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Este depoimento é meu, mas não estranharia se o visse impresso em alguma das revistas
de negócio que colocamos semanalmente nas casas de nossos leitores. Ouço, reconheço
e cobro-me crescentemente que preciso aprender e reaprender, que é fundamental
inovar, evoluir em habilidades e comportamentos (competências) e que se eu, enquanto
profissional não o fizer e, enquanto gerente, não sensibilizar meu "time" para estas
necessidades, fatalmente fracassarei. Minha equipe, como todas aliás, é formada por
pessoas com idades, históricos, estilos, maturidades, expectativas e necessidades
diferentes. Isso me fez lembrar que o repasse de uma filosofia de trabalho com
metodologias de gerenciamento extremamente capazes de garantir uma base de
melhoria contínua estruturada, não está mais sendo suficiente para alcançar o nível de
autonomia, discernimento e velocidade necessários.
Percebi que nem mesmo a formulação compartilhada dos objetivos, metas e planos de
ação tem conseguido isto. São pontos evidentemente necessários mas ainda
insuficientes para darem conta de todo este "enrosco". Então o que me levou a pensar no
PEI como possível e inovadora alternativa?
Por razões logísticas, algumas limitações nos foram impostas, como por exemplo a
carga máxima semanal para o projeto (somente 1 hora por pessoa) e a impossibilidade
de aplicar o PEI em grupo, uma vez que estes supervisores trabalham em horários
diferentes e é praticamente impossível reuni-los mais do que uma ou duas vezes por
mês. Respaldado por consultas feitas a Marcos Bruno e ao "guru" Meir Ben-Hur (um
dos principais aplicadores do método nas empresas, trabalhando desde 1977 nos
Estados Unidos), iniciamos o trabalho, utilizando a forma abreviada e em sessões
individuais. Até o final de dezembro realizamos 30 delas, sendo duas de medição, uma
antes da 1ª sessão e outra ao final do semestre. Esta medição teve por objetivo averiguar
se o progresso, percebido por mim e pelos participantes (diminuição da impulsividade,
aumento da capacidade crítica, da percepção sistêmica, da visão de consequências, do
nível de precisão, da maior preocupação com comunicação, do interesse maior em
desenvolver empatia e da melhor captação de significados e estruturas implícitas, nos
problemas, desafios, processos e relacionamentos) ficava também evidente nos testes de
inteligência usuais. Para isto, com o apoio técnico do Instituto Pieron, foram aplicados
os testes Ross de processos cognitivos, diagnosticando-se oito funções entre elas,
análise de informações relevantes, análise de padrões não evidentes, relações lógicas e
abstratas, raciocínio inferencial e dedutivo e capacidade de síntese.
Também foi aplicado o teste Equicultural de Inteligência Geral (Fator G). Para nossa
satisfação os resultados confirmaram as impressões e sentimentos e apontaram que, em
relação ao primeiro teste, 24% das pessoas foram melhor nos testes de análise, 57%
cresceram nos testes de síntese e 44% evoluíram nos testes de raciocínio dedutivo
(capacidade de julgamento). Entretanto, o número que mais nos surpreendeu foi o
obtido no Equicultural, no qual todos alcançaram melhor resultado em precisão, embora
tenham perdido um pouco de velocidade; reflexo da menor impulsividade e da maior
preocupação em pensar antes de agir (uma perda previsível e desejável pela
metodologia).
Isto o PEI está nos ensinando ser perfeitamente possível, necessário e aplicável. Sim, é
verdade. Inteligência se aprende. Sim, é possível. Aprende-se como melhor se aprende.