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ARREBATAMENTO

- por René Burkhardt | 17 de Julho de 2008

"depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados


juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos
ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor." (1Ts 4.17)

A Palavra de Deus nos fala sobre um arrebatamento para os cristãos que estiverem vivos
em um determinado momento da história. Através do apóstolo Paulo, o Espírito de Cristo nos
revela esse mistério, citando, inclusive, o tempo exato em que isso deveria ocorrer, em
concordância ao que o próprio Mestre já havia revelado. Mas situar esse tempo na história tem
gerado muitas discussões, por divergências de opinião quanto a sua posição em relação à
tribulação, ou septuagésima semana de Daniel.
Quando o apóstolo escreveu a esse respeito para os cristãos de Tessalônica, foi por se
preocupar com a tristeza que estava atingindo aquela igreja devido à morte de irmãos (1Ts
4.13), em decorrência da grande tribulação pela qual a Igreja passava naquela época. Ele
lembrou a ressurreição de Jesus e a conseqüente ressurreição, e sua reunião a Ele, daqueles que
morreram em Cristo (v.14), antes mesmo que os cristãos que estiverem vivos, quando de Sua
maravilhosa volta, sejam reunidos a Ele através do arrebatamento (vs.15-17). Paulo relembrou
à igreja "que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite" (1Ts 5.2) e, por isso, não seria
necessário escrever sobre tempos e épocas (v.1), pois essa reunião se dará, apenas, naquele
Dia e que os cristãos não seriam pegos de surpresa por ele, como os demais, porque os crentes
andam na luz do Senhor (vs.4-5), ou seja, estão totalmente informados por Sua Palavra de que
aquele é um dia de glória para os que mantêm o testemunho de Jesus e de terror somente para
os que não deram crédito a Cristo. Ele ainda recomendou à igreja que se revestisse de fé, amor
e esperança, afirmando que os cristãos que estiverem vivos naquele Dia, não o estarão por
terem sido destinados à ira, "mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo",
quer vigiem, quer durmam (vs.8-10). Paulo voltou a tocar nesse assunto, quando escreveu sua
segunda carta a essa igreja, novamente vinculando a nossa reunião com Ele à vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo (2Ts 2.1), no Dia do Senhor (v.2). E esse Dia só aconteceria depois que
viesse a apostasia e fosse revelado o anticristo (vs.3-4). Esse foi o consolo que o apóstolo
providenciou para uma igreja que, por estar desatenta à Palavra e à pregação (v.5), temia que
aqueles que estavam morrendo tivessem perdido a salvação, já que não estariam presentes
quando o Senhor Jesus voltasse e arrebatasse a Sua Igreja, ao final daquele período que eles
consideravam ser a tribulação final, num claro sinal de que haviam sido ensinados que a Igreja
estaria na terra até a volta visível de Cristo, ao final da tribulação.
Apesar da clareza das Escrituras a esse respeito, desde o século XIX muitos cristãos têm
crido em um arrebatamento anterior ao período da tribulação, ou seja, os sete anos de reinado
do anticristo, após o acordo de paz com Israel intermediado por ele. E o que levou os cristãos a
pensarem desta forma, se diversas passagens na Bíblia situam o arrebatamento no final dessa
tribulação? Certamente, um dos motivos que os levaram a isto foi confundir esse período com o
tempo da ira de Deus, sabendo que os cristãos não são destinados a ela (1Ts 5.9). Nesse
sentido, precisamos compreender alguns aspectos revelados pelo Senhor. Em primeiro lugar,
vemos em Tiago 1.13 que Deus “...a ninguém tenta”. Isto quer dizer que o Senhor nunca nos
daria uma ordem que Ele mesmo não cumprisse, pois, desta forma, estaria nos tentando a
agirmos como Ele, a despeito de Sua Palavra, já que devemos seguir Seu exemplo. E em Efésios
4.26, nos é dada uma ordem que o próprio Senhor nunca vai descumprir: “...não se ponha o sol
sobre a vossa ira”. A menos que nos sete anos da tribulação o sol não se ponha mais, fica
evidente que a ira do Senhor será derramada em um dia apenas. Apesar de todas as
manifestações sobrenaturais previstas para aquele período, podemos considerar que elas serão,
ainda, uma expressão da misericórdia de Deus, chamando a atenção de todos para Si mesmo,
numa estrondosa tentativa de reconciliação dos ímpios com o Deus Criador, porque Ele não quer
“...que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 3.9). Podemos
perceber uma certa tristeza do Espírito de Cristo ao revelar, através de João em Apocalipse 9.21-
22 e 16.9 e 11, que, mesmo diante de todos aqueles sinais, os ímpios não se arrependiam de
suas más obras e não se voltavam para Deus. Assim, podemos concluir que a verdadeira ira de
Deus é cessar Sua misericórdia sobre as pessoas, depois que elas atingirem um limite de
iniqüidade (cfe. Gn 15.16 “... porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos
amorreus”.), e as condenar a uma eternidade de sofrimento, afastadas de seu Criador. O Senhor
tem total domínio sobre a vida e a morte. Se alguém morre, em qualquer época, sem
reconhecer o senhorio de Cristo, certamente a misericórdia de Deus cessou sobre essa pessoa e
ela já foi condenada. O Senhor, na realidade, consumará Sua ira quando lançar a besta, o falso
profeta, o Diabo, a morte, o inferno e todo aquele que não foi achado inscrito no Livro da Vida
para dentro do lago de fogo e enxofre (Ap 20.10,14-15). Os que não foram achados inscritos no
Livro da Vida são os que não reviveram na primeira ressurreição, ao final da Grande Tribulação
(Ap 20.5), e os que morrerem durante o milênio. Seu julgamento ao final do milênio (Ap 20.12)
é, apenas, uma justificativa para a sua condenação, através da confrontação de suas vidas com
a Palavra de Deus, que foi rejeitada por todos eles. E todo aquele que morre sem ter a Cristo
Jesus como Senhor, já está separado para isto. Isso nos revela que essa condenação não é só
para as pessoas que receberem a marca da besta no período tribulacional, mas para todas as
pessoas, de todas as épocas, que não creram em Jesus, o Cristo de Deus. Então essa ira não
pode ser relacionada a um processo tribulacional por um período de tempo, onde existe somente
o dano físico que pode atingir tanto aos não crentes, como aos crentes, sendo que estes têm sua
salvação assegurada independentemente de sua integridade física. Pois os que tiverem morrido
em Cristo, em qualquer época, terão parte na primeira ressurreição, inclusive aqueles que foram
“...decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus,
tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca
na fronte e na mão...” (Ap 20.4). E aqui entra um segundo aspecto revelado por Deus: em 1Jo
4.2-3 e 1Co 12.3 somos ensinados que a única forma de alguém reconhecer e se submeter ao
senhorio de Cristo é através do Espírito Santo. E uma das coisas que é ensinada por aqueles que
defendem um arrebatamento anterior à tribulação é que o Espírito Santo tem que ser afastado
do mundo (e, conseqüentemente, a igreja também), para que o anticristo possa exercer seu
reinado mundial. Isto é ensinado com base em 2Ts 2.6-8, onde entende-se que “aquele que
agora o detém” seja o Espírito Santo em Sua totalidade, não apenas como a autoridade para
deter temporariamente a Satanás, um ministério do Espírito de refrear a iniqüidade, que é o
demonstrado pelo contexto bíblico. Se alguém só pode reconhecer o senhorio de Cristo (e se
submeter a ele) pelo Espírito Santo e Este não estiver presente na Terra durante a tribulação,
como a grande multidão mencionada no livro de Apocalipse 7.9-14 poderia ter sido salva? Por
esforço próprio? Isto faria com que a glória do Senhor tivesse que ser dividida com eles, afinal,
eles teriam buscado a Deus sozinhos e teriam praticado obras que os salvassem. Ora, em Isaías
42.8 e 48.11 vemos que o Senhor jamais dividirá Sua glória com quem quer que seja. Em João
6.44 vemos que ninguém vai ao Senhor Jesus se o Pai não o levar e sabemos que isto Ele faz
através do Espírito Santo, que convence “o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8). E
também vemos em Efésios 2.8-9 que ninguém alcança a salvação por obras, porque ela é pela
graça de Deus através da fé, que é um dom de Deus. Desta forma, constatamos que, para que o
Espírito Santo se ausentasse da Terra durante a tribulação, seria necessário que Deus mentisse,
pois as pessoas poderiam, afinal, conquistar sua salvação por esforço próprio. E isto é absurdo!
É negar que havia a necessidade do sacrifício de Jesus para a nossa redenção! Pois se pelo
menos um ser humano tivesse a capacidade de obter a salvação por méritos próprios, todos os
outros também teriam e a morte de Cristo se tornaria vã.

UM MISTÉRIO

“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos,


mas transformados seremos todos, num momento,
num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última
trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados”. (1Co 15.51-52)

No texto acima, vemos o apóstolo Paulo se dirigindo a outra igreja a respeito do mesmo
assunto e, como não poderia deixar de ser, com a mesma instrução. Novamente ele coloca como
necessária a ressurreição dos mortos em Cristo antes do arrebatamento dos crentes que
estiverem vivos naquele momento. Este ensino descarta completamente a possibilidade de um
arrebatamento anterior à liderança mundial do anticristo, pois o próprio Senhor Jesus revelou
através do apóstolo João, nos capítulos 19 e 20 de Apocalipse, que no momento da Sua volta Ele

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lançará a besta e o falso profeta no lago de fogo (19.20), matará todos que estiverem nos
exércitos congregados contra Jerusalém (19.21) e um anjo aprisionará o Diabo num abismo por
mil anos (20.1-3). E é no momento que essas coisas estiverem acontecendo que os mortos em
Cristo ressuscitarão, sendo que “... Esta é a primeira ressurreição” (20.5). Ora, é impossível
que haja uma ressurreição antes da primeira. Do contrário, ela já não seria a primeira e, sim, a
segunda. E sabemos que a Palavra do Senhor é verdadeira e sem falhas.
Como vimos, esse mistério foi sendo desvendado pouco a pouco para a Igreja primitiva,
através das pregações de Paulo para as diversas igrejas, culminando com a revelação do Senhor
Jesus ao apóstolo João sobre a época em que isso se daria. E essa revelação, em sua totalidade,
nos mostra claramente que a dispensação da Igreja existirá até o final da Grande Tribulação,
quando o Senhor vier entre nuvens, os mortos em Cristo ressuscitarem e os cristãos que
estiverem vivos na terra forem arrebatados. Só naquele momento os israelenses verão “aquele a
quem traspassaram” (Zc 12.10), se converterão a Ele “E, assim, todo o Israel será salvo” (Rm
11.26), dando início ao Reino milenar de Cristo na terra. Assim, vemos que “... os restantes da
sua (Israel) descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de
Jesus” (Ap 12.17) são os cristãos, pois, “... se sois de Cristo, também sois descendentes de
Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gl 3.29). E, naquele momento, os israelenses ainda
não terão se convertido ao Senhor Jesus, sendo impossível terem Seu testemunho. Pelo mesmo
motivo, os santos mencionados em Apocalipse 14.12 também são os cristãos, pois fala daquelas
pessoas perseverantes que não aceitarão a marca da besta, porque “guardam os mandamentos
de Deus e a fé em Jesus”.
Isso tudo deixa claro que o mistério, ao qual Paulo se referiu, é o arrebatamento, ou
seja, aqueles que não morrerem até o final da Grande Tribulação serão retirados repentinamente
da terra (dia e hora não são conhecidos – cfe. Mt 24.36, 25.13), tendo seus corpos
transformados, e se reunirão nos ares com o Senhor Jesus e com os mortos em Cristo, que já
terão ressuscitado. Só aqueles que perseverarem até o fim (Mt 24.13) participarão desse
arrebatamento. E, mesmo conhecendo a seqüência de fatos que terão que ocorrer, será
necessária muita perseverança para se chegar a ele, pois as tentações, privações, perseguições
e os perigos serão muitos e muito intensos, levando alguns a desistirem. Além disso, com a
mudança de contagem de tempo imposta pelo anticristo (Dn 7.25) e pelo fato de não existir
mais diferença entre noite e dia (Mt 24.29; Jl 2.10; Is 13.10; Ez 32.7-10) será impossível prever
o momento exato da volta do Senhor, momento este que parecerá demorar demais, diante de
todas as circunstâncias adversas daquele período. “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que
dia vem o vosso Senhor” (Mt 24.42).

MEU SENHOR DEMORA-SE...

No final do capítulo 24 de Mateus, entre os versículos 45 e 51, lemos uma parábola que
o Senhor Jesus nos conta a respeito de bons e maus servos. Ali, o Senhor descreve um servo
bom, a quem seu senhor deu autoridade para sustentar seus conservos a seu tempo e que o
acha fazendo assim na sua volta, e um servo mau, com a mesma autoridade, mas que,
intimamente (“disser consigo mesmo” - v.48), considera demorada a volta de seu senhor e
passa a destratar seus conservos e a se conformar com o mundo, em total desacordo com sua
missão. Claramente vemos que se trata de cristãos, pela relação que existe entre servos e seu
senhor que se ausenta temporariamente. Outro fato que percebemos, é que esses servos são
líderes, ministros da Igreja, pois é dada autoridade a eles para cuidarem de seus conservos.
A postura do servo fiel é a de cumprir a vontade de seu senhor independentemente do
tempo que ele levará para voltar e das circunstâncias, boas ou más, que esse servo terá que
enfrentar para cumprir o seu compromisso. Sua recompensa será infinitamente maior que as
dificuldades que tiver enfrentado. Já o servo infiel vai desviar o olhar de sua missão achando que
a volta de seu senhor está muito demorada. Ele não diz isto para ninguém, mas passa a agir
como se o seu senhor nem voltasse enquanto ele estivesse vivo e que suas ações, por isto, nem
fossem julgadas um dia. Este servo tem em sua mente a mentira diabólica de que o Senhor
Jesus não tem previsão de volta e, desta forma, não precisa ter uma vida reta. Não precisa
buscar a paz com todos. Não precisa buscar a unidade no lar, na igreja, no trabalho. Ele pode
magoar o seu próximo, levantar falso testemunho contra ele, pode acusá-lo e lançar fardos
sobre ele. Tal servo cede à atração e à sedução de sua própria cobiça, se entregando as suas
próprias paixões, assim como o mundo o faz. Esse servo mau diz consigo mesmo que ainda há
muita coisa para acontecer, muitas profecias para se cumprirem antes que o Senhor volte e,

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assim, não vigia, não fica apercebido, não atenta à Palavra, não presta atenção nos sinais dos
tempos, anda nas trevas de modo que “esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa” (1Ts 5.4)
como aos demais. Esse mau servo confirma totalmente o que Pedro escreveu, dizendo que “nos
últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões
e dizendo: ‘Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as
coisas permanecem como desde o princípio da criação’” (2Pe 3.3-4).
Além do comportamento desses dois servos, há uma diferença importantíssima entre
eles: um age de maneira inconseqüente por achar que o Senhor não tem previsão de volta. Caso
ele tivesse certeza, ou pelo menos pensasse, que o Senhor pudesse voltar ainda em seus dias de
vida, certamente ele faria todos os esforços para cumprir suas ordens, para manter as
aparências e receber sua recompensa, mesmo sem amor pela vontade do Senhor. Sua falta de
temor é por ter ouvido falar que o Senhor é misericordioso e, por isto, em caso de julgamento,
seu perdão estará garantido. Mas ele, na verdade, será castigado recebendo a ira de Deus. Já o
outro servo não se preocupa com o momento da volta de seu Senhor. Ele não se importa se Ele
está demorando, ou se Ele já está voltando. Ele não se importa se o mundo está desabando a
sua volta, se está empregado ou não, se terá alimento no dia seguinte ou não, se está passando
por grandes sofrimentos e tribulações. Ele está pronto para se encontrar com o Senhor em
qualquer momento, pois ele sabe que, na verdade, Jesus está com ele todos os dias, suprindo
todas as suas necessidades, enchendo seu coração de paz, livrando-o de todo mal que pudesse
prejudicar seu relacionamento com Deus, habilitando-o para toda boa obra, purificando-o do
pecado e aperfeiçoando-o a cada dia. Tudo isso por ser habitação do Espírito Santo, desde o dia
que se entregou de coração ao senhorio de Jesus. Sua meta não é a recompensa, mas fazer a
vontade do Senhor, por amor a Ele. E este deve ser o pensamento e a atitude de todo cristão,
olhando firme para o Autor e Consumador de nossa fé, pronto para enfrentar a fornalha, a cova
dos leões, o vale da sombra da morte, ou para repousar em pastos verdejantes junto a ribeiros
de águas límpidas, quer o Senhor venha buscá-lo neste momento, quer dentro de mais algum
tempo, ou na ressurreição.
“Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão
perseguidos” (2Tm 3.12), “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo
e não somente de crerdes nele” (Fp 1.29). Amém.

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