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II série nº 4 Mensal
15 de Setenbro de 2009
Director: Rui Miranda
Fundado em 1997 Cipreste
1997
Dia 11 de Outubro um destes homens
vai ser o novo Presidente da Câmara
CERCIMAC vai
ter um Lar
A Cercimac viu aprovada uma
candidatura para a con-
de Actividades Ocupacionais) e 24
em internato, no lar residencial.
2009
strução de um lar. Actualmente a Na região foram aprovadas mais
CERCI de Macedo acompanha 20 duas candidaturas identicas
jovens, mas ficará com capacidade
para acolher 54: 30 no CAO (Centro | Pág. 16
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obras que não arrancaram a tem- Direcção Geral dos Transportes E tinha a convicção de que es-
po durante o mandato, conforme Terrestres e que temos a candida- como criar dinâmicas licenciamento de um loteamento,
uma zona de urbanização nova, taria feito. A profunda convicção.
tura, surge uma mudança: a alte-
prevíamos, e todos as conhece-
mos porque são emblemáticas: a ração das regras das centrais de
geradoras de riqueza, onde a câmara vai fazer a ligação Dentro de 4 anos vamos ter cons-
da rotunda do Intermarché até truídas duas unidades hoteleiras
central de camionagem que está
agora em concurso; os parques
camionagem, ao nível das distân-
cias dos eixos, etc, que atrasou
para que o investi- cá acima. Está licenciado, é um boas, tenho essa convicção. Uma
investimento privado, com apoio no Azibo e outra na cidade. No
de estacionamento da cidade,
porque passámos a dar priorida-
um pouco o processo. E, depois
houve da parte da Administração
mento privado tenha do município. Se hoje olhar para Azibo temos projectos sólidos
o mapa da cidade e o comparar de investimento, e não é por fal-
de aos parques descobertos, em Central um empurrar da fonte sucesso, criar bem- com anos anteriores, nota-se a ta de apoio da autarquia que não
vez de avançarmos com a cons- de financiamento. A Central de diferença. Aquela zona toda da se concretizam. Este ano, por
trução do parque coberto, na Ave- Camionagem que nasceu para estar imediato, penso Quinta do Casal está toda edifica- exemplo, tivemos de intervir com
nida Nuno Álvares Pereira. Estão ser financiada pelo Orçamento da. Estivemos sempre com um rit- aquelas tendinhas no centro da
a ser concretizados os parques do Estado, o Governo decidiu que o fizemos e com mo de construção que, atendendo cidade com produtos locais, por-
de estacionamento da zona ver- empurrar as candidaturas para o à diminuição que houve, a nossa que os visitantes se queixavam
de, no Parque da Cidade, mais QREN que devia estar agora no muita visibilidade. diminuição é inferior à média. que vinham a Macedo e não ti-
de 300 mil euros de obra e os do auge e está ainda a ganhar ba- Agora, se me disser que a Câ- nham onde comprar artesanato e
pólo escolar, com perto de 500 mil lanço. Neste caso, e ainda no da mara devia promover urbaniza- produtos locais. A Câmara reagiu
euros de obra. O coberto ficou por nova biblioteca, que também era ções, aí falamos de divergências e fez. Mas no mercado imobiliário
concretizar. para ser financiada pela Adminis- políticas eventualmente, porque não faz sentido a câmara substi-
A central de camionagem atra- tração Central, pelo Governo, e se temos investidores privados, tuí-lo porque ele não tem dificul-
sou, mas estão hoje os problemas que eles também tiraram água do com vários loteamentos, o de dade em responder.
ultrapassados e estão já as candi- capote e mandaram para fundos Vale Prados, a zona da Estação à
daturas resolvidas e os concursos comunitários, e as candidaturas Eu não sou de teatra- Lamela, Da Quinta do Casal, dos É sempre difícil não falar na
a arrancar agora. foram agora. É falta de dinheiro, Merouços, o daqui da zona Ver- zona industrial, não acha que
Em termos das grandes ques- mas não da componente muni- das de, estamos a falar de centenas foi pouco o que a Câmara fez?
tões que movem o executivo, cipal. Isso nós asseguramos. Eu de alojamentos licenciados em
como criar dinâmicas geradoras adorava já a ter a funcionar, até termos de alojamentos, faria sen- Não. Posso achar que queria
de riqueza, para que o investi- porque andamos a investir dinhei- tido a Câmara investir um cêntimo mais resultados. O trabalho que
mento privado tenha sucesso, ro em terrenos, em projectos, que que fosse para promover concor- fizemos foi muito grande e cen-
criar bem-estar imediato, penso queríamos a dar frutos. rência de empreendimentos que trado na procura de investidores,
que o fizemos e com muita visi- O Centro Escolar, por exemplo, estão à espera de serem concre- alguns proactivamente, tendo
bilidade, resolvendo problemas a o nosso foi dos primeiros a ser
nível primário para as pessoas. aprovado, porque as candidatu- Sempre que podemos tizados. conseguido trazer alguns, sendo
que cada investidor que vem é
Ainda era preciso investir nas fre- ras foram as primeiras a abrir em
guesias. termos de QREN. Sempre que ir a fundos comunitá- Mas há muito poucas obras
em curso…
sempre acompanhado. Dispo-
nibilizamos os terrenos e ainda
Depois há a questão do Turismo, fizemos mais. Tivemos de com-
que tem anexado a si o ambiente,
podemos ir a fundos comunitários
e avançar, temos ido a concurso e rios e avançar, temos Sim há poucas, mas felizmente prar terrenos para disponibilizar
e todas as questões das despolui- temos ganho tudo.
ido a concurso e não há muitas paradas. Se for a aos empresários e tivemos de
ções, reciclagens, e estes espa- muitos sítios vai ver que há imen- fazer muitos acordos de retoma
ços foram uma prioridade ganha, Há muitos anos que Macedo
temos ganho tudo. sas obras paradas a meio. Ma- de terrenos que tinham sido ven-
reconhecido externamente com o de Cavaleiros não tem uma cedo está a sofrer menos que a didos pela Câmara, em mandatos
galardão do Eco XXI, tendo a me- zona urbana nova. Ao contrário média, na quebra da construção anteriores, e que não foram con-
lhor pontuação da região. do que se passa em Mirande- e na demografia. Macedo tem li- cretizados.
Adoptámos uma política fiscal la e Bragança, que tem zonas cenciados umas largas centenas Neste momento, desde a Feira
atractiva para o investimento e urbanas novas e com dinamis- de lotes para habitações, vão de- de São Pedro até agora, come-
apoio directo aos empresários. mo. Isso quer dizer que Mace- vagarinho, vão aparecendo, mas çaram mais três a construir. As
Criámos um sistema de criação do está estagnado? não faz sentido gastar dinhei- empresas que estão em constru-
de dinâmicas sociais e empresa- Em equipamentos ro municipal em novas frentes ção neste momento representam
riais. Neste âmbito apareceu a Nem uma coisa nem outra. As quando temos estas centenas de mais de cem postos de trabalho.
Cooperativa da Castanha, mas suas perguntas deixam-me con- que dão condições a construções livres para o merca- Agora, infra-estruturação desen-
a ideia é que haja mais iniciativas fundido pelas suas relações não do. Não é uma estratégia munici- freada de terreno rústico para fi-
colectivas também privadas. relacionáveis. Podemos falar uma cidade para ter pal. O município só pode intervir car rústico, isso não.
Na área social, conseguimos a de Bragança e de Mirandela, do onde o mercado não responda.
cobertura do município através percurso que tiveram ao nível da pessoas nós demos Por exmeplo: Parque de Cam- Não acha que a ZI é pouco
de instituições, de redes, de la- construção. Os problemas que pismo. Há recorrentemente em- apelativa, por exemplo a nível
res, etc. Na área da deficiência, as duas cidades têm neste cam- cartas. presários que mostram interesse de arruamentos, não acha que
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a imagem não é a melhor para se calhar também foi isso, foi a um lobbie por Macedo? sem maternidades e nós também
o empresário que ali chega? luta pelos interesses de Macedo, ficámos sem serviços, mas para
aquilo que não é obra, mas que Antes pelo contrário. Nesta his- os quais não conseguimos acor-
Isso não é a perspectiva de um se calhar é o mais marcante. Só tória das urgências, Macedo foi a do.
empresário. Ele tem que ver mais tem um lado bom, que foi o unir única localidade que viu o serviço
longe. Um empresário tem outros todos os macedenses em torno passar a estar incluído na Rede Há forças para que haja mais
olhos. Aquele que vem concretizar de um projecto que foi a manuten- Nacional de Urgências. Não per- empenhamento para quando
o investimento é diferente daque-
le que vem ver terrenos e nunca
ção da urgência. Mas, isto podem
tê-lo sempre como certo: a defe-
cebo que interpretação está a
dar ao caso. Eu trabalho e quan-
Macedo está a sofrer o governo pensar em voltar a
encerrar a urgência, depois de
tivemos essa reacção. O grande
salto em termos de urbanização
sa dos interesses macedenses,
acima de quaisquer outros, políti-
do digo que estou a fazer tudo
é porque estou a fazer, agora o
menos que a média, concluída a auto-estrada?
Rui Vaz - PS
Cipreste - Se ganhar as pró- Câmara Municipal e a ACIMC
ximas eleições vai retirar à devem-se sentar à mesa e pon-
Feira de São Pedro o apoio derar este modelo. Devem dar-
que ela agora tem? lhe o melhor encaminhamento
possível para que a Feira con-
Rui Vaz - Obviamente que tinue a ser a grande montra do
não. Acho é que a feira tem de concelho, dinamizadora da acti-
ser revista, o seu modelo tem vidade do mesmo, mas sempre
de ser objecto de uma análise numa perspectiva de equilíbrio,
profunda, tem de se ver o que porque estamos com uma dívi-
é que se pode mudar e apostar da acumulada de 400 mil eu-
do modelo actual e aquilo que ros.
pode ser alterado, tendo em Este ano tivemos uma entrada
conta que a Feira de São Pedro simbólica de 1 euro, mas man-
é o maior evento do concelho tivemos um nível de cartaz de
e que necessita de ser tratado 150 mil euros. Se baixamos de
como tal. Mas, há uma respon- um lado, temos de baixar do
sabilidade muito grande que é o outro.
equilíbrio financeiro. A Feira de
São Pedro é um investimento Mas também Macedo teve
para o concelho e para os em- uma enchente de gente como
presários do concelho. nunca foi visto…
lotes, alegando que não ti- para o Azibo no nó da zona in- lhão de euros, uma casa com Não. Ao meu amigo eu disse
nham ligações condignas, ti- dustrial. Isto ia potenciar o que 16 pessoas a trabalhar, uma muitas vezes que era um erro
nham razão. Uma coisa é uma vemos em Mirandela, o negócio casa que passava grandes aquilo que ele ia fazer. Soube
ligação com nó ao IP4 e outra de fim-de-semana, o desenvol- constrangimentos. Passados de todos os passos que ele deu
uma estrada nacional com cur- vimento de uma nova activida- quatro anos e meio da minha ainda no tempo da Câmara do
vas, temos de referir isso. Mas, de que temos latente, mas que chegada é uma casa reestru- Luís Vaz. Quando tive conheci-
também as condições que as não está explorada. turada, pacificada, devolveu a mento que ia avançar mesmo
pessoas tinham na própria na- sua dignidade. Então o Rui Vaz com o projecto voltei a avisá-
cional 15 não eram condignas, Há questões que não Acha isso exequível para o é mau gestor? O passivo neste lo. Não o fiz por ser um amigo,
eram bem diferentes das de orçamento da autarquia? momento é de 300 mil euros e,
hoje. se misturam: as pes- para além de se abater ao pas-
simplesmente não me queria
ver envolvido nesse processo.
sivo, fizeram-se muitas outras
Hoje o nó que vai ser feito terá
características de auto-estrada,
soais com as profis- Acho exequível, mas uma
coisa é o que temos de ideias coisas, as quais não fiz grande
Este é um processo grave, com
uma dimensão forte.
mas não serve desculpa para sionais. e outras é daquilo que é possí- questão de as publicitar, porque Em relação a este facto e en-
quanto presidente de Câmara
não termos uma zona industrial vel fazer. Tenho noção que os para gerir o Nerba queria paz e
com o mínimo de condições. Na próximos dois anos na autar- sossego e assim tenho conse- serei um escrupuloso cumpri-
1ª fase não se acabou a pavi- quia vão ser muito difíceis, e guido. As pessoas têm os ven- dor da lei. É claro que quando
mentação, não se arranjaram que é preciso arrumar a casa cimentos em dia e hoje batem- chegar à Câmara herdo um pro-
os passeios, não se deu conti- em termos financeiros. Acham nos à porta porque nos querem cesso, vou querer saber como
nuidade ao que estava. que este executivo não gos- fornecer. está esse processo, qual o seu
Enquanto presidente da ACI- taria muito de ter a variante à Eu gosto que me façam como encaminhamento e vou querer
MC tive duas reuniões com a O nó apenas tem ser- cidade feita, que não gostaria me fizeram na ACIMC: uma cumprir a lei. O cidadão, pro-
AEP (Porto), no sentido de se muito de ter o Parque da cida- auditoria às contas, porque aí prietário daquele espaço, é um
constituir um condomínio indus- vido de desculpa para de, que não gostaria muito de eu digo: posso ir descansado. cidadão como qualquer outro
trial para a nossa ZI. Para mim,
passa por aí a gestão daque-
a inacção em relação ter a Central de Camionagem, e
a Biblioteca? Gostaria. Só que
E, quando sair do Nerba quero
que me façam uma auditoria às
e por isso vou ver a coisa pela
legalidade, não a posso ver de
le espaço. Porque a autarquia à ZI gastou mal o dinheiro. Tem que contas e na Câmara, quando outra maneira. n
não tem vocação para aquilo, se planificar. Temos de saber o sair, quero que me façam uma
tem de abrir mão da gestão. que temos disponível para gas- auditoria às contas. Porque na Rui Miranda
Há oito anos atrás já eu chamei tar nas aldeias e quais os crité- minha vida privada… fechei Miguel Midões
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Tem de existir um planeamento na constru- Aqui os autarcas andam cada um para seu lado.
ção e era preciso que a Câmara obrigasse a Em vez de fazerem um programa para desenvol-
seguir certas regras verem a região de Trás-os-Montes
Em relação ao Turismo,
e como mencionei antes, a
devia-se fazer [no
barragem não foi feita a pen- cemitério antigo]
sar no Turismo, embora seja
aproveitada para tal. Fala-se um jardim com qual-
agora de um acesso directo
de Macedo à barragem, mas quer coisa alusiva às
temos de pensar no impacto
ambiental. Se for feito até à pessoas que ali es-
primeira praia, teria de atra-
vessar uma zona protegida, tiveram sepultadas,
ou seja, não é possível. Fa-
lou-se também que seria feita ou um monumento,
outra praia... e essa seria só
para as pessoas de Macedo Temos de ter respei-
ou para que passam por lá?
Que benefícios tira Macedo to pelo passado
de um novo acesso para a
barragem? Em que medida
isso se reflecte no comércio?
Muito pouco...
Parque de campismo por
exemplo. Já está projectado
há 4 anos, inclusivé licencia-
do e escolhido o local... mas
agora a prioridade passou a
ser o campo de golf, quando Faz-se uma festa com
antes era o contrário. Haven-
do um parque de campismo, 1000 tractores, mas
quantas pessoas traria a Ma-
cedo? Não seria mais benéfi-
os agricultores saem
co que um campo de golf? E a
nível de hotelaria para apoiar
daqui com o quê?
Eu não sei... A Lactogal foi E acha que em termos de no PIDDAC 2009 (Programa
essa medida?
Com o sorteio de embora, EDP, que entretanto saúde, a criação do centro de Investimentos e Despesas
foi privatizada, serviços flo- hospitalar do nordeste be- de Desenvolvimento da Admi-
Já falámos da Agricultura,
do Turismo, do Comércio,
uma ou duas alfaias, restais... A Câmara deveria neficiou Macedo? nistração Central) na Assem-
ter um papel importante nes- bleia de República pelo de-
da Indústria, mas como vê o com o almoço? E ao se aspecto. Eu não sei ao Eu acho que não, porque se putado do PCP do distrito de
Urbanismo em Macedo?
certo o que aconteceu, mas perderam muitos serviços que Braga, a construção do aces-
logo do ano o quê se eles se mudam de sítio, tinhamos cá. Tanto as pesso- so à zona industrial, a cons-
Na minha opinião, andou
é porque provavelmente lhes as de aqui de Macedo como trução do IP2 1ª fase Vale
sempre pela vontade da es- que se faz? oferecem melhores condições de outras zonas, ficaram pre- Bem Feito/Sabor, traçado da
peculação imobiliária. Mace-
do que aqui, e isso não é ga- judicadas com isso... qual é nacional 102 Vale Bem Feito/
do perdeu bastante a identi-
rantir postos de trabalho. o Hospital do distrito que tem Pocinho que está uma ver-
dade das casas que sempre
Um dos grandes problemas melhores condições, mais gonha, nacional 102 que liga
caracterizaram esta terra, de-
que origina isso, é que, não modernas, que o hospital de Carrapatas ao Vimieiro, mas
vido à construção desmedida
há regionalização. Macedo? Não há. muitas mais... e os deputados
de edifícios de apartamentos
do PS e PSD que represen-
com vários andares.
Defende então a regionali- E não acha que acontece- tam o concelho, votaram con-
zação? ria o mesmo com uma re- tra. Então se eles querem de-
E acha que a orientação da
gionalização o mesmo que senvolver o concelho, porque
Câmara é influenciada por
Sim, defendo. A região aqui aconteceu com este centro votaram contra?
interesses imobiliários?
deveria ser a região de Trás- hospitalar? Ou seja, que
os-Montes e Alto Douro, que tudo fosse absorvido por Acha que é por causa do
Isso não sei, mas falo em
especulação imobiliária, por- O urbanismo andou já estava previsto aqui há uns Bragança ou Vila Real? deputado ser do PCP?
anos, e nem seria preciso
que por exemplo, quando foi
feito cá o Piaget, começou-se sempre pela vontade referendo, não percebo que Nós temos este hospital mo- Eu acho que tudo o que são
medo têm dessa decisão. E derno onde poderiam estar propostas para desenvolver o
logo a construir para vender e
alugar apartamentos... esses da especulação imo- os que há anos votaram con- concentrados vários serviços. concelho, são propostas para
tra, defendem-na agora por- aproveitar.
apartamentos estão agora va-
zios porque as pessoas foram biliária quê? Sim, podia e deveria, mas Quero também falar no an-
Na minha opinião, se hou- nós temos aqui as coisas tigo cemitério que agora está
embora. E porque não outro
vesse regionalização, os fun- e estão abandonadas. Não meio abandonado, porque
tipo de construção que não
dos comunitários teriam de acha então que com a re- nós temos uma ideia sobre
aqueles prédios?
ficar por cá, porque esses gionalização, deixariamos isso. Quem é que fez a vila
apoios comunitários servem de estar dependentes de de Macedo? Foi gente que fa-
Então, mas como alojavam
para ajudar as regiões mais Lisboa para passar a ficar leceu e foi sepultada lá, que
essas pessoas nessa altura?
desfavorecidas a desenvol- dependentes de Bragança e tem história e um passado.
verem-se. Se houvesse mais de outros interesses regio-
Talvez com outro tipo de
desenvolvimento, as pessoas nais?
construção também fosse
ficariam por cá, e os serviços Então o que acha que de-
possível, e não estes prédios
também. Agora, não havendo Eu acho que não. Por exem- veria ser feito naquele lo-
tão altos. Dou o exemplo de Os jovens já não pessoas, fecham-se os ser- plo, aquilo que tivesse Ma- cal?
Valpaços, que tem tudo bem
viços, e sem esses, também cedo, não tinha Bragança e
planeado, com avenidas onde vêem nada que os ca- não há pessoas, e entramos vice-versa, ou em Mirandela. Um jardim com qualquer coi-
está tudo uniforme, e nesse
numa contradição. Por outro Seria necessário dividir as es- sa alusiva às pessoas que ali
aspecto, está mais evoluído tive, porque não têm lado, aqui os autarcas andam pecialidades. Exames de en- estiveram sepultadas, ou um
que Macedo. Tem de existir
um planeamento na constru- apoios. Se houvesse cada um para seu lado. Em
vez de fazerem um programa
doscopia, que eram realiza-
dos em Bragança, passaram
monumento, mas nada do
género de um parque de es-
ção e era preciso que a Câ-
mara obrigasse a seguir cer- mais apoios, porque para desenvolverem a região
de Trás-os-Montes, e vou falar
para Chaves, quem quiser
fazer um exame destes, tem
tacionamento. Até agora nem
sabemos o que a Câmara vai
tas regras.
Há também uma coisa que é que os jovens não mais propriamente do distrito
de Bragança, independete-
de se deslocar até Chaves.
Depois vem cá a Ministra da
fazer, mas pelos vistos, já
existe um contrato para fazer
queria realçar, as pessoas
têm ido embora... quantas haveriam de ficar nas mente dos partidos, exigindo
verbas para isso, mas não,
Saúde dizer que não se per-
deram serviços...
ali um parque de estaciona-
mento. Temos de ter respeito
empresas, quantos serviços
públicos foram embora de aldeias? cada um prefere fazer à sua
maneira.
Vou dar-lhe um exemplo,
houve propostas que foram
pelo passado. n
Macedo? E a Autarquia o que
fez para que eles ficassem?
apresentadas para inclusão Rui Miranda
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Legislativas 2009
Legislativas 2009 - Dist. Bragança Esclatecimentos
BE
O ministro do Ensino Superior, Pedro Lynce, Xira à Lusoponte. Agora é presidente da Luso-
Luís Vale
Liliana Fernandes concedeu uma autorização especial à filha do ponte, empresa com a qual se tem que renego-
Marco Paulo Mendonça ministro dos Negócios Estrangeiros, Martins da ciar o contrato da nova ponte sobre o Tejo.
Cruz, para permitir a sua entrada no curso de Me-
CDS-PP dicina da Faculdade de Ciências da Universidade
Nuno Pinto de Sousa Nova. A Advogada Vera Sampaio, filha do Ex-Pre-
António Ruano Primeiro-Ministro - José Manuel Durão Bar- sidente Jorge Sampaio-PS, foi contratada como
Maria da Piedade Menéres roso - PSD assessora pelo membro do Governo, o Ministro
José Augusto Lima da Presidência Manuel Pedro Cunha da Silva Pe-
reira. É de salientar que não foi o seu Curriculum
CDU O ex-ministro do Turismo do Governo liderado Vitae que lhe permitiu a contratação, pois tinha
Maria Manuela Cunha por Santana Lopes, Telmo Correia, assinou 300 terminado de completar o curso, com uma média
Nuno Augusto Barreira despachos na madrugada do dia de tomada de simples de 10.
Maria Inês Machado Araújo posse do Executivo de José Sócrates. Um des-
Manuel João Araújo ses documentos era o que ditou a não reversão
Maria Eugénia Madureira Gouveia para o Estado do edifício do Casino de Lisboa. O ministério da Educação contratou duas
Pedro Miguel Félix Fonseca Telmo Correia CDS – Primeiro Ministro San- vezes o mesmo advogado para fazer o mesmo
tana Lopes PSD trabalho. No primeiro contrato, o advogado João
MEP Pedroso, PS, comprometia-se a fazer um levan-
Sandra Maria Ferreira Pires Correia
tamento das leis sobre a Educação e ainda a ela-
Miguel Henrique Bandeira Vieira Martins dos Santos
Paulo Portas mandou copiar mais de 60 mil borar um Manual de direito da Educação. O prazo
Ana Carla Teixeira Mesquita Cunha
papéis do Ministério da Defesa, antes de sair do do contrato terminaria até Maio de 2006, mas tal
Marco Paulo Maltez Caciones
Governo. A empresa de digitalização refere que não aconteceu, contudo o advogado recebeu a
Fernando Ildefonso de Morais Carvalho
alguns documentos tinham escrita a palavra ‘con- renumeração. Ainda assim, o ministério da Edu-
MMS fidencial’. O Ministério Público sabe, mas não in- cação fez novo contrato com João Pedroso, com
Sérgio Alípio Domingues Deusdado vestigou os mesmos objectivos que o primeiro, só que a
Fernanda Monteiro Vicente Paulo Portas CDS – Primeiro Ministro - San- renumeração passa de 1500 euros mensais para
Manuel Joaquim Sabença Feliciano tana Lopes PSD 20 mil euros mensais.
Luís Joaquim Martins Júnior
Sandra Isabel Teixeira Ribeiro Barbosa
A Polícia Judiciária enviou ao Ministério Público O Conselho de Administração do Banco de
PCTP/MRPP uma proposta de acusação de corrupção e outras Portugal, composto por seis membros, que au-
Alfredo Manuel Dinis Da Costa Gonçalves práticas ilícitas ocorridas na antiga administração ferem sálarios anuais de 1,596 milhões de euros
Ivone Manso Oliveira Nogueira dos CTT, liderada por Carlos Horta e Costa. Em anuais
Maria Do Céu Fernandes De Freitas Torres causa estão os crimes de administração danosa, A este valor médio de 266.000,00 euros por
Jacinto Fernando Alves Martins tráfico de influência, fraude fiscal, branqueamen- ano, acresce: cartão de crédito para despesas
Isabel Maria Fernandes Freitas Torres to de capitais e falsificação de documentos. En- de representação, telemóveis, viagens, carro
Isaura Da Graça Pires Pereira tre as diversas situações encontra-se a venda de topo de gama com motorista e segurança privada
dois imóveis, pertença dos CTT, em Lisboa e em a tempo integral, etc, etc, …………
PNR Coimbra. Este último foi vendido por 15 milhões
Carlos Marques de euros, um valor várias vezes superior ao que Como exemplo:
valia. Nesse mesmo dia, o edifício acabou por ser Vitor Constâncio- PS
PS revendido por 20 milhões de euros. Rendimentos em 2006 : 282.191,00 euros
José Carlos Correia Mota de Andrade
Manuel Luís Gomes Vaz
Ana Margarida C. Duque Dias
Ferreira do Amaral –PSD, foi ministro das O Estado Português gasta 300 milhões de eu-
Carlos do Nascimento Ferreira
Obras Públicas e durante o seu mandato, entre- ros por ano, em estudos e pareceres tecnicos a “
Maria da Luz Martins Almeida
António Augusto Guerra Nunes dos Reis gou todas as pontes a jusante de Vila Franca de entidades privadas “ (escritórios de advogados ).
Última Fronteira
Amar Portugal.
Construir Portugal com futuro. n António Duarte Bento
T
odos os democratas o Infante D. Henrique lançou maior, do tempo histórico. Que
portugueses, sendo pelo mar desconhecido na sua sabia que o futuro, o amanhã seu como marinheiro nas cara-
naturalmente demo- grande empresa dos descobri- D. Dinis tinha saudades de Portugal, ele o tinha que co- velas. E os velhos do Restelo
cratas, amam o seu país Por- mentos. D. Dinis criou assim meçar a construir hoje, no seu todos atemorizando Portugal
tugal e, como disse António uma empresa que foi a géne- do futuro de Portugal. E tempo. E tinha orçamento para e os portugueses anunciando
Quadros, já sentem saudades se da construção de uma em- isso? A coroa era rica? Podia ao desgraças atrás de desgraças;
do seu futuro. Porque sabem presa maior criada pelo Infante que tinha a noção clara, mesmo tempo distribuir pão e anunciando a ruína de Portu-
que o futuro de Portugal é o D. Henrique, centenas de anos ouro aos pobres? Sim, podia. E gal se o Infante persistisse em
tempo de o seu povo se cumprir depois, e que lançou Portugal e até clarividente na sua o fez. E assim cumpriu Portugal seguir em frente com a sua
na sua alma grandiosa, no seu os portugueses na realização no seu tempo. Porque a coroa empresa marítima construtora
espírito universal de dádiva, na do maior feito histórico à escala
razão maior, do tempo portuguesa era muito rica em do futuro de Portugal. Para os
sua luz de farol de paz e harmo- planetária: abriu a Portugal e ao histórico. Que sabia inteligência, em coragem, em velhos do Restelo o Infante D.
nia para a humanidade. Todo o mundo todos os caminhos do determinação construtora. Henrique «não tinha razão»;
futuro se começou a construir planeta Terra; fundou a primeira que o futuro, o amanhã A empresa de D. Dinis foi o «estava desligado do país
ontem e hoje, pois todo o fruto globalização; tornou conhecido ouro com que o Infante D. Hen- real»; «estava a levar o país à
se colhe muito tempo depois o que era desconhecido; irma- de Portugal, ele o tinha rique construiu a sua grande ruína»...
do lançamento das sementes à nou todos os povos da Terra. empresa ao serviço de Portugal Como todos sabemos, da
terra. D. Dinis mandou plantar Fica visível que D. Dinis ti- que começar a construir e de todos os portugueses. Não inteligência, coragem, destemor
o pinhal de Leiria para que D. nha saudades do futuro de Por- houve nenhuma família portu- e persistência do Infante veio
João I e os seus filhos pudes- tugal. E que tinha a noção cla- hoje, no seu tempo. guesa que ficasse de fora da Portugal a colher uma imensi-
sem construir as caravelas que ra, até clarividente na sua razão grande obra dos descobrimen- dão de riqueza. l
H
á um divórcio total no ou com a política partidária foi ser eleito deputado e apesar acontecesse. Talvez tenha sido
entre os eleitos e os mesmo que essa seja contrária de ser do distrito pouco se inte- pouco mas a manifestação no
eleitores. Estes após aos interesses da região pela ressou pela região. Ao contrário dia 25 de Abril de 2006 marcou a
os actos eleitorais nunca mais qual foram eleitos. São inúme- deste “divorcio”, tem sido feitas, vontade popular e provou quem
querem saber se as promessas ros os casos que diariamente na Assembleia da República , está com o Povo ou quem se
anunciadas são ou não cumpri- se constatam na comunicação algumas petições e perguntas serve dele. Mas, na sua “ san-
das e nem procuram saber por- social, tanto ao nível local como feitas pelos deputados do P.C.P. ta ignorância “, o Povo continua
que foram olvidadas. nacional. Para não irmos mais relacionadas com a Região, com a sua mente infestada de
Não são pedidas responsa- longe basta verificar-se o que apesar de o Partido Comunista “ fantasmas “ e nas próximas
bilidades e talvez por isso seja se passou, ao nível local, e num Começo a convencer Português não ter , infelizmente, eleições legislativas vai voltar
fácil aos políticos fazerem pro- passado recente. Quando do nenhum deputado eleito pelo a cometer os mesmos erros, e
messas sabendo, de ante mão, problema da Saúde, mais con- me que a maioria dos Nordeste. Ao nível da Assem- admirar-se, meses mais tarde,
que não são concretizadas e cretamente com o hospital de bleia Municipal os representan- que nada mudou.
ninguém pergunta porquê. Macedo, basta ver as posições meus patrícios são ma- tes do C.D.S. pouco ou nada Começo a convencer me
No caso dos deputados, são das diversas forças políticas. se manifestaram. Foi preciso o que a maioria dos meus patrí-
deputados da Nação, não repre- Os deputados do P.S. re- soquistas. Perante isto representante da C.D.U. na As- cios são masoquistas. Perante
sentam os círculos por onde fo- presentantes do Distrito e um sembleia Municipal, “encostar isto não há nada a fazer.
ram eleitos. Verifica-se ao longo deles oriundo de Macedo fize- não há nada a fazer. “ as outras forças políticas, e Como alguém disse: “ Cada
da legislatura que são concor- ram como Pilatos. Os do P.S.D. propor uma manifestação reivin- País tem a televisão que mere-
dantes com a política do Gover- pouca força fizeram. Um só quis dicativa para que alguma coisa ce “. l
“Taquetinho
*
ou lebas nu fucinho” n Koky
N
ão vou falar em e apenas dizer que, sem cair,
intolerância, nem ninguém pode levantar-se e
tampouco apelidá- sem provar doce ou amargo,
la por tal substantivo. Não ninguém lhes pode conhecer o
vou recair no lugar-comum da sem cair, ninguém sabor. Impedir alguém de pro-
liberdade, constantemente re- var e conhecer algo novo, pelo
clamada (parece nem conquis- pode levantar-se e receio de perder o seu reinado
tada) desde há trinta e cinco despótico, é atentar contra a
anos. Não vou sequer insultar sem provar doce ou liberdade e proibir a mesma
e/ou nomear figuras, respon- a quem a detém por direito. É
sáveis pelo atraso e bloqueio, amargo, ninguém tão-somente agir em atitudes
e, oponentes do progresso. de intolerância e fascismo,
Nem vou também falar desse lhes pode conhecer o quando se procura derrotar o
chavão que é o choque gera- outro, impedindo-o sequer de
cional, também ele semente sabor. ser. Mas como já disse, não
e adubo da evolução. Vou só vou falar disso. l
14 | 15 de Setembro 2009 | Cipreste |
| Cipreste |15 de Setembro 2009 | 15
Milhões de minas
Há cerca de 10 milhões de minas enterradas no deserto, numa área
de milhares de quilómetros quadrados, cujo principal alvo, agora,
são populações civis nómadas.
As equipas de desminagem conseguem “limpar” 50 m2 por dia.
Mundo
Sahara: Texto e fotografia de
Paulo Nunes dos Santos
o deserto de
minas terrestres
O
Sahara Ocidental é um da Frente Polisário à cerca de 5 anos
dos dez territórios mais atrás, conta apenas com 10 elementos
minados do mundo. O especializados no processo de desmi-
conflito entre Marrocos e nagem. Um número totalmente insig-
a Frente Polisário deixou este território nificante, pelo facto da área afectada
fortemente contaminado com milhares corresponder a cerca de 120 mil qui-
de minas antipessoais terrestres e res- lómetros quadrados, com 20 campos
tos de outros engenhos explosivos. de minas. “Durante um dia de trabalho
A maioria destes engenhos foi conseguimos garantir a monitorização
semeada por Marrocos, aquando da de cerca de 50 metros quadrados”, ex-
construção de um muro defensivo de plica Sidi Aly. “Como vê é um processo
2500 quilómetros - actualmente co- muito lento, especialmente quando te-
nhecido como a Berma - que divide mos unicamente duas equipas de cin-
o Sahara Ocidental em duas partes. co elementos cada no terreno”, acres-
No lado oeste, que inclui a parte cos- centa.
teira e os campos de exploração de O processo para além de lento é
fosfato, fica o território dominado por arriscado, e em muito dificultado pelo
Marrocos. No leste, ficam o Sahara facto das autoridades marroquinas re-
profundo, controlado pela Frente Po- cusarem em divulgar o mapa com a
lisário, onde vivem os refugiados e os localização exacta dos engenhos ex-
guerrilheiros. Esta fortificação de areia plosivos. O facto de a grande maioria
foi ao longo dos últimos 20 anos re- das vítimas de rebentamentos de mi-
forçada por minas terrestres, criando nas serem os refugiados e os nóma-
uma barreira que constitui hoje em dia das Saharaui, faz com que a Frente
o maior campo de minas existente em Polisário colabore abertamente com
todo o mundo. a Landmine Action, e revele o local
As Nações Unidas registaram nes- exacto onde as minas foram plantadas
te território 35 tipos de minas antipes- pelos guerrilheiros durante o conflito
soal e 21 tipos de minas antitanque, armado. No entanto o número de en-
todas elas produzidas em doze países genhos usados pelos guerrilheiros é
diferentes, entre eles a Itália, Espa- totalmente insignificante quando com-
nha, Rússia e Israel. De acordo com parado com os plantados pelas tropas
Legenda
os dados obtidos, as minas existentes marroquinas.
na região oscilam entre os 200 mil e os “É sem dúvida positivo ter o apoio
10 milhões, sendo a maioria feitas de da Frente Polisario”, afirma o coorde-
ferro ou de plástico, o que dificulta em nador de operações no terreno, Karl Em Cima
muito a sua detecção. Greenwood, acrescentando que “eles Uma equipa de desminagem da Organização Não-governamental Landmine Action,
Ahmed Mohamed Sidi Aly, res- (a Frente Polisário) tem sempre de- na província de Tifariti, no território liberado do Sahara Ocidental.
ponsável pelo trabalho da Landmine monstrado vontade em ajudar-nos a
Em Baixo, da esquerda para a direita
Action, a única organização não-go- localizar as minas, mas a participação Um veterano da guerrilha da Frente Polisário e vítima de uma mina antipessoal junto
vernamental (ONG) especializada em vai muito mais longe”. “É de lamentar ao campo de refugiados de Rabouni. Ao fundo, a sua mulher, numa cadeira de rodas,
minas terrestres no Sahara Ocidental, que Marrocos nada faça para nos aju- também ela vitima do mesmo acidente.
afirma que o cenário de localização e dar. Aliás, muito pelo contrário, Mar-
limpeza destes engenhos é uma tarefa rocos mantém um secretismo sobre Um sinal de alerta para o perigo de explosão de minas antipessoais, província de Tifarit.
lenta e extremamente difícil, devido à a localização das minas, e no entanto
extensa área e aos poucos recursos são eles os responsáveis por mais de Uma maquete da constituição do muro de 2500 quilómetros, construído por Mar-
rocos, que divide o território do Sahara Ocidental de norte a Sul, em exposição no
que têm disponíveis. 95% dos engenhos existentes em todo
museu da guerra perto do campo de refugiados de Rabouni. Um corredor com cerca
A organização, que iniciou o tra- o território do Sahara Ocidental”, ex- de 7 milhões de minas antipessoais foi plantado pelas forças militares marroquinas
balho nos territórios sobre o controlo plica. l como forma de protecção do muro.
16 | 15 de Setembro 2009 | Cipreste |
O
novo lar residen- Operacional do Potencial Hu- Luísa Garcia promete novi-
cial da CERCIMAC mano), estando a CERCI de dades para o novo espaço. Manuela Cunha, da lacuna a colmatar no distrito
(Cooperativa de Macedo incluída neste bolo. A dirigente pretende que a CDU, elogia trabalho de Bragança, à semelhança
Educação e Reabilitação dos Luís Garcia, presidente da instituição esteja sempre em realizado na CERCIMAC do resto do país e teve tempo
Cidadãos Inadaptados de Ma- instituição, não escondia a crescimento e, por isso “o fac- para demonstrar que, apesar
cedo de Cavaleiros) e o CAO alegria, aquando do conheci- to de ter novas instalações A deputada do Partido de ser uma pessoa “pela in-
(Centro de Actividades Ocu- mento da notícia, mostrando implica ter novas coisas”. Vão Ecologista “Os Verdes”, can- clusão de pessoas deficientes
pacionais) vai ficar localizado que esta era a “concretização surgir mais oficinas, e prova- didata pela CDU pelo círculo na comunidade escolar”, não
junto ao novo pólo escolar de um sonho”. Três anos de- velmente mais uma empresa de Bragança, esteve reunida concordava com este método
num terreno cedido pela Câ- pois de terem sido iniciadas de inserção social, a juntar à com a direcção da CERCI de forçado que o governo está “ a
mara Municipal de Macedo. funções enquanto cooperati- já existente CERCIVerde, que Macedo e ficou surpreendida tentar implementar”.
Actualmente a CERCI de Ma- va, este é mais um objectivo desenvolve trabalhos de jardi- pelo trabalho desenvolvido Manuela Cunha diz que
cedo acompanha 20 jovens, concretizado. Apesar de aca- nagem. por uma equipa, que apelidou “há casos e casos e há ca-
mas ficará com capacidade rinhadas, as actuais instala- Agora, os próximos passos de “jovem, dinâmica e voltada sos muito difíceis de integrar.
para acolher 54: 30 no CAO ções têm algumas lacunas, a seguir são: concluir a segun- para a comunidade”. Manuela Por exemplo, há jovens que
e 24 em internato, no lar resi- tais como o facto dos utentes da fase do projecto, que ainda Cunha constatou ainda haver até muito tarde usam fraldas.
dencial. “terem de se deslocar pela rua deve ser aprovado e realizar a uma “grande força e vivacida- Há deficiências de diversos
A nível da região foram 3 para o refeitório”. abertura do concurso público. de, para actuar em prol dos graus”. E é para exemplos des-
as estruturas que viram ser Como esta foi uma das Uma vez entregue ao emprei- outros, com um projecto com tes que existem Cerci como as
aprovadas as suas candida- melhores notícias que a CER- teiro, este terá um ano e meio pernas para andar e sólido”. A de Macedo de Cavaleiros. n
turas ao POPH (Programa CIMAC poderia ter recebido, para entregar a chave. líder comunista considera que Miguel Midões
Notícias | Cipreste |15 de Setembro 2009 | 17
Encontro organizado pela Rádio Onda Livre Em Peredo. Assaltantes
Ainda há pastores
serão reincidentes
T
udo indicava que seria uma ma-
nhã normal de 18 de Agosto,
na propriedade de José Rodri-
gues, em Peredo, Macedo de Cavaleiros.
Por volta das sete da manhã, como já é
hábito, o macedense saiu em direcção à
Feira de Mogadouro, onde vende habitu-
almente. Mal sabia que nas suas costas,
dois indivíduos planeavam um assalto à
sua propriedade, que acabaria no espan-
camento da sua mulher.
Com 64 anos, andava na horta, quan-
do foi surpreendida por dois indivíduos,
que “atacaram-na por trás e nunca a dei-
xaram olhar para eles”, refere José com
tristeza no rosto. Os indivíduos que, de-
pois de espancarem a sexagenária, rou-
baram cerca de 3500 euros, entre o di-
nheiro que estava guardado, o valor que
a vítima tinha consigo na carteira e ainda
os brincos em ouro que lhe foram arran-
cados à força, já deviam ter o esquema
preparado há muito, segundo o marido.
Orgulho há quem não troque a pastoricia por qualquer outra profissão “Estes gajos já me andavam a rodear por
ali há muito tempo”, afirma José, acres-
centando que já há cerca “de três meses
A
ntónio Cordeiro reformou- a sua grande preferência. Conhece e dos baixos preços da carne. “Se
se da Guarda-fiscal há bem todos os montes do distrito de houvesse saída era uma mina”. alguém o tinha tentado assaltar, mas sem
nove anos e desde então Bragança e chega a fazer quilóme- Também há nove anos pastor é grande sucesso. “Aqui há uns tempos até
que se dedica à pastorícia. É mais tros com as suas “meninas”, faça Manuel, de Alfândega da Fé, mas fui à guarda, porque me roubaram a pas-
um que luta todos os dias para que chuva ou faça sol. O horário de actualmente a trabalhar em Travan- ta dos documentos. Deixei o carro numa
este ofício, que muitos até já ape- trabalho molda-se à época do ano. ca (Macedo de Cavaleiros). “Temos zona de castanheiros e fui para baixo,
lidam de “arte” pela sua, cada vez Bem mais curto no Inverno, com o de nos sujeitar a isto”, sublinha. Le- quando vim para cima já me tinham rou-
maior, raridade. É de Mogadouro, recolher por volta das seis da tarde vanta-se às quatro e meia e fica até bado a pasta dos documentos”. Mais não
mas juntou-se no Santo Ambrósio, e bem mais comprido no verão, com às nove da noite com as ovelhas no roubaram porque também não havia, e
em Macedo de Cavaleiros, a mais os dias a terminar bem perto das dez monte. “Mas, a cria já não dá nada, a dita pasta com os documentos nunca
uma dúzia de colegas que, através da noite. Uma profissão saudável, antigamente era melhor, eu tinha chegou a aparecer. Contudo, as pegadas
da rádio local, marcaram ponto de que até já o fez “deixar de fumar”. umas poucas e tive que as vender”. no caminho e as marcas dos pneus de
encontro neste santuário para con- “Levantar-me às cinco e meia, Afirma que a pastorícia, neste mo- um carro deixadas a um quilómetro da
fraternizar e mostrar que afinal “os seis, todos os dias, não tanto no In- mento, só dá despesas. propriedade coincidem, na opinião de
pastores ainda estão vivos”. Con- verno, comemos alguma coisa e va- Filho de pai pastor, hoje com José Rodrigues, com as mesmas deixa-
sidera que levantar-se da cama às mos à vida!”, atalha. um filho pequeno, o Daniel, garante das neste recente assalto. “Deixaram o
cinco da manhã e levar as cerca As cabeças já chegaram às 130, que é difícil passar a arte. “Ele não carro no cruzamento da Camba, perto da
de 70 ovelhas que tem a pastar é mas hoje não são mais que sete de- quer, morrendo estes antigos perde- barragem e andaram quase 1km para fa-
pura “diversão”. Assiduamente que zenas, governadas por duas “belas se tudo”, diz com tristeza. Ao longo zer o assalto. Dei conta das sapatilhas
o faz há nove anos, mas já antes, cadelinhas”. do dia, o rádio é a única companhia. para lá e para cá e vi onde viraram o car-
pelo menos uma vez por semana, Era necessário realizar um con- “Para uma pessoa não se aborre- ro e arrancaram. Ontem foi a mesma coi-
que passeava o seu rebanho e des- vívio entre todos e muitos compare- cer”. sa e deixaram o carro no mesmo lugar.”,
contraía do seu dia-a-dia de Guarda ceram ao chamamento. “Nós somos Um convívio de pastores, no pas- razões que o levem a pensar tratar-se
Fiscal. muitos aqui no Nordeste”. António sado fim-de-semana, no Santo Am- dos mesmos criminosos.
Depois da reforma, pensou que Carneiro não concorda que os pas- brósio, em Vale da Porca, entre aque-
a única ocupação possível na sua tores sejam uma profissão em vias les para quem uma profissão ainda Vítima deu entrada na
aldeia seria “passar o dia inteiro no de extinção, “o que não são é bem conta mais que uma carteira rechea- urgência de Macedo
café, ao balcão e a beber”. Sendo remunerados”. O pastor queixa-se da de euros ao final do mês. n
a pastorícia uma segunda opção, foi da pouca saída que tem a criação Miguel Midões Devidos aos maus tratos e depois de
ter contactado a filha, a quem primeira-
mente pediu socorro, a mulher foi assisti-
“Adoro a vida dedicada à pastorícia” da no SUB (Serviço de Urgência Básica)
do Hospital de Macedo de Cavaleiros.
Conhecido como “Toninho pastor”, veio de Roios, em Vila Flor, para o convívio no Bastante magoada física e psicologica-
Santo Ambrósio. Uma profissão que lhe ocupa grande parte das horas do seu dia, mente, uma vez que lhe “deram um en-
um ritual que cumpre há 24 anos. saio no caminho quando ela bateu com a
Mais um que começa o dia, muitas vezes ainda sem ter cantado o galo, bem cedo, para cabeça, ficando logo com um hematoma
ordenhar as ovelhas. Nunca vai para o mesmo local dois dias seguidos. “Depois de um e com sangue”. Brutalidade à qual, já em
dia a tratar da comidinha delas”, regressa a casa e volta a ordenhar. Agora sim, tem casa, se seguiram mais: “arrancaram-lhe
tempo para si. Sai até ao café para ver os amigos e colocar a conversa em dia, porque os brincos e pisaram-na, torceram-lhe o
por lá por muito que converse, apenas ele se ouve a si próprio. pescoço, deitaram-na no quarto de bru-
As diferenças são imensas, “a vida da pastorícia antigamente era muito melhor”. Hoje, ços e puseram-lhe os pés em cima”.
considera que são colocados muitos entraves. “Noutros tempos ainda colhíamos o leite Maldades que ficarão para sempre
e fazíamos uns queijitos para vendermos na feira, mas agora não podemos fazer nada na cabeça da vítima, que no dia seguinte
disso, porque se nos denunciam estamos tramados”. já não quis dormir no seu quarto, o local
Há 16 anos que tanto a carne como o leite está ao mesmo preço, o que complica muito das agressões, e mal dormiu devido às
a profissão. Hoje tem 108 ovelhas e para além delas, só mesmo também o rádio é a dores que lhe causaram os ferimentos.
sua companhia. O filho de 18 anos também não quer nada da pastorícia. “Os velhos “Não sossegava com dores. Tem o pes-
estão-se a acabar e os novos não querem esta vida, porque eles querem é emprego, coço negro, os olhos negros. Está toda
não querem trabalho”, garante. Razão pela qual, diz, já não se vêem tantos rebanhos moída. Veio à urgência por volta das oito
pelo monte. horas”, narra o marido.
Mas, no seio deste conjunto de factores que dificultam a profissão, estão também as No local, a recolher provas, esteve a
queixas ao Estado, “não nos apoiam”. Há uma “enorme falta de apoio”. Toninho Pastor GNR de Morais e de Bragança, apoiados
diz que pode ficar sem uma refeição, mas nunca os seus animais. “Pode chegar a hora pelo Núcleo de Investigação Criminal de
de sair com elas, se eu não tiver comido fico sem comer”, sublinha. Mesmo em dia de Bragança. n
convívio, “quando chegar a horinha eu vou botá-las a comer”. Miguel Midões
18 | 15 de Setembro 2009 | Cipreste | Notícias
Armando Queijo
homenageado no Peru
A
rmando Queijo, mace- dins de Portugal e com grandes
dense que dirigiu, des- potencialidades no campo agro-
de o inicio, o instituto alimentar e turístico, com desta-
Piaget de Macedo de Cavalei- que para alguns dos seus mais
ros, a que actualmente ainda se famosos produtos: o azeite e a
encontra ligado através do pólo alheira.”
de Mirandela, foi distinguido, no O “Conselho IberoAmeri-
passado dia 29 de Agosto, na ci- cano em Honra à Qualidade e
dade de Lima, capital do Perú, Excelência Educativa” e a “Ho-
pelo “Conselho Ibero Americano norable Academia Mundial da
em Honra à Qualidade e Exce- Educação”, Organismos Inter-
lência Educativa” e pela “Ho- nacionais não governamentais,
norable Academia Mundial de reconhecidos, entre outras en-
Educação”. O título, honorífico, tidades, pela ONU, UNESCO
é concedido a uma personali- e Governos dos Países Latino
dade que tenha contribuído com Americanos, englobam todos os
os preceitos de uma instituição Países da América Central, Ca-
de ensino, não pertencente a raíbas, América do Sul, Portugal
seu quadro funcional. e Espanha (tendo os Estados
No texto inscrito no diploma Unidos como País observador)
que levou o”Conselho IberoA- e têm como missão fundamental
mericano em Honra à Qualida- contribuir para o desenvolvimen-
de e Excelência Educativa” e a to das Nações que agregam: In-
“Honorable Academia Mundial vestigar, Promover e Incentivar
da Educação” a atribuir o título o intercâmbio entre os diferentes
de “Doctor Honoris Causa” a Ar- Apartir da esquerda: Armando Queijo Ministro da Justiça do Peru, Cardeal do Peru e Bispo de sistemas educativos, Reconhe-
mando Martinho Cordeiro Quei- Lima, Membro de Direcção da Academia Mundial de Educação cer e Distinguir Personalidades
jo, lê-se: e Entidades que são relevantes
“Em reconhecimento à na América Latina”. pus Universitário de Mirandela discurso proferido aquando da na área Educativa de cada País,
sua destacada liderança, do Instituto Piaget, teve a sua laureação, designado por “Ora- com vista a atingir uma Educa-
integridade e gestão exem- Armando Queijo que desen- deslocação ao Perú patrocinada ção de Sapiência”,”considerou-a ção de Excelência. n
plar, ao serviço da Educação volve a sua actividade no Cam- pela autarquia de Mirandela. No uma das mais belas cidades jar- Rui Miranda
O
verão rigoroso tor- que os casos são pontuais.
do ano de 2008. A ministra da pas- tenha “tranquilidade” para comple- de Cavaleiros, aquando da reor- nou-se, mais uma
ta da Saúde, Ana Jorge, garantiu tar o trabalho, mas espera que o ganização da Rede Nacional de vez, prejudicial às al- Aldeias de Macedo com
há tempos que iria fazer todos os façam “o mais rápido possível”. O Urgências, que levou ao encer- deias da parte noroeste do con- apoio de bombeiros de
esforços para que o meio estives- secretário de Estado não deixou a ramento dos SAP (Serviços de celho de Macedo de Cavaleiros. Mirandela
se operacional em Julho, mas o garantia de qualquer data para que Atendimento Permanente) duran- Lamalonga e Fornos de Ledra
prazo passou mais uma vez. Ago- se instale o meio aéreo de socorro te a noite, estando neste momen- viram a água a escassear nas Apesar de resolvido o proble-
ra, aquando da inauguração da em Macedo de Cavaleiros, mas to apenas um médico à chamada torneias, e mesmo a pouca que ma com autotanques dos bom-
urgência do Hospital de Bragança adiantou que pode assegurar que no período nocturno. Um serviço corria chegou a ser abastecida beiros, a questão gerou alguma
(do CHNE), o secretário de Esta- “se mantém o compromisso de o que está ameaçado de encerrar por autotanques dos bombeiros. polémica numa das sessões do
do, Manuel Pizarro, afiançou que fazer o mais rápido possível”. quando estiverem concluídas as Mas, este ano, a mesma situa- executivo camarário. Rui Vaz,
espera ainda que “em Setembro Recorde-se que anexado ao principais vias rodoviárias para a ção chegou a aldeias bem per- vereador socialista da oposição,
seja apresentado o relatório do helicóptero estava ainda a imple- região, auto-estrada, IC5 e IP2, to da cidade de Macedo, como perguntou qual a razão de se-
concurso e que depois se inicie a mentação de uma ambulância muito embora os líderes socialis- Azibeiro, Vale Benfeito e Espa- rem os bombeiros de Mirandela
adjudicação”. O membro do Go- SIV, com a respectiva equipa, que tas da região acreditar que tal não danedo. a prestar este apoio à população
verno garantiu que são “proces- já está a funcionar, mas sediada virá a acontecer. n A situação foi justificada por macedense. “Estranho se torna
sos burocráticos intransponíveis” no Hospital de Mirandela. Miguel Midões Carlos Barroso. O vereador das constatarmos que para ultrapas-
Obras Públicas salientou que o sar o problema seja necessário
Projecto objectivos distrais aumento da população, nesta al-
tura do ano, especialmente com
recorrer a cisternas, mas que te-
nham que ser os bombeiros de
M
acedo de Cavaleiros tegração das várias comunida- se também houver colaboração com e, em situações pontuais, é ção e entendimento entre a au-
vai ficar um concelho des de imigrantes no concelho das demais câmara municipais necessário o abastecimento de tarquia e os Voluntários de Ma-
mais intercultural e os macedense, de forma a “reduzir da região. água”. A juntar a este argumen- cedo, aumentando também os
imigrantes que chegam a estas as dificuldades que lhes são colo- Este é mais um passo de Ma- to há ainda a considerar que o custos de todo este processo.
terras transmontanas vão poder cadas quando se deslocam para cedo para o melhor acolhimento Inverno foi bastante seco, o que Beraldino Pinto, o presidente
ser melhor acolhidos. Em 2008 foi uma terra desconhecida”. Sílvia dos imigrantes, expandindo o levou a que algumas localida- da Câmara Municipal de Mace-
o Ano Internacional do Diálogo In- Garcia, vereadora da Educação e trabalho até aqui realizado pelo des do concelho, que ainda são do de Cavaleiros desvalorizou a
tercultural e a Câmara Municipal, Cultura da autarquia de Macedo, CLAI, abrangendo áreas como abastecidas por captações lo- situação, referindo que se trata
através do CLAI (Centro Local adianta que o segundo projecto a educação e o mercado de tra- cais, começassem a ter proble- da normal cooperação entre cor-
de Apoio aos Imigrantes), apre- é de âmbito regional, uma vez balho. mas com o abastecimento. porações vizinhas. O autarca fri-
sentou duas candidaturas ao Alto que pretende realizar um estudo Os dois projectos poderiam O problema, segundo o sou ainda que, no dado momen-
Comissariado para a Imigração e de diagnóstico e caracterização começar a ter desenvolvimento vereador, foi resolvido com to, os Bombeiros Voluntários
Diálogo Intercultural (ACIDI), que desta mesma população imigran- desde já, mas são precisos téc- o abastecimento através de de Macedo de Cavaleiros não
viu agora aprovadas. te. “Vamos tentar ficar com uma nicos ligados à área, o que adia o autotanques dos bombeiros. tinham qualquer cisterna dispo-
Umas das candidaturas/pro- ideia da população imigrante no início dos trabalhos para meados Carlos Barroso adianta, no en- nível para realizar este trabalho
jectos, denominado in.te.grar@ distrito de Bragança”. Um objec- de Outubro.n tanto, que “não existe uma pe- de abastecimento.n
agora.mac, visa uma melhor in- tivo que apenas será conseguido M.M. riodização” na falta de água, e Miguel Midões
| Cipreste |15 de Setembro 2009 | 19
Feira das cebolas
Dia 10 cumpriu-se, mais uma vez, a Feira das Cebolas de Chacim. O ano veio fraco de água e
arquivo cipreste
parco de cebolas. Mesmo assim, transaccionaram-se cerca de 20 toneladas. Os preços que mais
se ouviram foram 2.50 € e 3.00 € por cabo. A grande maioria estava vendida a meio da manhã.
Opinião
Economia Consultório de Fundos
Aqui jaz, Comunitários
O
que leva uma empre- fundamentais para que as em- presa sustentável e lucrativa é, Sou gerente de uma pequena fábrica situada no distrito de
sa a iniciar uma de- presas possam conduzir pesso- sem dúvida uma riqueza para o Bragança, que emprega 20 trabalhadores. Neste momento, a
terminada activida- as e tecnologias de uma forma país e uma fonte de bem-estar empresa debate-se com graves dificuldades financeiras, origi-
de? Um desejo intenso de uma harmónica, com produtos e servi- para muitas famílias. Simples- nadas pela falta de encomendas, dificuldade nas cobranças e
pessoa? A reunião de dois, três ços orientados inteiramente para mente, a sua unidade habitual- escasso apoio bancário.
ou quatro amigos idealistas, em- o cliente, afinal é ele (o cliente) mente é fraca, e tantas vezes a Se não formos apoiados, seremos obrigados a encerrar após
preendedores ou não, decididos quem decide se a empresa deve vemos quebrar-se, inclusive nas as férias.
Como poderemos resolver o problema?
a colocar ideias e criatividade em ou não continuar a existir (em empresas mais promissoras. O
prática e assim resolvem iniciar a Portugal, nem sempre). ideal seria que os empregados
RESPOSTA
caminhada pelo “mundo empre- Porém, as metodologias não sentissem que a primeira e maior Precisamente para tentar minorar os problemas criados às
sarial”. são mais que as ferramentas cer- ambição dos chefes eram eles empresas pela bancos e seguradoras, por sua vez altamente
Nos sonhos, no plano de tas para a manutenção da empre- mesmos e os seus lares. Quan- afectados pela crise financeira internacional, o Governo, a banca
negócios, os novos empresá- sa, em termos operacionais, mas do os subordinados se revêem e as autoridades de gestão do QREN, têm lançado linhas de cré-
rios acreditam não só na recu- no patrão, sentindo-se realmente dito bonificadas (em que a taxa de juro é suportada pelos fundos
peração do capital investido em representados por ele, este não QREN), sendo a última denominada PME INVESTE IV/QREN e
dois a três anos, ou menos, mas precisa de especiais qualidades que poderá resolver alguns dos problemas que menciona.
igualmente em “ganhar algum di- de chefia, porque a sua auto- De seguida, iremos descrever a Linha de Crédito PME INVES-
nheiro”, e vislumbram um pano- o tempo de vida ridade é natural e indiscutível: TE IV/QREN – Linha Específica Micro e Pequenas Empresas,
rama optimista para os próximos a autoridade de quem os serve que se pode aplicar ao vosso caso:
10 ou 15 anos, algo como tornar- dela [Empresa] será lealmente. Não se trata de pa- 1. Montante global: até 200 milhões de euros.
2. Empresas beneficiárias: micro e pequenas empresas com
se uma empresa regional, nacio- ternalismo, nem de uma simples
nal ou até vender “para fora” ou, determinado por união de interesses diversos,
volume de negócios inferior a 10 milhões de euros, que desen-
volvam actividade enquadrada na lista de CAE`s elegíveis e que:
então, a chegada de algum in- mas do mesmo interesse, co- a) tenham uma situação líquida positiva no último exercício e re-
vestidor nacional ou estrangeiro factores como vi- mum a uns e outros, e assumido sultados líquidos positivos em dois dos últimos quatro exercícios
alinhado com os objectivos que por todos.
deram vida àquela organização. são, missão, valores Segundo a literatura especia-
e b) assumam o compromisso de manter o volume de emprego
observado à data da contratação do empréstimo durante a vi-
Na prática, a realidade é lizada, uma das características gência do contrato de financiamento.
outra. É claro que o esforço, a e, de forma pragmá- mais marcantes dos executivos/ 3. Outras condições: a) sem incidentes não justificados na
banca; b) situação regularizada junto da Segurança Social e
tenacidade e, principalmente, a
paixão marcam o início de toda tica, a sua gestão. gerentes das “empresas mori-
bundas” é a soberba. Em geral, Administração Fiscal; c) sem dívidas perante o IAPMEI, a PME
Investimentos, o Finova e as SGM; d) não se encontrar em situa-
a organização ganhadora. Entre-
tanto, o tempo de vida dela será
Se estes quatro ele- a gerência destas empresas
demonstra um sentimento de al- ção de dificuldade, caracterizada nos seguintes termos: possuir
capitais próprios inferiores a metade do capital social e ter per-
determinado por factores como
visão, missão, valores e, de for-
mentos estiverem tivez originado pelo sucesso de
outrora e isso acaba por corroer
dido mais de ¼ do capital social nos últimos 12 meses (aplicá-
vel para empresas que tenham iniciado actividade há mais de 3
os ambientes interno e externo.
ma pragmática, a sua gestão. Se
estes quatro elementos estive-
(e se mantiverem) Os executivos com pouca ou
anos); reunir as condições para ser objecto de um processo de
falência ou de insolvência.
rem (e se mantiverem) alinhados
ao longo do tempo com a ideia
alinhados ao longo falsa modéstia ignoram os pre-
ceitos da boa gestão e buscam o
4. Operações elegíveis: financiamento destinado ao reforço
dos capitais permanentes, a ser aplicado em investimento em
central, esta organização estará do tempo com a crescimento de forma por vezes activos fixos ou fundo de maneio.
apta a fazer parte do reduzido e míope e indisciplinada, ignoran- 5. Operações não elegíveis: a) aquisição de activos financei-
cada vez menor rol das “empre- ideia central, esta do os riscos decorrentes do des- ros, terrenos, imóveis ou viaturas e bens em estado de uso; b)
reestruturação financeira e/ou consolidação de crédito vivo; c)
sas centenárias.” vio da linha central e orientadora
Os últimos sobressaltos do organização estará e, quando os primeiros indicado- operações destinadas a substituir de forma directa ou indirecta
financiamentos anteriormente acordados com o banco; d) ope-
mercado, caracterizados como res negativos começam a surgir,
rações financeiras que se destinem a actividades relacionadas
crise, mostraram o verdadeiro apta a fazer parte do existe a tentação de colocar a
com a exportação para países terceiros e estados-membros,
papel da gestão empresarial culpa no mercado, na concorrên-
nomeadamente a criação e funcionamento de redes de distri-
para a sobrevivência das empre- reduzido e cada vez cia, na crise e até no azar. buição.
sas. E quando falo em “gestão”, Muitas empresas, nesta fase 6. Montante de financiamento: até 25.000€ no caso de mi-
quero dizer a combinação prática menor rol das “em- ainda acreditam que com uma cro-empresas e até 50.000€ no caso de pequenas empresas.
do binómio TI – Tecnologias de fusão estratégica ou a contrata- 7. Prazo de financiamento: até 3 anos, com um período de
Informação e Pessoas. A orga- presas centenárias “. ção de novos gestores poderá carência até 12 meses.
nização só é sustentável a par- inverter a queda. Evidentemente, 8. Taxa de juro a cargo da empresa: euribor a 3 meses +
tir do momento em que conse- e se ainda houver alguma folga 0,25%.
gue conciliar estes dois termos. financeira, essas acções podem 9. Garantias: garantia mútua até 75% do capital em dívida em
Agora, já estou a sentir os mais para indicar o caminho/rumo, ter algum efeito. Mas, na maio- cada momento.
apressados e incautos inquie- para poder continuar a sair-se ria das vezes, é tarde demais.
tos e ávidos a perguntar “mas bem no futuro, o empresário ou Quando o distanciamento entre Praticamente toda a banca aderiu à PME INVESTE IV/QREN,
pelo que deve contactar rapidamente o seu banco.
o foco no cliente não é a razão executivo torna-se essencial que liderança e gestão é muito gran-
de tudo?” Também sou partidário reúna as características de líder de, pouco pode ser feito no curto
desta tese! Porém, se a gerência e de gestor ao mesmo tempo. prazo. Não é possível uma em-
for ineficiente, a orientação para Afinal, à excepção de motivos presa ter sucesso sem que haja
o cliente fica completamente à porventura não éticos, as organi- uma disciplina no cumprimento
deriva. zações tendem a caminhar para das regras do negócio, inclusi-
Metodologias mais ou menos um estado terminal quando os ve num fluxo de caixa sólido, e,
conhecidas como o BSC (Balan- seus dirigentes se afastam cada por que não dizer, muita alegria
ced Scorecard), BPM (Modela- vez mais da figura e do compor- de trabalhar nessa empresa. Es-
gem de Processos de Negócios, tamento do líder/gestor. sas duas vertentes são as molas
na tradução da sigla, para portu- As ambições do empresário propulsoras para garantir a sus-
guês), Lean (sistema precursor podem ser sempre legítimas e, tentabilidade e a vivência das
do Toyotismo) e Seis Sigma são em princípio, são-no: uma em- organizações. l
20 | 15 de Setembro 2009 | Cipreste |
Centro Cultural
Dia 19, reabre a actividade cultural no Centro Cultural com a inauguração da exposição
colectiva de escultura de Eva Alves, Inês Marcelo Curto e Mariana Gillot, três jovens artis-
tas plásticas, seguida da peça de teatro “Rapariga(s)!”, com os actores Ana Brandão, André
Nunes, Jéssica Athayde, Marta Melro e Núria Madruga
V
ários grupos na- foi a número dez, mas tam- ros filhos de um Perú de An- influências da Bolívia, e dan-
cionais e interna- bém porque a qualidade do dinos, de gente que vive a çarinos. Mas, somos muitos
cionais, bem como evento subiu, bem como dos três, quatro mil metros do ní- mais em Madrid, associados
do concelho de Macedo de próprios grupos do concelho vel do mar, com uma cultura em diferentes grupos.
Cavaleiros desfilaram pelas que nela participaram. que não está morta mundial-
ruas de Macedo, no primeiro Na animação de rua esti- mente. Acima de tudo, de- Os fatos representam
fim-de-semana de Setembro, veram grupos como: Banda pois de várias participações alguma coisa?
em mais um Festival Interna- de Latos de Bagueixe, Care- nossas no mundo ocidental e Sim, as cores do traje,
cional de Música Tradicional. tos de Podence, Bombos de também na América do Nor- Esta é uma forma de representam a identidade de
Nesta décima edição parti- Ala, Fanfarra de Vale da Por- te, principalmente nos Esta- uma Pátria que é o Perú: o
ciparam grupos conhecidos ca, Rancho Folclórico local, dos Unidos e ainda graças ver o mundo andino vermelho e o branco. O Ver-
deste tipo de musicalidade Grupo Mira Bornes e ainda o aos meios de comunicação, melho do sangue derramado
e no palco da Praça das Ei- grupo Toca a Bombar, de Ar- a nossa cultura permanece. e de a trazer até à pela necessidade de constru-
ras, que encheu os dois dias, cas, bem como os Pauliteiros Tratamos de difundir e de ção de uma Pátria e o branco
em pleno centro de Macedo, de Salselas, destaque para reivindicar a nossa cultura Europa da necessidade da paz. E é
passaram nomes como: Gru- os peruanos “Sikuris Katari” com estas participações. o mimetismo com a natureza
po da Casa do Povo de Ma- que o Cipreste foi conhecer. porque estas são também as
cedo, Edu Miranda Trio, Da- Quantos são vocês? cores da plumagem de uma
zkarieh, Cantarolar, Magali Somos cerca de 30 artis- ave característica do arqui-
Trio e Zambaruja. Explique-me, quem são tas, entre músicos, que fa- pélago, que é a pariguana.
Esta décima edição foi os “Sikuris Katari”? zemos “Sikuris”, um género Esta é uma forma de ver o
especial, segundo Sílvia Somos um grupo de peru- musical próprio da nossa re- mundo andino e de a trazer
Garcia, vereadora da educa- anos, emigrantes em Madrid, gião no Perú, da zona sul dos até à Europa. n
ção e cultura, não só porque Espanha e somos verdadei- Andes e ainda também com Miguel Midões
Cultura | Cipreste |15 de Setembro 2009 | 21
Mais 22 músicas
Hinos do concelho
compilados em CD
N
o dia 22 de Agosto,
a Praça das Eiras
ouviu cantar a histó-
ria do concelho de Macedo de
Cavaleiros, nos hinos das suas
38 freguesias. Às 16 que já ha-
viam apresentado as suas can-
ções no ano passado, junta-
ram-se agora as restantes 22.
Esta é a segunda fase de um
projecto que teve início há sete
anos, e que pretende preservar
o património imaterial do con-
celho de Macedo, “uma heran-
ça cultural, que deve ser trans-
mitida às gerações vindouras”,
este é pelo menos o objectivo
de Sílvia Garcia, vereadora
Vale Prados já tem hino gravado
do pelouro responsável pela
iniciativa. “Consideramos que num CD, uma vez que as ou- retalhos”, porque ou já não se
os hinos acabam por contar tras 16 também já estavam, sabia a letra por completo, ou
um pouco das tradições e cos- acompanhados por uma revis- faltava quem ainda com vida
tumes das aldeias são peças ta onde tem a letra dos 38 hi- se lembrasse da cantilena. “Em
importantíssimas no nosso pa- nos e um pouco da história de muitos casos, o hino tinha-se
trimónio cultural e isso é uma cada freguesia, bem como a perdido completamente”, o que
forma de as preservarmos”, referência às pessoas que lhe levou a um trabalho de campo
acrescenta. deram voz. redobrado, elaborado com a
Para acompanhar o espec- Segundo a vereadora, em ajuda do fadista macedense
táculo de apresentação, todas alguns casos, foi como cons- Carlos Baptista. n
as 22 músicas estão reunidas truir uma autêntica “manta de M.M
Noites do Prado
Animação no
Prado de Cavaleiros
I
niciada com o encerra- “Muito Riso, Muito Siso” foi rias e formais.
mento da mostra de cine- um espectáculo da autoria de O ultimo espectáculo foi
ma documental promo- Luís Fernandes, que interpretou uma sessão de fados que con-
vida pela associação Potrica, textos humorísticos de autores tou coma voz de Sara Vidal, vo-
o Prado de Cavaleiros viu as como: Mia Couto, António Lobo calista dos Luar na Lubre, uma
noites animadas em mais duas Antunes e ainda …da Internet, banda de folk galego actual,
ocasiões, que contaram com o comprovando a capacidade de acompanhada à viola por Ma-
envolvimento da Santa Casa muitos textos lusófonos em di- nuel e na guitarra Bernardino e
da Misericórdia de Macedo de zer grandes coisas, nem sem- com duas Ana Rita e D. Teresa,
Cavaleiros. pre com as palavras mais sé- todos estes macedenses. n
Reguila
E
stamos metidos numa alguns dos nomes enfaixados na boa colocou a estreia de uma sica e nestes eventos ser onde
crise económica que listagem dos mesmos. Se a sus- boa banda comercial ao lado Urge uma especializa- mais se sente como um peixe na
a indústria musical peição aqui levantada não expli- de duas neo divas do pop rock água, sentir-se uma cobaia de
atravessa há já mais tempo. A ca completamente a chamada de comerciais que decorrida tanta ção nos festivais em laboratório confrontado com os
utilização em massa da Internet certas bandas aos festivais, esta- exposição mediática sobre si acontecimentos no local.
como meio de partilha de fichei- mos perante um enorme buraco devem ter vindo em pacote leve
favor da qualidade. Urge uma especialização
ros, e também de gostos porque negro na caracterização de cada 2 pague 1 do supermercado Há mercado para nos festivais em favor da qua-
não dizê-lo, veio abrandar a pon- festival em que são sugadas mais próximo. lidade. Há mercado para haver
tos quase de estagnação a pro- aleatoriamente várias bandas O Paredes de Coura, estra- haver festivais de festivais de música étnica, elec-
gressiva escalada multimilionária antigas e recentes dos diversos nhamente perdeu o patrocinador trónica, heavy metal, alternativa,
da indústria do entretenimento quadrantes musicais sem que principal, um handicap crucial
música étnica, elec- folk, erudita, jazz, etc, como já se
musical. Já não é de hoje mas haja uma política concreta de para os fundos de maneio de trónica, heavy metal, comprovou pelo sucesso e cres-
tarda em arranjar soluções; um captação das mesmas. Esta falta contratações, conseguindo ape- cimento de alguns festivais es-
consenso geral para novas for- de caracterização faz com que sar de tudo um cartaz razoável, alternativa, folk, eru- pecializados em Portugal. A fatia
mas de expansão ao público, a os festivais de verão se recorram no entanto mais fraco que em de dinheiro que somos obriga-
reorganizar-se, a reduzir a tabela de outros trunfos que não só a edições anteriores.
dita, jazz, etc, como dos a gastar para ir a tais even-
de preçário; preferindo manter música para atrair lá as pessoas O Sudoeste resolveu ajudar já se comprovou pelo tos não pode ser levada com
um estado de guerrilha perante e esperar que um ou dois nomes ao enriquecimento de uma ban- ânimo leve e eu já não caio no
os mais famosos alojamentos bons chamem a multidão que da norte-americana que se reu- sucesso e crescimento engodo de ir por causa de uma
online de conteúdos musicais uma vez lá estando come e cala niu precisamente para encaixar ou duas bandas que me interes-
para partilha do que resolver de- aquilo que se lhe puser no prato. uns “trocos” de tal maneira que
de alguns festivais sam. Ou será que os padrões
finitivamente o problema. “Oeiras Alive” dedica um dia ficaram com um dos cartazes de especializados em altos decorrentes de um pas-
Se por um lado e ao contrário ao “peso”, outro ao “dollar”, outro recurso mais inventivamente ab- sado intenso de boas edições
do que se poderia esperar tendo ao “dinar”, dedicando pelo meio e surdos que há memória, chaman- Portugal. festivaleiras foram rapidamente
em conta a crise geral, os pre- nos três dias um palco secundá- do ao palco principal bandas sul esquecidos? O público-alvo ao
ços de bilhetes para concertos rio ao “euro”, este de qualidade e americanas, portuguesas e es- ser demasiado globalista au-
não baixaram, como que numa interesse consideráveis, mas de panholas, para gáudio da pouco menta no aspecto concorrencial
“vendetta” pela quebra de ven- horários de visita condicionados exigente geração morangos com a execução dos mesmos no sen- a rudeza e emaranhado das ac-
das os cachets, por outro exis- e sem bilhete de entrada próprio. açúcar, tendo ainda protagoniza- tido de organização, planificação tuações, numa escala desfavo-
te espaço para uma suspeição O “Super Rock” foi um super do o episódio da recusa de um e condições gerais para público rável a bandas e público. Até na
fundamentada: na ausência de flop como não há memória, pois músico de continuar o concerto e as próprias bandas. Estamos a disposição temporal o público é
sucesso comercial de bandas na edição nortenha gastou-se depois de se aperceber ao fim de falar de festivais que acontecem, prejudicado, no espaço de um
de menor aceitação à primeira todo o dinheiro para trazer uma uma música que as condições o mais recente há pelo menos mês temos todas as edições
audição, mas em que os seus banda que acabou por não vir, para o concretizar eram nulas: doze anos, e parece que se de- dos principais festivais de verão
patrões e alguma crítica depo- tendo como segunda banda “isto é uma pouca-vergonha” nas saprende ano após ano e se pre- decorridas sendo que a estação
sitem esperanças, haverá uma uma que já deu mais concer- palavras do próprio. tende concretizar em cima do jo- do verão tem pelo menos dois
redução substancial de valores tos em Portugal que a saudo- Não é só a heterogeneidade elho os fetiches organizacionais meses. À que haver seriedade
que as tornem alvos apetecíveis sa Amália, inclusive gratuitos, dúbia de qualidade com que os de quem se acha no direito de e maior preparação para as edi-
para integrarem as listas de festi- e que está longe de encher o cartazes dos festivais portugue- experimentar formatos de produ- ções futuras, afinal não perde-
vais? Isso explicaria com certeza palco de um estádio, e em Lis- ses têm sido feitos, mas também ção. É triste ser-se um fã de mú- mos a esperança. l
Pequeno-almoço,
a regra sem excepção
Dá incontestavelmente saúde e faz crescer, mas não
menos importante, o pequeno-almoço é imprescindí-
vel para um bom rendimento escolar e desempenho
abc
nas actividades físicas.
José Pedrosa e Hugo Gaspar são campeões nacionais de Voleibol de Praia. A consagração surgiu na praia do Molhe
no Porto. Já na semana antes, a dupla de voleibolistas deu grande réplica em Macedo de Cavaleiros na praia do Azi-
bo. Foram os vencedores do Grand Slam de Macedo e assumiram-se como os grandes candidatos ao triunfo final.
Em femininos o título pertenceu a Rosa Costa e Ana Freches. Juliana Antunes e Francisca Esteves haviam ganho
todas as provas anteriores, inclusivie em Macedo, mas no Porto deixaram-se surpreender pelas suas adversárias.
A prova de Macedo voltou a receber grandes elogios e deverá ver o futuro assegurado.
Macedense ao trabalho
dad, referente à Taça Sul America, a
segunda maior competição internacio-
nal de clubes da América do Sul. Ao
aterrar no aeroporto de Santiago do
contratações confirmadas. Segundo o trei- Chile, foi imediatamente detido pela
S
ão 16 os jogadores que compõem os nossos jogadores são amadores, ne-
o plantel do Macedense para a nador, “era este o plantel que queria-mos. Só nhum depende do futsal para viver, é um polícia.
nova época. A equipa vem traba- falamos com estes jogadores. Estes atletas complemento. Não comparticiparemos em Na base da actuação da polícia
lhando há já duas semanas, preparando o dão-nos garantias a longo prazo”, garante. despesas com eles, receberão prémios por está um caso que remonta a 1997, ain-
campeonato da 3ª Divisão que aí vem. O ini- O objectivo da equipa “é claramente a ma- presença em treinos e jogos, assim como da não arquivado pela justiça chilena.
cio está agendado para 10 de Outubro, mas nutenção. Queremos praticar um bom futsal, em caso de vitórias”, garante. Relativamente Georges Buckley viveu no Chile como
na semana anterior, haverá o compromisso divertirmo-nos a cada jogo e, quem sabe, à taxa de utilização do Pavilhão Municipal, estudante de Engenharia Comercial,
da Taça de Portugal. Ambas as competições sermos uma agradável surpresa.” “estamos expectantes em ficar isentos no altura em que remontam os casos. Foi
não têm ainda o sorteio agendado. O técnico será coadjuvado por Nataly pagamento dos treinos de seniores mascu- substituído no jogo por um seu compa-
A equipa é composta por jogadores com Rodrigues, professora de Educação Física, linos e femininos”. triota e já chegou ao seu país, depois
uma média de idades bastante baixa dado recentemente colocada em Macedo, e na Esta temporada, o Macedense continu- de ouvido pela justiça chilena.
que “decidimos fazer uma clara aposta nos época passada orientou o Tabuaço no Dis- ará a organizar o Torneio de Freguesias e Dados os erros que os nossos árbi-
jovens formados no clube, colocando-o nos trital de Viseu. apresenta as novidades da I Maratona de tros cometem nos jogos, dos quais só
seniores”, diz-nos o técnico Rui Costa. Paulo Rui Costa adianta-nos que o Maceden- Futsal de S. Pedro e o I Torneio de Futebol nos poderemos rir, no Mundo da Bola
Santos, Paxa, Leonardo, Nélson Pica, Play, se contará para a próxima época com um de Rua do Azibo. n sabemos que a breve prazo a justi-
ça portuguesa abrirá um processo de
Patrick, Lino, Ricardinho e Diogo renovaram orçamento global de 50.000 Euros. “Todos Nélio Pimentel
contracto. A estes juntam-se Nisga, que, por averiguação. A designação até já está
motivos pessoais, se encontrava sem clube, 5-2 é o resultado do primeiro amigável realizado pelo Macedense. Decorreu no escolhida: “Cannabis dourada” n
Camané (Araucária) e Estrela, ainda júnior, último dia 11, frente à Seita do Pé Descalço, um grupo de amigos de Macedo.
Violência
que estava em Andora. Todos estes fizeram Este jogo teve um carácter de solidariedade, já que a receita de bilheteira e
camadas jovens no Macedense. Capulho, bar, revertiam a favor da família de Catarina Teixeira, uma menina de 10 anos
a quem foi diagnosticado um tumor na perna. Desde de Maio último que recebe
júnior de 1º ano, é também opção para os
tratamentos frequentes no IPO no Porto. As receitas de todos os jogos de pré-
seniores. Cláudio, do Futsal Mirandela, Pi- O Mundo da Bola não gostamos de
temporada reverterão a seu favor.
poca e Ruben, ambos ex. Carrazeda, são violência, pelo contrário, repudiamo-la.
Assim, consideramos que certos actos
não deverão cair no esquecimento do
GD Macedense Plantel Campeonato público. Deveremos lembrarmo-nos
deles e esperar que coisas destas não
Guarda-redes Início a 10 de Outubro.
Equipa Técnica voltem a acontecer. Este último mês
Paulo Santos Sorteio ainda não agenda-
Rui Costa (Treinador) teve muitos casos que deve entristecer
Paxa do.
Nataly Rodrigues (Adjun- Luís Sá - Nisga quem gosta de desporto. Para além
ta) Jogadores Campo dos confrontos entre adeptos num
Leonardo jogo do West ham em Inglaterra, regis-
Equipa Médica Play tamos actos entre colegas da mesma
Alípio Marcos (Enfermei- Patrick profissão. Na Bélgica, na Bolívia e nos
ro) Lino Estados Unidos. Não pensávamos que
Rui Linhares (Enfermeiro) Ricardinho isto era possível entre colegas… Alei-
Diogo ja só de ver, acreditem. Deixamos os
Nélson Pica links:
Camané (Araucária) http://www.youtube.com/
Pipoca (Carrazeda) watch?v=zAs1Toslto8
Ruben (Carrazeda)
http://www.youtube.com/
Cláudio (Júnior – Mirandela)
Estrela (Júnior – Andorra) watch?v=cffrVbeScU8
Rui Costa Capulho (Juvenil) http://www.youtube.com/
watch?v=oSSH6VwwQXI n
Desporto | Cipreste |15 de Setembro 2009 | 25
Breves
Concurso de Pesca do (CCPMC) saiu vencedor em bes mais activos da região. jogadores. A equipa já realizou fundo” no bar do clube e “me-
das Vindimas termos individuais e, por equi- um jogo de preparação em lhorias nos balneários, darmos-
A 7 último, decorreu na Bar- pas, a Trovisport, também de Murça, da AF Vila Real, onde lhes uma cara lavada.”
ragem do Pocinho o Concurso Macedo, foi a vencedora. O me- Talhas com novo perdeu por 4-2. Ao longo da Órgãos Sociais:
de Pesca das Vindimas, orga- lhor sócio do Inatel foi A. Coelho presidente época será realizado um treino Assembleia Geral: Presidente
nizado pelo Clube de Caça e dos Feroviários de Campanhã. O Talhas tem nova direc- semanal, repartido entre Mace- - Paulo Valente; Vice-Presiden-
Pesca de Macedo (CCPMC) O jovem Henrique de Mirandela ção. Eleita com maioria, com do e Talhas. Para Paulo Pires, te - Manuel Rodrigues; Secretá-
com a colaboração do INATEL. foi o melhor na sua classe. 30 votos a favor e 13 contra, “o objectivo é fazer um campeo- rio - João Martins.
Estiveram presentes 58 concor- De salientar o excelente nú- a nova direcção cumprirá um nato bom, procurando estar nos Conselho Fiscal: Presidente -
rentes de várias localidades do mero de espectadores e o mui- mandato de 2 anos. Paulo Pi- lugares cimeiros.” Gilberto Galhardo; Secretário -
norte do país, e o nº de partici- to peixe que saiu das águas do res, Presidente, será o novo Entre os projectos, a direc- Carlos Afosnso; Relator - Fran-
pantes só não foi maior porque Rio Douro. Achigãs, Barbos e rosto do clube. ção irá continuar a posta no cisco Coelho.
nesse mesmo dia abriu a época Percas foram as espécies que O clube continuará a alinhar atletismo e, espera lançar até Direcção: Presidente - Paulo
de caça. Mesmo assim, a orga- mais morderam o anzol. no Campeonato Distrital da AF Outubro uma página de Internet Pires; Vice-Presidente - António
nização mostrou-se satisfeita Pedro Rego, Delegado da Bragança, para o qual já vai tra- “para os nossos sócios emigran- Lopes; Secretário - Vítor Serapi-
com os concorrentes presentes. Fundação Inatel, não deixou balhando. Para já conta com 14 tes, que são muitos, estarem cos; 2º Secretário - Narciso Pi-
Com 3,300 kg, Zé Oliveira de marcar presença no even- jogadores no plantel, devendo mais perto do clube.” É também res; 1º Vogal - Hélder Canedo;
to organizado por um dos clu- no total ser constituído por 19 esperada uma remodelação “de 2º Vogal – Francisco Padrão. n
26 | 15 de Setembro 2009 | Cipreste | Desporto
Bruno
Equipa Técnica Gamito (Vila Real) 1ª 06/09/09 Macedo F 0-4
Fernandinho (Treinador) Defesas 2ª 20/09/09 Mirandela C
Zézé (Adjunto) Rudi (Chaves) 3ª 27/09/09 Marinhas F
Ismael (Bragança) 4ª 11/10/09 Valenciano C Classificação
Equipa Médica Stigas 5ª 25/10/09 Limianos F
Luis Pires (Enfermeiro) Fanã 6ª 01/11/09 Montalegre C
Inácio
Karaté (Bragança)
7ª 08/11/09
8ª 15/11/09
Bragança
Santa Maria F
C
12º
P. Arrábidas (Macedo)
Rui (Vizela) 9ª 06/12/09 Fão C
Médios 10ª 13/12/09 Maria Fonte F
Filipe 11ª 20/12/09 Amares C
Renato 12ª 03/01/10 Macedo C Golos Golos
Silva 13ª 10/01/10 Mirandela F Marcados Sofridos
Feija 14ª 17/01/10 Marinhas C
Gene (Mãe D’Água) 15ª 24/01/10 Valenciano F
Passi (Mucifalense) 16ª 31/01/10 Limianos C 0 4
Filipe II (Vizela)
17ª 07/02/10 Montalegre F
Lixa (Bragança)
18ª 14/02/10 Bragança F
Alex (1ª inscrição)
Avançados 19ª 21/02/10 Santa Maria C
Denilson (1ª inscrição) 20ª 28/02/10 Fão F
Reis 21ª 07/03/10 Maria Fonte C
Fernandinho Pires (Macedo) 22ª 14/03/10 Amares F
Morais F C miúdo me disse que ia deixar de jo- Posto isto, é feito um contacto por
gar futebol para se dedicar aos es- Jorge Nogueira, presidente da As-
tudos eu disse-lhe que já me con- sociação de Futebol de Bragança,
D
enilson é o mais recen- a jogar nenhum”. O Presidente dos Depois de conseguir o número
te reforço do Morais. alvi negros acrescentou que, após dele, contacto-o explicando o que
O Brasileiro, chegou à este episódio, o seu clube não iria tinha ocorrido – portanto, quando
equipa na semana seguinte ao der- facultar a carta de desvinculação o presidente do Mirandela veio
by com o Macedo e o seu processo para que o guarda-redes alinhasse para a rádio dizer que ninguém
de inscrição deverá estar resolvido no Morais. do Morais o contactou, é mentira.
a tempo do confronto com o Miran- Da parte da direcção do clu- Ele simplesmente me diz que não
dela do próximo Domingo. Denilson be, o presidente Rodrigo Cepeda, dá a desvinculação.” Rodrigo Ce-
é um ponta de lança móvel, apa- diz que “o Morais é um clube mui- peda afirma que “imediatamente”
rentemente com as características to humilde e não quer entrar em informou o jogador da decisão de
exigidas pelo técnico. O jogador foi guerras com ninguém” e conta Vergílio Gomes, esperando que ele
júnior no Vizela e, na época passa- ao Cipreste a história da “novela resolvesse a situação. “No treino
da alinhou num clube do segundo Manu”: “Soubemos por alguém de seguinte, o Manu informa-nos que
escalão austríaco. O também bra- Mirandela que o Manu tinha saído tudo estava já resolvido, assim vol-
sileiro Alex continua a ver a estreia do clube e, como nós sabíamos to a ligar ao presidente do Mirande-
adiada, devido a um atraso relativo Denilson é reforço para o ataque
o seu valor e estávamos interes- la e, de novo, nos diz que não dava
ao certificado internacional. be Mirandela, entrou nos planos da to, não estava a contar com isto. sados em mais um guarda-redes, a carta a ninguém. A partir desse
Nas cogitações dos responsá- equipa Macedense, que depois de Sei que apareceu uma tentativa de decidimos chamá-lo para vir treinar momento, o Manu deixou de fazer
veis do Morais continua a estar a chegar a acordo com o jogador, o inscrição do Morais, não sei o que com a equipa. Assim acontece e a parte dos nossos planos”, revela o
contratação de um guarda-redes, decidiu inscrever na Federação se passou. Já ouvi várias versões, primeira coisa que eu lhe pergunto líder do Morais.
visto ser intenção do treinador, con- Portuguesa de Futebol na última uma de que foi o Manú que se ofe- é se ele saiu a bem do Mirandela. Contactado pelo Cipreste,
tar com 3 homens para a baliza. A semana da pré-época. O pior es- receu, outra de que o foram buscar. Responde-me que sim, que teria Manu recusou-se a fazer qualquer
vinda de um guarda-redes, deverá taria para vir, quando é conhecido Eu soube pelo presidente da As- sido por causa dos estudos e que comentário sobre este episódio.
ser a última contratação do clube. que Manu já se encontrava inscrito sociação de Futebol de Bragança não haveria problema algum.” Fei- Apenas nos revelou que irá de-
pelo Sport Clube. que havia uma inscrição para o to o primeiro contacto, o Morais fender as cores do Rebordelo no
Novela Manu O presidente do Mirandela, atleta pelo Morais”, disse. Segundo decide fazer a inscrição e, “no mo- próximo campeonato distrital. “Já
Vergílio Gomes, apressou-se a vir o próprio Vergílio Gomes, o jogador mento em que fazemos a inscrição está tudo acertado para na próxi-
O defeso do Morais fica marca- a público mostrar indignação com o quis abandonar o Mirandela por- dele, a Associação de Futebol diz- ma época eu jogar no Rebordelo”,
do pela “novela Manu”. O guardião sucedido. Em declarações à Rádio que “alguém lhe andou a dizer que nos que o Manu já estava inscrito adiantou-nos Manu. n
de 20 anos, formado no Sport Clu- Onda Livre, revelou-se “estupefac- ia jogar, que ia ser titular. Quando o por um outro clube, o Mirandela.” Nélio Pimentel
Suaves | Cipreste |15 de Setembro 2009 | 27
Juliano Silva
Suaves
Sabia que... Macedo no seu melhor
Bragança já foi dos distritos mais alfabetizados do país. Há
150 anos!
Sudoku
Há gente que ainda não sabe, mas Macedo tem um ECOCENTRO, onde se faz RECOLHA DE
CARTÃO
Regras sudoku
O objectivo do Sudoku e preencher os quadrados vazios com números
entre 1 e 9:
1. um número só pode aparecer apenas uma vez em cada linha; Não é yorn mas é insólito, em pela cidade sem condutor. Macedo perde gente mas parece ga-
2. um número só pode aparecer apenas uma vez em cada coluna;
3. um número só pode aparecer apenas uma vez em cada quadro de 3x3. nhar outras coisas
Solução mês anterior
40 jovens no Azibo