Vous êtes sur la page 1sur 8
sta juridica 25 tras ~ a das Pescas as partes, criar um tuto), diferente das ha sido submetido 38 as partes. Este bittais, © por isso igde. Um exempio foi ctiada no ano 2 aproveitamento idade Eeonémica arinhos estabele- ra ad hoc para a 81°, n 1, b) da bre a interpreta. ode parecer uma alidade prova de itos estabelecido axiveis condigdes lugao judicial, ragio dos casos, \entos, resolven: 0 de que justiga a2 até agora ‘ocessual, tendo pode encontrar ovisérias ou de nentos simplif s80 concluidos, rea de um més, revista juridica 25 A PLATAFORMA CONTINENTAL ~ ~ ALGUNS ASPECTOS DO SEU ACTUAL REGIME JURIDICO Jaime Valle Assistente da Faculdade de Direito de Lisboa SuwAnio: 1. Introdugio; 2. 0 conceito juridico de plataforme continental: evolugao; 3. O conceito juridieo de plataforma continental: estado actual da questio; 4. A natureza dos direitos dos Estados costeiros sobre a plataforma continental; 5. Oestatuto das Areas da plataforma continental situadas para la das 200 milhas marftimas na Convengfio de Montego Bay; 6. A plataforma continental no direito interno porcugués 1, Inrropugio 1. A estreita ligagdo entre os quadros juridicos ¢ os factores naturals ~ geofisicos e biol6gicos ~ é, no Direito do Mar, extremamente acentuada, ndo sendo arriscado afirmar ser o ramo da Ciéncia do Direito em que essa tendéncia se mostra mais evidente. Ora, dentro do Direito de Mar, nenhum instituto se encontra mais dependente dos factores naturais do que a plataforma continental; desde a sua origem até aos desenvolvimentos mais recentes, 0 instituto tem procurado assentar, de modo constante, na realida- de geomorfoldgica em que se funda(’). Nessa medida, a topografia € a composigéo do leito do mar e do subsolo adjacentes 20 mar territorial constituem elementos essenciais para a configuragio ¢ caracterizagao dos direitos conferidos aos Estados e aos demais sujeitos de Dircito Internacional relativamente & exploragao dos fundos merinhos. O conhecimento detalhado desta realidade é, como se vai ver mais adiante, imprescindivel para a reivindicagio e exercicio dos direitos em questao. IL. Até a0 aparecimento do instituto da plataforma continental, o leito do mar 0 seu subsolo para lé do mar territorial eram vistos pelo Direito Internaci nal como zonas sujeitas ao principio da liberdade dos mares. Mas nao se mostrava esclarecido se as zonas em questo eram insusceptiveis de apro- priagéo pela sua propria natureza, ou se, verificando-se determinado circunstancialismo, poderiam ser integradas nas dreas sob dominio dos Estados costeiros. Ou seja, ndo era clarose oleito do mar eo seu subsolo, para 1d do mar territorial, seriam res communis ou res nullius(®). Embota a qualificagio juridica do leito e do subsolo do mar estivesse intimamente relacionade com a qualificagao jurfdica das Aguas sobrejacentes, (1) Pare uma descricéo geomorfoligicaefisiogrfica da pataformacontinentaefr, portodos, A.M, MARQUES GUEDES, Drvito dy Mar, 2 ed , Coimbra, 1998, pp. 39.5 '@) Gir, D. P. UCONNELL, The International Law ofthe Sea, f, Gxford, 1982, p. 450; RR (CHURCHILL / A.V. LOWE, The Law ofthe Se, 210d, Manchester, 1988, p. 121 37 revista juridica 25 nao estava desta inteiramente dependente: se as 4guas sobrejacentes fossem consideredas res nulla, também o leita e o solo naturalmenteo seriam, mas Jd a consideracio das Aguas sobrejacenres como res communis poderia coexists com a earacterizacio do leito e do solo como res nulus, tendo em tengo que 56 em relagdo a0 leit as possbildades de ocupagio efectiva seriam mais do que hipotéticas() TIL. A prética dos Estados fornece, desde tempos recuados,virios exemplos de apropriagao do leito do mare do seu subsolo para Id da drea reconhecida como mar territorial, ligados, sobretado,& recolha de ostras (e de péroiss) € de esponjas(t). Mas nfo eram estas ae tinicas actividades a considerar, podendo ainda referi-se, de entrees exemplos mais citados, a extracgio de carvio, ao largo da Comuaihe, pelo menos desde o século XV, muito para além dasteésmilhas maritimas, stravés de galerias excavadas a patti de terre firme(*). IV. Também na doutrina se podem encontrar, desde muito cedo, indicagées propiciadoras da afirmagio de direitos de dominio por parte dos Estados costeiros sobre o leite do mer para ld do mar territorial. Desde a doutrina da sonda, formulada por VALIN em 1760(), até & idela de mar epicontinental introduzida pelo capitéo da marinha argentina STORNEem 1916 ¢ desenvol vida pelo seu compatriota SUAREZ nos anos seguintes, passando pelasidelas de RAYNEVAL (1803), CAUCHY (1862)(’) ou do brasileiro OLIVEIRA DE FREITAS (1884)(*) sobre a ligagdo entre o territério verrestre dos Estados € © leito do mar adjacente e os respectives recursos natura, pace encontrar- se tum conjurita de posigGes que indiciavam a admissibilidade de expansao do dominio dos Estados costeitos sobre o leito do mar, sem incluir as éguas sobrejacentes, 'V, Acvolucao a que brevemente se aludiu nas secgées anteriores mostra que © que estava em causa, antes de 1945, néo era a possibilidade de adquirir dominio sobre o feito do mar e 0 seu subsolo para lf do mar territorial, mas sim os termos e a forma de adquirir esse dominioC). ‘Simpiesmente, o estabelecimento de soberanta sobre as Areas imersas estava condicionado pela efectiva possibilidade do exercicio dos poderes corres- Pondentes, que dependia de desenvolvimentos cientificos e tecnolégicos, 0: uais nao s6 permitiriam explorar essas Areas, com justificar, com base nas ciéncias naturais e no Direito, a sua apropriagdo por parte dos Estados, Por isso, pode afirmar-se que a relagio entre a soberania dos Estados costeiros as drens imersas correspondeu, em cada momento histérico, as possibilida- (2) 0,» CONNELL, The neratonal at foc (@) che por tndos, Dp GONRELL The neatonl Law... pp. SDs, (5) cit. por Cader, VICENTE MAROTTA RANGEL Je eee Cote dala Conveton de 1962 surle Dro dea Mer, Recvellces Cos ce Academe de rok neratonal cafe 1985 Vs. 195, pp. 209¢% 90). oy Atenas a bp os radne onde ne ons leodo mes seit ase pout profundo, exmpletad pelaconsieraede qua, nosed nicoser arcade dewine fade? dene do aknce te eankany spews smalancas ness com dees: Inponantes do actual onectode atforina continental Score este pontocs: DF. OCONMELS ‘Adubratons ofthe Contertal Shel Dorin, langes Revcaas 16% po. 17 eo Paes). (7) Sobre as posses dos Antone eeios no ets ce DF OCOMNRLE Alanbraise poses (8) Sobre cae har cf, VICENTE MAROTTA RANGEL Le Platnu Continental. 278 ()D'P Oconst, Thereretonal an pA, 38 tevista juridica 25 S€ a8 dguas sobrejacentes fossem solo naturalmente o setiam, mas *8 como res communis podria fo como res nulius, tendo em ‘bilidades de ocupacio efectiva "Pos recuados, vétiosexernplos olo para li da dre reconhetds ccolhe de ostras (e de péroias) siews actividades a considerar 4 mats citados, a extncgdo de lesde o sdeulo XV1, muita para selas escavadas a partir de terra desde muito cedo, indiengées rninio por parte dos Estados ssvitorial. Desde a doutvina da a ideia de mar epicontinenta! STORNIem 1916¢ desenvol- suintes, passando pelas idejas | do brasileiro OLIVEIRA DE itdtio terrestre dos Estacios ¢ 8 naturals, pode encontrar. sdmissibilidade de expanséo 40 mar, sem incluir as dguas Pe te {Gentine data Convention Droitfmernational detndae ‘ho domas stoma Genico ser adreade donne & ianitesie som econ Sepontocf.D.P. OCONNELL ete ies cot SCONE Asien teas Continent 278, revista juridica 25 "es de efectivagao da primeira sobre as segundas; apenas quando o exercicio = de soberania se cornou posstvel com um minimo de permanéncia ¢ 3¢ jastificou em termos de satisfagdo das necessidades (econémica, sobretudo) {os Estados, o Direito Internacional foi charnado para estrururare justificar, ‘2 apropriacio das dreas em causa por parte dos Estados. Pode, pois, dizer-se que, se a Proclamacéo Truman de 1945 marca efectiva- ‘mente o momento do nascimento do instituto da plataforma continental, ccom a designagio e 2 estrutura que se the conhece hoje, a sua existincia & fruto da prética dos Estados desde tempos imemoriaise do labor doutrinério desde, pelo menos, o século XVII, nao sendo o instituto, nem mais, nem menos, do que a traducéo, nos tempos acsuais, de realdades e idetas muito antigas. Q CONCEITO JURIDICO DE PLATAFORMA CONTINENTAL! EVOLUGAO I. AProclamagéo Truman sobce a plataforma continental, de 28 de Setembro de 1945, cometia & jurisdigse € controlo dos Estados Unidos os recursos naturals do leito e subsolo da plataforma continental, para ld do mar territorial, independentemente de qualquer ocupacio efectiva, a partir da consideragio da plataforma como a continuagio imersa do territério do Estado e, nessa medida, como 0 seu prolongamento natural. Na base da Proclamacéo Truman estavam, indubitavelmente, interesses econémicas(), suscitados pelos recursos minerais contidos no subsole da plataforma, cuja importéncia a {I Guerra Mundial ajudara a evidenciar, mas também ponderosos interesses de seguranca, pois sendo a extenséo do mar territorial, ao tempo, de apenas 3 milhas maritimas(*), poderia dar-se o casa de a plataforma continental adjacente ao mar territorial do Estado costeiro ser utilizada por Estados terceiros hostis para a instalagao de dispositives ofensives perigosos(*) II. A Proclamagdo Truman teve, naturalmente, grande impacto na communi dade intemacional, tendo muitos Estados costeiros secundado, quase de imediato, a posigao comada pelos Estados Unidos"), embora os termes adoptades por cada um deles se tenham mostrado, logo af, bastante dliferentes() No campo doutrinério, os termos da extenséo da soberania estedual ao leita ¢ subsolo do mar adjacentes 2o mar teritorial divdiram a Comissio de Digeito Internacional (CDD), com apresentagio de das teses relativamente & aquisigio dos diceitos sobre a plataforma continental pelos Estados casteros, a tese da ocupagéo ¢ a tese da ineréncia. A primeira requeria a reivindieagio e caneretizagfo de efectivo dominio dos Estados costeiros sobre a plataforma continental; a segunda dispensava qualquer actuacéo (10) Cf. VICENTE MAROTTA RANGEL, Le Pleteou Conineta. pp. 2920s. {LD Valor ee defers os taradee Unidos se 1980 viru a abanonat (22) Cir VICENTE MAROTTA RANGEL, Le Peau Content. pp.296 s.Noentanto, prdprn cide de inettagso de als clspaios pelo stad osteoma plataforme tent # contrevers~ cir, no sede da admssibidade, AN BROWNIE, Principles of Dube ieerasicnat Law. 5d Oxford 1998, 217 (3) Cf ARMANDO MARQUES GUEDES, Dire do Mer. p98 Ga) Ch: ANTONIO SOARES, Plzafrma Goncranel ~ Ses Limits @ ux da Conversa de Mortago Bay, avira co Ministero bie, N= 36, 1969, p. Jest. IB eS). 39

Vous aimerez peut-être aussi