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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário


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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Olá! Inicio aqui o meu Portfólio Reflexivo de Aprendizagem...

E antes de mais apresento-me.

 Chamo - me Sérgio Iahaya dos Santos Daúde;


 Tenho 37 anos;
 Nascí em Moçambique em 1971;
 Sou um cidadão do mundo;
 Sou do Signo Virgem;
 Sou uma pessoa de carácter sensível e afável;
 Gosto de animais;
 Defendo os princípios da tolerância e do respeito para com as outras culturas
e modos de pensar diferentes dos meus;
 Defendo a igualdade de direitos e de oportunidades entre todas as pessoas,
independentemente de aspectos como raça, cor da pele, condição social,
sexo, orientação sexual, convicção política ou ideológica, de acordo com o
princípio de igualdade e universalidade aceites, e estabelecidos pelo estado
português no artigo 13º da constituição da República Portuguesa e na
declaração universal dos direitos do homem.
 Abomino a hipocrisia e a falsidade.
 Abomino o Preconceito e todos os comportamentos a ele associados, bem
como todas as formas de discriminação que têm por alvo a pessoa humana e
a sua dignidade pessoal;
 Gosto do Sol, do mar e do calor;
 Gostaria de poder viajar e conhecer outros países;
 Gostaria de voltar á cidade de Inhambane, onde nasci.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Chamo-me Sérgio Iahaya dos Santos Daúde e nasci em Moçambique no dia 10 de
Setembro de 1971 pelas 13.30 horas na cidade de Inhambane, no centro daquele
país, cidade para onde os meus pais se haviam deslocado por questões de serviço
da minha mãe.
Os meus pais oriundos, da cidade de Lourenço Marques, actual cidade de Maputo
são de seu nome Iahaya Zacarias Ibrahimo Daúde (electricista de automóveis) e
Eulália Rosa dos Santos Daúde (funcionária pública reformada).
Reportando-me à minha genealogia, da parte do meu pai sou descendente de
emigrantes goeses e da parte da minha mãe as minhas origens dividem-se entre a
portuguesa e a africana.
O meu bisavô paterno, segundo sei, era um abastado latifundiário, oriundo de Goa,
de nome Jafar (existe em Maputo um topónimo com este nome que corresponde a
um apeadeiro ferroviário que se situa na antiga propriedade dele).
O meu bisavô materno, da parte do pai da minha mãe, era um serralheiro, nascido
em Lisboa, em 1870, de seu nome Tirso Augusto dos Santos, que por se ter
envolvido nas lutas operárias e nos meios anarquistas, foi degredado da então
metrópole para a costa oriental de África em consequência do decreto de lei
antianarquista de 1896, que proibia todo e qualquer tipo de propaganda e
associação anarquista.

O anarquismo é um ideal político que assenta na ausência de estado e na


descentralização do poder.
Sabe-se que o meu bisavô materno e alguns outros operários foram enviados para
Moçambique, num velho barco a vapor que veio a encalhar na cidade de
Inhambane, onde o meu avô, pai da minha mãe e eu, nascemos.
O avô materno da minha mãe chamava-se José Maria Leal e era natural da cidade
da Guarda e o que sei é que conheceu a minha bisavó, Micaela Pinto, com quem
teve 6 filhos, dos quais pereceram quatro, em consequência das doenças que eram
características daquelas épocas tais como a difteria e o Sarampo (doenças infecto-

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contagiosas mortais) e para as quais a moderna medicina já há muito tem
respondido com as campanhas de vacinação Infantil.
Daquela união sobreviveram a minha avó Maria Guilhermina dos Santos, mãe da
minha mãe, agora com 86 anos e, uma irmã dela, de nome Henriqueta Coimbra.
Refiro que a vacinação é um importante meio de prevenção de doenças infecto-
contagiosas, pois consiste em introduzir ou inocular nos seres vivos estados não
activos de agentes patogénicos causadores de doenças de modo a criar anti-corpos
contra as doenças e que mesmo nos adultos também deverão efectuar-se
vacinações pois os agentes patogénicos passam por mudanças e com o tempo
desenvolvem imunidade aos anticorpos.
A minha avó materna casou com o meu avô materno Sr. Júlio Augusto dos Santos
(tipógrafo e depois taxista de profissão) e deste enlace veio a nascer no dia 21 de
Maio de 1948 a Senhora D. Eulália Rosa dos Santos, minha mãe...
Os meus pais casaram-se em Agosto de 1970 tendo os esponsais tidos lugar na
Conservatória do Registo Civil da cidade da Matola, que dista cerca de 20km de
Lourenço Marques.
Deste casamento nasci eu na cidade de Inhambane, Moçambique pelas 13h30m do
dia 10 de Setembro de 1971...e a minha irmã em 1974 em Lourenço Marques.
Algumas fotos de família

Foto da minha mãe: Ao colo com o meu avô (1952)

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Foto da minha mãe: Durante uma caçada ao pé de 1 leão morto

Foto de Família: A minha mãe com os pais, a tia e os primos

Foto do meu avô (de capacete) com 3 companheiros de caça.


O senhor que trajava um uniforme era um sipaio ou autoridade policial local.

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O meu avô em1934, com o irmão, o irmão

A irmã do meu avô com o marido durante uma peça de teatro

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Fotos do casamento dos meus pais em Agosto de 1970

Os noivos A noiva com o pai

Os meu pais com: os pais da minha mãe (lado esquerdo)


E os pais do meu pai (lado direito)

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O adeus aos noivos.

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Aqui o pequeno Sérgio em meados de Setembro de 1971

Aos 2 anos de idade... (Outubro de 1972)

Os meus primeiros anos de vida...


Viví os meus primeiros anos de vida em Moçambique, na cidade de Lourenço
Marques, onde residia com os meus pais. Por vezes os meus pais deixavam-me
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com meus avós maternos na Machava, uma pacata vila nos arredores da cidade de
Lourenço Marques, onde estes possuíam uma propriedade que embora não fosse
muito extensa, possuía algumas árvores de fruta.

Da vida na cidade com os meus pais, lembro-me das idas às praias da Costa do
Sol, onde havia um Restaurante (na imagem, embaixo) que ainda hoje existe, e
que era muito afamado na época, onde havia alguns macacos à solta na marginal
sobranceira ao restaurante, que faziam o encanto de todos que por ali passavam,
crianças e adultos...

Lembro-me também de alguns passeios que fazíamos a uma cidade muito bonita,
com belas vivendas e bastante movimentada naquela época...situada na
proximidade dos Montes Lebombos, e bem próximo da fronteira com a Suazilândia
(país vizinho) chamada Namaacha...

Aqueles eram lugares edílicos, que primavam pela sua imensa beleza natural...pelo
verde das suas planícies que contrastava com o vermelho das suas areias e a
exuberância colorida da sua flora.

A vida em Moçambique...

No plano administrativo Moçambique era administrado por um Governador-Geral


designado pelo Conselho de ministros da Metrópole.

No Moçambique de então, conviviam os vários povos locais de diferentes etnias,


possuidores, eles próprios, das suas línguas e cultura ímpares, mas que gozavam
de poucos direitos cívicos e políticos, com os cerca de trinta mil indianos e quatro
mil chineses que na cidade de Lourenço Marques e da Beira exploravam o pequeno
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comércio de lojas drogarias, conjuntamente com uma população de origem
europeia que, em 1971 se estimava em cerca de duzentos mil e ocupava os lugares
públicos e da administração da antiga colónia.

Apresentam-se seguidamente alguns dos estandartes e bandeiras do


território:

Bandeira do Gov.Geral Bandeira do administrador

Bandeira do Esta foi uma proposta de 1967 para a

Superintendente bandeira do território

Esta foi a proposta de 1974 para a bandeira da Província


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Fotos da cidade de Lourenço Marques (Anos 70)

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Eu com a minha irmã Sílvia em 1975

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Com os nossos pais em 1975

Eu na Vila de Machava em 1975 em casa dos meus avós

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Guerra Colonial em Moçambique

Em 1971 no ano em que nasci a então província de Moçambique, que no ano


seguinte seria elevada à categoria de estado, encontrava-se, já então, no seu
sétimo ano de guerra.

O Conflito iniciou-se em 1964 e opôs o Exército Português aos guerrilheiros


nacionalistas moçambicanos encabeçados pela FRELIMO (Frente de Libertação de
Moçambique) que controlavam a parte norte do território.

Imagens: Guerra Colonial em Moçambique www.wickipedia.org

À semelhança de muitas outras famílias naquele território, a minha também


mandou alguns dos seus filhos para a guerra...

Estes dois tios meus foram para a guerra...um terceiro também

No sul de Moçambique, onde vivíamos a vida decorria mais ou menos de forma


regular... mas havia o medo sempre presente do terrorismo...dos ataques
bombistas...e tal como na metrópole havia a sempre presente repressão da PIDE
(polícia política e secreta) e toda uma politica de contra informação dirigida tanto as
populações nativas como às de origem europeia...

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A guerra, o teatro de operações, decorria nas províncias mais a norte: nas
províncias de Tete, Cabo -Delgado, Nampula e de acordo com a minha mãe,
sabíamos de facto pouco do que se passava devido à censura e às políticas de
contra informação.

Era comum ali tal como na Metrópole, as famílias despedirem-se dos seus filhos e
amigos que partiam para a guerra, pois ali, de igual modo, vivia-se a dor de ver
partir os nossos familiares para a guerra....tão longe e ao mesmo tão próxima...

Em 1974 nasceu a minha irmã Sílvia também do casamento dos meus pais e que
agora vive na Alemanha.

Refiro que além desta tenho um irmão chamado Ricardo, e uma irmã chamada
Delfina, da parte do meu pai.

A Independência de Moçambique

A revolução do 25 de Abril de 1974, em Portugal, teve como consequência para as


restantes colónias bem como neste caso concreto para a de Moçambique, o acesso
á independência política. A Independência de Moçambique ocorreu no dia 25 de
Junho de 1975 ....

Bandeira actual de Moçambique e Brasão de armas da República de


Moçambique

A Cerimónia Protocolar da Independência (a que assisti ainda que muito vagamente


me lembre) teve lugar nesse mesmo dia no estádio da Machava...ao que segundo
me consta nela as duas delegações, a do Governo Provisório Português e a do
Primeiro Governo do novo país procederam à respectiva troca de bandeiras e foi
hasteada pela primeira vez a bandeira da República Popular de Moçambique.

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No entanto, os seis meses subsequentes à revolução de 1974, que em Portugal
instaurou o regime democrático, pouco tiveram de pacíficos, pois foram tempos de
bastantes convulsões sociais e de sangrentos tumultos em Moçambique.

A situação social em Moçambique, após o 25 de Abril de 74, era de grande


instabilidade agravada pela falta de apoios financeiros por parte da administração.
E tudo servia para que os ânimos se exaltassem…

Depois de muitas nuances, o acordo final com vista á independência de


Moçambique foi finalmente assinado no dia 7 de Setembro de 1974, em Lusaca e
previa a formação de um governo de transição com um Primeiro – Ministro da
FRELIMO, a nomeação de um Alto-Comissário por Portugal e mais importante
(quanto a mim) o cessar – fogo imediato.

Em Lourenço Marques rebentaram os primeiros tumultos em reacção aos acordos


de Lusaca, que de uma ou outra forma se alastraram ao resto do território, pois o
clima de fúria contra o acordo de Lusaca apoderou -se de muitos dos habitantes de
origem europeia em Lourenço Marques, assim como de forças africanas que não se
reconheciam na FRELIMO, obrigando a que o comando Militar tivesse de deslocar
forças para a cidade.

Entretanto a violência racial que já há muito tempo havia explodido continuou a


fazer as suas vítimas e somente a actuação conjunta das forças militares
portuguesas e da FRELIMO pôs termo aos desacatos.

Entre 74 e 77, ano em que deixámos Moçambique, houve alguns acontecimentos


violentos envolvendo também alguns familiares nossos, relacionados com o tipo de
situação de medo e até algum terror que se vivia na altura posterior ao 25 de Abril,
clima de insegurança que ultrapassou os primeiros anos de independência de
Moçambique.

Uma das consequências da Guerra Colonial e das convulsões sociais vividas


durante o período compreendido entre a “revolução dos cravos “ e o período
imediatamente após os acordos encetados para a sua independência, foi a
descolonização dos antigos territórios ultramarinos, consequência à qual a antiga
colónia de Moçambique não foi alheia, tal como sucedeu no caso das outras
colónias portuguesas.

Calcula-se que entre 1975 e 1977 cerca de meio milhão de Portugueses residentes
em Moçambique, deixaram aquele território rumo a Portugal...

Muitos dos antigos funcionários públicos, incluindo a minha mãe, foram expulsos do
novo país, no caso dela e dos meus avós foi-lhes carimbado no passaporte: “

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Expulso da República Popular de Moçambique “ e muitos dos ex-combatentes, que
integraram os contingentes portugueses durante a guerra, foram perseguidos e
assassinados.

Daqueles meus últimos tempos em Moçambique, lembro- me que a partir de 1976


começaram a escassear muitos bens no mercado, incluindo o pão. Saíamos muito
cedo de casa com os meus avós para ir a um bairro próximo comprar pão e às
vezes aguardávamos horas numa fila enorme e muitas vezes para voltarmos de
mãos vazias, pois a farinha já se havia acabado.

Por alturas desse mesmo ano de 1977 os meus pais separaram-se.

Lembro-me de os meus avós e a minha mãe nos terem levado a passear até à vila
fronteiriça da Namaacha e algures, durante aquele dia da parte da tarde, de nos
termos deslocado ao posto fronteiriço com a Suazilândia, onde nos despedimos do
meu pai, que só voltei a ver vinte anos depois, na África do Sul onde reside, em
1997...

Em 1977 deixámos Moçambique e viemos para Portugal, muito, devido à situação


de insegurança vivida em Moçambique e também porque as perspectivas de
integração para nós, sendo cidadãos de nacionalidade portuguesa, eram escassas.

Chegamos ao aeroporto de Lisboa no dia 25 de Junho de 1977, tendo recebido


algum apoio dos funcionários da Cruz vermelha presentes no local para auxiliar na
chegada todos aqueles que vinham de África.

Segundo se diz, aquela foi a maior ponte aérea algumas vez empreendida pelo
governo Português...

Quando chegámos a Portugal pouco mais tínhamos do que as nossas roupas do


corpo e os pouco mais de 20 kg de bagagens que nos fora permitido trazer
connosco. Não tínhamos sequer casa própria ou mesmo algum emprego à nossa
espera.

A vida em Portugal era diferente daquela que deixámos para trás, pois havia
desemprego, as estruturas habitacionais pareciam-nos mais empobrecidas do que
aquelas que deixamos para trás e as mentalidade geral da população portuguesa
europeia era diferente e um pouco mais aberta do que a da portuguesa das antigas
colónias, que era mais conservadora e também uma população de proprietários de
terra.

Encontrámos aqui populações que se dedicavam quer à agricultura quer ao


comércio ou à indústria, e uma população de operários quer fabris, quer da
indústria da construção.
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Pese que nalguns casos ainda havia em muitos o estigma da Guerra Colonial,
ainda tão recente, que teve nas populações portuguesas oriundas do antigo
ultramar o seu bode expiatório em alguns casos.

No plano político existiam ainda algumas instituições herdadas da Revolução de


Abril de 1974, tal como o Conselho da Revolução...e os vários governos
provisórios; situação que se foi mantendo até á entrada dos anos 80.

Foto de família com a minha mãe, irmã e avós em S.João do Estoril


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Foto da minha turma da primeira classe. Alguns destes outros

alunos seguiram comigo até á quarta classe


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Eu no lar onde vivi na Póvoa de Santo Adrião com os meus avós e um tio meu

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Foto minha com a minha irmã na cidade da Guarda

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Eu aos 12 anos em Casablanca (Marrocos) em Setembro de 1983, vestido com
uma Djelabah traje típico marroquino
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Quando chegámos a Portugal, fomos alojados pelo extinto Instituto de Apoio aos
Retornados (IARN), primeiro em Cascais, num alojamento para Retornados e
enquanto ali estávamos, chegaram um mês mais tarde os nossos avós maternos.
Permanecemos ali alguns meses mais, até que com os nossos avós, eu e a minha
irmã fomos viver para o Estoril, onde ficámos entre Setembro de 1977 e Maio do
ano seguinte, altura em que nos mudámos para outro edifício na Póvoa de
S.Adrião, freguesia (que na altura pertencia ao concelho de Loures, e que hoje
integra o de Odivelas ).

Quando chegamos à Póvoa, tal como referi, fomos alojados num lar para
retornados das ex- colónias. Eu e a minha irmã estávamos ilegais no lar e tínhamos
de entrar e sair às escondidas, não fosse o Gerente chefe encontrar
-nos lá.

Estávamos ilegais porque a minha mãe, como era funcionária pública, não tinha
direito ao apoio do IARN e devido à precaridade da situação também não poderia
ter-nos com ela.

Assim, optou que ficássemos com os nossos avós. A situação continuou assim
durante mais dois anos, até que o IARN acabou. Foi extinto como entidade com o
fim para o qual fora concebido, tendo, de uma hora para a outra, todo o lar e os
seus residentes mergulhado, eles próprios, na ilegalidade.

Permanecemos na Póvoa de Santo Adrião os cinco anos seguintes, até Março de


1983, altura em que nos mudámos para Camarate onde vivo até hoje .

O meu avô faleceu em Fevereiro de 1982.

Graças aos esforços da minha avó e aos pedidos que fez a segurança social
conseguiu- nos uma casa num bairro Social em Camarate, que calha ser aquela na
qual ainda moro.

Frequentei a escola pela 1º vez em Cascais, mas tive de a abandonar logo, naquele
ano, por questões de saúde ..tinha na altura crises de epilépsia (doença
neurológica caracterizada por crises convulsas) e em Janeiro de 1978 fui operado
às amígdalas .

Fiz então os meus estudos primários na escola primária da Póvoa de Santo Adrião,
onde andei da Primeira á quarta classe , tendo repetido o último ano devido às
minhas dificuldades, na altura, com a Matemática .

Era no entanto bom aluno nas outras disciplinas, nomeadamente Português e Meio
Físico e Social .

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Desses tempos, lembro-me, dos passeios que fazíamos com a escola, e das visitas
de estudo, onde fiquei a conhecer muitos dos lugares Históricos de Portugal.

Fui a Tomar a Santarém, á Golegã, ao mosteiro da Batalha, ao convento de Mafra,


ao Cabo da Roca, a Peniche, e a alguns outros lugares.

Durante as férias escolares, também viajei com a minha família.

Chegamos a ir ao Porto duas vezes, com os meus avós .A primeira delas de


comboio e a segunda, no carro do meu avô .

Fomos também, duas vezes à cidade da Guarda, e uma vez, à cidade de Viseu e a
Tondela. E no dia em que completei dez anos de idade, fomos a Lagos no Algarve.

Mas creio que o melhor ano do meu ensino Primário foi o ano em que repeti a
quarta classe, pois tínhamos uma professora bastante acessível que na altura
experimentou um método novo de ensino. Tínhamos aulas no período da manhã e
algumas no período da tarde, o que quanto a mim veio a facilitar, em muito, a
minha integração com os horários de ensino no ano seguinte, quando fui para o
então denominado ciclo preparatório, que na altura era também a escolaridade
obrigatória.

Em termos de aprendizagem creio que influenciou em muito aquilo que sou hoje,
pois naquele método de ensino, a nossa professora, além de nos dar a conhecer as
realidades tanto económicas, como político – Geográficas do nosso país, deu-nos
também a conhecer factos e dados sobre outros países, alguns mesmo fora do
âmbito Europeu como a Austrália – o que me despertou o para gosto de conhecer
outras culturas bem como o mundo que me rodeia .

A minha foto da primeira classe

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Da minha vida naquela localidade ressalva o facto de eu ter, pela primeira vez
frequentado uma biblioteca aos 9 anos de idade, a da junta de Freguesia local, que
dispunha também de uma sala onde se realizavam alguns eventos culturais tais
como projecções de cinema e algumas peças de teatro .

Esse ano de 1983 foi também aquele em que me mudei para Camarate,
continuando, no entanto, a frequentar a mesma escola na Póvoa de santo Adrião
onde concluí a 4ª classe .

A minha avó premiou a minha passagem de classe com uma visita a Marrocos
onde viviam os meus tios e os meus primos e que foi digamos, o meu primeiro
regresso a África, ainda que não àquela Terra que deixara para trás, seis anos
antes e que na altura se encontrava mergulhada numa guerra fratricida que duraria
até 1994 e onde só regressaria em 199, vinte anos depois dali ter saído .

Gostei imenso de Marrocos. Convivi de perto com a cultura moura, diferente, mas
de alguma forma próxima, pois a família do meu pai é de fé muçulmana ainda que
eu não tenha sido criado naquela fé, que respeito. Norma geral sou respeitador das
ideias religiosas dos outros desde que não contrariem o respeito pela dignidade
humana e pela liberdade individual de cada um .

Assim sendo, respeito a cultura e as crenças religiosas dos outros povos e


pessoas..

A minha mudança para Camarate

Brasão da Vila de Camarate

Vim viver para Camarate por alturas de Abril de 1983, onde ainda resido, num
bairro social.

A mudança da Póvoa de Santo Adrião para aqui foi um pouco difícil para mim em
termos de adaptação, pois o meio urbano que deixara na Póvoa de Santo Adrião
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possibilitava mais oportunidades porque havia mais actividades, tal como uma
biblioteca, cinema “ á borla “ para os mais jovens, entre outras coisas .

Aqui além de ser um meio mais rural, de facto pouco havia na altura de actividades
culturais.

Além de uns poucos cafés, havia um cinema que era propriedade dos bombeiros
voluntários e dois clubes de futebol: o “Águias de Camarate “ e um outro “o Celtic “,
que entretanto desapareceu.

Por alturas dos meus treze anos ainda frequentei ginástica desportiva no antigo
pavilhão dos Bombeiros voluntários e ainda participei em dois saraus de ginástica
dos quais aqui neste portfólio apresento um diploma de participação num evento
desportivo .

Ocupava os meus tempos livres com os meus amigos a jogar ao berlinde, à bola e
brincávamos pela mata.

No entanto sempre tive alguma predisposição para a leitura e gostava de ler ...

Frequentei o ciclo preparatório com algum sucesso, tendo passado para o sétimo
onde reprovei, na altura na Escola Secundária da Amadora (onde vivi
temporariamente com a minha mãe e irmã).

Depois regressámos a Camarate onde completei o sétimo ano de escolaridade


tendo frequentado o oitavo ano que não concluí ...

Devido a dificuldades financeiras ao nível familiar tive de abandonar os estudos


...naquela época aos 16 anos ....

No entanto, posso referir que tanto no ciclo preparatório como no secundário, nos
anos que frequentei, 7º e 8º ano, era bom aluno nas disciplinas de Português,
História, Educação Visual e Inglês .

Julgo que a minha atracção por estas disciplinas, tinha a ver com o meu gosto pela
leitura e também, tal como sucedia no caso das disciplinas de História e inglês, com
alguma curiosidade não só em conhecer modo de vida de outros povos, mas
também, por exemplo, no caso específico da disciplina de História, pela relação que
poderia estabelecer entre o passado e o presente .

No caso da disciplina de Educação Visual, sempre gostei de desenhar e continuo a


desenhar até hoje ...

A disciplina de Português era uma das disciplinas de que mais gostava , e creio que
isso se devia ao facto de esta possibilitar que expusesse as minhas ideias com

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clareza, depois, com o decorrer dos anos, também me fui interessando pela sua
história e pela sua gramática .

Acho que a língua, qualquer língua, desempenha um papel importante, pois permite
que comuniquemos as nossas ideias, os nossos objectivos e permite também que
nos aproximemos dos outros e partilhemos aquilo que temos em comum o que a
torna um factor de integração privilegiado . .

A língua é também um importante factor de divulgação científica e do conhecimento


e há diferenças, de facto, quanto ao seu emprego no âmbito das ciências em
relação à linguagem corrente que utilizamos no dia-a-dia, pois nos meios “doutos “
ou cuidados, faz-se uso de uma linguagem de carácter mais técnico, utilizando se
por vezes expressões de outros idiomas (estrangeirismos) nalguns casos, de
línguas mortas como o Latim (latinismos ), e do inglês (anglicismos )

A língua desempenha também um papel relevante nos debates públicos e como


forma de apontar, censurar, delatar, denunciar ,reportar informar, e dar a conhecer
realidades sociais como forma de intervenção cívica numa sociedade .

É grande a importância da língua também na evolução do pensamento e das


mentalidades, pois é através dela, que quem inova se expressa e que os receptores
últimos das ideias geradoras de mudança acedem à informação e elaboram o seu
raciocínio crítico ou não .

O Português que está entre as oito línguas mais faladas do mundo. Há pelo menos
500 milhões de pessoas distribuídas por oito países de língua Oficial portuguesa
( Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo-Verde, São-Tomé e
Príncipe, e Timor ) e alguns territórios da Ásia (Macau, Goa, Damão e Diu e Malaca
com um dialecto arcaico do Português). Países e territórios que foram colonizados
por portugueses, e com os quais Portugal partilhou a sua identidade histórica e
cultural nos últimos 500 anos, além de algumas comunidades importantes de
emigrantes nos Estados Unidos, Canadá, África do Sul, Brasil, Venezuela e
Austrália .

A língua portuguesa desempenha um papel importante no contexto dos Países


Africanos de Língua Portuguesa como língua franca e de união entre a diversidade
de povos que ali vivem, possuidores eles próprios das suas línguas e dialectos.

No contexto que me assiste como nativo de Moçambique, devo, a título de


exemplo, referir que um habitante de Nampula dificilmente entenderia outro de
Maputo ou ainda outro de Inhambane, se não dispusesse entre o seu idioma e o do
seu interlocutor do importante recurso que é a Língua Portuguesa. Esta constitui um

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meio de comunicação privilegiado e até determinado ponto é um elemento
fundamental de união nacional do povo Moçambicano .

Creio que uma das características que sustenta a identidade nacional do povo da
terra onde nasci é precisamente o facto de podermos comunicar numa mesma
língua com a qual nos podemos entender .

A língua Portuguesa é também língua de trabalho da organização dos estados


africanos . ( OUA ) .

Tem sido importante para impulsionar os hábitos de leitura das populações, a


existência em Portugal, de uma rede de leitura pública, de bibliotecas públicas e
itinerantes, assim como uma rede de museus que, conjuntamente, possibilitam o
conhecimento dos nossos valores culturais a todos os cidadãos, reforçando a nossa
identidade nacional como um todo .

No que toca à língua inglesa creio que a minha atracção por esta disciplina na
escola se terá devido também a uma questão não só de gosto, mas também de
reconhecimento de que é de facto a língua da comunidade global

Estudo e desenvolvimento da língua inglesa

Em relação ao Inglês e ao estudo desta língua, devo acrescentar que nunca desisti
do mesmo, depois de deixar o ensino, pois sempre compreendi a importância da
língua Inglesa como língua franca que é ( língua franca é uma língua que serve de
meio de comunicação entre vários povos. Não podemos esquecer que a maior
parte das transacções comerciais a nível global, bem como dos acordos políticos
inter- estados se fazem sobretudo nesta língua.

Assim continuei a investir na aprendizagem da mesma por meios de estudo


autodidactas e para este objectivo também me foram úteis algumas aulas de Inglês
que frequentei com professores nativos, na Igreja Mórmon, onde fui baptizado e
que me ajudaram imenso, pois aprendi muito sobre a forma como os nativos
falavam.

Quero referir que, atendendo à minha experiência particular na aprendizagem de


idiomas estrangeiros, que a pronúncia e o sotaque, bem como os regionalismos,
são importantes para a integração das pessoas a nível sócio profissional, porque
aproximam as pessoas. Mas que não são de facto imprescindíveis, pois o
importante é de facto poder utilizar-se uma língua de forma clara, dando expressão
às nossas ideias e opiniões, com poucas incorrecções a nível do idioma, o que
quanto a mim é valido para o nosso próprio idioma.

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Muitos anos mais tarde, em 2006, tirei um curso de Inglês ( um curso de Verão )
no British Council no qual os testes de admissão me qualificaram para o nível C1
tendo sido classificado como Upper Intermediate ( nível avançado)..

Posso ainda acrescentar que os conhecimentos linguísticos que aprendi naquele


curso, bem como outros, de outros idiomas, que entretanto fui também aprendendo,
me têm sido úteis pois leio muito frequentemente textos escritos em Catalão, Inglês,
Espanhol. Por textos refiro-me mesmo à leitura de livros e artigos de Jornal.

Nos anos mais recentes dediquei-me me mais ao estudo destes dois idiomas: o
Catalão ( língua falada em Espanha nas comunidades autónomas do Principado da
Catalunha, em Valencia, nas Ilhas Baleares e Pitiúsas; no Principado de Andorra ;
em França na província dos Baixos Pirenéus (Roussilion e Cerdanya ) e em Itália
na Ilha da Sardenha, na cidade de Alguér ) e o Castelhano, língua falada em
Espanha e na Hispanoamérica : Países da América do Norte( México ), Central e
do Sul .

Quero referir que a língua Castelhana, originária do antigo Reino de Castela, é


muitas vezes referida (de forma errónea, uma vez que se trata de um conceito
abstracto) como sendo a língua Espanhola, talvez devido á sua projecção
internacional, devido ao facto de ser falada nas Américas, e também pelo facto
histórico do governo espanhol do General Francisco Franco, ter proibido o uso das
outras línguas espanholas, impondo o Castelhano como língua oficial e de uso
público obrigatório, em todas as esferas sociais. Embora, na realidade, se trate de
facto de uma de entre as várias línguas e dialectos falados no actual Reino de
Espanha, e dos quais se poderão destacar a título de exemplo o Galego, o Asturiau
(conhecido também por Bable, língua falada no principado das Astúrias ), o Basco
(língua ibérica sem qualquer relação com qualquer outra conhecida ), o Catalão
(com os seus seis dialectos), o Aranês (língua ou dialecto Occitano ) e algumas
outras.

No caso do Catalão estudei esta língua muito por gosto, mas também por
curiosidade e de forma quase autónoma, pois quando iniciei este estudo não
possuía livros, limitava-me a copiar frases inteiras da televisão autónoma da
Catalunha, TV3 .

Aliás, devo referir que a minha curiosidade acerca desta língua nasceu mais ou
menos na altura em que comprei uma antena parabólica, meio que tem sido
essencial para a aprendizagem e familiarização com outros idiomas e culturas .

Quanto ao Castelhano, também tenho desenvolvido competências nesta área e


para isso também contribuíram não só um estudo autodidacta da minha parte , idas
frequentes à Biblioteca do Instituto Cervantes, onde estou inscrito como leitor e o
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
site de intercâmbios linguísticos SHAREDTALK.COM, onde as pessoas propõem-
se a ensinar um idioma a outra que por sua vez lhe ensinará o seu idioma nativo ou
outro...

Tomei conhecimento da existência deste Sítio na Internet, por sugestão da minha


irmã Sílvia que vive na Alemanha há já alguns anos, que fala mais de dez idiomas,
é técnica de turismo e trabalha como hospedeira de terra numa companhia aérea
no aeroporto de Frankfurt.

Seguindo a sugestão da minha irmã, decidi inscrever-me naquele sítio Web onde
tenho estabelecido contactos com outros membros. Contactos estes, que têm sido
importantes para mim no desenvolvimento das minhas competências linguísticas ao
nível de outros idiomas .

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Seguidamente apresento uma carta em que convido um contacto do site
Sharedtalk.com a ensinar-me Castelhano, em troca de ajuda para desenvolver os
seus conhecimentos de inglês, e apresento logo em seguida, a tradução daquela
carta para a língua portuguesa.

De : Sérgio Daúde

Assunto : GUSTARIA DE PERFECCIONAR MI CASTELLANO

Data: 2009-02-19 ▪ 20:53

Hi my name is Sergio and I would like to improve my skills in Spanish (castellan). I


am a 37 year old Portuguese young man who knows how to speak Spanish, a
language I can understand due to its similarities and close geographic proximity with
my own; but due to some lack of practice added to the fact of not having anyone
whom I can talk to I am not fluently or correctly able to speak it in a proper way. I
can also speak Catalan but I really would like to improve my speaking and writing
abilities with Spanish. I also attend to the Instituto Cervantes Library in Lisbon where
I usually go and borrow books.from I’ve started out going there nearly two years ago
with the fine aim of learning Catalan, which I did with relative success. I’ ve even
studied Spanish but also due my lack of habit I really didn’t develop much speaking
abilities . You can take today; this very day... I went to Instituto Cervantes early this
morning to request a brand new card... I had to speak with the head section chief
and the assistant... the assistant spoke Portuguese but the conversation ran in
Spanish. I could understand what they were saying but as a participator when it
was my turn to do the talking to do my talking I had to speak an hybrid of Spanish
and Portuguese (a major problem.. ) and then carried on my speech in Catalan, a
language I am more fluent in than Spanish (castellan) as surprisingly as it may be.
As for the teaching and helping you develop your own skills with English allow me to
say that I am completely willing to help you as I have been studying English for
years and have acquired a good proficiency. A story that in due course if you accept
my invitation I will be able to tell you.

Hope you can help me then.

Sincerely

Sérgio Daúde

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Gostaria de aperfeiçoar o meu Castelhano ( Espanhol )

Olá! Chamo-me Sérgio e gostaria de melhorar as minhas competências com a


língua castelhana. Sou um jovem português de 37 anos com alguns conhecimentos
de Castelhano, uma língua que entendo devido á sua parecença e proximidade
geográfica com a minha própria, mas que devido a alguma falta de prática,
acrescida do facto de não ter alguém com quem falar, não sou fluente ou
correctamente habilitado no domínio da mesma.

Também sei / falo catalão, mas gostaria realmente de melhorar as minhas


competências ao nível do castelhano, tanto a nível falado como escrito.

Também frequento a biblioteca do Instituto Cervantes de Lisboa onde me desloco


com alguma frequência (de vez em quando ) e costumo requisitar livros ...

Comecei a ir lá , há cerca de 2 anos com o fino propósito de aprender catalão, o


que fiz com relativo sucesso .

Cheguei mesmo a estudar Castelhano, mas devido à minha falta de prática não
desenvolvi muitas habilidades a nível falado .

Poderá tomar, a titulo de exemplo, o que se passou .neste preciso dia ....

Esta manhã fui ao Instituto Cervantes para requerer / pedir um novo cartão ... tive
de falar com a chefe de Biblioteca e com a assistente. A assistente falava português
mas a conversa entre ela e a chefe da Biblioteca decorreu em Castelhano e eu
percebi o que diziam, mas como participante,quando chegou a minha vez de falar
tive de utilizar um híbrido de Castelhano e Português (o que gerou uma certa
confusão) e tive então de recorrer ao meu conhecimento de Catalão uma língua em
que, por ora, sou mais fluente do que no Castelhano por mais surpreendente que
possa parecer ...

No que respeita / a ensiná-la e a ajudá-la a desenvolver as suas competências em


Inglês permita-me que lhe diga, que estou completamente, disposto a ajudá-la, pois
estudei Inglês durante muitos anos e adquiri uma boa proficiência ao nível desta
língua .

Esta é uma história que a seu tempo, se aceitar o meu convite, poderei contar-lhe.

Espero, então, que me possa ajudar,

Muito atenciosamente

Sérgio Daúde
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Quando comecei a estabelecer contactos com outros membros do site com vista a
melhorar os meus conhecimentos tanto de Língua Castelhana como de Língua
Catalã, propunha-me a ensinar (ou a partilhar ), com os restantes membros os
meus conhecimentos de Língua Inglesa.

No entanto, apercebendo-me de que há um grande interesse, por esse mundo fora,


pela aprendizagem da Língua Portuguesa, propús-me também a ensinar (mais
própria e modestamente a ajudar) outras pessoas a aprender o nosso idioma, para
tal, enviando-lhes alguns resumos de gramática portuguesa, bem como alguns
artigos dispersos, que encontrava na Internet, com o intuito de que este material
servisse de meio de apoio àqueles que quisessem aprender Português.

Entretanto, com o objectivo de criar uma plataforma, que permitisse de algum


modo, dar a conhecer não só os aspectos morfológicos da língua portuguesa, mas
também a cultura portuguesa e as outras culturas lusófonas decidi criar um blog na
Internet a que dei o nome de WWW.TeachingtheWorldPortuguese.blogspot.com, no
qual disponibilizo a informação, em Português, Castelhano e Inglês.

Tenho por público alvo os meus contactos do site Sharedtalk.com, bem como todos
aqueles que queiram visitar o blog…

Neste blog tenho “postado”, não só artigos relacionados com o ensino da Língua
Portuguesa e algum vocabulário, mas também dados sobre a história e evolução da
nossa língua, sobre diversos elementos culturais de alguns países africanos de
expressão portuguesa, tais como receitas gastronómicas,os usos e costumes.

Como forma de possibilitar o acesso a informações complementares a todos


aqueles que eventualmente queiram pesquisar mais sobre a Língua Portuguesa,
tenho também fornecido alguns links, tanto em Língua Inglesa, como Castelhana
para páginas da Wikipédia, bem como também a páginas de outros sítios Web de
interesse, sobre o ensino da nossa língua e mesmo do de outras, como é o caso do
site www.speaklanguages.co.uk, que possibilita alguns elementos básicos de
alguns idiomas europeus, de entre eles o Português .

Também, para tornar a navegação mais atraente dentro do site, coloquei nas suas
barras laterais algumas outras aplicações informáticas, tais como citações e barras
de ferramentas que permitem o acesso ao motor de pesquisa Google, além de
passatempos, por exemplo.

Já tenho recebido alguns E-mails de visitantes, que têm elogiado a minha página.

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Conclusão do 9ªano

Deixei o ensino formal antes dos 18 anos sem ter concluído o 9ºano,e pesem
alguns esforços meus nesse sentido, tal como a frequência do curso geral nocturno
(7º , 8º e 9º ano ) onde concluí apenas seis das 9 cadeiras propostas, só consegui
terminá-lo aos 31 anos através do processo RVCC.

O facto de não ter o 9ºano era para mim, grosso modo, uma espécie de “pedra no
sapato “,pois na altura ainda se exigia o 9ºano para muita coisa, embora talvez não
tanto como na altura em que deixei a escola, pois já se começava a pedir o 12ºano
também

Tal como acontece no processo em que me encontro também pus bastantes


expectativas e bastante empenho naquele processo RVCC .
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Soube do referido processo aquando de uma convocatória da parte do Centro de
Emprego para uma sessão colectiva de informação sobre técnicas de procura de
emprego .

Um dos técnicos sugeriu que me inscrevesse num centro de RVCC e deu-me o


contacto de uma entidade a ANEFA que na altura organizava e promovia processos
de validação de competências no âmbito das novas oportunidades, que na altura
apenas abrangiam o 9ºano de escolaridade.

Foi portanto uma sugestão a que acedi muito prontamente, pois logo após a
conclusão daquela sessão no Centro de Emprego tratei de procurar saber onde era
e quais os meios necessários para aceder aquele tipo de formação .

Informaram-me que aquela acção formativa decorreria na Casa da cultura de


Sacavém e que teria uma duração variável atendendo ao perfil do candidato

No meu caso, todo o processo teve uma duração de aproximadamente 90 dias e


devo dizer que da minha parte aprendi bastante durante o processo que exigiu que
estudasse, pelo menos, ao nível da Matemática e da cidadania.

Posso acrescentar que foi com grande emoção que finalmente pude realizar aquele
sonho .

A minha entrada no mundo do trabalho deu-se entre os 16 e 18 anos, altura em que


fui trabalhar na construção civil como servente de pedreiro, actividade onde aprendi
algumas coisas tais como fazer massa, assentar tijolos e rebocar paredes além de
aprender a organizar o meu posto de trabalho, a ser humilde, a ter em atenção os
que hierarquicamente estavam acima de mim e a ter zelo pelo trabalho que faço,
característica e atitude que tomo em relação a todo o tipo de trabalho que realizo.

Aos 18 anos de idade ( em 1990 ) tirei um curso de formação profissional de


Electromecânico de Refrigeração no antigo FORPESCAS ( Centro de Formação
para o Sector das Pescas ), hoje FOR-MAR, que concluí com aproveitamento.

O curso que foi ministrado em horário semi-laboral com aulas das 14 às 22 e teve a
duração de 900 horas, a que se seguiu um estágio profissional de seis meses .

Durante o curso e como apoio à actividade de electromecânico de frio, que


futuramente iríamos realiza, tivemos uma cadeira de Electricidade Teórica e outra
de Práticas de Electricidade, além de uma outra de Desenho Esquemático de
Electricidade .

Nas aulas teóricas aprendemos os conceitos básicos de electricidade (teoria


electrónica, o átomo, as unidades eléctricas, Volt, ampere, ohm; as leis de ohm, as

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leis de Joule, magnetismo ) e alguns outros já de alguma complexidade, tais como
a corrente contínua, a corrente alternada (monofásica e trifásica ) e os motores
eléctricos. Nas aulas prácticas, montámos vários esquemas de sinalizações
luminosas de defeito e avaria ( este tipo de montagens eléctricas é, em tudo,
semelhante àquele empregue nos semáforos ), além de arranques de motores,
conhecimentos que assimilei e que despertaram em mim a atracção por este
campo da indústria.

Além das disciplinas que referi tivemos também disciplinas de Português , Inglês
Técnico e Legislação Pesqueira, disciplinas que tinham em vista enriquecer o nosso
conhecimento geral e facilitar a integração no mercado de trabalho .

Não tive de facto muita sorte com o curso em termos de colocação no mercado de
trabalho e até porque as poucas aulas praticas e teóricas de refrigeração não
possibilitaram um grande desenvolvimento na parte que toca à refrigeração em si.

Além disso, não voltei a trabalhar em refrigeração desde então ...não porque não
quisesse, mas porque por causa da minha pouca idade alguns associavam-na à
falta de experiência e, noutros casos havia também a questão de eu ter já
ultrapassado os 20 anos, o que implicava para algumas entidades empregadoras,
terem de me pagar o salário num escalão de pessoa adulta .

Logo após a conclusão do curso, estagiei nas empresas FRISSUL e TERMICA que
se dedicavam uma, a FRISSUL, à distribuição e armazenamento de produtos
congelados e a outra, TERMICA, `a reparação e manutenção de equipamentos
frigoríficos, nomeadamente de arcas, armários e vitrinas frigoríficas (ambas as
empresas eram pertença do mesmo proprietário, funcionando as duas no mesmo
recinto ).

Do curso e do estágio, a nível de refrigeração aprendí igualmente pouco .

Aquilo que posso ressalvar é que ao nível da electricidade, tanto ao nível teórico
como prático, pude aproveitar imenso, até porque essa tem sido fundamentalmente
a minha área de trabalho, aquela em que também com dedicação, empenho e auto
didactismo tenho investido os meus melhores esforços. Trabalhei primeiro como
ajudante, depois como pré-oficial e ultimamente já como electricista .

No âmbito desta profissão, quando me refiro ao meu empenho e dedicação ( e até


a algum auto didactismo ) falo de todos os esforços por mim encetados, até à data,
com o intuito de adquirir conhecimentos teóricos e práticos nesta área .

Assim sendo, com o passar dos anos fui procurando valorizar os meus
conhecimentos, adquirindo livros, estudando por mim mesmo .e fazendo muitas das

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
montagens básicas que um electricista deve saber fazer, em casa, tais como
derivações simples, comutações de lustre, comutações de escada, comutações de
escada com inversor, comutações de escada duplas, além de alguns outros
esquemas de iluminação, e ligação de campainhas e inclusive ligações de
automáticos de escada e telerruptores . .

Além desta auto-formação também tenho desenvolvido algumas competências na


área da serralharia, tendo inclusive aprendido a soldar com o auxílio de livros, e
algumas explicações e muita prática individual em casa, onde tenho uma oficina na
qual posso com os equipamentos e materiais necessários que possuo, fazer a
prática simulada de instalações e métodos de trabalho que depois transponho
para o local de trabalho.

vista de um quadro de práticas oficinais de electricidade


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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Foto da Oficina que construí para apoio ao desenvolvimento da prática em
ambiente laboral
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Tenho visitado feiras industriais como a SIMAC (bienal ) ou a TEKTONICA (anual )
para me inteirar dos novos avanços em termos de equipamentos e muito
naturalmente utilizado a internet, consultando os sítios e os manuais dos
fabricantes .

No plano deontológico e legal faço uso dos regulamentos técnicos tanto para as
instalações eléctricas em edifícios colectivos como para as de telecomunicações
em edifícios (nomeadamente os novos regulamentos ITED - Infrastruturas de
Telecomunicações em Edifícios ) .

Refiro que os regulamentos ITED surgiram como resposta á evolução no campo


das tecnologias de informação para permitir dotar os edifícios a nível da construção,
de estruturas que permitissem a inclusão daquelas tecnologias evitando obras
adicionais .

É na perspectiva de qualquer electricista, e mesmo de alguém que projecta uma


instalação eléctrica, de suma importância conhecer as normas legais e técnicas que
regem a sua profissão bem como as normas e regulamentos de segurança a ela
associados .

Isto, porque a correcta utilização e aplicação das regras técnicas ou não , afectará
os utilizadores finais, que são os eventuais utilizadores da instalação eléctrica, pois
para além do conforto, da comodidade, e do bem-estar que a electricidade nos
proporciona este bem acarreta também vários perigos, que poderão afectar a
segurança de pessoas e bens ( tais como incêndio e electrocussão por exemplo ).

Na minha vida profissional e nas actividades que desenvolvo costumo reger-me


tanto pelas normas legais que regulam as actividades que desempenho em si,
pelas normas de segurança, como por aquelas que pelo sentido do dever para com
as entidades empregadoras se impõem tais como chegar assídua e pontualmente
ao local de trabalho, cumprir com empenho e zelo as funções que me são
outorgadas e as tarefas que me são atribuídas, manter um respeito saudável
relativamente à entidade empregadora e aos meus superiores hierárquicos etc...

Identifico-me com estes valores pois eles ajudam a manter a ordem e a


organização no local de trabalho, minimizando os conflitos, o que contribui para que
haja uma maior produtividade da própria empresa .

Em acréscimo refiro a importância que têm , ainda que por vezes não seja do
agrado de alguns técnicos, a existência de entidades certificadoras como a

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CERTIEL ou a Direcção Geral de Energia, responsável pela implementação e
harmonização das normas e regulamentos que regem este sector .

As normas portuguesas NP baseiam-se nas normas EN da CENELEC ou comissão


Electrotécnica Europeia, que por sua vez orienta as suas disposições pelas da IEC
(Comissão electrotécnica Internacional). Estas normas são adaptadas aos locais
de utilização de energia eléctrica bem como ao tipo de utentes mais prováveis do
mesmo .

Existe também um código de conduta para os técnicos que prevê coimas e sanções
para os técnicos que não cumpram as regras e que prevêem em ultima instância a
cassação da licença ou da carteira profissional.

O campo da indústria Electrotécnica é bastante amplo, abrangendo não só as


diversas instalações colectivas, mas incluindo também instalações de detecção de
incêndio e de telecomunicações ( que dispõem de regulamentos próprios ) de
ventilação entre outros.

É importante adiantar também que nos anos mais recentes a tendência da


normalização seja das regras técnicas, seja dos materiais, tem tido em conta as
preocupações ambientais e a poupança de energia e, em alguns casos, vai no
sentido da aplicação de energias alternativas renováveis (são aquelas que se
renovam e portanto não são um recurso esgotável como o petróleo) para a
produção de energia eléctrica .

- No contexto profissional organizo o trabalho da seguinte maneira :

- Vou a casa dos clientes munido de um bloco de papel, uma fita métrica e procuro
averiguar quais são as suas necessidades, levando as ferramentas necessárias
(quando se trata de verificar e reparar uma avaria ).

No caso de efectuar uma instalação eléctrica: faço primeiro um croquis e um


pequeno estudo de avaliação do trabalho e do material necessário para depois, de
acordo com as necessidades, procurar dar um orçamento geral da obra.

Seguidamente tento fazer uma planta na qual implanto um esquema de ligações e


procuro fazer o meu trabalho tendo por base a planta ( cada circuito eléctrico
corresponde a um desenho e planta que integra os símbolos referentes a esse
esquema ), atendendo sempre às normas técnico-legais bem como aquelas
respeitantes aos riscos eléctricos (electrocussão , incêndios entre outros ) .

Sobreponho sempre os regulamentos de segurança aos interesses do cliente, se


estes colidirem com aquelas regras, procurando também fazer o meu trabalho de
forma asseada e organizada , não privando o cliente do seu conforto e minimizando
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
o impacto do meu trabalho na sua vida e hábitos diários. Se não puder concluir o
trabalho naquele dia, tomo as devidas precauções para deixar a área de trabalho
sem carga eléctrica ( ou seja deixo tudo desligado ), evitando também que aquela
área possa, de algum modo, durante a minha ausência, ficar em carga .

- Só efectuo a ligação da área ao quadro de alimentação depois de concluídos


todos os trabalhos para evitar que alguém ligue, acidentalmente, o quadro. Como
norma geral não efectuo trabalhos em carga, só procedo à ligação dos vários
dispositivos à linha eléctrica, em condições de segurança no fim dos trabalhos e
tenho também em atenção a existência ou não de crianças nas casa dos clientes,
orientando a planificação original do trabalho tendo este factor em conta .

No contexto de outros trabalhos, refiro-me àqueles que efectuo nas obras de


construção, tenho em conta o nível de saberes dos outros, embora saiba, que isto
sendo uma achega não é um dado de absoluta segurança e garantia contra
possíveis riscos .

Confiro e verifico o trabalho dos outros antes de começar a trabalhar e quando por
razões profissionais este me é outorgado para que o continue e verifico se está
tudo bem ligado e de acordo com as normas actuais .

Acho que o trabalho de equipa é importante tanto no ramo da construção como


noutros domínios de actividade pois o trabalho se for bem coordenado torna-se
mais rápido e melhor estruturado .

Os restos de fios e dos cabos eléctricos descarno-os e aproveito o cobre para


vendê-lo no ferro-velho , onde será revendido para as fábricas onde será
posteriormente reciclado e transformado em outras coisas : novos cabos eléctricos
etc.. ,

A reciclagem deste material ( o cobre ) bem como de outros materiais tem como
efeito uma maior poupança dos recursos naturais pois utilizamos e reaproveitamos
materiais que já foram extraídos no caso do cobre ...e quem diz do cobre diz do
papel por exemplo .

Reciclando o papel por exemplo evitam-se o corte de muitas arvores , assim como
utilizando-se os aglomerados de madeira na fabricação de mobiliário .

Outras Formações

Para além do curso de formação de Electromecânico de Frio a que fiz referência


anteriormente por alturas de Outubro de 1999 com o intuito de me valorizar tirei
também um curso de Informática na óptica do utilizador , na entidade formadora
Microdáctil .
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
O curso que teve a duração de cerca de 90 horas incidiu especialmente sobre o
Office, conjunto de programas da Microsoft destinados à utilização primariamente
num escritório e que consta basicamente de uma folha de cálculo Microsoft Excel ,
um apresentador de diapositivos Microsoft PowerPoint , um editor de texto completo
( a meu ver ) Microsoft Word , um gerenciador de E-mails Microsoft Outlook além de
algumas outras funcionalidades ...

Para além de aprendermos a utilizar estas ferramentas informáticas a nossa


formação abrangeu também alguns conhecimentos de Internet e de MS-DOS um
sistema operativo , que antecedeu o Windows ( que já vai na versão Vista havendo
já uma versão beta da Windows 7 ) .

Além dos conhecimentos que aprendi neste curso e que aplico na minha vida diária
a vários níveis, também tenho podido desenvolver outros a nível informático.

Refiro-me à utilização de outros programas e aplicações informáticas para as quais


não tive qualquer formação específica mas que são em termos de lógica e
metodologia de trabalho muito semelhantes aqueles do Office .

Continuando a referir as minhas outras formações no âmbito das Tecnologias de


Informação, no Verão de 2001,com o intuito de valorizar os meus conhecimentos
informáticos tirei, na instituição NHK, que ministra vários cursos na área informática,
um curso de Internet Explorer e um curso de Técnico de Hardware com a duração
de 30 horas, que incidiu sobre a montagem e configuração de PCs e do respectivo
Hardware (a parte física dos computadores com os respectivos dispositivos
externos como impressoras, monitores etc.. ).

Neste último curso aprendi a montar computadores de raiz, a configurar o hardware


e a instalar os sistemas Operativos (software que num sistema informático serve de
interface a todos os programas aí instalados).

No contexto privado, este curso foi e tem sido uma mais valia ,pese o facto de no
contexto profissional nunca ter tido oportunidade de fazer uso dele ainda que o
tentasse, fosse concorrendo a vagas ou enviando currículos para empresas que
eventualmente, necessitassem de alguém para esse tipo de trabalho.

Talvez a maior das invenções , e dos desenvolvimentos tecnológicos introduzidos


ao nível das tecnologias de informação tenha sido a do próprio computador.

O computador é uma máquina electrónica, que funciona por meio de programas


(software ) e é caracterizada por possuir memória, por funcionar a alta velocidade e
por processar grande volume de informação, possuindo além dos seus “digamos
órgãos internos “ (disco rígido, placa-mãe, unidades de leitura e gravação de discos

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
amovíveis como cds, DVds e Blue-ray ) , “órgãos externos “ que se denominam
periféricos, que são conectados aos internos por meio de cabos, tais como as
impressoras, scanners etc...

Nos últimos anos os periféricos dos PCs, tais como os monitores por exemplo
desenvolveram-se bastante, tanto no tamanho como a nível da resolução de
imagem, que é em termos técnicos, o produto do número de linhas que o monitor
pode apresentar pelo número de pixéis que compõem cada linha (pixéis são os
pontos luminosos do monitor ) .

Os tradicionais monitores CRT estão a ser ultrapassados pelos monitores LCD ( de


cristais líquidos e de plasma ) e as vantagens são muitas pois enquanto nos
monitores CRT a imagem treme ( o que ocasiona que o cérebro humano tenha que
a interpretar de forma a compreender a imagem correcta ) nos monitores LCD e
TFT a imagem não cintila, além de serem planos, são mais estéticos e menos
volumosos .

A invenção do computador nasceu da necessidade sentida pelo homem, desde


tempos mais remotos, de efectuar e proceder a contagens e também da
necessidade de guardar as informações obtidas, pois a capacidade de
memorização do homem é limitada e nem sempre fiel .

Para facilitar os cálculos e torna-los mais céleres o homem, ao longo dos tempos,
foi inventando dispositivos tais como o cordão com nós e o ábaco, que ainda
existe, tendo sido igualmente importantes a evolução da escrita e do papel no
âmbito do registo e o arquivo das informações.

A informação digital dentro do computador utiliza a linguagem binária que se


compõe de zeros e uns (0 e 1) que serve para harmonizar a relação entre o
Hardware (componentes) e o software (parte lógica ou programas ).

Para que isso aconteça estabeleceu-se um sistema que tem como unidade singular
o bit (0 e 1 )e que se compõe de um conjunto de 8 unidades destas para formar um
byte .

Um byte (unidade que tem múltiplos (kilobyte, megabyte, Gigabyte, Terabyte)


representará assim 256 caracteres ou símbolos numéricos ou de escrita, tendo por
base os estados de 1 bit ( 2 estados :0 e 1 ) e o conjunto do número de bits assim :
2 x 2 x 2x2x2x2x2x2 = 256 )

Os computadores modernos foram evoluindo, gradualmente, até aos finais da


década de 70 do século XX, desde as grandes máquinas de cálculo, algumas
ocupavam mesmo salas inteiras, até aos modernos portáteis, práticos, cómodos e

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
transportáveis. Parte da tecnologia aplicável ao desenvolvimento dos computadores
também veio revolucionar outras indústrias e a criar novos equipamentos que
aplicam tecnologias semelhantes.

Falo da aplicação da informática aos chamados autómatos programáveis, máquinas


industriais, que possuem sistemas e linguagens de programação especificamente
adaptadas ao seu comando e funcionamento e de equipamentos tais como os
telemóveis, por exemplo, que possuem tecnologias similares às dos computadores.

Nas artes o computador pode ser utilizado na criação de cenários virtuais, de


efeitos especiais (no cinema e na televisão ), na produção de videojogos e na
música, por exemplo .

Outra evolução no domínio do computador foi a de uma interface gráfica tal como o
Windows (na qual o utilizador pode interagir com os programas ), pois tornou o uso
do computador mais acessível a todos, desobrigando os utilizadores da
aprendizagem e memorização de códigos e linguagens de programação como
sucedia com o MS-Dos, tornando os PCs (computadores pessoais ) mais amigos .

O computador como instrumento e equipamento de trabalho a nível institucional


tem imensas vantagens no arquivo e armazenamento de dados e de informação ;
na criação e desenvolvimento de projectos em várias áreas como a Indústria, a
saúde, as telecomunicações ,da multimédia e dos audiovisuais , ou ainda nas artes
e na música .

Algumas profissões usam mais o computador do que as outras, é verdade. Mas


mesmo aquelas que o usam pouco são afectadas, de um modo ou de outro, pela
sua existência.

No contexto profissional não utilizo muito o computador directamente na área de


electricidade, embora recorra a ele como forma de obter informações técnicas, ou
elaborar desenhos técnicos(com recurso a programas de desenho assistido por
computador ou CAD) e documentos, no entanto em algumas áreas como a
manutenção, reparação, programação de robots industriais, é importante o uso de
linguagens técnicas de programação adequadas como a Grafcet e outras,
associadas, à indústria eléctrica e actualmente imprescindíveis.

Hoje em dia muitas empresas quando apresentam ofertas de trabalho exigem que
os candidatos possuam as competências básicas em tecnologias de informação
tais como enviar e-mails , navegar na internet, utilizar os programas do Office da
Microsoft ou similares ou ainda, em casos mais específicos tais como nas áreas
financeiras e de gestão, as ferramentas electrónicas adequadas á actividade.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Apesar de todas as vantagens que o desenvolvimento de novas tecnologias e
equipamentos trouxe no plano social, este tem em certa medida causado algum
impacto negativo também na área do emprego por exemplo.

Muitas das grandes fábricas (nos anos oitenta e noventa por exemplo) onde se
introduziram os robots industriais despediram muitos trabalhadores para reduzirem
os custos de mão- de- obra e de produção. A introdução dos computadores em
muitas áreas de actividade, levou portanto a que houvesse muitos despedimentos.
Na área das telecomunicações a introdução das centrais digitais veio por assim
dizer, “ roubar “ o trabalho a muitas telefonistas. No entanto, muitos negócios novos
formam-se e outros desaparecem e é claro que com estes avanços tecnológicos
desaparecem umas profissões e acabam por aparecer outras , Talvez seja este o
preço que alguns de nós nos vejamos obrigados a pagar face ao desenvolvimento
tecnológico .

Um dos usos do computador que faço no contexto privado está relacionado com a
minha procura do desenvolvimento de competências profissionais , e prende-se
com a busca de informações técnicas sobre os diversos equipamentos e produtos
pertinentes às áreas da Electricidade e Informática por exemplo, além da área do
lazer .

Para isso recorro à internet que é uma rede global de computadores e de


servidores (computadores que armazenam páginas da internet ) e que permite a
muitos milhões de utilizadores partilhar e trocar informações .

A Internet é um meio de comunicação( na minha opinião) interactivo em especial se


o compararmos com a televisão (também já existe televisão interactiva ), pois o
utilizador procura e age sobre a informação de acordo com os seus interesses, ao
contrário do que sucede nos meios de comunicação não interactivos, onde
recebemos a informação de forma passiva sem qualquer intervenção da nossa
parte.

Através da utilização da internet procuro obter informação generalista sobre os


mais variados temas, desde as novas tecnologias, temas sociais, psicologia, ciência
e livros de todos os géneros, em língua portuguesa e em língua inglesa, castelhana
e catalã e, às vezes, procurando informação também em francês e italiano (línguas
que compreendo, mas não domino ). Sou bastante crítico quanto aos abusos que a
internet permite como a pornografia infantil e as fraudes que ocorrem decorrentes
da má gestão deste recurso importante.

Infelizmente, os abusos a que me refiro também incluem o campo ideológico com a


disseminação de ideias machistas, racistas e xenófobas e de informações
cientificamente pouco claras.
47
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
A evolução das tecnologias de Internet também tem progredido ao longo dos anos
permitindo a utilização de redes sem fios através de placas de rede que possuem
uma antena que transmite o sinal de rede codificado a baixa frequência, o que tem
como vantagem a grande mobilidade da recepção de sinal da internet a parti, por
exemplo de um computador portátil sem ter de o ligar à linha telefónica, além de
poupar a utilização de uma profusão de cabos .

Uma rede de computadores simplificada consistirá em dois computadores ligados


entre si através de um cabo que liga às respectivas placas de rede (placas que
descodificam o sinal de rede ou internet dentro do computador ) estando um deles
configurado como servidor ou computador principal e ligado a um modem que por
sua vez descodifica o sinal de rede vindo do exterior (do provedor de serviço de
distribuição de rede ) e o outro como cliente. Claro as redes poderão ser muito
maiores abrangendo vários edifícios e milhares de cabos .

Outras actividades profissionais...

Depois do estágio Profissional na Frissul- Térmica a que já me referi, ao longo


destes 18 anos fui tendo outros empregos, como é óbvio.

Trabalhei em algumas empresas de segurança como vigilante. Nessas empresas


onde fiz um pouco de tudo (recepção e encaminhamento de visitantes, rondas
,controlo e abastecimento de combustíveis, controlo de acessos de pessoas e
viaturas entre outras coisas ) os funcionários de seguranças, como está
regulamentado, têm de usar um fardamento que deverá estar apresentável, pois o
asseio, e a boa apresentação pessoal são fundamentais uma vez que o vigilante é
muitas vezes o rosto ou a face visível da empresa para a qual trabalha e serve de
interface entre aquela e a empresa cliente e de igual modo entre esta última e os
seus respectivos clientes.

Naquela actividade as regras de conduta são as mesmas que para qualquer outra,
implicam respeitar a entidade profissional, abster-se de práticas que possam pôr
em perigo o bom nome da empresa para a qual se trabalha ou da empresa cliente,
manter o sigilo profissional acerca das actividades realizadas e sobre as instalações
do cliente, ser bom juiz e árbitro na gestão de conflitos que porventura surjam no
seu dia-a-dia, ser assíduo e pontual entre outras coisas.

O sector da vigilância privada está em crescente expansão e abrange desde o


transporte de valores, a instalação, manutenção de sistemas de alarmes, a guarda
de valores e documentos (impressos e em suporte informático), a guarda e
vigilância dos mais diversos tipos de instalações (fabris, industriais, comerciais )
tanto no domínio público como no privado, ou mesmo funções de recepção e
encaminhamento de visitantes.
48
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Os meios materiais dos quais o vigilante se serve no seu local de trabalho poderão
ser muitos e variados ou nenhum em particular, valendo-se o vigilante sempre da
sua intuição e bom senso. No entanto os meios materiais poderão consistir em
rádios, walkie-talkie, lanternas, relógios de ronda e todo um aparato de outros
meios que poderão incluir câmaras de vigilância, veículos de vários tipos, meios
informáticos etc...tudo de acordo com as exigências específicas dos clientes em
causa e de acordo também com o perfil do vigilante.

No que tange à formação específica nesta área todos os vigilantes deverão


frequentar uma acção de formação no conhecimento das regras e normas de
segurança, dos meios de prevenção de incêndio e de outros riscos. Essa formação
deve envolver as normas e disposições legais que afectam e regem a actividade da
Vigilância Privada , acção de formação que costuma ter o testemunho presencial de
um subchefe da Polícia de Segurança Pública ou de outra autoridade equivalente
(GNR por exemplo). O organismo que tutela a actividade de Vigilância Privada é o
MAI (Ministério da Administração Interna.

Posso dizer que gostei de trabalhar como vigilante, pois aprendi muita coisa e
sobretudo a fazer uso de alguma paciência, tolerância e bom senso.

Para além destas passagens pela área da Segurança e Vigilância trabalhei também
algumas vezes em firmas de distribuição e na construção civil, em diversas
actividades relacionadas com a área da electricidade e outras.

Trabalho na construção civil

Uma grande parte da minha vida laboral, pese a minha incursão noutras áreas de
actividade , tem-se feito na construção civil, razão pela qual não poderia deixar de
referir esta área.

Como já referi comecei a trabalhar na construção civil como servente de pedreiro,


entre os 16 e os 18 anos. Aos 18 anos frequentei uma acção de formação de
electromecânico de refrigeração, na qual tive o meu primeiro contacto com o
trabalho relacionado com a electricidade, naquele caso industrial.

Nesta área da electricidade de construção civil trabalhei como ajudante, como pré-
oficial e finalmente como electricista em várias obras importantes tais como as
obras da Expo, as da Caixa Geral de Depósitos, as do Colombo e nas do Jumbo de
Alfragide, e as do túnel do Rossio, entre outras. Neste momento encontro-me em
fase de obtenção de carteira profissional.

Esta é uma área de que eu gosto e onde, até muito recentemente, tenho
trabalhado. .

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
A maior parte dos equipamentos e sistemas técnicos que possuímos hoje em dia,
em nossas casas, funcionam com o recurso à energia eléctrica .

Vou começar por falar dela......

A corrente eléctrica é, por definição técnica, a circulação de electrões livres entre


dois pontos de um corpo condutor. Os electrões são partículas que gravitam em
redor de um núcleo que contém partículas neutras, os neutrões, e partículas
negativas ,os protões . Isto assemelha-se um pouco ao sistema solar . Ao conjunto
dos núcleos e dos seus electrões chama-se átomo. Refira-se que toda a matéria é
constituída por átomos e o conjunto destes forma as chamadas moléculas que, por
sua vez, constituirão os corpos e as substâncias ....Chamam-se em Física electrões
livres aos electrões que se podem libertar do seu átomo .

Podem diferenciar-se dois tipos de corpos quanto à característica de possuir


electrões livres e que são os condutores (essencialmente os metais ) e os Isolantes,
que não possuem electrões livres ( tais como vidro, porcelana, plásticos etc...).

Uma corrente eléctrica pode ter vários efeitos, que podem ser químicos ou físicos
consoante a natureza do corpo atravessado .

Entre os vários efeitos contam-se : O calorífico, que é utilizado para a iluminação,


e também para o aquecimento . Os ferros de engomar e os aquecedores utilizam
este princípio.

No caso da iluminação, a resistência nas lâmpadas é composta de um filamento de


tungsténio, que fica incandescente sob o efeito da passagem de da electricidade,
dentro de uma ampola ou invólucro de vidro contendo vácuo ou um gás raro, como
o crípton.

O efeito químico – quando se faz passar uma corrente eléctrica por meio de dois
eléctrodos, produz-se uma troca de electrões e por conseguinte, uma troca de
matéria de um eléctrodo para o outro . A esta troca chama-se electrolise .

Este princípio é usado na indústria para refinação de alguns metais (alumínio e


ouro ) e para a galvanoplastia ( prateamento ou niquelagem, por exemplo, que
significa depositar um metal sobre outra matéria . Os chamados “banhos “ )

O efeito magnético – A electricidade também poderá produzir ímanes artificiais .


Este princípio (indução electromagnética tem um campo de aplicações muito vasto
e é aplicado por exemplo :

Nos motores eléctricos, nos transformadores, nos trincos eléctricos das portas de
muitas casas, e num grande número mecanismos para vários aparelhos eléctricos.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Para se ter um conceito mais ou menos exacto do que é a electricidade, é
importante saber também distinguir alguns conceitos com ela relacionados como,
por exemplo, a intensidade, a resistência, a potência e o consumo e conhecer
também as unidades em que aqueles se expressam.

A electricidade, como já disse, é produzida a nível industrial por geradores,


existindo, na realidade, dois tipos principais de máquinas geradoras de
electricidade, os dínamos ( que produzem corrente continua ) e os alternadores que
produzem corrente alternada, que é a que utilizamos nas nossas casas e que a
nível da produção implicam menores perdas de energia do que os dínamos, e são
os mais utilizados.

Para dar um exemplo do que é a diferença de potencial (voltagem ), posso


acrescentar que o gerador ( de qualquer tipo ) actua como se fosse uma bomba de
electrões .

Assim, existe uma depressão nos seus terminais de saída a que se chama
diferença de potencial e que é expressa em volts (símbolo V ) . Se se medir com
um aparelho adequado (voltímetro) a diferença de potencial nos terminais de saída
de uma tomada de corrente em casa, ( que poderemos considerar como a fonte de
alimentação equivalente ao gerador ) encontraremos um valor que oscila entre 220
e 230 Volts . Esse valor chama-se tensão eléctrica .

A intensidade de corrente ou amperagem é o fluxo de corrente ou de carga


eléctrica que passa num circuito na unidade de tempo, e expressa-se em amperes
(símbolo A ).

A resistência eléctrica é, de uma forma mais simples, a oposição que um dado


material oferece à passagem de corrente eléctrica. Em termos práticos poderemos
definir como resistência, um material que permite à energia eléctrica transformar-se
em energia calorífica como por exemplo o filamento de tungsténio de uma lâmpada
eléctrica. A unidade na qual o valor da resistência eléctrica se expressa é o
Ohm(símbolo Ω).

A Potência eléctrica - A Potência eléctrica exprime-se em Watts (simbolo W).

A Potência eléctrica avalia-se tendo por base a quantidade de energia absorvida


por um aparelho ligado e é calculada pelo produto da tensão pela amperagem, o
que está na origem de uma outra lei da electricidade conhecida por lei de Watt.

O consumo – O consumo expressa-se em watts ./ hora e é a potência absorvida


pela unidade de tempo. É calculado multiplicando a potência em kW de um
aparelho pelo tempo de utilização em horas .

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Além da electricidade e dos seus efeitos intervém também no funcionamento da
maioria dos electrodomésticos outros fenómenos da física como o calor e a
temperatura. O calor é uma forma de energia e norma geral, produzido pela
fricção das moléculas nos corpos estando associado ao maior ou menor movimento
das mesmas nos corpos.

A temperatura é o grau de calor existente nos corpos e o frio por oposição a


ausência de calor num determinado corpo .

É a meu ver importante que nós, enquanto consumidores e compradores. tenhamos


conhecimento, ainda que superficial, das noções que acabei de enunciar pois elas
ser-nos-ão sempre úteis quando, numa loja ou estabelecimento comercial, nos
dirigimos a um revendedor e queremos comprar um electrodoméstico.

É importante que nos possámos referir à potência do mesmo, que possamos, ao ler
os catálogos, interpretar as especificações técnicas para que, do mesmo modo,
possámos identificar quais as características que melhor servirão às nossas
necessidades de consumo e para em caso de reclamação, podermos sempre
referirmo-nos a essas mesmas características.

Tanto no domínio privado como no profissional tenho de fazer ampla referência, de


uma forma ou de outra, a estas unidades ou outras quando adquiro material
eléctrico pois não chego a uma loja e digo quero um interruptor, ou quero um cabo
eléctrico, pois tenho de especificar aquilo que quero fazendo referência às unidades
que referi bem como a outros conceitos de carácter mais técnicos inerentes á
profissão de electricista.

Tudo o que acabei de referir exemplifica a grande importância de se poder


compreender toda aquela informação e os códigos relativos às várias medidas
eléctricas.

É também importante que os consumidores tenham o conhecimento destas


unidades eléctricas para quando, por exemplo ao fim do mês ou trimestralmente,
verificarem a conta da luz, poderem compreender do que é que tratam aqueles
valores ali apostos e também para que saibam que o seu contador consumiu tantos
kW/hora , que a sua casa tem uma potencia contratada de tantos Watts e de tantos
amperes ...

A electricidade que chega às nossas casas é produzida nas centrais eléctricas que
poderão ser de vários tipos: hidroeléctricas, termoeléctricas, nucleares etc...) É
distribuída através do território nacional por linhas de alta tensão, que é depois
diminuída, durante o percurso, por meio de transformadores e postos de

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
transformação a fim de se obter um nível de potência adaptado às instalações
domésticas.

No meu dia-a-dia e em diversas áreas da vida utilizo os mais variados


equipamentos e sistemas técnicos que corresponderão evidentemente. às várias
áreas de actuação e exigências com as quais me confronto, seja no domínio
privado em casa, ou na minha vida profissional. Diáriamente, utilizo os sistemas
técnicos , porque facilitam imenso as tarefas diárias, oferecendo conforto e alguma
rapidez.

Em casa faço uso de alguns electrodomésticos (como a máquina de lavar roupa, o


frigorífico, a máquina do café expresso, o ferro de engomar, a varinha mágica e o
forno micro-ondas por exemplo) .

O desenvolvimento das actividades culturais também têm estado associado à


evolução dos equipamentos técnicos.

Assim, a música por exemplo, beneficiou e beneficia com as novas tecnologias no


campo dos instrumentos musicais e tecnologias de produção de som. As grandes
peças teatrais, as grandes óperas e concertos musicais de qualquer tipo poderão
ser vistas cómodamente em casa em formato digital …

Nos média, televisão por exemplo, a evolução dos equipamentos nota-se tanto ao
nível dos meios técnicos de transmissão do sinal, nos conteúdos, e como a nível
dos aparelhos receptores de televisão (nas suas dimensõesnitidamente mais
pequenas ) e nos seus preços de aquisição ou seja temos ao nosso dispor melhor
tecnologia, a preços mais baixos.

Ainda no domínio pessoal e no plano do lazer, vejo televisão portuguesa e outras


(por intermédio da antena parabólica), possuo um leitor de DVD na sala, e faço
amplo uso da internet e do computador, que muitas vezes acaba por funcionar
como uma espécie de centro multimédia, pois além da sua utilização para tarefas
de uso profissional permite-me ouvir música, ver televisão, ver filmes em vários
formatos (incluindo o DVD ), bem como proceder à gravação de diversos tipos de
conteúdos em vários formatos para CD e DVD .

No plano pessoal alguns destes sistemas técnicos a que me referi bem como
alguns outros (tais como a câmara de vídeo e máquina fotográfica utilizo-os em
algumas actividades criativas e em actividades culturais ( para fazer às vezes
pequenos clipes de vídeo, ou tirar fotos para depois recordar ) obter informações de
carácter cultural tal como os DVDs e os Cd-Roms (possuo alguns Cd-Roms e DVDs
sobre pintura e uma enciclopédia audiovisual que me tem ajudado a obter
informação sobre variadíssimos temas ).
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
No campo do espectáculo são variados os equipamentos técnicos que apoiam
aquelas actividades tais como projectores, gruas, câmaras, etc..

Relativamente à utilização do computador ao nível doméstico, associando-o ao


lazer, importa referir que esta utilização tem-me permitido evoluir culturalmente,
pois convivo com outros modos culturais diferentes do meu e isso tem-me
permitido também, por exemplo, mesmo ao nível técnico ter acesso a informações
e livros técnicos em suporte informático ( E-Books )que, de outra forma seriam
bastante onerosos .

O E-book ou livro electrónico é um formato digital que permite ler e aceder à


informação ( geralmente em ficheiro PDF ) de uma forma prática e rápida, e
armazená-la em suportes informáticos como Cds e PENdrives, com todas as
vantagens inerentes à ocupação de espaço nas estantes .

Ainda no contexto privado e no que se refere ao uso dos sistemas técnicos


associados ao lazer, procuro ter também em conta os consumos energéticos.

Procuro desligar os aparelhos quando não estão a ser utilizados, desligo o monitor
do computador se não vou utilizá-lo nos vinte minutos seguintes ou desligo o
computador se não o vou utilizar num espaço superior a duas horas . Os aparelhos
mesmo quando não estão a ser usados, consomem energia, pois a electricidade
passa pelas suas fichas de modo a que estes fiquem activos com maior rapidez .

No contexto profissional, por exigências de trabalho, utilizo outros equipamentos


técnicos como as máquina- ferramenta (ou ferramentas eléctricas tais como o
berbequim, a rebarbadora, por exemplo).

Em relação à evolução da maioria dos equipamentos e sistemas, posso referir que


na prática, pude desde que nasci, assistir a uma grande evolução. Lembro-me que
quando era menino, em Moçambique, onde vivi até aos seis anos de idade, por
exemplo, não tínhamos televisão. As notícias, boas ou más, chegavam-nos pela
rádio. Em casa dos meus avós, nos arredores de Lourenço Marques, tínhamos um
frigorífico a petróleo; não tínhamos água canalizada, embora tivéssemos torneiras
instaladas, para prevenir a futura chegada das redes de água ao local onde
vivíamos; a nossa iluminação consistia na utilização nocturna de candeeiros a
petróleo e de lampiões.

Utilizávamos ferros de engomar a carvão e abastecíamo-nos de água a partir de um


poço que o meu avô escavou e cuja água era algo salgada.

Já na cidade, em casa dos meus pais, as coisas eram diferentes. Tínhamos


electricidade,um frigorífico eléctrico e água canalizada, embora não dispuséssemos

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
de televisão, máquina de lavar roupa, e algumas das outras comodidades de que
dispomos hoje .

No mercado de trabalho também assisti à evolução de muitos sistemas técnicos e à


cada vez maior disponibilidade de máquinas- ferramenta que há cerca de trinta
anos, ou mais, devido ao seu preço, eram completamente alheias ao trabalho na
construção civil e mesmo ao nível de máquinas de grande porte o trabalho é mais
rápido e está facilitado devido à evolução de meios técnicos.

Creio que um dos factores a considerar para a grande evolução e disponibilidade


de muitos dos bens de consumo e sistemas técnicos tem a ver com as maiores
facilidades de crédito; seja este concedido pelas instituições bancárias seja por
outras,este aspecto veio quanto a mi impulsionar em muito a evolução tecnológica.

Isto parece obedecer ao princípio da oferta e da procura, pois havendo uma maior
procura, os fabricantes terão obviamente de a satisfazer, respondendo com uma
maior oferta de bens no mercado. Ao fazer face à concorrência de outros
fabricantes apostam também eles na investigação e desenvolvimento de produtos
que concorram e superiorizem os dos seus émulos, atendendo sempre às
prioridades de conforto, segurança, facilidade de manuseio, espaço etc...

É claro que, infelizmente, uma das consequências da evolução dos meios técnicos
com impacto negativo no ambiente desde meados do século XIX até épocas mais
recentes, tem sido a poluição industrial e urbana, que tem contribuído para a
diminuição da camada do Ozono, gás protector,da família do Oxigénio, que serve
de filtro à atmosfera terrestre contra as radiações solares ultravioletas.

O aquecimento global é o fenómeno climático de larga escala, que corresponde ao


aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra e
que tem vindo a acontecer, gradualmente ao longo dos últimos 150 anos, tendo o
seu aumento se vindo a intensificar, nos últimos 50 anos, de forma mais notória. O
termo aquecimento global refere-se, também à possibilidade, de este fenómeno se
intensificar ainda mais durante este século.

As causas deste aquecimento global estão intimamente ligadas à acção humana, e


têm a ver com o aumento excesssivo de gases do efeito de estufa na atmosfera,
principalmente com as emissões de CO2 (dióxido de carbono). O aumento do efeito
de estufa tem sido causado pela poluição e sobretudo pela emissão, para a
atmosfera de gases CFC(gases como os gases Freón utilizados nas indústrias de
refrigeração e de ar condicionado), responsáveis pela destruição da camada do
Ozono. As emissões de CFC (cloroflúorcarbono) intensificam as reações químicas
que destroem ozono e sem a camada de ozônio para absorver uma parte dos raios
ultravioletas (UVB), emitidos pelo sol, as plantas terão uma redução na capacidade
de fotossíntese.(no processo de fotosíntese as plantas, enzimas,bactérias, vegetais
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
verdes e alguns outros organismos transformam energia luminosa em energia
química processando o dióxido de carbono(CO2), água (H2O) e minerais em
compostos orgânicos e oxigénio (O2)).
A destruição da camada do Ozono leva ao aumento dos raios ultravioletas,
altamente energéticos, que ao atingirem a Terra, vão promover a destruição das
proteínas, e do ADN, provocando cancro de pele, cataratas, alterações no sistema
imunitário, danos nas colheitas, nos peixes e no plâncton de que se alimentam.

Para clarificação de ideias, a diferença entre o Efeito de estufa e o aquecimento


global é que o efeito de estufa é um fenómeno natural, no qual ,os gases que
compõem a atmosfera (camada gasosa da Terra: composta por 78,1% de
Azoto,20,9% de Oxigénio,e 1% de outros gases) funcionam como barreira,
deixando passar a luz para o seu interior, retendo o calor. Já o aquecimento global,
sendo uma consequência das actividades humanas, resulta do agravamento do
efeito de estufa.

Algumas das consequências do aquecimento global são o aumento do nível das


águas nos oceanos e a diminuição das camadas de gelo nos pólos e o degelo dos
glaciares ...o que poderá num futuro não tão longínquo acarretar problemas muito
graves como a inundação de cidades junto ao litoral e o desaparecimento de países
inteiros que se localizam abaixo do nível do mar.
O aumento da temperatura, tem levado á morte e desaparecimento de muitas
espécies animais e vegetais e ao desiquilíbrio de vários ecossistemas.
O aquecimento global também tem levado ao aumento de outros fenómenos
atmosféricos tais como, ciclones, furacões e tornados, cada vez mais frequentes.
Tendo em vista reduzir a emissão de gases poluentes em toda a Terra, 55 países
ratificaram o protocolo (acordo internacional) de Kyoto em 1999, que ebtrou em
vigor em 2005. Este acordo tem por objectivo principal que ocorra a diminuição da
temperatura global, nos próximos anos. O governo dos Estados Unidos da América,
rejeitou o protocolo de Kyoto, alegando que este prejudicaria o denvolvimento
industrial do país.

Mais recentemente, em 2007, realizou-se a Conferência de Bali (na Indonésia),


sobre Mudanças Climáticas, pois os Estados Unidos concordaram com as posições
defendidas pelos países mais pobres e foram estabelecidas as bases que
substituirão o acordo de Kyoto, que temina em 2012.

Quando escolho um determinado equipamento, seja a nível privado ou profissional,


costumo ter em linha de conta como factor de selecção primordial a função que lhe
pretendo atribuir atendendo às minhas necessidades, tendo sempre em linha de
conta a potência do aparelho e a onerosidade ou não das suas exigências de
56
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
consumo. Avalio sempre a necessidade de uma maior ou menor potência, avalio
também as suas exigências de espaço e a relação qualidade e preço .

No caso de electrodomésticos como os frigoríficos e os fogões, atendo sempre às


exigências de espaço (poderão por exemplo não caber na porta, poderei não dispor
de espaço suficiente para acomodá-lo por exemplo ). Outro critério pelo qual me
oriento, é o das funcionalidades disponíveis para um determinado aparelho.

Averiguo sempre a possibilidade de no caso do equipamento se avariar eu poder


aceder à garantia e da existência ou não de um representante daquela marca.

Quando os electrodomésticos se avariam, procuro, confirmar se ainda estão dentro


da respectiva garantia, e se o suporte técnico do fabricante estará disponível.

Em relação às garantias, tento sempre respeita- las, não quebrando os selos


apostos pelos fabricantes, e não abrindo equipamentos com o intuito de os reparar
enquanto estejam abrangidos por algum prazo de garantia. Costumo também
guardar os recibos de compra de todos os equipamentos que adquiro não só como
prova de compra, mas também por causa da garantia, na qual os fabricantes se
comprometem a dar assistência ou mesmo a substituir os equipamentos em caso
de avaria.

Já tive o caso de uma impressora que adquiri há alguns anos, e que depois de
chegar a casa se queimou. Depois de verificar a existência de avaria no
equipamento, contactei o fabricante que a levou para reparação, sem que eu
tivesse tido qualquer despesa com ela .

Caso já não se encontrem dentro da garantiae caso a avaria possa ser reparada
por mim reparo o equipamento. Caso a avaria não esteja dentro da minha área de
conhecimentos técnicos, procuro recorrer a um técnico da especialidade sempre
tendo em conta se o valor da reparação não ficará demasiado oneroso em relação
à possibilidade de adquirir um novo equipamento .

Caso verifique que a reparação ficará cara ou seja equivalente a uma nova
aquisição nova aquisição, desmonto-o e envio os materiais para o ferro velho ou
então coloco-o num dos recipientes existentes para a recolha de produtos
recicláveis, outra alternativa é colocá-lo junto ao contentor de lixo para ser recolhido
pelos serviços camarários competentes para o efeito.

Na minha zona, os serviços de saneamento do Município possuem uma viatura que


procede a esse tipo de recolhas pelo menos uma ou duas vezes por semana.

Seguidamente passarei a descrever, de uma forma breve, o funcionamento de um


dos electrodomésticos que eu à semelhança de muitos portugueses e de outras
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
pessoas, por esse mundo fora, utilizo no dia- a- dia bem como, os princípios em
que assenta o seu funcionamento e algumas normas para a boa utilização do
mesmo.

Escolhi-o por ser um dos electrodomésticos de maior uso comum e por no seu
funcionamento intervirem alguns conceitos como o calor e a resistência eléctrica,
bem como o termóstato.

O Ferro de engomar - Os Ferros de engomar eléctricos que na sua forma mais


simples, vieram a substituir os antigos ferros de engomar a carvão, são constituídos
por um cabo de alimentação que liga a um termóstato (interruptor que é constituído
por uma lâmina bi-metálica, que dilata quando submetida a uma certa temperatura
e nesse caso liga ou desliga o circuito), que por sua vez está ligado a um conjunto
de resistências que aquecem o ferro. Aquelas resistências são constituídas por
material que dificulta a passagem da corrente eléctrica e assentam no princípio de
que quanto maior for a resistência de um dado material à passagem de uma
corrente eléctrica maior será então a libertação de calor através dele. Este princípio
é designado por lei de Joule.

Os principais cuidados a ter com os ferros de engomar são :

- Respeitar as recomendações dos fabricantes no que toca à conservação e


utilização e sobretudo :não deixar o ferro ligado durante muito tempo ,pois consome
muita energia e poderá queimar a resistência ; além de ser causa possível de
incêndio

- Limpar, regularmente, a base e antes de qualquer intervenção técnica dentro do


mesmo, desligar o ferro;

- No meio profissional, tal como aludi logo no início deste tópico, utilizo também
vários sistemas e equipamentos técnicos, alguns deles não diferem em
características electromecânicas dos electrodomésticos que utilizo em casa.

Como aqueles últimos estes equipamentos e máquinas- ferramenta também


facilitam as tarefas que realizo nos locais de trabalho proporcionando vantagens em
termos de tempo e de economia nas tarefas que realizo.

O trabalho com estas máquinas não requerer habilidades especiais, mas no entanto
é sempre necessário atender a todas as regras de segurança que estão também
associadas ao uso e emprego de outras máquinas dependendo do trabalho que
estamos a realizar, nomeadamente empregar os meios de protecção necessários
como óculos de protecção, as empunhadeiras que vêm com eles, não forçar o
funcionamento da máquina, respeitar os ciclos de aquecimento e quando a

58
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
máquina começar a aquecer desligá-la (o que se deverá fazer com certa frequência
até como meio de preservação da mesma).

Quero também aqui fazer notar que reconheço que a formação profissional é
deveras importante para todas as profissões (se assim não fosse não procuraria,
dentro daquilo que me tem sido possível, valorizar-me de uma forma ou de outra),
se bem que, e na ausência daquela, concorde que a atitude de um operário da
construção civil (que em muitos casos não possui outra formação que aquela que
aprende com a prática na obra ), deverá ser a de, quando confrontado com
equipamentos com os quais não está acostumado, a de procurar informar-se sobre
o funcionamento e o correcto manuseamento daqueles, se possível consultando os
manuais de instruções dos mesmos ou outras fontes de informação como meio
complementar.

A formação profissional se realmente fizer juz aos objectivos propostos poderá ser
uma preciosa mais-valia para o mercado de trabalho, aumenta a produtividade e a
competitividade das empresas, quer interna como externamente, e é ela própria
impulsionadora da criação de empregos, pois a saída dos centros de formação de
técnicos capazes abrirá também caminho para que aqueles, a seu tempo possam
arriscar-se na criação de novos postos de trabalho.

No meu trabalho também utilizo além deste tipo de equipamentos (máquinas-


ferramenta ), máquinas de perfuração e outras como as rebarbadoras, que são
máquinas de corte portáteis e mais exigentes ao nível da segurança, que devem
ser utilizadas com a máxima segurança. De um modo geral, procuro
frequentemente fazer uma revisão e manutenção periódica das máquinas
ferramenta que possuo, bem como dos meios complementares tais como
extensões eléctricas e ferramentas manuais.

Com o objectivo de garantir a minha segurança física, emprego sempre os óculos


de protecção, luvas e capacete, procuro não forçar o uso dos discos das máquinas
de corte e utilizar sempre os discos de corte de diâmetro adequado às
características da máquina de corte e respeitar as rotações inscritas nos discos
além de fazer uso do vestuário e calçado adequados (vestuário com características
retro reflectoras e que permita a liberdade de movimentos e a protecção dos
membros superiores e inferiores e calçado com palmilha e biqueira de aço). Em
todos os trabalhos de soldadura não descarto a máscara ou o capacete de soldar, e
as luvas e quando necessário o uso de aventais e protectores para os membros
superiores.

Na minha prática de electricista além das ferramentas comuns aos electricistas


(alicates, chaves de parafusos etc..) utilizo aparelhos de medida como o multímetro
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
digital ou a pinça amperimétrica para a medição de correntes mais elevadas do que
as aconselhadas (até 10 A para os multímetros analógicos).

Os multímetros analógicos e digitais são aparelhos de medição, assim como as


pinças amperimétricas, que combinam elementos de leitura de voltagem, de leitura
de correntes e de leitura de resistências eléctricas. Alguns permitem fazer a
verificação de certos componentes electrónicos tais como diodos por exemplo,
embora estes procedimentos (mais relacionados com a área específica da
Electrónica) se encontrem já um tanto fora da minha área de conhecimentos e de
actividade.

Uma medida que eu adopto em relação a todos os equipamentos que adquiro,


independentemente do seu uso, é o de ler sempre os respectivos manuais, que por
norma deverão sempre vir em português para que me inteire do correcto
funcionamento daqueles.

Além de os ler em português , leio–os também em inglês e naqueles idiomas que


conheço e julgo entender, pois nem sempre as traduções para a língua portuguesa
são boas. Utilizo sempre esta prática como salvaguarda.

Tenho por hábito guardar sempre, em local acessível, todos os manuais para uma
eventual consulta sempre que necessário, pois é sempre bom estar familiarizado
com as características específicas de um aparelho, pois não há dois aparelhos
iguais ainda que tenham a mesma função.

Aproveito aqui também para referir o facto de que existe, a nível institucional,
abrangendo quase todos os ramos de actividades, a obrigatoriedade da existência
de um livro de reclamações nos diversos estabelecimentos prevendo a lei coimas
para aqueles que não atenderem a este normativo legal.

A possibilidade de reclamar é parte integrante e alienável do direito de expressão,


assim como o direito ao consumo eestão ambos consagrados na constituição da
República .

Existe mesmo na legislação portuguesa um código do direito dos consumidores

Na minha vida profissional e privada, no contexto da profissão que aprendi e


continuo a aprender, não tenho dificuldade em fazer uso da linguagem técnica
apropriada ao dirigir-me a outro técnico ou a um comerciante de artigos e material
eléctrico, não tenho problemas em referir dados técnicos relativos ao trabalho que
desenvolvo ou ao tipo de material que pretendo adquirir.

No caso de ter de interagir com outro profissional (seja de que categoria for) dentro
da minha área específica ou outra onde paralelamente possua competências (como
60
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
as que possuo além da área da electricidade, na área da serralharia, não tenho
qualquer problema em utilizar a linguagem técnica adequada, coadjuvada por um
conhecimento geral de desenho técnico, e da leitura de escalas e de plantas ( as
escalas são as relações de medidas para um determinado, digamos, objecto na
realidade e as medidas correspondentes no papel que estão normalizadas,
permitindo a partir de um desenho, transferir as suas medidas para o contexto real
de execução ).

No meu trabalho, por vezes, tenho de preencher as chamadas fichas


electrotécnicas que identificam todo o trabalho de electricidade relativo a um dado
edifício, tenho de preencher relatórios , e de muitas vezes fazer requerimentos o
que faço com recurso à linguagem escrita apropriada e em bom português podendo
compreender a diversidade de textos com que me deparo sem dificuldades.

Claro que a minha vida não integra apenas o plano laboral ...

Quero realçar que o lazer é bom para a saúde, pois estimula a criatividade, alivia o
cansaço e desanuvia a pressão psicológica derivada de muitas horas de trabalho.

O mesmo acontece com a prática de actividades físicas pois além de estimularem a


circulação sanguínea, renovando também o ar nos pulmões, predispõe melhor para
o sono e para a descontracção muscular além de que torna o corpo mais ágil e
mais forte.

Há hoje no comércio um sem número de revistas, acompanhado de informação nos


média, que alertam para a importância de viver um modo de vida saudável, para a
adopção de cuidados básicos de saúde e que enfatizam a importância da prática do
desporto e para a melhoria da imagem física .

Por exemplo, em muitas telenovelas e filmes apresentam-se pessoas nos ginásios


e até mesmo alguns programas de televisão promovem diariamente sessões diárias
de exercício .

A respeito dos cuidados de saúde e incidindo sobre a prevenção posso realçar que
os média e muitas organizações têm promovido campanhas de sensibilização
contra o tabagismo, sobre o uso de contraceptivos e também sobre os
comportamentos sexuais, de risco no âmbito da prevenção da disseminação da
SIDA e de outras doenças sexualmente transmissíveis.

No que toca ao lazer aproveito para referir que ocupo os meus tempos livres, lendo
(sobretudo ), navegando na Internet, ouvindo música de diversos géneros musicais,
pintando, desenhando e vendo televisão .

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Gosto de ler. Leio, sobretudo, clássicos da literatura, e obras de ficção científica.
Devido às minhas necessidades de valorização profissional, nos últimos dois anos,
a minha escolha de leitura tem incidido, sobretudo em obras de carácter técnico.e
relativas à aprendizagem de outros idiomas como o Castelhano, o Catalão,e o
Inglês. Muito embora também leia livros de carácter mais lúdico.

Leio muitas obras nestes três idiomas não me limitando ao âmbito exclusivo da
aprendizagem de idiomas .

A leitura de livros noutros idiomas facilita-me a aprendizagem dos mesmos, além de


que tenho acesso imediato às ideias do autor. Também o preço das edições no
idioma original é, regra geral mais barato .

Em casa possuo uma estante com bastantes livros que vou adquirindo, sobre os
mais variados temas.

Dentre os livros que possuo na minha estante, e que já li, creio que os títulos que
mais me influenciaram e também de que mais gostei foram Angels and Demons
(Anjos e Demónios) de Dan Brown ( decididamente um bom livro ) , No Future
without forgiveness (Não há Futuro sem Perdão) de Desmond Tutu ( que trata
do processo de transição do Regime de Apartheid, na África do Sul, para um
regime democrático e multicultural e todos os desafios que isso implicou) e Um
negro que queria viver de Richard Wright (traduzido em língua portuguesa).

Este último livro cujo narrador participa da acção (escrito na primeira pessoa )
conta, a história de um rapaz americano de origem Africana, provavelmente o autor,
que nasceu no Sul dos Estados Unidos, onde até há bem pouco tempo se praticava
a segregação racial e refere a sua luta face a um meio que lhe era, eminentemente,
hostil para se poder educar e valorizar como ser humano

Dos meus hábitos de leitura e dos meus conhecimentos de língua portuguesa e de


gramática posso, quando leio um texto, identificar diferentes classes de palavras
tais como verbos que exprimem acções, substantivos ou nomes que identificam
coisas, objectos e animais (nomes comuns), nomes que identificam grupos de
coisas e animais (nomes colectivos tais como rebanho, enxame), advérbios que são
palavras que se juntam aos verbos para lhesmudar o sentido, além (que é um
exemplo de adverbio) de outras classes como os artigos e os pronomes (que
podem ser de vária ordem: pessoais (como eu , tu ,ele, vós), reflexos (me,te,se)
possessivos (meu ,teu que identificam o possuidor.

Todos estes elementos que referi além de outros tais como a pontuação , as figuras
de estilo ( que se empregam para dar às palavras e frases um efeito artístico nos
textos literários) contribuem para o correcto uso da língua.
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Nos vários contextos profissionais utilizam-se vários tipos de textos que poderão
ser descritivos (tais como os relatórios médicos, ou os relatórios de contas de uma
empresa), ser argumentativos como os textos de alguns editais e de alguns
advogados por exemplo ou até dramáticos, líricos e poéticos tal como sucede no
campo das artes e da cultura , com destaque para o teatro, a literatura e a poesia ...

Na minha vida valorizo a criatividade, pois gosto de desenhar e de pintar em tela.

Também nesta área das artes também tenho procurado desenvolver e dar
expressão aos meus talentos artísticos e tenho de igual modo recorrido a livros
sobre o assunto...

Acho que a cultura é, de um certo modo, o conjunto de saberes de um povo e de


uma sociedade e a arte é a forma estética, abstracta ou não de representar
pensamentos, emoções, cultura,e ideias .

Quadros meus . O Chiado e a Minha Sobrinha Melissa

Gostaria de referir que no domínio das artes, hoje em dia muitos artistas plásticos
empregam materiais reciclados tais como o papel reciclado. Utiliza-se
particularmente na pintura a pastel pois é bastante aderente além de outros
materiais que podem ser utilizados em trabalhos de colagem, ou em escultura
aproveitando parafusos e porcas e outros materiais ferrosos e metálicos .

No campo das artes e da cultura o trabalho de equipa é valorizável pois muitos


artistas no decorrer dos tempos têm -se associado em escolas e em grupos e
movimentos culturais que advogam, defendem e sustêm correntes de pensamento
que têm tido impacto em vários domínios das artes e da cultura, assim como é o
caso do surrealismo que influenciou a escrita, a pintura e a escultura.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Esboço de um quadro meu representando a Praça do Rossio em Lisboa

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Outros 2 quadros meus . O Chiado e a Minha Sobrinha Melissa

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Detalhe do quadro Melissa “a bailarina “

Além destas artes há outras em que o trabalho de equipa é mesmo imprescindível


para o sucesso da representação artística tal como acontece com actividades como

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
a dança, o teatro e o cinema,em que é importante que cada elemento do grupo
desempenhe o seu papel para o êxito da actuação ..

No desenvolvimento das cidades tem sido relevante o papel das intervenções


artísticas nos diversos espaços públicos. Refiro-me não só à existência de
monumentos, mas também a manifestações artísticas como espectáculos de
música ao ar livre e nas estações de transportes.Estas actividades além de
animarem os espíritos das pessoas, obrigam-nas a reflectir, a compreender a
importância das artes no dia-a-dia e a adoptar uma atitude de valorização em
relação a ela.

As políticas públicas de apoio às artes que passam pelo facto de pelo menos uma
vez por semana a entrada nos museus ser gratuita tem contribuído para que muita
gente visite museus e se enriqueça culturalmente expandindo as suas ideias, e tem
permitido a alguns artistas desenvolverem os seus talentos.

Na minha vida pessoal, no plano da economia doméstica, procuro gerir as minhas


contas fazendo um pequeno orçamento e uma relação mensal das despesas.

Nesse orçamento incluo os meus rendimentos, no caso mais geral o meu salário
líquido (deduzido do imposto de selo, o imposto sobre o rendimento social e o
imposto sobre o valor acrescentado ) e incluo também as minhas despesas .

No campo das minhas despesas separo aquelas que são fixas, tais como a renda
da casa , a conta da água , da luz e o passe social, daquelas que são variáveis .tais
como saídas, entretenimento,e compras extras.

A parte do dinheiro que reservo para o lazer, geralmente, utilizo-a comprando livros
ou indo ao cinema.

Geralmente, como vivo sozinho, incluo as despesas com a alimentação nas


despesas fixas, pois estipulo um valor mensal para os gastos de alimentação
Costumo ter uma reserva de alimentos para colmatar alguma falta, que
eventualmente ocorra no mês seguinte .

Aos rendimentos subtraio as despesas, e o dinheiro que sobra, geralmente,


deposito-o no banco e estipulo uma parte desse dinheiro para suprir alguma
despesa extraordinária.

Na minha opinião acho que é bastante útil e prático fazer uma relação de todas as
receitas e de todos os gastos pois isto permite - me gerir o meu dinheiro de uma
forma eficaz controlando as minhas despesas e sabendo para onde foi o meu
dinheiro, quanto tenho e quanto posso gastar, atendendo a todas as necessidades
mensais.
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Recorro muito pouco ao crédito, optando por poupar e depois adquirir então
determinado bem de consumo.

A poupança (ou aforro) conforme se define em Economia, é a parte da renda das


pessoas singulares, ou colectivas (empresas e instituições), normalmente
excedentária, que não é gasta no periodo que é recebida e deste modo, é guardada
para uso futuro.Ou seja, na linguagem da Economia, trata-se de da acumulação de
capital para investimento.

As poupanças privadas dos cidadãos de um país, são um elemento importante


numa economia, pois podem actuar como um mecanismo de travagem do
endividamento público, uma vez que tem como consequência o menor recurso ao
crédito por parte das famílias e dos cidadãos em geral.

Igualmente importantes, no âmbito da poupança, para a economia de um país, são


também as remessas dos imigrantes, pois estas representam um influxo de capital
e de investimento externo estável para o país.

Há, hoje em dia, vários tipos de instituições financeiras (organizações cujo objectivo
é emprestar dinheiro, com juros a ser pagos ao fim de determinado tempo).

Este tipo de instituições inclui desde bancos, seguradoras, agências e coperativas


de crédito,sociedades financeiras entre outras, onde as pessoas costumam aplicar
as suas poupanças.

Geralmente a grande maioria das pessoas, por uma questão não só de comodidade
mas também de segurança, practicidade e rentabilidade financeira (pois oferecem
uma determinada taxa de juro) opta por guardar as suas poupanças, abrindo uma
conta bancária (conta corrente).

Os bancos são instituições financeiras que para além de aceitar depósitos e


conceder empréstimos, entre outras funções (tais como trocar moedas
internacionais, efectuar pagamentos) também financiam através da concessão de
crédito, a compra de imóveis, a aquisição de automóveis e de outros bens.

Existem na realidade, vários tipos de bancos (bancos comerciais, mistos, de


investimentos, e bancos de desenvolvimento) categorizados, segundo o tipo mais
geral, das operações que realizam.

Há duas modalidades principais de depósitos bancários: à ordem e a prazo (que


correspondem ao tipo de conta bancária, se à ordem ou a prazo).

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Nas contas à ordem o depositante pode fazer levantamentos sempre que pretenda,
e efectuar pagamentos em cheques ou através de um cartão de crédito ou cartão
bancário.

Nas contas a prazo o dinheiro depositado só poderá ser levantado em datas


determinadas, (prazo de seis meses ou um ano) sem que isso acarrete a perda de
juros.Neste tipo de depósito, o depositante poderá ter de avisar antecipadamente
caso deseje efectuar um levantamento (caso também em que poderá perder os
juros).

Os juros (preço pago pelo empréstimo do dinheiro de outrem, a uma taxa pré-
estabelecida, de uma certa forma também uma compensação feita a quem
emprestou o dinheiro, neste caso o depositante) costumam ser mais altos nos
depósitos a prazo.

À percentagem sobre o total do dinheiro depositado que é paga como taxa, por um
determinado periodo dá-se o nome de taxa de juro.

Em 1989, surgiram em Portugal, os chamados Planos Poupança Reforma, que são


planos de poupança , a médio e longo prazo, que se destinam a contribuir para
financiar um complemento de reforma e a fazer face a situações de pobreza. Este
tipo de plano de poupança foi criado com o objectivo também, de incentivar a
poupança, garantindo assim um complemento de reforma aos seus subscritores.
São geridos por três tipos de empresas: seguradoras, sociedades gestoras de
fundos de investimento mobiliário e sociedades gestoras de fundos de pensão.
Os Planos de Poupança reforma são atractivos pois porporcionam alguns
benefícios fiscais como facilitar a poupança na fase da capitalização, sem a
penalizar no reembolso; dentro dos limites estabelecidos as contribuições para os
fundos de poupança são dedútiveis no IRS. Os reembolsos,embora sujeitos a
imposto, beneficiam de condições mais favoráveis, mesmo em relação ao regime
de pensões, e inclusive, prevêm uma regra de especial de exclusão de tributação
para atenuar o efeito de progressividade em caso de reembolso total ou parcial.
Os Planos Poupança Reforma, também prevêm, no caso de transmissão,
decorrente da morte do beneficiário, um regime fiscal mais favorável.
De momento, vivo nesta casa que é da minha mãe, que muito embora não viva
aqui, está a comprá-la e ajudo- a a amortizar o empréstimo.

Hoje em dia, diz-se,que vivemos numa sociedade de consumo. Esta expressão


refere-se ao carácter, sempe presente, do consumo na vida actual.

O consumo é o uso da riqueza produzida,e é, também, a fase final do processo


produtivo: aquela que se segue à produção, armazenagem, embalamento,
distribuição e comercialização.É importante referir a existência de um consumo
individual,e de um consumo colectivo.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
O consumo colectivo consiste no uso de bens e serviços colectivos, geralmente

fornecidos pela administração pública, escolas, comunidades, instituições de


protecção social, justiça, estradas, fornos comuns, etc., utilizados e consumidos
duma forma duradoura, sem contribuir para o crescimento da produção.

O consumo individual é o que homem concretiza, quando utiliza diversos produtos


para satisfazer as suas necessidades, de acordo com o seu nível social e nível de
vida. Na definição de consumo, estão incluídos os bens e serviços, que se destinam
através da sua utilização à satisfação das necessidades dos indivíduos, sem fazer
crescer a produção.

Os consumos individuais afectam a economia, pois estão na base da existência do


comércio e das leis da oferta e da procura e porque os consumidores são de facto
quem determina, através das suas escolhas, o sucesso de alguns produtos,
serviços e bens de consumo, e o insucesso de outros.

Um dos direitos de todo o trabalhador é receber a sua folha de vencimentos que


deverá conter, além dos dados identificativos do trabalhador e da sua categoria
profissional, o número de identificação fiscal e da segurança social, bem como o
valor total das remunerações auferidas.

A folha de vencimentos divide-se numa área de remunerações com o seu total


ilíquido onde se incluem dados tais como o salário base ou ilíquido (sem os
necessários descontos para a segurança social e para as finanças ) , inclui o
trabalho extra (horas extras ) , subsídio de refeição,. subsídio de férias, e subsídio
de Natal e diuturnidades.

Outra, onde figuram os totais dos dias trabalhados, as faltas, o número de horas e o
valor da hora base.

Além de uma outra parte onde figuram os descontos e as taxas respeitantes ao


imposto de selo, segurança social; IRS e a contribuição para o sindicato e também
o valor do salário líquido que o trabalhador receberá feitos todos os descontos ...

Geralmente, os assalariados fazem retenção na fonte ou seja os descontos são


efectuados pela entidade patronal que, no final do ano enviará a folha ao
trabalhador com o total dos descontos e do valor recebido pelo trabalhador, que
terá depois de fazer prova declarativa daquelas contribuições na repartição de
finanças mediante entrega de modelo próprio .

A” Retenção na Fonte”, a que me reri, não paragráfo anterior, depende também do


estado matrimonial e do número de dependentes ,que o trabalhador (contribuinte)
tenha a seu cargo.
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Caso aquelas contribuições se situem abaixo de um determinado escalão haverá
lugar a reembolso .

Em Portugal, as principais tributações fiscais são o IRS (Imposto sobre o


Rendimento de Pessoas Singulares), o IRC (Imposto sobre o Rendimento de
Pessoas Colectivas), o IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), e o Imposto de
Selo.

Além destas, existem também algumas outras tributações e taxas. Embora as que
referi sejam as mais importantes.

No meu caso concreto, incluo-me na categoria das pessoas singulares, pois como
trabalhador, trabalho para uma entidade patronal.

O Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) incide sobre o valor


anual dos rendimentos das seguintes categorias:
A - Rendimentos de trabalho dependente

B – Rendimentos empresariais e profissionais

E – Rendimentos de capitais

F – Rendimentos Prediais

G – Incrementos Patrimoniais

H – Pensões

O Imposto sobre o Rendimento Social é determinado anualmente e as declarações


referentes ao ano anterior devem ser apresentadas de 1 de Fevereiro a 15 de
Março, para as categorias A e H; para as outras categorias, de 16 de Março a 30 de
Abril. A Internet hoje em dia possibilita a entrega da declaração de rendimentos (do
IRS) poupando imenso tempo. Deste modo os contribuentes que queiram fazer a
sua entrega da declaração de rendimentos, usufruem além dos prazos atrás
mencionados, um prazo dilatado, que no caso das categoria A e H, vai até 15 de
Abril, e nas restantes categorias até 25 de Maio.

Todos os contribuintes devem possuir um cartão e um número, que os identifica,


perante a Direcção Geral de Contribuições e Impostos e que é obtido nas
repartições de Finanças.

Todos os residentes em Portugal,estão sujeitos ao IRS sobre o rendimento obtido


em qualquer parte do mundo.

Para evitar a dupla tributação sobre o IRS, Portugal tem acordos bilaterais com
outros Estados – membros da União Europeia, deste modo, se um contribuinte
71
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
obtiver um rendimento noutro país, só terá, de pagar imposto sobre esse
rendimento nesse país.

Os contribuintes casados, que não estejam separados ou a viver separados, bem


como os casias em união de facto, apresentam em conjunto a declaração para o
pagamento anual dos impostos. Essa declaração de rendimentos inclui todos os
rendimentos recebidos em Portugal ou no estrangeiro, bem como os rendimentos
dos dependentes e dos que são considerados membros do agregado familiar.

Os contribuintes solteiros pagam os seus impostos individualmente.

Há algumas deduções que são feitas à colecta do IRS, e que incluem: despesas de
saúde, de educação e formação profissional bem como de reabilitação profissional
(do próprio e de dependentes seus; no segundo caso esta dedução refere-se
apenas aos dependentes do contribuinte, possuidores de deficiência). São
deduzidas, também, as despesas com lares (referentes a familiares ascendentes ou
dependentes), despesas com a aquisição, reparação, melhoramentos de habitação
(incluindo a aquisição de equipamentos de enrgias renováveis); despesas na
aquisição de material informático, encargos coma alguns prémios de seguros,
contas do tipo “PPR- Plano Poupança Reforma” e donativos ao Estado e outras
entidades de utilidade pública.

- As taxas de tributação dos rendimentos variam de acordo com os 7 escalões de


rendimentos anuais definidos, podendo ir dos 10,5% para rendimentos inferiores a
€4.755 até 42%, para rendimentos superiores a €64.110.

Alguns outros impostos igualmente importantes:

IVA (Imposto sobre o Valor acrescentado) – É um imposto aplicado na União


Europeia que incide sobre a despesa ou o consumo, e que tributa o “valor
acrescentado” às transacções efectuadas pelo contribuinte.

A taxa de IVA aplicada em Portugal continental é de 20%, é de 14% nas Regiões


Autónomas, havendo excepções a esta taxa fixa aplicáveis a determinados bens de
consumo (5% aplicável ao arroz, massas e água por exemplo)., bem como a certos
serviços e transacões.

Imposto de Selo - O imposto do selo é aplicável sobre todos os actos, contratos,


documentos ,títulos, livros, papéis, e outros factos previstos na tabela geral,
incluindo as transmissões gratuitas de bens.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Existe uma grande interacção entre os sistemas monetários dos vários países
europeus.

A integração monetária europeia, concretizada em 2002 com a introdução do Euro


foi na realidade a concretização de uma ideia já antiga que remonta a 1962, quando
se deram as primeiras alterações de câmbio das moedas dos países comunitários e
se tornou claro que as valorizações e desvalorizações das diferentes moedas,
dentro da Comunidade Europeia, tornavam difícil o objectivo da eliminação das
barreiras alfandegárias e a livre circulação de pessoas, de capitais,bens e de
serviços dentro da comunidade .

Em 1998 os estados Europeus criaram o Banco Central Europeu, que tem como
competência gerir o Euro, bem como salvaguardar a estabilidade dos preços dentro
da zona Euro, para que o poder de compra do Euro não seja afectado pela inflação.

O Banco Central Europeu que é totalmente independente, trabalha com o sistema


de bancos centrais europeus, sendo que dos 27 estado que compõem a União
europeia só 16 aderiram ao Euro .

O conjunto destes 16 países constitui a «zona euro» e os respectivos bancos


centrais, juntamente com o Banco Central Europeu, formam o denominado «Euro-
sistema».

A transição para o Euro apresentou algumas dificuldades em Portugal, pois o poder


de compra diminuiu e os preços de alguns bens aumentaram além de ao principio
causar confusão a muitas pessoas por causa do seu câmbio em relação ao Escudo.

A moeda em si é um meio privilegiado de troca de bens e serviços assim como de


pagamentos.

Existem vários tipos de moeda e meios de pagamento, mas geralmente por moeda
referimo-nos ao dinheiro ou papel moeda, à moeda metálica e à moeda fiduciária,
escritural ou bancária (cheques, notas de câmbio, cartões de crédito e de
multibanco) e num sentido mais amplo referimo-nos à moeda como sendo por
exemplo, o dinheiro em geral, e à unidade monetária de um determinado país.

A grande vantagem da moeda bancária está na sua transportabilidade, pois permite


transportar avultadas somas de dinheiro de forma discreta.

Quando há uma perda do poder de compra e do valor de mercado do dinheiro diz-


se que uma economia é inflacionária, pois essa situação causa o aumento geral
dos preços . Já houve épocas na história, como aconteceu na Alemanha nos anos
trinta, em que o dinheiro, devido à inflação severa, perdeu tanto valor que as

73
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
pessoas até o utilizavam para aquecimento das suas casas. Essa foi a pior inflação
alguma vez registada na história.

Em alguns contextos, a palavra inflação é utilizada para significar um aumento no


suprimento de dinheiro e a expansão monetária, o que é às vezes visto como a
causa do aumento de preços.

A inflação é medida, na ciência da Economia, através de uma taxa que se designa


por Taxa de Inflação.

A Taxa de inflação é a taxa de variação de um índice de preços (por exemplo o


índice de preços ao consumidor).

Para clarificação de ideias, um índice de preços é uma medida do preço médio


necessário para comprar bens e serviços.

O índice de preços mede as variações de preços dentro de uma “Cesta Básica”


(que é o conjunto, tomado como referência, de produtos utilizados ,hipoteticamente,
por uma família, durante um mês e que inclui, basicamente, produtos alimentares,
de higiéne pessoal, e produtos de limpeza). Mede também a evolução do custo de
vida, num período e região definidos.

A taxa de inflação, é utilizada para calcular o aumento real dos salários, e a taxa de
juro real.

As taxas de inflação são, normalmente, taxas anuais, apesar de os períodos de


medição difiram, normalmente, do período de um ano.

As taxas de Inflação são, frequentemente, apresentadas com ajustamentos dos


efeitos sazonais (Isto refere-se ao facto de existirem variações nos preços em
épocas específicas, como na primavera, fim de Verão e Natal, por exemplo),
removendo as variações sistemáticas trimestrais.

Como se calcula a Taxa de Inflação :

A taxa de Inflação é calculada da seguinte forma:

Se é o nível médio de preços corrente e é o nível médio de preços há um ano atrás, a


taxa de inflação durante o ano pode ser medida da seguinte forma:

Após o ano, o poder de compra de uma unidade de dinheiro é multiplicado pelo factor:

74
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Existem outras formas de definir a taxa de inflação, tais como:

usando o logaritmo natural, novamente expressa na forma percentual. Neste caso, após o ano, o
poder de compra de uma unidade de dinheiro é multiplicado pelo factor:

Existem dois métodos gerais de cálculo de taxas de inflação – um usa um período base, o outro
usa medições em encadeamento. No método de encadeamento, a cada período as medições
ajustam não só os preços mas também o cabaz de produtos envolvido. É o método usado pelo
Instituto Nacional de Estatística. Mais comum, no entanto, é a referência a um período base. Isto
pode ser verificado nos relatórios da inflação a partir do “peso relativo” atribuído a cada
componente, e verificando as notas técnicas do relatório para saber o que é que cada item do
cabaz de produtos representa e como é que é calculado.
(Fórmula copiada de http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Taxa_de_infla%C3%A7%C3%A3o)

De uma forma resumida (e menos intimidativa) podemos ver o cálculo da taxa de


Inflação como algo assim :
(Nível médio dos preços correntes) – (Nível médio de preços de há uma no atrás)

_____________________________________________________________________ X 100

(nível médio de preços de há um ano atrás)

Obtém-se a Taxa de Inflação em percentagem.

- A segunda formula apresentada, relaciona a taxa de Inflação com o poder de


compra, permitindo calculá-lo.

Défice Orçamental

O défice orçamental é a diferença entre o total das receitas e o total das despesas
de um dado período de tempo, geralmente um ano e caracteriza-se por num
orçamento, o total das despesas, ser superior ao das receitas.

Os dois fenómenos, défice orçamental e taxa de inflação podem estar, intimamente,


ligados ou não.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
O défice orçamental pode ocorrer por exemplo devido a gastos excessivos do
Estado, com a admnistração pública, ou outros gastos sociais sem que isto afecte
directamente e impliquea subida do preço dos bens de consumo.

Por exemplo, segundo alguns economistas (passo a reportar a transcrição da


wikipédia em http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9fice - página foi modificada pela
última vez às 22h27min de 29 de agosto de 2009) :

- “Segundo Keynes em política econômica, em períodos de depressão monetária, é


necessário criar um déficit sistemático no orçamento para estimular a economia, e
aumentar a taxa tributária em períodos de prosperidade para acumular poupança,
desta forma são criados recursos que são aproveitados em investimentos futuros,
ou seja, forçar o orçamento de tal forma, que irá manter a economia oscilando, ora
para cima, ora para baixo. Quando houver viés de baixa, deve-se forçá-la a subir,
ao contrário, quando o viés for de alta, forçamo-lo a baixar, assim, existe condição
de manipular os índices econômicos de tal forma, que sempre será possível fazer a
economia deficitária ou superavitária de acordo com as necessidades
macroeconómicas, a este processo se dá o nome de orçamento cíclico ou
realimentado “

A duração do horário de trabalho também foi diminuindo ao longo do tempo pois há


mais de 120 anos, no tempo do meu bisavô, trabalhava-se em jornadas de 16 horas
diárias, em condições bastante precárias, contra as 8 diárias que hoje se estipulam,
o que ocasionou que muitos operários, como ele, se manifestassem e procurassem
lutar por maiores direitos.

No caso dele foi julgado e condenado por delito de opinião e degredado para a
costa oriental de África .

Hoje em dia comemora-se em Portugal, tal como noutros países o feriado do 1 de


Maio dia do trabalhador (que esteve proibido durante o regime salazarista) em
memória dos trabalhadores norte-americanos que no dia 1 de Maio de 1886 saíram
às ruas de Chicago, numa manifestação de protesto, exigindo a redução da jornada
para as oito horas de trabalho,.tendo iniciado uma greve geral

Os eventos dos dias seguintes culminaram em violentos tumultos nas ruas tendo a
polícia matado doze trabalhadores e ferido milhares na repressão que se seguiu .

Quanto a mim é importante pensar que foi graças ao esforço colectivo de muitos
trabalhadores e de muitas lutas, desde então, que podemos ter aquilo que temos
hoje, ainda que não seja perfeito…

76
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Os transportes

Neste momento, ainda estou a tirar a carta de condução, que poderei referir que
como um objectivo meu que quando concretizado poderá revestir-se de uma mais
valia, pois permitirá não só deslocar-me autonomamente para onde queira, mas
também me ajudará muito permitindo-me efectuar o transporte de mercadorias,
materiais, pessoas.

Assim na ausência de transporte próprio, tenho de, impreterivelmente, me deslocar


utilizando os transportes públicos.

Em Portugal quem regula as questões relativas ao transito é a Direcção Geral de


Viação, que emite as cartas de condução, aplica e estabelece os códigos da
estrada que depois serão aprovados pela Assembleia da Republica, o Ministério
dos Transportes e algumas outras entidades como o Instituto para a Mobilidade
terrestre, o Instituto de Estradas de Portugal que tutela as estradas, ou a BRISA.

Em muitas grandes cidades por esse mundo fora tem-se enfatizado o uso dos
transportes públicos para evitar problemas relacionados com a poluição atmosférica
e com o excesso de viaturas nas cidades, o que por outro lado também os torna
mais económicos devido ao aumento do número de passageiros e consequente
redução das tarifas de bordo.

Nos anos mais recentes os transportes públicos além de meio de transporte de


pessoas têm sido também um meio de difusão de expressão artístico - publicitária ,
e alguns transportes utilizados noutras culturas são ele próprios exemplos de arte
sobre rodas tal como os Jeepney, nas Filipinas (são autocarros tradicionais daquele
país)

Algumas medidas amigas do ambiente que estão a ser implementadas em muitas


cidade europeias e não só, com vista à redução de energia e do tráfego urbano vão
desde carros movidos a electricidade, a esquemas de portagens urbanas, bicicletas
gratuitas e parquímetros alimentados a energia sola.

No contexto do meu uso dos transportes,devo salientar que utlizo bastante o


metropolitano bem como os autocarros .

Quanto ao metropolitano,acho que é um meio bastante práctico pois permite aos


utentes deslocarem-se (e refiro-me ao caso concreto da cidade de Lisboa) para
qualquer zona da cidade, poupando tempo, além de ser um meio de transporte não
poluidor)

A existência de um passe social é uma vantagem prática de ordem económica, pois


permite uma considerável redução de gastos no orçamento mensal dos utentes,
77
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
que assim compram um bilhete único mensal não tendo de pagar o preço unitário
da viagem, contra a apresentação daquele título de transporte (o que contribui e
estimula enormemente o uso dos transportes públicos com todas as vantagens que
já mencionei).

Voltando ao uso do automóvel cabe- me referir que, em casa de uma forma ou de


outra sempre houve um automóvel.

Os meus avós em Moçambique, tinham algumas viaturas, o que lhes facilitava, a


vida para a sua deslocação no meio rural em que viviam. Os meus pais também
tinham o seu carro .

O automóvel, inventado em 1886, por Daimler foi de facto uma invenção prodigiosa,
pois operou uma grande revolução, tanto ao nível dos transportes, como das vias
de comunicação e muito mesmo ao nível do desenvolvimento urbano.

Creio que mesmo depois da proximidade das vias de comunicações fluviais e


marítimas , a existência de estradas e auto-estradas e outras vias de acesso , tem
sido um factor importantíssimo no desenvolvimento de muitos meios urbanos ,
sobretudo dos do interior, não só em Portugal, mas também a um nível global, pois
as cidades criam-se e crescem onde há acessos e estradas.

Para assegurar a segurança dos automobilistas existem em toda a rede viária


sinais de trânsito, marcas rodoviárias, sinalização luminosa que visa regular o
trânsito de pessoas e viaturas, um código da estrada que estabelece regras para a
circulação de pessoas e viaturas, além de dispositivos, como radares para limitarem
e detectar o excesso de velocidade de alguns automobilistas.

No aspecto da segurança rodoviária refiro que o código da estrada é o conjunto de


normas e regulamentos que estabelecem os princípios gerais de circulação em
segurança em todas as vias públicas e privadas, as formas como os condutores
devem circular de ordeiramente nas vias de circulação, respeitando todos os
demais utentes da via bem como o tipo de disposições inerentes as condições de
circulação atendendo a factores externos como condições meteorológicas, estado
das vias e a factores relativos às características dos veículos, tipo de habilitação
legal, categoria, dimensões, sinalização etc..

A nível dos transportes terrestres é importante referir a grande importância que têm
o comboio pela sua rapidez e comodidade.

Na Europa, o comboio tem sido, ao nível do transporte de mercadorias, suplantado


pelos camiões, pois os camiões permitem, através das auto-estradas, levar as
cargas directamente ao seu destino final, sendo as cargas aí descarregadas.

78
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
O comboio implica que as cargas e descargas se tenham de efectuar nas estações,
embora, neste caso intervenha sempre o critério relativo da maior ou menor
urgência e do tipo de mercadorias transportadas.

O desenvolvimento dos transportes não se ficou apenas pelos transportes


terrestres ...

Voar foi sempre um dos sonhos da humanidade desde os tempos mais remotos....
Já em 1783, os irmãos Montgolfier surpreenderam o mundo com a sua invenção, o
aeróstato (balão de ar quente ) .

Em 1904, dois irmãos norte americanos, Orville e Wilbur Wright, fizeram o seu
primeiro voo bem sucedido numa máquina a motor .

Desde então, a nível dos transportes aéreos progrediu-se imenso e creio que nos
primeiros cinquenta anos a devido às duas grandes guerras operou-se um
desenvolvimento bastante rápido deste meio de transporte.

Progrediu-se dos aviões a hélice para os aviões a jacto e no âmbito destes


ultrapassou-se a barreira da velocidade do som, chegando-se inclusive a possuir
um avião destes que se tornou um sucesso comercial durante alguns bons anos : o
Concorde .

A evolução e o progresso dos transportes aéreos veio unir os dois lados do


Atlântico em questão de apenas algumas horas, bem como pontos da Terra que
distam entre eles alguns milhares de quilómetros .

O avião permitiu que, do ponto de vista cultural e das comunicações, o mundo se


tornasse mais pequeno e permitiu igualmente grandes avanços a nível das
comunicações postais, do transporte de encomendas e até de mercadorias, se bem
que para grandes cargas ainda se prefiram os meios navais, pois estes permitem
um amplo escoamento de produtos a nível global também, facilitando o comércio de
mercadorias entre os dois lados do Atlântico por exemplo.

No domínio geral da evolução dos transportes cabe referir que esta tende a ser
influenciada ainda também pelas questões ambientais, preferindo-se por exemplo
os combustíveis menos poluentes (gasolina sem chumbo, gás de petróleo liquefeito
e biodiesel) e algumas alternativas de transporte menos poluentes tais como os
automóveis eléctricos ( campo da indústria automóvel que tem progredido bastante)

Estudam-se no entanto meios alternativos aos motores de combustão por estes


serem mais poluentes e buscam-se soluções orientadas para a utilização das
energias renováveis.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Com vista a reduzir e na procura de acabar com a dependência dos combustíveis
fósseis (petróleo), que não são inesgotáveis, vários fabricantes já oferecem
modelos automóveis movidos a gás natural, que também é um recurso natural
esgotável,ainda que menos poluente. Outros apostam no desenvolvimento de
automóveis eléctricos, apesar de alguns inconvenientes a nível de custos de
fabrico.

Entretanto, outros ainda estão a desenvolver soluções híbridas utilizando o bio


diesel em conjunção com a electricidade .

Acredito que os meios de transporte serão mais eficientes, mais rápidos e mais
amigos do ambiente com evidentes vantagens para os consumidores, para a
saúde destes e para o ambiente.

A acompanhar de perto a evolução dos meios de transportes, esteve sempre o


desenvolvimento dos meios de comunicação de uma forma ou de outra.Os meios
de comunicação a que me refiro são os jornais, as revistas, a rádio e a televisão,
que são aquilo a que alguns se referem como o terceiro poder, pois em
consequência do desenvolvimento das tecnologias de informação, a qualidade e o
teor da informação divulgada tem reflexo nos hábitos sociais e nos modos de
pensar das pessoas .

Os média têm acompanhado, de perto, as conquistas científicas dando-nos a


conhecê-las como no caso, por exemplo, da chegada do primeiro homem à lua, do
lançamento do primeiro vaivém espacial (momento que vivi ). No entanto nalguns
casos há notícias de teor sensacionalista ( que muitas vezes têm mais o objectivo
de vender jornais e de fidelizar os receptores das notícias com objectivos
comerciais).

Os meios de comunicação têm sido importantes,como já referi, na formação da


opinião pública mundial e até na mobilização da sociedade para muitas causas
sociais, como por exemplo para dar a conhecer boas praticas ambientais, e
problemas que afectam a comunidade global, mudando as formas de pensar e até
tornando as pessoas mais tolerantes e levando-as nalguns casos a abandonar
alguns conservadorismos e cepticismos e tornando-se críticas em relação a
determinadas práticas injustas como as discriminatórias, a que ao longo deste
portefólio referi.

Ao longo da história muitos têm sido os factores,que condicionam a evolução das


sociedades, como as revoluções sociais e políticas (exemplo da revolução francesa
que influenciou bastante muitas outras ocorridas no século XIX e XX ) , o ambiente
e as catástrofes naturais (erupções vulcânicas como a de pompeia o terramoto de
1755 em Portugal) e algumas guerras, entre outros.
80
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
No plano cultural, ao longo dos tempos, também houve factores que influenciaram a
evolução das sociedade tais como a invenção da escrita ( que nasceu da
necessidade de se efectuarem contagens e de se registarem acontecimentos e
existências ) a invenção da imprensa (duas invenções interligadas, em importância
embora afastadas no tempo uma da outra, mas que conjuntamente têm permitido a
difusão da cultura, a escrita como forma de registar, relatar, informar, e a imprensa
dando ampla difusão á escrita e globalizando-a, para lá dos limites do papel ) .

Além destes factores posso referir alguns mais recentes como a globalização, que
tem dado lugar a uma maior interdependência e interacção entre os povos, a
difusão das tecnologias de informação, estes são factores potenciadores e
geradores de mudança na organização das sociedades com impactos sociais
económicos e profissionais.

Alguns factores de aceleração das mudanças sociais são também o


desenvolvimento e adopção dos modelos económicos capitalistas, em detrimento
dos sistemas económicos de direcção central tal como ocorreu em muitos países
do antigo bloco comunista e países de regime comunista em outros pontos do
globo. A expansão do capitalismo industrial, bem como os desenvolvimentos das
ciências do pensamento (filosofias iluministas e racionalistas ) a partir do século
XVIII, que enfatizaram formas de pensar mais individualistas do homem em relação
ao estado.

A evolução dos meios de comunicação também ocasionou que se desenvolvesse


todo um meio profissional à volta deles que inclui jornalistas, técnicos de audio,
sonoplastas, fotógrafos, operadores de câmera, entre outros e que se
desenvolvessem centros e escolas de formação para esta área .

Reportando-me aos meios de comunicação social quero referir a importância que


teve a rádio nos meus primeiros 10 anos de vida, pois durante aqueles anos não
tínhamos televisão em casa e a rádio era o meio de informação privilegiado, através
do qual sabíamos o que se passava pelo mundo, e onde acompanhávamos os
folhetins ou novelas radiofónicas .

No contexto dos média e com especial destaque para a televisão, que quanto a
mim é o meio de comunicação que mais nos influencia, posso distinguir dois tipos
de serviço, o público que tem por missão informar e dar a conhecer sobretudo tudo
aquilo que se relaciona com a nossa cultura e país, e o serviço privado que tem
objectivos de ordem mais comercial , tal como promover serviços e entreter,
procurando atingir também o maior número de audiências possível.

No campo das artes o papel dos média tem sido importante ao dar a conhecer as
várias formas de arte e ao incentivar as populações a conservar e valorizar o
81
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
património cultural do ,assim como tem ainda nesse campo de contribuir para que
as pessoas desenvolvam e construam a sua própria percepção daquilo que é arte.

O património esclareço, é todo o conjunto e todo o legado sócio-cultural


pertencente a uma comunidade ou mesmoa um país, que herdamos dos nossos
antepassados e daqueles que nos antecederam, e este poderá corresponder a
edifícios, monumentos, documentos escritos, artes e saberes tradicionais e revelar-
se através da arte, na música e até na nossa língua (caso de palavras e expressões
que herdamos de outros idiomas)

Cada um dos meios de comunicação social (rádio e televisão ) gere o seu tempo de
transmissão e utiliza a linguagem mais adequada ao tipo de serviço que presta e
que mais se adequa ao teor noticioso que divulga.

A forma como as notícias e a informação são transmitidas terá sempre alguma


influência nos receptores, que são o público-alvo.

Há vários meios de obtenção de informação nos média e estes vão desde


sondagens, e inquéritos para definir estatísticas, análise de documentos, até
entrevistas, debates além da observação directa.

Alguns destes meios são também utilizados também no estudo de temas ligados à
cultura e ao saber .

A rádio é um meio de comunicação de conteúdos destinados a serem ouvidos, e


portanto utiliza uma linguagem falada, pois o público-alvo quer antes de mais, ouvir
enquanto que a televisão é um meio audiovisual por excelência, que acrescenta
imagens, e onde o conteúdo dos programas além de afectado pelo que se diz é
afectado sobretudo pelo que se vê, e pela forma como aquilo que se vê é
apresentado .

Os meios de comunicação, todos eles, usam formas de texto adequadas ao meio


que utilizam e ao tipo de utentes que os utilizam, deste modo os jornais usam texto
escrito com fotografias, a televisão utiliza legendas para a tradução de filmes e
diálogos em língua estrangeira além de texto artístico para a publicidade ou para
produções tais como telenovelas, publicidade etc...

Quanto aos meios de difusão e de transmissão de informação aponto a importância


do satélite como meio de transmissão técnica do sinal de televisão e refiro que os
canais (transmitidos a frequência de satélite desempenham, na maioria dos casos,
um papel importante como meio de difusão cultural, a nível global. É o caso da RTP
Internacional e da RTP África. A mesma tecnologia também é aproveitada para as
transmissões por cabo.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
As comunicações de satélite funcionam da seguinte maneira : o sinal de televisão é
enviado para o espaço em frequência de satélite (de alguns Giga hertz) recebido
pelo satélite e enviado para a Terra onde é descodificado através de um
desmodulador (box ) que o converte em sinal de televisão de um forma simples, no
entanto há várias tecnologias associadas a este processo .

No campo dos conteúdos apresentados nos média aponto a importância da


publicidade não só no campo da divulgação de produtos comerciais mas também
de informação médico-sanitária e institucional, que permite que conheçamos que
meios ou a que serviços podemos recorrer em determinadas situações.

Muitos produtos são afectados pela publicidade e pela necessidade social da sua
existência, o que quanto a mim explica o porquê do seu aparecimento em
determinadas alturas.

As novas tecnologias de informação enriquecem o meu quotidiano, pois facilitam


imenso a minha comunicação com os outros de uma forma económica, pois sem
elas o custo financeiro de comunicar por telefone, por exemplo com pessoas de
outros continentes seria bastante elevado e é claro tornam a organização do meu
dia-a-dia mais simples.

Porque é um “must “ nos dias que correm e para estar sempre comunicável
costumo trazer comigo um telemóvel ...

Lembro-me que há dez anos atrás quando comprei o meu primeiro telemóvel ele
era enorme, quase do tamanho de uma mão e a maior parte das pessoas
considerava-os um luxo, e até uma manifestação de snobismo. Mas hoje em dia
tornou-se um acessório extremamente importante, e a evolução tecnológica tem
permitido o acréscimo de alguns extras como a possibilidade de se receber sinal
televisão, de aceder à internet, além de funcionalidades como calculadora, agenda
pessoal, câmera de vídeo e fotográfica, envio e recepção de mensagens pessoais
de diversos tipos (SMS e MMS, e-mail etc) .

Também a tecnologia de fabrico dos telemóveis tem vindo a acompanhar as


restantes tecnologias de informação e assim sendo chegamos, recentemente, às
tecnologias de terceira geração que já integram bastantes elementos multimédia
com a possibilidade de receber mensagens de vídeo e televisão.

Creio que o escalão etário que mais utilize o telemóvel para envio de mensagens
seja o dos jovens entre os 10 e os 17 anos, pois o custo das mensagens é inferior
ao das chamadas nas redes móveis.

83
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
O envio de mensagens SMS ou os emoticons (símbolos que procuram identificar o
modoou disposição ) nos chats da internet são formas de comunicação não verbal
que se servem de uma linguagem abreviada, que procura ser mais rápida e sucinta
que a falada , pois quanto mais simplificada for a linguagem, maior será o conteúdo
desta .

Devido à grande evolução tecnológica dos telemóveis e ao facto de muitos deles se


tornarem obsoletos, tem havido campanhas de recolha destes para posterior
reciclagem com evidentes vantagens para o ambiente.

Hoje em dia o uso social do telemóvel, é por assim dizer bastante diversificado,
abrangendo praticamente todos os estratos sociais, todos os níveis literários,
profissionais e camadas etárias.

Muitas pequenas e médias empresas utilizam hoje o telemóvel como meio


privilegiado de contacto em detrimento dos telefones fixos (ou de companhia ) e há
profissões em que este aparelhinho é mesmo indispensável como no caso dos
vendedores, profissionais da construção civil e dos profissionais que no campo da
saúde se dedicam à emergência médica ou à protecção civil (onde poderá ser mais
indispensável ainda do que no primeiro caso ).

Um telemóvel basicamente, compõe-se de um corpo, um visor ou ecrã de cristais


líquidos e de um teclado alfanumérico, que permite a introdução de dados. A nível
interno possui uma bateria de alimentação, uma memória, uma tomada ou conector
fêmea, que permite carregar a bateria e em alguns modelos também a inserção de
um cabo de dados para ligação a um computador .

Hoje em dia muitos modelos de telemóvel oferecem já também a possibilidade de


aumentar a capacidade memória.

O telefone fixo é e tem sido, desde meados do séc. XIX ,altura em que foi inventado
por Alexander Graham Bell, um dos meios de comunicação voz-voz mais antigo e
mais utilizado, embora pelo facto de não possuir a característica de mobilidade,
mesmo no caso daqueles modelos sem fio de rede fixa que não têm igualmente a
largura de banda, dos telefones móveis, tenda a perder terreno em relação aos
telefones móveis.

Há vários outros dispositivos associados às comunicações rádio tais como os


walkie- talkies e os telefones de satélite. No primeiro caso são apenas utilizados em
âmbitos profissionais e no segundo caso são bastante caros. Há alguns outros que
se estão a popularizar como o GPS, um dispositivo que utiliza as tecnologias de
satélite para, segundo um certo número de coordenadas e mapas de estradas,
orientar os condutores de veículos ..
84
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
No meio laboral não faço um uso muito frequente do telefone fixo, talvez mais dos
telemóveis e por vezes dos walkie- talkies.

Em casa, utilizo o telefone fixo para receber chamadas, utilizo o telemóvel também
para receber chamadas e utilizo programas de computador que possuem o
chamado VOIP - protocolo de voz da Internet , e que financeiramente são ainda
mais rentáveis, pois permitem-me, por exemplo, efectuar chamadas telefónicas
para redes fixas e móveis para alguns países europeus e nos Estados Unidos a
custo zero.

Para comunicar com qualquer instituição, de um modo geral, faço-o por telefone
fixo, em alguns casos quando é necessário enviar uma carta ou um currículo utilizo
o correio postal ou envio um E-mail. Só em casos excepcionais, ou devido a uma
exigência específica de uma empresa, no meu interesse pessoal, envio faxes.

Hoje em dia, é possível comunicarmo-nos com pessoas do outro lado do mundo


através não só dos protocolos de voz como através da videoconferência. Com
muito maior celeridade do que aquela que teríamos se apanhássemos um avião e é
possível até interagir com o modo como vivemos o tempo utilizando as tecnologias
de informação e de telecomunicação, pois é possível enviar documentos
importantes que poderão acelerar processos de tomada de decisões entre pontos
distantes da Terra em questão de alguns minutos , seguir acontecimentos de forma
directa via- satélite, ou através da internet ou por telefone móvel, o que se reflecte
também nos trabalhos que realizamos, ou na cessação imediata dos mesmos .

A evolução das tecnologias tem sido também importante na medicina para a


observação e estudo das várias fases de algumas doenças oncológicas permitindo
detecta-las a tempo, como é o caso da utilização da tomografia axial
computadorizada, na obstetricia e saber qual o sexo de um bébé, e no tratamento
de algumas doenças como as cataratas e tumores que poderão ser eliminados com
recurso a laser, apenas para referir alguns exemplos, entre muitos outros .

As novas tecnologias de informação e de comunicação têm tido a sua influência


prioritária no modo como trabalhamos, o trabalho tornou-se mais rápido, a pesquisa
de informação e o acesso a registos e bases de dados mais célere, poupando
imenso tempo, e criaram-se também novos negócios relacionados com as
tecnologias de informação tais como a manutenção e instalação de redes e de
computadores, o fornecimento de serviços de internet e desenvolvimento de
software e de conteúdos para a internet entre outros que anualmente geram
milhões de Euros em lucros .

Muito daquilo que sabemos hoje, inclusive o desenvolvimento tecnológico de que


hoje beneficiamos está ou esteve associado ao estudo, à experimentação e à
85
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
recolha de informação prévia obtida através da observação , de inquéritos e de
questionários.

Geralmente em ciência procura-se através da observação formular uma hipótese,


que permitirá então formular uma teoria, que depois de testada, poderá ser dada
como facto confirmado se se comprovar na prática ou então através de novas
experiências reformular a teoria (um processo que se denomina método científico ).

Posso referir que dentre as teorias confirmadas e aceites está, por exemplo, a da
queda dos corpos que está na base da lei de Newton e que explica que os corpos
caem devido à existência de uma força chamada gravidade;

No campo das ciências sociais, os inquéritos de rua e as sondagens de opinião são


uma forma importante de recolha de opinião, permitem dar uma noção geral
aproximada dos modos de pensar e dos hábitos sociais de uma determinada
sociedade e população e no caso de alguns problemas sociais até permitem a
busca de algumas soluções .

Outra forma que por exemplo se utiliza como apoio à melhoria da qualidade e
eficiência das organizações é por exemplo a realização de testes psicotécnicos pois
estes permitem avaliar a competência e destreza de um candidato ou de um
funcionário para o desempenho de uma determinada função dentro de certos
parâmetros

Diz-se que hoje em dia já não existe diferenciação real entre sexos quanto às
atribuições das tarefas domésticas, o que é também verdade quanto à utilização de
equipamentos e sistemas técnicos quaisquer que sejam. Creio que pelo menos
neste sentido, no meu caso pessoal se poderá de alguma forma aplicar isto pois
vivo sozinho e em casa tenho de fazer as limpezas, cozinhar, lavar e passar a
minha roupa a ferro .

Considero que o sexismo não deixa de ser apenas mais uma forma ideológica de
discriminação e de exclusão social na pessoa das mulheres e creio que haverá
muito poucos trabalhos e ofícios, mesmo dentre aqueles que a sociedade atribui
como tradicionalmente masculinos que não possam ser realizados com igual
mestria, zelo e rigor por uma mulher. De igual forma também que não existirão
trabalhos ou áreas profissionais que possam estar condicionadas ou socialmente
atribuídas ao sexo feminino que não possam ser realizadas por mãos masculinas ...

-O meu processo anterior de RVCC, tal como já fiz alusão num parágrafo anterior,
de uma certa forma alertou e consciencializou –me, para as questões inerentes à
Cidadania e Profissionalidade, bem como para a sua importância para mim
enquanto indivíduo integrado na sociedade em que vivo .
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
A cidadania sendo a qualidade de Cidadão ou “o direito de Cidadão “ conforme a
maior parte dos dicionários de língua portuguesa a definem, acarretará não
somente direitos, mas também todo um conjunto de deveres que, na minha opinião
complementarão aqueles primeiros, partindo do pressuposto popular, em certa
medida, de que “os direitos de uma pessoa acabam onde começam os direitos de
outra ou das outras “.

De modo a que possámos conviver em harmonia e de uma forma geral para que as
relações entre os diversos elementos de uma sociedade, povo, nação, comunidade
se processem evitando atropelos, desde tempos remotos, têm-se estabelecido
regras ou leis, que no caso de muitas nações, se agrupam num texto legal
fundamental e básico que atende pelo nome de Constituição e que no caso do país
em que vivemos se chama “ Constituição da República Portuguesa.

De facto é este texto básico que harmoniza (e refiro-me ao caso concreto de


Portugal e das comunidades Autónomas dos Açores e Madeira ) todo o quadro
júridico das leis aplicáveis em todo o espaço admnistrativo português .

Todas as leis aprovadas ou a ser aprovadas pelos orgãos de Soberania ( Governo,


Presidente da República, Conselho de Ministros , Primeiro - Ministro , Assembleia
da Republica , tribunais , etc.. ) estão sujeitas aos príncipios estabelecidos na
Constituição, podendo, no caso de haver alguma falha no caso da aplicação
dalgum destes princípios relativamente a alguma lei aprovada por algum dos
orgãos de soberania , estas ser remetidas para o Tribunal Constitucional que
averiguará da constuticionalidade ou não da mesma .

Em relação à Constituição da República Portuguesa posso ainda adiantar que a


maior parte dos seus princípios orientadores têm por base aqueles já preconizados
na Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Assembleia Geral
da ONU, em 10 de Dezembro de 1948 e baseiam-se assim na igualdade e
universalidade de todos os cidadãos .

A Evolução dos direitos humanos .A carta Universal dos

Direitos Humanos

Os Direitos Humanos são, de uma certa forma, um conjunto de leis vantagens e


prerrogativas que devem ser reconhecidas pelo individuo humano como essenciais
para que este possa ter e usufruir de uma vida digna, para que não seja ou não se
sinta inferior ou superior aos demais indivíduos porque é de um sexo diferente,
porque pertence a uma religião, etnia, ou mesmo a um grupo ou classe social
diferente.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
A função dos Direitos Humanos e razão da sua existência é a de proteger o
indivíduo humano das arbitrariedades, dos autoritarismos, da prepotência e dos
abusos de poder.

O estabelecimento e criação de um carta em que se expõem os Direitos Humanos


básicos está ligada ao individualismo que se foi criando ao longo dos tempos nas
sociedades e que consequentemente levou à necessidade de limitar os poderes
dos estados sobre os indivíduos fazendo com que aqueles últimos bem como os
seus interesses fossem respeitados pelos estados .a onde se integram.

Os Direitos Humanos são também um conjunto de regras ou normas,


internacionalmente aceites por Governos, estados e organizações, que os estados
bem como os cidadãos que a eles pertencem devem seguir e respeitar.

A história dos Direitos Humanos ( talvez do ponto de vista em que eles têm vindo a
adquirir importância histórica desde essa altura ) poder-se-á reportar, talvez aos
finais do século XVIII, época em que eles começaram a ter alguma relevância
através das obras dos filósofos Hobbes e, Locke e algum tempo mais tarde, pelos
filósofos franceses Montesquieu, Voltaire e Jean Jacques Rosseau. Estes últimos
defenderam e enfatizaram a existência de direitos comuns naturais e alienáveis da
condição humana, tais como o direito á existência,à liberdade,à propriedade e à
posse de bens, e estabeleceram uma nova concepção de obediência, limitando
dessa forma o domínio do Estado.

Neste domínio poderei ainda aludir á Declaração de Direitos da Virgínia, a


constituição Americana de 1776 e a declaração dos direitos do homem e do
cidadão lavrada, em 1789, aquando da Revolução Francesa, como documentos
bastante importantes neste domínio.

A partir dessa altura houve uma evolução lenta e gradual dos Direitos Humanos.

A noção de direitos humanos não experimentou grandes mudanças até o início das
lutas operárias no século seguinte, altura em que também surgiram novos direitos,
que pretendiam dar solução a determinados problemas sociais através da
intervenção do Estado. Neste processo foram igualmente importantes as
Revoluções Russa e Mexicana.
Os direitos humanos começaram a evoluir e começaram também a ter uma carga
diferente nos programas dos diferentes estados e passaram a traduzir-se em
declarações dos direitos fundamentais comuns a toda a Humanidade .

A mesma dinâmica de declarações de direitos tem também sido aplicada a outras


áreas de intervenção, como por exemplo à existência de uma carta de direitos dos
animais ,da Terra , de uma carta universal de direitos da criança, direitos da mulher

88
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
etc... de forma muito complementar àquela dos direitos do homem e no mesmo
espírito.

Desde o nascimento da Organização das Nações Unidas, em 1945, o conceito de


direitos humanos tem-se universalizado, alcançando uma grande importância na
cultura jurídica internacional. Em 10 de Dezembro de 1948, foi adoptada e
proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Assembleia Geral
das Nações Unidas na sua Resolução 217 A (III), como resposta aos horrores da
Segunda Guerra Mundial e como tentativa de cimentar as bases da nova ordem
internacional que surgia depois do armistício.

Desde então têm sido ratificados e implementado vários tratados no sentido do


desenvolvimento dos Direitos Humanos .

A existência de uma Carta Universal e a aceitação da existência,dos Direitos


Humanos são importantes para que todo o conjunto organizado de indivíduos, que
atende por sociedade possa ter uma convivência pacífica.

As organizações não governamentais (ou também chamadas de organizações não


governamentais sem fins lucrativos), igualmente conhecidas pelo acrónimo ONG,
são associações do sector terciário, da sociedade civil, que se declaram com
finalidades públicas e sem fins lucrativos, que desenvolvem acções em diferentes
áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para
modificar determinados aspectos da sociedade .

Em muitos países as ONGs não têm figura jurídica (ou seja não têm um estatuto
legalmente definido) .

No âmbito dos Direitos Humanos as ONGs têm, em muitos casos desempenhado


um papel importante ora relatando, ora denunciando casos de abusos e violação
dos direitos humanos, ora sensibilizando as populações e os governos e
instituições para a existência e prática dos Direitos Humanos. Cabe por exemplo,
neste campo referir o papel desempenhado pela amnistia Internacional, pela
Humanrights Watch ou pela AMI e em Portugal por associações como o SOS
Racismo e a ILGA (que defende os direitos dos Gays e das lésbicas).

Na escala contrária à dos Direitos Humanos está a violação desses mesmos


Direitos Humanos anteriormente referidos. Na realidade a meu ver constituem
violações dos direitos humanos todas aquelas praticas levadas a cabo com o
objectivo de degradar, humilhar e desumanizar pessoas, grupos sociais e
indivíduos sejam elas com que pressuposto for ( Raça , cor da pele, estatuto social
ou condição social ou económica, sexo ou orientação sexual, proveniência ou
origem étnica, entre outras coisas ).
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
As violações dos Direitos Humanos poderão ocorrer tanto em estados totalitários
como nos estados democráticos e poderão manifestar-se tanto ao nível institucional
como a nível judicial, social e comunitário (através do abuso de poder, da violência
e tortura e coacção psicológica); nos domínios e contextos públicos e privados,
sendo talvez a praticas discriminatórias em relação a outros grupos sociais e com
base no sexo dos exemplos mais subtis.

Pese a existência de leis e de uma carta dos Direitos Humanos, anualmente são
relatadas milhares de situações em que os direitos humanos de alguém foram ou
estão a ser violados em alguma parte do mundo.
É portanto importante referir que numa sociedade democrática todos nós
possuímos direitos sociais e direitos laborais :

Como cidadãos todos nós usufruímos desses direitos e estamos sujeitos aos
deveres consignados pela Constituição . Assim :

Todos nós temos o direito à vida (Saliento que a constituição proíbe a pena de
morte como sustentáculo ao direito à vida) e à segurança, à identidade pessoal
(a sermos nós próprios), ao desenvolvimento pessoal (temos o direito de utilizar e
de usufruir das nossas capacidades criativas, e de procurar melhorá-las)

Todos temos direito `a capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à


imagem, à palavra (temos o direito de expressarmos as nossas opiniões pessoais ).

Todos temos o direito de expressar os nossos direitos sociais e laborais,


manifestando-nos e através do direito à greve .

À reserva da vida Pessoal, privada e familiar e à protecção legal contra qualquer


tipo de discriminação (seja alicerçada em que motivo for) – art.º 13; Artª 26

Todos temos direito à inviolabilidade de domicílio e de correspondência (ou seja


ninguém poderá entrar de noite nas nossas casa sem o nosso consentimento,
excepto em situação de flagrante delito ou mediante autorização judicial em casos
de criminalidade nos termos previstos pela lei)

Todos temos o direito a usufruir da Justiça (a sermos tratados de modo igualitário


perante os tribunais, na aplicação das leis criminais, a sermos defendidos, a
apresentar uma queixa ao Provedor de Justiça, por exemplo )

Todos temos direito à maternidade, à paternidade, à família, à juventude e à


participação política, à constituição de partidos políticos nos termos da lei e ao
associativismo nestes mesmos termos.

Uma das formas de exercer a minha participação e representatividade no Estado de


direito democrático em que vivo é, por exemplo exercer o meu direito de sufrágio
90
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
universal (direito de voto), participando como eleitor nas eleições, nos actos
eleitorais, e nos referendos expressando assim o direito democraticamente
consignado na Constituição da República Portuguesa de escolher o tipo de
Governo, que, na minha opinião, corresponderá aos meus interesses políticos e
que a meu ver defenderá melhor os meus direitos e liberdades cívicas.

O poder de participativamente exercer um direito de escolha política de forma livre ,


não coerciva, é um dos atributos do estado Democrático.

Recordo ou quero fazer recordar que antes da Revolução de Abril de 1974, este
direito não estava acessível a todos e muito menos de forma livre e não coerciva,
pois o, povo português estava afastado e excluído das decisões políticas que
afectavam a escolha dos órgãos governativos e não usufruia daqueles direitos a
que anteriormente enunciei e dos quais seguidamente elencarei mais alguns ...

Todos temos direito à saúde, à educação e ao ensino, à segurança social; todos


temos direito ao urbanismo e á habitação.

Refiro que o, texto da Constituição da República por exemplo, equipara e


salvaguarda os cidadãos portadores de deficiência física e mental aos demais
cidadãos

Todos temos direito ao trabalho ( o que na prática nem sempre acontece, pois há
descriminação de muitas pessoas no acesso ao trabalho)

E enquanto trabalhadores todos nós sem excepção temos direito :

À segurança no trabalho e à medicina no trabalho;

A organizarmo-nos e a aderir a uma comissão de trabalhadores e o direito à


liberdade sindical, ao direito de aderirmos ou de constituirmo-nos em organização
sindical e todos nós enquanto trabalhadores, temos direito à contratação colectiva
bem como ao direito à greve e à proibição do Lock-out (é proibida a recusa por
parte das entidades patronais da cedência dos meios necessários para que os
trabalhadores realizem as sua actividades como meio de pressão ou coação sobre
estes)

Individualmente como trabalhadores cada um de nós tem o direito de:

– Ser tratado com igualdade no acesso ao emprego, formação e promoção


profissional e a receber retribuição, devendo ser entregue ao trabalhador um
documento que contenha, entre outros elementos, a retribuição base e as demais
prestações, os descontos e deduções efectuados e o montante líquido a receber;

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
– Trabalhar o limite máximo de 40 horas por semana e 8 horas por dia, com
excepção de situações especiais como, por exemplo, em regime de adaptabilidade
e descansar pelo menos um dia por semana;

– Receber uma retribuição especial pela prestação de trabalho nocturno e a receber


uma retribuição especial pela prestação de trabalho suplementar, que varia
consoante o trabalho seja prestado em dia de trabalho ou em dia de descanso;

– Gozar férias (em regra o período anual é 22 dias úteis, que pode ser aumentado
até 3 dias se o trabalhador não faltar) e a receber subsídio de férias, cujo montante
compreende a remuneração base e as demais prestações retributivas e que deve
ser pago antes do início do período de férias;

– Receber subsídio de Nata,l de valor igual a um mês de retribuição que deve ser
pago até 15 de Dezembro de cada ano;

– Recorrer à greve para defesa dos seus interesses;

– Ser protegido na maternidade e paternidade (a trabalhadora tem direito a uma


licença por maternidade de 120 dias consecutivos, podendo optar por uma licença
de 150 dias);

– Segurança no emprego, sendo proibidos os despedimentos sem justa causa, ou


por motivos políticos ou ideológicos;

– Regime especial caso seja trabalhador estudante;

– Constituir associações sindicais para defesa e promoção dos seus interesses


socioprofissionais;

– Receber, por escrito, do empregador informações sobre o seu contrato de


trabalho como, por exemplo, a identificação do empregador, o local de trabalho, a
categoria profissional, a data da celebração do contrato, a duração do contrato, se
este for celebrado a termo, o valor e periodicidade da retribuição (normalmente
mensal), o período normal de trabalho diário e semanal, o instrumento de
regulamentação colectiva aplicável, quando seja o caso.

...E é Claro que assim como temos direitos temos deveres ...

Como trabalhadores temos obrigações para com a entidade patronal, estabelecidas


pelo contracto de trabalho (que é basicamente um acordo e também um documento
legal no qual nos comprometemos a prestar trabalho aos nossos patrões e eles, por
seu lado, a garantir que cumprirão e respeitarão os nossos direitos enquanto
trabalhadores, em termos favoráveis a ambas as partes , segundo determinadas
condições, regras e regulamentos estabelecidos no Código do Trabalho )
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
- Dentre estes deveres para salientar alguns, cabe-nos a nós como trabalhadores
respeitar o horário de trabalho, e cumpri-lo pontual e assiduamente, e respeitar e
tratar com educação o empregador, os companheiros de trabalho e as demais
pessoas com quem estabeleça relações de trabalho e realizar o trabalho com zelo e
diligência;

- Cumprir as ordens do empregador em tudo o que respeite à execução do trabalho,


salvo na medida em que se mostrem contrárias aos seus direitos e garantias
estabelecidas no contrato e código do trabalho, guardar lealdade ao empregador,
nomeadamente não negociando por conta própria ou alheia em concorrência com
ele, guardando sigilo em todas as informações referentes à sua organização, e
métodos de produção ou negócios;

- Zelar pela conservação e boa utilização dos bens relacionados com o seu trabalho
que lhe forem confiados pelo empregador e promover ou executar todos os actos
tendentes à melhoria da produtividade da empresa.

E a nível do cumprimento das normas de segurança , higiene e prevenção de


acidentes e riscos temos os deveres de :

- Manter o respeito, acatar as ordens e decisões da entidade patronal e cumprir


com as normas de segurança, higiene e saúde no trabalho;

- Contribuir para a melhoria do sistema de segurança e saúde existente no local de


trabalho e manter o zelo pela nossa segurança e saúde individual, bem como pela
daqueles que connosco partilham o mesmo local de trabalho e possam
eventualmente ser afectados pelo trabalho que realizamos;

- Manter o nosso local de trabalho asseado e contribuir para a limpeza e


manutenção do mesmo, cumprir com as regras de segurança estabelecidas e
respeitar a sinalização de segurança;

- Utilizar correctamente todos os equipamentos de protecção individual ou colectiva


e utilizar de forma correcta máquinas, ferramentas, aparelhos, dispositivos,
substâncias perigosas e outros equipamentos e meios colocados à disposição do
trabalhador e comunicar imediatamente aos superiores hierárquicos todas as
avarias e deficiências encontradas no local de trabalho e tomar conhecimento da
informação e participar na formação sobre segurança e saúde.

- Comparecer aos exames médicos e prestar informações que permitam avaliar o


estado físico e psíquico do trabalhador para o bom exercício das funções que lhe
estão atribuídas;

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Como cidadãos gozamos também dos direitos

- À propriedade privada e à iniciativa privada, bem como ao cooperativismo e à


autogestão, nos casos previstos pela lei ( por exemplo, nos estados socialistas e de
economia de direcção central como na antiga União Soviética, a iniciativa privada
bem como a propriedade privada eram proibidas ou então muitíssimo limitadas,
sendo que aqueles sistemas económicos assentavam também na colectivização
dos meios de produção ).

- Gozámos de direitos enquanto consumidores e todos nós como cidadãos deste


país e como filhos deste planeta temos também o direito ao ambiente e à qualidade
de vida .

- É claro não vivemos nem num mundo nem tão pouco numa sociedade perfeita.

Ainda que tenhamos todos estes direitos que são alienáveis à nossa condição de
cidadãos e de pessoas humanas vemos e constatamos, infelizmente, que na nossa
sociedade há ainda imensos atropelos a todos estes bons princípios que a nossa
constituição defende.

No domínio da aplicação da justiça infelizmente também temos que referir ao que


tudo indica que esta não tem sido igualitária para todos ...

Portugal continua a aparecer nos relatórios da Amnistia Internacional por casos de


abusos e violação dos direitos humanos perpetrados por membros das forças de
segurança, por casos de abuso de poder, tortura e coação psicológica nas pessoas
dos detidos e nas prisões.

Por outro lado o acesso à justiça é caro ....e os custos da apresentação de uma
queixa-crime também, os processos são morosos e as garantias de que
efectivamente seja feita justiça são muito poucas...

- Nesta sociedade as mulheres ainda continuam a, para as mesmas funções


,nalguns casos, auferir de salários inferiores aos dos homens e também nalgumas
profissões, a ser descriminadas em relação a estes.

Também neste país continuam a existir muitos casos “ ocultos “ de violência de


género, um tipo de violência até bem pouco tempo considerada “violência machista“
por alguns mas que não escolhe de facto sexo e também são ainda prevalecentes
outras formas de discriminação ..

Discriminação devido a questões de orientação sexual (homofobia ) e de


descriminação com base na côr da pele, e por razões de ordem socio-económica
que aliás estão na base de um fenómeno todavia crescente em Portugal, o da

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Ghetização, ou seja, certos grupos sociais (sejam étnicos, ou mesmo pessoas de
fracos recursos financeiros) ao sentirem-se marginalizadas tendem a isolar-se e
alhear-se da sociedade e dos processos que, de outro modo levariam à sua
integração. Estes grupos acabam por verificar e infelizmente constatar que as
possibilidades de inclusão numa sociedade competitiva são bastante poucas ou
quase nulas.

Desde o nascimento e em todas as fases da nossa vida todos nós temos


responsabilidades e deveres a cumprir, assim como direitos que nos assistem .

Assim, por exemplo quando era criança, no seio da família tinha de acatar as
ordens e conselhos dados pela família. Devia por ajudar em casa nas tarefas
domésticas para que a nossa casa ficasse mais limpa, deveria chegar a casa cedo,
antes do anoitecer para que a família não ficasse preocupada acerca do meu
paradeiro, para que soubessem onde estava ...Isto porque a família era talvez o
primeiro modelo de sociedade e o cumprimento daquelas regras implicava,
portanto, que cumprindo-as teria então maiores liberdades e maiores direitos no
âmbito do cumprimento das minhas responsabilidades.

Ao longo da vida, por exemplo na escola, também tive de cumprir regras.

Tinha de estudar e aprender aquilo que me era ministrado como matéria de ensino ,
de ser assíduo e pontual, ter comigo o material adequado às exigências das
disciplinas aprendidas, ser bem comportado e ter uma atitude de respeito (não de
absoluta submissão) para com os colegas de escola, assim como para com os
corpos docentes e auxiliares .

Caso não o fosse ou não tivesse este tipo de atitude no inter-relacionamento


pessoal seria então penalizado fosse com faltas de presença, fosse com faltas de
comportamento ou faltas de material (o que afectaria de forma clara e óbvia o
decurso do meu ano escolar ) .

Tinha também de zelar, ainda que não de forma directa pelo património escolar
comum ou seja não vandalizar (os bens como o mobiliário escolar , fossem mesas ,
cadeiras ou equipamentos sanitários ) pois era parte de um bem colectivo que
usufruía.

Como adulto, na sociedade, tenho além dos direitos e deveres que mencionei, uma
atitude análoga aquela, na conservação dos espaços, do meio ambiente, evitando
condutas que desrespeitem o ambiente, devo procurar condutas ecológicamente
saudáveis, e em relação, por exemplo, aos desperdícios e lixos colocá-los nos
recipientes especialmente concebidos para tal.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
No plano social devo respeitar e ter uma atitude favorável à conservação do
mobiliário urbano, bem como de tudo aquilo que faz parte dos equipamentos
colectivos, refiro-me a não praticar actos de vandalismo sobre, por exemplo
contentores de lixo, bancos de jardins, paragens de autocarro, sinais de trânsito e
todos aqueles equipamentos que a sociedade põe ao nosso dispor para que
usufruamos uma melhor qualidade de vida. No plano do inter-relacionamento
comunitário, por exemplo, sei que mesmo em relação às pessoas que não conheço
deverei tratá-las com o respeito devido a todosos seres humanos.

E claro ter uma atitude que salvaguarde o direito à diferença.

Nos transportes por exemplo devo respeitar os lugares reservados a idosos e


mulheres grávidas ou pessoas possuidoras de alguma incapacidade física, bem
como respeitar sinais, ou equipamentos destinados a serem utilizados em situações
de emergência (por exemplo não accionarei um alarme de forma deliberada,
quando há instruções para que aquele seja accionado apenas e exclusivamente em
caso de manifesta emergência).

Resumindo e concluindo todas estas são de facto algumas das regras e praticas
pessoais pelas quais eu, como elemento integrado na sociedade me rejo para que
o meu relacionamento com o meio, as pessoas e instituições com as quais tenho de
lidar no meu dia-a-dia seja mais suave.

Costuma-se dizer que de “menino é que se torce o pepino“. É para mim portanto
importante que as boas praticas de convivência social e de respeito daquilo que é
de todos nós comecem em casa, numa tenra idade e sejam levadas ou transpostas
para a sociedade em que nos inserimos, tornando-se assim em boas praticas de
conduta colectiva;.

As opções e escolhas que faço no meu dia-a-dia bem como as tomadas de


decisão, têm sempre em atenção todos estes princípios adequando as minhas
decisões pessoais às necessidades que as circunstâncias impuserem.

Sou um homem do meu tempo e vivo os problemas actuais inerentes à sociedade


em que vivo, ao ambiente, e à política mundial, pois estamos inseridos numa
comunidade Global e desta forma “ afiliados “ aos organismos e instituições
internacionais que o nosso país integra, tais como as Nações Unidas e o Conselho
Europeu, além de outros organismos internacionais, onde qualquer decisão aí
tomada afectará a nossa vida, a nossa economia e condicionará a tomada de
decisões a nível legislativo e jurídico e afectará as relações de Portugal com o
exterior ...

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Como já referi anteriormente,vivemos na chamada era da Globalização, num
mundo onde, sem que isso envolva necessariamente os estados a que pertencem
cada vez mais do que nunca as pessoas , povos e instituições interagem
directamente através das fronteiras políticas, o que acontece não só devido aos
avanços da tecnologia a nível das comunicações, mas também porque os governos
dos diferentes estados descobriram que se promove uma maior prosperidade
soltando as energias criadoras das pessoas em vez de restringi-las. Esta atitude
permite também um maior desenvolvimento tecnológico das vias e dos meios de
comunicação

As consequências da Globalização são as mais variadas .

No campo da luta e implementação dos direitos humanos um aspecto bastante


positivo da globalização é o da força das comunicações a nível global poder
contribuir para o acordar da consciência cívica e política internacionais.

Sendo bastante relevante o papel da comunicação social na denúncia de casos de


violação dos direitos humanos de forma mediática, como aconteceu por exemplo no
Darfur, província Sudanesa. isto acontece pois esta poderá ser talvez uma forma de
exercer maior pressão a nível dos diversos estados, na tentativa de correcção ou
intervenção em situações de ameaça dos direitos humanos.

É claro que a Globalização acarreta vantagens e desvantagens.

Entre as suas vantagens para além da que que mencionei refiro que, há nos países
mais desenvolvidos uma maior facilidade de acesso às tecnologias de comunicação
e que a comunicação e partilha de ideias a nível global foi melhorada, o que
contribui também para o enriquecimento cultural e intelectual das populações.

Por outro lado, a Globalização apresenta pelo menos as desvantagens de poder


levar a uma e uniformização dos valores culturais a nível Global, a de existir ainda
uma má distribuição das tecnologias de informação, havendo zonas onde estas
ainda não chegaram e outras onde só certos grupos sociais e pessoas de maior
importância têm acesso e também outras onde existindo essas tecnologias grande
parte da população local não tem conhecimento delas.

E há ainda a referir também como aspecto negativo a dependência das grandes


multinacionais americanas (a que cada vez mais estamos sujeitos) seja no domínio
das comunicações seja noutros, pois se para aquelas a crise chegar, as
multinacionais de outros países sofrerão também com estas, por arrastamento.

Quando era miúdo lembro-me de ter frequentado aulas de judo na Associação de


Pais do Olival Basto (na Póvoa de Santo Adrião ) e de ter frequentado classes de

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
ginástica desportiva aqui em Camarate, no antigo pavilhão dos Bombeiros
Voluntários de Camarate, mas actualmente não frequento nenhuma associação ou
agremiação e apenas estou inscrito no Instituto Espanhol, onde frequento a
biblioteca e onde vou ficando de certa forma, a par, das actividades culturais que
desenvolve ...mas é algo diferente daquele espírito associativo de outras eras

Creio que hoje em dia há, de facto talvez uma menor adesão das pessoas devido
ainda que pela negativa à globalização (muitas pessoas ”isolam-se“ quando
acedem à internet), também devido à televisão, e muito também por causa da falta
de tempo motivada pelos horários de trabalho (os empregos são muitas vezes
longe dos locais onde habitam, o que durante a semana dificulta muitas vezes o
maior associativismo).

Estas são a meu ver algumas das causas para uma cada vez menor mobilidade
associativa ...

De qualquer forma o associativismo não está morto; por exemplo, aqui em


Camarate, noto que há algumas colectividades que mesmo durante a semana
desenvolvem actividades recreativas como bailes para as pessoas de mais idade,
actividade que, segundo constato, conta com bastante adesão por parte daquela
camada etária, temos também, um clube de futebol o“Águias de Camarate“, que
desenvolve também actividades desportivas para além do futebol (Kick Boxing, por
exemplo) e contamos ainda com outras que se dedicam por exemplo à cólumbofilia
(corridas e criação de pombos) actividade que conta com bastante adesão entre as
camadas seniores desta freguesia.

Na minha auto- caracterização pessoal considero- me, sem pretensões de ser


especial e diferente uma pessoa diferente das outras na medida em que como ser
humano possuo um carácter e uma personalidade diferentes, o que obviamente me
tornará diferente dos outros.

É claro que, salvaguardo as minhas opiniões pessoais, e tenho sempre uma atitude
de reflexão crítica em relação às opiniões alheias, atendendo ao facto de que os
outros poderão ter opiniões e modos de pensar diferentes dos meus, que eu regra
geral respeito, embora não tenha que concordar, necessariamente, com eles em
todos os casos .

Julgo que deverá sempre prevalecer o respeito pelo diferença de opiniões, pois a
soma do seu todo será sempre enriquecedora e dotar-nos-á de um manancial de
conhecimentos que se não for utilizada naquela altura poderá sempre ser útil numa
outra situação distinta onde quiçá poderá ter uma aplicação mais adequada .

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
São várias as incumbências e diversas as atribuições das diferentes instituições,
tanto a nível local como a nível nacional.

Tanto as juntas e as Câmaras Municipais desempenham um papel importante não


só na preservação do património público existente dentro das suas áreas de
actuação, como também na preservação e valorização do património rural e
cultural. É importante que conservemos aquilo que herdamos do passado da área
em que vivemos.

As políticas locais de conservação do património são também elas geradoras de


empregos, tais como os oferecidos pelas áreas de restauro, manutenção,
remodelação e reconstrução de edifícios, monumentos, .além de outras áreas como
a restauração e mesmo o lazer. É o caso concreto do aproveitamento dos espaços
para eventos culturais e estruturas de hotelaria, que tem acontecido nalguns casos,
em que se aproveitaram antigos conventos em ruínas que se utilizaram,
posteriormente, para o turismo rural.

Por exemplo a nível do poder local é importante referir que as juntas de freguesia
são relativamente autónomas em termos administrativos em relação às Câmaras.

No caso da Junta de Freguesia de Camarate esta compõe-se de uma assembleia


de freguesia, que integra “vereadores” de diversas representações partidárias e tem
como incumbências a gestão e a manutenção dos espaços e dos recursos públicos
na área sob sua administração directa bem como proceder a outras tarefas a nível
administrativo tais com a proceder à atribuição de licenciamentos, por exemplo de
animais, recenseamento eleitoral, concessão de atestados de residência etc..

O concelho de Loures, aquele onde vivo compõem-se de 18 freguesias.

Os concelhos são geridos por uma Câmara Municipal e são compostos por uma
Assembleia Municipal, que é o órgão deliberativo.
A Câmara é o órgão executivo que trata do governo e dos assuntos correntes do
concelho .
De acordo com a população do concelho, a câmara municipal pode ser constituída
por um número de vereadores ímpar (em Lisboa são entre 5 e 17), eleitos por
sufrágio directo e universal em listas, partidárias ou não.
O executivo é representativo, incluindo vereadores eleitos por várias listas
partidárias.
A Assembleia Camarária é, por assim, dizer o "parlamento" do município, cuja
competência principal é a fiscalização da actividade da câmara municipal.
Parte dos seus membros, em número que varia com a população do concelho e
também com o número de freguesias, é eleita por sufrágio directo e universal em
listas que podem, ou não, ser partidárias, e a outra parte é composta por membros
por inerência: os presidentes das juntas de freguesia do concelho.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
A nível nacional, as decisões são tomadas,a mais alto nível de uma forma análoga
,ainda que mais estruturada, pelos Órgãos de Soberania : Presidente da República,
Primeiro – Ministro, Governo, Assembleia da República, tribunais etc..baseando –
se, de igual modo, na representatividade das diferentes forças políticas no
parlamento.
Este é o princípio em que assenta a democracia representativa .
O estado em que vivemos comunica com os seus cidadãos através dos média, de
editais e da publicação de um Diário da República, onde são publicadas normas,
regulamentos, decretos de-lei, leis, resumos de sessões da Assembleia da
República, assim como alterações legais, concursos públicos e os seus resultados
etc..entre outras coisas que afectarão de uma forma ou de outra a vida dos
cidadãos.
No contexto da minha vida privada, quando quero saber alguma coisa sobre
determinado assunto legal ou sobre algum assunto pertinente à administração
pública ou de ordem legal, recorro à consulta dos códigos legais existentes tais
como o código civil, de direitos de autor, do trabalho ou algum código processual
que já tem mais a ver com os tramites jurídicos e consulto o Diário da República
conforme o caso
No caso específico de informação de cariz geográfico, faço uso de mapas, podendo
utilizar as escalas e descodificar as distâncias, lendo as legendas tal como faço por
exemplo quando tenho de ler um projecto e de ler os símbolos eléctricos que
identificam os diversos elementos de uma instalação eléctrica.
A liberdade de expressão é uma das características inerentes aos estados
democráticos, assim como a opinião pública e a liberdade de reflectir e criticar ...
São vários e também de vária ordem quanto a mim aqueles factores que poderão
afectar e influenciar a opinião pública .
Estes poderão ter de base factores de ordem educacional e até cultural, pois como
seres humanos somos afectados por aquilo que ouvimos, no âmbito familiar em
casa, o que de alguma forma poderá condicionar aquilo que pensaremos quando
adultos e esta afectação quanto a mim poderá ser tanto benéfica como maléfica ,
dependendo do tipo de valores que nos transmitem e que vamos integrando
durante os anos do nosso crescimento e de desenvolvimento da nossa
personalidade .
É claro que isto não é uma análize rigorosa, pois aquilo que aprendemos não se
limita apenas aos valores que adquirimos no núcleo familiar .
A estes valores somam-se aqueles que aprendemos, por exemplo, nos sistemas
educativos, da prática e crenças religiosas, os que aprendemos através da
interrelação com os outros e no contexto da nossa convivência social e laboral.
Também somos influenciados por toda aquela informação que nos chega através
dos média, da rádio, da televisão e muito mais recentemente da internet.
Se considerarmos, por exemplo, alguns comportamentos estereotipados tais como
o racismo e certas outras práticas discriminatórias, poderemos constatar que muitos
deles têm, em muitos casos, a ver com comportamentos e valores que vimos fazer
e que aprendemos a aceitar no nosso código de valores como sendo correctos
ainda que não o sejam de forma alguma.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
- No caso concreto da opinião pública esta poderá ser condicionada pelos factores
que atrás referi (talvez no plano individual), bem como pela situação económica ou
política do estado ou país em que se encontra (no plano colectivo), que quanto a
mim são factores que poderão permitir uma maior ou menor vulnerabilidade. Posto
de outro modo, uma maior ou menor permeabilidade da sociedade a certos e
determinados teores informativos, tal como sucedeu nos anos trinta do século
passado, por exemplo, com a subida de Adolf Hitler ao poder na Alemanha em
1933.

Aquele facto ocorreu numa altura em que havia uma enorme crise financeira na
Alemanha e bastante desemprego, no plano social havia uma enorme disparidade
na distribuição da riqueza, o que permitiu que a opinião pública se tornasse mais
vulnerável a toda aquela propaganda que parecia, no fundo reflectir ou dar voz a
todo o mal-estar que se vivia naquela época e resolver todos aqueles problemas
atribuindo-os a um bode expiatório que naquele caso seriam os judeus e todos os
não alemães ..
No meu caso concreto e pessoal creio que me poderei distanciar bastante da
opinião pública se esta for uma demasiado generalista, pouco reflexiva,
desajustada e contrária aos princípios do raciocínio e do bom senso.

Sou uma pessoa que gosto de pensar e reflectir sobre as coisas sem fazer juízos
de valor para os quais não possua bases ou fundamentos. Assim gosto de me
informar primeiro sobre as coisas e poder formar uma opinião pessoal baseada no
meu poder de decisão.

O meu princípio de relacionamento com pessoas e instituições é o de respeitar as


pessoas e tratá-las de modo igualitário, respeitando os vários tipos de diferenças
(sociais, culturais, de opinião), expressando as minhas opiniões de forma assertiva
e fazendo de igual modo respeitar os meus direitos. Nas actividades laborais que
tenho realizado, tenho procurado seguir os códigos de conduta adequados à
profissão que realizo, ou ao trabalho que desempenho.

Também neste campo do trabalho mantenho uma conduta de lealdade para com a
entidade empregadora, de respeito, obediência nos temos da lei e de sigilo
profissional ...

No campo institucional, público ou privado, procuro expressar as minhas dúvidas,


sugestões, objecções e direitos de forma educada, clara, objectiva e no caso das
objecções utilizando os meios legais existentes ao meu dispor (livro de
reclamações, por exemplo ) .

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
No meu dia – a - dia relaciono-me bem com outras cultura e de alguma forma sou
também membro de outras culturas .No meu relacionamento aplico os princípios
que já mencionei de tolerância e respeito pela diferença .

Muitas pessoas de outros países têm procurado o nosso em busca de uma vida
melhor, alguns fugindo de regimes políticos repressivos e ainda outros fugindo de
situações de guerra, situações que um pouco por todo o mundo estão na origem de
muitos fluxos migratórios.

Emigrantes são aqueles que saem e imigrantes são aqueles que entram.

Em relação à população migrante a minha atitude é de acolhimento favorável a


estes..todos nós temos o direito de almejar uma vida melhor para nós e para os
nossos ...

A nível social acho que a imigração poderá trazer tanto benefícios como malefícios .

A migração de outros povos para o nosso espaço traz evidentes benefícios em


termos de mão-de-obra mas, por outro lado alimenta de alguma maneira a avidez
de alguns empresários menos escrupulosos que “sub-contratando” esta mão-de-
obra a custos mais propícios à sua ganância, declinam contratar trabalhadores
nacionais desestabilizando a nossa economia .

Nesse aspecto acho que se devia legislar e prevenir situações de exploração de


mão-de-obra, que ainda que esteja legalizada é aliciada para prestar serviço em
condições precárias, o que seviria também como meio de filtragem no âmbito do
combate à criminalidade em que caem alguns daqueles que para cá emigram.
Também em termos de mão-de-obra e no aspecto social naquelas outras áreas
como nas da saúde em que o país necessita de mão-de-obra qualificada acho que
eos emigrantes que possuem qualificações nessa área poderão ser uma mais-valia
e poderiam ser aí integrados sem prejuízo, é claro, dos nacionais.

A nível institucional acho que se deveriam implementar e melhorar os mecanismos


de apoio existentes de modo a facilitar a integração de todos aqueles que escolhem
o nosso país como país de acolhimento .

Considero que as actuais legislações não são más, porque já incluem coisas como
o retorno voluntário (que permite que todos os estrangeiros de fracos recursos
que queiram regressar ao seu país de origem ou a estados terceiros que os
queiram receber o possam fazer com apoio do estado português), o
reagrupamento familiar (que permite que os estrangeiros residentes em Portugal
possa trazer os filhos ou nos termos da lei um membro da família por exemplo), a
possibilidade de os filhos dos cidadãos estrangeiros residentes no território nacional

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
possam aprender e desenvolver a língua nativa não quebrando os vínculos
com a sua cultura de origem e a garantia de frequência do ensino mesmo para as
crianças que estejam indocumentadas em Portugal.

Em relação à interdependência global (globalização ) creio que é de facto


necessária bastante solidariedade e muito boa-vontade para resolver muitos
problemas a nível global tal como o dos direitos humanos (a democracia só por si
não os resolve, pois é um problema que começa a ter por base as pessoas dos
infractores e que depois se torna ,por vezes, institucional) .

Neste sentido é importante, a meu ver, que os Governos tomem eles mesmos
também a iniciativa de verificar se os direitos humanos são realmente cumpridos a
nível das instituições e das forças de segurança , sancionando os prevaricadores. É
também importante que haja uma cultura pública de boas práticas promovida pelos
estados nesse sentido.

Será de igual modo necessária muito boa-vontade para que possa haver uma
distribuição mais equitativa da riqueza e também boa-vontade para resolver a
escassez dos recursos naturais.

Neste último caso os governos terão de desenvolver políticas ambientais no sentido


de proteger os ecossistemas naturais, para acabar com as campanhas de
desflorestação por exemplo na Amazónia, caso em que deverá haver mais
empenho e pressão internacionais pois a floresta é um recurso natural importante ,
deverão os governos implementar políticas no sentido de coibir a poluição dos rios
por exemplo.

Na minha vida pessoal já tenho vivido situações de conflito tanto a nível familiar
como, social, institucional ou mesmo laboral, e às vezes também de discriminação
étnica.

Tal como referi no início deste portefólio nasci em Moçambique. Durante os últimos
anos da Guerra Colonial naquele território, devido à situação social ali vivida no
período após a independência, a minha família e eu tivemos “de regressar“ a
Portugal (quase 79 anos depois dos meus bisavôs maternos terem ido para lá um
como colono e outro como desterrado) devido ao facto de sermos Portugueses .

A nossa chegada, alojamento, adaptação e integração na sociedade Portuguesa da


época não foi fácil, pois havia ainda alguns ressentimentos de parte de muitas
famílias portuguesas que perderam os seus filhos na guerra e de ex-soldados que
foram combater no ultramar, que de alguma maneira viam em nós o bode expiatório
das suas feridas.

103
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Na escola era discriminado e excluído das brincadeiras pelas outras crianças que
me diziam constantemente que voltasse para a minha terra. Lembro-me também
que por alturas dos meus dez anos fomos ao Porto com os meus avós e eu e a
minha irmã brincávamos sozinhos, pois as outras crianças evitavam-nos e
apedrejavam-nos.

Lembro- me que numa ocasião eu e a minha irmã estávamos a brincar com uma
bola e inventámos um jogo divertido e as crianças da vizinhança ficaram algo
atónitas, estupefactas a olhar para nós ante aquele jogo tão divertido e a nossa tia
sugeriu-nos que as convidássemos a juntar-se a nós e para nossa surpresa
aceitaram e passámos uma manhã divertida .

Infelizmente, durante a minha vida escolar e mesmo laboral, tenho vivido


acontecimentos deste tipo alguns com carácter de ainda menor jocosidade.
Lembro-me que há cerca de dez anos pouco antes de ir para a África do Sul onde
vive o meu pai, (e onde contava estabelecer-me) fui a um notário com a minha avó
para reconhecer um certificado de formação profissional e os funcionários
simplesmente recusaram-se a atender-me.

O facto é que tenho vivido imensas situações como esta e isto numa sociedade de
pessoas que deveriam ter uma maior consciência para a cidadania, que hoje consta
dos currículos escolares.

Mas este é um problema de pessoas e de mentalidades e não propriamente das


instituições que representam só de per si .

Tal como aludi algumas linhas acima estive na África do Sul.

Foi uma viagem bonita, que durou pelo menos 12 horas .

Apanhei um avião no aeroporto da Portela ,que me levou a Londres, de onde


aguardei por outro que, esse sim, me levou para Joanesburgo.

Em Londres enquanto esperava , tive o prazer de falar inglês no país de origem


daquela língua, que estudara,até aquela altura, durante muitos anos, embora até aí
nunca tivesse estado num país onde se falasse aquele idioma .

Chegado à África do Sul, ainda tive de empreender uma viagem de autocarro de


500 km até Durban, na Província do Natal, o meu destino final, e onde vive o meu
pai.

Pelo caminho pude apreciar a cidade de Joanesburgo com os seus soberbos e


imponentes arranha-céus e desfrutar de uma paisagem magnífica de quintas e
campos verdejantes, de um verde vivo onde pastavam cavalos, avestruzes além de

104
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
algum gado vacum, bem como apreciar a beleza das montanhas do Drakensberg,
ao longo do meu percurso até Durban.

Em Durban na Província do KwaZulu-Natal (Kwa-zulu quer dizer “Terra dos Zulus”),


pude conviver com modos culturais diferentes. Convivi de perto com as culturas
hindu, muçulmana, malaia, Afrikaans, e zulu .

O povo zulu com quem convivi, é um povo muito evoluído culturalmente, possuem
canais de televisão na sua língua, publicações escritas e rádios que transmitem
também elas na língua Zulú, muito a contradizer as ideias romanescas que deles
temos, de um povo selvagem, bruto e aguerrido.

Fui para a África do Sul poucos anos depois do fim do Apartheid.

O Apartheid (palavra afrikaanse que significa “vidas separadas”) foi um regime


repressivo instalado naquele país em 1948, logo após a independência da África do
Sul. Era um regime de Governo de minoria Branca que se baseava ele próprio no
medo e na insegurança desta comunidade de que se as comunidades africanas
autóctones, de alguma forma pudessem ter acesso ou alcançar o poder político
destruíssem a cultura e modo de vida europeus a que a comunidade branca estava
habituada. O receio de que estas as suplantariam ou mesmo erradicariam alicerçou
estes receios, impondo um regime de terror sobre as populações nativas, privando-
as de todos os direitos cívicos e excluindo-as da cidadania .

Naquela altura, Novembro de 1998, a África do Sul encontrava-se em fase de


reconciliação .

A Comissão de Verdade e Reconciliação, numa iniciativa sem paralelo na história,


reunia-se em sessões quase diárias, para apurar a verdade sobre as atrocidades
cometidas durante aquele regime, oferecendo a todos aqueles que participaram
activamente nos massacres, nas barbáries, a liberdade em troca das confissões, e
dos relatos dos factos de tudo o que sucedeu.

Esta estratégia foi bastante útil e produziu resultados do ponto de vista prático, pois
permitiu apurar muitos dos eventos ocorridos naquela época, e mesmo ao nível das
consciências dos perpetradores, pois muitos deles puderam pensar a luz do ponto
de vista racional e arrependeram-se publicamente do que fizeram

A mesma abordagem que foi empregue na África do Sul também tem sido utilizada
noutros pontos do globo com o intuito de minimizar as tensões resultantes de
conflitos bélicos e de permitir que as populações ultrapassem os estigmas e
ressentimentos que de outra forma ocasionariam mais violência e banhos de
sangue, voltando a viver em comum.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Foi importante para mim notar que do ponto de vista social havia um espírito de
aproximação e de procura, um interesse em conhecer o modo de vida dos outros
...um esforço de ultrapassar as barreiras que, durante anos foram materializadas
por arame farpado, torres de vigilância e muita violência ...

Podemos viver juntos! Neste contexto seremos mais e sobretudo seremos muitos
ou apenas um todo ...

Quando me dirijo a uma entidade pública, espero ser tratado com profissionalismo,
imparcialidade e educação por parte de quem me atende.Por exemplo, na área da
saúde julgo que se deveriam subdividir mais as áreas de actuação dos centros de
saúde, criando novos centros, dois por cada uma das áreas actuais para que
aqueles pudessem cumprir os horários de atendimento estipulados por lei,e os
utentes não tivessem de se deslocar e apinhar-se à porta dos mesmos cerca de
duas horas antes daqueles abrirem as portas .

Acho que uma forma também de colmatar a falta de médicos e profissionais de


saúde seria baixar as notas médias de admissão nas faculdades. Esta medida
poderia incentivar aqueles estudantes que realmente quisessem seguir os estudos
nesta área com dedicação e empenho se formassem, sem qualquer prejuízo
obviamente dos cursos em si, dos currículos e cadeiras a eles associados Também
os funcionários em algumas instituições públicas deveriam ter workshops sobre
cidadania e atendimento público para que pudessem atender melhor os utentes dos
serviços em que trabalham .

Julgo que no contexto da resolução dos problemas globais e à luz da sua


complexidade, estes são tratados muitas vezes de acordo com os interesses
políticos e económicos das grandes potências e de acordo com os interesses dos
grandes grupos económicos, muitas vezes ignorando, de forma deliberada e
intencional os direitos humanos e civis das populações e dos trabalhadores.

Na realidade, o que noto é que pese a existência de uma boa-vontade no papel,


esta é na maior parte das vezes ultrapassada pelos interesses obscuros de alguns
países, estados e organizações

Julgo que a única solução para todos esses problemas seja realmente, os diversos
estados consolidarem os seus interesses tendo em atenção as questões relativas
ao ambiente, aos direitos humanos e a todas as outras questões que globalmente
nos afectam , e a empenharem-se na resolução destas questões com vontade
activa e participativa.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
A minha opinião sobre a tolerância e diversidade

A tolerância é, segundo alguns dicionários, uma tendência para admitir formas de


agir, de sentir e de pensar diferentes das nossas.
Manifesto–a na minha vida a vários níveis e em vários núcleos de pessoas
aceitando o direito que têm de serem, viverem e de pensarem de forma diferente
daquela que eu sou, vivo e penso.

Na família aceito as diferenças de opinião e com os vizinhos também faço o


mesmo.

Se queremos viver nesta sociedade sem nos atropelarmos deveremos ser


tolerantes para com os diferentes modos de viver e de pensar, ainda que
discordemos deles . Trata-se de um princípio de convivência democrática .

Nos locais onde tenho trabalhado, tal como noutros campos de inter-relação
pessoal, por vezes surgem conflitos .

Quando estes surgem motivados pela divergência de interesses procuro conciliar


os meus interesses com os da outra parte, de modo a que se encontre uma solução
comum, que possa satisfazer ambas as partes e ressalvo que é frequente até no
âmbito da indústria da construção civil , nas grandes obras surgirem conflitos de
interesses entre os operários das diferentes profissões pois todos partilham do
mesmo espaço , por vezes reduzido onde realizam os seus mesteres ,conflitos que
se resolvem sempre na base do diálogo expondo as nossas ideias e sendo
tolerantes e tendo sempre em atenção e respeito o trabalho dos outros .

Posso dar o exemplo de uma obra onde trabalhei como pré-Oficial electricista, obra
que iniciei com os meus colegas, de raiz. Naquela fase dos trabalhos,
trabalhávamos quase em conjunto com os carpinteiros de cofragem e com os
armadores de ferro. Nós estávamos a passar tubos rígidos para posterior
enfiamento das cablagens eléctricas ao mesmo tempo que os armadores de ferro
iam fazendo as malhas nas quais íamos fixando os tubos e instalando as varias
caixas de derivação . Era um trabalho no qual, por vezes tínhamos que interferir e
eles no nosso. Tínhamos que regular o nosso timing pelo deles, pois na fase
seguinte do trabalho deles teriam de encher as placas e malhas com betão

É portanto importante, a meu ver que se mantenha sempre uma atitude de abertura
a qualquer tipo de negociação e de cooperação nas actividades laborais. Porque
essa atitude permite resolver muitos conflitos e melhora a convivência entre todos
os intervenientes.

Nas minhas actividades sociais creio que o papel que posso desempenhar para a
inserção e mediação intercultural é o de ter uma atitude de respeito pelo meu
107
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
semelhante humano e tratá-lo como eu gostaria e gosto de ser tratado
,independentemente da sua origem.

Em relação às culturas diferentes penso mais naquilo que poderei aprender com
elas do que aquilo que, eventualmente, poderei perder... . Pois a História e
evolução das sociedades humanas têm-se construído através do intercâmbio de
culturas.

Herdamos os Catamarãs dos habitantes do Pacífico, a bússola, a pólvora, o papel,


as notas de banco dos chineses, o Buggie-Jumping dos habitantes da Papúa Nova
Guiné, os caiaques dos esquimós etc... portanto creio que aprenderemos sempre e
é sempre enriquecedor, para todos nós e para os que vêm de fora também .

A forma como reajo a situações polémicas é norma geral afectada pelo contexto na
qual aquelas se inserem. Norma geral, procuro agir de forma reflectida e com um
ponto de vista crítico e subjectivo, não me deixando influenciar por juízos de valor
preconcebidos .

Costumo também, na elaboração da minha opinião, informar-me acerca das outras


opiniões através dos média. Assistindo a debates televisivos ou, quando ache
necessário, pesquisando sobre o assunto, seja na internet, seja nas bibliotecas
públicas sobre o assunto .

Nunca participei de uma instituição deliberativa, no entanto, na escola, lembro-me


que quando tínhamos de escolher um delgado e um subdelegado de turma
utilizávamos uma espécie de sufrágio directo em que cada aluno escrevia num
papel o nome daqueles que pretendia ver como representantes de classe .

Claro que aqueles que tinham mais votos acabariam por ser escolhidos. Caso não
houvesse consenso procedia-se a nova votação até se encontrarem os nossos
representantes, aqueles que, legitimamente, defenderiam os interesses da turma
perante o conselho directivo e a associação de pais.

Quanto a mim, daquilo que pude observar e até por analogia, com por exemplo,
uma junta de freguesia o processo ou os processos deliberativos funcionam mais
ou menos da mesma maneira, ainda que em casos, como o da Junta ou de uma
Câmara, ou de um clube existam alguns outros órgãos como um tesoureiro , uma
assembleia de freguesia ou municipal, sendo as decisões por regra tomadas de
forma participativa e assentando aquelas no poder da maioria.

Costumo ser assertivo quanto à expressão das minhas ideias se bem que nunca
tenha participado em algum debate público, formal. Já tenho participado em

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Chatrooms onde as pessoas conversam sobre os mais diversos assuntos e tenho
exposto as minhas ideias e pareceres de maneira assertiva e equilibrada .

Com o 12º ano espero poder aceder a maiores possibilidades de trabalho, em


Portugal e nos outros Estados Comunitários. Perspectivo também a hipótese de
seguir estudos universitários ...

Claro que também gostaria poder adquirir uma casa, de casar e de ter muitos filhos
.....bom não tantos assim..acho que dois chegavam.

Até agora não tenho participado em projectos que envolvam a comunidade onde
vivo ou outra.

No meu dia-a-dia preocupo-me com o ambiente e com a saúde.

Procuro, no domínio ambiental, transmitir este tipo de preocupações aos outros


com quem convivo, elucidando-os para algumas boas práticas, relativas, ao
ambiente No caso dos desperdícios sólidos, tenho por exemplo alertado a algumas
pessoas para a necessidade de utilizarem sacos de lixo fechados, quando não
podem deitar o lixo dentro dos contentores de lixo e estes estão a abarrotar, como
alternativa a deitarem o lixo na rua ....

Hoje em dia muitas empresas, mesmo da indústria transformadora, já procuram


reciclar os materiais (papel, cartão e plástico) ou usar materiais reciclados nas suas
unidades de produção e nos seus processos de fabrico até porque estes acabam
por ser financeiramente mais generosos .

Algumas empresas do terciário promovem campanhas de recolhas de


electrodomésticos usados, e de baterias e pilhas.

A meu ver é importante que haja publicidade a nível institucional sobre a


reciclagem, pois isso torna o público comum mais crítico e mais informado sobre as
questões ambientais e este poderá exercer maior pressão sobre as empresas das
quais obtém os seus bens de consumo...

Também neste aspecto importa realçar o papel dos média na transmissão, difusão
e no debate público (que obriga a reflectir) de informação sobre as questões do
ambiente.

A meu ver é importante que sejamos informados a respeito de questões que nos
interessam a todos como habitantes deste planeta, a nossa casa comum que é
necessário preservar.

109
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Tenho aconselhado muitas pessoas a utilizarem as lâmpadas economizadoras no
âmbito da minha profissão, assim como a que utilizem, por exemplo, extensões
com interruptor de ligar e desligar.

Coloco os resíduos sólidos de casa não recicláveis nos contentores de lixo para
evitar sujar as ruas, porque aqueles, vertidos a céu aberto são um foco de doenças.

Os resíduos sólidos recicláveis tais como o vidro, o papel e as latas,tenho por


hábito colocá-los nos recipientes ou contentores especialmente concebidos para o
efeito. Estes resíduos depois serão sujeitos a tratamentos especiais de reciclagem
nas indústrias transformadoras para reutilização futura.

Em casa por exemplo para poupar energia eléctrica utilizo lâmpadas


economizadoras (lâmpadas fluorescentes ). Este tipo de lâmpadas permite
economizar energia pois tem uma luz mais fria e o seu processo de funcionamento
permite diminuir o efeito de Joule (que corresponde à transformação de energia
eléctrica em energia calorífica).

Outras medidas quanto à utilização da iluminação artificial igualmente saudáveis


nesta matéria da poupança energética e que permitem evitar gastos inúteis de que
também me sirvo são :

Utilizar candeeiros pequenos em vez de iluminar toda uma divisão da casa quando
não for necessário;
Apagar todas as luzes desnecessárias e substituir nas divisões onde as luzes estão
mais tempo acesas, as lâmpadas incandescentes por lâmpadas de baixo consumo
sempre que possível;
Limpar regularmente as lâmpadas;
Evitar revestir as paredes com tinta ou papel muito escuros pois com as paredes
claras são menores as exigências de iluminação artificial:

Também evito, mesmo no Inverno rigoroso, o uso e a utilização de calefactores e


de aquecedores e vedo portas e janelas para evitar as perdas de ar quente, medida
que permite que tenha os calefactores menos tempo ligados com o intuito de
reduzir o consumo energético. Lavo a roupa na máquina de lavar com água fria,
pois esta gasta muita energia só com o aquecimento da água.

Em Portugal algumas das entidades responsáveis pela gestão do meio ambiente


são o Ministério do Ambiente e a Direcção Geral de Energia.

Um dos recursos naturais essenciais à nossa sobrevivência é a água.


Aproximadamente 70,8%, quase 71% (97% de água do mar e 3% de água doce) da
Terra são cobertos de água e somente 29,2% de terra. Os mares compõem-se de

110
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
água e eles próprios são fervilhantes de vida pois são o habitat de milhões de
espécies, algumas delas fazem parte da nossa cadeia alimentar ..

A própria existência e mobilidade das populações humanas bem como do


desenvolvimento urbano são muito afectadas pela maior ou menor proximidade de
recursos hídricos ou do mar, pela água no fundo, pois desde tempos remotos
aquela também tem sido uma importante via de comunicação .

A água, bem assim precioso compõem-se basicamente ao nível molecular, de dois


átmos de hidrogénio e de um de oxigénio ( H2O ).

A água que bebemos provém, norma geral, dos rios e em países costeiros, que não
possuem recursos hídricos, é obtida do mar, através de centrais dessalinizadoras

A água para consumo público é obtida nos poços, lagos e rios, e sofre alguns
tratamentos químicos para purgá-la de impurezas antes de se tornar apropriada
para consumo humano .

Neste caso é tratada nas estações de tratamento de água as ETAs, onde passa por
várias etapas de tratamento que são a separação e filtração de impurezas, os filtros
de areia rápidos (para águas com grandes níveis de turvação ), a desinfecção
(geralmente com gás cloro) e a coagulação e floculação (outro processo de limpeza
que consiste em fazer com que as partículas sólidas se aglomerem em flocos para
serem removidas mais facilmente ).

Também semelhante ao processo de tratamento da água para consumo é o


tratamento das águas residuais que tem lugar nas ETARes (Estações de
tratamento de águas residuais . )

Consiste nas seguintes etapa: Tratamento primário onde a matéria poluente é


separada da água ; tratamento secundário onde o restante da matéria poluente é
consumida por microrganismos (filtração biológica) e finalmente o tratamento
terciário onde a água proveniente dos esgotos é limpa e desinfectada para ser
reenviada para os rios e para o mar em condições de níveis de poluição aceitáveis
e para que não apresentem perigo para a vida dos ecossistemas aí existentes .

Estas águas também poderão ser reutilizadas para fins domésticos e de regadio .

O clima como é sabido afecta também em muito a forma de vida das pessoas e dos
povos. Condiciona os tipos de habitação, as culturas agrícolas, o tipo de indústrias
existentes , a economia e também no plano da saúde mental e emocional afecta as
diferenças de humor. Neste ponto saliente-se que é maior a prevalência das
depressões nas estações mais frias Outono e Inverno do que na Primavera ou no
Verão.
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
O clima influência também os nossos tempos livres pois há algumas actividades
que são mais ao Verão ou à Primavera, como ir à praia, ou a prática de algumas
actividades ao ar livre que dificilmente se poderão realizar nas estações mais
frias.Por exemplo dificilmente se poderá fazer esqui na neve, no Verão...

Os recursos naturais e a existência deles também condicionam a mobilidade e o


estabelecimento das populações .

Além da proximidade dos rios e do mar de que já falei, posso referir também que a
proximidade dos vulcões pode condicionar a fixação das populações humanas.
Sabe-se que as terras vulcânicas são, geralmente, muito férteis, o que explica que
haja populações vivendo aí...pese os perigos inerentes a eventuais erupções e
abalos sísmicos. Estes são alguns exemplos de como os recursos naturais afectam
as populações.

Refiro que as minhas preocupações ambientais estão associadas ao desejo de uma


vida mais saudável, pois um ambiente mais saudável implica melhor saúde.

Também me preocupo com a saúde indo rotineiramente ao médico.

Associada a uma boa saúde está sempre uma boa alimentação.

Hoje em dia por ser relativamente barata e não exigir da parte das pessoas muito
tempo para se sentarem e comerem como deve ser, muitas pessoas recorrem aos
chamados restaurantes de fast-food (comida rápida) embora se apontem alguns
perigos relativos a este tipo de alimentação, pois o valor nutricional deste tipo de
comidas, hamburguers com batata frita, sandes etc.. é muito sacrificado em favor
do preço baixo dos ingredientes.

Para desenvolver o sabor perdido na confecção dos alimentos são adicionadas


grandes quantidades de sal, de açúcar e gorduras que em excesso, causam danos
à saúde, danos como aumento do colesterol, o aumento do risco de doenças
coronárias e cardíacas e até cancro.

Acho que neste aspecto para se manter uma boa alimentação é essencial comer-se
três vezes ao dia, pelo menos, com um lanche pelo meio, não dispersando muito o
intervalo entre as refeições e consumir-se alimentos tais como legumes, carnes
com poucas gorduras, e alimentos sem aditivos, com pouco sal e poucos açúcares.

Eu no meu dia-a-dia geralmente procuro comer comida caseira e evito alimentos


ricos em gordura.

Os cuidados com a alimentação poderão também ser afectados pela compleição


física e pelo estado de saúde. As pessoas obesas, por exemplo, não deverão

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
consumir alimentos ricos em colesterol e gorduras. Já as grávidas não necessitam
de uma dieta especial, no entanto, aconselha-se a que façam uma alimentação
variada de alimentos ricos em cálcio e vitaminas como o leite, as frutas e os
legumes, pois o seu organismo sofre alterações para prover as necessidades do
feto. A dieta da grávida terá de prover então as necessidades de ambos bem como
preparar para o parto e a amamentação, duas fases muito importantes e bastante
exigentes também. Refiro que uma grávida não deverá consumir álcool,
estupefacientes ou mesmo fumar, pois isso afectará a saúde do feto e poderá
mesmo além de causar má formação do feto, ocasionar que ele nasça com
síndrome de abstinência (ou sintomas de carência química de uma substância, dito
de uma forma simples)

No âmbito da saúde o organismo tem exigências mais ou menos específicas


consoante a idade .sendo que as pessoas de mais idade necessitarão ao nível dos
cuidados de saúde atenções diferentes daquelas das pessoas mais jovens e neste
aspecto os estilos de vida activos ou sedentários também desempenham o seu
papel e neste ponto cabe alertar para o perigo das dependências químicas ,
alcoolismo, toxicodependência e tabagismo .

As toxicodependências nas quais o alcoolismo se inclui estão na origem de


problemas sociais como a violência de género e doméstica, mau relacionamento
familiar, absentismo laboral e escolar e até a criminalidade e no caso concreto da
prevenção e tratamento das toxicodependências acho importante realçar o papel
dos centros de atendimento e tratamento de tóxico dependentes e dos centros
regionais de alcoologia e de algumas ONGs, bem como da existências de centros
de tratamentos que têm por missão, tratar, prestar assistência médico-sanitária em
ambulatório e localmente através de equipas de rua, informar sobre práticas
saudáveis e prevenir em matéria de riscos ligados à disseminação de doenças
sexualmente transmissíveis e dissuadir ao consumo de drogas e do álcool
alertando para os seus perigos e sobretudo quero fazer notar os esforços
desenvolvidos no sentido de reintegrar aqueles indivíduos na sociedade
devolvendo-lhes a auto-estima, e combatendo a exclusão social.

O tabagismo sendo também a meu ver uma dependência química está na origem
de vários problemas de saúde e de vários tipos de cancros .

Associada ao campo geral da saúde está a medicina no trabalho que tem por
objectivo verificar o estado de saúde dos trabalhadores, promover junto destes a
informação e a melhoria das suas condições de trabalho a nível da saúde,
prevenindo a ocorrência de doenças profissionais .

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Em Portugal existem vários sistemas de protecção social sendo de salientar a
importância da segurança social que, é um direito de todos os cidadãos e cuja
inscrição é vitalícia.

Todos os trabalhadores têm direito a um cartão e a um número de inscrição na


segurança social.

A existência de um sistema de segurança social torna mais acessível o acesso dos


cidadãos aos cuidados de saúde que sem o apoio dela se tornariam bastante caros.

A instituição que tutela a saúde em Portugal é o Ministério da Saúde sendo os


cuidados de saúde administrados a nível local nos centros de saúde, a nível da
área urbana nos hospitais.

Nos casos de urgência os cidadãos poderão recorrer aos centros de atendimento


permanente ou ir ao banco de urgência do hospital mais próximo .

As consultas de especialidade, que transcendam o âmbito da clínica geral são


geralmente administradas nos hospitais civis.

Existem hospitais militares e hospitais e clínicas de domínio privado.Onde o


atendimento é mais personalizado mas também mais caro

É importante referir no sistema de saúde pública a figura do médico de família (que


deverá supostamente ter conhecimento da ficha clínica de um utente e se possível
conhecer o historial clínico de uma família) de acordo com a ideia de que cada
família deveria ter um médico que a assista .

Infelizmente na prática, talvez, devido a escassez de médicos em relação às


necessidades de saúde da população, não se tem em muitos casos conseguido
este objectivo, que no entanto demonstra bem a importância de existir uma relação
médico doente.

Sendo que assim o médico seria uma espécie de amigo , o que facilitaria o
diagnóstico precoce e possível arresto de muitas doenças .

A nível da assistência medicamentosa vale a pena referir a importância dos


medicamentos genéricos por serem mais baratos em alternativa aos produzidos
pelas grandes farmacêuticas.

Os medicamentos genéricos têm a mesma formula farmacêutica, substancia activa


e dosagem que os medicamentos originais de marca, sendo intermutáveis com os
originais.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
São mais baratos porque os fabricantes de medicamentos genéricos acabando o
período de protecção da patente dos originais , que é de dez anos , não dão
cobertura aos efeitos secundários daqueles medicamentos, e que são inerentes á
investigação e desenvolvimento de novos medicamentos .

Pode-se reconhecer um medicamento genérico pelas iniciais MG medicamento


genérico e pelo nome do princípio activo escrito por extenso na caixa do
medicamento .

Seguidamente, a titúlo de exemplo procurarei interpretar um folheto informativo de


um medicamento genérico, neste caso, um, cujo principio activo é o Ibuprofeno.

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Índice do folheto:

1. O que é

2. Antes de tomar (precauções)

3. Como tomar..

4. Efeitos secundários

5. Como conservar(o medicamento)

6. Outras informações

NOME DO MEDICAMENTO (IBUPROFENO 400mg) Nome de quem comercializa

1…
Cada uma das
2…….
alíneasnumeradas refre-
se aos itens do índice do
3……….
folheto
4…………

5……………

6……………….

Nome do Titular de Autorização de Introdução no Mercado

Fabricante – Nome e morada ( Neste caso o medicamento foi originalmente


fabricado pelos Laboratórios Merckle – na Alemanha

Data da última aprovação (de venda ao público) do medicamento

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Acho que quando confrontados com sintomas que desconhecemos deveremos ir ao
médico que diagnosticará a medicação mais adequada e não recorrer á
automedicação, esta poderá ser um recurso imediato para um alívio passageiro de
um sintoma mas ante a persistência de um sintoma deveremos ir sempre ao
médico .

Um aspecto importante do campo da saúde que não devemos descurar nas nossas
vidas é a prevenção das doenças .

São vários os métodos de prevenção sendo alguns deles as idas regulares ao


médico de família ,a vacinação e também evitar os comportamentos de risco no que
toca à alimentação, ao consumo de bebidas alcoólicas e tabaco, bem como no que
toca à prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.

Uma das formas mais eficaz de prevenir certas doenças, é através da vacinação tal
como aludi nas páginas iniciais deste portefólio.

A vacinação consiste em inocular nos seres vivos, estados não – activos de


agentes patológicos. para que os seres vivos criem anticorpos que os protejam das
doenças.

Mesmo quando as vacinas não proporcionam uma imunidade total, quem está
vacinado tem maior capacidade de resistir á doença, no caso de aquela surgir.

No entanto, não chega vacinar-se, apenas, uma vez, para ficarmos devidamente
imunizados contra as doenças, pois algumas vacinas requerem que se tome várias
doses da mesma para que esta se torne eficaz.

E em alguns outros casos, é mesmo necessário que se tomem várias doses de


reforço da mesma vacina ao longo da vida.

Os governos, dos diversos estados, costumam levar a cabo, campanhas de


vacinação, em crianças de tenra idade que ainda não possuem anticorpos, para
evitar que elas fiquem doentes.

As vacinas mais comuns administradas às crianças são:


. poliemilite

. Saramo

. Varicela

. Papeira

. Difteria

. Tétano
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
. Tósse convulsa

As recomendadas para os adultos são:

 Varicela
 Gripe (Influenza, especialmente os mais idosos)
 Hepatite A
 Hepatite B
 Sarampo, Caxumba e Rubéola (MMR)
 Meningite meningocócica (A, C, Y e W-135)
 Pneumonia (Infecção pneumocócica, principalmente os mais idosos)
 Tétano-Difteria (dT)- a cada 10 anos
 Febre amarela

Em Portugal existe um Plano Nacional de Vacinação (PNV) que teve início em


1965, com a vacina contra a tuberculose e a meningite.

Este Plano Nacional de vacinação tem a particularidade de ser gratuito abrangendo


todos os residentes no país.

“O programa foi sofrendo diversas alterações ao longo dos tempos, tentando


responder às necessidades de prevenção próprias de cada época.
O Programa Nacional de Vacinação, revisto e em aplicação desde 1 de Janeiro de
2006, engloba as vacinas BCG (contra tuberculose), VHB (contra a hepatite B - três
doses), VIP (contra a poliomielite - quatro doses), Hib (contra a doença invasiva
causada por Haemophilus influenzae do serotipo b - quatro doses), DTPa (contra a
difteria, o tétano e a tosse convulsa - cinco doses), Men C (contra a doença
invasiva causada por Neisseria meningitidis do serogrupo C - três doses), VASPR
(contra o sarampo, a papeira e a rubéola - duas doses) e Td (contra o tétano e a
difteria - reforços), que são administradas segundo o calendário de vacinação
seguinte:
. 0 meses - BCG e VHB I
. 2 meses - VHB II, VIP I, Hib I e DTPa I
. 3 meses - Men C I (VMcc)
. 4 meses - VIP II, Hib II, DTPa II
. 5 meses - Men C II (VMcc)
. 6 meses - VHB III, VIP III, Hib III e DTPa III
. 15 meses - VASPR I e Men C III (VMcc)
. 18 meses - Hib IV e DTPa IV
. 5 a 6 anos - VIP IV, DTPa V e VASPR II (a)

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
. 10 a 13 anos - Td (b), VASPR II (c) e VHB I, II, III (d)
. De 10 em 10 anos, durante toda a vida - Td

(a) aplicável aos 5 a 6 anos aos nascidos depois de 1993


(b) difteria em dose de adulto
(c) aplicável aos 10 a 13 anos aos nascidos antes de 1993
(d) aplicável apenas a nascidos antes de 1999

Algumas vacinas, como, por exemplo, a vacina contra a gripe e as vacinas


pneumocócicas, não estão contempladas no esquema cronológico do Plano
Nacional de Vacinação; no entanto, podem ser indicadas, nomeadamente no caso
dos grupos de maior risco, como idosos ou portadores de doenças debilitados.
Existem, ainda, determinadas vacinas que são indicadas para a protecção de
indivíduos que se deslocam a determinadas regiões do globo, onde a frequência de
certas doenças infecto-contagiosas é elevada. A obrigatoriedade ou recomendação
da vacinação de viajantes deve ter em conta um conjunto de factores, como o
grupo etário em que o indivíduo se insere, a sua situação clínica, o país a que se
desloca, etc.
-No campo da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e nestas
incluem-se a SIDA ( o sindroma de imunodeficiência adquirida ), a hepatite B, a
Sífilis e a gonorreia entre outras, cabe referir a importância da utilização dos meios
contraceptivos e o uso de preservativos nas relações sexuais, evitar ter múltiplos
parceiros, e por exemplo no caso dos tóxico-dependentes estes nunca deverão
partilhar agulhas, e também no caso dos profissionais de saúde estes deverão ter
cuidados para evitar acidentes com agulhas infectadas e no caso das transfusões
de sangue o sangue deverá ser cuidadosamente analisado para evitar este
contágio .

- A sindrome de Imunodeficiência Adquirida é o conjunto de sintomas e infecções,


nos seres humanos que resultam dos danos específicos causados pelo vírus da
imunodeficiência humana, que é conhecido por VIH (em português). Segundo
dados da Wikipédia: “ estima-se que mais de 15 000 pessoas sejam infectadas por
dia em todo o mundo (dados de 1999); 33 milhões estão atualmente infectadas, e 3
milhões morrem a cada ano. A esmagadora maioria dos casos ocorre na África
Regiões em risco com alto crescimento de novas infecções são a o leste da
Europa, a Índia e o Sudeste Asiático.”
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
No caso concreto do continente Africano, tem sido bastante alarmante o aumento
do número de casos de infecção pelo HIV, em nítido contraste com o número de
Ocorrências de casos de SIDA na Europa.

Pela observação do mapa verifica-se a maior prevalência de casos de Sida,na África


Subsahariana e Austral.

O panorama é algo idêntico no que toca,também,a outras doenças sexualmente


transmissíveis tais como a Sífilis e a Gonorreia por exemplo.

Creio que a causa para o aumento da Sida em África, tenha a ver com questões
culturais, como a poligamia (nalgumas culturas africanas, um homem que tenha
muitas mulheres é bastante considerado entre os seus pares) mas também com a
falta de informação e com a falta de informação eficiente. Muitas pessoas estão
pouco informadas acerca da natureza da doença, e outras pior informadas
atribuem-lhe causas sobrenaturais.)

Na Europa onde o número de casos de infecção pelo virús HIV é menor, a maior
parte das infecções são na sua maioria contraídas por via homossexual ou através
do consumo de drogas injectáveis, muito embora, nos anos mais recentes tenha
aumentado o número de infecções dentro da população heterossexual.

Na Europa, há mais informação sobre a sida e as populações estão mais


informadas, sobre a doença.

De qualquer das formas, não vejo um futuro muito promissor,em África


considerandof, que o número de infecções pelo HIV continua a aumentar,

É importante que se desmistifique que no caso concreto da SIDA esta não se


transmite através de beijos, abraços, espirros, toques etc.. e pela convivência com
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
pessoas seropositivas o que por outras palavras quer dizer que o convívio social
não está associado á transmissão do vírus HIV (causador da SIDA ).

É importante que se pense e se aja assim para que se evitem situações de


exclusão social.

Nos últimos anos a comunidade Global tem assistido ao surgimento de novas


doenças e de novas estirpes mais resistentes daquelas já existentes, são as
chamadas doenças emergentes cuja incidência tem aumentado muito nas últimas
duas décadas e que poderão ameaçar a humanidade num futuro próximo ,doenças
como a cólera, a febre-amarela , a própria SIDA, o vírus Ébola, a hepatite C , a
encefalite espongiforme, e o vírus Influenza e que são transmitidas de diversas
maneiras tais como picadas de insectos, contagio com animais, através de água
contaminada ou de pessoas para pessoas.

Em muitos meios urbanos do interior do país assistiu-se nas décadas de sessenta e


setenta do século passado a êxodos maciços de populações dos meios rurais para
as grandes cidades do litoral bem como a emigração de muitas pessoas daqueles
meios para outros países, isto porque ali havia pouco trabalho e poucos meios de
subsistência e bastante pobreza, o que teve como consequência muitas aldeias
terem ficado desertas ou habitadas apenas por pessoas idosas.

Assim muitas pessoas, quando deixam o seu meio, rural ou não, e procuram os
grandes centros ou quiçá outro país para emigrar, partem em busca de melhores
perspectivas de vida e de melhores ofertas de trabalho, que não estão disponíveis
na sua área de residência, ou, porque o mercado de trabalho na sua profissão está
saturado e não absorve mais mão-de-obra naquela área .

A evolução tecnológica também é uma condicionante na medida que as populações


tendem a fixar-se onde há mais oportunidades de desenvolvimento e este está
quase sempre associado ao desenvolvimento e acessibilidade das novas
tecnologias.

Isto acontece de forma análoga ao que acontece no reino animal no caso das
andorinhas e por exemplo de um animal exótico como o flamingo, que são animais
que migram sazonalmente atendendo às variações climatéricas .

O Urbanismo é a ciência ou estudo dos métodos que permitem adaptar o habitat


urbano (da cidade) às necessidades humanas e os processos pelos quais se deve
orientar o desenvolvimento do tecido urbano (in Dicionário Completo da Língua
Portuguesa tomo II p.1485 )

120
Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Um problema que afecta muitas pessoas hoje em dia é o da habitação pois muitos
não têm casa própria e para permitir às famílias mais pobres o acesso á habitação
o governo e os municípios têm investido na construção de bairros sociais .onde os
moradores pagam rendas mais baixas .

Em Portugal, são diversos os tipos de habitação de acordo com as possibilidades


financeiras e estrato social, mas norma geral a maioria das pessoas vive em
edifícios de planta desnivelada ou prédios de habitação porque o preço dos
terrenos para a construção de vivendas é proibitivo e assim em termos de espaço é
mais rentável construir-se edifícios em altura .

Hoje em dia para atender as exigências ambientais no campo da habitação em


muitos países adopta-se a arquitectura sustentável ou bioarquitectura que consiste
na aplicação de conhecimentos de engenharia civil e de materiais, de engenharia
do ambiente e de técnicas e tecnologias dos materiais na arquitectura dos edifícios,
o que consequentemente torna o seu processo de construção em todas as etapas
da obra mais amigo do ambiente e evitando agressões desnecessárias,
minimizando os resíduos resultantes e diminuindo os consumos energéticos do
edifício, tendo em atenção o conforto térmico e a qualidade do ar reduzindo assim a
necessidade de sistemas de ventilação e aquecimento

Outro aspecto da arquitectura sustentável é a utilização de materiais amigos do


ambiente tais como isolantes térmicos e acústicos, e também de pontos de
acessibilidade para pessoas incapacitadas de locomover-se pelos seus próprios
meios .

Hoje em dia há no mercado materiais de construção ecológicos como o fibro


cimento e as tintas ecológicas. A evolução das actividades económicas ao longo
dos tempos tem tido impacto na fixação das populações pois estas fixam-se onde
há meios de produção, redes viárias e consequentemente mais empregos o que
também pode condicionar o desenvolvimento de uma área urbana específica pois
numa área em que as pessoas se dedicavam na maior parte à actividade mineira,
que entretanto entrou em colapso na região e começam a surgir fábricas que as
integrem e lhes ofereçam melhores condições de vida isto poderá reflectir-se
mesmo na mudança de profissão de muitos dos habitantes.

Na agricultura por exemplo utilizam-se produtos fertilizantes químicos (alguns com


mau impacto no ambiente) e os mais variados instrumentos agrícolas que podem ir
desde, instrumentos manuais a máquinas industriais tais como, tractores e
ceifeiras-debulhadoras, atendendo à dimensão das explorações .

No campo da protecção ambiental também se procura aplicar o conceito de


sustentabilidade à agricultura que exclui a dependência de elementos exteriores
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
como adubos químicos e o combustível de máquinas agrícolas promovendo uma
agricultura que depende apenas de recursos naturais e da própria Terra, utilizando
como adubo resíduos de plantas cultivadas, o azoto produzido por bactérias que
vivem em simbiose na raiz de algumas plantas leguminosas bem como o estrume
dos animais, e assim quanto maior for a autonomia da unidade agrícola maior é o
nível de sustentabilidade e menores as agressões para o ambiente .

No fundo a agricultura biológica assenta no princípio de que aquilo que é obtido da


terra será reposto continuando o seu ciclo natural, caso contrário os solos tornar-se-
ão estéreis e improdutivos.

Hoje em dia muito se tem debatido acerca da introdução dos organismos


transgénicos na agricultura e sobre a produção de alimentos geneticamente
modificados.

Os organismos genéticamente modificados, são organismos, que, mediante a


aplicação de técnicas da engenharia genética, contém materiais genéticos de
outros organismos. A criação de organismos geneticamente modificados tem por
objectivo a criação de organismos com características novas ou melhoradas
relativamente às do organismo original.

A manipulação genética recombina as características de um ou mais organismos de


uma forma que provavelmente não aconteceria no mundo natural. Por exemplo,
podem ser combinados os DNAs de organismos que não se cruzariam por métodos
naturais tais como : plantas com bactérias, bactérias com vírus, animais com
insetos, etc.

No caso das plantas, por exemplo, as espécies com um reduzido ciclo de vida,
podem ser utilizadas para a hospedagem de um gene, de uma planta com um ciclo
de vida mais longo.

O mesmo tipo de abordagem da modificação genética é, também, aplicavél aos


organismos animais. Os alimentos transgénicos são alimentos cujo embrião foi
modificado em laboratório, através da introdução de pelo menos um gene de uma
outra espécie. Alguns dos motivos para a modificação desses alimentos, são para
que as plantas possam resistir às pragas (insectos, fungos,vírus e bactérias)que as
afectam, bem como aos herbicidas.

O mau uso de pesticidas pode causar riscos ambientais, tais como o aparecimento
de plantas resistentes aos herbicidas e a poluição dos terrenos agrícolas e dos
lençóis de água subterrâneos. No entanto, importa referir, que o uso de herbicidas,
inseticidas e outros compostos químicos, empregues na agricultura, diminui
bastante com o uso das plantas geneticamente modificadas, uma vez que elas
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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
tornam possível, o uso de produtos químicos corretos para o problema. Uma
plantação convencional de soja pode utilizar até 5 aplicações de herbicida,
enquanto que uma plantação transgênica (resistência ao herbicida glifosato) utiliza
apenas uma única aplicação.

As principais culturas nas quais se têm introduzido organismos geneticamente


modificados têm sido às do milho, da soja, do algodão, e do tabaco.

No entanto, nos anos mais recentes, tem havido uma grande polémica acerca da
introdução dos alimentos transgénicos no mercado. Alguns países tal como os da
Europa e o Japão, têm obstado à introdução dos alimentos com características
transgénicas nos seus mercados; enquanto que, outros,como os das Américas,do
Norte e do Sul, da Àsia, Africa e Austrália, têm cultivado milhares de hectares
destes produtos.

Entre as vantagens apontadas para a utilização dos alimentos transgénicos estão


estão:

 Resistência à doença

 Resistência a insectos

 Tolerancia aos herbicidas

 Menor acumulação de materiais pesados

 Maior resistência e durabilidade durante o armazenamento

 Alimentos mais nutritivos

 Aumento da produção de alimentos

 Desenvolvimento de espécies com características desejáveis

 Redução do dinheiro gasto com pesticidas

 Podem ser cultivados em solos que normalmente não estão aptos para o cultivo
No entanto os alimentos transgénicos também apresentam as seguintes desvantagens
para a saúde humana e para o ambiente:.

Desvantagens para a saúde humana:

 Resistência das bactérias existentes no organismo humano aos antibióticos

 Alterações no sitema imunológico e em vários órgãos

 Redução de substâ ncias benéficas, inclusive que protegem contra o cancro

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
 Alergias alimentares

 Evidências científicas de acção cancerígena

 Problemas gastro-intestinais
Desvantagens para o ambiente:

 Perda da diversidade genética na agricultura

 Poluição genética

 Surgimento de super- pragas

 Variedades de pragas susceptíveis a pragas e doenças

 Extermínio de insectos benéficos para a agricultura

 Mudanças na vida bacteriológica no solo e Irreversíbilidade dos impactos na natureza .

Na minha opinião pessoal penso que houve muita coisa que afectou o meu
percurso de vida tal como a escola (o caso por exemplo de eu ter tido
umaprofessora na quarta classe que procurou dar-nos a conhecer as realidades
sociais , económicas, e culturais do nosso e de outros países , o facto de eu ter
nascido no seio de uma família multi-étnica , e que me fez desde cedo conviver
com outros modos culturais , o trabalho que reforçou aquilo que acabo de dizer ,
além de alguma ambição pessoal que me tem motivado a querer quer a nível
cultural quer laboral tal como investir na auto-aprendizagem de uma profissão e de
idiomas estrangeiros . ir mais além valorizando e adquirindo competências

Ouvi dizer muitas vezes que o saber não ocupa lugar , expressão com a qual
concordo em pleno, pois se bem que a escola ou os métodos formais de
aprendizagem são uma ponte seguramente importante para a aquisição de
conhecimentos os contextos de aprendizagens podem ser mais extensos incluindo
aqueles com que me deparo no dia-a-dia e aqueles que nascem da necessidade do
gosto e da própria motivação pois não faço crença da expressão “burro velho não
aprende línguas” .

Em muitos aspectos da minha vida faltaram-me os recursos económicos que


poderiam suster uma aprendizagem formal, valendo-me eu de algum sacrifício
(algumas noites sem dormir), de fontes de pesquisa externa como bibliotecas
públicas (onde pude requisitar os livros ,muitos dos quais fotocopiei, que servem os
meus objectivos), da internet, e no caso dão desenvolvimento de muitas
competências técnicas, da prática em casa, e perguntando aqueles que têm mais
experiência prática e recorrendo à observação.

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário
Para concluir este Portefólio quero apenas acrescentar que foi com bastante
empenho, que me dediquei à elaboração do mesmo e que aprendi muito no
decorrer dele, além de reforçar alguns conhecimentos numas áreas e aprender
outras coisas noutras.

Muito atenciosamente :

Sérgio Iahaya dos santos Daúde

(Grupo 9 do nível secundário CNO Camarate )

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Sérgio Iahaya dos Santos Daúde grupo 9 do nível secundário

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