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FALSUM COMMITTIT, QUI VERUM TACET

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Escrevinhação n. 786
MISTÉRIOS QUE REVELAM A VERDADE – parte V
Redigido em 12 de outubro de 2009, dia de Nossa Senhora
Aparecida e de São Serafim de Montegranaro, 28ª Semana do
Tempo Comum.

Por Dartagnan da Silva Zanela

"As verdades convertem-se em dogmas


desde o momento em que começam a ser
discutidas". (Chesterton)

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Quinto mistério. Encontro de Nosso Senhor Jesus

Cristo no templo entre os doutores da lei (Lc II, 41-52).

Quando iniciamos o contar desta dezena e o meditar sobre as

luzes deste Mistério, mais do que depressa nos vem a imagem

de São José a da Santíssima Virgem a procurar o Cristo

ainda garoto, supostamente extraviado. Ainda mais se você,

como eu, tiver um filho. O sentimento de perda de algo que

é profundamente preciso em nossa vida, nosso filho e,

literalmente, não há nada mais desconcertante. Não há como

não termos esse sentimento de empatia com a cena que é

narrada nesta passagem da Sagrada Escritura, porém, cremos

que não seja apenas essa a mensagem que as Santas palavras

queiram nos comunicar.

Cristo ficou afastado de seus pais por três

dias e durante esses três dias eles estavam procurando-o

incansavelmente até que o avistaram no Templo, na Casa do

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Pai, tratando das coisas do Pai. Ora, é no terceiro dia que

Ele, quando adulto, Ressuscita, reconstruindo o Templo do

Senhor: o coração humano. São José e a Santíssima Virgem

nesta passagem representam a nossa Inteligência e nosso

discernimento que rastreiam todo o mundo, interrogam todos

os nossos familiares a procura de uma notícia que seja do

paradeiro do Cristo, ainda garoto e o único lugar que não

era procurado era no coração, no Templo de Deus.

E quando esse é encontrado no Templo, no

coração, eis que vem a pergunta (Lc II, 48): “Meu filho,

por que agiste assim conosco? Teu pai e eu estávamos

aflitos a tua procura!” Mais desconcertante que a indagação

é a resposta dada pelo garoto de doze anos (LC II, 49):

“Por que me procuráveis? Não sabeis que devo me ocupar com

as coisas de meu Pai?”

Ele estava e está o tempo todo em nosso coração

e nós com nossa inteligência e discernimento estamos a todo

o tempo a procura dele em todos os cantos do mundo que nos

parece familiar e esquecemos de procurar justamente no

lugar onde Ele está, junto aos doutores da lei, em nós, que

somos, por definição, Templo de Deus.

O que fazemos, de bom ou de mau, a nosso corpo,

a nossa alma e as suas respectivas faculdades estamos

fazendo ao templo do Pai e se levamos tanto tempo para

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reconhecer essa verdade tão simples é sinal de que a muito

perdemos de vista a imagem de Nosso Senhor em nossa

Caravana que, em princípio, deveria ser de Salvação e que,

muitas das vezes, nos perdemos do Verbo e do caminho que

nos é mostrado por Ele, mas que, Ele, por sua deixa, nunca

deixou de habitar em nós.

Pois bem, mas o Verbo Encarnado estava no

templo entre os doutores da lei. Quem seria esses doutores

e o que estava sendo dito para eles? Se o templo do Pai é

nosso Coração, os doutores são nossas faculdades. Os

doutores da lei são nossos sentidos, nosso sentido comum,

nossa estimativa, nossa imaginação, nossa memória, razão e

vontade que estão sendo nutridos, silenciosa e

misteriosamente, pelo Verbo Divino.

O tempo todo Cristo está conosco e em nossos

corações, nos nutrindo com as Suas luzes, principalmente

nos momentos em que imaginamos estar afastado Dele, pois,

como muito bem ilustra essa passagem, Santa Maria e São

José não teriam compreendido o que Ele havia dito. Não

teriam? Creio eu que não. Porém, se eles representam

simbolicamente nossa inteligência e nosso discernimento,

creio que a passagem fica mais do que auto-evidente, visto

que, na maioria das vezes não somos capazes de compreender

os desígnios de Deus, Daquele que É, para nossa vida.

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Quantas e quantas vezes não nos encontramos

perdidos, nos desligando de nossa caravana de auto-

conhecimento, onde nos extraiamos do Caminho, a Verdade e a

Vida? Não são poucas, não é mesmo? Neste ponto, lembramos

uma breve passagem de Santa Tereza d’Ávila onde a mesma nos

ensina que: “Nosso Senhor, querendo um dia consolar-me,

pediu com muito amor que eu não me afligisse, ‘que nós não

podemos nesta vida estar sempre no mesmo estado; ora

sentiria fervor, ora ele me faltaria; ora estaria em paz,

ora na inquietude e nas tentações, mas deveria esperar

n’Ele e nada temer”.

Nada temer, pois mesmo que muitos sejam os

estados que tenhamos de enfrentar nesta passagem por este

Vale de Lágrimas, mesmo que sejam incontáveis os

infortúnios e surpresas que tenhamos de testemunhar,

devemos ter sempre claro em nossa vista que há Algo perene

em nossa alma, no Templo de Deus, que a Sua misteriosa

presença, ensinando-nos a sermos mais dignos, prestativos e

bons e assim, podermos seguir as trilhas que são deixadas

pelo passar da caravana da Verdade, que são as vidas dos

Santos e Santas que aceitaram, obedientemente, todas as

instruções do Cordeiro de Deus, da Verdade que se fez carne

de maneira exemplar para todos nós possamos compreender o

sentido mais elevado da vocação humana.

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E é por essas mesmas indagações que agora

pipocam em sua mente que na narrativa da Sagrada Escritura

os personagens que figurariam nossa inteligência e

discernimento não entenderam o que Ele havia dito. Pela

mesma razão que nós, em pleno século XXI da Era de Nosso

Senhor, não compreendemos muitas das vezes. Não porque Deus

não é claro em seus ensinamentos, em sua mensagem, mas

porque nossa inteligência se encontra por demais inchada

com as palavras e com os ensinamentos do mundo, do

orgulhoso espírito do mundo e, por sua deixa, tolhe o nosso

discernimento que, infelizmente, em muitos casos acaba

invertendo a ordem noética da realidade colocando a baixeza

mundana em um patamar mais elevado que a sublimidade da

Sabedoria Divina.

Porém, ao final dessa passagem, temos uma pista

basilar que de modo algum pode ser desprezada. “[...]

Voltou para Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe conservava

fiel todas as coisas no coração. E Jesus ia crescendo na

sabedoria, no tamanho e no agrado a Deus e aos homens”. Ele

retorna para Nazaré, que em hebraico quer dizer “Aquele que

guarda”, aquele que possui disciplina e é desprendido. E o

Cristo retornou para todos para que guardemos os seus

ensinos.

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E mais! Sua mãe, a Santíssima Virgem, se

conserva fiel a Verdade que guarda atentamente em seu

coração. Mais uma vez nos é apresentado pela Bem-aventurada

o exemplo que devemos seguir em nossa vida. E, por tudo

isso, o menino cresce em sabedoria, em silêncio,

humildemente. Para crescer em sabedoria é fundamental essa

postura e essa virtude. Calar-nos diante da realidade e

permitir que ela nos fale e não tolamente desejarmos

modelá-la de acordo com os nossos interesses. Caminha-se

rumo a sabedoria quando permitimos que Deus molde nossa

alma de acordo com a Verdade na forja da humildade, nas

chamas do silêncio interior.

Bem, não é por menos que o mundo contemporâneo

rejeite tanto o silêncio e insufle tanto a tagarelice dando

a essa impostura o pseudônimo de criticidade como se

papagaiar sem aprender fosse algo digno de respeito. De

mais a mais, se o Cristo, o Verbo Encarnado, silenciou-se

por tanto tempo antes de vir a público para dizer algo,

quem somos nós na ordem da existência para imaginarmos que

temos algo de relevante a dizer sem antes nos dedicarmos ao

silencioso exercício da humildade? Apenas tolos homens

modernos que tratam os ensinamentos do Senhor da Vida como

se fosse uma opinião qualquer, como uma opinião de valor

similar as de uma pessoa qualquer. Quanta tolice, quanto

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orgulho, quanta soberba no uso da inteligência e na

conseqüente falta de discernimento.

[continua]

Pax et bonum
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