do centro da cidade,
no bairro de “Cidade Alta”. Estas escolas são as públicas que alcançaram as melhores
colocações, com exceção do CEFET-RN. O aglomerado azul que é constituído por seis
escolas abrange uma área maior, porém, em meio às essas escolas ditas importantes existem
dezenas de outras escolas privadas de porte consideráveis, e menores, que não foram
consideradas nessa pesquisa.
A maior parte dos professores de Física atuantes nessas escolas foram entrevistados,
por mim, nas próprias escolas. Alguns outros foram entrevistados a partir de terceiros ou em
outros ambientes fora das escolas em questão.
A maioria das escolas privadas foram hostis com a pesquisa cientifica, impondo
dificuldades e questionamentos para a aplicação do questionário junto aos professores de
Física. Em uma das escolas privadas não foi possível aplicar o questionário e nem entrar em
contato com algum professor. A coordenação pedagógica proibiu o meu acesso às salas de
aulas e de professores e prometeram que elas mesmas (as pedagogas responsáveis) entrariam
em contato com os professores de Física, aplicariam o questionário e em seguida entrariam
em contato comigo para ir até a escola coletar o questionário. Até a data de fechamento dessa
pesquisa de campo (25 de novembro de 2006) este contato não ocorreu.
As escolas públicas, pelo contrario, foram bem receptivas à pesquisa, atenderam-me
muito bem, incluindo os professores.
30
Como já foi dito anteriormente, o relatório foi levada a dezessete escolas. Oito dessas
são privadas e nove são públicas, como se pode observar no gráfico a seguir (gráfico 05):
Classificação da Escola
47%
53%
Pública Privada
Esses resultados são importantes, pois temos números equilibrados de escolas públicas
e privadas, e dessa forma é possível visualizar melhor o impacto das escolas públicas (ou
privadas) no resultado geral.
Alguns dos resultados expressos nos tópicos seguintes trazem os resultados das
escolas públicas e das escolas privadas de forma separada, como também trazem um gráfico
global, envolvendo todas as escolas pesquisadas. O fato de haver essa quase simetria de
escolas públicas e privadas faz com que seja melhor observável o impacto que os resultados
das escolas públicas ou privadas geram nos resultados globais
Infelizmente, o mesmo impacto não pode ser visto nos resultados do vestibular, pois o
número de aprovados no processo seletivo não representa os mesmos valores percentuais na
maioria dos cursos, que são quase que totalmente dominados por alunos de escolas privadas
(como Medicina, Direito) e outros por alunos de escolas públicas (Cursos de Licenciaturas),
(COMPERVE, 2006).
31
Grau de Formação
Graduando 18% 0%
24%
Graduado
Especialista
Mestre 58%
Públicas Privadas
0%
8% 0%
33% 0%
40%
60%
59%
Um outro ponto importante: O grau de instrução graduando está presente apenas nas
escolas públicas. È a condição de Estagiário. Muitas das escolas públicas estão sem
professores de Física em seu quadro permanente. Assim, para que os alunos tenham aula e
Física, a Secretaria de Educação realiza contratos temporários de estagiários para atuarem,
como professores e muitas vezes estes estagiários não chegam nem a serem alunos dos cursos
de física. E, quando chegam, se deparam logo coma a inexperiência. Ensinar Física Moderna
nessas circunstâncias se torna bastante difícil, já que os alunos-professores não possuem
(ainda) condições para cobrir a física clássica, quanto mais a moderna, que geralmente é vista
no fim dos cursos de graduação.
Por fim, como se pode ver, a proporção de graduados é basicamente a mesma para
ambas as escolas (59% para as Públicas e 60% para as privadas). Esses profissionais se
formaram basicamente na mesma instituição, logo, possuem iguais condições de trabalharem
bem os conteúdos da Física Clássica e ainda sim, a Física Moderna, abrangendo dessa forma a
Física e suas aplicações tecnológicas como um todo.
Com relação à área de formação dos docentes, é possível notar no gráfico 7 que a
maior parte dos profissionais entrevistados possuem formação em Física.
Area de Formação
Física
6%
Matemática 0%
6%
Outro curso da Área
Tecnológica,
curso de um outra
Área, 88%
Pública Privada
0%
11%
0% 0%
11% 0%
78% 100%
Gráfico 07: Dados sobre a Formação dos Docentes Entrevistados
Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.
33
O fato de termos 88% dos profissionais com formação em Física é um ponto positivo
que encontramos nesta pesquisa, já que um profissional de uma outra área não cursou as
disciplinas mínimas necessárias para adquirir um conhecimento razoável sobre a Física
Moderna a ponto de ensinar isso para os alunos de uma forma clara e correta. Vale a pena
perceber que nas escolas privadas têm-se apenas profissionais que possuem formação em
Física.
No caso as Escolas públicas, temos a ocorrência de 11% de professores com formação
em matemática e outros 11% que formados em algum outro curso de uma outra área. Esses
11% equivalem a um dos entrevistados. O que possui formação em Matemática é especialista.
Sua especialização o capacita para ensino de Física. Até então, nada agravante. O problema e
que o profissional que graduado “em um curso de uma outra área” é formado em Agronomia.
Se é possível ver isso entre as escolas públicas pesquisadas, que são as que mais aprovam no
vestibular da UFRN, não seria surpresa encontrar docentes que nem mesmos sejam formados,
lecionando pelo Rio Grande do Norte a fora. Se a cinemática fica prejudicada nesse contexto,
o que dizer da relatividade ou do principio da incerteza?
8 8 8 8 8 8 8 8
1 1 1 1 1 1 1
0
Nebhum
Teoria de
Modelo de
onda partícula
Relatividade
Radioatividade
Principio da
Fotoelétrico
Planck
Incerteza
Dualidade
Bohr
Efeito
Pública
Privada
Gráfico 08: Relação dos conteúdos de Física Moderna abordados pelos Professores
Fonte: criação do autor, a partir dos resultados do questionário.
Constatamos que nove escolas ministram os conteúdos de Física Moderna. Não apenas
abordam os conteúdos como, dizem, ensinam TODOS os conteúdos de Física Moderna
presente no questionário. Resta agora analisar como estão sendo trabalhados esses conteúdos.
35
11%
33%
Diluída no
Ensino Meio
Diluída no 3º
Ano
56%
Concentrada
Apostila Própria
8
7
Apostila de
Terceiros
Material da
Internet
Nenhum
0 0 0
imagens em 9
Vídeos
7
programa de
computador 5 5
software
2
Quadro e giz
No gráfico n.º11 vemos que o bom e velho “quadro e giz” está presente na didática de
todos os professores. Imagens em vídeos são comuns na grande maioria dos profissionais. È
bom notar que o vídeo está sendo mais empregado que o retroprojetor e que o computador,
que possuem colunas da mesma altura. Dois professores assinalaram a opção software.
Quando questionado qual software foi empregado, os professores não souberam especificar
qual software usavam.
Analisando então os gráficos e n.º10 e 11, vemos que esta havendo condições mais
que suficiente para que os conteúdos de Moderna sejam passados e forma clara e objetiva. Só
não é possível saber se tais recursos estão sendo bem ou mal empregados (ou se são realmente
empregados).
A Física Contemporânea lida com corpos com velocidades muito altas (relatividade
especial), com um mundo muito pequeno (Mecânica Quântica) e com o muito grande
(relatividade geral). É de se esperar que levar para a sala de aula ou laboratório práticas
experimentais dos fenômenos presentes na Moderna sejam um tanto trabalhoso ou
impraticável. Porém, as aplicações práticas da Física Moderna estão presentes por toda a
parte. Demonstrar e explicar tais aplicações em laboratório contribui para se ter uma prática
experimental.
38
Pratica experimental
33%
67%
Sim Não
Das nove escolas entrevistadas apenas três (33% - gráfico 12) alegaram ministrar os
conteúdos de Física Moderna utilizando experimentos. Duas delas são privadas. Os
professores são os mesmo dois que responderam utilizar softwares sobre Física Moderna.
Todos os três professores responderam utilizar experimentos sobre efeito fotoelétrico. O
terceiro professor é professor o CEFET-RN, que além do efeito fotoelétrico também trabalha
experimentos sobre o modelo e Bohr e o átomo e hidrogênio.
Porém, a maior parte dos percentuais da “pizza” do gráfico n.º 08 esta dividida para a
resposta não. Os que responderam “sim”, tiveram a criatividade e o empenho em demonstrar
experimentalmente o efeito fotoelétrico, que por sinal não é tão complicado assim. Essa falta
de praticidade dificuldade na aprendizagem dos conteúdos de Moderna.
Nas escolas públicas, muitos professores disseram que não ministravam os conteúdos
de Física Moderna porque o tempo destinado à disciplina de Física nas Escolas públicas é
muito reduzido, assim, muitas vezes não há tempo nem mesmo de concluir os conteúdos
básicos da Física, como as Leis fundamentais da Mecânica, Termodinâmica ou
Eletromagnetismo. São comuns histórias de professores que passaram metade do ano letivo
em apenas um conteúdo da Física.
Em função desta realidade foi importante questionar quanto tempo é destinado aos
conteúdos de Física Moderna nas Escolas. As resposta foram as mais variadas possíveis,
variando de duas semanas de aulas a um bimestre inteiro, se consideramos que o conteúdo foi
compactado em um único momento. Em média, temos um tempo destinado de
39
100%
Até então analisamos a didática e metodologia básica dos docentes em Física das
escolas selecionadas em Natal. Já discutimos na introdução o quanto é importante o ensino de
Física Moderna no ensino médio. Mas devemos lembrar que a construção do conhecimento
pelos alunos é o objetivo principal do processo ensino-aprendizagem. Com base nisso,
perguntamos aos docentes quais as principais dificuldades encontradas pelos alunos quando se
40
fala em Física Moderna, como também o desempenho dos alunos nos sistemas avaliativos dos
professores (provas, trabalhos, seminários). Dando uma olhada no gráfico de n.º 14 vemos
quais são, segundo os docentes, as dificuldades mais freqüentes dos alunos.
Principais Dificuldadades
Falta de interesse
7
Dificuldade em
relação ao
conteúdo
Ausência de
material Didático
Material prático
3
insuficiente 2 2 2
Falta de tempo
78%
Péssimo Ruim Bom Ótimo
Para finalizar esta discussão acerca dos resultados do questionário, vamos apontar
como os professores avaliam a importância do ensino de Físicas Moderna no ensino médio.
Esta é a última questão do questionário, e foi respondida tanto por professores das escolas
públicas como das escolas privadas. Observamos o resultado dessa questão no gráfico n.º 16,
onde encontramos as respostas para as escolas públicas e privadas.
42
É um conteúdo 12%
invariante
0%
É apenas 6%
interessante
12%
É importante
apenas para o
vestibular. 70%
É importante
Públicas Privadas
0%
11% 0% 13% 0%
22% 13%
0%
67%
74%
5 CONCLUSÃO
Após analise dos dados do questionário, é possível perceber que, para um Estado que
está entre os primeiros do país (e primeiro do Norte-Nordeste) a exigir conteúdos de Física
Moderna no vestibular, têm-se um ensino deficiente desse conteúdo. Vimos que A
Universidade Federal do Rio Grande do Norte cobra os conteúdos de Moderna desde 1998
(BEZERRA, 2005), ou seja, a Física Moderna já “bate” nas portas das escolas para ser
ensinada a quase oito anos, e mesmo assim, muitas escolas ainda não ministram ou ministram
mal os conteúdos desenvolvidos na Física a cerca de um século atrás.
Creio que o resultado mais divergente dessa situação é o fato das escolas públicas
Estaduais esvaziarem-se da responsabilidade em ministrarem os assuntos de Física Moderna,
lembrando que vários professores da rede pública também afirmaram ter dificuldades em
atingir os conteúdos do eletromagnetismo, encerrando o ensino médio com conceitos de
resistência em série e paralelo. Dessa forma, as escolas públicas estaduais regressam não
apenas um século no conhecimento científico indo parar bem antes das equações de Maxwell
e das experiências de Orested.
Como uma Universidade Pública, a exemplo das que temos presentes na cidade de
Natal, podem cobrar conteúdos (como a Física Contemporânea) que não são passados para os
alunos das escolas públicas? Já as particulares, pelo contrário, trabalham em função do
vestibular, e como esse passou a cobrar Física Moderna, as escolas passaram a tentar ensinar
Física Moderna. Nos primeiros anos de Moderna no vestibular, era comum os alunos
afirmarem que olhavam para a questão e não faziam nem idéia do que era aquilo. Com o
tempo, o programa da UFRN para física se tornou bastante extenso. Para cobrir todo o
programa a Universidade insere questões de moderna que estão atrelados a outros
conhecimentos Físicos, o que piora ainda mais a situação para as escolas, principalmente por
que a maioria ver os conteúdos da moderna de forma separada e distinta da clássica.
Diante dos resultados expressos pela pesquisa, é possível concluir que uma das escolas
que melhor trabalha Física Moderna é o Centro Federal de Educação Tecnológica do RN,
sendo a única instituição pública que ministra tais conteúdos. Vamos tomar esta instituição
como exemplo comparativo para demonstrar como pode ser ensinada a Física Moderna nas
escolas.
Primeiro, o CEFET-RN é a instituição que possui a melhor qualificação de
professores. Como vimos na pesquisa, as escolas públicas contam, ainda, com um número
44
grande de estagiários e profissionais que nem mesmo são formados em Física. Isso prejudica e
muito o Ensino, além de temos percentual elevado de professores apenas com graduação nas
escolas privadas.
Segundo os dados analisados, o CEFET consegue abordadar todos os conteúdos da
Física Moderna. Já as outras Escolas Públicas não abordam nenhum assunto da Física
Moderna. As escolas privadas pesquisadas também enfatizam todos os conteúdos. O que na
nossa visão é uma boa situação.
O CEFET é o único que trabalha a física moderna diluída nos anos do Ensino Médio,
dessa forma, os alunos conseguem perceber melhor as relação que existem entre a Moderna e
a Clássica e perceber que a moderna não é algo a parte. As escolas privadas, quando não vêm
os conteúdos concentrados no fim do terceiro ano, trazem como uma aula separada durante
todo o terceiro. Assim, se passa a imagem que a física Moderna é outra física, que nada tem a
ver com a Newtoniana.
A pratica experimental, por mais simples e elementar que seja se faz presente apenas
no CEFET-RN e em outras duas escolas privadas. O experimento, ou qualquer aplicação
prática é fundamental para o entendimento dos estudantes.
Vimos aqui que o tempo destinado é insuficiente, já que todos os professores alegaram
isso. Para assuntos um tanto complexos e bem diferente do mundo observável a ”olhos nus”,
aulas relâmpagos ou “aulões” de Física Moderna não são a solução. Este e outros fatores,
torna o ensino de Moderna nas escolas privadas apenas uma complementação para passar no
vestibular. Se alguma Universidade pública de Natal cobra-se conteúdos de “eletrodinâmica
quântica”, veríamos no outro dia dezenas de escolas alegando ensinar tais conteúdos.
Assim, para uma melhoria no ensino de Física Moderna é necessário haver uma
reformulação no currículo de Física das Escolas, para poder incrementar a Moderna em todos
os anos do ensino médio, excluindo o enfoque de vestibular existente no terceiro ano, e
lembrar de procurar dedicar mais tempo a esse tipo de conteúdo. Uma qualificação vem a ser
necessária para muitos professores que se encontram inseguros para aplicar tais assuntos na
sala de aula.
Com relação às escolas públicas, alguns professores afirmaram que a situação
melhoraria coma chegada do livro didático para as escolas públicas, programa financiado pelo
governo Federal. Resta saber se quando tal livro chegar, este conterá Física Moderna em seu
currículo. Na verdade, para ensinar física moderna nas escolas públicas não há necessidade de
um livro didático, embora, é claro, este ajude bastante. O CEFET-RN apresenta um ótimo
desempenho no processo seletivo do vestibular, mesmo sem adotar nenhum livro. Queremos
45
dizer que não é nenhuma missão impossível, mas é muito mais uma questão de sair do
comodismo e enfrentar novos desafios.
Afinal, chega a ser extremamente difícil ter que encerrar este trabalho mostrando a
antítese do Rio Grande do Norte, terceiro estado do país a ter uma Universidade Pública que
exige como pré-requisito ao seu acesso determinados conteúdos, como é o caso da Física
Moderna (constatado neste estudo), que não são contemplados na maioria das instituições
públicas de ensino, locais onde povoam maior parte da população carente, que não possui
recursos financeiros suficientes para custear as mensalidades de alto custo cobradas pelas
instituições privadas de ensino no estado.
46
REFERÊNCIAS
CASTRO, Ronaldo A. de; CORREIA Filho, João A.; GONÇALVES, Heitor A., A inserção
da física moderna no ensino médio, in: XV Simpósio Nacional do Ensino de Física, p 1780 –
1789, 2003.
LIMA, Alberes L. de; BARROS, Kcrishna V. S.; VIEIRA, Paula D. S.; ASSIS, Priscila P. de,
Qualificações profissionais dos professores de Física do ensino médio da Mata Norte de
Pernambuco, ata do XV Simpósio Nacional do Ensino de Física, p 1898 – 1904, 2003.
MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Física. São Paulo: Scipione, 1997. p.14-15.
MEC, Bases Legais dos PCN – Ensino Médio, Ministério da educação, 2002. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/baseslegais.pdf> acessado em 16 de dezembro de
2006.
MOREIRA, Ildeu de Castro,1905 – Um ano miraculoso, Revista Ciência Hoje, Vol 36, n
212, p 34-41, janeiro/fevereiro de 2005.
NEVES, Marcos Cesar Danhoni; SAVI, Arlindo Antônio, A Sobrevivência do Alternativo: Uma
Pequena Digressão Sobre Mudanças Conceituais Que Não Ocorrem no Ensino de Física.
Revista Ciência & Educação - Vol. 6, N° 1, 2000
PAPERT, S. A maquina das crianças. Rio Grande do Sul: Artes Médicas, 1994.
ROMANO, Jair Carlos. Governo do Estado do Rio Grande do Norte: Ensino Médio de
qualidade. Física. Natal: Sistema de Ensino Holos, 2004.
SCHODINGER, Erwin, O que é vida? O aspecto físico da célula viva, Tradução de Jesus de
Paula Assis e Vera Yukie Kuwajima de Paula Assis – São Paulo: Fundação Editora da
48
STACHEL, John. 1905 e tudo o mais. Revista Brasileira de Ensino de Física vol. 27, n. 1,
2005. Disponível através de: www.sbfisica.org.br.
APÊNDICE
( ) Graduando
( ) Graduado
( ) Especialista
( ) Mestre
( ) Física
( ) Matemática
( ) Outro curso da Área Tecnológica, Qual:__________________
( ) curso de um outra Área, Qual:__________________
( ) Relatividade
( ) Teoria de Planck da Radiação
( ) Efeito Fotoelétrico
( ) Modelo de Bohr e átomo de hidrogênio
( ) Complementaridade de Bohr (Dualidade onda partícula)
( ) Principio da Incerteza de Heisenberg
( ) Radioatividade
( ) Não abordo nenhum conteúdo. (Passe para o item 13)
( ) Retroprojetor ___________________
( ) Exposição de imagens em Vídeos ___________________
( ) Apresentação em programa de computador ___________________
( ) Utilização de software ___________________
( ) Quadro e giz ___________________
( ) Não.
( ) Sim. Quais os conteúdos trabalhados em laboratório?
( ) Relatividade
( ) Teoria e Planck da Radiação
( ) Efeito Fotoelétrico
( ) Modelo de Bohr e átomo de hidrogênio
( ) Complementaridade de Bohr
( ) Principio da Incerteza de Heisenberg
( ) Radioatividade
( ) Falta de interesse
( ) Dificuldade em relação ao conteúdo
( ) Ausência de material Didático
( ) Material prático (de laboratório) insuficiente
( ) Falta de tempo para Estudos e aprimoramentos
ANEXO
Lista 01
Escola
Candidatos Matriculados Taxa_Mat Ranking
CEI 419 168 40,1% 1
CEFET 1002 374 37,3% 2
Centro Educacional Maristella 119 43 36,1% 3
GEO Stúdio 150 52 34,7% 4
Educandário Jesus Menino 78 24 30,8% 5
Santo Agostinho 98 29 29,6% 6
Henrique Castriciano 322 92 28,6% 7
FACEX 223 62 27,8% 8
Maria Auxiliadora 288 76 26,4% 9
Salesiano 659 166 25,2% 10
Neves 560 137 24,5% 11
Contemporâneo 507 122 24,1% 12
Universidade da Criança e do Adolescente 140 33 23,6% 13
Instituto Reis Magos 123 29 23,6% 14
Centro Fed. de Educação Tecnológica do RN 85 20 23,5% 15
Marista 516 121 23,4% 16
Colégio Batista Bereiano 86 20 23,3% 17
Impacto Colégio e Curso 127 28 22,0% 18
Instituto Brasil 93 20 21,5% 19
Escola Cooperativa de Parelhas 56 12 21,4% 20
Mundial Colégio e Curso 75 16 21,3% 21
Mundial Colégio e Curso 75 16 21,3% 22
Centro Ed. Libânia Medeiros 63 13 20,6% 23
52
Lista 02
Matriculados
Escola Candidatos Taxa_Mat. Ranking
CEFET 1002 374 37,3% 1
CEI 419 168 40,1% 2
Salesiano 659 166 25,2% 3
Neves 560 137 24,5% 4
Contemporâneo 507 122 24,1% 5
54
Lista 03
Rank.
Escolas em Natal
Candidatos Matriculado Taxa Matric. Matric.
CEI 364 128 35,20% 1
CEFET 1043 359 34,40% 2
Henrique Castriciano 281 92 32,70% 3
GEO Stúdio 170 51 30,00% 4
Salesiano 638 187 29,30% 5
CDF – Prudente 196 57 29,10% 6
Maria Auxiliadora 276 74 26,80% 7
Neves 570 144 25,30% 8
Escola Doméstica 93 23 24,70% 9
Executivo (FACEX) 201 49 24,40% 10
Centro Educacional Maristella 128 31 24,20% 11
Instituto Reis Magos 107 24 22,40% 12
Marista 507 112 22,10% 13
Hipócrates – Zona Sul 281 60 21,40% 14
Impacto 132 27 20,50% 15
CAP I – Prudente 665 133 20,00% 16
Contemporâneo 459 87 19,00% 17
Objetivo 109 19 17,40% 18
Colégio Batista Bereiano 61 10 16,40% 19
Sagrada Família 206 32 15,50% 20
Hipócrates – Zona Norte 228 35 15,40% 21
COC – Natal 52 8 15,40% 22
Santo Agostinho 98 15 15,30% 23
Ferro Cardoso -Centro 134 19 14,20% 24
CDF – Centro 785 111 14,10% 25
Colégio Imaculada Conceição 250 34 13,60% 26
Domingos Sávio 103 14 13,60% 27
Hipócrates – Centro 373 50 13,40% 28
Instituto Brasil 86 11 12,80% 29
Colégio Criativo 60 7 11,70% 30
Expansivo 130 15 11,50% 31
Walfredo Gurgel 97 11 11,30% 32
Líder Colégio e Curso 310 34 11,00% 33
57
Lista 04
Lista 05
Lista 06