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Superior Tribunal de Justiça

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.127.598 - SP (2008/0254769-2)

RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA


AGRAVANTE : COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCARIOS DE SAO
PAULO
ADVOGADO : ALESSANDRA APARECIDA LUÍS E OUTRO(S)
AGRAVADO : LUIZ BERNARDO PREGUIÇA
ADVOGADO : FERNANDO BRASIL GRECO E OUTRO(S)

DECISÃO

Trata-se de agravo de instrumento interposto por COOPERATIVA


HABITACIONAL DOS BANCARIOS DE SÃO PAULO contra decisão que inadmitiu o
recurso especial sob os seguintes fundamentos:
a) não-vulneração dos artigos apontados como violados; e
b) incidência das Súmulas ns. 5 e 7 do STJ.
Alega a parte agravante, em síntese, que o recurso especial atendeu os pressupostos
de admissibilidade, razão pela qual requer o seu processamento.
É o relatório. Decido.
O recurso especial foi interposto contra acórdão assim ementado:

"Cooperativa que cobra, seguidamente, resíduos dos compradores - O fato de a


cooperativa habitacional invocar o regime da Lei 5764/71, para proteger seus
interesses, não significa que o cooperado esteja desamparado, pois as normas gerais
do contrato, os dispositivos que tutelam o consumidor e a lei de incorporação
imobiliária, atuam como referências de que, nos negócios onerosos, os saldos
residuais somente são exigíveis quando devidamente demonstrados, calculados e
provados - Incorrência - Não provimento."(fl. 301)

Busca demonstrar a parte recorrente violação dos arts. 3º, 4º e 79 da Lei 5.764/71.
Alega que o regime único das cooperativas, prima pela união de esforços e atividade econômica
de proveito comum, visando bens e serviços, sem objetivo de obtenção de lucros. Aduz, ainda,
que é imperativo cumprir o contrato de adesão ajustado pelas partes.
A questão infraconstitucional relativa à violação dos arts. 3º, 4º e 79 da Lei 5.764/71
não foi objeto de debate no acórdão recorrido, nem a respeito foram opostos embargos de
declaração. Caso, pois, de aplicação da Súmula n. 282/STF.
Ademais, no recurso especial, a parte recorrente não impugna os fundamentos do
acórdão inerente à falta de transparência para cobrança do segundo saldo residual, a aprovação
da cobrança em assembléia com os rigores da administração pautada pela ética, e por último o
excesso de cobranças complementares sem prévia prestação de contas, destoando, dessa forma,
do juízo de valor sobre o qual se fundou o aresto recorrido.
Destarte a argumentação veiculada no recurso especial não guarda correlação com os
fundamentos utilizados no acórdão recorrido. Caso, pois, de aplicação da Súmula n. 284/STF.

Documento: 5298834 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJ: 09/06/2009 Página 1 de 2


Superior Tribunal de Justiça
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.
Publique-se.
Brasília (DF), 19 de maio de 2009.

MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA


Relator

Documento: 5298834 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJ: 09/06/2009 Página 2 de 2

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