Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
No mundo
No Brasil
No ano de 1893, o Senado da jovem República Brasileira, aprova a Lei que pretendia estabe-
lecer o socorro médico de urgência na via pública.
O Rio de Janeiro, capital do país, contava na época com uma população em torno de 522 mil
habitantes (dados de 1890). Em 1904, foram instalados postos de Pronto Socorro e em 1907, o
Prefeito Pereira Passos encomendou na Europa várias ambulâncias. O veículo, destinado a
transporte de pacientes, havia sido criado em 1792, por Dominique Larrey, o cirurgião chefe
da Grande Armada de Napoleão Bonaparte, as ambulâncias móveis. Nesta ocasião criou-se
também a palavra ambulância (do latim Ambulare – “deslocar”) designando uma ambulância
móvel para ser fixada no campo de batalha, para funcionar como estrutura correspondente a
um hospital de campanha. Larrey atendia aos feridos (“debaixo do fogo inimigo”), iniciando
no local o tratamento precoce, com suturas, incisões de partes lesadas, imobilizações e quando
necessárias amputações. Optando pelo tratamento no local, era observada maior chance de
sobrevida.
No Rio de Janeiro, os serviços de urgência, sempre contaram com grande participação dos
estudantes de medicina. Existiam concorridos concursos, para a função de Acadêmicos Bol-
sistas, que atuavam nos Prontos Socorros, como nas ambulâncias. Não eram apenas as bolsas
que atraiam os acadêmicos, mas a experiência que vivenciavam e o peso curricular, por terem
sido aprovados no concurso. Hoje, o Rio de Janeiro, onde se iniciou no Brasil a primeira or-
ganização de urgência, vive uma militarização deste atendimento no que se refere ao “socorro
médico de urgência na via pública”, talvez em função do caos tanto da rede pública e privada
da saúde, como a violência e a dificuldade “civil” de acesso. Grande número de médicos foi
incorporado à carreira do Corpo de Bombeiros.
Na assistência médica, as ambulâncias foram consideradas durante muito tempo, mais como
um Sistema de Transporte do que como unidade de atendimento e cuidados precoces, diferen-
te da utilização que teve principalmente nas guerras. Freqüentemente a gerência das frotas de
ambulâncias, sequer estavam ligadas diretamente a Serviços de Saúde, aos Serviços Munici-
pais de Transporte, quando não diretamente aos gabinetes do Executivo.
Década de 50 - "SAMDU" - Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência Podemos
considerar, do ponto de vista histórico, esta atividade como um embrião da atenção pré-
hospitalar no Brasil. Por uma série de motivos, incluindo a não introdução do método de regu-
lação médica das urgências, esta atividade foi sendo desativada progressivamente e terminou.
Década de 60 e 70 – Vários Serviços privados de atendimento domiciliar de urgência foram
inaugurados no Brasil
A partir de 1975, com a Lei 6229, quando o município ficou com a responsabilidade do aten-
dimento às urgências, através de serviços próprios, conveniados ou transferidos para localida-
des com recursos, a distribuição de ambulâncias transformou-se em moeda política, distribuí-
da com grande alarde, pois se constituíam em “outdoor móvel”, com grande identificação do
doador e também do governante local que a havia conseguido. A profusão de informação ex-
terior era sempre inversamente proporcional aos recursos no seu interior, maca e sirene. Os
veículos escolhidos, em sua grande maioria não eram apropriados para o transporte de pacien-
tes em boas condições, pois a altura e o espaço físico, não permitiam sequer que o paciente
pudesse fazer uso de “soro fisiológico E.V. ou uso de O2”, no caso de paciente crítico. A fun-
ção de transporte foi a que cumpria até recentemente, independente do estado do paciente,
pois com recurso humano, contava-se apenas, com um motorista “ágil” no volante. Fica difícil
se ter idéia de quantas vidas foram “salvas” ou “ceifadas” no transporte por ambulância.
1987 _ O primeiro serviço de atendimento pré-hospitalar em Minas Gerais, sem a presença de
médico, foi implantado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, em Blumenau, em parce-
ria com outras entidades. Sete anos após já atuava em 15 cidades catarinenses, contando ape-
nas com a participação de socorristas e sem pessoal médico.
1990 - Início do atendimento pré-hospitalar pelos corpos de bombeiros no Brasil
1989 - Cooperação SAMU de Paris-São Paulo para introdução do pré-hospitalar com início
do SAMU e Paramédicos de São Paulo
1990 - Projeto Pró-Trauma em Minas Gerais e início do trabalho pré-hospitalar em Florianó-
polis
1991 - Início do SIATE em Curitiba e do
1994 - Início do Belém 192 urgente
1995 - Início do SAMU de Porto Alegre e início da rede 192
1996 - Início do SAMU de Campinas
1996 - Rede 192 transformada em Rede Brasileira de Cooperação em Emergências
1997 - Primeira resolução sobre pré-hospitalar e transportes sanitários pelo CREMESC
1998 - Resolução do CFM
1999 - Portaria Ministerial 824
2001 - Portaria Ministerial 814
1996-2002 - Início e desenvolvimento de diversos SAMU no Brasil: "SOS Fortaleza", o
"SAMU-RESGATE” da região metropolitana de São Paulo, Ribeirão Preto, Araraquara, São
José do Rio Preto, Santos, região do Vale do Ribeira, Belo Horizonte, Recife, etc.
Atualmente no Brasil, nas grandes cidades, o conceito de ambulância,
deixa de ser o de Sistema de Transporte e Remoção e se incorpora, como parte do Sistema de
Saúde, com a função de diminuir o intervalo terapêutico nas urgências.
2003 – Portarias Ministeriais 1863 e 1864 tornam o SAMU – 192 um serviço nacional.
2003 – 2008 – Vários SAMUs são inaugurados no Brasil, ultrapassando a cobertura de 100
milhões de cidadãos brasileiros em junho de 2008.
Modelos 1
1
“Extraído de “Manual de Regulação Médica de Urgências. Ministério da Saúde. Em fase de publicação. Outu-
bro de 2005”
ocorrência do agravo, transportando estas vítimas, segundo critérios técnicos internacional-
mente aceitos, de forma segura, até aqueles serviços de saúde, que possam melhor acolher
cada paciente naquele momento, respondendo de forma resolutiva às suas necessidades, dan-
do continuidade à assistência. Trata-se, portanto, de uma atenção cuja abordagem é individua-
lizada, ou seja, contempla prestação de serviços a pacientes assistidos individualmente. Cons-
titui-se num importante elo de ligação entre os diferentes níveis de atenção do Sistema.
Missão
Princípios operativos