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A FAMÍLIA NA ATUALIDADE

Por: Andressa Carvalho


http://www.meuartigo.brasilescola.com/psicologia/a-familia-na-atualidade.htm

RESUMO
Este estudo diz respeito às formações familiares que se modificaram ao longo dos tempos
devido a vários fatos relacionados ao desenvolvimento da sociedade moderna, não
seguindo mais aos padrões patriarcais. A família na atualidade vem ressaltando também as
responsabilidades destas famílias e seu compartilhamento com as escolas, sem deixar de
enfatizar todos os problemas relacionados à violência.

Palavras-chave: Família, Educação, Responsabilidade

1 INTRODUÇÃO
Podemos perceber que do início do século XIX até os dias de hoje houve grandes
modificações na instituição família.
A sociedade moderna caracteriza-se por grandes mudanças nos campos da economia, da
política e da cultura, afetando significativamente todos os aspectos da existência pessoal e
social. Essas mudanças repercutem fortemente na vida familiar, desde o modelo de
formação até o provedor do sustento, entre outros aspectos.
O presente estudo vai ressaltar essas mudanças sociais e culturais que caracterizam a
sociedade moderna, as relações familiares e principalmente os tipos de formação das
famílias atuais que são totalmente diferentes e mais diversificadas que as famílias de
antigamente.

2 A HISTÓRIA DAS FAMÍLIAS


Podemos dizer que na sociedade burguesa a formação familiar era ligada aos laços
sanguíneos e a habitação em comum cujos membros se limitavam ao pai, mãe e filhos,
sendo que o pai era o provedor do sustento, tinha contato com a vida social e o mercado de
trabalho, já a mãe tinha como obrigações os cuidados domésticos e com os filhos, desta
forma a esposa e filhos deviam obediência irrestrita ao seu provedor, esse modelo de
formação familiar era conhecido como patriarcal e nessa época o casamento era ligado aos
negócios e tido como união eterna.
Com todas as mudanças na sociedade esse modelo já ganhou outros contornos, diversas
necessidades levaram a mulher a se introduzir no mercado de trabalho, o que fez com que
se tornasse peça importante no provimento financeiro da família, não sendo raros os casos
em que é a única provedora. Tal fato, por sua vez, vem promovendo o afastamento precoce
dos filhos do convívio familiar e assim fazendo com que dividam o compromisso de educar
com a escola, com tudo isso a figura do pai passou a ser ou mais presente na educação dos
filhos ou em alguns casos a formação familiar não conta mais com essa figura, pois já
existem muitos casos de mães solteiras, viúvas ou separadas que comanda a família, o que
não é diferente com os pais que muitas vezes também estão à frente de suas famílias sem a
ajuda de uma companheira. Outros aspectos culturais e de comportamentos ligados à
família também mudaram, como por exemplo: os casamentos passaram a ser realizados
não mais como um negócio, mais sim por interesses individuais, ou seja, do casal, a relação
entre pais e filhos se tornou mais íntima, trazendo uma educação mais liberal e a figura
paterna passou a não ser mais vista apenas como o provedor do sustento fazendo com que
fosse cobrado dele mais participação na educação dos filhos e nos assuntos domésticos em
geral.
Hoje em dia não podemos mais falar da família brasileira de um modo geral, pois existem
várias tipos de formação familiar coexistindo em nossa sociedade, tendo cada uma delas
suas características e não mais seguindo padrões antigos, nos dias atuais existem famílias
de pais separados, chefiadas por mulheres, chefiadas por homens sem a companheira, a
extensa, a homossexual, e ainda a nuclear que seria a formação familiar do início dos
tempos formada de pai, mãe e filhos, mas não seguindo os padrões antiquados de
antigamente.
Mesmo com toda essa diversidade podemos citar algumas características que as famílias
atuais vêm apresentando em comum como, a diminuição do número de membros, de
casamentos religiosos, aumento na participação feminina no mercado de trabalho,
participação de vários membros da família em sua economia, o chefe da família tende a ser
mais velho, quanto mais rica mais chefes responsáveis pela família, quanto mais pobre mais
os filhos contribuem na renda familiar.
Desta forma podemos afirmar que apesar de todas os mudanças que aconteceram ao longo
de todos esses anos na instituição família o fato de ela não se basear mais no casamento
típico e religioso é a mais marcante delas, pois hoje em dia até o Código Civil já fez
mudanças em relação à união dos casais, entre outras mudanças.
3 A FAMÍLIA E A ESCOLA
Como vimos a organização da família vem se transformando com o passar dos tempos,
porém, em todos os tempos e seja qual for sua formação a família deve desempenhar
funções educativas, transmitir valores culturais, fornecer modelos de formação para o
indivíduo viver socialmente e estabelecer suas relações. A família é o primeiro grupo de
mediação do indivíduo com o mundo social e é responsável pela sua sobrevivência física e
mental, no seio familiar também deve se concretizar o exercício dos direitos da crianças e
do adolescente, como cuidados essenciais para possibilitar seu crescimento e
desenvolvimento, antes de seu nascimento o indivíduo já ocupa um lugar na família, desta
forma a função da família é tão importante que, na sua ausência deve-se oferecer à criança
e ao adolescente uma “família substituta” ou instituição que se responsabilize pela
transmissão desses valores e condição para inserção na vida social. Os pais são para os
filhos os primeiros modelos de como os adultos se comportam, de como ser homem ou ser
mulher, a criança incorporará a cultura que a família reproduzir em seu interior.
Mas nos dias de hoje devido a vários motivos, como por exemplo, a inserção da mulher no
mercado de trabalho a família passou a dividir a função de introduzir o indivíduo na
sociedade com instituições educacionais como: creches, pré-escolas e escolas e isso
acontece em todas as classes sociais. A escola acabou se tornando uma das instituições
sociais de maior importância em mediar esta relação entre indivíduo e sociedade
caracterizando a transmissão cultural, de valores morais, de comportamento e socialização,
é uma instituição que trabalha a serviço da sociedade ocupando grande parte da vida de
seus alunos e cada vez mais substituindo as famílias em ensinamentos como: orientação
sexual, profissional, valores e ideais, ou seja, a vida como um todo. Em todo esse processo
é muito importante que família e escola sejam parceiras, comprometendo-se com a
educação das crianças e adolescentes mantendo-se sempre em ligação, buscando
compreender o processo de educação como algo a ser partilhado. De acordo com Silva: “A
escola não deveria viver sem a família e nem a família deveria viver sem a escola. Uma
depende da outra na tentativa de alcançar o maior objetivo, qual seja, o melhor futuro para o
filho e educando e, automaticamente, para toda a sociedade.”.
Um dos assuntos de maior polêmica entre família e escola é o estudo da sexualidade,
“Quem deve passar estes ensinamentos à criança e ao adolescente?” Na maioria das vezes
os pais ainda se sentem constrangidos em falar deste assunto com seus filhos e jogam a
responsabilidade para a escola que nos dias de hoje já exerce um grande papel neste
sentido. A Família está envolvida neste processo desde a concepção e deve iniciar a
educação sexual desde o nascimento da criança, desta forma é de responsabilidade
primária da família esta orientação devendo depois ser articulado com a escola, já que tem a
função de formadora, a escola deve saber como prosseguir com as orientações de forma a
desenvolver um indivíduo saudável. Mas nem sempre é assim, em muitos casos os pais não
conversam com as crianças em casa e a repreendem quando elas querem saber algo que
esteja relacionado a sexualidade, então só quando a criança passa a frequentar a escola
que começa a sua orientação. De certa forma este comportamento por parte da família
acaba tornando a criança um adulto sexualmente reprimido ou permissivo de mais, sendo
que nenhum dos casos é considerado correto. A atual educação sexual aborda dois pontos
principais: informações biológicas (reprodução, gestação, menstruação, órgãos sexuais...) e
as normas, moral e juízos de valor, ou seja, assuntos que tem de ser tratados em conjunto
família e escola e não podem ser ignorados por nenhuma das duas partes, pois se trata de
orientar corretamente um indivíduo para que ele se comporte de maneira correta perante a
sociedade e principalmente na fase da adolescência que é o período onde esse indivíduo
vai se afirmar perante a sociedade e consolidar todas as orientações para ele passadas.
Segundo Gonçalves:
Na verdade, somos todos responsáveis pela educação sexual. Os educadores, formais ou
não, devem se policiar sobre o trabalho que vem sendo feito, pois devemos todos nos
preocupar com o desenvolvimento saudável e a qualidade de vida de nossas crianças e
adolescentes.
Mas neste jogo de empurra que se torna este assunto entre família e escola, surge uma
grande “vilã” com cara de boa moça neste processo de aprendizagem que é a MÍDIA. Ela
invade nosso cotidiano e entra em nossas casas chamando atenção de nossos filhos, no
mundo em que vivemos hoje, onde a maioria dessas crianças e adolescentes passa a maior
parte do tempo em frente a TV ou ao computador navegando pela internet, estão lá a
qualquer horário e momento na grande maioria dos programas, apelo sexual, incitação à
violência e ridicularização das pessoas, principalmente em horário impróprio para exibição,
ou na internet onde você entra em um site de culinária, por exemplo, e lá esta uma foto de
uma mulher se mostrando com uma roupa imprópria ou até mesmo sem roupa. Em
propagandas, desenhos, novelas, programas de humor, músicas entre outros meios hoje em
dia, existe incitação a violência, ao desrespeito e principalmente apelo sexual, então
podemos concluir que esta educação deve sim ser compartilhada entre a família e a escola
pois, só os pais tem como controlar o que seu filho assiste, escuta ou acessa pela internet e
a escola tem como controlar o que acontece dentro de seus domínios. É claro que os meios
de comunicação não trazem só coisas ruins, mas são a grande maioria hoje, e muitos pais
não tem mais tempo de controlar o que chega até seus filhos, por estarem na correria do
dia-a-dia, mas acima de tudo todos os pais devem tirar um tempo para conversar com seus
filhos e estreitar relações, isso pode ajudar e muito neste processo.

4 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
A violência doméstica é considerada um problema universal que não distingue sexo e nem
classe social, contudo geralmente acontece com mulheres, crianças e adolescentes e
podemos dizer que se divide em quatro tipos diferentes, sendo, violência sexual, física,
psicológica e a negligência familiar, esta considerada a mais fácil de ser detectada.
4.1 VIOLÊNCIA SEXUAL
É entendida como atos de natureza sexual impostos a um indivíduo, sob assédio verbal,
abuso dos limites corporais ou psicológicos. Várias são as conseqüências de um abuso
sexual e podemos classificar como físicas e psicológicas, na questão física as mais
frequentes são: hematomas, queimaduras, lesões nas genitais, doenças sexualmente
transmissíveis (DST´s), e na questão psicológica são: dificuldades de adaptação afetiva,
inter pessoal, depressão entre outras.
Em qualquer uma dessas situações, as relações são marcadas por muito sofrimento e
insatisfação, levando a conseqüências graves como: o uso de drogas, distúrbios sexuais,
problemas de personalidade, agressão e fuga do lar, e muitas vezes o indivíduo que sofre
este tipo de agressão também à comete um dia.
4.2 VIOLÊNCIA FÍSICA
Caracteriza-se por uma ação proposital por parte de um agente agressor, que provoque
dano físico à criança ou adolescente, famílias que tem esta prática em seu meio costumam
ter algumas características: a violência é usada para disciplinar, a criança ou adolescente é
visto como objeto ao demonstrar seus desejos sofrem agressões, há grandes conflitos
familiares, guarda-se um segredo sobre este tipo de ato, esse tipo de violência traz
conseqüências físicas e psicológicas terríveis que costumam levar a mais violência. Apesar
de não haver estudos que comprovem tal teoria o chamado “tapinha disciplinar” é
considerado pela opinião pública, pais e educadores como positivo.
4.3 VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
É o ato cometido por um adulto em relação a uma criança ou adolescente de forma
constante que vem desvalorizá-la, bloqueá-la, interferindo de forma negativa e causando-lhe
sofrimento mental, É comum mas ao mesmo tempo a mais difícil de ser detectada,
principalmente por não deixar marcas visíveis e fáceis de perceber. Não se pode assegurar
com precisão as conseqüências da violência psicológica, no entanto ela compromete o
desenvolvimento da criança e do adolescente como um todo.
4.4 NEGLIGÊNCIA FAMILIAR
Este tipo de violência ocorre com freqüência e é fácil de ser detectado, trata-se da falta de
ações por parte da família perante aos aspectos médicos, educacionais, higiênicos, de
supervisão e físicos e pode ser manifestada de maneiro moderada ou severa, outra maneira
de se exercer a negligência é o abandono por parte do responsável e as consequências
também são físicas e psicológicas e de acordo com o tipo de negligência cometido.
5 CONCLUSÃO
O que se pode concluir com este trabalho é que existem hoje em dia muitos tipos de famílias
e que esta instituição atual em nada se parece com o modelo patriarcal, pois até aquelas
semelhantes na formação são bem diferentes no modelo de educação, mas nem por isso se
desviou os deveres que a família tem em relação a educação, provimento do sustento,
condições de vida dignas e de respeito perante o indivíduo que a forma. A formação familiar
é diversificada sim, mas nem de longe pode ser negligente ou empurrar essas
responsabilidades para as instituições educacionais, o que pode ser feito é em parceria com
a mesma, ambas tomem atitudes que façam com que o crescimento do indivíduo e sua
inserção na sociedade sejam saudáveis.
6 REFERÊNCIAS
SILVA. Daniela Regina da, Psicologia Geral e do Desenvolvimento, Indaial, Ed, ASSELVI,
2005
SILVA. Sonia das Graças Oliveira. A relação Família/Escola, Disponível em:
http://www.artigos.com/artigos/humanas/educacao/a-relacao-familia%10escola-3012/artigo/
Acesso em: 26/06/2008
GONÇALVES. Carolina. Educação Sexual: responsabilidade de quem? Disponível em:
http://www.linavida.com.br/artigo06.html. Acesso em: 26/06/2008

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