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Princípios da comunicação no rádio

Celso A. Freitas

O rádio, nesta época de grandes evoluções tecnológicas, continua sendo o


mais dinâmico meio de comunicação do País, dada à sua agilidade,
simplicidade de transmissão e de recepção, longo alcance e preço modesto do
equipamento. Também é, sem dúvida, o mais popular veículo de
comunicação, presente em praticamente todos os lares brasileiros, nos carros,
telefones celulares e on line, na internet. É, há algumas décadas, um
instrumento de extrema eficácia no dia-a-dia das grandes cidades brasileiras,
com trânsito congestionado e um longo tempo que estaria perdido, se não
fosse utilizado para se atualizar, com as notícias do rádio. A transmissão
ganha mais força nos momentos de emergência e nas tragédias, como
enchentes, interrupções de tráfego, acidentes, catástrofes, entre outros. Há hoje
emissoras oficializadas, transmitindo em todos os municípios de médio porte
em diante, além das rádios comunitárias, nas pequenas cidades, e das
“piratas”, que funcionam à revelia das autorizações oficiais. A maioria das
cidades brasileiras dispõe apenas do rádio como meio de comunicação local.

Embora a televisão brasileira tenha conseguido expressivo crescimento e se


firmado na sociedade como um dos mais importantes meios de comunicação,
o rádio, com suas mais de três mil emissoras, consegue, na soma total,
audiência superior a todas as redes de tevê, inclusive pela força do
revezamento. O rádio tem o horário nobre concentrado no período da manhã,
alternando com a televisão, que atinge o pico de aparelhos ligados nas
primeiras horas da noite. Do ponto de vista jornalístico, a capacidade de
retenção de informações, ao amanhecer, é maior do que após uma jornada de
trabalho. Trabalha a favor da tevê, a força da imagem.

Um dos fatores do sucesso do rádio é a utilização da mais primitiva forma de


comunicação do ser humano, que é o som, permitindo que pessoas de
diferentes níveis culturais compreendam a mensagem. O rádio tem como
vantagens adicionais a absoluta instantaneidade, porque transmite na
velocidade da luz, trabalha com a emoção, desfruta de credibilidade e tem alta
capacidade de mobilização.
O bom comunicador de rádio deve mesclar a simplicidade do som com
refinadas técnicas de persuasão, como a ironia, a emoção, a sensibilidade, a
crítica contundente e, mais ainda, um linguajar fácil de ser entendido, para
transmitir a informação com eficiência.

Para realizar a comunicação radiofônica com eficácia, o profissional do rádio


deve observar alguns requisitos, sinteticamente relacionados a seguir:

O lead – do inglês, conduzir, é a frase de impacto que abre a notícia,


conduzindo o ouvinte para os detalhes da história. É o ponto principal da
informação, que resume a idéia central da notícia. É preciso sempre chamar a
atenção do ouvinte, para que ele continue em sintonia com o que você está
transmitindo, para que não disperse. É um resumo da idéia, em apenas uma
linha. Lembre-se: só a idéia, sem dar nomes de pessoas, de órgãos envolvidos;
sem explicações acessórias. O lead segue, a grosso modo, a técnica da fofoca.
O fofoqueiro conta primeiro o desfecho, para depois esmiuçar os detalhes.
Explique apenas o quê dos cinco itens da notícia. Depois dele é que devem vir
o quem, quando, onde, como e por que. Nunca repita na segunda frase o que já
foi dito no lead. Prossiga contando a história, com os dados adicionais e
sempre com outras palavras. A técnica é diferente do jornal impresso, onde
você tem o título e um lead que, a grosso modo, repete, num parágrafo grande,
os poucos caracteres do título, que precisa ser condensado num curto espaço.
Lembre-se que notícia de rádio não tem título, tem uma história que precisa
ser contada com uma seqüência de importância.

O Texto – deve seguir as técnicas da linguagem verbal, com muita ação,


sintético, objetivo, direto, claro, de preferência com frases positivas. São os
repórteres, os comunicadores, os locutores, os comentaristas, conversando
com os ouvintes, como se fosse um diálogo particular com cada um deles.
Jamais utilize as mesmas palavras do jornal impresso num texto de rádio. O
jornal é para ser lido, manuseado, com a possibilidade de voltar atrás na
leitura, escolher o que se vai ler, guardar para folhear num momento seguinte,
documentar uma situação. No rádio, você apenas ouve a notícia escolhida pelo
editor, sem a possibilidade de escolha, sem tempo de uma análise, de fazer
contas, de pensar em contra-argumentação, porque na seqüência já vêm outros
detalhes do fato, ou outra informação. Se parar para pensar, você estará
perdendo toda a seqüência e o rádio estará falando para as paredes. Além
disso, a comunicação radiofônica está sujeita a interferências, que sempre
dispersam a atenção, se o que você está ouvindo não lhe agrada. Uma buzina
no trânsito, o barulho de uma criança, o latido do cachorro, uma pessoa
diferente que passa na calçada, são situações em que o ouvinte pode desviar o
foco auditivo. Portanto, construa o pensamento com a lógica mais direta
possível e sempre pense numa fórmula que prenda a atenção do ouvinte.
Nunca se esqueça que você é um narrador de histórias reais. As informações
precisam estar bem espaçadas na lauda, para facilitar a interpretação. Cada
frase deve ter duas linhas de texto e compor apenas um parágrafo. Separe cada
frase com espaço duplo, para haver uma boa visualização, para evitar que o
locutor adivinhe palavras. Sublinhe termos difíceis de serem pronunciados e
que precisam compor o texto. Nomes estrangeiros, por exemplo. Faça uma
separação de sílabas de palavras longas e de pronúncia complicada, para que o
intérprete fale mais pausadamente. Quando houver vários itens de um mesmo
tema, divida em duas ou até mais partes se necessário. Preencha duas linhas e
siga em outro parágrafo, abrindo a frase com “E ainda:” “E também”,
acrescentando o restante. Fuja sempre dos vícios de linguagem, daqueles
termos que você vê, ouve, lê a todo momento. Procure se diferenciar, dar o
máximo de qualidade na produção dos seus textos. Esteja sempre atento no
aprimoramento da escrita e da fala, para ter destaque profissional. Não seja
mais um na manada.

As frases – devem conter palavras de fácil assimilação, conhecidas por todos,


de preferência com poucas sílabas. Escolha as palavras e opte sempre pelas
mais simples, procure associá-las a imagens, para que o ouvinte construa as
sequências no seu consciente. Use sempre a ordem direta. Faça frases de no
máximo duas linhas, no corpo 14, arial ou times. Ao finalizar a redação do
texto, tenha sempre como regra básica reler o que foi escrito, para revisar
erros de grafia, concordância, letras colocadas a mais. A revisão também é o
momento certo para aperfeiçoar a idéia, mudando conceitos, se necessário.
Lembre-se que nem o mais brilhante redator será capaz de fazer um texto
primoroso, sem fazer pelo menos uma revisão. É que, quando você escreve,
está sempre preocupado com a idéia e não com os acessórios do texto, com as
concordâncias, com detalhes sutis, com a grafia das palavras, com os
excessos. Mas é todo o conjunto que vai formar um conceito, permitir uma
boa compreensão e uma clara interpretação. Evite as muletas de linguagem,
aquele termo que todo mundo usa sem saber porque. Um exemplo deles é
parar uma frase no meio com o motivo: para dar a explicação. Simplesmente
explique sem essa trava do motivo. Exclua os termos estranhos ao rádio, como
...no sentido de... em relação a.... Troque consecutivos por seguidos,
etecétera, por entre outros, ambos por os dois; as duas. Traduza numa
linguagem acessível os termos técnicos. Duvide sempre daquilo que você lê e
acha estranho, sem lógica. Se você, que está sendo treinado para lidar com a
comunicação, ficou na dúvida, imagine a dificuldade de uma pessoa de baixa
escolaridade, que vai apenas ouvir a informação.

Os verbos – devem expressar claramente a ação e sempre que possível os


compostos devem ser evitados. Assim, a ação fica mais direta. Da mesma
forma, o gerúndio enfraquece a narrativa e também precisa ser evitado.
Cuidado com a concordância e com o tempo corretos do verbo. Repito: a
revisão sempre detecta esses erros, tão comuns na primeira versão.

Pronome oblíquo – Evite sempre estes pronomes, porque raramente eles são
utilizados na linguagem coloquial. Use, no lugar, palavras que não exijam o
pronome.

Negação – As frases devem ser, na medida do possível, positivas. Se o


ouvinte deixar de ouvir o não ou ligar o rádio quando o não já estiver ido ao
ar, todo o sentido ficará invertido, prejudicando a comunicação.

A interpretação- A voz tem que ter melodia; passar conhecimento e


credibilidade. O profissional de rádio é como um ator de teatro, que interpreta
para uma platéia distante e invisível, porém numerosa e sensível a qualquer
erro. A mesma desenvoltura verbal do ator deve ser seguida no rádio, com
uma boa marcação das palavras-chave, aquelas que representam o principal da
idéia e que precisam de um tom mais forte, que dê destaque. Tenha uma
postura de voz correta, que inspire credibilidade e confiança no ouvinte. O
profissional de rádio não lê texto. Ele interpreta, colocando os atributos da
entonação de voz: emoção, leveza, ironia, irritação, poesia, tristeza, paixão,
compaixão. O intérprete transmite os fatos jornalísticos, ou a ficção, nos
programas de entretenimento, ou ainda a animação, nos programas musicais.
Cada um deles têm um tom diferente e precisa ser seguido, sob pena de
fracasso na comunicação. Imagine se o Sílvio Santos fosse, no ar, o
empresário sisudo e exigente, que na verdade é, fora do vídeo? Ao usar o
microfone, fale sempre num tom acima da sua voz normal, sem gritar,
procurando um equilíbrio que chame a atenção do ouvinte, sem ser apelativo.
No estúdio, mantenha os lábios a uma distância de um palmo do microfone.
No gravador ou no MP3, devem ficar quase que colados ao microfone, para
registrar o som com boa qualidade. Toda a aparelhagem de estúdio tem maior
capacidade de captação, ao passo que nos aparelhos portáteis, por serem de
tamanho reduzido, exigem maior aproximação. Pronuncie as palavras com a
tonalidade adequada, evitando carregar nos artigos que têm tom diferenciado,
como o, que tem um leve som de u. O e tem um som fraco de i, o do vira um
du, sempre suavizado. Falar para o público sempre causa tensão. Procure,
antes de começar o trabalho, fazer um alongamento de braços e pernas, ou
massagens, que ajudam e trazem alívio. Deixe o corpo à vontade e lembre-se
de fazer gestos de maestro com uma das mãos, para ajudar na interpretação e
no tom correto. Quem tiver maior dificuldade, pode procurar exercícios vocais
adequados, ou a ajuda de um fonoaudiólogo. A voz precisa ser constante, sem
deixar “buracos” no ar. Procure sugar o ar pelo nariz e soltar pela boca, para
não engolir o ar frio, que seca a garganta e atrapalha a voz. A postura do corpo
é fundamental. No estúdio, o correto é ficar com o corpo ereto, mãos em cima
da mesa, livres, pernas bem apoiadas, podendo realizar suaves movimentações
que garantam tranqüilidade. Ao contrário, quando o corpo está curvado,
comprime o diafragma, que é uma espécie de válvula que temos no aparelho
respiratório e que regula a saída do ar, formando os sons. Com a respiração
dificultada, a interpretação fica ruim. Com a postura correta, a voz fica firme,
o som sai claro e a articulação das palavras fica mais nítida. Bebida gelada,
cigarro, aparelhos odontológicos e piercing na língua são complicadores.
Beber água natural, antes da apresentação, ajuda a umedecer a garganta e a
melhorar o som. Tenha o ouvido afinado para perceber os vícios de linguagem
que povoam as redações. Fuja sempre deles. Cada palavra no rádio precisa ser
bem escolhida, com algumas preocupações: ser conhecida, ter boa sonoridade,
ser fácil de pronunciar. Elaborou, por exemplo, tem um som ruim: parece que
o locutor está falando com um ovo na boca. Além disso, há diversos verbos
que podem ser colocadas no lugar do elaborou, enriquecendo a fala.

A reportagem – é um dos destaques mais importantes da programação


jornalística, já que é através dela que a emissora apresenta os fatos inéditos,
em que apura, investiga, denuncia, constata, relata, contrapõe, replica,
esclarece, expõe. É com a reportagem exclusiva que a imagem da emissora
cresce, em que ela se destaca, em que impõe a sua marca.

O repórter – porta-voz do ouvinte, deve sempre questionar para si mesmo


quais as informações que o seu receptor precisa e deseja receber. A
reportagem deve ser conduzida sem animosidades do repórter, mesmo que
provocado pelo entrevistado, que, na maioria das vezes, usa esse estratagema
como forma de defesa, de escamoteação das informações, um teste para medir
a fragilidade do jornalista. O repórter deve ir para a matéria sem pré-conceitos,
com opinião já formada, pois isto anula o caráter esclarecedor da reportagem.
Deve, sim, sempre ter conhecimento do fato que vai apurar, explorar o
contraditório, nem que seja numa rápida pesquisa na Internet. É o entrevistado
quem deve informar, trazer a novidade. O ouvinte é quem forma conceitos e
juízo de valor, com base nos fatos que o repórter coloca na discussão e nas
informações que o entrevistado dá. Sempre que possível, o repórter deve ir
adiante na sua missão de bem informar, ouvindo fontes alternativas, que
tenham posições contrárias ou visões diferentes sobre o assunto. Isso permite
que o ouvinte tenha mais de uma versão para avaliar.

A lauda – o texto produzido numa redação de rádio, muitas vezes é


interpretado por terceiros, um locutor, um comunicador ou
âncora/comentarista. Por isso, exige-se que o redator obedeça a uma série de
regras, em nome da eficiência da comunicação. As informações devem ser
bem distribuídas na lauda, com espaço duplo entre uma frase e outra. Não se
troca de lauda no meio de uma frase. Indique corretamente as informações
técnicas, pois delas dependem uma boa execução do trabalho por todas as
pessoas envolvidas nas diversas etapas de sua execução, especialmente o
sonoplasta, que vai colocar no ar vinhetas, sonoras gravadas, ilustrações
musicais, abrir canais de entrada ao vivo... A sonoplastia é parte importante no
conjunto do trabalho em rádio. Seja didático nas informações que o operador
de som deve seguir, para que não haja o chamado “ruído” de comunicação,
por falha de interpretação, ou ausência de indicações técnicas. Quando for
edição de sonora, faça corretamente as anotações de início e fim, número da
faixa da gravação, tempo de duração, nome de arquivo e pasta em que se
encontra o áudio, além de seguir com fidelidade outras recomendações de
sonoplastia. O BG, sempre utilizado nos roteiros de rádio, quer dizer
background, do inglês, fundo. Significa que a locução deve ser acompanhada
de uma música ou efeito sonoro, em segundo plano. Quando você indica Téc.
- Segue Trilha, cai para BG, significa que o técnico ou sonoplasta deve pôr
o som no volume da locução, manter por algum tempo e baixar, de modo que
fique ao fundo, em baixo volume, ilustrando a locução em primeiro plano. É o
que se chama de plástica no rádio, um embelezamento da locução.

Informação – seja no texto, na reportagem ou na nota informativa, é


necessária uma boa apuração dos fatos e uma percepção da lógica dos
acontecimentos. Duvide sempre, pergunte, confirme, cheque com mais de uma
fonte, ao sentir qualquer insegurança naquilo que você apurou. A credibilidade
no jornalismo é um longo, árduo e penoso caminho para a conquista de
audiência e prestígio. A perda dessa credibilidade, no entanto, ocorre com
extrema facilidade e, muitas vezes, em um único tropeço. A desatenção, a
displicência, o excesso de autoconfiança, a arrogância, a parcialidade, a
ingenuidade são os ingredientes que normalmente levam ao descrédito e à
desmoralização do jornalista. Tenha extremo cuidado com as histórias sobre
negócios fabulosos, milagres, crimes estranhos, monstros, discos voadores e
outras armadilhas mirabolantes, que sempre aparecem na redação, contadas
por tipos psicóticos ou gente que tem a única intenção de aparecer, de ter
alguns momentos de notoriedade. Só divulgue vendo, comprovando ou tendo
absoluta segurança sobre a veracidade dessas informações. Igualmente saiba
enxergar os interesses que há por trás de uma denúncia, de uma acusação ou
até mesmo de uma aparente história ingênua. Elas podem ter o único intuito de
prejudicar pessoas, instituições ou empresas e até mesmo render benefícios
pessoais ao denunciante ou grupos que ele apóie. Lembre-se que o principal
responsável pelas notícias que você divulga é você mesmo. Duvide sempre,
principalmente, das informações passadas por autoridades que se resguardam
na garantia de emprego, na imunidade parlamentar, judiciária, sindical... Esse
tipo de informação já produziu estragos consideráveis na credibilidade
jornalística, em diversos veículos de comunicação.

Versatilidade – a dinâmica do rádio, equipes reduzidas e o espaço amplo para


a informação, especialmente nas emissoras segmentadas em jornalismo,
exigem versatilidade do profissional. O mesmo repórter que informa sobre as
condições do trânsito, instantes depois pode estar na Bolsa de Valores,
verificando os reflexos de uma crise de liquidez em qualquer país, numa
reunião de executivos ou de cientistas, ou ainda acompanhando fatos
inesperados, como enchente, acidente, incêndio, desocupação de um imóvel
habitado por famílias humildes. É preciso conhecer o básico dos principais
assuntos das mais diversas áreas. A única maneira de conquistar essa
versatilidade é lendo muito e debatendo com outras pessoas sobre assuntos
atuais e fatos históricos. Por mais simples que seja o ouvinte, ele saberá
distinguir quando o repórter é despreparado, pelo nível das perguntas e pela
superficialidade, inconsistência e dificuldade em transmitir as informações.
Com a internet, não há mais desculpa para o despreparo.

Comparação – a melhor forma de desempenhar bem quaisquer funções no


rádio é ouvindo a programação de diferentes emissoras, diariamente.
Aprendemos com as falhas e acertos dos outros, tentando imitar o que é bem
feito e, ao longo do tempo, criar um estilo próprio, evitando cometer os erros
que constatamos. Por melhor que seja a emissora ou jornal, saiba que eles têm
acertos e defeitos. Não tome como certo tudo o que você ouve, vê ou lê e saiba
constatar os vícios que cada um apresenta. Aprenda a detectar os interesses de
cada empresa, as fraquezas de cada equipe, para aprender com elas. Faça
comparações, a todo momento.

Tecnologia – o uso da moderna tecnologia tem sido disseminado rapidamente


no rádio. Quem não acompanhar essa corrida, tende a desaparecer tão rápido
quanto a chegada das novas armas da comunicação. Em contrapartida, quem
se preparar para utilizar a informática a serviço do ouvinte e da atualização
profissional, vai andar à frente. Saiba quais são os sites que vão trazer retorno
às suas pesquisas e tenha o hábito de navegar por publicações das principais
cidades brasileiras. Pelo menos uma vez por semana vá aos sites de institutos
de pesquisa, de universidades, de empresas de tecnologia de ponta. Veja
sempre se essas páginas oferecem o serviço de envio de atualização por e-
mail, fazendo o seu cadastro onde houver essa possibilidade. O rádio digital já
está em teste nas principais emissoras do País, mesmo sem a existência do
aparelho de recepção. Daqui para frente esse sistema deverá pontuar as
principais discussões tecnológicas do rádio e em breve passará a equipar os
aparelhos, tanto nas faixas de AM como de FM.

Release – Utilize o arsenal de releases distribuídos pelas assessorias de


imprensa como uma ferramenta importante para a produção de matérias
diferenciadas. Faça contato com os assessores, apure informações adicionais,
marque entrevista exclusiva, quando possível, ouça fontes isentas de interesse
para ilustrar a matéria, crie suítes da informação, amplie o leque da cobertura,
veja pontos não explorados pelo release e que seja interessante para o ouvinte.
Não seja comodista de aceitar o texto da forma como chegou à redação, pura e
simplesmente. Tente se diferenciar, para não ser um jornalista a mais ou um
acomodado. Pense sempre na rotatividade do mercado. Ela atinge muito
rápido quem não se diferencia, quem não usa a criatividade.

Cuidados – o repórter de rádio deve sempre checar seus instrumentos de


trabalho. A cabeça de gravação do gravador analógico precisa passar por
limpeza periódica, com um cotonete levemente embebido em álcool com alto
grau de pureza, que vai retirar o excesso de óxido de ferro. Essa sujeira
prejudica a qualidade da gravação. Verifique sempre a carga de pilhas e
baterias, tanto no gravador, quanto no MP3 ou outros equipamentos digitais. A
fita cassette que enrosca na rotação do gravador deve ser descartada logo de
início, porque sempre apresentará problemas. Lembre sempre de contar até 3,
para nivelar a rotação do gravador com a sua voz, ou para ultrapassar o trecho
de fita plástica do início da fita, que não é magnetizada. Mantenha a distância
adequada para utilizar o microfone. Quem deseja comprar um gravador
analógico deve optar pelo aparelho com fita cassete normal. O micro cassete
tem baixa qualidade sonora, quebra com facilidade, enrosca a fita com muita
constância e deve ser trazido sempre ao estúdio para a reprodução, já que os
equipamentos profissionais não têm entrada para a micro fita.

Para finalizar: seja simples. Rádio é conversa. Quando desempenhamos bem a


nossa atividade de conversar, em nossos bate-papos informais, somos sempre
diretos, objetivos, claros e descomplicados. Quando conversamos, nunca
utilizamos os termos da linguagem formal, dos livros, dos seminários ou
mesmo dos jornais e revistas. Nem as frases intercaladas ou períodos longos
do texto impresso. Para falar no rádio basta a velha e eficiente prosa.

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