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29.04.2005
ICS 29.260.20
Número de referência
ABNT NBR IEC 60079-17:2005
21 páginas
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Sumário Página
Prefácio Nacional........................................................................................................................................................v
Introdução ..................................................................................................................................................................vi
1 Objetivo ..........................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................1
3 Definições.......................................................................................................................................................2
4 Requisitos gerais...........................................................................................................................................3
4.1 Documentação ...............................................................................................................................................3
4.2 Qualificação de pessoal................................................................................................................................4
4.3 Inspeções .......................................................................................................................................................4
4.3.1 Geral................................................................................................................................................................4
4.3.2 Tipos de inspeção .........................................................................................................................................4
4.3.3 Graus de inspeção.........................................................................................................................................5
4.4 Inspeções periódicas regulares...................................................................................................................5
4.5 Supervisão contínua realizada por pessoas qualificadas.........................................................................6
4.5.1 Conceito .........................................................................................................................................................6
4.5.2 Objetivos ........................................................................................................................................................6
4.5.3 Responsabilidades ........................................................................................................................................6
4.5.4 Freqüência de inspeção................................................................................................................................7
4.5.5 Documentos ...................................................................................................................................................8
4.5.6 Treinamento ...................................................................................................................................................8
4.6 Requisitos de manutenção ...........................................................................................................................8
4.6.1 Ações corretivas e modificações em equipamentos.................................................................................8
4.6.2 Manutenção de cabos flexíveis....................................................................................................................9
4.6.3 Retirada de serviço........................................................................................................................................9
4.6.4 Ferramentas e dispositivos de fixação .......................................................................................................9
4.7 Condições ambientais...................................................................................................................................9
4.8 Isolamento de equipamentos elétricos .....................................................................................................10
4.8.1 Instalações (exceto circuitos de segurança intrínseca)..........................................................................10
4.8.2 Instalações de segurança intrínseca.........................................................................................................11
4.9 Aterramento e ligação eqüipotencial.........................................................................................................11
4.10 Condições de uso........................................................................................................................................11
4.11 Equipamentos móveis e suas conexões...................................................................................................12
4.12 Programas de inspeção (tabelas 1 a 3) .....................................................................................................12
4.12.1 Adequação de equipamentos para área classificada ..............................................................................12
4.12.2 Grupo apropriado de equipamentos .........................................................................................................12
4.12.3 Temperatura máxima de superfície adequada para o equipamento......................................................12
4.12.4 Identificação do circuito do equipamento ................................................................................................12
4.12.5 Dispositivos de entrada de cabo ...............................................................................................................12
4.12.6 Adequação do tipo do cabo .......................................................................................................................12
4.12.7 Vedação ........................................................................................................................................................13
4.12.8 Impedância de falta ou resistência de aterramento.................................................................................13
4.12.9 Resistência de isolação ..............................................................................................................................13
4.12.10 Sobrecargas .................................................................................................................................................13
5 Lista de requisitos adicionais para inspeção ...........................................................................................13
5.1 Tipo de proteção “d” – Invólucros à prova de explosão (ver tabela 1 e IEC 60079-1) .........................13
5.1.1 Juntas à prova de explosão (ver 5.4 da IEC 60079-1) ..............................................................................13
5.2 Tipo de proteção “e” – Segurança aumentada (ver tabela 1 e IEC 60079-7).........................................14
5.2.1 Sobrecargas .................................................................................................................................................14
5.3 Tipo de proteção “i” – Segurança intrínseca (ver tabela 2 e IEC 60079-11)..........................................14
5.3.1 Geral..............................................................................................................................................................14
Prefácio Nacional
A ABNT NBR ISO 60079-17 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de
Estudo de Procedimentos de Classificação de Áreas, Instalação em Atmosferas Explosivas, Inspeção e
Manutenção em Atmosferas Explosivas e Reparo e Verificação de Equipamentos Elétricos Utilizados em
Atmosferas Explosivas (CE-03:031.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 06, de
30.06.2004, com o número de Projeto 03:031.01-002.
Introdução
Instalações elétricas em áreas classificadas possuem características especialmente projetadas para torná-las
adequadas para tais atmosferas. É essencial, por razões de segurança, que durante a vida de tais instalações a
integridade destas características especiais seja preservada; elas portanto requerem inspeção inicial e também:
NOTA Operação funcional correta de instalações em áreas classificadas não significa, e não deve ser interpretada, que a
integridade das características especiais referenciadas acima esteja preservada.
1 Objetivo
Esta parte da ABNT NBR IEC 60079 é destinada a ser utilizada pelos usuários e aplica-se somente aos fatores
diretamente relacionados à inspeção e manutenção de instalações elétricas em áreas classificadas. Ela não inclui
requisitos de instalações elétricas, nem requisitos relativos a ensaios e certificação de equipamentos elétricos.
Esta Norma não se aplica a equipamentos elétricos do grupo I (aplicações para minas sujeitas à exalação de
grisú).
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de
se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em
vigor em um dado momento.
IEC 60079-0:2000, Electrical apparatus for explosive gas atmospheres – Part 0: General requirements
IEC 60079-1:2001, Electrical apparatus for explosive gas atmospheres – Part 1: Flameproof enclosures “d”
IEC 60079-2:2001, Electrical apparatus for explosive gas atmospheres – Part 2: Pressurized enclosures “p”
IEC 60079-7:2001, Electrical apparatus for explosive gas atmospheres – Part 7: Increased safety “e”
IEC 60079-10:1995, Electrical apparatus for explosive gas atmospheres – Part 10: Classification of hazardous
areas
IEC 60079-11:1999, Electrical apparatus for explosive gas atmospheres – Part 11: Intrinsic safety “i”
IEC 60079-14:1996, Electrical apparatus for explosive gas atmospheres – Part 14: Electrical instalations in
hazardous areas (other than mines)
IEC 60079-15:2001, Electrical apparatus for explosive gas atmospheres – Part 15: Type of protection “n”
IEC 60364-6-61:2001, Electrical installations of buildings – Part 6-61: Verification – Initial verification
3 Definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR IEC 60079, aplicam-se as seguintes definições:
3.1
atmosfera explosiva
mistura com ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa ou poeira,
na qual, após ignição, a combustão propaga-se por toda a mistura não consumida
3.2
atmosfera explosiva de gás
mistura com ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis na forma de gás ou vapor, na qual, após
ignição, a combustão propaga-se por toda a mistura não consumida
3.3
área classificada
área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente em quantidade suficiente na qual é provável sua
ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para a construção, instalação e utilização de equipamentos
elétricos e eletrônicos
NOTA Para a aplicação desta Norma, uma área é uma região tridimensional ou espaço
3.4
área não classificada
área na qual uma atmosfera explosiva de gás é pouco provável de ocorrer em quantidade suficiente, não exigindo
precauções especiais para a construção, instalação e utilização de equipamentos elétricos e eletrônicos
3.5
manutenção
ações executadas para manter ou reparar um determinado equipamento, a fim de conservá-lo apto a
desempenhar as funções requeridas pelas especificações a ele aplicáveis
3.6
inspeção visual
ação que compreende um criterioso e detalhado exame em um determinado equipamento, sem desmontá-lo ou
desmontando-o parcialmente, utilizando, se necessário, recursos tais como medições, visando chegar a uma
conclusão confiável quanto à sua aptidão em desempenhar as funções requeridas pelas especificações a ele
aplicáveis
3.6.1
inspeção visual
inspeção que identifica, sem o uso de equipamentos de acesso ou ferramentas, defeitos que são evidentes, como,
por exemplo, ausência de parafusos
3.6.2
inspeção apurada
inspeção que engloba os aspectos cobertos pela inspeção visual e, além disso, identifica defeitos (por exemplo,
parafusos frouxos) que somente são detectáveis com o auxílio de equipamentos de acesso, como escadas e
ferramentas
NOTA Inspeções apuradas não requerem normalmente que o invólucro seja aberto, nem que o equipamento seja
desenergizado.
3.6.3
inspeção detalhada
inspeção que engloba os aspectos cobertos pela inspeção apurada e, além disso, identifica defeitos (como
terminais frouxos) que somente são detectáveis com a abertura do invólucro e uso, se necessário, de ferramentas
e equipamentos de ensaios
3.6.4
inspeção inicial
inspeção feita em todos os equipamentos elétricos, sistemas e instalações, antes que sejam colocados em serviço
3.6.5
inspeção periódica
inspeção em todos os equipamentos elétricos, sistemas e instalações, realizada rotineiramente
3.6.6
inspeção por amostragem
inspeção feita em um determinado percentual dos equipamentos elétricos, sistemas e instalações
3.7
supervisão contínua
presença freqüente, inspeção, serviços, cuidados e manutenção de uma instalação elétrica, realizados
freqüentemente, por pessoal qualificado que tenha experiência na instalação específica e no ambiente local, de
forma a manter as características específicas das instalações para áreas classificadas em condições satisfatórias
3.8
pessoal qualificado
pessoas que preencham os requisitos de qualificação de pessoal, de acordo com 4.2
3.9
pessoa com qualificação técnica e função gerencial
pessoa que cuida do gerenciamento técnico do pessoal qualificado, que tenha conhecimento adequado sobre
equipamentos para áreas classificadas, familiaridade com as condições locais e total controle e responsabilidade
dos sistemas de inspeção para equipamentos elétricos dentro de áreas classificadas
3.10
equipamentos associados
equipamentos elétricos nos quais os circuitos ou parte deles não são, total ou necessariamente, intrinsecamente
seguros, mas que contêm circuitos que podem afetar a segurança dos circuitos intrinsecamente seguros
associados a ele
NOTA O equipamento associado é normalmente a interligação entre um circuito intrinsecamente seguro e um circuito não
intrinsecamente seguro, e é freqüentemente localizado em uma área não classificada. O equipamento associado pode ser, por
exemplo, uma barreira intrínseca ou uma isolação galvânica.
4 Requisitos gerais
4.1 Documentação
Para a inspeção e manutenção, deve ser disponibilizada a documentação atualizada dos seguintes itens:
c) registros que permitam a manutenção do equipamento para área classificada, de acordo com seu tipo de
proteção (ver IEC 60079-0) (por exemplo: lista e localização dos equipamentos, lista de peças de reposição,
informações técnicas e intruções do fabricante).
A inspeção e a manutenção de instalações devem ser executadas somente por pessoal experiente, em cujo
treinamento estejam incluídos instruções dos vários tipos de proteção e práticas de instalação, normas e
regulamentos relevantes, além dos princípios gerais de classificação de áreas. Deve ser dado treinamento
contínuo a esse pessoal para atualização.
4.3 Inspeções
4.3.1 Geral
Antes que uma planta ou equipamento seja colocado em serviço, deve ser feita uma inspeção inicial.
Para assegurar que as instalações estejam sendo mantidas em condições satisfatórias para utilização contínua
em área classificada, as instalações devem ser submetidas a:
Após qualquer substituição, reparo, ajuste ou modificação, os itens respectivos devem ser inspecionados
conforme os itens relevantes indicados na coluna das tabelas 1, 2 e 3.
Se em algum momento houver mudança na classificação de área, ou se algum equipamento for movido de um
lugar para outro, uma verificação deve ser realizada para assegurar que, quando apropriado, o tipo de proteção, o
grupo do equipamento e a classe de temperatura são adequados às novas condições.
Se uma instalação ou equipamento for desmontado durante uma inspeção, precauções devem ser tomadas
durante a montagem, a fim de assegurar que a integridade do tipo de proteção não seja prejudicada.
NOTA Os fatores mais relevantes que afetam na deterioração do equipamento incluem: susceptibilidade à corrosão,
exposição a produtos químicos ou solventes, possibilidade de acúmulo de poeira ou sujeira, possibilidade de ingresso de água,
exposição a temperaturas ambientes excessivas, risco de danos mecânicos, exposição à vibração indevida, treinamento e
experiência do pessoal, possibilidade de modificações ou ajustes não autorizados, possibilidade de manutenção inadequada,
por exemplo, que não esteja em concordância com as recomendações do fabricante.
a) As inspeções iniciais devem ser utilizadas para verificar se o tipo de proteção selecionado e sua instalação são
apropriados. Ela deve ser detalhada como mostram as tabelas 1, 2 e 3, quando aplicável.
NOTA Uma inspeção inicial completa não é requerida se uma inspeção equivalente tiver sido feita pelo fabricante, exceto
onde o processo de instalação afetar os itens inspecionados pelo fabricante. Por exemplo, uma inspeção detalhada inicial das
partes internas de um motor à prova de explosão não é requerida; no entanto a caixa de terminal de ligação que pode ter sido
removida para facilitar a conexão da fiação deve ser inspecionada após a instalação.
b) As inspeções periódicas podem ser visuais ou apuradas conforme mostrado nas tabelas 1, 2 e 3, quando
aplicável.
A inspeção visual ou apurada pode levar à necessidade de ser feita uma inspeção detalhada posteriormente.
O nível de inspeção e o intervalo entre as inspeções periódicas devem ser determinados levando-se em conta
o tipo do equipamento, as recomendações do fabricante, os fatores que influenciem na sua deterioração
(ver nota de 4.3.1), a zona onde o equipamentos está instalado e o resultado de inspeções anteriores. Quando
existirem equipamentos, unidades industriais e ambientes similares, onde o grau e os intervalos entre
inspeções já tenham sido determinados, esta experiência deve ser utilizada no estabelecimento da estratégia
de inspeção.
O intervalo entre as inspeções periódicas não deve exceder três anos sem o parecer de um especialista.
Equipamentos elétricos móveis (manuais, portáteis e transportáveis) são particularmente sensíveis a danos ou
ao mau uso e desta forma o intervalo de tempo entre as inspeções periódicas pode necessitar ser reduzido.
Os equipamentos elétricos móveis devem ser submetidos a inspeção apurada pelo menos a cada 12 meses.
Invólucros que sejam freqüentemente abertos (como compartimento de baterias) devem ser submetidos a
inspeção detalhada. Adicionalmente, os equipamentos devem ser inspecionados visualmente pelo usuário,
antes do uso, para assegurar que os equipamentos não estão visivelmente danificados.
c) A inspeção por amostragem pode ser visual, apurada ou detalhada. O tamanho e a composição das amostras
devem ser determinados em função do propósito da inspeção.
NOTA Não se deve esperar que as inspeções por amostragem revelem falhas que ocorrem naturalmente, como conexões
frouxas, mas elas devem ser utilizadas para avaliar as influências ambientais, tais como vibrações ou eventuais deficiências de
projeto, etc.
d) A supervisão contínua utiliza inspeção visual ou apurada conforme tabelas 1, 2 e 3, quando aplicável, e de
acordo com 4.5. Onde a instalação necessita de capacitação para a supervisão contínua, esta deve ser
submetida a inspeção periódica.
Os resultados de todas as inspeções inicial, periódica e por amostragem devem ser registrados. Os requisitos dos
registros oriundos de supervisão contínua, executada por pessoal qualificado, estão detalhados em 4.5.5.
O grau de inspeção pode ser visual, apurado ou detalhado. As tabelas 1, 2 e 3 detalham as verificações
específicas que são requeridas pelos três graus de inspeção.
Inspeções visual e apurada podem ser realizadas com equipamentos energizados. Inspeções detalhadas
requerem geralmente que o equipamento seja isolado.
a) tenha conhecimento de classificação de áreas e conhecimento técnico suficiente para avaliar as implicações
sobre os locais sob consideração,
b) tenha conhecimento técnico e entendimento dos requisitos teóricos e práticos aplicáveis a equipamentos
elétricos utilizados nas áreas classificadas sob consideração, e
c) entenda os requisitos de inspeções visual, apurada e detalhada, e como estas inspeções se relacionam com os
equipamentos instalados.
O pessoal de inspeção necessita ter independência suficiente das demandas das atividades da manutenção, de
tal forma que suas conclusões sejam isentas e confiáveis.
NOTA Isto não siginifica que o pessoal deva ser membro de uma organização externa independente.
Definir precisamente um intervalo entre inspeções periódicas pode não ser fácil, mas tal intervalo deve ser
determinado levando-se em conta a deterioração esperada (ver 4.3.1).
Uma vez que o intervalo tenha sido determinado, a instalação deve estar sujeita a inspeções por amostragem para
ratificar ou alterar o intervalo proposto. Similarmente, o nível de inspeção necessita ser determinado e neste caso
novamente a inspeção periódica por amostragem pode ser utilizada para ratificar ou modificar o nível de inspeção
proposto. Uma avaliação regular nos resultados das inspeções será necessária para justificar o intervalo entre
inspeções e o nível de inspeção adotado.
Quando uma grande quantidade de itens similares, tais como luminárias, caixas de junção etc., estão instalados
num ambiente similar, pode ser exeqüível realizar inspeções periódicas por amostragem, garantindo que o número
de amostras, considerando a freqüência de inspeção, esteja sujeito a atualizações em função dos resultados
obtidos. Contudo é fortemente recomendado que todos os itens estejam sujeitos a pelo menos inspeção visual.
4.5.1 Conceito
Quando uma instalação tem presença freqüente de pessoas qualificadas no curso normal de trabalho, que
excedam as exigências de 4.4 a), b) e c), e
b) realizem inspeções visual e/ou apurada como parte de sua rotina normal de trabalho e inspeções detalhadas
de qualquer substituição, reparo, modificação ou ajuste de acordo com 4.3.1,
então é possível dispensar inspeções periódicas regulares e utilizar a presença mais freqüente de pessoas
qualificadas para assegurar a integridade contínua dos equipamentos.
NOTA 1 A utilização de supervisão contínua realizada por pessoas qualificadas não elimina a recomendação para
realização de inspeções inicial e por amostragem.
NOTA 2 Supervisão contínua não é prática para equipamentos elétricos, quando este tipo de supervisão não pode ser
oferecido (por exemplo, no caso de equipamentos móveis). Ver também 4.5.4.
4.5.2 Objetivos
O objetivo da supervisão contínua é permitir a detecção prematura de falhas e seu reparo subseqüente. Ela faz
uso da presença de pessoal qualificado na instalação em decorrência de suas atividades rotineiras de trabalho
(por exemplo, montagem, modificações, inspeções, atividades de manutenção, verificações de falhas, trabalhos de
limpeza, operações de controle, manobras operacionais, conexões e desconexões de terminais, trabalhos de
ajustes, ensaios funcionais, medições etc.), e que usam suas habilidades para detectar faltas e alterações ainda
em estado inicial.
4.5.3 Responsabilidades
Uma pessoa com qualificação técnica e função gerencial deve ser designada para cada instalação e deve realizar
as seguintes funções:
b) definir o conjunto dos equipamentos que estão sob supervisão contínua, levando-se em conta condições
ambientais, freqüência de visitas à instalação, conhecimento especial, fluxo do trabalho e localização do
equipamento;
c) determinar a freqüência da inspeção, o grau de inspeção e o conteúdo dos relatórios de maneira a permitir uma
análise completa do desempenho dos equipamentos;
ii) está sendo dado ao pessoal qualificado tempo adequado para realizar as inspeções,
O pessoal qualificado deve estar familiarizado com o conceito de supervisão contínua juntamente com a
necessidade de registro e das análises que fazem parte do método de supervisão contínua aplicável à instalação
em particular.
No desempenho das funções de supervisão contínua dos equipamentos e da instalação, o pessoal qualificado
deve levar em consideração as condições da instalação e estar informado de qualquer mudança que porventura
ocorra.
A freqüência das inspeções que suportam a supervisão contínua deve ser determinada levando-se em conta o
ambiente da instalação em particular com relação à degradação esperada dos equipamentos (ver 4.3.1), de sua
utilização e da experiência.
NOTA A menos que a experiência indique o contrário, pode ser considerado que, se uma parte da instalação, que tenha
um inventário significativo de equipamentos para áreas classificadas não for visitada mais do que uma vez por semana, seria
inapropriado incluí-la como parte do conceito de supevisão contínua.
Quando o pessoal qualificado notar uma mudança nas condições ambientais (por exemplo, invasão de solvente
ou vibração excessiva), os equipamentos elétricos específicos para áreas classificadas que podem ser suscetíveis
a essas mudanças devem ser verificados numa base mais freqüente.
NOTA Isto também permite que o pessoal qualificado possa inspecionar numa base menos freqüente aqueles itens que a
experência adquirida mostrar que não são suscetíveis a alterações das condições ambientais.
4.5.5 Documentos
a) oferecer um histórico das atividades de manutenção com o motivo da realização dessas atividades, e
Os registros dos defeitos encontrados e ações reparadoras executadas devem ser mantidos.
NOTA 1 A documentação deve fazer parte dos documentos regulares da manutenção. Entretanto, a disposição das
questões deve ser tal que comprove os conceitos acima.
NOTA 2 Evidências de que o pessoal qualificado conhece as necessidades do conceito de supervisão contínua podem ser
encontradas em programas de treinamento. Outro tipo de evidência da qualificação também é possível.
4.5.6 Treinamento
Além das recomendações de 4.2, o pessoal qualificado deve receber treinamento adequado para permitir a
familiarização com a instalação onde ele está presente. Este treinamento deve incluir qualquer instalação,
equipamentos, condições ambientais e operacionais que se relacionam com a compreensão da necessidade da
proteção dos equipamentos para áreas classificadas. Toda alteração ou mudança do processo ou da instalação
deve ser disponibilizada ao pessoal qualficado de tal forma que o auxilie na sua função como parte do processo
de supervisão contínua.
Quando necessário, treinamentos sobre o conceito de supervisão contínua devem ser ministrados juntamente com
seminários de reciclagem ou de reforço.
As exigências relativas ao conhecimento dos técnicos com função gerencial devem incluir a compreensão total
dos requisitos previstos nas IEC 60079-10 e IEC 60079-14, com relação à classificação de áreas, seleção e
instalação de equipamentos.
A condição geral de todos os equipamentos deve ser observada como previsto em 4.3, e ações corretivas
apropriadas devem ser tomadas quando necessário. Contudo, precauções devem ser adotadas para manter a
integridade do tipo de proteção do equipamento. Esta ação pode requerer uma consulta ao fabricante.
Substituição de partes deve estar de acordo com a documentação de segurança do equipamento.
Modificações em equipamentos não devem ser realizadas sem autorização apropriada, pois podem comprometer
a segurança dos equipamentos como mencionada na documentação.
NOTA 1 Precauções devem ser adotadas para evitar interferir nos meios empregados pelo fabricante de redução dos
efeitos da eletricidade estática.
NOTA 2 A substituição de lâmpadas de luminárias deve ser realizada utilizando lâmpadas adequadas quanto ao tipo e suas
características, ou temperaturas excessivas podem ocorrer.
NOTA 3 Gravações, pintura ou colocação de telas sobre as partes translúcidas, ou ainda o posicionamento incorreto das
luminárias, podem causar temperaturas excessivas.
Cabos flexíveis, eletrodutos flexíveis e suas teminações estão particularmente sujeitos a avarias. Eles devem ser
inspecionados em intervalos regulares e devem ser substituídos caso sejam encontrados avariados ou
defeituosos.
Caso seja necessário, por motivos de manutenção, retirar equipamentos de serviço, os condutores expostos
devem ser:
Se o equipamento for retirado permanentemente de serviço, a fiação associada deve estar separada de todas as
fontes de alimentação ou deve ser removida, ou alternativamente conectada a um invólucro adequado.
No caso de ser necessário o emprego de ferramentas ou dispositivos de fixação especiais, eles devem estar
disponíveis e devem ser utilizados.
Os equipamentos elétricos em áreas classificadas podem ser severamente afetados pelas condições do ambiente
em que são utilizados. Alguns dos principais elementos a considerar são: corrosão, temperatura ambiente,
exposição à radiação ultravioleta, ingresso de água, acúmulo de pó ou areia, efeitos mecânicos e ataque químico.
A corrosão das partes metálicas ou as influências de produtos químicos (em especial, solventes) em componentes
plásticos ou elastoméricos podem afetar o grau e o tipo de proteção do equipamento. Se o invólucro ou
componente estiver severamente corroído, deve ser substituído. Os invólucros de plástico podem apresentar
rachaduras superficiais que podem afetar a integridade do invólucro. Os invólucros metálicos devem, se
necessário, ser protegidos com um revestimento apropriado contra corrosão, sendo a freqüência e natureza deste
tratamento determinadas pelas condições do ambiente.
Deve-se verificar se o equipamento foi projetado para suportar a mais alta e a mais baixa temperaturas ambiente
esperadas no local da instalação.
NOTA Deve ser enfatizado que se a marcação do equipamento para área classificada não indicar a faixa de temperatura
o o
ambiente, este equipamento somente deve ser utilizado no intervalo de temperaturas de - 20 C a + 40 C. Se, ao contrário, a
faixa de temperaturas for indicada, o equipamento só deve ser utilizado neste intervalo.
Todas as partes dos equipamentos devem ser mantidas limpas e livres de acúmulo de poeira, sal ou outras
substâncias agressivas que possam causar um aumento excessivo na temperatura.
Devem ser tomadas precauções para que a proteção do equipamento contra as intempéries seja mantida. As
gaxetas danificadas devem ser substituídas.
Dispositivos anticondensação, tais como respiros, drenos ou elementos aquecedores devem ser examinados para
se ter certeza de que operam corretamente.
Se o equipamento estiver sujeito a vibrações, deve-se verificar com atenção se os parafusos de fixação e as
entradas de cabos permanecem apertadas.
Durante a limpeza de equipamentos elétricos cujas superfícies são de materiais não condutores, deve-se tomar
precauções para evitar a geração de eletricidade estática.
a) Os equipamentos elétricos que contenham partes vivas que não sejam de segurança intrínseca e que estejam
situados em área classificada não devem ser abertos (exceto conforme descrito em b) ou c)) sem que sejam
isoladas todas as conexões de entrada e, quando necessário, as de saída, inclusive o condutor neutro. Neste
contexto, isolamento significa o bloqueio da respectiva alimentação elétrica (seja pela retirada de fusíveis e
"links" ou seja pelo travamento, na posição desligada, de chave ou de dispositivo de desconexão). O invólucro
não deve ser aberto até que tenha decorrido tempo suficiente para que a temperatura de qualquer superfície ou
a energia armazenada decaia a um nível incapaz de causar ignição.
b) Se, durante o período de tempo necessário para o trabalho, a ausência de atmosfera explosiva puder ser
garantida pelo responsável da área e uma autorização escrita tiver sido emitida com esse propósito, trabalhos
essenciais, cuja execução seja necessário expor partes vivas, podem ser desenvolvidos com as mesmas
precauções aplicáveis a áreas não classificadas.
i) se o trabalho proposto no equipamento energizado não produzir centelhas capazes de causar ignição;
ii) se os circuitos forem projetados de tal modo que impeçam a produção de centelhas;
iii) se os equipamentos e quaisuer circuitos a eles associados não incluir quaisquer superfícies quentes
capazes de produzir ignição.
Se estas condições forem atendidas, então o trabalho pode ser desenvolvido, tomando-se as precauções
aplicáveis a áreas não classificadas.
Os resultados da avaliação das condições de segurança devem ser registrados num documento que contenha as
informações indicadas a seguir:
― a forma pela qual o trabalho proposto no equipamento energizado pode ser feita;
― os resultados da avaliação, inclusive resultados de quaisquer ensaios que porventura tenham sido realizados
durante a inspeção;
― quaisquer condições associadas à manutenção do equipamento energizado que a inspeção tenha mostrado
serem necessárias.
Os inspetores devem:
― estar familiarizados com os requisitos das normas pertinentes, com a legislação e com as práticas
recomendadas e quaisquer interpretações correntes;
― quando necessário, utilizar equipamentos de ensaio e procedimentos de ensaio similares aos utilizados pelas
autoridades nacionais.
Os trabalhos de manutenção podem ser executados com os equipamentos energizados, desde que obedecidas as
condições indicadas abaixo:
i) desconexão de, e remoção ou substituição de, partes componentes do equipamento elétrico e cabos;
ii) ajuste dos controles que sejam necessários à calibração do sistema ou equipamento elétrico;
A pessoa encarregada de qualquer uma das funções descritas anteriormente deve assegurar-se de que os
sistemas intrinsecamente seguros ou os equipamentos de segurança intrínseca permanecem com suas
características Ex i, após o término dos trabalhos.
As ligações à terra nas barreiras de segurança não devem ser removidas sem que primeiro tenham sido
desconectados os circuitos instalados nas áreas classificadas, exceto onde se dispõem de dupla ligação de
aterramento, um terminal de aterramento pode ser removido para facilitar a verificação da resistência de
aterramento.
Cuidados devem ser tomados para se assegurar que o aterramento e a ligação de equalização de potencial em
área classificada sejam mantidos em boas condições (ver tabela 1, item B6, tabela 2, itens B6 e B7 e tabela 3,
item B3).
Condições especiais para uso seguro se aplicam para qualquer tipo de equipamento que foi certificado para
atmosfera explosiva quando o número do certificado possuir um sufixo “X” ou outro sufixo. Os documentos de
certificação devem ser estudados, a fim de se verificarem as condições de uso.
Devem ser tomadas as precauções para assegurar que equipamentos elétricos móveis (portátil, transportável e
manuais) sejam utilizados somente em áreas apropriadas para o tipo de proteção, grupo do gás e classe de
temperatura.
NOTA Equipamentos móveis de uso industrial comum, equipamentos de soldagem etc., não devem ser utilizados em
áreas classificadas, a menos que sua utilização seja feita sob um procedimento controlado e que um local específico seja
avaliadoo para assegurar a ausência de atmosfera explosiva.
O objetivo deste requisito é assegurar que equipamentos sejam corretamente isolados, qualquer que seja o
trabalho executado. Isto pode ser alcançado de várias maneiras, por exemplo:
b) Equipamentos providos de etiqueta numérica ou cabo provido com um número adjacente ao equipamento.
A fonte de alimentação pode ser determinada por um desenho ou lista referenciando o número da etiqueta ou
do cabo.
c) Item é claramente, e não ambiguamente identificado, em um desenho no qual a fonte de alimentação também
é direta ou indiretamente identificada por uma lista.
Por medida de segurança, é necessário confirmar que todos os equipamentos, na inspeção inicial, possuam
informações corretas. A disponibilidade da informação necessária deve ser verificada para todos os equipamentos
na inspeção periódica. O requisito de uma inspeção detalhada para verificar que a informação esteja correta deve
ser realizado quando o circuito é isolado para realizar outras verificações detalhadas.
A verificação do aperto do dispositivo de entrada de cabo na inspeção apurada pode ser executada manualmente
sem a necessidade de remover a fita à prova d’água ou cobertura. Deve ser evitado usar força excessiva que
possa embaraçar os condutores internos.
4.12.7 Vedação
A integridade do aterramento deve ser verificada na inspeção inicial pela medição de sua resistência. A medida
deve ser feita através de um equipamento intrinsecamente seguro (de acordo com o procedimento especificado
pelo fabricante). Inspeções por amostragem posteriores podem também ser efetuadas utilizando-se um
instrumento de medição de resistência intrinsecamente seguro.
Equipamentos de medição não intrinsecamente seguros podem somente ser utilizados em locais onde as
centelhas potencialmente acendíveis puderem ocorrer, se os responsáveis pela área puderem garantir que o
ambiente está livre de atmosfera explosiva.
A resistência de isolação de equipamentos e cabeamentos associados até 500 V (exclusive SELV) deve ser
medida a 500 V cc. A resistência da isolação deve ser de pelo menos 0,5 MΩ.
4.12.10 Sobrecargas
― o dispositivo de proteção é ajustado para a corrente calculada IN (nas inspeções inicial e detalhada),
― as características do dispositivo de proteção são tais que ele deve atuar em 2 h ou menos quando submetido
a 1,20 vez a corrente ajustada (nominal), e não deve operar em até 2 h quando submetido a 1,05 vez a
corrente ajustada (nominal), na inspeção inicial.
5.1 Tipo de proteção “d” – Invólucros à prova de explosão (ver tabela 1 e IEC 60079-1)
Quando remontar invólucros à prova de explosão, todas as juntas devem ser completamente limpas e levemente
lubrificadas com graxa adequada para evitar corrosão e auxiliar na prevenção de penetração de água.
Furos cegos de parafuso devem estar livres de graxa. Somente raspadores não metálicos e fluidos de limpeza não
corrosivos devem ser utilizados para limpar flanges (ver 10.3 da IEC 60079-14).
Normalmente não se considera necessária a verificação da folga diametral de juntas roscadas, serrilhadas,
cilíndricas e de encaixe, a menos que exista evidência de desgaste, distorção, corrosão ou outro dano, nos quais
cada caso deve ser comparado com a documentação do fabricante.
Juntas que não são possíveis de serem desmontadas não necessitam ser submetidas a inspeção de verificação
A10 e A11 da tabela 1.
NOTA Parafusos, porcas e partes similares que dependem do tipo de proteção devem somente ser substituídos por
similares de acordo com o projeto do fabricante.
5.2 Tipo de proteção “e” – Segurança aumentada (ver tabela 1 e IEC 60079-7)
5.2.1 Sobrecargas
Os enrolamentos dos motores Ex “e” estão protegidos por dispositivos adequados para assegurar que a
temperatura limite não seja excedida em serviço (incluindo as condições de rotor bloqueado).
Portanto é necessário verificar na inspeção inicial se o dispositivo de proteção foi selecionado de modo que o
tempo de desligamento a frio, tirado da curva característica de retardo do dispositivo de proteção, para a relação
entre a corrente de arranque e a corrente nominal do motor a ser protegido (IA/IN), não seja maior do que o tempo
tE marcado na placa de identificação do motor (ver inspeção inicial).
Dependendo da experiência pode ou não ser necessário medir o tempo de desligamento por injeção de corrente
durante as inspeções iniciais e/ou periódicas. O tempo de desligamento em operação real deve ser o mesmo que
o tirado da curva característica do dispositivo de proteção, com uma tolerância de no máximo + 20%.
5.3 Tipo de proteção “i” – Segurança intrínseca (ver tabela 2 e IEC 60079-11)
5.3.1 Geral
5.3.2 Documentação
c) quando for apropriado, parâmetros elétricos como capacitância e indutância, comprimento, tipo e rota dos
cabos;
d) requisitos especiais do certificado do equipamento e métodos detalhados pelos quais tais requisitos são
atendidos numa instalação particular;
As etiquetas ou placas de identificação dos equipamentos devem ser inspecionadas para assegurar que elas
estão legíveis e em conformidade com os requisitos contidos na documentação de projeto, para assegurar que o
equipamento atualmente montado é aquele que foi especificado.
A tarefa de verificar se existem modificações "não autorizadas" pode apresentar alguns problemas, devido às
dificuldades de serem detectadas alterações, como, por exemplo, num circuito impresso.
Todavia algumas considerações devem ser tecidas quanto à possibilidade da existência de modificações não
autorizadas.
NOTA Pode ser possível utilizar-se do fato de que as soldas feitas na maioria dos reparos de manutenção de circuitos
impressos não sejam do mesmo tipo e qualidade das originais. Fotografias das placas originais, junto com listas de
componentes-chave dos quais a segurança do circuito depende, podem ser úteis.
Os equipamentos associados devem ser inspecionados para assegurar que eles são do tipo correto e com
características de acordo com o memorial descritivo do sistema. Onde o equipamento associado for uma barreira
de segurança a diodo, a segurança das conexões de aterramento com relação à integridade do dispositivo deve
ser verificada (ver também 5.3.9).
5.3.6 Cabos
As instalações devem ser inspecionadas para assegurar que os cabos utilizados estejam de acordo com a
documentação. Atenção especial deve ser dada quando forem utilizados condutores reservas em multicabos
contendo mais do que um circuito intrinsecamente seguro e para assegurar a proteção dada quando cabos
contendo circuitos intrinsecamente seguros e outros cabos forem instalados no mesmo eletroduto, duto ou sistema
de bandejamento.
As instalações devem ser inspecionadas para assegurar que as blindagens dos cabos estejam aterradas em
conformidade com a documentação do projeto. Deve ser dada especial atenção às instalações que utilizam
multicabos que contenham mais do que um sistema intrinsecamente seguro.
A resistência da conexão de aterramento entre circuitos intrinsecamente seguros e seus respectivos pontos de
aterramento deve ser medida na inspeção inicial.
Se a medição da resistência de aterramento envolver a realização de ensaios elétricos dentro da área classificada,
ou ensaios dentro de áreas não classificadas que possam danificar os circuitos intrinsecamente seguros, os
equipamentos de ensaio utilizados devem ser especificamente projetados para utilização em circuitos
intrinsecamente seguros, a menos que o efeito nos circuitos intrinsecamente seguros somente venha a ocorrer
durante o ensaio e os responsáveis pela área classificada possam garantir que, durante o ensaio, a área esteja
livre de uma atmosfera explosiva de gás.
Uma amostra representativa de conexões, selecionada por pessoa responsável, deve ser medida periodicamente,
para confirmar a integridade da continuidade das conexões.
5.3.10 Conexões de aterramento para manter a integridade dos sistemas de segurança intrínseca
A resistência das conexões de aterramento necessárias para manter a integridade dos sistemas de segurança
intrínseca (por exemplo, blindagem de transformadores, carcaças de barreiras de segurança) deve ser medida
conforme descrito em 5.3.9.
Não existem requisitos para medir a impedância da malha de terra de equipamentos associados com circuitos de
segurança intrínseca, além daqueles aplicados à instrumentação normal em casas de controle, para proteção
contra choques elétricos. Tendo em vista que em alguns equipamentos de segurança intrínseca o aterramento é
feito internamente à carcaça do equipamento, qualquer medição de impedância (por exemplo, entre o pino de
aterramento do plugue e a carcaça do equipamento, ou entre a carcaça do equipamento e o painel de controle)
deve ser feita com o emprego de um medidor especificamente projetado para uso em circuitos de segurança
intrínseca.
O ensaio de isolação de circuitos intrinsecamente seguros é necessário para confirmar que eles estão aterrados
ou isolados da terra por completo, sempre que uma dessas condições for requerida pelo projeto original. Este
requisito pode ser desnecessário se a falta para terra for automaticamente revelada. Por exemplo, se um circuito
falha de modo seguro decorrente de uma falta para terra ou o circuito utiliza um dispositivo de monitoração de
corrente de fuga para terra.
Ensaios de isolação de sistemas ou circuitos intrinsecamente seguros devem ser realizados somente utilizando
equipamentos de ensaios especificamente certificados para conexões nesses tipos de circuitos.
Onde, de forma a permitir a realização destes ensaios, a ligação comum de um grupo de barreiras à terra é
desconectada, os ensaios podem ser feitos somente quando há um controle da ausência de atmosfera explosiva
na instalação ou a alimentação elétrica é retirada completamente de todos os circuitos que dependem dessa
ligação comum à terra. Este ensaio é requerido apenas por amostragem.
Caixas de junção e caixas contendo equipamentos associados devem ser inspecionadas para assegurar que elas
contenham somente fiação especificada na documentação para qualquer sistema que passe através delas. Ver
também 12.2 e 12.3 da IEC 60079-14.
5.4 Tipo de proteção “p” – Invólucro pressurizado (ver tabela 3 e IEC 60079-2)
Equipamentos para áreas classificadas devem ser inspecionados de acordo com as colunas apropriadas das
tabelas 1, 2 e 3.
Outros equipamentos considerados adequados para utilização em zona 2, de acordo com a seção 5 da
IEC 60079-14, devem ser inspecionados de acordo com a coluna Ex “n” da tabela 1.
Invólucros com respiração restrita que possuem dispositivos para verificações de rotina devem estar sujeitos a
ensaios de pressão periódicos (ver IEC 60079-15) em intervalos de seis meses ou mais, conforme a experiência
adquirida.
5.6 Tipos de proteção “m” (encapsulamento), “o” (imersão em óleo) e “q” (imerso em areia)
Não foram preparadas tabelas para ilustrar os requisitos para inspeção dos tipos de proteção “m”, “o” e “q”.
A tabela 1 pode ser modificada apropriadamente, incorporando particularidades de inspeção para o invólucro de
proteção e o conteúdo relativo a esses tipos de proteção.
― verificação física X X X X X X
― verificação visual X X X
Tabela 1 (conclusão)
D A V
A EQUIPAMENTO
1 O equipamento está em conformidade com a sua documentação e com a X X X
classificação de áreas
2 O equipamento instalado é o especificado na documentação (somente X X
equipamentos fixos)
3 A categoria e grupo do equipamento e/ou circuito estão corretos X X
4 A classe de temperatura do equipamento está correta X X
5 A instalação está claramente marcada X X
6 Não há modificações não-autorizadas X
7 Não há modificações não-autorizadas visíveis X X
8 As unidades de barreira de segurança, os relés e outros dispositivos limitadores de X X X
energia são do tipo aprovados, instalados de acordo com os requisitos da
certificação e firmemente aterrados onde necessário
9 As conexões elétricas estão apertadas X
10 Placas de circuito impresso estão limpas e não danificadas X
B INSTALAÇÃO
1 Os cabos estão instalados de acordo com a documentação X
2 A blindagem dos cabos está aterrada de acordo com a documentação X
3 Não há danos evidentes nos cabos X X X
4 A selagem de eletrodutos, dutos e elementos de passagem está satisfatória X X X
5 Todas as conexões ponto-a-ponto estão corretas X
6 A continuidade de aterramento está satisfatória (por exemplo, as conexões estão X
apertadas e os condutores têm seção adequada)
7 As conexões de aterramento mantêm a integridade do tipo de proteção X X X
8 O circuito de segurança intrínseca está isolado da terra ou aterrado em somente X
um ponto (referir a documentação)
9 Está mantida a separação entre os circuitos intrinsecamente seguros e os circuitos X
não intrinsecamente seguros em caixas de distribuição ou painel de relés
10 Onde aplicável, a proteção contra curto-circuito da fonte de suprimento está de X
acordo com a documentação
11 As condições especiais de uso (se aplicáveis) estão conformes X
12 Os cabos que não estão em uso estão com os terminais adequadamente isolados X X X
C AMBIENTE
1 O equipamento está adequadamente protegido contra corrosão, intempérie, X X X
vibração e outros fatores adversos
2 Não há acúmulo indevido de poeira ou sujeira X X X
D A V
A EQUIPAMENTO
1 O equipamento é adequado à classificação da área X X X
2 O grupo do equipamento está correto X X
3 A classe de temperatura do equipamento está correta X X
4 A identificação do circuito do equipamento está correta X
5 A identificação do circuito do equipamento está disponível X X X
6 O invólucro, os vidros e as selagens vidro/metal com gaxetas ou massa estão X X X
satisfatórios
7 Não há modificações não-autorizadas X
8 Não há modificações não-autorizadas visíveis X X
9 A potência da lâmpada, o tipo e a posição estão corretos X
B INSTALAÇÃO
1 O tipo de cabo é adequado X
2 Não há danos evidentes nos cabos X X
3 As conexões de aterramento, incluindo as suplementares para manter a
continuidade estão adequadas, por exemplo estão apertadas e os condutores
possuem seção suficiente
― verificação física X
― verificação visual X X
C AMBIENTE
1 O equipamento está adequadamente protegido contra corrosão, intempérie, X X X
vibração e outros fatores adversos
2 Não há acúmulo indevido de poeira ou sujeira X X X
Anexo A
(informativo)
*IC – Equipamento capaz de provocar centelhas e alta temperatura em condições normais de operação, ou seja, onde
componentes internos do equipamento produzem, em condições normais de operação, arcos, centelhas ou temperaturas de
superfície capazes de causar ignição.