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AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO CHEGARAM ÀS
ESCOLAS: E AGORA, O PROFESSOR?
Uberaba
2008
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AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO CHEGARAM ÀS
ESCOLAS: E AGORA, O PROFESSOR?
Uberaba
2008
2
____________________________________________
Msc. Marco Antônio Maciel – FAZU
Convidado
____________________________________________
Msc. Marise Soares Diniz – FAZU
Coordenadora do curso de Pós-Graduação Tecnologias integradas à Educação
____________________________________________
Dr. Martha Prata Linhares – FAZU
Orientador(a)
AGRADECIMENTOS
Agradecer é tudo o que tenho que fazer, começando por Deus, que é o primeiro em minha
vida, que é minha força, a força que me faz levantar todos os dias com esperança na vitória,
que não me deixa desistir dos meus sonhos e me mostra que sou capaz de alcançá-los.
Agradeço à minha família, mãe, irmãos, sobrinhos e outros, que sempre me animaram e
acreditaram em mim.
Ao meu namorado Emerson, que entendeu os dias sem nos vermos, para a realização desse
trabalho, que me incentivou todas as vezes que disse que estava cansada.
Aos colegas de curso, pelo companheirismo e a todo o corpo docente, pela dedicação, pelo
empenho em nos ajudar.
À minha orientadora, Dra. Martha Prata Linhares, que me direcionou, revisou o trabalho e me
atendeu várias vezes, até pelo msn.
Ao Professor Marco Antônio que fez a correção de português do presente trabalho.
À Sônia, bibliotecária da FAZU, que muito me auxiliou na parte de formatação da
monografia, me atendendo até fora do seu horário de trabalho.
A todos aqueles que, de alguma forma, me ajudaram e me apoiaram na realização deste
trabalho, também fica aqui o meu agradecimento.
Por fim, os meus sinceros agradecimentos a todos os que, direta ou indiretamente,
contribuíram para que eu chegasse até aqui e que fazem parte de mais esta conquista.
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Talvez seja este o aprendizado mais difícil: manter o movimento permanente, a renovação
constante, a vida vivida como caminho e mudança.
Maria Helena Kuhner
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RESUMO
Este trabalho se deu a partir da vivência que tivemos no meio educacional. Trabalhando na
rede municipal, vivenciamos as dificuldades de alguns docentes diante da tecnologia na
educação. Como profissional da área de informática, graduada em Licenciatura em
Computação, vimos à necessidade de falar da formação dos professores, tanto dos que estão
chegando à profissão quanto daqueles que já tem uma vasta experiência com nossos alunos e
alunas. Aplicamos um questionário, que foi respondido por alguns docentes, para sabermos
como está o conhecimento e a utilização das tecnologias da informação e comunicação com a
educação. Falaremos das tecnologias da informação e comunicação na sociedade, que é
notória em todos os cantos de nossa vida, passaremos pelas tecnologias da informação e
comunicação na educação e caminharemos pela formação do professor, onde analisaremos as
respostas dos questionários, citaremos a participação da gestão escolar e em seguida
falaremos da formação do professor. Falaremos também de duas ações governamentais feitas
em favor do docente que são: o portal do professor e o computador portátil para professor.
Verificamos neste trabalho que a vontade de utilizar as tecnologias da informação e
comunicação, na educação, existe entre os professores que responderam ao questionário, mas
percebemos também que, sozinhos, não podem prosseguir, precisam ser apoiados pela gestão
escolar e pelo governo.
ABSTRACT
This study originated by the experience we had in the educational area. Working in municipal
area, we experienced the dificulties of some teachers leading with the techonolgy in
education. As a professional in the computing sector, majored in Computing, we saw the
necessity to discuss teachers’ formation, both the ones that are beginning now and those who
have already had a wide experience with our students.. A questionnaire was given and
answered by some teachers in order to know their knowledege about and usage of the
communication and information tecnhology in education.. We are going to discuss the
communcaton and information tecnhology in the society, which is notorius in every corner of
our lives, going through the communication and information techonologies in education and
we are going to the teachers’ formation path, where we are going to analayze the
questionnaire answers, pointing out the participation of the school administration and then
teacher’s formation itself. We are going to talk about the governmental plans done in favor of
the teacher that are:: teacher’s portal and a portable computer for teachers.. We are going to
verify in this work that the intention of using the communication and information
techonologies, in education, exists among teachers who answered the questionnaire, but we
also notice that, alone, they can’t go ahead, needing to be supported by the school
administration and the government.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO............................................................................................................ 11
2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 13
2.1 - TICs na sociedade .................................................................................................. 13
2.2 – TICs e educação..................................................................................................... 16
3 – METODOLOGIA ........................................................................................................ 23
4 – O DOCENTE E AS TICs............................................................................................. 24
4.1 – Análise dos questionários ...................................................................................... 24
4.2 – Participação da Gestão Escolar ............................................................................ 29
4.3 – Formação dos professores ..................................................................................... 31
4.3.1 – Ações do Governo em favor do docente diante das TICs.............................. 42
5 – CONCLUSÕES ............................................................................................................ 46
6 – REFERÊNCIAS........................................................................................................... 48
APENDICE A – QUESTIONÁRIO .................................................................................. 51
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1 – INTRODUÇÃO
2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Muito se fala de TICs e elas de fato se fazem cada vez mais presentes em nosso
dia-a-dia, começando pelos televisores existentes em nossas casas, que, a cada dia, estão mais
modernos. Temos agora a tevê digital, que tem uma melhor qualidade de imagem e som;
temos os canais de rádio; as TICs estão nos bancos, de modo que, quando vamos receber
nosso salário, ou pagar nossas contas, precisamos utilizar os caixas eletrônicos, só quando não
tem como usá-los nos é permitido usar os caixas convencionais; em muitos supermercados já
temos máquinas de leitura de código de barra para informar-nos o preço dos produtos; temos
celulares, que já hoje é comum sua utilização, e claro, não podemos nos esquecer, temos a
internet, que já faz parte do dia-a-dia de muitos de nós, seja para entrar em contato com
amigos ou parentes, comprar, estudar, divertir e até arrumar namorado e muitas outras coisas.
Sendo assim, não podemos negar a presença das TICs em nossa vida.
É importante considerar que os muitos
Esse número pode parecer pequeno, se julgarmos o tamanho do Brasil, mas vemos
que o crescimento é grande, se compararmos as informações iniciais, que a autora nos mostra
em sua pesquisa, feita no Portal Terra Tecnologias. Prata-linhares (2008, p.71) aponta que em
15
1996 o Brasil tinha 100 mil usuários, em 3 anos, em 1999, esse número era superior a 2,5
milhões; em 2002, o país contava com 7,68 milhões usuários de internet e, em 2005, tínhamos
30 milhões de internautas, sendo 11 milhões de domiciliares.
Percebemos nos dados mostrados que em curto espaço de tempo, mais ou menos 2
ou 3 anos, o número de internautas aumentou de forma significativa, não deixando dúvidas
acerca da “invasão” da rede mundial de computadores em nossos lares, em nossa vida.
E o celular? Cada vez mais moderno, você consegue falar com as pessoas em
diversos horários e diversos lugares. Com aqueles que possuem câmera, você registra fotos de
momentos marcantes e/ou fatos que você não esperava presenciar. Você não tem computador?
Seu celular acessa a internet e armazena arquivos.
Sendo assim, com todas essas informações, podemos dizer que agora não temos
volta, as TICs interferem em tudo no nosso dia-a-dia, desde um dia de descanso em casa,
vendo um filme no aparelho de dvd que acabamos de adquirir, como em nossos empregos,
com máquinas novas, aparelhos novos, que exigem que façamos cursos para aprender a
utilizar, se não quisermos ficar desempregados.
Ainda, referindo-nos a Pinheiro (2004), “é mais uma vez a tecnologia que
transforma não só as nossas formas de comunicação, mas também as formas de trabalhar,
decidir, pensar e viver”.
Ignorar as TICs é fechar os olhos para as mudanças que estão ocorrendo na
sociedade, é se colocar à margem da evolução, que não tem volta.
Como profissional de TICs, é comum me ver desatualizada com as novidades que
a cada dia aparecem: aparelhos que nos permitem ouvir músicas, assistir a vídeos, tirar foto e
outros que, além disso, tudo, ainda são telefones celulares; computadores de pequeno porte
cada vez mais avançados, com capacidades que, até há pouco tempo, eram adquiridos por
empresas, estão sendo comprados por usuários finais, a fim de acessar internet, jogar, digitar
textos, por um preço acessível a muitos, sendo vendidos em lojas de eletrodomésticos em
prestações a perder de vista.
Mas sabemos que as TICs ainda não são algo ao alcance de todos. Sei que seria
hipocrisia falar de facilidade em adquirir tecnologias, sendo que muitos têm dificuldades em
adquirir alimentos para seu dia-a-dia, mas podemos citar aqui o trecho escrito por Moran;
Masetto; Behrens (2001, p. 51) que diz:
Mesmo havendo as lanhouses, sabemos que muitas crianças carentes não têm
condições financeiras para freqüentar uma, assim a escola teria um importante papel nessa
chamada inclusão digital.
Neste caso poderiam surgir programas que dessem condições a essas pessoas de
terem seu próprio equipamento, por preços mais acessíveis e condições que facilitassem
verdadeiramente essa aquisição.
Muitos pais têm vontade em adquirir um computador para seus filhos, mas o que
ganham são suficientes apenas para seu sustento e às vezes nem isso, impossibilitando-os de
gastar dinheiro com algo diferente que não seja alimento e moradia. Além do mais, se até o
lazer costuma ficar comprometido, quem dirá adquirir algo que ainda pode ser classificado
como luxo?
Hoje, com um preço fixo por mês, que não é grande, para custear a linha
telefônica e o provedor, temos o acesso à internet. E a aquisição de equipamentos está mais
fácil e com preços mais acessíveis. Sendo assim, tanto os governos, em se tratando de escolas
públicas, quanto as instituições particulares, não podem que montar um laboratório de
informática seja um investimento de alto custo.
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Para continuarmos este trabalho, vale reforçar a fala de Martínez (2004, p.96),
quando nos diz que a inserção das “novas tecnologias” não vem substituir as “velhas” e, sim,
fazer com que uma complete a outra, para que o objetivo buscado, que é o processo de ensino-
aprendizagem, seja alcançado. O docente é que deve avaliar qual recurso usar de acordo com
as necessidades dos alunos e de acordo com a finalidade, ou seja, de acordo com o que ele
quer alcançar, sendo assim ele pode se utilizar do quadro-negro e giz, ou do computador com
internet.
Já começamos aqui a perceber a necessidade do docente em se preparar diante das
TICs, conhecê-las, para que na hora em que necessitar de alguma delas, ele não se sinta diante
de um obstáculo intransponível. Tudo aconteceu muito rápido ou, pelo menos, demoramos em
perceber a chegada das TICs à educação. Em se tratando dessa velocidade, Moran; Masetto;
Behrens (2001, p. 32) nos falam que “passamos muito rapidamente do livro para a televisão e
o vídeo e destes para o computador e a internet, sem aprender e explorar todas as
possibilidades de cada meio.”
Sabemos que as TICs não vão resolver todos os problemas da educação, como
também não vai fazer milagres, para que esta melhore 100%, num salto. Existem, inclusive,
abordagens sobre este aspecto, que falam que a informática não ajudou a melhor a educação,
pelo contrário, que pode até atrapalhar. Vemos isso, por exemplo, no artigo de Góis (2007) no
Jornal Folha de São Paulo, que se baseou em análises feitas com crianças de escolas públicas
e privadas que têm acesso a informática. Constatou-se que a diferença nas notas de
matemática e português não foi significativa, salvo quando a criança tem acesso a computador
com internet também em casa. Portanto, percebemos que, como um remédio pode curar se for
usado de forma correta, também pode causar mal se for usado de forma errada, assim pode ser
as TICs na escola, se não tiver um planejamento na utilização, um mediador para não deixar
que os alunos desviem para outros caminhos que não contribuirão com a construção do seu
conhecimento, as TICs também podem ser consideradas como mau instrumento. Assim, só
nos resta analisar a situação e trabalhar para ter as TICs a favor da educação e não como
adversária.
Moran; Masetto; Behrens (2001, p.139) afirmam que a tecnologia é apenas um
instrumento, que contribui para o desenvolvimento do processo de aprendizagem e que ela é
de um valor relativo e depende desse processo, precisando, assim, de ser usada
adequadamente.
As TICs devem ser utilizadas da mesma forma como o professor escolhe se vai
usar o quadro negro, fazer uma atividade do livro, ou usar algum material de sucata. Ele
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precisa saber se, para atingir o objetivo proposto, necessitará de usar um vídeo, um projetor
multimídia, jogos computacionais ou a própria internet para pesquisa.
Sabendo da contribuição que as TICs podem dar a educação, a escola, como parte
da sociedade, não pode se colocar de fora do que está acontecendo, como se estivesse fora do
tempo. Não pode limitar seus alunos de usufruírem toda tecnologia colocada a sua disposição
para que seu aprendizado seja melhor e com mais facilidade.
Qual criança, jovem, ou até mesmo adulto, que não gosta de jogos, vídeos, criar
seus próprios textos e desenhos, montar seu blog, e muitas outras coisas possíveis de se fazer
com um computador? Tudo isso pode contribuir para a construção do conhecimento do aluno,
tornando seu aprendizado mais agradável e prendendo mais a sua atenção, uma vez que ele
está fazendo aquilo que precisa de uma forma que o agrada.
Moran; Masetto; Behrens (2001, p. 136) apresentam dois fatos novos que, nos
levam a discutir sobre o uso das TICs e da mediação pedagógica, e um deles é:
O autor afirma que as contribuições das TICs para a educação são muitas. Não só
possibilitam que haja uma construção do conhecimento, uma grande interação de alunos com
alunos e alunos com o professor, dentro e fora da sala e do horário de aula, como também
possibitam o desenvolvimento da criticidade, curiosidade e criatividade, sem nos esquecermos
da ética para discutir os valores contemporâneos e os atuais da sociedade e da profissão.
Por meio das TICs, fica mais próximo o acesso às informações, a trabalhos que
podem alimentar o nosso conhecimento, amadurecer nossas idéias e termos outras visões a
respeito de um mesmo assunto. E esse acesso pode se dar em qualquer momento e em
qualquer lugar. Os alunos não precisam ficar presos ao que o professor diz e o professor não
precisa ficar preso apenas aos livros e as enciclopédias das prateleiras da biblioteca. E essas
informações nos chegam com uma vantagem, são atualizadas a todo instante, sem precisar
esperar a nova edição do livro para termos nas mãos a nova descoberta.
A internet nos dá acesso a vários recursos que podemos utilizar para dinamizar as
aulas, buscar o interesse dos alunos, como chats, fóruns, correio eletrônico, lista de
discussões. Navegar pela rede mundial de computadores, é algo que já faz parte do dia-a-dia
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de muitos alunos, portanto devemos aproveitar essa disposição, que eles têm, e utilizá-la para
o estudo.
Sabe aquela aula que não rendeu no modo tradicional? Que tal tentarmos retomar
a discussão num chat? Marcar um horário para que os alunos acessem a internet e entrem para
a conversa. Sair da rotina, que muitas vezes pode ser entediante para os alunos, é uma forma
diferente de expor o conteúdo que precisa ser ministrado. Dessa forma podemos até ajudar
aqueles alunos mais tímidos, que, “cara-a-cara”, não teriam coragem de se expressar e que,
muitas vezes, virtualmente conseguiriam se desprender e colocar suas opiniões e
pensamentos.
Também podemos usar da lista de discussão, onde uma mensagem chega para
todos e ainda fica armazenada para ser lida posteriormente. Essa lista pode ser utilizada para
aprofundar algum assunto, que já foi trabalhado em sala. E até um fórum para os alunos irem
postando suas idéias e dando condições ao professor de analisar o que está sendo aprendido
em sala de aula. Esses recursos servem como uma avaliação da construção do conhecimento
dos alunos e de acompanhamento da evolução destes alunos a fim de detectar os problemas a
tempo e intervir e ajudá-los a superar as dificuldades que porventura tiverem.
Nem tudo são flores, sabemos que o uso da internet também tem seus pontos
negativos. Temos que trabalhar as TICs, em especial o uso da internet, com os nossos alunos,
ensinando-os a ler, refletir e tirar suas próprias conclusões, antes que aprendam apenas a
copiar e colar textos e idéias, fazendo dos recursos disponíveis uma máquina de reprodução
daquilo que já existe. Saber filtrar o que for encontrado diferenciando o que pode ser verdade
e o que pode ser fraude é fundamental.
Apesar da internet ser uma ótima ferramenta para trabalhar a educação, um fator
preocupante é a quantidade de informação que pode ser encontrada no mundo virtual. Os
alunos, principalmente aqueles que ainda não estão acostumados a usá-la como fonte de
pesquisa, podem se perder e até formular conhecimentos errados.
Temos também o problema de que o aluno pode ser levado a percorrer outros
caminhos que não são os necessários para a atividade naquele momento. Na internet
encontramos muitas coisas que podem entreter o aluno, desviando sua atenção. Isso nos
afirma os autores Moran; Masseto; Behrens (2001, p. 54), dizendo-nos que “Há facilidade de
dispersão. Muitos alunos se perdem no emaranhado de possibilidades de navegação. Não
procuram o que foi combinado, deixando-se arrastar para áreas de interesse pessoal”.
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A internet tem muitas informações boas e podemos dizer ótimas, mas sabemos
que nela também encontramos coisas que nos deixam assustados, desde assuntos inverídicos
até pornografias e violências.
Nesse momento entra o professor que agora é mediador/facilitador da atividade,
mostrando para os alunos o que é relevante ou não. Temos acessíveis muitas informações,
mas isso não quer dizer que temos, por obrigação, que absorver todas elas. Precisa haver um
filtro, precisa-se peneirar e quem vai orientar o aluno é o professor, ou o “novo” professor.
A escola precisa analisar seus conceitos, conversar com seus professores e
verificar como utilizar as TICs junto com a educação e não apenas colocá-las na escola
porque as mudanças exigem que elas se façam presentes, elas devem estar presentes, mas
também devem ser utilizadas de forma que o retorno intelectual compense o investimento
financeiro.
Temos que levar em consideração, também, que, através das TICs, temos várias
formas de abordar o aluno para que haja aprendizagem, isso falamos por causa das várias
formas que nós, humanos, temos para aprender.
Moran (1994), utilizando os estudos de Howard Gardner sobre as inteligências
múltiplas, salienta que “aprendemos de formas diferentes. Uns têm mais facilidade de
aprender através das imagens, outros através da fala, outros através da música, do movimento,
do isolamento ou da cooperação.” Essas formas podem ser abordadas com as TICs, podemos
trabalhar as imagens com fotografias, desenhos, filmes, pequenos vídeos. Os sons, com
músicas, também com filmes e vídeos. As animações, onde podemos ver o funcionamento de
determinadas coisas, representações de como se deu determinados acontecimentos.
Nesse momento podemos falar um pouco dos softwares, que tem uma participação
muito grande nesse assunto, pois podemos levar em consideração que nem todas as escolas
têm acesso à internet. Então elas não poderão utilizar o computador como meio tecnológico
na educação? Mas o que é um software? Um sistema computacional é formado basicamente
por duas partes: a parte física, no caso o hardware, que é tudo aquilo que podemos tocar, por
exemplo, o monitor, o teclado, a placa de memória e assim por diante; e pela parte lógica, no
caso o software, que são os programas que usamos para que o hardware processe tudo o que
necessitamos, e na educação temos o software educativo, ou seja, programas feitos
especificamente para educação, mas isso não quer dizer que não podemos lançar mão de
outros softwares, só porque não foram criados com a finalidade de ensino-aprendizagem.
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Podemos utilizar a fala de Valente (1995), que nos diz que os softwares
educativos são ingredientes importantes, que realmente vêm contribuir, e muito, para o
desenvolvimento do trabalho pedagógico, utilizando o computador.
Nesse mesmo trabalho, Valente (1995, p.8 - 11) nos mostra alguns tipos de softwares
educativos: os tutoriais e os exercício-e-prática ("drill-and-practice"), os jogos educacionais e
a simulação.
Softwares tutoriais são programas utilizados para apresentar o conteúdo a ser
trabalhado, de forma diferente do papel, podendo utilizar som, imagens etc. Para uma escola
que está iniciando a inserção do computador em seu processo de aprendizagem, o programa
tutorial é uma boa escolha, por apresentar um pequeno impacto na mudança da forma de
trabalhar.
Programas de exercícios-e-prática, como o nome já diz, apresentam-se com uma
coleção de exercícios para o aluno resolver. São indicados para materiais que necessitam de
memorização, como, por exemplo, aritmética e vocabulário. Esse tipo de software pode
também se apresentar com a coletagem das respostas, assim o professor teria um feedback
sobre os erros e acertos dos alunos.
A simulação é muito interessante. De acordo com Valente (1995, p. 11) “oferece a
possibilidade de o aluno desenvolver hipóteses, testá-las, analisar resultados e refinar os
conceitos”. A simulação, poderíamos dizer que seria um estágio nas situações, podendo
verificar como seria determinada reação química, algum impacto, sem ter que correr riscos
com testes de verdade. Os alunos podem trabalhar em grupo e aprender a partilhar decisões.
Os alunos podem testar diferentes situações, conhecendo diversas possibilidades sobre
determinado assunto ou problema.
Por último citamos os jogos. Vários softwares são exercícios montados em forma
de jogos, ajudando assim o aluno a assimilar o que foi aprendido em sala de aula. Isso é feito
de forma prazerosa, pois qual criança ou jovem, até mesmo adulto, não gosta de brincar no
computador? Mas o autor ainda nos faz um alerta sobre os jogos
Entretanto, o grande problema com os jogos é que a competição pode
desviar a atenção da criança do conceito envolvido no jogo. Além disto, a
maioria dos jogos explora conceitos extremamente triviais e não tem a
capacidade de diagnósticos de falha dos jogadores. A maneira de contornar
estes problemas é fazendo com que o aprendiz, após uma jogada que não deu
certo, reflita sobre a causa do erro e tome consciência do erro conceitual na
jogada errada. (VALENTE, 1995, p. 10)
De acordo com o que foi dito pelo autor, podemos dizer que precisamos tomar
cuidado para que a criança não se esqueça de que está na escola, num ambiente de estudo e
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não numa lan house, brincando apenas. Como a maioria dos jogos não tem a capacidade de
diagnosticar erros, aí entra a tarefa do professor, de ajudar o aluno a pensar, a refletir sobre o
que errou e, não, simplesmente, passar e continuar jogando, a fim de apenas acumular pontos
para ganhar do coleguinha do lado.
Vimos até aqui as diversas formas de utilizar o computador: ora com a internet e
seu recursos, ora com os softwares educativos, podendo também utilizarmos de outras formas
aqui não especificadas.
Mas TICs não são unicamente computador. Moran (1994), em seu escrito, ainda
nos dá exemplo do uso de algumas tecnologias, como: “Televisão e vídeo combinam a
multiplicidade de imagens e ritmos, com uma variedade fascinante de falas, de música, de
sons, de textos escritos.” Se a televisão não exercesse certo domínio sobre nossas emoções,
sobre no nosso pensar, não teria perdurado até hoje, não teríamos o sucesso que são as
novelas, filmes, que envolvem o não real e os jornais, que nos mostram a realidade encontrada
em nossa cidade, em nosso país e em nosso mundo.
Podemos nos utilizar do vídeo e da televisão de forma a tirar da cabeça dos nossos
alunos aquela idéia de aula entediante:
3 – METODOLOGIA
4 – O DOCENTE E AS TICs
Iniciaremos esse capítulo fazendo a análise dos questionários que usamos como
instrumento de coleta de dados. Apresentaremos os resultados com alguns gráficos
quantitativos das questões fechadas e analisaremos as respostas das questões abertas.
Após a análise faremos uma pequena discussão sobre a participação da gestão
escolar na inserção das TICs na educação e, em seguida, falaremos sobre a formação do
professor.
Sabemos que o papel do professor está mudando, o professor não é mais o
detentor do saber e não deixa mais de ser aluno, vejamos o que alguns autores nos dizem:
O professor não é mais aquele que chega à sala de aula, passa o conteúdo para os
alunos e cobra deles o que lhes foi dado. Uma nova postura é proposta para esse profissional.
Toda essa mudança na sociedade atinge a escola e, inevitavelmente, atinge o professor.
Para que haja um bom resultado entre escola e TICs temos um ponto importante a
ser discutido: a formação dos professores.
Para iniciarmos nossa conversa sobre docente e TICs, vamos analisar o uso da
informática pelos doze professores que responderam nosso questionário.
25
14
12
10
Casa
8
Escola
6
Outros
4
2
0
5 Diariamente
Semanalmente
Mensalmente
6
atividades, como apenas digitar textos, acessar e-mails ou algumas pesquisas na internet. Com
isso podemos considerar que é um bom começo para fazer com que o trabalho do docente
com as TICs transcorra de forma mais fácil e tranqüila.
Muitos professores que temos hoje, num contexto geral, não foram formados para
trabalhar com as TICs. Muitos não sabem nem usá-las, mesmo fora da escola, em atividades
que começam a se tornar corriqueiras, como digitar um texto, ou apenas acessar um e-mail,
sem contar que outros acham que ganham pouco para ficar “gastando” mais tempo com
cursos e aperfeiçoamentos e que, o tanto que ganham, do jeito que fazem está bom. Isso
sempre ouvimos pelos corredores das escolas, nos bate-papos de intervalos. Outro fator, não
menos importante, e que não pode ser esquecido, é a falta de tempo, pois muitos professores
dão aulas em vários horários para conseguirem ter um salário descente e, assim, viverem
melhor financeiramente com sua família. Isso faz com que se desgastem, se cansem, não
tendo ânimo de correr atrás de uma formação continuada.
Por outro lado, temos aqueles corajosos, que mesmo não sabendo, tentam utilizar
as TICs na sua prática docente, seja porque entenderam a contribuição que ela pode trazer ou
porque viram que, sem ela, competir no mercado de trabalho vai ficar mais difícil.
Vamos verificar outras respostas dos entrevistados e saber como está sua
formação para a utilização da informática, independente se a usam na educação. Foi
perguntado se fizeram curso de informática, se sim, quem os incentivou a fazê-lo. Cinco dos
professores dizem não terem feito curso de informática, mas mesmo assim fazem uso do
equipamento e um ainda acrescenta em sua escrita, que não fez curso, que aprendeu muitas
coisas perguntando e mexendo, mas pretendo fazer um curso sistematizado. Um não fez curso
de informática, mas fez um curso do Sistema Positivo – Sistema contratado pela Prefeitura de
Uberaba para uso da informática na educação infantil – realizado pelo município. O restante
disse que sim, mas não especificaram aonde e nem até onde chegaram com o curso. Percebe-
se aí que os professores, mesmo que de forma lenta, tentam se adequar com a evolução
tecnológica, fazendo uso do computador, sem cursos ou correndo atrás da própria formação
diante das TICs.
Com as respostas do nosso questionário conseguimos perceber que esses
professores corajosos estão tentando se adaptar a essa nova realidade, que é a utilização das
TIC’s na educação. Os professores tentam ser mais freqüentes no uso da informática na
educação, entendem que o interesse pela aula que utiliza as TICs está sendo cada vez maior.
Todos os professores que responderam a nosso questionário vêem de forma
positiva a chegada dos computadores à escola. Uma das perguntas diz: Como você vê a
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ainda que dicotomizado do ensino e aprendizagem da sala de aula, constitui um desafio para
educadores e dirigentes educacionais”.
Será que os professores precisam de apoio apenas dos professores do laboratório?
De quem seria também a responsabilidade de apoiar, de incentivar a utilização dos
laboratórios por parte dos professores?
Percebe-se, então, nessa pergunta, uma dependência de muitos professores, dos
professores de informática que estão dentro dos laboratórios das escolas. Essa nossa
percepção vem ser complementada com uma resposta dada a última questão do nosso
questionário: “No meu caso eu gostaria de ter aula juntamente com os alunos e o professor de
informática e este ano não estou tendo esta oportunidade. Para usar o laboratório tenho que ir
sem o professor de informática. O ano passado fiz uma excelente integração com os
professores de informática e fizemos um trabalho muito bom.” (professora de
Geografia/História).
Utilizando-se de Sette (1999, p.21) que nos afirma que “ainda se observa uma
resistência em aceitar a utilização dos recursos da Informática como parte das atividades
curriculares, com a participação dos próprios professores e não com “instrutores” ou
“técnicos” de Informática”. Podemos assim verificar que isso não acontece apenas com os
professores que responderam a nosso questionário, mas, que também já foi percebido por
outros autores. Mas os docentes precisam perceber que o professor de informática está
presente apenas em sala de aula para ajudá-lo. Na hora de planejar a aula, lá em sua casa e
escolher o que usar e como usar ele estará sozinho. Por isso dizemos que o professor precisa
ter a sua formação diante das TICs, embasado no que lemos:
Ajudar na familiarização com o computador, com seus aplicativos e com a
Internet. Aprender a utilizá-lo no nível básico, como ferramenta. No nível
mais avançado: dominar as ferramentas da WEB, do e-mail. Aprender a
pesquisar nos search, a participar de listas de discussão, a construir páginas.
(MORAN; MASSETO; BEHRENS, 2001, p. 51)
colocar os professores para utilizarem essas máquinas mesmo eles tendo pouco conhecimento,
é válido, pois tudo tem que ter um início, um pontapé inicial. Mas não podemos achar que
tudo está resolvido, que a escola já está informatizada e que as TICs na educação já estão
funcionando. Muito temos que caminhar, a evolução dessas tecnologias na escola está mais
lenta do que a evolução dessas tecnologias na sociedade.
Se toda equipe escolar não habituar-se ao uso das TICs, essa prática será apenas
mais uma atividade de sala de aula. Precisa virar rotina no bom sentido da palavra, nossos
professores precisam ter confiança diante da máquina.
No nosso trabalho na escola algo nos chamou a atenção e nos deixou surpresa,
mas claro, uma surpresa boa. Uma colaboradora da direção da escola, que demonstra interesse
em aprender informática, nos chamou e nos falou de um projeto de leitura para atingir, através
do datashow, aquelas crianças que não gostam de ler. A idéia soou como canto em nossos
ouvidos ao ver que estão percebendo formas de utilizar as TICs em favor da leitura, da
educação daqueles mais resistentes aos livros. Podemos nos embasar no texto:
30
Com a formação dos dirigentes escolares e equipe pedagógica eles terão mais
argumentos para auxiliar o professor na hora de fazer uma intervenção no ensino com a
utilização das TICs. Poderão dar sugestões e montar projetos que viabilizem o ensino-
aprendizagem dos alunos. Como o orientador escolar poderá trabalhar junto ao professor se
ele não tem o que falar, não tem conhecimentos das TICs na educação para, junto ao docente,
encontrar um caminho para a solução do problema? O professor precisa ter o apoio de todos
os lados, não pode se sentir o único responsável pela inserção das TICs na escola.
Pelas respostas da pergunta 7 que diz: Você se sente apoiado(a) e incentivado(a)
para utilização do laboratório de informática? Se sim, Por quem e como?, que analisamos no
subitem anterior, percebemos que os professores entendem que é necessário interagir aula e
TICs, mas ainda não estão amadurecidos para essa interação, estão dependentes dos
professores de informáticas. Sim, os professores de informáticas estão ali para ajudar, para
apoiar, dar suporte, pois o professor precisa ser especialista em sua área, Geografia,
Português, ou qualquer outro conteúdo que ele trabalhe, mas ele não pode se sentir de pés e
mãos atadas caso o professor de informática lhe falte. Sendo assim vemos a necessidade de
parcerias, de estar juntos, para que aos poucos possam adquirir confiança em sua atuação
frente às TICs e também tenham com quem partilhar suas dificuldades, trocar idéias, pois já
nos diz o velho ditado: “duas ou mais cabeças pensam melhor do que uma.”
Além disso, podemos utilizar das TICs até para o andamento dos assuntos
pedagógicos e administrativos da escola, podendo ser montadas listas de discussão, grupos de
trabalho, troca de e-mails para recados e avisos geral, trocar experiências quanto ao
desempenho dos alunos. Nessa fala podemos nos apoiar no que foi lido em:
Os ambientes virtuais de aprendizagem permitem aos participantes fornecer
informações, trocar experiências, discutir problemáticas e temas de
interesses comuns, desenvolver atividades colaborativas para compreender
suas problemas e buscar alternativas de solução. (VIEIRA ET AL, 2003, p.
119)
auxiliar na solução do problema. Além de ser bom para o crescimento profissional e pessoal
desse professor também seria bom para o seu psicológico, pois ele estaria dividindo com os
colegas suas angustias e alegrias, deixando assim de ser um problema só seu, sabemos que
todo o peso que é carregado junto se torna mais leve para todos.
Vieira et al (2003, p.118) nos fala da formação contextualizada, condizente com a
realidade da escola, onde permite que orientadores acompanhem o desenvolvimento das
práticas dos docentes desencadeando propostas. Cursos à distância podem ser ministrados
para que a formação continuada aconteça sem a necessidade de estarmos presentes, juntos,
num determinado local e determinada hora. Através da internet temos a vantagem de poder
acessar no local e hora que melhor nos for viável.
De várias formas as TICs podem contribuir para a educação, dentro e fora da sala
de aula. Basta pensarmos e colocarmos em prática essas contribuições, de forma a envolver
todos para que juntos, apoiando-nos e incentivando-nos uns aos outros, possamos fazer com
que o objetivo seja atingido.
Será que a formação do docente para a utilização das TIC’s em sala de aula, em
especial o computador é pensada?
Podemos verificar que:
“...essa forma de pensar as Tecnologias de Informação e Comunicação
(TICs), enquanto instrumentos formadores de sujeitos no espaço escolar,
constrói-se não apenas com a presença (ou inserção) das ferramentas
tecnológicas na escola. Ela depende, antes de tudo, de uma formação do
professor, que o torne capacitado à mediar TICs, alunos, conhecimentos e
realidade.” (MARCOLLA e PORTO, 2004, p. 2)
Moran (2004) defende que as TICs, que estão na universidade e nas escolas,
continuam com a mesma forma de ensinar – o professor falando e o aluno ouvindo, as TICs
são utilizadas mais para continuar a transmissão do conteúdo do professor do que para criar
novos desafios didáticos, apenas com aparência de modernidade.
Como cobrar do docente algo que ele ainda não conhece e não foi formado para
atuar? De acordo com Valente et al (1999, p. 22) “não se trata de criar condições para o
professor simplesmente dominar o computador ou o software, mas, sim, auxiliá-lo a
desenvolver conhecimento sobre o próprio conteúdo e sobre como o computador pode ser
integrado no desenvolvimento desse conteúdo.” Não podemos colocar as TICs à disposição
dos professores e cobrar resultados, querer ver utilização dos equipamentos sem darmos
condições para que o trabalho seja feito. Não se pode cobrar aquilo que ainda não foi dado.
Um acompanhamento, respeitando os limites de cada um, mostrando de que forma podem ir
se adequando seria um bom começo para que as coisas de fato aconteçam de forma prazerosa.
Após anos trabalhando da mesma forma, com os mesmos recursos e, de repente,
vendo-se diante de um novo desafio e muitas vezes sozinhos para superá-lo, pode fazer com
que o professor se sinta desmotivado e até ameaçado por não conseguir se adequar às
“novidades”.
Alguém precisa fazer alguma coisa, não se pode ficar fazendo pesquisas do
impacto das TICs na educação, se um dos protagonistas desse cenário está alheio ao seu
papel.
Não podemos simplesmente montar um laboratório em cada escola e pedir para
que sejam usados e cobrar resultados. O docente precisa ser amparado diante da “novidade”
em sua prática educacional, ele precisa ser motivado para que com gosto faça acontecer
conforme o esperado. Ele precisa ver, conhecer as vantagens que as TICs podem trazer para o
seu conteúdo e precisa também saber reconhecer quando é que usar o quadro negro (velha
tecnologia) é mais necessário que o uso do datashow, dos slides, dos filmes ou jogos.
Vendo que as TICs estão presentes na vida de todos nós, que elas chegaram à
educação e apontadas as falas de nossos professores, podemos então traçar algumas linhas
para trazermos nossos professores ao convívio real com as TICs integradas à educação.
Martínez (2004, p.99) nos dá algumas idéias do que pode ser feito, começando
pelos poderes governamentais, que tem a parcela de responsabilidade para estabelecer
políticas nacionais de planejamentos e aplicar programas de integração das novas tecnologias
na educação pública. Ele não deixa de apontar a formação do docente quando diz que:
33
Seguindo o texto, o autor ainda acrescenta que essa orientação, por parte do
professor, também é muito importante para que o trabalho realizado pelos alunos, através de
pesquisas na internet, não se torne apenas uma atividade de copiar e colar e sim sejam
produções de conhecimentos.
Qualquer pessoa com alguma habilidade no uso do computador sabe bem que isso
não é difícil de acontecer e que a tentação de usar apenas algumas teclas para termos o texto
de um site, colado em nosso trabalho, é grande, pois nos poupa tempo de digitação e reflexão
e elaboração de um conhecimento em cima do que foi lido. Assim, tendo alguém que possa
34
orientar e direcionar essa atividade o risco disso acontecer seria menor e o objetivo, que é o
aprendizado por parte do aluno, seria atingido.
Ainda se referindo à internet, de acordo com Silva (2005, p. 64) “o professor
estimula cada aluno a contribuir com novas informações e a criar e oferecer mais e melhores
percursos, participando como co-autor do processo de comunicações e de aprendizagem”.
Com a utilização dos diversos recursos, que já foram citados nesse trabalho, chats, e-mails,
fóruns, lista de discussão, o professor pode promover uma série de atividades que desperte o
interesse do aluno para a construção do seu conhecimento, que atice a curiosidade e a fome de
aprender desse aluno.
Diante de tudo que foi dito até agora, podemos afirmar mais uma vez a
importância do professor na utilização das TICs e consequentemente da formação continuada
desse professor:
No processo de formação, o educador tem a oportunidade de vivenciar
distintos papéis, como o de aprendiz, o de observador da atuação de outro
educador, o papel de gestor de atividades desenvolvidas em grupo com seus
colegas em formação e o papel de mediador junto com outros aprendizes. A
reflexão sobre essas vivências incita a compreensão sobre seu papel no
desenvolvimento de projetos que incorporam distintas tecnologias e mídias
para a produção de conhecimentos. (ALMEIDA, 2005, p. 44)
Para que possamos dizer que existe, de fato, TICs na educação, o professor
precisa mudar sua prática, seu modo de pensar educação e ele só poderá fazê-lo se for
35
formado para isso, se ele tiver quem o oriente para essa transformação, que se preocupe com o
nível de conhecimento tecnológico que ele venha possuir.
Mas não precisamos nos assustar, mudar para montar uma mega formação para
nossos professores e dirigentes escolares. Podemos começar com o que temos, com os
aplicativos e softwares que temos disponíveis em todos os computadores.
Alegretti (1999, p. 21), em seus escritos, faz várias sugestões de trabalho que não
exigem compras de softwares caros, formações longas e cansativas. Vejamos abaixo o que ela
nos sugere:
Paint é um software de desenho muito fácil de usar. Com os inúmeros
recursos que oferece – lápis, borracha, pincel, cores, formas básicas etc. –, é
possível desenvolver diversas atividades pedagógicas, como: representar a
linha do tempo referente à própria vida, construir um cenário e redigir uma
história sobre o mesmo, montar uma história em quadrinhos, entre outras.
Figura 1 – Paint
Para quem usa outro sistema operacional, como o Linux, têm outros aplicativos
similares ao Paint, que podem ser usados para desenhos, como por exemplo, o Gpaint e o
36
Krita. Não tivemos a oportunidade de trabalhar com eles para analisar o grau de dificuldade
de uso, mas pela aparência se aproximam do Paint, como podemos verificar na figuras
abaixo:
Figura 2 – Gpaint
O Krita, pela sua barra de ferramenta, percebemos que tem alguns recursos a mais
do que o Gpaint e o próprio Paint. Observemos a figura:
Figura 3 – Krita
37
Muitas crianças e jovens gostam de utilizar esses programas para fazer seus
desenhos. Portanto é algo que pode ser explorado, trabalhar o conteúdo de forma lúdica,
dando oportunidade ao aluno de usar a sua imaginação. E mesmo que seja algo direcionado,
que tenha um modelo certo a seguir, dá oportunidade ao aluno de participar de forma ativa na
atividade. O aluno pode, por exemplo, fazer o mapa do Brasil, reconhecer seus estados e
colori-los, criar sua própria legenda. Isso tudo faz com ele crie aquilo que muitas vezes vem
pronto nos livros ou apostilas.
Outra sugestão da autora é em relação ao uso do word:
São inúmeras as facilidades que o Excel pode trazer para o processo de ensino e
aprendizagem: aprender função, fazer gráficos, analisar e interpretar resultados e fazer
funções lógicas e matemáticas. Após aprender em sala de aula com o professor, ele pode ver
de forma diferente todas essas tarefas realizadas. Nas aulas de Geografia e História, é um
ótimo recurso para estudar a densidade populacional, escalas, gráficos sobre economia,
climograma (gráfico de barra e linha que representa a temperatura e a chuva durante o ano),
amplitudes e térmicas, latitude e longitude, etc.
Por fim a autora nos sugere o power point, um software que também faz parte do
pacote office assim como o word e o excel:
Ele é um bom recurso pelo fato de ser divertido trabalhar com ele, pois ele nos
permite usar diferentes mídias, inserindo imagens, sons, vídeos, fazer movimentos e
transições com as palavras. É uma forma lúdica do aluno apresentar aquilo que aprendeu ou
está aprendendo. Conforme a fala da autora para o aluno criar apresentações no power point
ele necessita pesquisar, analisar, selecionar e organizar as idéias do tema proposto. Ao
professor cabe orientar e incentivar o aluno na investigação e elaboração dos slides.
Assim, como para o Paint, para aqueles que não trabalham com o sistema
operacional windows, temos, também, alternativas para esses softwares citados até agora
como por exemplo, o openoffice, staroffice e outros. Nesses pacotes encontramos similares do
word, excel e power point.
Em nenhum momento quisemos aqui dar caminhos traçados e engessados para
quem fizer uso desse trabalho, apenas mostrar algumas formas práticas de como utilizar
recursos tecnológicos que estão ao alcance de todos que possuam um computador e a partir
daí suscitar outras idéias. Também os escritores que leram e se aprofundaram mais nos
assuntos nos dizem que:
Trabalhamos com as TICs, não somos especialistas nos diversos conteúdos que
são trabalhados dentro da escola, portanto o próprio professor sabe da sua necessidade, como
ele poderia trabalhar melhor determinado assunto com seus alunos, utilizando dos recursos
que lhes são disponíveis.
Em todas essas atividades que apresentamos aqui o professor é peça fundamental
para que a realização do trabalho tenha sucesso. Para isso o professor precisa dominar o
conteúdo que está trabalhando, mas também precisa, se não dominar, pelo menos conhecer o
recurso tecnológico que vai ser trabalhado. Se o professor não conhecê-lo, não tem como
propor a atividade. Para tanto podemos citar:
Para assumir essa perspectiva em que a prática pedagógica com o uso das
novas tecnologias é concebida como um processo de reflexão–ação, o
professor precisa ser capacitado para dominar os recursos tecnológicos,
elaborar atividades de aplicação desses recursos escolhendo os mais
adequados aos objetivos pedagógicos, analisar os fundamentos dessa prática
e as respectivas conseqüências produzidas em seus alunos. (ALMEIDA,
1999, p. 74)
Quais então deveriam ser as ações para a formação desse professor? Não estamos
aqui para dar receitas prontas, ou dizer o que é, ou não, certo nesse caso. Queremos apenas
lançar algumas idéias como pontapé para que se inicie uma ação de formação do professor e
como dissemos antes, até da gestão escolar.
Tem dois momentos que poderiam ser trabalhados, os que estão na ativa, que já
estão trabalhando e os que ainda estão na graduação, os que estão chegando.
Para os professores atuantes, poderíamos montar cursos voltados para suas áreas
específicas. Como utilizar as TICs na Geografia? Na História? E em Português? Falar que as
TICs vieram para ajudar, que ela pode e dever ser utilizada. Isso tudo já lemos com vários
autores, mas como isso pode ser feito? A resposta a essa pergunta é o que os professores
precisam ouvir. Eles precisam sentar e começar a colocar em prática, como já foi dito,
virarem aprendizes para depois voltaram a ser professores. Vejamos o que Almeida (1999, p.
67) nos diz a esse respeito:
Devemos, nós educadores, deixar de lado nossa posição, para nos
entregarmos à condição de “aprendizes do futuro”? É claro que SIM. Ou nos
entregamos e nos rendemos a esta condição — recriando “junto” e “com”
nossos alunos uma nova política e metodologia de ensino, ou não
conseguiremos nos integrar a essa nova Educação que é participativa e
potencializadora. Aqui inexiste qualquer forma de poder.
40
O formando em licenciatura, seja ela qual for, tem o direito de ter, durante a sua
formação, o conhecimento das TICs na educação. Ainda não entendemos porque a discussão
se estende, mas a prática caminha a “passos de tartaruga”.
Se a própria legislação prevê o domínio das TICs, por parte do professor, já é uma
boa chance de começarmos a inserir nos currículos dos futuros professores disciplinas que
falem o que são TICs na educação, para que serve e qual a sua aplicabilidade.
Não encontramos uma lei específica que fale sobre a mudança do currículo dos
cursos pela instituição de ensino superior (faculdade ou universidade), mas a mudança fica a
cargo da instituição de ensino, respeitando a sua autonomia, tendo que passar por renovações
de reconhecimento1. No e-mail nos é dito que “trata-se de questões didático-pedagógicas que
devem ser esgotadas nas instâncias internas da instituição.” Nesse e-mail consta um link onde
estaria a portaria que trata do reconhecimento do curso, essa é a portaria 40 de 12 de
dezembro de 2007. O MEC, no e-mail de resposta nos direciona ao artigo 32 parágrafo 1º.
Esse artigo nos diz sobre a publicidade dos itens que se refere ao curso, entre eles a grade
curricular. E ainda nos orienta a consultar o regimento interno e atos normativos da
instituição. Não achamos necessário tal ato, já que não pretendemos daqui especificar
instituição alguma, apenas mostrar que é possível que as instituições procedam mudanças em
seus currículos.
Sabemos que não deve ser fácil para as instituições de ensino superior promover
alteração em sua grade curricular, mas é algo necessário, é um desafio para as universidades.
Como nos dizem Moran; Masseto; Behrens (2001, p. 70) “as mudanças desencadeadas pela
sociedade do conhecimento têm desafiado as universidades no sentido de oferecer uma
formação compatível com as necessidades deste momento histórico”, portanto vemos que não
é uma exigência apenas de alunos e pesquisadores, é uma exigência trazida pela própria
sociedade, que muda a cada dia, não nos dando o direito de ficarmos parados, estacionados,
vendo as situações mudarem.
Se as instituições insistirem em colocar no mercado profissionais que não têm
entre as suas habilidades o saber utilizar as TICs na educação, continuaremos com pesquisas
falando sobre a formação desse profissional, mas ficaremos somente na teoria.
O professor não pode continuar com “medo” das TICs, ele tem que ter confiança
diante da sua prática educacional. Ele precisa estar animado a trabalhar e colocar à disposição
do aluno tudo aquilo que ele aprendeu, para facilitar o seu trabalho. Chamaram-nos a atenção
1
Informação dada através do e-mail respondido pelo MEC no dia 26/06/2008 ao nosso e-mail enviado
questionando sobre a responsabilidade da mudança no quadro curricular do curso.
42
as palavras de Moran; Masseto; Behrens (2001, p. 62) quando dizem que “educadores
entusiasmados atraem, contagiam, estimulam, tornam-se próximos da maior parte dos alunos.
Mesmo que não concordemos com todas as suas idéias, respeitamo-los”.
Como em todo trabalho precisamos ser instigados, animados a inovar, a criar, ter
prazer em levantar e ir ao encontro de mais uma conquista. Mas se o professor continuar
sendo colocado diante das TICs, sem nenhuma formação para tal, isso não acontecerá, isso
poderá fazer com que esse professor desanime, sinta-se pressionado e com isso, desgostoso de
entrar na sala de aula, com alunos que muitas vezes dominarão as técnicas mais do que ele.
Ainda se tratando de desafios para as universidades, Moran; Masseto; Behrens
(2001, p. 70) apontam mais um que “é instrumentalizar os alunos para um processo de
educação continuada que deverá acompanhá-lo em toda sua vida”. Precisamos mostrar aos
nossos futuros docentes que sua aprendizagem não termina com a faculdade, que após a
formatura eles têm dois papéis, de professor e de aprendiz, ele precisa ter sede de aprender.
Para não falarmos apenas do que precisa ser feito, vamos falar também do que já
está sendo feito. Vamos analisar alguns projetos do governo, começando com um portal
criado pelo MEC, chamado de Portal do Professor, vamos passar rapidamente para
conhecermos o que está sendo implementado pelo governo, pensando no professor.
O portal possui um menu animado, com interface alegre e gostosa de navegar.
Com várias opções de páginas, passaremos por cada uma para verificarmos o que o portal nos
oferece.
• Espaço da Aula: Dentro desse menu encontramos sugestões de aula, com algumas
sugestões de textos, de vídeos, de sites. Podemos fazer uma busca através do nível de
ensino, componente curricular, modalidade e tema. Percebemos que poucas aulas se
encontram no banco de dados do portal, mas com certeza, se o acesso e a colaboração
dos professores acontecerem, essa página será um rico recurso para conseguirmos
idéias para diferenciarmos nossas aulas; Temos orientações para criar uma aula, aqui
nos é mostrado, passo-a-passo, como montar uma aula no portal; Crie sua aula, nessa
opção criamos nossa aula para colaboramos com o portal e dividirmos com os demais
colegas que acessarão em busca de idéias para suas aulas, assim como nós, também,
43
clicadas, recebem de volta uma resposta referente à palavra escolhida. O robô também
vai conversando com a pessoa, perguntando sobre sua vida e vai te dando resposta
que, às vezes, nos confunde, nos deixa em dúvida, se falamos com robô ou com outra
pessoa do outro lado da telinha. É um pouco lento, demora enviar as mensagens, mas,
além de ser um ótimo recurso, com certeza vai ser melhorado.
• Links: Por último temos uma parte com links de vários sites, como bibliotecas,
museus, observatórios, dicionários e enciclopédias, mapas, portais do mec e outros.
Tudo isso para que possamos dar uma boa passeada por links interessantes e que
podem nos ajudar, nos dá um direcionamento de onde encontrar o que procuramos.
Outra iniciativa do governo, muito interessante, em parceiria com algumas
empresas privadas, é o Projeto Computador Portátil para Professor. É um projeto que tem
como objetivo facilitar aos professores a aquisição de computadores portáteis, com baixo
custo e empréstimos diferenciados. A proposta é que cada micro custe no máximo, à vista,
até R$ 1.000,00 (mil reais), já incluindo as despesas de frete. Com essa iniciativa, o governo
pretende colaborar com a produção de conhecimento dos professores e sua formação
pedagógica através das TICs.
Para ter o direito de adquirir o computador portátil, o único requisito é ser
professor da educação continuada, ou seja, educação básica, profissional e superior de
instituição pública, ou privada, devidamente credenciada junto ao MEC.
A forma de adquirir o bem pode ser à vista ou financiamento, que pode ser
descontado em folha de pagamento, débito em conta corrente ou boleto bancário.
Será feito um controle pelo C.P.F, de modo que cada professor só poderá adquirir
um equipamento.
Criar condições para os professores adquirirem seu equipamento é uma das coisas
que alguém poderia fazer para mostrar que temos motivos para irmos em busca de nos
aperfeiçoarmos em nossos conhecimentos, pois, quem não buscava por motivo de não possuir
um micro, agora não poderá mais usar esse motivo.
Não estamos aqui tomando posição partidária, mostramos ações feitas pelo
governo, pelo simples fato de que essas ações são criadas para atingir a todos, sem diferença
de condição financeira ou qualquer outro adjetivo que pudesse vim causar algum tipo de
separação.
Vemos essas iniciativas do governo como o início de uma real transformação na
educação com relação às TICs. Vemos que estamos percebendo o que as TICs podem nos
ajudar, ajudar os professores, nossos alunos e toda a equipe escolar.
45
5 – CONCLUSÕES
Sabemos que as TICs são novidades na vida de muitos docentes, pois além de
dominar o conteúdo ministrado por eles, ainda precisam conhecer novas formas de apresentá-
los e isso muitas vezes os assustam, portanto um bom suporte poderia dar-lhes mais confiança
para utilizarem essas ferramentas, que chegaram também na área educacional.
Os órgãos educacionais devem articular cursos, suportes e acompanhamentos
pedagógicos para os professores, em se tratando da utilização das TICs no processo de ensino-
aprendizagem, até que eles consigam caminhar por si sós.
Que os cursos de licenciatura tenham em sua grade curricular uma disciplina
específica para isso e assim os docentes já cheguem com tal conhecimento na hora de colocar
em prática o que aprenderam. Não se pode mais pensar num curso de licenciatura, ou
pedagogia, que não trate das TICs na educação, se quisermos formar profissionais conscientes
e atualizados, essa mudança precisa acontecer.
Os professores precisam entender que não basta o governo fazer projetos, montar
estruturas, as faculdades fazerem alterações em seu conteúdo curricular. Ele, docente, também
precisa querer aprender e se comprometer em conseguir um mínimo de tempo possível para
suas leituras, seus estudos, suas investigações.
Ações, como o portal do professor, são muito importantes. Podem ser muito
bonitas, bem estruturadas, mas de nada adiantará, se não tiver coro, se os professores não
acessarem e não derem sua contribuição para o crescimento, tanto do portal quanto das
pessoas que o acessam.
Não podemos nos esquecer de afirmar aqui a presença da gestão escolar nessa
inovação que a educação vive. A gestão é peça fundamental para que aconteça tudo o que se
espera, que o sucesso seja real.
Nos professores que responderam o questionário, a vontade de que as TICs façam
parte do processo de ensino-aprendizagem existe, o esforço para fazer parte de processo
também. Queremos que essa minoria que respondeu o questionário seja a voz da maioria que
não respondeu.
Portanto podemos afirmar que essa tarefa não é atividade para uma pessoa, ou um
grupo apenas, é para todos nós, para o governo que precisa incentivar, como vimos em duas
47
situações, para a gestão escolar que precisa estar junto criando também condições para que as
TICs sejam inseridas na sua realidade e para os professores que precisam perder o medo e o
comodismo e ir ao encontro do uso das TICs na educação, abraçar o que lhe for oferecido e ir
em busca de mais, sempre mais.
48
6 – REFERÊNCIAS
CHIZZOTTTI, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2006.
GÓIS, Antônio. Computador em escola não melhora nota. Folha de São Paulo, São Paulo,
23 abr. 2007. Brasil, p. C1.
MORAN, José Manuel. Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias. In:
ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO, 12., Curitiba, 2004.
Disponível em: < http://www.eca.usp.br/prof/moran/espacos.htm>. Acesso em: 15 out. 2007.
SILVA, Marco. Internet na escola e inclusão. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini
de; MORAN, José Manuel (Org). Integração da tecnologias na educação. Brasília:
MEC/SED, 2005. Programa Salto para o Futuro. Disponível em:
<http://www.tvebrasil.com.br/SALTO>. Acesso em: 16 jun. 2008.
VIEIRA, Alexandre Thomaz. et al.. Gestão educacional e tecnologia. São Paulo: Avercamp,
2003.
51
APENDICE A – QUESTIONÁRIO
Perguntas para a pesquisa
Matéria: Série:
Tipo de escola: ( ) Municipal ( ) Estadual ( ) Particular
2) Para utilizá-lo você fez algum curso de informática? Se sim, quem e o que te incentivou a
fazê-lo?
3) O curso que você fez foi oferecido pelo órgão que você trabalha?
4) Na escola que você trabalha tem laboratório de informática para uso com os alunos?
( ) Sim ( ) Não
5) Você utiliza o computador na escola que trabalha para auxiliar no conteúdo que leciona?
( ) Sim ( ) Não
9) Quais ações são feitas em favor do docente para que melhor utilizem o laboratório de
informática?
10) Na sua opinião o que deveria ser feito para que o trabalho docente no laboratório de
informática ficasse melhor?