Vous êtes sur la page 1sur 5

i\

A 1\
I \.\ 11;:. \'1'([1
k. r-; x>
""
..:L

..
~.
... i :: ,'.. ,:..\ : !'1'.\/\ IJ::i
:'.}-:.~ J) . ;1
: ~
':. :

-c , \ ",

\1 (I \ v , ii.)\.
r~-~-;~~~~
.§. :'.~: ..
»<Ó:

i 61tJ i ~".l'tI
.i, ;==",.~=--~J
:"';.'
":;..;
~. ". I'

! •••• ; F··.~! :\
-.:,:-1 .--:.

r'·.
('
·..• i..

ASSU NTO: INCLUSÃO DA PAISAGEf\-1 CULTURAL E NATU RAL DE SINTKt..


NA LlST.<\ DO PATRIMÓNIO MUf'JOJAL
r

~/-'

REQUERENTE: GABINETE DE SUA EXCELÊNCIA A MINISTRA DA CULTURP.

Proc. Inf: n. o 1520/04 Data: 2004-11-19

Servidão Administrativa:

ESQ
PRESIDENTE \
~cJ-o .
~~ ~\..JL ~ ~..\p..
\.--.V~- Y"- S· ~-: '--

~~~~~

DIRECÇÃO REGIONAL DE LISBOA

G-.",-~ ~ --t. ~ ~ ~ c--' ~ Q-\- C~-vd_: J~"'Lf::r


~ Fi-~ ~ V~.J~-/~·--v-J--{J 1
r~
V
-L

~-L ,1----. o (7 c- ~.~ k J,,"c.. t'-:J- ~~ c- ~

~-J~C- ~,"'--~c- olD-- U~. --.:: ~~


c~- r~ cÀ 'O-J.c .
-..----,V\+_
2.. '1 . 1V1J..--Y. ~ ~
" ", "" I ....•. ,

\ II
",- .. ,,,,,,' ,.. ,:,. .

....•1/"'\'::'

('(l '\ "

\:;"
... "
!.,!;"

. .
-',i; ~'t-'-;d: I_!C .'.:"'~'~:::
", :' . ; .' •. .r '. ,.J , " '.' -•. : L • .:.'i ;:;.!.

Em resposta ao despacho do Exrn? Senhor Presidente deste


Inst.ituto sobre o pedido de informações proveniente do Gabinete'
dfÕ's Exa a Senhora MInistra da Cultura, cumpre Informar:
Paisagem Cultural
;J.. de Sintra, está como tal inscrita na Lista do
Património r-iund!al da UNESCO desde 9 de Dezembro de 1995,
Nos termos da Convenção do Património Mundial; Cultural e
f\!atural, ratificada por Portugal em 1980, e da Recomendação
r espeitante à protecção, no plano nacional, do património cultural
e natural, adoptada pela Conferência Geral da 17° sessão, em
Paris, a 16 de Novembro de 1972, estão cumpridos os requisitos
legais quanto à protecção do patrimónioculturql.

É certo que poderá resultar alguma dificuldade na interpretação e


articulação das medidas de protecção pelo facto de não estarem
concentradas num único diploma, mas as medidas de protecção
que existem são directarnente aplicáveis ao caso sub judice, à
excepção da execução dos planos de pormenor de salvaguarda que
não foram regulamentados.

Para melhor esclarecimento desta matéria começamos por referir a


existências de duas situações distintas relativas aos imóveis
classificados:

1- A que resulta de uma .acto administrativo publicado em


decreto ou portaria, que determina a classificação de um
imóvel ao qual pode ser atribuída a categoria de Valor
Nacional ou de Imóvel de Interesse Público (também se
incluíam 05 valores concelhios até à transferência desta
competência para as autarquias operada pelo artigo 20.0 do
Decreto-Lei na 159/99 de 14 de Setembro);

,~ que resulta da inscrição de imóveis na Lista da UNESCO do


Património Mundial, ao abrigo da CONVENÇÃO DO
PATRJIV,ÓNI0 t"lUNDIAL, CULTURAL E NATURA.L (recebida na
Ordem Jurídica Portuguesa conforme o Decreto - Lei nO
éi9/79, de 6 de Junho, D, R. na 130 - Ia Série),

;~;'-knto ao caso dos imóveis classificados corno Monumento


;'.;yi(;nal, (actual imóvel de interesse nacional); Imóvel de
, '~i UCSSE, Púbiicú (JIP) e Imóvel Valor Concelhio (VC) (actual
"-';':F::l de Interesse municipal), por decret.o ou por portaria, estão
Y"-=C::;i e irf'j(::O!i'itarnente sujeitos à Lei de Bases da política e do
" ,':n :F~ c!~ prGt'Õ'cç;'io do património cultural/Lei nn J 07/2001, de. 8
..•. '. ~=: :-: ~:!e.rr~ t j r o ) .
'r-

~
: i'!' \1< ;) .•.•

ê • ~) : I ~:

\ It
_. " ,- I" I ., ~' I •

\-\ .;

;(>\;. .,.';.,;
f t ~ .. l. -: ~. i i ;. '. í • , •

.d, 'i;; ,_.;l-' I~:" c

..• -::;.:. . ",' ~'~.~;'O .-,~,!,i.-~_-;:

Este regime abrange também os imóveis em vias de


classíficaçao como t al , e ainda as zona gerais de protecçã'o e
zonas especiais de protecção.

:~2uanto aos bens culturais inscritos na Lista do Património Mundial l

tais como a Paisagem Cultural de Sintra I cita-se em primeiro lugar


o artigo 8° da CRP que no seu nO 2, preconiza que as normas e
convenções internacionais regularmente ratificados ou a provadas
vigoram na ordem interna após a sua pUblicação oficial e enquanto
vincularem internacionalmente o Estado Português.
Estes bens foram classificados ao abrigo do disposto na Convenção
do Património Mundial vigente na ordem jurídica nacional, e a
legislação nacional refere na Lei 107/20001, (nO 7 do artigo 150)
que:
" Os bens culturais incluídos na lista do património mundial
integram, para todos' os efeitos e na respectiva cateçoría, a
lista dos bens classificados como de interesse nacional".
Résulta assim, da aplicação directa e imediata deste artigo, um
primeiro nível de protecção, com todas as consequênciaslegais
previstas na Lei de Bases.

Nestes termos aplica-se objectivamente, o regime legal


estabelecido no artigo 53° da Lei nO i07/2001, em matéria dos
instrumentos de gestão territorial que refere o expressamente qu.e:

1 - O acto que decrete a classificação de monumentos,


'. conjuntos ou sítios nos termos do artigo 150 da presente
lei, ou em vias de classificação como tal, obriga o
município/ em parceria com 05 serviços da administração
central ou regional autónoma responsáveis pelo
património, ao estabelecimento de um plano de pormenor
~_e salvaguarda para a área a proteger.

~) impulso processual pertence ao município respectivo, conforme


'e:.:ulta do artigo 69° ex vi do do artigo 150 do Dec. - Lei 310/2003, de
;:i ~jr:: Dezembro, que refere no nO 2 in fine - "os instrumentos de 1

.!,~,.'.0;0 t err.torrai. estabelecem as medidas indispensáveis â protecção e


>,k,' I/.:,cãe. do patrrrnóruo acautelando o uso do espaços envolventes".

t·::- 'e recorrido à elaboração de planos de pormenor previstos no


:~oC·lp; 3~:O!2003, em casos de conjuntos classificados que juntamente
;', ;~'- !~~',;:"2c~ivasservidõr-:<õ administrativas careçam da intervenção do
" : Tie. em CUl2bo,2Cão com o IPP,4R, por abrangeram áreas muito

-:)
.J
.;

~ " \ I _I

\li
! ..

.:....
."t,.

.~ .ô.dmirlistração do património cultural pode ainda


:}(:!:i:;;Ti";nar a elaboração de um plano integrado,
s2l'.,aguar'dahdo a existência de qualquer instrumento de
g2St.~O territorial já eficaz, reconduzido a instrumento de
politica sectoriaí nos domínios a que deva dizer respeito.

3 - O conteúdo dos planos de pormenor de salvaguarda


será definido na leaislação de desenvolvimento 3, o qual

deve estabelecer, para além do disposto no regime


jurídico dos instrumentos de gestão territortal:

. a) A ocupação e usos prioritários


b) As áreas a reabilitar
c) Os critérios de intervenção dos elementos a
reabilitação
d) ( ... )

A prescrição do nO 3 deste artigo não foi objecto de


regulamentação. Esta lacuna tem sido colmatada com o uso de
urna norma de conteúdo obrigatório, que prevê que os planos
directores municipais (PDM's) e outros instrumentos de gestão
territorial identifiquem o património arquitectónico classificado, em
vias de classificação e respectivas zonas de protecção e zonas
especiais de protecção constante do artigo 100 da citada
Convenção.
r~. estas .rnedidas gerais e abstractas acrescem medidas
/ -. ...,~
particuiares para a Paisagem Cultural de Sintra a saber:

- O Decreto
f:.. - Lei nO 215/2000, de 2 de Setembro criou a
~:;oci.edade Parques de Sintra - Monte da Lua, S. A. prevendo
medidas de gestão para a Zona Inscrita.

S - ;l, gestão da Zona Tampão, da Zona de Transição de Sinrra e a


Zc!~a de Transição de Cascais insere-se nas normais competências

.._------_. _.- ,--------


,:.\é ;3 datiJ não existe legislação de desenvolvimento que permita
(".:;:;t!!:.orar f~·5!.e planos de pormenor de salvaguarda diversos dos planos de
"J ..' ::,('f:'Y [':0 âmbito do ordenamento do território.

rq
,,;;:.

"' '.~_._".
~
.. --
\ !'i

.; :);:~:;>:!rnicja(je cie um imóvel classificado ou em vias


,t: C'2s5ifícação, podem alterar, a especificidade
;;-:-1~!itect6njc2 de zcna ou perturbar significativamente
: ;'Erspec~iva .ja contemplação do bem,

,:' i:... existÊncia de pianos de pormenor de salvaguarda ou


·~je ~l!anos integrados não desonera do cumprimento do
!e~)irne definido nos números anteriores.

F',esu;[a ainda e finalmente que da aplicação do artigo 150


da Lei 107/2001, os imóveis inscritos na Lista do
Património r"1undial b.eneficiam de isencão de Imposto
;;obre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto
!'''Íunicípal sobre Imóveis, por estarem equiparados para
todos 05 efeitos leaais a imóveis classificados como
lvlonurnento Nacional.

A TéCn~UI erior de ia Classe

01 -~'7/
~
Isab~ ~Imeida de Menezes
Jurista

(;

Vous aimerez peut-être aussi