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Superior Tribunal de Justiça

MEDIDA CAUTELAR Nº 13.200 - SP (2007/0207238-3)

RELATOR : MINISTRO FERNANDO GONÇALVES


REQUERENTE : COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SÃO
PAULO - BANCOOP
ADVOGADO : ALEXANDRE CESTARI RUOZZI E OUTRO(S)
REQUERIDO : JORGE DA SILVA
DECISÃO
Trata-se de medida cautelar requerida pela COOPERATIVA HABITACIONAL
DOS BANCÁRIOS DE SÃO PAULO - BANCOOP, visando atribuir efeito suspensivo ativo a
recurso especial, interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que
não conheceu de agravo de instrumento, ante a falta de peças facultativas, mas necessárias à
compreensão da controvérsia. O agravo foi interposto contra antecipação de tutela, deferida no
primeiro grau de jurisdição, em autos de ação declaratória, cumulada com obrigação de fazer e
de não fazer, onde determinada a incorporação de empreendimento (prédio de apartamentos),
denominado "Praias de Ubatuba", sob pena de multa diária no valor de R$ 5.000,00.
O recurso especial interposto pela requerente, conforme consignado por ela
mesma, na inicial (fls. 04), ainda pende de admissão, no Tribunal de origem.
Nesse contexto, a presente súplica apresenta-se incabível, porquanto ao STJ,
instância extraordinária por excelência, não é dado conhecer de pleito desta natureza, sem que,
pelo menos provocada sua jurisdição pelo processo principal que, como visto, não se sabe nem se
aqui aportará.
Nesse sentido, as súmulas 634 e 635 do STF:
"Não compete ao Supremo Tribunal Federal conceder medida cautelar para
dar efeito suspensivo a recurso extraordinário que ainda não foi objeto de
juízo de admissibilidade na origem."
"Cabe ao Presidente do Tribunal de origem decidir o pedido de medida
cautelar em recurso extraordinário ainda pendente do seu juízo de
admissibilidade."
Entender de modo contrário é transmudar esta Corte, pura e simplesmente, em
terceira instância, desvirtuando a sua vocação precípua, qual seja, a uniformização do direito
federal.
Além disso, na espécie, a decisão que estaria a suscitar o presente pedido é de
dezembro de 2006 (fls. 85) e o recurso especial é de abril de 2007 (fls. 144). Na melhor das
hipóteses, o início da ameaça de dano já tem mais de três meses ou, na pior, quase um ano. Não
há como falar, nesse contexto, em periculum in mora.
De outra parte, ausente também o fumus boni juris, pois o entendimento do
acórdão recorrido tem inteira consonância com o norte adotado e pacificado pela Corte Especial
deste STJ:
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE
DIVERGÊNCIA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEÇA NECESSÁRIA. ART.
525 DO CPC. JUNTADA POSTERIOR. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N.
168/STJ.
1. A jurisprudência da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça é
pacífica quanto à impossibilidade de conversão do processo em diligência
para juntada de peça necessária ao julgamento do agravo, seja na
instância ordinária, seja na extraordinária.
Documento: 3320189 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJ: 28/08/2007 Página 1 de 2
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2. Incidência da Súmula n. 168/STJ.
3. Agravo regimental improvido." (AgRg nos EREsp 665.155/RJ, Rel.
Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,CORTE ESPECIAL, DJU
01.08.2006)

"PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE JUNTADA DE PEÇAS ESSENCIAIS. NÃO
CONHECIMENTO DO AGRAVO.
I - A ausência de juntada de peças essenciais, não incluídas dentre aquelas
constantes do artigo 525, I, do CPC, importa em inadmissão do agravo de
instrumento, porquanto o agravante deve velar pela instrução do processo
com todas as peças necessárias para a compreensão e solução da
controvérsia.
II - Precedentes: AgRg nos EREsp nº 638.146/DF, Rel. Min. CARLOS
ALBERTO MENEZES DIREITO, DJ de 18.04.2005; AgRg no AG nº
396.501/PR, Rel. Min. FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, DJ de
28.03.2005 e REsp nº 512.133/RS, Rel. Min. JOSÉ ARNALDO DA
FONSECA, DJ de 27.09.2004.
III - Embargos de Divergência rejeitados." (EREsp 471.930/SP, Rel.
Ministro FRANCISCO FALCÃO, CORTE ESPECIAL, DJU 16.04.2007)

Ante o exposto, nos termos do art. 34, XVIII, do RISTJ, nego seguimento à
medida cautelar.
Publicar.
Brasília, 21 de agosto de 2007.

MINISTRO FERNANDO GONÇALVES, Relator

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