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Argumentativa
e
Filosofia
1.
Argumentação
e
Lógica
Formal
Problema
O
que
é
a
lógica?
1.1
Validade
e
verdade
Sumário
O
que
é
a
lógica?
Frase
declarativa
e
proposição
Proposição
e
argumento
Validade
e
forma
Lógica,
inferência
e
argumento
Tomemos
o
seguinte
argumento:
As
proposições
1
e
2,
usadas
como
ponto
de
partida,
são
premissas.
1.
«Todos
os
portugueses
são
europeus.»
A
proposição
3
é
a
conclusão.
2.
«Todos
os
lisboetas
são
portugueses.»
O
processo
de
passagem
das
premissas
à
conclusão
3.
«Todos
os
lisboetas
são
europeus.»
é
a
inferência
(neste
caso,
é
um
argumento
válido).
É
isto
que
a
lógica
estuda.
Finalidades
da
lógica
Formular
as
regras
a
que
os
argumentos
devem
obedecer
para
serem
válidos
Distinguir
as
formas
válidas
das
formas
não
válidas
Desenvolver
técnicas
de
avaliação
dos
argumentos
Aprender
lógica
pode
ajudar‐nos
a
melhorar
o
modo
como
pensamos
e
argumentamos.
As
regras
lógicas
mais
básicas
são
os
princípios
da
razão.
Etapas
do
desenvolvimento
histórico
da
lógica
A
palavra
lógica
deriva
do
termo
grego
logos.
Logos
Aristóteles
é
considerado
o
criador
da
Lógica.
significava
simultaneamente
Lógica
simbólica
moderna:
razão/pensamento
palavra
processo de construção iniciado por Gottfried Leibniz
desenvolvida apenas a partir dos finais do século XIX
por matemáticos como George Boole e Gottlob Frege
Exercícios 1 e 2
Frase
declarativa
e
proposição
Para
pensar
necessitamos
de
linguagem.
As
línguas
naturais
organizam
as
palavras
para
obter
enunciados
com
sentido:
as
frases.
As
frases
podem
fazer
uma
asserção
(dizer
algo
sobre
a
realidade),
dar
uma
ordem,
fazer
uma
pergunta
ou
exprimir
um
desejo.
Quando
dizem
algo
sobre
a
realidade,
têm
um
valor
de
verdade
(V
/
F)
e
chamam‐se
frases
declarativas.
Jorge
Martins
Têm
valor
de
verdade
quando
o
pensamento
que
Lengalenga
2002‐2004,
grafite
sobre
papel
expressam
–
a
proposição
–
é
verdadeiro
ou
falso.
Tipos
de
frases
manual,
p.
22
Frase
declarativa
e
proposição
A
frase
declarativa
e
a
proposição
não
se
podem
separar,
mas
são
diferentes,
pois
uma
frase
declarativa
é
um
enunciado
linguístico
em
que
dizemos
algo
acerca
da
realidade;
uma
proposição
é
o
pensamento
que
nela
está
expresso.
A
mesma
proposição
pode
ser
expressa
por
frases
declarativas
diferentes
Uma
frase
ambígua
pode
expressar
proposições
diferentes
(uma
frase
é
ambígua
quando
pode
ter
dois
ou
mais
significados
diferentes)
Frases
declarativas
manual, p. 22
Exercícios 3 a 6
Proposição
e
argumento
Seja
o
seguinte
enunciado:
Estudar
lógica
é
útil
para
todas
as
pessoas
porque
aprender
a
argumentar
com
correcção
facilita
a
comunicação
e
porque
aprender
lógica
desenvolve
a
capacidade
de
argumentar.
Este
enunciado
contém
três
frases
declarativas,
portanto,
é
constituído
por
três
proposições:
1 Argumentar com correcção facilita a comunicação.
2 Estudar lógica desenvolve a capacidade de argumentar.
3 Estudar
lógica
é
útil
para
todas
as
pessoas.
Conectores
As
proposições
Argumentar
com
correcção
facilita
a
comunicação.
Estudar
lógica
desenvolve
a
capacidade
de
argumentar.
Estudar
lógica
é
útil
para
todas
as
pessoas.
estão
ligadas
pelas
palavras
«porque»
e
«e»:
são
os
conectores.
Duas
proposições
constituem
o
que
é
apresentado
como
já
adquirido
e
que
é
tomado
como
ponto
de
partida,
ou
justificação
(as
premissas),
para
uma
terceira
que
delas
deriva
(a
conclusão).
Premissas (razões, ou o ponto de partida) Conclusão
Argumentar
com
correcção
facilita
a
comunicação.
Logo,
estudar
lógica
é
útil
para
Estudar
lógica
desenvolve
a
capacidade
todas
as
pessoas.
de
argumentar.
Argumento
O enunciado linguístico
Estudar
lógica
é
útil
para
todas
as
pessoas
porque
aprender
a
argumentar
com
correcção
facilita
a
comunicação
e
porque
aprender
lógica
desenvolve
a
capacidade
de
argumentar.
é
um
argumento
porque
é
um
conjunto
de
proposições
relacionadas
de
modo
a
defender
uma
ideia
–
conclusão
(«estudar
lógica
é
útil
para
todas
as
pessoas»)
e
são
apresentadas
razões
para
a
justificar
(as
premissas).
Argumentos
na
forma
canónica,
ou
forma
padrão
Os argumentos podem apresentar‐se de modos diferentes:
Enunciar a conclusão em primeiro lugar
Enunciar a conclusão entre as premissas
Intercalar considerações
Omitir uma ou mais premissas
Mas
há
um
modo
estabelecido
para
apresentar
um
argumento:
primeiro
as
premissas
e
depois
a
conclusão.
É
a
forma
canónica,
ou
forma
padrão.
Argumentos
na
forma
canónica,
ou
forma
padrão
Enunciar
a
conclusão
em
primeiro
lugar
1 O
ensino
deve
privilegiar
o
desenvolvimento
de
competências,
uma
vez
que,
hoje
em
dia,
o
conhecimento
está
disponível
on
line
e
os
cidadãos
só
precisam
de
saber
procurá‐lo,
seleccioná‐lo
e
fazer
a
sua
apropriação
pessoal.
Forma
canónica,
ou
forma
padrão
Premissas
O
conhecimento
está
disponível
on
line.
Os
cidadãos
só
precisam
de
saber
procurar,
seleccionar
e
fazer
a
sua
apropriação.
Conclusão
Logo,
o
ensino
deve
privilegiar
o
desenvolvimento
de
competências.
Argumentos
na
forma
canónica,
ou
forma
padrão
Enunciar
a
conclusão
entre
as
premissas
2 A
minha
irmã
adora
cinema,
por
isso,
tenho
a
certeza
que
vai
gostar
do
Batman,
dado
que
não
há
apreciador
de
cinema
que
não
goste
do
Batman.
Forma
canónica,
ou
forma
padrão
Premissas
Todos
os
apreciadores
de
cinema
gostam
do
Batman.
A
minha
irmã
adora
cinema.
Conclusão
Portanto,
a
minha
irmã
vai
gostar
do
Batman.
Argumentos
na
forma
canónica,
ou
forma
padrão
Intercalar
considerações
3
«A
lógica
formal
é
o
estudo
da
validade
dos
argumentos,
coisa
que
é
do
interesse
de
todas
as
pessoas
e
especialmente
dos
grandes
oradores,
e
a
validade
é
condição
necessária
para
garantir
a
verdade
da
conclusão
de
um
argumento,
isto
é,
a
adequação
do
pensamento
por
ela
expresso
com
a
realidade
a
que
se
refere,
condição
que
nem
sempre
é
respeitada.
Forma
canónica,
ou
forma
padrão:
Eliminando
as
considerações
e
as
explicações,
obteremos
a
forma
canónica,
ou
forma
padrão.
Argumentos
na
forma
canónica,
ou
forma
padrão
Omitir
uma
ou
mais
premissas
4 «Precisar
de
dominar
os
outros
é
precisar
dos
outros.
O
chefe
é
um
dependente.»
Bernardo
Soares,
Livro
do
Desassossego
Forma canónica, ou forma padrão
Premissas
Quem
precisa
de
dominar
os
outros,
precisa
dos
outros.
Quem
precisa
dos
outros
é
um
dependente.
O
chefe
domina
os
outros.
Conclusão
Logo,
o
chefe
é
um
dependente.
Identificar
as
premissas
e
a
conclusão
Para
identificar
as
premissas
e
a
conclusão
temos
de
procurar
no
enunciado
argumentativo
os
indicadores
de
premissas
e
os
indicadores
de
conclusão
(palavras
ou
expressões
que
antecedem
as
premissas
e
a
conclusão).
Para
encontrar
a
conclusão,
perguntamos:
o
que
é
que
este
argumento
pretende
demonstrar?
Para
encontrar
as
premissas
perguntamos:
que
justificações
são
apresentadas
em
favor
da
conclusão?
Identificar
as
premissas
e
a
conclusão
Indicadores
Indicadores
de
premissas
de
conclusão
porque
logo
visto
que
portanto
dado
que
então
por
causa
de
por
conseguinte
como
segue‐se
que
considerando
que
daí
que
devido
a
consequentemente
uma
vez
que
por
isso
(e
outras
expressões
equivalentes)
segue‐se
que
infere‐se
que
(e
outras
expressões
equivalentes)
Exercícios 7 a 9
Validade
e
forma
Consideremos
o
seguinte
argumento
(na
forma
padrão).
Premissas
Argumentar
com
correcção
facilita
a
comunicação.
Estudar
lógica
desenvolve
a
capacidade
de
argumentar.
Conclusão
Estudar
lógica
só
tem
utilidade
para
os
programadores
informáticos.
Mesmo
que
consideremos
as
premissas
Jorge
Martins
Cena
de
contemplação
e
a
conclusão
verdadeiras,
não
podemos
1993,
óleo
sobre
tela
dizer
que
a
conclusão
decorre
do
que
é
afirmado
nas
premissas.
Validade
e
forma
Imaginemos
que
«Todos
os
Tra‐la‐lá
são
Tro‐lo‐ló»
e
«Todos
os
Tri‐li‐lí
são
Tra‐la‐lá»
são
as
premissas
de
um
argumento.
Qual
é
a
conclusão?
Sabemos
o
significado
das
palavras
«Tra‐la‐lá»,
«Tro‐lo‐ló»
e
«Tri‐li‐lí»?
Como
é
que
podemos
saber
qual
é
a
conclusão?
A
conclusão
terá
de
ser
«Todos
os
Tri‐li‐lí
são
Tro‐lo‐ló».
Escrevemos
«terá
de
ser»
para
traduzir
uma
necessidade
lógica.
Validade
e
forma
Se
em
vez
das
palavras
«Tra‐la‐lá»,
«Tro‐lo‐ló»
e
«Tri‐li‐lí»,
usarmos
letras
«A»,
«B»
e
«C»,
respectivamente,
teremos:
Todos
os
A
são
B.
Todos
os
C
são
A.
Logo,
todos
os
C
são
B.
Esta
formulação
traduz
a
estrutura
do
argumento,
a
que
chamamos
forma
lógica.
Validade
de
um
argumento
A
validade
lógica
é
uma
propriedade
da
estrutura
dos
argumentos
e
não
depende
da
verdade
ou
da
falsidade
das
proposições
que
constituem
as
premissas
e
a
conclusão,
mas
do
modo
como
as
premissas
e
a
conclusão
estão
relacionadas.
Um
argumento
é
válido
quando
está
correctamente
George
W.
Hart
formulado,
ou
seja,
quando
as
premissas
sustentam
e
legitimam
a
conclusão.
Uma
vez
que
a
conclusão
é
sempre
verdadeira
se
as
premissas
forem
verdadeiras,
então,
um
argumento
é
válido
quando
de
premissas
verdadeiras
é
impossível
derivar
conclusões
falsas.
Validade
e
forma
Argumentos
válidos
Valor
de
verdade
1
Premissas
Todos
os
portugueses
(A)
são
europeus
(B)
Verdadeira
Todos
os
lisboetas
(C)
são
portugueses
(A)
Verdadeira
Conclusão
Logo,
todos
os
lisboetas
(C)
são
europeus
(B)
Verdadeira
2
Premissas
Todos
os
lisboetas
(A)
são
portugueses
(B)
Verdadeira
Todos
os
parisienses
(C)
são
lisboetas
(A)
Falsa
Conclusão
Logo,
todos
os
parisienses
(C)
são
portugueses
(B)
Falsa
3
Premissas
Todos
os
lisboetas
(A)
são
parisienses
(B)
Falsa
Todos
os
portugueses
(C)
são
lisboetas
(A)
Falsa
Conclusão
Logo,
todos
os
portugueses
(C)
são
parisienses
(B)
Falsa
Validade
e
forma
Porém,
se
no
caso
1
substituirmos
por
mudamos
a
estrutura
do
argumento.
Se
escrevermos
as
duas
formas
lado
a
lado,
veremos
que
são
formas
diferentes.
Todos
os
A
são
B
Todos
os
A
são
B
Todos
os
C
são
A
Todos
os
C
são
B
Logo,
todos
os
C
são
B
Logo,
todos
os
C
são
A
George W. Hart
Neste
caso,
a
forma
do
novo
argumento
não
é
válida
e,
por
essa
razão,
já
não
temos
nenhuma
garantia
de
que
a
verdade
das
premissas
seja
preservada
na
conclusão.
Validade
(dos
argumentos)
e
verdade
(das
proposições)
Argumento
Proposição
Conjunto
de
proposições
em
que
uma
Pensamento
expresso
por
uma
deriva
das
outras
frase
declarativa
Validade (propriedade dos argumentos) Verdade (propriedade das proposições)
Depende
do
tipo
de
conexão
existente
entre
Uma
proposição
é
verdadeira
quando
premissas
e
conclusão.
expressa
adequadamente
as
características
da
realidade
É
independente
do
valor
de
verdade
a
que
se
refere.
das
proposições
que
o
constituem.
Um
argumento
pode
ter
premissas
verdadeiras
e
conclusão
verdadeira
e
não
ser
válido.
A
validade
garante
a
verdade
da
conclusão
de
um
argumento
que
tenha
premissas
verdadeiras.
Forma
lógica
Forma
lógica
de
um
argumento
é
a
sua
estrutura,
ou
o
modo
como
estão
relacionadas
as
diferentes
proposições,
independentemente
do
seu
conteúdo
(matéria).
Podemos
substituir
o
conteúdo
das
proposições
por
um
símbolo:
na
lógica
aristotélica,
substituímos
cada
elemento
de
uma
proposição
na
lógica
proposicional,
substituímos
cada
proposição
globalmente
Jorge
Martins
Entropia
1998,
óleo
sobre
tela
Forma
lógica
Lógica
aristotélica
Substitui
cada
termo
por
uma
letra
maiúscula
1 Argumento
Premissas
Forma
do
argumento
Todos
os
A
são
B.
Todos
os
Tra‐la‐lá
(A)
são
Tro‐lo‐ló
(B).
Todos
os
C
são
A.
Todos
os
Tri‐li‐lí
(C)
são
Tra‐la‐lá
(A).
Logo,
todos
os
C
são
B.
Conclusão
Logo,
todos
os
Tri‐li‐lí
(C)
são
Tro‐lo‐ló
(B).
Forma
lógica
Lógica
aristotélica
Substitui
cada
termo
por
uma
letra
maiúscula
2
Argumento
Forma
do
argumento
Premissas
Todos
os
A
são
B.
Todos
os
artistas
(A)
são
criativos
(B).
Todos
os
C
são
A.
Todos
os
poetas
(C)
são
artistas
(A).
Logo,
todos
os
C
são
B.
Conclusão
Logo,
todos
os
poetas
(C)
são
criativos
(B).
Forma
lógica
Lógica
aristotélica
Substitui
cada
termo
por
uma
letra
maiúscula
3
Argumento
Forma
do
argumento
Premissas
Todos
os
A
são
B.
Todos
os
poetas
(A)
são
criativos
(B).
Alguns
C
não
são
A.
Alguns
homens
(C)
não
são
poetas
(A).
Logo,
alguns
C
não
são
B.
Conclusão
Logo,
alguns
homens
(C)
não
são
criativos
(B).
Forma
lógica
Os
argumentos
1,
2
e
3
têm
um
conteúdo
diferente,
mas,
quanto
à
forma:
Todos
os
A
são
B.
1 Todos
os
C
são
A.
Logo,
todos
os
C
são
B.
A
mesma
Todos
os
A
são
B.
forma
2 Todos
os
C
são
A.
Logo,
todos
os
C
são
B.
Todos
os
A
são
B.
3 Alguns
C
não
são
A.
Forma
Logo,
alguns
C
não
são
B.
diferente
Forma
lógica
Lógica
proposicional
Substitui
cada
proposição
globalmente
por
uma
letra
1 Argumento
Premissas
Todos
os
Tra‐la‐lá
são
Tro‐lo‐ló
(P).
Forma
do
argumento
Todos
os
Tri‐li‐lí
são
Tra‐la‐lá
(Q).
P
e
Q,
logo,
R
Conclusão
Logo,
todos
os
Tri‐li‐lí
são
Tro‐lo‐ló
(R).
Forma
lógica
Lógica
proposicional
Substitui
cada
proposição
globalmente
por
uma
letra
2 Argumento
Premissas
Todos
os
artistas
são
criativos
(P).
Forma
do
argumento
Todos
os
poetas
são
artistas
(Q).
P
e
Q,
logo,
R
Conclusão
Logo,
todos
os
poetas
são
criativos
(R).
Forma
lógica
Lógica
proposicional
Substitui
cada
proposição
globalmente
por
uma
letra
3 Argumento
Premissas
Forma
do
argumento
Vou
ouvir
música
(P)
ou
ler
(Q).
P
ou
Q,
e
P,
logo,
~Q
Vou
ouvir
música
(P).
Conclusão
Logo,
não
vou
ler
(~Q).
Forma
lógica
Os três argumentos diferem quanto ao conteúdo. Quanto à forma:
P
e
Q,
logo,
R
1
A
mesma
forma
2
P
e
Q,
logo,
R
3 P
ou
Q,
e
P,
logo,
~Q
Forma
diferente
Sublinhamos
as
expressões
que
definem
a
forma
do
argumento.
Repetem
quando
há
identidade
de
forma
e
mudam
quando
a
forma
é
diferente:
1
e
2
têm
a
mesma
forma;
3
tem
forma
diferente.
Inferências
dedutivas
e
validade
Inferências
dedutivas
válidas
são
aquelas
em
que
a
verdade
das
premissas
é
preservada
na
conclusão,
em
virtude
da
sua
forma.
As
inferências
dedutivas
são
conclusivas
(a
conclusão
é
consequência
necessária
das
premissas)
e
num
argumento
dedutivo
a
validade
garante
que
seja
impossível
partir
de
premissas
verdadeiras
e
chegar
a
uma
conclusão
falsa.
Para
termos
a
certeza
que
as
conclusões
são
verdadeiras,
só
temos
de
verificar
se
os
argumentos
são
válidos
e
se
partem
de
premissas
verdadeiras.
A
lógica
é
o
estudo
das
formas
de
argumentação
válidas:
formula
as
regras
a
que
os
argumentos
devem
obedecer
para
serem
correctos,
distingue
as
formas
correctas
das
formas
incorrectas
e
desenvolve
técnicas
de
avaliação
de
argumentos.
O
estudo
da
lógica
permite
compreender
e
treinar
o
uso
das
regras
da
lógica,
aprender
técnicas
de
avaliação
da
correcção
dos
argumentos
e
melhorar
a
capacidade
de
comunicação.
As
frases
(isto
é,
os
enunciados
com
sentido)
podem
ser
declarativas,
interrogativas,
imperativas
e
exclamativas.
Somente
as
frases
declarativas
expressam
proposições.
O
argumento
é
constituído
por
proposições:
premissas,
que
são
as
razões
de
que
se
parte,
e
conclusão,
a
proposição
derivada
ou
inferida
das
premissas,
sendo
por
elas
justificada.
Um
argumento
dedutivo
é
válido
quando
é
impossível
ter
premissas
verdadeiras
e
conclusão
falsa.
A
validade
depende
da
forma
lógica
do
argumento
e
não
do
conteúdo,
ou
matéria,
das
proposições
que
o
constituem.
A
forma
lógica
de
um
argumento
é
a
sua
estrutura;
a
matéria
é
o
pensamento
expresso
pelas
proposições
que
o
constituem.
Por
isso,
a
validade
é
uma
propriedade
dos
argumentos
dedutivos
e
a
verdade
é
uma
propriedade
das
proposições.
A
validade
é
condição
necessária,
mas
não
suficiente,
para
garantir
a
verdade
da
conclusão;
por
isso,
só
há
garantia
da
verdade
da
conclusão
se
o
argumento,
além
de
ser
válido,
tiver
premissas
verdadeiras.
Chamamos
argumento
sólido
a
um
argumento
dedutivo
válido
e
com
premissas
verdadeiras.
Exercícios 10 e 11