Vous êtes sur la page 1sur 2

O direito de dizer “não”

Eliana Barbosa*

Uma das maiores dificuldades na educação de crianças e jovens é a questão


dos limites. Não existe manual de instruções de como criar melhor os
nossos filhos, até porque dentro de uma mesma família, há personalidades
completamente diferentes que demandam exigências também diversas.
Entretanto, hoje, felizmente, os pais podem contar com uma infinidade de
livros da área comportamental, com linguagem simples, que são muito
úteis na orientação educacional. E um dos pontos mais enfatizados nestes
guias para os pais e educadores é a importância de saber dizer “não”, sem
culpas, quando necessário for. O “não” na hora certa é fundamental para
mostrar aos nossos filhos a realidade que eles vão enfrentar na vida adulta,
porque o mundo – fora de casa – não alisa a cabeça de ninguém e eles vão
ouvir muito mais “não!” na vida do que “sim!”.

Por isso, os pais precisam preparar seus filhos para a vida - para os limites
que a vida social impõe -, e esse preparo começa dentro de casa. Você, pai
ou mãe, saiba que tem o direito de dizer “não” aos seus rebentos quando
achar conveniente, sabendo que você vai enfrentar muitas chantagens
emocionais, muito choro e rebeldia. E, nessa hora, a melhor postura de um
educador é não entrar em guerra com os filhos, não gritar, não discutir.
Você mostra a sua autoridade a uma criança e adolescente com o seu olhar
e, é claro, com os castigos justos, na hora certa.

E se seus filhos adultos, ainda dependentes emocional e financeiramente de


você, lhe pressionar e você considerar que é hora de dizer “não”, diga, sem
culpas, porque você tem esse direito! Quando você diz “sim” para algo que
gostaria de ter dito “não”, deixa de ser sincero com a pessoa mais
importante da sua vida – Você! E, assim, aos poucos, de tanto “engolir
sapos”, você começa a adoecer, a se sentir triste e não entende o que está
causando os seus problemas. E digo mais... na verdade, não são os seus
filhos sem limites que estão lhe fazendo sofrer e sim, você, que se coloca
em uma posição de permissividade e passividade e eles, naturalmente,
abusam de você.
Se você quer ter uma convivência de respeito dentro do seu lar, aprenda, o
quanto antes, a importância de um “não” coerente e consistente, tomando o
cuidado de não dar respostas definitivas antes de pensar, para, assim, ser
justo e não precisar “voltar atrás” depois das pressões e insistências dos
filhos.

Nas famílias mais abastadas, uma das maiores dificuldades que percebo é
em saber impor limites aos desejos e caprichos dos filhos. A cobrança dos
jovens é muito grande e pode ser um motivo de muitos conflitos dentro do
lar. Cabe aos pais muita persistência no seu direito e até dever de dizer
“não” quando julgarem necessário - de serem assertivos -, porque seus
filhos precisam entender que a vida real só nos dá aquilo que merecemos.
Que eles, então, façam por merecer e aprendam, desde cedo, a importância
da generosidade e do compartilhamento.

Lembre-se que, como disse o ex-presidente norte-americano John


Kennedy, “Eu não sei a fórmula do sucesso, mas a fórmula do fracasso é
querer agradar a todo mundo.” No campo educacional, esta é também a
fórmula do fracasso.

*Eliana Barbosa é Consultora em Desenvolvimento Humano,


articulista de jornais e de revistas de circulação nacional e
internacional, autora dos livros “ACORDANDO PARA A VIDA – Lições
para sua transformação Interior”, “O ENIGMA DA BOTA –
Enfrentando a sucessão empresarial com equilíbrio e sabedoria” e
“CARA A CARA COM ALGUÉM MUITO ESPECIAL – Histórias e lições
inspiradoras para você se conhecer... e vencer!” (Novo Século
Editora), produtora e apresentadora de programas motivacionais
em TV e rádio, e ministra palestras e cursos transformacionais
sobre desenvolvimento pessoal e profissional, por todo o país.

Conheça melhor as suas atividades profissionais no site


www.elianabarbosa.com.br.

Contato: eliana@elianabarbosa.com.br

(Por favor, com ética e honestidade, respeite os direitos autorais;


ao repassar, mantenha os dados da autora

Vous aimerez peut-être aussi