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RECIFE
2009.
1
LUCIANA MARIA BARBOSA DE MELO
RECIFE
2009.
2
LUCIANA MARIA BARBOSA DE MELO
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Drª Laura Susana Duque-Arrazola (Orientadora)
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Ms. Fabiane Alves Regino
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Prof Ana Paula
3
Em memória de minha avó Nair
Irmãos Zé e Vanessa
4
AGRADECIMENTOS
À Enio meu marido, namorado, melhor amigo,confidente e parceiro de tantas noites mal
dormidas em claro, que com seu amor e suas palavras de conforto e encorajamento diante de
tantos momentos difíceis me impediu de desistir de continuar.
À minha família, minha mãe, meu pai e irmãos, sempre comigo em todos os momentos
da minha vida.
À Soninha e todo seu carinho e dedicação e seu Enoque pela suas palavras de
experiência e conversas descontraídas.
A Magda mãe de Marina que pacientemente disponibilizou de seu tempo para me contar
e recontar suas enriquecedoras experiências e momentos difíceis superados.
5
“Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
Voe pois você possui apenas uma vida
e nela só tem uma chance de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades bastante para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram, para aqueles que se machucam, para
aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar por que um belo dia se morre”.
Clarice Lispector
6
RESUMO
SIGLAS
7
ESO – Estágio Supervisionado Obirgatório
MS – Ministério da Saúde
NUPEM – Núcleo de Pesquisa e Estudo sobre a Mulher
PAISM – Programa de Assistência Integral da Saúde da Mulher
PHPN – Política de humanização pré-natal e nascimento
PSF – Programa de Saúde da Família
RMR – Região Metropolitana do Recife
SUS – Sistema Único de Saude
UFRPE – Universidade Federal Rural de Pernambuco
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
8
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
PROPOSTAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9
PARTE I – O ESTÁGIO
10
INTRODUÇÃO
1
Na pesquisa empírica a observação é uma das técnicas que contribuem para a
coleta de dados, sobretudo a observação participante, para o caso da pesquisa
qualitativa. A observação participante é uma técnica da pesquisa social, originada
na Antropologia no estudo das “sociedades primitivas”, em que a inserção direta
do/da pesquisador/a na situação em estudo, é um dos componentes necessário à
apreensão dos dados da pesquisa, como explica Antonio Carlos Gil, (1999)
12
infantil pela melhoria das condições de atenção e desenvolvimento da criança bem
como dela enquanto mulher e mãe.
13
Considero de grande importância a realização desta pesquisa pelas contribuições
que trará à Área de Desenvolvimento Humano, Alimentação e Saúde do Curso de
Economia Doméstica, abstraída a problemática observada na sistematização do
funcionamento do hospital, sob a perspectiva de uma estudante e gestante sujeita à
assistência de profissionais e do atendimento humanizado. Além de ter a possibilidade
de sugerir o desenvolvimento de um posterior trabalho de extensão baseado na referida
temática.
FIQUEI AQUI RETOMAR O QUE SEGUE
Relevante, também, pois para uma formação mais completa e enriquecedora é
necessário a experiência enquanto pesquisadora, de forma a estimular e exercitar nossa
visão indagatória e problematizadora como profissionais promovendo a iniciação
científica e, posteriormente a docência. Igualmente é importante este estudo porque
permitirá compreender a forma como se dão as relações de poder no campo das políticas
públicas voltadas para as mulheres nos dias atuais.
14
participante enquanto gestante assistida pelo programa de pré-natal, elaboração de um
roteiro de observação e de entrevista semi-estruturada, além da pesquisa e revisão
bibliográfica e documenta. A modalidade de pesquisa qualitativa é adequada para
estudar situações sociais que vem a complexidade das expressões humanas, verbais e
não verbais, tendo como foco,em especial , conhecer e compreender os seus
significados e processos de construção, contando com a participação direta desses atores
(Minayo, 2000; Bogdan & Biklen, 1994; Patrício,1995 in REIS e PATRICIO, 2005).
Vale ressaltar que a análise das respostas, obtidas na entrevista foi baseada na
avaliação dos dados sob parâmetro qualitativo.
15
PARTEII – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
16
CAPITULO I - RELAÇÕES DE GENERO E AS MULHERES.
17
cuidado da família: pai, marido e filhos e filhas. A falta de engajamento político por
parte das mulheres parte também do pressuposto de que há a assimilação por parte das
próprias mulheres da figura frágil, singela, submissa, construída e reproduzida pela
sociedade. Conseqüentemente sua representação repercutiu de forma desigual na
sociedade com relação a dos homens.
Edir Nei Teixeira Mandu2 define três grandes fases da trajetória da atenção a
saúde da mulher:
Maria Betânia Ávila (2003), defende que “na visão feminista, a construção do
sujeito político se realiza na dialética entre a ruptura, a heteronímia no espaço doméstico
da vida familiar e a entrada nos espaços onde se age para a transformação do mundo [ou
seja, a esfera pública].”
2
MANDU, Edir N.T. Trajetória assistencial no âmbito da saúde reprodutiva e
sexual - Brasil, século XX. Revista Latno Americana de Enfermagem vol.10
n.3 Ribeirão Preto: MAI/JUN, 2002
18
Como afirma Lucila Scavone (2001)3 em seus estudos é necessário destacar a
inserção das mulheres no mercado de trabalho, sua presença no espaço público e os
impactos que estes fatos trouxeram à tona junto a instituição familiar e do estado.
Maria Teresa Citeli4 destaca em seus estudos que a idéia inicial de que sexo se
referia à anatomia e fisiologia dos corpos, deixava o caminho aberto para interpretações
de que as diferenças entre mulheres e homens no domínio cognitivo e comportamental,
bem como as desigualdades sociais, poderiam decorrer de diferenças sexuais localizadas
no cérebro, nos genes ou provocadas por hormônios etc.
3
SCAVONE , L . Motherhood : transformation in the family and in gender relations.
Interface _Comunic, Saúde, Educ,v.5, n.8, p.47-60,2001.
4
CITELI, M. Teresa. Fazendo diferenças: teorias sobre gênero, corpo e
comportamento. In. "Cultura sexual e reprodução na agenda da mídia brasileira"
(mimeo). Apresentado no XXI Congresso Internacional da LASA, Latin American
Studies Association, Chicago, 1998.
5
SEGALIN, Andreia; CAMINI, Marisete. A Violência Contra a Mulher Problematizada
nas Relações de Gênero: Quando a Caricatura do Príncipe Revela o Tirano nas
Relações Conjugais.
19
O atual posicionamento das mulheres no espaço público deu-se graças às
grandes conquistas iniciadas com o surgimento do movimento feminista já no século
XVIII através da constante luta e busca pela igualdade, liberdade e direitos, como os
direitos civis e políticos, o direito ao trabalho e a luta pela cidadania.
20
transformasse em empecilho à ocupação de novos espaços e oportunidades econômicas
(CEARA, 1997).
Contudo, o fato da presença das mulheres não ser tão efetiva na sociedade se
deve também ao desconhecimento destas ou o não exercício de seus direitos e deveres
(inclusive os sexuais e reprodutivos), deixando, assim, de atuar enquanto cidadãs. E
isto, segundo Gabriela Bonachi e Ângela Groppi (1995), se deve a construção social
feminina em que as relações “privadas” são contrapostas às “públicas”,
responsabilizando as mulheres pela unidade familiar, pelo casamento e pela geração de
filhos. Ou seja, a “incapacidade” das mulheres de serem cidadãs, as tornam mais
dependentes do marido e a distanciam do seu real papel social e político tendo, assim,
menos representação.
A maternização está intrínseca na formação do ser social feminino, uma vez que
estas se estabelecem nas relações de gênero entre as mulheres e as diversas instituições
sociais, como a própria família que diferenciam logo cedo os papéis a serem
representados mais tarde de homem/ mulher, pai/ mãe. Tudo isto é internalizado pelas
mulheres e reproduzidos socialmente nas relações sociais e configura o perfil
generalizado das mulheres: sujeitos frágeis e sensíveis, o que lhes garante o “dom” e a
naturalização de serem responsáveis pela manutenção da família e pelo cuidado da prole
(HEILBORN, 1991 p. 29) .
21
cercada por uma realidade que não favorece seu êxito: a “maternização” das mulheres,
influenciada pelo atual modelo de produção capitalista.
Para Nancy Chodorow (1990), a reestruturação da sociedade em um modelo
capitalista, favoreceu grandes mudanças na dinâmica da família, conferindo
posteriormente, às mulheres, o papel fundamental de administradora do lar, e mãe
educadora.
O ponto de partida para tal ascensão aconteceu após a constituição de 1988, na
qual as mulheres foram reconhecidas enquanto cidadãs e, desde então, são
contempladas pelo sistema público de saúde e recebem assistência especial à sua saúde
sexual e de seus filhos/as. Contudo, o ano de 1990 foi marcado pela degradação dos
serviços públicos de saúde, incluindo os acreditados no SUS e houve a expansão das
demandas à assistência médica de planos de saúde (BRASIL, 2002).
6
RIBEIRO, Manoel; BARATA, Rita; ALMEIDA, Márcia; SILVA, Zilda. Perfil
sociodemográfico e padrão de utilização de serviços de saúde para
22
Em uma sociedade desigual – e contraditória – como a nossa, a saúde e a doença
também se distribuem desigualmente, entre homens e mulheres, brancos e negros,
pobres e ricos, seja pelas diferentes situações sociais e vulnerabilidades, seja pela
desigualdade no acesso às ações e serviços de saúde e à qualidade de vida. Aliado a isto
a mercantilização da saúde, que como afirma Ana Maria Costa e Maria do Carmo Lessa
Guimarães(2002) dizem que:
Situações que antes eram vivenciadas fora de hospitais e sem exames ou
remédios, agoram passam a depender de intervenções médicas cada vez mais
especializadas. Isso contribuiu com o crescimento e o fortalecimento do setor
privado da saúde onde está concentrado maior volume de tecnologia médica.
Assim as práticas de prevenção e atenção a saúde que não geram lucros ficaram
como de responsabilidade do Estado, tendo como maior público usuários de classe
popular, estando aí inclusas as mulheres e, principalmente as de raça negra e parda.
Estão inclusas nesta classe, mulheres destituídas de estudo e informações a cerca
do seu corpo, direitos e deveres enquanto mulheres, cidadãs e mães, o que as torna mais
vulneráveis e agrava sua situação. A falta de educação, por sua vez, confere a estas
usuárias mais insegurança do que as demais mulheres, o que justifica a postura destas,
muitas vezes tomada, diante dos profissionais que lhes passam informação.
As mulheres que vivem no meio rural também estão inclusas neste grupo. Vale
salientar a situação em que se encontram as mulheres do meio rural, onde informações
sobre a importância do pré-natal é dificultado pelos costumes arraigados a “tradição de
parteiras” e pela dificuldade de diálogo sobre sexualidade, direitos e deveres. Além de
que quando apresentam uma gravidez de alto risco se deslocam longas distancias para
serem atendidas nas capitais em centros de referencia onde são submetidas a longas filas
de espera e encaixes para se submeterem a exames que devido a especificidade não são
dispostos nos postos de seu município do PSF (Programa de Saúde da Família). Estas
também fazem parte das mulheres assistidas pelo sistema público de saúde.
A falta de informação de muitas mulheres sobre a utilidade do pré-natal e as
deficiências do atendimento de saúde pública no País acaba deixando muitas grávidas
na fila de espera até o quarto mês. É um problema sério, porque o pré-natal é muito
importante não só para diminuir as inquietações naturais do período - tanto da mãe
usuários e não-usuários do SUS - PNAD 2003. On-line:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232006000400022>
23
quanto do pai - como também para controlar riscos da gestação. Seu início tardio é uma
preocupação (GALLETA apud AZEVEDO, 2007)
24
CAPÍTULO II - O ESTADO E O DESENVOLVIMENTO DE
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES
25
seu povo, por meio de um governo supremo. Este último, mantém a ordem e estabelece
as normas relativas às relações entre os cidadãos.
É possível se considerar Estado como o conjunto de instituições permanentes
como órgãos legislativos, tribunais, exército e outras que não formam um bloco
monolítico necessariamente que possibilitam a ação do governo. Este, por sua vez é o
conjunto de programas e projetos que parte da sociedade (políticos, técnicos,
organismos da sociedade civil e outros) e propõe para a sociedade como um todo,
configurando-se a orientação política de um determinado governo que assume e
desempenha as funções de Estado por um determinado período. Já as Políticas públicas
correspondem ao Estado implantando um projeto de governo, através de programas, de
ações voltadas para setores específicos da sociedade (HOFLING, 2001).
Eloisa de Mattos Hofling (2001) diz que as políticas sociais têm suas raízes nos
movimentos populares do século XIX, voltados aos conflitos surgidos entre capital e
trabalho, no desenvolvimento das primeiras revoluções industriais. Estas se referem a
ações que determinam o padrão de proteção social implementado pelo Estado, voltadas,
em princípio, para a redistribuição dos benefícios sociais visando a diminuição das
desigualdades estruturais produzidas pelo desenvolvimento socioeconômico.
27
numa detalhada reforma econômica e administrativa promulgada através de Medidas
Provisórias já no segundo dia do governo. O mesmo autor assinala que a crise de
credibilidade do Estado, das instituições, dos políticos, impedia que a agregação de
interesses funcionasse de forma mais abrangente (BRASIL, 2006 p.115). “Para os
neoliberais, a assistência social não é tarefa do governo. É um problema que deve ser
resolvido pelo livre jogo de forças de mercado”.7
Algumas características do neoliberalismo são amplamente conhecidas, como
predomínio do mercado, política repressiva, privatização e corte dos gastos públicos
para fins econômicos. Tais cortes ocorrem nos gastos estatais de base, ou seja, nos
programas do Estado que viabilizam a manutenção da cidadania, tais como educação,
saúde, moradia, etc.
O resultado disto é a redução das políticas sociais, diminuindo
consubstancialmente os investimentos em programas de assistência e promovendo
novas políticas sociais paliativas que apenas amenizam os graves problemas existentes.
(VIANA, 2007 p. 28)
Benjamim Lago (1995) diz que ao desmoralizar o Estado, o neoliberalismo
enfraquece a vontade política do país e derruba aqueles que são, geralmente, os únicos
grandes investidores nacional numa economia frágil: a população.
As críticas centram-se principalmente no impacto negativo dessas medidas no
cotidiano das pessoas pobres, que são usuárias mais numerosas dos serviços públicos de
educação e saúde (FRANCH, BATISTA e CAMURÇA, 2003).
Como afirma Eloisa de Mattos Hofling (2001), o Estado não pode ser reduzido à
burocracia pública, aos organismos estatais que conceberiam e implementariam as
políticas públicas. Especialmente quando se focaliza as políticas sociais (usualmente
entendidas como as de educação, saúde, previdência, habitação, saneamento etc.) os
fatores envolvidos para a aferição de seu "sucesso" ou "fracasso" são complexos,
variados, e exigem grande esforço de análise.
Em se tratando da implementação de políticas sociais de saúde no Brasil a
dificuldade se estende sob vários aspectos, sobretudo, como afirma Renilson Souza
(2002) em seus estudos, pela estrutura federalista do país.
Esse tipo de sistema impõe certa complexidade à implementação de políticas
sociais de abrangência nacional, particularmente nos casos em que a situação
7
Adaptado de Gloriaa Regonini. Verbete “Estado do bem estar”. In N. Bobbio,
N.Mateucci e G. Pasquino. Dicionário de Política, UnB, 1997. v. 1, p. 416 -9
28
de diversidade diz respeito à existência de marcantes desigualdades e
exclusão social. Nesses casos, acentua-se a importância do papel das políticas
sociais de redistribuição, redução das desigualdades/iniqüidades no território
nacional e inclusão social.
29
feministas com o objetivo de reivindicar garantias de igualdade, liberdade e justiça
social e dignidade no exercício da sexualidade e da função reprodutiva.
8
Christoffel MC, Silva LR, Souza KV, Penna LG, A percepção das puérperas em
relação ao atendimento institucional no trabalho de parto e nascimento. Anais do
11º Congresso Panamericano de Professionales de Enfermería, 55º Congresso
Brasileiro de Enfermagem; 2003 Nov 10 -15; Rio de Janeiro, Brasil. Rio de Janeiro:
ABEn- Seção RJ; 2003. p.33-4
9
In SÃO PAULO. Prefeitura Municipal. Cordenadoria Especal da Mulher; Secretaria do
Governo Municipal. Políticas públicas e igualdade de gênero/ Tatau Godinho (org.)
Maria Lúcia da Silveira (org. – São Paulo: Cordenadoria Especial da Mulher, 2004.
30
Hoje as mulheres são vistas como seres de importante representação social
merecendo por isto, ser mais contempladas pelas políticas (sociais) públicas. Sobretudo
quando legalmente existe um reconhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos,
materializados através das políticas públicas de saúde (CEARA, 1997). Desse modo
favorecendo para que o “papel” sexual e reprodutor da mulher não se transformem em
empecilho à ocupação de novos espaços e oportunidades econômicas.
Contudo, como afirma Marta Ferreira Santos Farah (2004)10 as mulheres são
focalizadas pelas políticas públicas sob dois aspectos: um referente a sua
funcionalidade, vista como um “instrumento” do desenvolvimento, como
“potencializadora” de políticas públicas, pelo seu papel desempenhado na família, e
outro enfatizando enquanto cidadãs, seus direitos e sua constituição enquanto sujeitas.
Evidenciando uma tensão na abordagem da agenda de reforma do Estado no processo
de elaboração de políticas públicas e sociais voltadas para as mulheres.
Ou seja, a maternidade do século XIX que era tida como uma necessidade exclusiva
de manutenção da espécie (determinante histórico-cultural e machista por excelência),
repercutiu na qualidade da assistência oferecida à mulher11.
Embora a saúde seja um direito de todos/todas, como diz a Constituição Federal,
muitas vezes esse direito é desrespeitado e o acesso ao atendimento é dificultado. Ainda
são constantes as noticias de desvios de verbas ao mesmo tempo em que se alega a falta
de recursos para o atendimento básico da saúde da população masculina e feminina, das
crianças, adolescentes, adultos/as, idosos/as. Em se tratando de mulheres em estado
10
FARAH, Marta F. Políticas públicas e gênero. In. São Paulo. Prefeitura Municipal.
Coordenadoria Especial da Mulher; Secretaria do Governo Municipal. Políticas
Públicas e igualdade de gênero/ Tatau Godinho (org.). Maria Lúcia da Silveira (org.).
– São Paulo: Coordenadoria Especial da Mulher, 2004. 188 p (Cadernos da
coordenadoria Especial da Mulher, 8)
11
FORTE, E. G. S.; VALENCIA, O. E. J.; MACHADO, E. G.; CAO, I. M.; NUNES, R. T.;
SOUSA, L. S. A.; BARBOSA, M. A. - Satisfação quanto à consulta pré-natal após a
implantação do programa de interiorização do trabalho em saúde. Revista da UFG,
Vol. 6, No. Especial, dez 2004 on line (www.proec.ufg.br)
31
gravídico-puerperal não é diferente. Neste período a mulher necessita de atenção e
acompanhamento especializado que lhe proporcione segurança e evite maiores
complicações no parto por falta de assistência ou informação.
32
A representatividade feminina na sociedade, no exercício da cidadania, como
vimos é relevante, no processo de atenção e formulação de políticas sociais de saúde
que atendam as suas necessidades. As desigualdades de gênero reproduzidas nas
relações de gênero e o advento do Estado neoliberal capitalista dificultam a assistência a
esse público específico, denominado de risco. O que resulta nos números absurdos de
morte materna e infantil por causas evitáves.
Essa condição já era desfavorável às mulheres uma vez que estas tinham acesso
restrito ao mercado de trabalho além de também não contemplar as mulheres e homens
trabalhadores em geral do meio rural.
33
municipal. Por exemplo, dentro da concepção estrutural do Sistema Único de Saúde,
que abrange Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria Municipal
de Saúde, cada uma dessas instâncias, com atribuições diferenciadas, atende às
especificidades da estrutura de poder das diferentes partes do território nacional, bem
como dos interesses de grupos sociais nelas localizados. A política de descentralização
não é um mero programa de transferência de recursos do governo federal para as outras
instâncias. É antes um processo que envolve também a transferência de decisões e
responsabilidades quanto às políticas de saúde pública no país.
34
Entre os diversos problemas que se apresentam aos/às envolvidos/as com o setor saúde,
deve-se dar ênfase ao prosseguimento da luta pela redução dos coeficientes de
mortalidade infantil. Uma luta árdua, permanente, que exige recursos consideráveis para
saneamento e assistência à saúde e grande determinação, logo não pode ser postergada
(BRASIL//MS/SES,2001a.; BRASIL/MS/SE/SIS 2001b).
Na rede SUS (Sistema Único de Saúde) a atenção obstétrica inclui assistência
pré-natal, puerpério – pós parto e infantil, de forma a garantir maior segurança e menos
riscos à saúde da mulher e da criança. Contudo, a saúde das mulheres em “ciclo
gravídico e puerperal” ainda é tratada sob a perspectiva de um alto índice de
mortalidade. Ou seja, mesmo com tantos artifícios e avanços técnico-científico, ainda é
eminente a morbi- mortalidade materna e perinatal, ou seja, a morte da mulher durante o
parto, fato que se pensava ter sido deixado no passado.
35
Os técnicos em saúde pública há muito detectaram o ponto fraco do sistema: o
baixo orçamento nacional à saúde. O financiamento do SUS é marcadamente
insuficiente, a ponto de impedir não somente a implementação
progressiva/incremental do sistema, como e principalmente de avançar na
reestruturação do modelo e procedimentos de gestão em função do
cumprimento dos princípios Constitucionais (SANTOS, 200[?] p.3).12
12
SANTOS, Nelson R. Reforma sanitária e o SUS: tendências e desafios após 20
anos. Rev. Saúde em debate, n.81, v.33, 200[?]
36
CAPÍTULO III - A HUMANIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL,
PARTO E PUERPÉRIO
O pré-natal
O atendimento humanizado às mulheres em estado gravídico e puerperal
PHPN
37
O Pré-Natal
13
Bhutta ZB, Darmstadt GL, Ransom EI. Utilización de evidencia investigativa para salvarle la vida a
recién nacidos: perspectivas de políticas públicas sobre la salud neonatal. Washington(DC): Save the
Children Washington; 2003.
38
No que diz respeito à saúde, a mortalidade associada ao ciclo gravídico-
puerperal, incluindo o aborto, apesar de não serem doenças e de não aparecerem entre as
dez primeiras causas de óbito feminino, representam grave problema de saúde pública.
Por isso a importância fundamental da política publica de assistência pré-natal e
planejamento familiar para as mulheres. Além de proporcionar o direito básico ao
acompanhamento da mulher em todo o período gestacional, proporciona-lhe apoio no
âmbito fisiológico e uma assistência social conferindo uma melhor qualidade de vida às
mulheres gestantes sem discriminação de raça ou classe social. (BRASIL/SEPM 2004).
Algumas atividades ligadas ao pré-natal são incentivadas pela rede do SUS, como a
participação das futuras mães em cursos de preparação para o parto e grupos de
gestantes. “As reuniões são montadas para que as mulheres possam discutir e
compartilhar as suas dúvidas e dificuldades. Elas podem perceber que alguns de seus
problemas também são enfrentados por suas companheiras de grupo”, afirma Daphne
Rattner.
40
XX é que começaram a surgir instituições públicas que se voltavam ao cuidado das
mulheres e seus filhos/as. Enfermeiras instruíam as mulheres sobre a importância do
cuidado pré-natal, sobre o período de parto e pós-parto e sobre o cuidado com os/as
filhos/as.
Com o avanço da tecnologia, o melhoramento das práticas profissionais, o
surgimento das incubadoras e berçários, diminuiu a mortalidade infantil.
Para Darcy Ribeiro citada por Benjamin Lago (1995)15, “A aceleração evolutiva,
ocorrida nas sociedades que experimentam uma revolução tecnológica com base em sua
própria criatividade ou na adoção completa e autárquica de inovações tecnológicas
alcançadas por outras sociedades, ou ainda com base em ambas as fontes seria o
processo de desenvolvimento eficaz e apto a superar as contradições dos países
subdesenvolvidos. “o chamado progresso ou modernização seria, na realidade, nada
mais do que complexificação, freqüentemente gerador de mais problemas sociais.”
(LAGO, 1995 p.165
Por outro lado a partir dessas mudanças surgiram novas formas de atendimento
às mulheres e se aprimoraram ainda mais o atendimento as crianças. Na década de 50,
como afirmam Leila Rangel da Silva, Marialda Christoffel e Kleyde Souza (2005),
Madeleine Leininger propõe o resgate de um modelo mais humanizado na assistência
prestada pelas enfermeiras para o século XXI, resgatando o cuidado na sua forma mais
humanizada, com vistas à re-valorização do feminino, abrindo espaços para a autonomia
da mulher no processo de parturição.
14
Leininger M, McFarland M, Transcultural Nursing: concepts, theories, research e
practices. 3a ed. New York: McGraw Hill; 2002.
15
RIBEIRO, Darcy. O processo civilizatório. Petrópolis, vozes. 1992. In LAGO,
Benjamin M. Dinâmica Social: como as sociedades se transformam. Petrópolis:
Vozes, 1995 p.165
41
Desde então surgem novas visões sobre o atendimento prestado pelas
instituições públicas e privadas às mulheres grávidas no período do parto e pós-parto,
sempre valorizando sua autonomia e seu bem estar, denominando a humanização.
O PHPN
16
Grupo de Trabalho de Humanização do Hospital São Paulo - UNIFESP. Disponível
em http://www.unifesp.br/spdm/hsp/humaniza/humani.htm
17
Castro JC, Clapis MJ. Parto humanizado na percepção das enfermeiras obstétricas
envolvidas com a assistência ao parto. Rev Latino-am Enfermagem 2005 novembro-
dezembro; 13(6):960-7.
42
Tem como principal estratégia assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da
qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério às
gestantes e ao/à recém-nascido/a, na perspectiva dos direitos de cidadania.
Para Suzanne Jacob Serruya (2003), o programa fundamentou-se no direito à
humanização da assistência obstétrica e neonatal como condição primeira para
adequado acompanhamento, além de estabelecer, no conjunto da assistência, critérios
para qualificar as consultas e promover o vínculo entre a assistência ambulatorial e o
momento do parto, integrados e com intervenções que tenham fortes evidências de que
são efetivas.
A proposta de humanização do parto surge com o propósito de diminuir os
partos cesarianos, e assim diminuírem o risco de complicações pós parto e
conseqüentemente complicações e até a “morbimortalidade” infantil e materna.
43
nascido, na perspectiva dos direitos de cidadania. O Programa fundamentou-se no
direito à humanização da assistência obstétrica e neonatal como condição primeira para
adequado acompanhamento, além de estabelecer, no conjunto da assistência, critérios
para qualificar as consultas e promover o vínculo entre a assistência ambulatorial e o
momento do parto, integrados e com intervenções que tivessem fortes evidências de que
são efetivas.
Não que a intervenção cirúrgica seja sempre ruim. Porém, defende-se o uso desta
de forma moderada, apenas em casos em que realmente se necessite desta. O que pode
acobertar também, a realidade da precariedade do SUS no atendimento pré-natal. Uma
vez que financiar partos cesáreos sai mais caro ao governo que incentivar partos
naturais, que demandam menos instrumentação cirúrgica e equipes médicas (apenas a/o
enfermeira/o e uma/um assistente técnica/o). Além do que implantar a humanização
baseando-se nos índices de mortalidade e complicações materno infantil é a reafirmação
de um sistema falho que põe a vida da mulher em risco quando direcionam ao parto dito
humanizado ou sem corte (parto normal ou transpelviano), sem direito de escolha, as
mulheres de alto e baixo risco gestacional,com o discurso de que submetê-las a esse
tipo de atendimento é mais seguro, quando por trás há o descaso governamental
mediante a precariedade dos centros médicos que disponibilizam de um numero
44
limitado de instrumentação cirúrgica e mão de obra capacitada para um atendimento de
qualidade às mães.
RESULTADO E DISCUSSÃO
45
CAPÍTULO IV – O ATENDIMENTO HUMANIZADO
ÀS GESTANTES E PUÉRPERAS
46
As gestantes e a conscientização da humanização
47
O fato de as mulheres estarem propensas a engravidar faz com que as mulheres não
possam (ou devam) ocupar cargos que exijam delas mais disposição de tempo, uma vez
que dependem delas familiares, filhos e maridos. (PENA, 1981).
As políticas sociais de saúde voltadas para a saúde da mulher advindas desse
modelo em destaque (neoliberal capitalista) geralmente enfocam as mulheres baseando-
se nas relações de gênero destacando as mulheres sob um ponto de vista do poder
exercido dos homens sobre as mulheres. Não sendo raro encontrar nas políticas a
mulher figurada como mães reprodutora, submissa e restrita ao espaço doméstico
enquanto criadora da prole. Estas características são reforçadas no cotidiano através das
relações sociais na participação destas mulheres na esfera pública. Com isso a situação
das mulheres se agrava, aumentando ainda mais a desigualdade social baseado em
relações de gênero.
O resultado disto, aliado à postura tímida das mulheres na sociedade é a falta de
informação a respeito dos direitos e deveres sexuais por entre a população feminina.
Esta é uma bandeira levantada pelas feministas que vem lutando ao longo dos anos por
uma melhor posição feminina no que se refere a participação política na cobrança dos
direitos em serviços prestados à elas, em destaque os serviços referentes à saúde
reprodutiva.
É dever fundamental do Estado enquanto sujeito principal responsável pela
manutenção social proporcionar às mulheres políticas públicas de educação sexual que
as oriente sobre seus direitos e deveres reprodutivos além de oferecer um serviço de
atendimento à saúde de qualidade que atenda suas necessidades e de suas/seus filhas/os.
Diminuindo assim, os altos índices de mortalidade materno-infantil e precavendo a
morbi mortalidade entre as mães e seus bebês.
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consultas do pré-natal, exames e palestras, comparando-as com as mulheres que não
tem filhos.
O SUS É universal porque deve atender a todos, sem distinções, de acordo com
suas necessidades; e sem cobrar nada, sem levar em conta o poder aquisitivo ou se a
pessoa contribui ou não com a Previdência Social.” (caderno do IDEC,2.Ed. Brasília ,
2003, p.14-15)
Informações sobre o seu estado de saúde, extensivas aos seus familiares e/ou
acompanhantes, de maneira clara, objetiva, respeitosa, compreensível e adaptada à
condição cultural, respeitados os limites éticos por parte da equipe de saúde sobre, entre
outras: diagnósticos confirmados; objetivos dos procedimentos diagnósticos, cirúrgicos,
preventivos ou terapêuticos; e) riscos, benefícios e inconvenientes das medidas
diagnósticas e terapêuticas propostas; no caso de procedimentos diagnósticos e
terapêuticos invasivos ou cirúrgicos, a necessidade ou não de anestesia e seu tipo e
duração, partes do corpo afetadas pelos procedimentos, instrumental a ser utilizado,
efeitos colaterais, riscos ou conseqüências indesejáveis, duração prevista dos
procedimentos e tempo de recuperação; h) finalidade dos materiais coletados para
49
exames; i) evolução provável do problema de saúde; Todos esses princípios foram
feridos no caso relatado à cima.
Isto reafirma o que era difundido no final do século XIX, no inicio das
reinvidicações feministas defendidas por Bertha Lutz, sobre a formação das mulheres
que dizia que a mulher foi formada para sentir assim como os homens foram criados
para pensar. (FERRERO e LOMBROSO, 1896 apud. CHRISTOFFEL, SILVA e
SOUZA, 2005). Uma idéia que é reproduzida ainda hoje de forma diferente, nas
relações sociais, que se apresenta na forma passiva como as mulheres se posicionam no
espaço público e político.
Existe a fragilidade da população que não cobra seus direitos, fortalecendo ainda mais
as atitudes das equipes de saúde e das instituições. Entende-se que os direitos e deveres no
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processo de parturição precisam ser mais bem trabalhados neste contexto, posto que, ambos,
população e equipe, ainda necessitam de conhecimentos e compreensão acerca das diretrizes
que promovem o parto humanizado para que este se efetive. (REIS e PATRICIO, 2005, p.229).
Assim como observei o grau de instrução da maioria das mulheres atendidas pelo
hospital e pude traçar um fator comum no perfil delas que era característico:a falta de
informação a respeito dos direitos e deveres sexuais e reprodutivos além do relativo
sentimento de impotência mediante o atendimento dos profissionais e residentes pelos
quais eram atendidas. O que lhes conferia uma certa insegurança sobre as informações
passadas por eles/as, uma vez que estes/as estavam em período probatório obrigatório
de sua formação profissional (no caso dos /as residentes).
No período gestacional a mulher se encontra em um estado físico e mental bastante
delicado no qual ocorrem diversas alterações, sejam elas fisiológicas e psicossocial. Sua
imunidade fica baixa e seu estado emocional fica mais sensível. Assim, mais suscetível
a desequilíbrios orgânicos e, por que não, sociais. Também é comum a muitas mulheres
sentir-se desamparada durante a gestação por não possuir um bom plano de saúde para
acompanhar e garantir um melhor atendimento pré-natal e parto, por não terem
recursos.
A humanização dentre diversos fatores se refere também a estrutura física onde serão
feitos os atendimentos às gestantes. Neste caso, apesar do referido hospital ser considerado
adequado no que se refere ao atendimento dos requisitos básicos para implementação do
programa de humanização, não proporciona segurança e conforto às gestantes e desqualifica o
serviço prestado pelo estabelecimento.
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ficar ali e subir. Mas o fato é que lá em cima [no PPP alojamento de Pré Parto, Parto e
Puerpério] não tem lugar.” (Isabel, enfermeira)
Starfield (2002) apud Azevedo (2004) aborda de forma clara e objetiva este assunto,
quando diz que a qualidade da atenção existe quando as necessidades de saúde existentes estão
sendo atendidas de forma otimizada pelos serviços de saúde, dado o conhecimento atual a
respeito da distribuição, reconhecimento, diagnóstico, e manejo dos problemas e preocupações
referentes à saúde.
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insatisfeitos/as com seu trabalho exaustivo e mal remunerado, trabalhando de plantão
em plantão.
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financiamento público das três esferas de governo e participação da iniciativa lucrativa e
filantrópica de modo auxiliar (Lucchese, 1996; Andrade, Pontes e Martins Júnior,
2000 e Andrade, 2001).
O que lhes conferia uma certa insegurança sobre as informações passadas por
eles/as, uma vez que estes/as estavam em período probatório obrigatório de sua
formação profissional (no caso dos /as residentes).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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7. PROPOSTAS
Além do que pela incidência dos fatos, tais como: os altos índices de mortalidade
materna, o grande número de mulheres que desconhecem os direitos e deveres, a postura destas
mulheres gestantes e mães usuárias do SUS inseguras e submissas aos profissionais de saúde, e
abusos e descasos sofridos por estes ainda recorrentes, faz-se necessário mais estudos e maiores
intervenções na área.
Para minimizar este quadro foram elaboradas as seguintes intervenções sobre como nós
poderíamos atuar enquanto economistas domésticos/as:
18
PEREIRA, Sandra V.; BACHION, Maria M. Diagnósticos de Enfermagem
identificados em gestantes durante o pré-natal. In Revista Brasileira de Enfermagem
version Print ISSN 0034-7167 Rev. bras. enfermagem. vol.58 no.6 Brasília Nov./Dec.
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