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Curso A
António Santos
Andreia Carapeta
Benvinda Bruno
Élia Simões
Mª Luísa Brás
Paulo Pôla
Sílvia Bruno
Curso B
Armindo Fazeres
Joaquim Mendes
José João Silveira
Leonor Fazeres
Mª Conceição Mendes
Mª Dores Fonseca
Natércia Nunes
Curso C
Mª Filipa Batista
Mª Manuela Barriga
João Pinto
Curso D
Bernardo Maluco
Introdução ............................................................................................................... 4
Propriedades do Betão........................................................................................... 17
Transportes ............................................................................................................ 48
Este trabalho de grupo foi realizado com o objectivo de validar o Núcleo Gerador 6 – Urbanismo e
Mobilidade.
O tema predispunha-se à realização de uma maquete dividida entre a parte rural e a parte urbana
onde se pudessem observar e evidenciar os critérios que permitissem validar os vários domínios de
referência.
Alguns dos elementos fizeram a pesquisa para o trabalho escrito enquanto outros ocuparam-se da
realização da maquete.
De realçar também a interdisciplinaridade com a Área de CLC – Língua Estrangeira na tradução das
legendas da maquete.
PARTE URBANA
As casas que servem para alojamento às mais variadas famílias são construídas conforme a região
onde estão inseridas.
Todas elas têm os seus pontos tradicionais e é desta forma que são construídas, tanto nas aldeias e
vilas, como nas cidades e grandes centros habitacionais.
Normalmente as casas tradicionais têm os alpendres, pátios interiores, cozinhas, zona social e
privada, entre outras.
Não há casa portuguesa que não tenha uma cozinha, ela é o principal local
da habitação, pois é lá que se confecciona toda a alimentação.
Em muitas casas provincianas em que os seus proprietários eram médicos, possuíam uma enorme
colecção de livros e que mais tarde doavam às Autarquias ou eram criadas as bibliotecas com os seus
nomes, havendo ainda particulares com grande espólio bibliotecário.
Nas casas mais modernas todas elas têm a suas partes privadas e, em muitos dos casos zonas sociais,
com estas construções muitas das famílias recorrem a estes tipos de habitação para poderem estar
mais isolados dos grandes centros urbanos.
Nas zonas privadas e sociais tem que haver as condições mínimas de habitabilidade, como por
exemplo a electricidade, água, telefone ou rede com satélite, para que os seus habitantes possam
viver o seu dia-a-dia dentro da comunidade e sem preconceitos habitacionais.
Painéis solares são dispositivos utilizados para converter a energia da luz do Sol em energia eléctrica.
Os painéis solares foto voltaicos são compostos por células solares, assim designadas já que captam,
em geral, a luz do Sol. Estas células são, por vezes, e com maior propriedade, chamadas de células
foto voltaicas, ou seja, criam uma diferença de potencial eléctrico por acção da luz (seja do Sol ou
não). As células solares contam com o efeito foto voltaico para absorver a energia do sol e fazem a
corrente eléctrica fluir entre duas camadas com cargas opostas.
Actualmente, os custos associados aos painéis solares tornam esta opção ainda pouco eficiente e
rentável. O aumento do custo dos combustíveis fósseis e a experiência adquirida na produção de
células solares, que tem vindo a reduzir o custo das mesmas, indica que este tipo de energia será
tendencialmente mais utilizado.
Funcionamento do painel solar:
Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de energia luminosa (e, em certo
sentido, da energia térmica) proveniente do Sol e posterior transformação dessa energia captada em
alguma forma utilizável pelo homem, seja directamente para aquecimento de água ou ainda como
energia eléctrica ou mecânica.
No seu movimento de translação ao redor do Sol, a Terra recebe 1410 W/m² de energia, medição
feita numa superfície normal (em ângulo recto) com o Sol. Disso, aproximadamente 19% é absorvido
pela atmosfera e 35% é reflectido pelas nuvens. Ao passar pela atmosfera terrestre, a maior parte da
energia solar está na forma de luz visível e luz ultravioleta.
As plantas utilizam directamente essa energia no processo de fotossíntese. Nós usamos essa energia
quando queimamos lenha ou combustíveis minerais. Existem técnicas experimentais para criar
combustível a partir da absorção da luz solar numa reacção química de modo similar à fotossíntese
vegetal.
Na actualidade, a preocupação é cada vez maior com o conforto e segurança das populações; existe a
necessidade de actualização permanente dos materiais de construção – durabilidade e conforto.
O Tipo de habitação moderna (cidades) – altura, levou à necessidade de desenvolver materiais cada
vez mais resistentes.
Nos tempos antigos a construção era de pedra, tijolo burro e madeira e o revestimento das paredes
era efectuado pela aplicação de cal.
Na actualidade a construção é de tijolo furado, betão, ferro, o aço, o vidro, revestimentos cerâmicos.
Garantem habitações mais estáveis e com maior conforto.
Canalizações em PEX (polietileno reticulado) - O PEX é um tipo de canalização que existe há poucos
anos em Portugal que consiste em tubos finos e maleáveis de cor branca que levam a água quente e
fria pelo chão em mangas de PVC (policloreto de vinilo), vermelhas para a quente e azul para a fria.
Depois sobe pela parede até ligar aos aparelhos e torneiras.
A casa rústica situada na zona rural é um bom exemplo onde podemos encontrar estes tipos de
materiais modernos.
Betão
As propriedades dos materiais a utilizarem em Betão Armado e Betão Pré – esforçado:
O fabrico e colocação em obras dos materiais não serão objecto de estudo desta disciplina: no
entanto, para o dimensionamento e verificação da segurança se estruturas de Betão Armado são
necessário conhecer o comportamento mecânico do Betão e do aço.
A propriedade dos materiais mais importantes no estudo do Betão Armado é a resistência:
-Resistência à compressão do Betão;
-Resistência à tracção do aço;
Propriedades físicas
A massa volúmica do betão de peso normal pode ser considerada com os seguintes valores:
-Betão simples (não armado), ρ=2400 kg/m3;
-Betão armado ou pré – esforçado com percentagens normais de armadura, ρ =2500 kg/m3
Resistência à compressão
O valor da tensão característica de resistência à compressão em cilindros, é definido como o valor da
resistência que apenas não é atingindo em 5% de todos os resultados possíveis de ensaios de
resistência para o betão especificado.
Para uma classe de betão, a relação entre a resistência e a compressão é a mesma para um provete
cilíndrico.
As solicitações triaxiais são características de estruturas maciças, como por exemplo as barragens em
abóbada, no entanto, em todos os casos sujeitos ao efeito de confinamento, como é o caso das
colunas confinadas por cintas, das zonas de ancoragem de cabos de pré – esforço e de pressões
locais, surgem esforços triaxiais, o que também mostra de forma clara o aumento de resistência que
se pode obter num estado triaxial relativamente a uma compressão uniaxial. Isto é a resistência do
betão às compressões triaxiais.
-Classe de betão: C20/25 (280kg/m cimento mais cinza, 700kg brita, 700kg areia, 150litros de água)
-Valores característicos da tensão de rotura à compressão;
-Valores médios da tensão de rotura à compressão;
-Valores médios da resistência à tracção;
-Valores característicos da tensão de rotura à tracção, em MPa.
Não devem de ser utilizados em obras de Betão Armado ou Pré – Esforçado betões de classes de
resistência inferiores ou superiores a C12/15 e C50/60 respectivamente.
Especificamente para o Betão Pré – Esforçado, não podem ser utilizados betões de classe inferior a
C25/30 para elementos pós – tensionados, (pré-esforço aplicado quando o betão já adquiriu a
resistência necessária) e C30/37 para elementos pré – tensionados, (pré-esforço aplicado antes da
betonagem).
As armaduras de aço para elementos de estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado podem ser
constituídas por varões, fios ou redes electrossoldadas.
24 | Agrupamento De Escolas de Sousel - Curso EFA–NS – Área de Competência STC
Podem distinguir-se dois tipos de armaduras:
As armaduras devem ser caracterizadas pelo processo de fabrico e pelas propriedades geométricas,
físicas, mecânicas e tecnológicas que apresentam.
Processo de fabrico
- Aço Natural (N), laminado a quente, a sua resistência é controlada pelo teor de carbono na sua
fabricação.
- Aço Endurecido a Frio (E), quer por torção, com ou sem tracção, quer por trefilagem e / ou
laminagem a frio a partir do aço natural.
- Aço Especial (redes electrosoldadas).
- Lisa (L), que confere aderência normal entre o aço e o betão, (podendo fazer parte de uma rede
soldada).
- Nervurada (R), que confere alta aderência entre o aço e o betão, há as nervuras contínuas e as
nervuras descontínuas.
- Varão nervurado com nervuras descontínuas e contínuas.
- Dentada
Propriedades físicas
Classes de resistência
- S235;
- S400;
26 | Agrupamento De Escolas de Sousel - Curso EFA–NS – Área de Competência STC
- S500;
O coeficiente de segurança do aço, sendo igual a 1,15. Este coeficiente de segurança é menor que o
coeficiente idêntico tomado para o betão, devido ás propriedades mecânicas do aço apresentam
menor dispersão que as do betão.
Características de Ductilidade
Para além da importância que a ductilidade do aço representa no comportamento das armaduras
quando traccionadas, é também importante que os varões tenham aptidão para a dobragem, de
forma a permitir a execução de estribos, amarrações e de todos os pormenores das armaduras dos
elementos estruturais
- Alta (H);
- Normal (N);
Prevê-se que seja introduzido um aço de maior ductilidade (classe s) destinado a ser utilizado em
estruturas situadas em zonas de risco sísmico.
Os aços deverão apresentar ductilidade adequada em alongamento, ou seja, em extensão.
Para dimensionamento, admite-se que a ductilidade em extensão é adquada se as armaduras
cumprirem os seguintes requisitos de ductilidade:
- Ductilidade Normal;
- Ductilidade Alta;
Diagramas Tensões-Extensões
Em geral, para efeitos de análise global pode utilizar-se o diagrama bilinear característico idealizado,
válido para o comportamento do aço a temperaturas compreendidas entre 20ºC e 200ºC.
Os valores de cálculo são obtidos a partir do diagrama característico idealizado, dividindo os valores
das tensões características pelo coeficiente de segurança do aço, segundo uma afinidade paralela à
recta que define o comportamento elástico.
Para verificações locais e cálculos de secções, o diagrama de cálculo pode ser modificado, adoptando-
se um ramo superior menos inclinado ou até horizontal (patamar de cedência). Este ramo superior,
para o cálculo de secções poderá ser limitado em termos de extensão máxima. Os regulamentos
sugerem que a extensão máxima à tracção seja de 10%.
Estas simplificações resultam no diagrama tensões-extensões de cálculo para o aço, geralmente é
adoptado no dimensionamento de secções de elementos de Betão Armado.
Relação tensões-extensões de cálculo do aço simplificada.
Também representado o comportamento simplificado do aço quando submetido a compressões. O
valor limite de encurtamento de 3,5% do aço em compressão justifica-se pelo facto de também ser
imposto este limite para o betão nas mesmas condições de compressão.
Importa salientar novamente que as armaduras de aço endurecidas a frio apresentam diagramas
bastante diferentes dos que se obtêm para as armaduras laminadas a quente. Enquanto estas últimas
exibem um patamar de cedência, endurecido a frio depois do limite de elasticidade a tensão até à
rotura.
Para aços endurecidos a frio o “ Comité Euro-Internacional do Betão”, (CEB) indica que deve usar-se
um diagrama com as tensões e extensões de cedência referidas a 2%.
28 | Agrupamento De Escolas de Sousel - Curso EFA–NS – Área de Competência STC
Tipos de aplicação
Nos tipos de aplicação, entre os principais materiais de construção, o betão ocupa uma parcela muito
importante do mercado, não só em Portugal como também na Europa.
Atendendo ao modo como o betão se aplica estruturalmente, distinguem-se três categorias:
- Betão não Armado – Como exemplo de aplicação podem citar-se as barragens, em que a sua forma
é estudada de modo a solicitar o betão essencialmente à compressão, limitando as tensões de
tracção e assim as zonas onde é necessário colocar armaduras para impedir a fendilhação;
- Betão Armado – É utilizado para todos os tipos de estruturas onde é necessário dispor
de armaduras nas zonas solicitadas à tracção, pois o betão apresenta uma resistência muito baixa a
este tipo de tensão;
Principais desvantagens:
29 | Agrupamento De Escolas de Sousel - Curso EFA–NS – Área de Competência STC
- A influência desfavorável do peso próprio elevado que as estruturas de grande porte têm sobre as
deformações;
- Isolamento térmico muito fraco, onde é necessário ter em conta medidas suplementares para a
verificação regulamentar em elementos em contacto com o exterior;
- O trabalho dispendioso associado ao fabrico, montagem e desmontagem das cofragens;
Princípios básicos
- Por um lado o betão, material que se comporta de forma satisfatória quando submetido a tensões
de compressão (valores característicos de tensão de rotura à compressão variando entre 12 e 50
MPa, para as classes de betão mais usuais) mas com pouca resistência quando é submetido a tensões
de tracção na ordem dos 10% da tensão de rotura à compressão.
Exemplo:
Na maioria dos casos os elementos estruturais de betão armado são sujeitos predominantemente a
esforços de reflexão, ficando a secção transversal desses elementos sujeita simultaneamente a
tracção e compressão, como se pode ver numa viga se secção rectangular.
A parte de elemento que se encontra em compressão não irá causar grandes problemas, isto porque,
como anteriormente referido, o betão resiste bem a esforços de compressão, bastando verificar se as
tensões de compressão instaladas são inferiores à resistência desse betão à compressão de forma a
garantir o não esmagamento do betão nas fibras mais comprimidas.
Verificação de segurança
As estruturas devem ser projectadas e construídas de modo a que, com uma probabilidade aceitável,
estejam aptas a desempenhar as funções para as quais foram projectadas tendo em consideração a
período de vida previsto e o seu custo e, com graus de fiabilidade aceitáveis, possam suportar todas
as acções e influências susceptíveis de ocorrerem durante a sua utilização (inclusive durante a
construção) e tenham durabilidade adequada face aos custos de manutenção.
Para assegurar uma adequada durabilidade é necessário ter em conta:
O uso previsto e futuro; critério de desempenho; influências ambientais; os materiais constituintes; o
sistema estrutural escolhido; a forma e a pormenorização dos elementos; o nível de controlo;
medidas de protecção e cuidados de manutenção.
As estruturas devem também ser projectadas de modo a que os danos causados por acções
acidentais, como por exemplo explosões, impactos ou consequências de erros humanos, não sejam
desproporcionados em relação ás causas que os originam. Os danos potenciais devem de ser
limitados ou mesmo evitados adoptando uma várias das seguintes medidas:
O critério geral de verificação da segurança de estruturas consiste em garantir que o valor de cálculo
das acções ou efeitos das acções seja igual ou inferior às resistências de dimensionamento ou
capacidade resistente de dimensionamento dos elementos.
A verificação da segurança em termos de estados limite efectua-se comparando os valores dos
parâmetros pelos quais são definidos esses estados com os valores obtidos para os mesmos
parâmetros, quando a estrutura é sujeita ás acções definidas regulamentarmente, como por
exemplo:
- Limitação de tensões;
- Limitação de deformações;
- Limitação de abertura de fendas;
Nestes casos podem incluir-se métodos de análise plástica limite (método cinemático ou método
estática).
A verificação da segurança pode também efectuar-se em termos de grandezas relacionáveis com as
acções e com aos parâmetros que definem os estados limite, usando uma teoria de comportamento
estrutural adequada.
Incluem-se nestes casos a verificação da segurança aos estados limites últimos de resistência, como
por exemplo:
- Compressão ou Tracção;
- Flexão;
- Esforço Transverso;
- Probabilidade de ocorrência:
- Acções Permanentes: são acções que assumem valores constantes, ou de pequena variação,
durante o período de vida da estrutura.
Exemplos:
- Acções Variáveis: são acções que variam significativamente, em torno do seu valor médio, durante a
vida de estruturas.
Exemplo:
- Sobrecarga;
- Vento;
- Sismo;
- Neve;
- Variação de temperatura;
- Pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas na generalidade;
- Acções de Acidente: são acções com muito fraca probabilidade de assumirem valores significativos
durante a vida da estrutura.
Exemplos:
- Explosões;
- Impacto ou choques de veículos;
- Incêndios;
Estruturas lineares
A secção de uma peça linear de Betão Armado pode estar solicitada por seis esforços internos, três
forças e três momentos – flectores, segundo as três direcções principais, relativa a esforços internos
de um elemento linear em relação a um sistema de eixos tridimensional.
A profissão de agricultor foi durante muito tempo passada de pais para filhos. Muitas vezes ainda é
assim, mas nem sempre...
Esta profissão é normalmente exercida em terras que pertencem à família há já várias gerações. Há
portanto um património que tem uma história, a história da família. Muitas vezes, os filhos querem
continuar esse trabalho. Esta situação verifica-se ainda em vários sectores de produção, mas
principalmente na viticultura, no caso das grandes produções animais e nas grandes culturas.
De alguns anos para cá, o número de agricultores baixou muito em todos os países da União
Europeia. Era bom que os jovens pudessem continuar a trabalhar na exploração agrícola dos seus
pais ou iniciar eles próprios uma exploração agrícola, caso não pertençam a uma família de
agricultores.
Muitas vezes os jovens procuram trabalho perto das cidades e perguntamo-nos: “mas que se há-de
fazer para que esses jovens se instalem nas suas regiões e se dediquem à agricultura?”.
Para descobrir a agricultura pode-se trabalhar como trabalhador sazonal numa exploração agrícola
no período das colheitas. Este momento tão importante é muito trabalhoso porque há muitas
culturas que não são colhidas mecanicamente. Pode-se escolher entre apanhar framboesas ou
groselhas, fazer vindimas, apanhar cerejas, maçãs, peras ou tabaco...
Recentemente a profissão de empregado agrícola ou de técnico agrícola tem tido alguma procura.
Ser responsável por uma produção, com ou sem empregados, escolher de entre várias produções,
vegetais ou animais: arboricultura, horticultura, grandes culturas... Trabalhar com animais, por
exemplo nas produções leiteiras, na produção de suínos ou de aves de capoeira ou até mesmo na
produção florestal, da pesca e todo o ramo agro-alimentar... existem imensas profissões relacionadas
com esta actividade, pois, um trabalho em que se esteja nos campos pode ser simplesmente o
manuseamento de um tractor ou de outras máquinas.
Mas um agricultor não trabalha sozinho, tem que estar sempre bem acompanhado! Tem que ter à
sua volta técnicos que o aconselham sobre os tratamentos químicos a fazer, a escolha do material a
comprar, o tipo de construção a fazer e até sobre os computadores a utilizar.
Muitos produtos são controlados, os técnicos supervisionam a qualidade do leite e a qualidade de
carne nos matadouros outros provam os vinhos para detectarem as falhas e para as corrigir.
Como estuda os animais e as plantas para aumentar a qualidade dos seus produtos, o Engenheiro
Agrónomo desenvolve, muitas vezes, a sua actividade na área industrial, podendo especializar-se ou
tirar a licenciatura em Engenharia Agro-Industrial. Assumindo funções de chefe de produção ou
37 | Agrupamento De Escolas de Sousel - Curso EFA–NS – Área de Competência STC
controlador de qualidade podemos encontrá-lo numa empresa de transformação de produtos
(vegetais ou animais) – uma empresa agro-industrial.
Além disso, pode ainda participar na criação de infra-estruturas rurais como um celeiro ou
instalações para os animais. Compete ao Engenheiro Agrónomo definir, no caso do celeiro, a
estrutura de modo a preservar os produtos da chuva, do sol, etc. Nas instalações, deve zelar, por
exemplo, pelas condições de espaço, de arejamento e alimentação para os animais.
Técnico Agrícola exerce funções na área agrícola, com conhecimentos específicos na área do regadio.
Prestação de serviços de podar de vinhas, oliveiras, etc. Prestação de serviços agrícolas, sementeira
directa, monda, adubações, sementeira de girassol e milho. Serviços com garantia de qualidade.
Serviços de jardinagem, manutenções gerais, podas e abates de árvores.
Características
O princípio da produção orgânica é o estabelecimento do equilíbrio da natureza utilizando métodos
naturais de adubar e de controlo de pragas.
O conceito de alimentos orgânicos não se limita à produção agrícola, estendendo-se também à
pecuária (em que o gado deve ser criado sem medicamentos ou hormonas), bem como ao
processamento de todos os seus produtos: os alimentos orgânicos industrializados também devem
ser produzidos sem produtos químicos artificiais, como os corantes e aromatizantes artificiais. Pode-
se resumir a sua essência filosófica em desprezo absoluto por tudo que tenha origem na indústria
química. Todas as demais indústrias: mecânica, energética e logística, são admissíveis.
A cultura de produtos orgânicos não se limita a alimentos. Há uma tendência de crescimento no
mercado de produtos orgânicos não alimentares, como fibras orgânicas de algodão (para serem
usadas na produção de vestuário). Os proponentes das fibras orgânicas dizem que a utilização de
pesticidas em níveis excepcionalmente altos, além de outras substâncias químicas, na produção
convencional de fibras, representa abuso ambiental por parte da agricultura convencional.
A ecologia limitou-se durante décadas ao estudo da estrutura físico-química do solo. Hoje a
agronomia ressente-se do seu desconhecimento da micro fauna e microflora do solo e sua ecologia.
Estima-se que 95% dos microrganismos que vivem no solo sejam desconhecidos pela ciência.
Controvérsia
Muitas pessoas consideram o alimento orgânico como muito "superior" a outros alimentos
comerciais porque em sua opinião estes são alimentos mais "puros" - isto é, alimentos orgânicos têm
menos resíduos de substâncias químicas que os demais alimentos comerciais. Hipocondríacos e
pessoas que respondem fortemente a baixíssimas doses de substâncias químicas (através de
40 | Agrupamento De Escolas de Sousel - Curso EFA–NS – Área de Competência STC
enxaquecas alérgicas e outras reacções) estão entre os principais consumidores de produtos
orgânicos.
Há estudos que mostram que os produtos orgânicos apresentam em média menor quantidade de
produtos químicos sintéticos, mas também são inúmeros os casos de produtos no mercado orgânico
com níveis altos de substâncias químicas agrícolas, o que (aos olhos de muitos) põe em dúvida
alimentos comerciais vendidos sob essa "grife". Esses casos ocorrem devido à contaminação
involuntária ou devido a fraudes.
Ao contrário de técnicas agrícolas modernas (como o uso de organismos geneticamente
modificados), que (embora potencialmente perigosos) não tiveram até o momento malefícios
documentados, os danos provocados por fungos no corpo humano estão extensamente
documentados. Este é o caso, entre outros, de cancros provocados pelo amendoim, contaminado
pelo fungo Aspergillus flavus,produtor da aflatoxina. No entanto, as culturas de amendoim, que se
conhece terem sido contaminadas por este fungo, são culturas manejadas convencionalmente e não
sob as normas que regem a agricultura orgânica.
Os benefícios ambientais da agricultura orgânica também são tema de debate, tanto por parte da
academia, quanto por produtores agrícolas, autoridades ambientais e por parte da três grandes
empresas mundiais que praticamente monopolizam a produção de pesticidas (com mais de 90% do
mercado).
Os que defendem a agricultura tradicional dizem que as práticas de agricultura orgânica causam mais
danos ambientais que as práticas convencionais. Por exemplo, dizem que preparar a terra para
plantar usando o herbicida glifosato (produto cujo nome comercial é Roundup, da empresa
americana Monsanto) reduz a erosão da terra em comparação com o uso de um arado. Os
proponentes da agricultura convencional também argumentam que os terrenos orgânicos são menos
produtivos, requerem que mais terra seja usada para produzir a mesma quantidade de alimento e
provocam mais perda de solo.
Por sua vez, os proponentes da agricultura orgânica limitam-se a dizer que terrenos orgânicos não
liberam pesticidas químicos e herbicidas, nem causam a drenagem de fertilizantes sintéticos para o
ambiente. A drenagem de fertilizantes nitrogenados para o lençol freático é uma importante causa
de poluição da água doce nos países desenvolvidos.
De acordo com eles, a agricultura orgânica não se limita a uma volta a um passado arcaico. A
retomada de técnicas tradicionais tem sido a salvação de culturas consideradas perdidas para pragas,
devido à prática da monocultura.
Importância económica
O movimento orgânico cresce em todo o mundo, e mesmo nos EUA é grande o número de
agricultores que utilizam a produção orgânica - isto é, pessoas que optaram por produzir em casa os
vegetais que consomem para garantir a isenção de agro - tóxicos.
A produção orgânica, por sua própria natureza, adequa-se à pequena propriedade rural, e com
frequência esses produtores organizam-se em cooperativas para comercializar os seus produtos. Essa
organização permite o contacto directo com o mercado consumidor, crescente nos grandes centros.
A procura de produtos orgânicos tem sido maior que a oferta, levando a um aumento dos preços dos
alimentos orgânicos (e consequentemente, um aumento na rentabilidade monetária dos seus
produtores). Além disso, cresce o número de feiras de produtos orgânicos, onde o produtor vende
directamente ao consumidor. Também a pecuária orgânica, que utiliza sistemas como o pastoreio,
escoa lacticínios por este sistema sem intermediários.
O comércio internacional de produtos orgânicos tem nos países da Europa setentrionais uns dos seus
grandes compradores.
O que são?
Os alimentos transgénicos (ou OGM’s) são organismos geneticamente modificados.
Estes alimentos são produzidos através da manipulação genética de certos alimentos e animais.
Consiste na introdução de um ou vários genes no genoma de um indivíduo ou espécie de vegetal
diferente.
Antigamente na agricultura tradicional nas zonas rurais eram utilizados no solo apenas o uso de
estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas
e doenças. Mas desde que apareceram os fertilizantes, apareceu também uma nova forma de
produzir novos alimentos, os transgénicos, que são alimentos manipulados geneticamente e
podemos ver aqui a existência deste tipo de agricultura.
O dióxido de azoto é um composto químico constituído por dois átomos de oxigénio e um de azoto; a
sua fórmula química é NO2.
O NO2 é um gás irritante para os pulmões e diminui a resistência às infecções respiratórias. Os efeitos
às exposições de curto prazo ainda não são bem conhecidos, mas a exposição continuada ou
frequente a níveis relativamente elevados pode provocar tendência para problemas respiratórios em
crianças e grupos de risco como os asmáticos.
Este elemento tem uma importância muito grande no ecossistema porque é o elemento principal do
ciclo do azoto
O azoto de símbolo químico (N) é um elemento que possui as seguintes características: gasoso, não
metálico, incolor e inodoro, que se localiza no grupo 15 e segundo período da Tabela Periódica.
Grupo # 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Período
1 2
1
H He
3 4 5 6 7 8 9 10
2
Li Be B C N O F Ne
11 12 13 14 15 16 17 18
3
Na Mg Al Si P S Cl Ar
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
4
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
O azoto foi descoberto em 1772 em Edimburgo, Escócia, pelos cientistas Daniel Rutherford e
Priestley. Foi o químico francês Antoine Laurent de Lavoisier (1743-1794) que lhe atribuiu a
designação de azoto em 1775-76.
Azoto na atmosfera
Missão do IMTT
O IMTT tem por missão regular, fiscalizar e exercer funções de coordenação e planeamento do sector
dos transportes terrestres. É também responsável pela supervisão e regulamentação das actividades
deste sector, competindo-lhe a promoção da segurança, da qualidade e dos direitos dos utilizadores
dos serviços de transportes terrestres.
Atendimento Geral do IMTT- informação sobre a generalidade dos serviços prestados por este
organismo nas Lojas do Cidadão. Disponibiliza também informação sobre a carta de condução,
emissão de Alvará ou de Licença Comunitária para exercício da actividade de Transportador
Rodoviário de Mercadorias por conta de outrem, autorização indispensável para o exercício desta
actividade empresarial. Emissão de Alvará para o exercício da actividade de transporte em táxi,
emissão de certificados de segurança de transportes de mercadorias perigosas, entre outras funções.
Estradas de Portugal
EP – Estradas de Portugal, S.A. é uma sociedade anónima de capitais públicos. É o estado que o gere
como accionista que é, através da Direcção Geral do Tesouro e das Finanças.
A sociedade EP, tem como missão global a prestação, em moldes empresariais, de um serviço
público, cujo objecto consiste, no financiamento, conservação, exploração, requalificação e
alargamento das vias que integram a Rede Rodoviária Nacional e por outro, na concepção, projecto,
As forças de segurança responsáveis pelo tratamento de dados e pela utilização dos meios de
vigilância electrónica notificam a CNPD (Comissão Nacional de Protecção de Dados) das câmaras fixas
instaladas, com identificação do respectivo modelo, características técnicas e número de série e dos
locais públicos que estas permitem observar, bem como do nome da entidade responsável pelo
equipamento e pelos tratamentos de dados.
A Brisa para conseguir controlar as contramãos nas auto-estradas colocou várias câmaras.
Segundo o director de Inovação e Tecnologia da Brisa, Jorge Sales Gomes, acrescentando que esta
“aplicação informática inteligente é colocada em cima das câmaras e permite detectar situações fora
dos parâmetros normais do tráfego como um carro parado ou em contramão.” 1
1
http://sic.aeiou.pt/online/noticias/programas/falarglobal/Artigos/Brisa+tecnologica.htm
Existem vários Centros de Controlo e Informação de Tráfego nas Estradas de Portugal que
acompanham, em tempo real, as condições de circulação rodoviária através do Sistema Integrado de
Controlo e Informação de Tráfego.
Este Sistema permite monitorizar as condições de circulação rodoviária nos principais eixos
rodoviários nacionais, através de algumas centenas de câmaras e de sensores de tráfego.
Simultaneamente, os utilizadores da estrada são informados acerca das condições de circulação que
vão encontrar nas estradas, através dos painéis de sinalização de mensagem variável, da internet e
dos telemóveis, contribuindo-se assim, para o reforço da segurança rodoviária e para o aumento do
conforto na utilização das vias rodoviárias.
O Departamento de Telemática e Serviço ao Utente foi criado em 1999 e desenvolve a sua actividade
em torno de oito funções específicas: Operação do Sistema Integrado de Controlo e Informação de
Tráfego, integração automática dos dados de tráfego recolhidas pelas diferentes concessionárias,
monitorização dos sistemas de portagem virtual, monitorização do Sistema de Emergência (Postos
SOS), funcionamento dos equipamentos do Sistema Nacional de Classificação e Contagem de
Tráfego, assessoria técnica de projectos de telemática rodoviária, estuda o desenvolvimento e
implementação de sistemas de telemática rodoviária e gestão do canal técnico rodoviário.
Nas estradas existem vários sinais, como por exemplo temos os sinais verticais:
Estes sinais verticais por norma aparecem mais em aldeias mas também os podemos encontrar nas
cidades.
Por norma estes sinais são encontrados nas cidades e nas auto-estradas, devido ao trânsito e
também à quantidade de habitantes existentes.
Para que se melhorasse o tráfego nas horas de ponta e nas outras grandes cidades era necessário
que os Engenheiros das Câmaras estruturassem novas rotundas nos locais certos, para o tráfego de
trânsito ser mais rápido e seguro.
Na maioria das vilas e aldeias ainda não existem rotundas porque o tráfego rodoviário é de pouca
afluência. A estatística feita pelos engenheiros responsáveis pelo trânsito das Câmaras Municipais
relativamente aos acidentes ocorridos nestas localidades não justifica a alteração de cruzamentos
por rotundas.
Actualmente, com a melhoria das condições económicas, Portugal deixa de ser um país repulsivo e
passa a ser um país atractivo para vários imigrantes oriundos, essencialmente, dos países do Leste
Europeu, África e Brasil.
O perfil/qualificação do emigrante actual é diferente do emigrante da década de 60. A qualificação,
os destinos e as razões que os levam a deslocar-se sofreram algumas alterações.
No entanto, as deslocações não se verificam apenas entre países. Verificamos que dentro das
fronteiras a situação é semelhante: regiões atractivas vs regiões repulsivas; a desertificação do
interior vs a saturação das regiões do litoral.
Um tema interessante, com uma forte ligação à história de vida de todos nós. Uma reflexão para o
final de um mês, onde emigrantes regressam ao país de origem para visitar os seus familiares.
Fluxo migratório económico. As pessoas hoje em dia procuram os melhores locais para uma vida
melhor e um trabalho compensador. Nos meios pequenos como vilas e aldeias existe muito pouco
trabalho e desenvolvimento.
A emigração surge como uma resposta às desigualdades sociais e económicas entre as nações ou as
regiões.
As principais causas das migrações são:
A esperança ou expectativa de emprego.
A deterioração da vida rural.
As catástrofes naturais e ambientais.
As perseguições políticas, as rivalidades étnicas e a intolerância religiosa.
A perspectiva de melhores serviços e comodidades.
Os reduzidos obstáculos à migração.
Os períodos de prosperidade económica.
A vontade de limitar nas regiões de destino os fluxos migratórios resulta num decréscimo do
crescimento económico e da manutenção e desemprego em níveis elevados. Os estrangeiros têm
sido considerados bodes expiatórios de todas as dificuldades e todas as frustrações.
Esta situação alimenta tentações xenófobas e as diferenças culturais vão sustentando o mal-estar
social, muito evidente na Europa ocidental em relação aos emigrantes.
A imigração em geral ocorre por iniciativa pessoal, pela busca de melhores condições de vida e de
trabalho por parte dos que imigram ou ainda para fugir de perseguições ou discriminações por
motivos religiosos ou políticos.
Durante o século XIX e início do século XX, a situação económica e política em países da Europa como
a Itália, a Alemanha, a Espanha e a Irlanda e de diversos povos e minorias que viviam sob o domínio
dos impérios austro-húngaro, russo e otomano produziu grandes levas de imigrantes. Por outro lado,
nações do Novo Mundo com rápida expansão económica na indústria ou agricultura (Estados Unidos
da América, Brasil, Argentina, Uruguai, Chile) necessitavam aumentar a sua mão-de-obra para
Desde muito cedo a humanidade sentiu necessidade de se deslocar. Variadas razões contribuíram
para essa necessidade mas na sua génese estaria sempre a procura da sobrevivência e da melhoria
de condições de vida.
As primeiras deslocações foram através dos próprios meios, isto é, caminhando; uma vez que as
populações nómadas se deslocavam à procura dos sítios onde mais facilmente encontrariam a caça
essencial para a sua subsistência.
Os meios de transporte variaram sempre consoante a posição social daqueles que os usavam.
Foram vários os meios de transporte que se foram usando ao longo dos tempos, terrestres,
marítimos e, a partir do séc. XIX, aéreos.
A Evolução da tecnologia veio diminuir a importância que estes animais vinham tendo ao longo dos
tempos como meio de transporte.
Os diferentes níveis de desenvolvimento provocam a pressão migratória dos países pobres para os
países ricos.
Os estados definem políticas migratórias mais ou menos restritivas e controlam a entrada e
permanência no território, a aquisição da nacionalidade e a expulsão do território nacional.
Uma política de coesão social aponta para medidas de inclusão social dos imigrantes, das minorias e
grupos étnicos, aproxima os direitos de cidadania dos imigrantes aos direitos dos cidadãos do país.
A sociedade receptora integra valores, normas, padrões de comportamentos aceites pelos seus
membros mas os imigrantes recém-chegados transportam consigo diferentes formas de cultura.
Os imigrantes e populações dos países de acolhimento são submetidos a diferentes processos de
socialização, estão sujeitos a diferentes padrões sociais, estilos de vida e visões do mundo de
acolhimento.
Uma das consequências da revolução demográfica foi o crescimento urbano. Muitas cidades
tornaram-se pólos de atracção para as populações rurais.
As mudanças introduzidas na agricultura permitiram dispensar mão-de-obra, o que aliado à
necessidade de mão-de-obra nas cidades industriais emergentes levou ao êxodo rural.
A vaga imigratória foi impulsionada, de um lado, pelas transformações socio-económicas que
ocorreram em alguns países da Europa e, de outro, pela maior facilidade dos transportes, devido à
Os despejos de matérias poluentes para os rios e inevitavelmente para o mar, feitas pelas fábricas e
pelos transportes marítimos, originaram outro processo de poluição, a poluição da água. Através das
redes de abastecimento de água a fauna e a flora foram postas em perigo, tendo três séculos depois
da grande revolução industrial, extinguido muitas espécies.
A concentração de pessoas nos centros urbanos levou ao crescimento das cidades e em
consequência deu-se uma vasta desflorestação para dar resposta à procura de habitações. Os
67 | Agrupamento De Escolas de Sousel - Curso EFA–NS – Área de Competência STC
grandes aglomerados de habitantes junto às cidades desencadearam uma necessidade enorme de
criar redes de esgotos. Tendo sido outra das causas para a poluição dos rios e mares. A melhoria das
posses económicas das pessoas originou um grande consumo de produtos levando a uma elevada
quantidade de excedentes (lixo) em volta das cidades.
Também a evolução e o crescimento da cidade trouxe, inevitavelmente, o ruído outra forma de
poluição, a poluição sonora, que se mantêm até hoje.
Estas transformações na fauna e na flora provocaram uma migração na população animal, em busca
de melhores condições de vida, de alimentação, alterações de temperatura ou para fugirem a
inimigos que se instalaram no seu biótopo.
As migrações podem ser temporárias, quando a população regressa ao seu biótopo de origem, ou
permanentes, quando a população se instala indefinidamente no novo biótopo.
Migrações temporárias são conhecidas em muitas espécies de animais e podem ter periodicidades
muito diferentes, desde as migrações diárias, normalmente verticais do plâncton na coluna de água,
anuais como as das andorinhas e de outras aves e de muitos animais terrestres, ou plurianuais como
as das enguias e de outros peixes.
Em alguns casos, movem-se por falta de comida, geralmente causada pelo Inverno. Pássaros sempre
migram de lugares frios para quentes. A mais longa rota de migração conhecida é a da Gaivina do
Árctico Sterna paradisaea, que migra do Árctico para o Antárctico e retorna todo ano.
As baleias, borboletas, vespas e roedores também fazem migrações. A migração periódica dos
gafanhotos é um grande fenómeno, retratado desde os tempos bíblicos. Algumas aves mudam de
região na época de Inverno, à procura de regiões mais quentes.
Parece evidente que um dos factores relacionados com a migração das aves é o da abundância ou
escassez de alimento. Em muitas regiões do globo, a sua alimentação escasseia durante certas épocas
do ano. A maioria das aves morreria se permanecesse nestes locais. É a situação verificada nas
regiões com Invernos muito rigorosos. Durante esta época, as aves migram para regiões mais amenas
com maior abundância alimentar, retornando na Primavera quando o clima e os recursos alimentares
lhes são de novo favoráveis.
Por sua vez, as espécies não migradoras são espécies capazes de sobreviver com os recursos
alimentares disponíveis nesta época. Com a descida acentuada das temperaturas no Inverno, os
insectos escasseiam; é por esta razão que a maioria das aves insectívoras migra.