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OPINIÃO OPINION 849

Contribuições da antropologia para


uma abordagem das questões relativas
à saúde do idoso

An anthropological approach to senior


citizens’ health issues

Elizabeth Uchôa 1

1 Núcleo de Estudos Abstract This paper discusses the specificity of the anthropological approach to aging. The the-
em Saúde Pública e
oretical framework is introduced and illustrated by presenting studies carried out in different so-
Envelhecimento, Centro
de Pesquisas René Rachou, cieties. These studies describe a great diversity of forms of aging and experiences relative to grow-
Fundação Oswaldo Cruz/ ing old that allow us to distinguish two kinds of elements that influence aging: those inherent to
Universidade Federal
aging as a biological process and those directly associated with the characteristics of the individ-
de Minas Gerais
Av. Augusto de Lima, 1715, ual, the social dynamics, and prevailing public policies in each society. The anthropological ap-
Belo Horizonte, MG proach considers the interaction between these two groups of factors.
30190-002, Brasil.
uchoae@cpqrr.fiocruz.br
Key words Anthropology; Aging; Aging Health

Resumo Discute-se a especificidade da abordagem antropológica para a investigação de ques-


tões relativas à saúde do idoso. Alguns estudos sobre o envelhecimento realizados em diferentes
culturas são utilizados como exemplos da variedade de formas de envelhecer e de experiências
relativas ao envelhecimento, levando à distinção de dois tipos de elementos que influenciam este
processo: aqueles intrínsecos ao envelhecimento biológico e os relacionados às características do
indivíduo, à dinâmica social e às políticas públicas vigentes na sociedade em questão. Uma
abordagem antropológica leva em conta a articulação entre estes dois tipos de elementos e o pa-
pel específico de cada um deles na construção de maneiras típicas de envelhecer, na identifica-
ção de problemas de saúde e no desenvolvimento de estratégias para enfrentá-los. Ressalta-se a
potencialidade da abordagem antropológica no campo da Saúde Pública contemporânea.
Palavras-chave Antropologia; Envelhecimento; Saúde do Idoso

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Introdução do idoso. A primeira delas refere-se à relativi-


zação da visão universalista, usualmente ado-
O envelhecimento da população brasileira vem tada em estudos sobre o envelhecimento. Deli-
ocorrendo muito rapidamente, verificando-se mitado inicialmente a partir de sua dimensão
um importante aumento da população idosa, biológica, o envelhecimento foi associado à de-
tanto em termos absolutos quanto proporcio- terioração do corpo e, em conseqüência, trata-
nais (Berquó, 1999). Fazendo eco ao panorama do como uma etapa da vida caracterizada pelo
mundial, este fato revela indicadores positivos declínio (Corin, 1985; Debert, 1999). Cristali-
de uma melhora na qualidade de vida da popu- zou-se, assim, uma visão orgânica do envelhe-
lação, mas faz surgir novas demandas para os cimento. Entretanto, estudos realizados em so-
serviços de saúde, gera aumentos substanciais ciedades não ocidentais tornaram conhecidas
nos custos de programas médicos e sociais e imagens bem mais positivas da velhice e do en-
cria um novo desafio: assegurar à crescente po- velhecimento, questionando a universalidade
pulação de idosos o atendimento médico que da visão ocidental e ensinando que uma repre-
lhe é de direito (Birren, 1983; Ducharme, 1992; sentação de velhice enraizada nas idéias de de-
Fournier, 1989; Neugarten, 1967; Veras, 1992). terioração e perda não é universal.
Assim, no início deste novo milênio, o acelera- Um exemplo clássico desta outra visão da
do crescimento da população idosa brasileira velhice nos foi dado, há mais de cinqüenta anos,
surge como um elemento central para a elabo- por Evans-Pritchard (1989) em seu estudo so-
ração de novas políticas públicas. bre os Nuer, grupo étnico do Sudão. Segundo
Neste contexto, trata-se de identificar quais este autor, a entrada na adolescência para o
são os problemas prioritários para a população Nuer do sexo masculino é marcada por um ri-
idosa brasileira e de definir que ações devem tual de iniciação que define sua inserção em
ser privilegiadas para enfrentar esses proble- uma classe de idade e determina seu estatuto
mas. Estudos epidemiológicos são essenciais de superioridade, igualdade ou inferioridade
para identificar problemas prioritários, de mo- frente aos outros Nuer. Os membros de uma
do a orientar decisões relativas à definição de classe de idade devem respeito aos da classe
prioridades para intervenção. Entretanto, quan- anterior, que é composta por pessoas mais ve-
do o foco de interesse desloca-se da definição lhas e, portanto, superiores na hierarquia so-
de problemas prioritários em saúde, para as cial. Estes respeito e deferência transparecem
ações que devem ser privilegiadas para resol- em todas as dimensões da vida social.
vê-los, os estudos antropológicos tornam-se Um exemplo atual nos é dado pelos Bam-
imprescindíveis. Para que possamos desenvol- bara do Mali, grupo com a qual tive oportuni-
ver intervenções adequadas às características dade de trabalhar (Uchoa, 1988). Os Bambara
sociais e culturais da população idosa, é preci- consideram a velhice uma conquista. Para eles,
so conhecer um pouco mais sobre a maneira o envelhecimento é concebido como um pro-
como os idosos brasileiros envelhecem, como cesso de crescimento que ensina, enriquece e
atribuem significado a este período de suas vi- enobrece o ser humano. Ser velho significa ter
das ou como o integram à sua experiência. De vivido, ter criado filhos e netos, ter acumulado
maneira particular, é preciso conhecer um pou- conhecimento e ter conquistado, através destas
co mais sobre a forma como o idoso percebe experiências, um lugar socialmente valorizado.
seus problemas de saúde, como procura resol- Os Bambara constituem um exemplo atual da
vê-los e quais são as dificuldades que encontra situação privilegiada dos idosos em algumas
nesse percurso. sociedades africanas. Para os Bambara, a idade
Discutem-se, aqui, a especificidade e a po- é um elemento determinante da posição de ca-
tencialidade da abordagem antropológica para da indivíduo na sociedade. Toda a vida social é
o estudo das questões relativas à saúde do ido- organizada segundo o princípio da seniorida-
so. Elementos conceituais serão introduzidos e de. Considera-se que os mais velhos estão mais
exemplificados com a apresentação de estudos próximos dos ancestrais e, por esta razão, de-
realizados em diferentes culturas. têm a autoridade. Respeito e submissão mar-
cam o conjunto de atitudes e comportamentos
dos mais jovens para com os mais velhos.
Contribuições da antropologia Os comportamentos e atitudes dos jovens
inuit (esquimós) para com os idosos consti-
Apesar da entrada tardia no campo de estudos tuem um paradoxo que espantou europeus e
sobre o envelhecimento, a antropologia já deu norte americanos quando estes entraram em
algumas contribuições fundamentais para ino- contato com a cultura deste povo (Guemple,
var a abordagem das questões relativas à saúde 1989). Por um lado, eles demonstram carinho e

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afeição para com os parentes mais velhos, mas duais e marcadores biológicos na construção
por outro podem abandoná-los no meio de de maneiras típicas de envelhecer e viver o en-
uma estrada ou ajudá-los a cometer suicídio velhecimento (Corin, 1982; Létourneau, 1989).
por afogamento ou estrangulamento. Esta apa- Meyerhoff & Simic (1978) publicaram uma
rente crueldade enraíza-se em uma concepção coletânea de estudos antropológicos sobre o
particular de vida, de morte e da própria essên- envelhecimento. Em todos estes estudos, o en-
cia do ser humano, podendo co-existir, sem velhecimento é abordado como um fenômeno
contradição, com atitudes de interesse e supor- universal que gera problemas comuns, mas
te aos mais velhos da comunidade. que podem ser vividos e resolvidos diferente-
Entretanto de uma maneira geral, estudos mente através das culturas. Os autores focali-
realizados em sociedades não ocidentais enfati- zam aspectos estruturais, culturais e vivenciais
zam o poder, o elevado status e o papel social cen- do envelhecimento em cinco sociedades dis-
tral atribuído aos idosos nestas sociedades. Al- tintas e nos convidam a examinar os proble-
guns estudos ressaltam o impacto negativo do mas específicos do envelhecimento e as estra-
processo de modernização sobre o status dos ido- tégias adaptativas utilizadas pelos idosos em
sos nessas sociedades (Cowgill & Holmes, 1972). termos de uma articulação entre as capacida-
É evidente que não se pode ter uma visão des do indivíduo e os recursos do meio.
idealizada e homogênea das sociedades não Um outro exemplo vem de um estudo reali-
ocidentais, mas é preciso reconhecer a contri- zado por Arcand (1989) junto aos Cuiva, popu-
buição trazida pelos estudos realizados nessas lação indígena da Colômbia. Neste estudo, o
sociedades. À medida que se documentou o autor nos leva a interrogar sobre a existência
processo do envelhecimento em diferentes cul- de modelos culturais que seriam determinan-
turas e que se constatou a diversidade de for- tes no aparecimento de problemas específicos
mas de envelhecer, a velhice e o envelhecimen- do envelhecimento em diferentes sociedades.
to deixaram de ser encarados como fatos natu- Segundo o autor, os Cuiva negariam todas as
rais, para serem encarados como fenômenos formas de envelhecimento, pois, preocupados
profundamente influenciados pela cultura. com os ideais de igualdade e homogeneidade
Uma segunda contribuição da antropolo- que estruturam a sociedade, evitariam tudo o
gia, bastante ligada à primeira, refere-se à cons- que poderia provocar uma ruptura social. Se-
trução de um quadro conceitual e metodológi- gundo Arcand (1989), os Cuiva não constroem
co inovador. Com o aparecimento dos estudos uma idade da velhice: depois de sair da infân-
holísticos, o envelhecimento passa a ser estu- cia, o indivíduo integra o grupo de adultos e
dado através de uma perspectiva êmica. O pes- continua confundido neste grupo até sua mor-
quisador tenta penetrar em uma cultura espe- te. Não existe espaço social particular para os
cífica para descobrir como aspectos relativos à velhos, nem atividades das quais eles são ex-
velhice e ao envelhecimento são organizados e cluídos. Entre os Cuiva, ninguém é considera-
adquirem significado. O envelhecimento deixa, do velho demais para produzir, tomar decisões,
então, de ser encarado como um estado ao casar ou qualquer outra coisa. Segundo Arcand
qual os indivíduos se submetem passivamente (1989), a sociedade Cuiva trata os velhos como
para ser encarado como um fenômeno biológi- se a velhice não existisse, evidenciando um mo-
co, ao qual os indivíduos reagem a partir de delo radicalmente oposto ao modelo ocidental,
suas referências pessoais e culturais (Corin, em que todos os meios são utilizados para acen-
1982; Marshall, 1986, 1987). Esta nova tendên- tuar a distinção entre as diferentes fases da vida.
cia coincide com o desenvolvimento da antro- As reflexões de Ellen Corin (1982, 1985) e de
pologia interpretativa e encontra em Geertz Gognalons-Caillard (1979) nos trazem de volta
(1973) subsídios para a construção de um novo ao Ocidente. Segundo Corin (1985), a velhice é,
paradigma para o estudo da relação entre en- geralmente, descrita no Ocidente em termos ne-
velhecimento e cultura. Geertz (1973), que se gativos (perda, falta) do que é valorizado social-
situa na origem desta corrente, define a cultura mente. Gognalons-Caillard (1979) sugere que es-
como sendo um universo de significados que ta exacerbação da visão deficitária do envelheci-
permite aos indivíduos de um grupo interpre- mento estaria ligada à maneira pela qual a velhi-
tar sua experiência e guiar suas ações. Para ele, ce no Ocidente situa-se na contracorrente de
a cultura é o contexto que torna inteligíveis os uma sociedade centrada na produção, no rendi-
diversos acontecimentos e situações da vida, mento, na juventude e no dinamismo. Segundo
como por exemplo limitações e perdas tão fre- Corin (1982, 1985), é a partir da idéia de perda
qüentes nesta fase da vida. Uma abordagem in- (perdas de papéis sociais, perda de capacidades
terpretativa do envelhecimento focaliza a inte- intelectuais) que se estruturaram os programas
ração entre parâmetros culturais, traços indivi- destinados aos idosos. A autora (1982, 1985) aler-

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ta também para a marginalização que uma defi- um problema de saúde pareciam ser claramen-
nição tão negativa da velhice impõe aos idosos. te determinados pela possibilidade de enfren-
Por esta razão, ela enfatiza que os estudos sobre tá-lo, muito mais que pelo problema em si. Es-
o envelhecimento devem focalizar a articulação ta possibilidade estava associada ao apoio fa-
entre os parâmetros externos (ligados ao contex- miliar e ao acesso a cuidados médicos. Para um
to sociocultural) e os parâmetros internos (liga- grupo de senhoras de alto poder aquisitivo, a
dos à vivência pessoal), bem como sua contri- saúde não constituía um problema, apesar dos
buição para construir uma relação individual vários problemas de saúde por elas relatados
com o envelhecimento. (diabetes, doença de Chagas, fraturas, proble-
Finalmente, devemos nos referir à contribui- ma cardíaco). Com exceção destas senhoras,
ção da antropologia para o estudo dos fatores cul- que podiam consultar médicos particulares,
turais que intervêm no campo da saúde. Embora todas as outras relataram dificuldades para
sua contribuição situe-se em um nível bem mais conseguir consultas no sistema público de saú-
geral, a antropologia médica fornece alguns ele- de. A primeira dificuldade referia-se à existên-
mentos-chave para inovar a abordagem da saúde cia de grandes filas para a retirada das fichas
do idoso (Uchoa, 1997; Uchoa & Vidal, 1994). que garantem o acesso às consultas. Diante da
Nas últimas décadas, pesquisadores ameri- impossibilidade de permanecer horas em pé
canos e canadenses desenvolveram um impor- nestas filas, várias senhoras relataram a neces-
tante quadro teórico e metodológico para estu- sidade de pagar a alguém para retirar as fichas
dar de maneira sistemática percepções e com- para elas. O pagamento de consulta particular –
portamentos predominantes neste campo. A de um quarto, de um terço ou metade do preço
introdução da perspectiva interpretativa no es- regular – era outra estratégia desenvolvida,
tudo destas questões constitui a base do corpo muitas vezes com grande esforço, por estas se-
de conhecimentos da antropologia médica nor- nhoras para evitar as grandes filas. Quando a
te americana (Corin et al., 1992; Good, 1977; questão da consulta era resolvida, surgia a do
Kleinman, 1981). Um elemento central nesta medicamento; poder comprar os remédios pres-
abordagem é a distinção analítica entre “doen- critos pelo médico era também visto como um
ça processo” (disease) e “doença experiência” fator essencial para o alcance ou manutenção
(illness) (Kleinman, 1981). Esta distinção nos da saúde. Assim, a situação econômica do pró-
remete aos dois aspectos indissociáveis dos fe- prio idoso e de sua família surgia como fator
nômenos saúde e doença, ou seja, o processo fundamental para a manutenção da saúde.
patológico e a experiência psicossocial deste Esta representação da saúde como “dinhei-
processo, à importância de considerar que um ro-dependente” reflete as desigualdades que
aspecto não é redutível ao outro e às múltiplas caracterizam o acesso do brasileiro idoso aos
e constantes interações que existem entre eles. serviços de saúde e aos medicamentos (Lima-
Nesta abordagem, considera-se que a experiên- Costa et al., 2003). Evoca e, ao mesmo tempo,
cia da doença é uma construção cultural que determina o desenvolvimento de estratégias re-
conjuga normas de conduta, valores e expecta- solutivas que podem ter repercussões negativas
tivas tanto individuais quanto coletivas e se ex- sobre a saúde do idoso, como a aquisição par-
pressa em formas específicas de pensar e agir. cial do medicamento ou a redução da dose pres-
Trata-se de investigar lógicas culturais subja- crita. Cabe aqui uma interrogação sobre o pa-
centes à identificação de problemas e às tentati- pel de uma representação deste tipo no contex-
vas de resolução destes problemas, assim como to atual de promoção da saúde. Uma represen-
dos diversos elementos do contexto (pessoal, so- tação da saúde com sendo “dinheiro dependen-
cial, e econômico) que podem influenciar a tra- te” dificilmente incentivaria a população idosa
dução destas lógicas em comportamentos con- a desenvolver hábitos mais saudáveis. Estas são
cretos (Good & Good, 1982; Kleinamn, 1981). certamente informações da maior importância
Um estudo desenvolvido recentemente en- para o planejamento de intervenções adequa-
tre idosos residentes na cidade de Bambuí, em das às características dessa população.
Minas Gerais, ilustra a pertinência de integrar O estudo mencionado vem reafirmar a im-
as contribuições da antropologia na investiga- portância de compreender como o idoso viven-
ção das questões relativas à da saúde do idoso do em determinado contexto percebe sua saú-
(Uchôa et al., 2002). Neste estudo, utilizou-se de, o que ele define como problema e que es-
uma abordagem interpretativa do envelheci- tratégias usa para resolvê-lo. Nele, reafirma-se
mento e as informações foram obtidas através também a importância de contextualizar suas
de entrevistas com informantes-chave e re- reações frente às perdas físicas (auditivas, vi-
construções de histórias de vida. Verificou-se suais ou motoras), afetivas ou mudanças sociais
que a avaliação da gravidade e da relevância de e econômicas que caracterizam o avançar da

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idade. Finalmente, expressa-se, naquele traba- obriga a ampliar nosso campo de estudo para
lho, a necessidade de identificar os recursos incluir uma apreensão da experiência subjeti-
(individuais e coletivos) disponíveis para que va e de sua interação com diversos elementos
os idosos possam enfrentar estas dificuldades. do contexto social e cultural. Trata-se, portanto,
Uma abordagem antropológica das ques- de uma ferramenta fundamental para a Saúde
tões relativas à saúde de populações idosas nos Pública contemporânea.

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