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"É absolutamente seguro dizer que, se você encontrar alguém que afirme não
acreditar na evolução, esta pessoa é ignorante, imbecil ou insana (ou maligna,
mas eu prefiro não considerá-la assim)" - Richard Dawkins, eminente zoólogo,
cientista, autor e professor da Oxford University
Teoria da Evolução... por que questionar esta teoria científica? Ela não é um dos
modelos científicos de maior aceitação entre biólogos e demais cientistas? Todos
os leigos, apesar de a maioria desconhecê-la completamente, "confiam" nela.
Por que então questionar na mídia o lugar de honra que lhe foi concedido pela
Academia? "Todos os biólogos e cientistas aceitam a teoria da evolução", "Não
há crise no neodarwinismo" é o que é propalado com destaque pelos cientistas.
Mas será que é assim mesmo?
Os paradigmas em física são mais rapidamente modificados. Por quê? Será que
os físicos sabem de ‘algo mais’ para o qual não há saída, a não ser a humilde
resposta sobre as origens do Universo "Não sabemos"? A ciência não é
omnicompetente...
Ironia à parte, alô Popper, alô Kuhn, alô Feyerebend, anunciaram o fim da
Ciência. Precisamos de vocês, câmbio... cambrio... cambriano... O Big Bang da
Vida - o tendão de Aquiles das teorias da evolução!!!
Não há medição científica confiável além de 1 milhão de anos (Dr. Carl Swisher
e Dr. Garniss Curtis, do Institute of Human Origins, Berkeley, especialistas em
geocronologia, Time, March 4, 1994, pp. 33 e 33). Cheiro de metafísica...
Ciência fundamentalista
Onde é que fica a visão kuhniana em toda esta história? As anomalias existem, o
modelo teórico não consegue mais respondê-las, a teoria entrou em crise, há
debates intramuros, foram criadas teorias ad hoc (será que diferem do Deus das
lacunas? - parece que não) para salvar/manter o paradigma. Estamos vivendo a
transitoriedade crítica do neodarwinismo. Há outras propostas, como o
Planejamento Inteligente (Michael J. Behe - A caixa preta de Darwin, Rio de
Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997), mas a Nomenklatura acadêmica nem sequer
deseja ouvir o pleito dos inovadores.
Toda idéia ou teoria científica deve ser debatida para o bem da ciência. Esta é a
máxima propalada pelos cientistas, mas pouco seguida por eles mesmos.
Especialmente a Teoria da Evolução. Por quê? Porque ela permeia toda a nossa
Weltanschauung cultural atual. Por que o neodarwinismo não pode ser
submetido ao rigor do método científico? Por que não o debate público de suas
teorias? O modelo neodarwinista deve ser trazido para este debate racional,
porque como teoria não pode arrogar o status de "fato" acima de quaisquer
suspeitas em contrário. Se não, temos aqui o exemplo ímpar de theoria
perennis. Não fazer isso é condenar o mundo a um poço profundo de ignorância
intelectual. Se o paradigma científico estiver errado, quais foram/são/serão as
conseqüências para as pesquisas biológicas???
Quando Karl Popper concluiu em 1976 que "o darwinismo não é uma teoria
científica testável, mas um programa de pesquisa metafísica" [Unended quest:
an intellectual autobiography, La Salle, IL, Open Court, p. 168], qual foi a
reação da Nomenklatura científica? Lidar com a proposição popperiana,
demonstrar o contrário ou negar-lhe cidadania no reino científico por não
"rezar" pelo cânon vigente? Não lidaram com a proposição popperiana e quase
lhe cassaram a cidadania no reino científico - este, por razões pragmáticas de
sobrevivência na Academia, abjurou de muitas de suas teses céticas em relação à
ciência biológica. Patrulhamento ideológico. Verdadeira Inquisição. Sem
fogueiras... Tratamento diferente do dispensado a Galileu? Não!
"Vocês podem me dizer alguma coisa sobre evolução, qualquer coisa que seja
verdade?"
A resposta que obtive, até de ombudsman (Caio Túlio Costa et al.) é que iriam
conferir se as minhas colocações realmente procediam. Ou então a resposta
automática de Veja: agradecemos o seu interesse, blá, blá, blá... Dificilmente
lidaram com os aspectos científicos salientados. A resposta mais precisa que
obtive foi do diretor de Redação de Veja: não avaliamos o valor científico da
pesquisa/achado, somente informamos. Numa reportagem seguinte, Veja se
contradisse. Seus repórteres seguiram ‘cegamente’ os enunciados
neodarwinistas...
Um mito refinado
À primeira vista estas perguntas podem parecer pueris, mas são fundamentais.
São fundamentais porque as teorias científicas que temos sobre a origem do
universo e da vida não diferem dos mitos religiosos: são inobserváveis e há um
quê de onipotência naturalista. Quando Darwin elaborou sua teoria, ele o fez
com velados interesses filosóficos naturalistas de sua época. Um mito refinado e
bem apoiado até por um Zeitgeist onde impera o naturalismo filosófico
travestido de ciência.
Há, pelo menos, cinco crises dentro do atual modelo. Mesmo as teoriasad hoc
criadas não conseguiram salvar a teoria, antes, trouxeram mais problemas:
Depois do aqui exposto, alguns órgãos da mídia brasileira vão ter que lidar com
as seguintes perguntas e hipóteses: Por que as dificuldades teórico-empíricas do
neodarwinismo não são apresentadas ao público leitor? (PC) Em torno dessa, as
seguintes perguntas foram concebidas: havia conhecimento da parte dos
jornalistas científicos das "anomalias" não respondidas pelo neodarwinismo
como paradigma científico? (P1) Se havia conhecimento, por que não considerar
a proposição de Kuhn (A estrutura das revoluções científicas, especialmente o
cap. 8) de uma crise paradigmática demandando o surgimento de um novo
paradigma? (P2) Qual o lugar específico da "filosofia naturalista" da parte dos
jornalistas na manutenção de um modelo científico que, apesar de ser
considerado "o mais confiável" entre os cientistas, sugere ser mais metafísica do
que propriamente ciência? (P3) Por que os jornalistas científicos não fazem
distinção entre Teoria Especial da Evolução (micro-evoluções, intra-espécies,
empiricamente comprovadas) e a Teoria Geral da Evolução (macro-evoluções,
inter-espécies, empiricamente não-comprovadas) se esta distinção é precípua
para a compreensão de todo o referencial teórico evolutivo? (P4) Por que os
editores de Ciência não salientaram estas "anomalias" para seus jornalistas
quando da elaboração de reportagens sobre o tema? (P5)
FONTE:
http://pos-darwinista.blogspot.com/2006/01/crtica-nebulosa-ou-devastadora-ao.html
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc201298.htm