Vous êtes sur la page 1sur 14

CHIPS DE PNEU – SUBSTITUTO DE BRITA CALCÁRIA EM ATERROS 

SANITÁRIOS
Tire chips – a gravel substitute in sanitary landfills

GOMES, ANA
Mestranda em Eng. Sanitária, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Monte da Caparica, 
amvgomes@gmail.com

SILVEIRA, ANA
Docente do Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente e Orientadora da Dissertação de Mestrado, Faculdade 
de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Monte da Caparica, ais@fct.unl.pt

CABEÇAS, ARTUR
Docente Auxiliar Convidado do Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente e Co­Orientador da Dissertação de 
Mestrado, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Monte da Caparica,  a.cabecas@adp.pt

Resumo
Pneus   usados   podem   ser   transformados   em   material   para   ser   utilizado   em   aplicações   de 
engenharia   civil   ou   geotécnica,   tais   como   aterros   sanitários   (e.g.   cobertura   diária   alternativa, 
camada   de   drenagem,   recolha   de   biogás).   No   entanto,   é   importante   que   se   investigue   a 
compatibilidade física deste material aplicado num aterro sanitário e se este não causa nenhum 
dano ambiental. Esta investigação foca­se na possibilidade dos chips de pneus poderem constituir 
um substituto da brita nas camadas de drenagem do sistema de selagem de um aterro sanitário. 
As   propriedades   químicas   dos  chips  de   pneus   foram   estudadas   através   da   determinação   da 
lixiviação de metais em água a pH distintos. Al, Fe, Mn e Zn foram os metais que lixiviaram em 
concentrações   maiores.   As   propriedades   físicas   estudadas   foram   a   compressibilidade   e   a 
permeabilidade, bem como a possível relação entre estes parâmetros.
Palavras­chave: Pneus Usados, Valorização, Chips  de Pneus, Aterros Sanitários

Abstract
Tire waste can turn into material to use in civil and geotechnic applications, such as sanitary landfill 
(e.g.   alternative   daily   cover,   drainage   layer,   biogas   collection).   However   it   is   important   to 
investigate  the  physical  compatibility  of  this  material  on  landfill  and  verify  that  it   doesn't  cause 
environmental damage. This research focuses on tire chips as a gravel substitute on drainage layer 
of   a   sanitary   landfill   cover   system.   Tire   chips   chemical   properties   were   studied   through   the 
determination of metals leachability by water at distinct pH. Al, Fe, Mn and Zn were the metals that 
leached in high concentrations. Physical properties of tire chips studied were compressibility and 
permeability, and the possible relationship between these parameters.
Keywords: Tire Waste, Valorisation, Tire Chips, Sanitary Landfills

1 INTRODUÇÃO

Em 2008 foram produzidas  cerca de 96 mil toneladas  de pneus  usados  em Portugal, 


sendo   os   principais   destinos   destes   resíduos,   por   ordem   decrescente:   a   reciclagem 
(50,2%),   a   valorização   energética   (24,4%),   a   recauchutagem   (23,2%)   e   a   reutilização 
(2,1%) (Valorpneu, 2008).
Com   a   Directiva   nº   1999/31/CE,   do   Conselho,   de   26   de   Abril,   referente   a   aterros 
sanitários,   que   veio   impor   a   proibição   da   deposição   de   pneus   usados   em   aterros 
sanitários que esta directiva veio impor, bem como com os temas da sustentabilidade e 
da   reciclagem   tão   em   voga   (Guiness,   2007),   a   promoção   da   utilização   de   materiais 

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 1
resultantes da valorização destes resíduos em projectos de construção surge cada vez 
mais como uma alternativa à eliminação dos pneus usados.
Uma das alternativas da valorização destes resíduos é a reciclagem física, obtendo­se 
daí  chips  de pneus. Antes da formação do granulado de borracha (quer por processo 
criogénico quer por processo mecânico) , os pneus passam por uma etapa de corte, em 
que   se   obtém   este   material   reciclado,   constituído   por   pequenos   pedaços   de   forma 
irregular e de tamanho variável. 
Em termos de aplicações, um dos possíveis destinos deste material é a sua colocação 
em   camadas   de   drenagem   das   coberturas   de   selagem   de   aterros   sanitários,   em 
substituição de um agregado natural, a brita calcária.

1.1 Pneus usados

Os   pneus   são   projectados   e   manufacturados   para   resistir   a   condições   ambientais 


adversas, de forma a que sejam um material durável e seguro aquando o seu uso num 
veículo (Sharma e Reddy, 2004).
Os pneus usados têm essencialmente dois destinos: a reutilização através do processo 
de   recauchutagem   e   de   reutilização   para   outros   fins,   e   a   valorização   através   da 
valorização energética e da reciclagem.

No   que   se   refere   à   reutilização   de   pneus   implica   aproveitá­los   enquanto   peça   inteira 


(Amaral et al, 2000), como é o caso da recauchutagem de pneus e da utilização de pneus 
para outros fins tais como protecção de molhes marítimos, de barcos, de aterros e em 
obras de engenharia civil (Valorpneu, 2009), bem como recifes naturais, quebra­mares, 
revegetação/estabilização de taludes e barreiras anti­choque (Amaral et al., 2000).

No   caso   da   valorização   poder­se­ão   utilizar   os   pneus   inteiros,   ou   o   resultado   da 


reciclagem  física  ou química destes  materiais:  pedaços,  granulado  ou pó.  No que diz 
respeito   à   valorização   energética   através   da   utilização   de   pneus   usados   como 
combustíveis devido ao seu elevado poder calorífico (e.g. utilizado em cimenteiras), os 
pneus   podem   ser   utilizados   inteiros   ou   em   pedaços   (Amaral   et   al.,   2000   e   Campos, 
2006). Possíveis aplicações de pedaços, granulado ou pó, são o seu uso no fabrico de 
pavimentos maleáveis tais como os utilizados em parques infantis e em pisos desportivos 
(Campos, 2006), como material de enchimento no fabrico de pneus novos (Amaral et al., 
2000), incorporação em asfaltos betuminosos (Mondal e Warith, 2008), em sub­base de 
estradas   (Cetin   et   al.,   2006),   muros   de   retenção,   insulação   de   forma   a   limitar   a 
penetração do frio (Humphrey, 2004), entre outras aplicações.

No que se refere a utilizações especificamente em aterros sanitários, podem ser referidas 
as seguintes aplicações: cobertura diária alternativa (havendo ou não mistura de chips de 
pneus   com   terra   de   cobertura),   camada   de   drenagem   da   cobertura   final,   camada 
colectora   de   recolha   do   biogás,   camada   de   drenagem   de   lixiviado,   e   operações   de 
protecção das camadas (GeoSyntec Consultants, Inc., 1998).

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 2
1.2 Objectivos 

O presente projecto tem como principal objectivo verificar a viabilidade da aplicação de 
chips de pneus em aterros sanitários, como substituto de um agregado natural utilizado 
neste tipo de infra­estruturas, a brita calcária.

Para tal, pretende demonstrar­se através de um estudo à escala laboratorial, que este 
tipo de material apresenta propriedades físicas e químicas, que cumprem os requisitos 
dispostos   no   Decreto­Lei   nº   183/2009,   de   10   de   Agosto,   onde   estão   descritos   os 
requisitos   técnicos   que   um   aterro   sanitário   deve   apresentar,   bem   como   os   requisitos 
dispostos no Decreto­Lei nº 236/98, de 1 de Agosto e no Decreto­Lei nº 243/2001, de 5 
de Setembro, de forma a que se verifique se os chips em contacto com água influenciam 
a sua qualidade, no que concerne à presença de metais.  

1.3 Estrutura do Artigo

O presente artigo encontra­se organizado da seguinte forma: na secção 2 são descritos 
resumidamente a problemática e o enquadramento da aplicação de  chips  de pneus em 
aterros   sanitários,   na   secção   3   são   descritos   os   materiais   e   métodos   que   permitem 
verificar a viabilidade da utilização de chips de pneus em camadas de drenagem destas 
infra­estruturas, na secção 4 são apresentados e discutidos os resultados, e por último a 
secção 5 engloba as considerações finais deste artigo.  

2 CHIPS DE PNEUS NA APLICAÇÃO DE COBERTURAS DE SELAGEM EM 
ATERROS SANITÁRIOS

A   deposição   de   resíduos   sólidos   urbanos  (RSU)   e   equiparados   em   Aterro   Sanitário 


continua a ser a forma mais comum de tratamento dos resíduos em todo o mundo (Russo 
e Vieira, 2007), não sendo excepção no contexto português. 
O   Decreto­Lei   nº   183/2009,   de   10   de   Agosto   transpõe   para   o   ordenamento   jurídico 
interno a Directiva nº 1999/31/CE, do Conselho, de 26 de Abril relativa à deposição de 
resíduos   em   aterros,   alterada   pelo   Regulamento   (CE)   nº   1882/2003,   do   Parlamento 
Europeu   e   do   Conselho,   de   29   de   Setembro,   e   aplica   a   Decisão   nº   2003/33/CE,   do 
Conselho,   de   19   de   Dezembro   de   2002.   Este   diploma   visa   regular   a   instalação,   a 
exploração, o encerramento e a manutenção pós­encerramento de aterros destinados a 
resíduos, por forma a evitar ou a reduzir os efeitos negativos sobre o ambiente, quer à 
escala local, em especial a poluição das águas superficiais e subterrâneas, do solo e da 
atmosfera, quer à escala global, em particular o efeito de estufa, bem como quaisquer 
riscos para a saúde humana. 
Este diploma legal no que diz respeito ao sistema de encerramento e de selagem final de 
um aterro sanitário, ou células de confinamento técnico, especifica quais os materiais a 
adoptar nas diferentes camadas constituintes desse sistema. Nos aterros sanitários para 
a   deposição   de   resíduos   não   perigosos,   após   a   última   camada   de   resíduos,   a   sua 
estrutura de selagem é constituída por uma camada de regularização, por uma camada 

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 3
drenante  de  biogás,   por   um   sistema  de   impermeabilização   artificial,   por   uma  camada 
drenante natural (inertes, e.g. brita calcária) ou artificial, e por último, por uma camada de 
recobrimento (solos seleccionados e terra vegetal).
No   caso   da   camada   drenante,   segundo   Cabeças   e   Dores   (2008)    são,   em   regra, 
utilizados materiais minerais  naturais (inertes) para permitir o escoamento e percolação 
em   grande   das   águas   pluviais   precipitadas   para   o   sistema   de   drenagem   pluvial 
implantado. 
Devido às vantagens que os chips de pneus apresentam, constituindo um material leve, 
com   baixa   condutividade   térmica   (Humphrey   e   Katz,   2001),   resistente,   flexível   e 
virtualmente   não   biodegradável   (GeoSyntec   Consultants,   Inc.,   1998),   este   material 
apresenta­se como um substituto adequado na execução da camada drenante de aterros 
sanitários.
Segundo Humphrey e Katz (2000), este material tem efeitos negligenciáveis em termos 
de influência na qualidade da água, aquando o contacto com água com pH próximo do 
neutro, podendo ser utilizado em muitas aplicações de engenharia civil. 
Os impactes ambientais a longo prazo são ainda desconhecidos, resultantes da aplicação 
deste material em diversas infra­estruturas de construção civil (Engstrom e Lamb, 1994).

2.1 Características químicas

O   pneu   é   um   artigo   de   borracha   que   apresenta   uma   estrutura   complexa   (Basel 


Convention,   1999),   sendo   que   a   composição   destes   artigos   varia   muito   consoante   a 
categoria de pneus e o fabricante dos mesmos (Sharma e Reddy, 2004).
O   principal   componente   dos   pneus   é   uma   mistura   de   borracha   natural   e   borracha 
sintética (mistura de polímeros vulcanizados  ou de polímeros com ligações  cruzadas), 
negro de fumo, agentes de reforço (sílica, resina), agentes curativos (enxofre), agentes 
amaciadores e diluentes (óleos), antidetergentes (parafina), agentes resistentes à idade 
(antioxidantes), activadores de cura (óxido de zinco, ácido esteárico, óxido de chumbo), 
pigmentos (dióxido de titânio), têxtil e liga metálica (aço, nylon, aramida ­ fibra sintética, 
fibras,   fibra   de   vidro,   poliéster).   Após   a   sua   utilização,   os   pneus   mantém   a   sua 
composição química, sendo que a sua degradação requer centenas de anos (Reddy e 
Marella, 2001).
De acordo com a composição e o processo de cura, os pneus retêm as propriedades 
químicas básicas e a forma física. Deste modo, são alvo de preocupação os possíveis 
efeitos que os produtos resultantes da reciclagem de pneus (e.g.  chips pneus, pedaços 
pneus) possam ter em termos de lixiviação aquando o contacto com água, bem como no 
contacto com lixiviado de um aterro sanitário, e de que forma a composição do lixiviado 
pode   ser   alterada   (Rowe   e   McIsaac,   2005).  Os   pneus   contém   cerca   de   1,5%   de 
elementos ou componentes que constam no Anexo I da Convenção de Basileia. Apesar 
de   apresentarem   concentrações   muito   reduzidas,   são   considerados   como   resíduos 
perigosos (e.g. o cádmio e o chumbo que constituem impurezas provenientes do óxido de 
zinco, o ácido esteárico).

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 4
2.2 Características Físicas

Do   ponto   de   vista   da   engenharia   geotécnica,   os   resíduos   de   pneus   apresentam 


propriedades   interessantes,   visto   serem   manufacturados   com   uma   combinação   de 
flexibilidade, força, resiliência e elevada resistência friccional (Edeskär, 2004), tornando­
os num produto atractivo para diversas aplicações em construção civil.

Vários têm sido os autores que se se têm debruçado no estudo das características físicas 
dos chips de pneus, quer em contexto de laboratório quer em contexto real da aplicação 
deste material. 

No   caso   da   compressibilidade   dos  chips  de   pneus,   estes   possuem   uma 


compressibilidade   muito   superior   à   dos   materiais   correntemente   utilizados   no 
encerramento   de   um   aterro   de   deposição   de   resíduos,   tais   como   areão,   seixo   ou 
cascalho (Cabeças e Dores, 2008), pelo facto de o material ser altamente poroso e ser 
constituído   maioritariamente   por   borracha   (Reddy   e   Marella,   2001).   Dos   estudos 
efectuados,   obtiveram­se   resultados   de   44­48%   de   compressibilidade   aquando   a 
aplicação   de   uma   carga   de   150   kPa,   sendo   que   os   valores   de   compressibilidade 
aumentam  com   o  aumento  da carga  aplicada  (Rowe  e  McIsaac,  2005;  Aydilek   et   al., 
2006). Estes valores podem variar também consoante a qualidade dos  chips  de pneus, 
ou seja, se na sua constituição apresentam mais borracha e/ou metal exposto (Warith et 
al., 2004).

Segundo   Salgado   (2003),   os  chips  de   pneus   apresentam   valores   de   permeabilidade 


compreendidos entre 2.0 e 0.75 cm/s, valores semelhantes aos que material inerte como 
a brita apresenta.

Segundo os resultados da investigação laboratorial de Aydilek et al. (2006), em testes de 
compressão   intensa,   os  chips  de   pneus   apresentam   valores   de   permeabilidade 
superiores 1 x 10­5 m/s.

3 MATERIAIS E MÉTODOS 

De   forma   a   serem   estudadas   as   características   dos  chips  de   pneus,   verificando   a 


possível aplicação em aterros sanitários, decidiu­se efectuar ensaios de permeabilidade e 
de   compressibilidade   deste   material   (ensaios   laboratoriais   para   caracterização   das 
propriedades  físicas)  e  efectuar  estudos  de  lixiviação   de  metais  (ensaios   laboratoriais 
para  caracterização   das   propriedades   químicas)   onde   se  fizesse   variar   o  pH   e   desta 
forma determinar o comportamento destes elementos na qualidade da água. No caso das 
propriedades químicas, foram efectuados também ensaios de lixiviação de brita calcária, 
material que se utiliza recorrentemente como camada drenante em aterros sanitários, de 
forma a constituir um elemento comparativo.

De  acordo   com   Edeskär   (2004),   testes   de  lixiviação   realizados   em   laboratório  para   a 
determinação da concentração de metais poderão fornecer informações úteis em termos 
de avaliação de riscos ambientais. Não obstante, importa referir que se tratam de estudos 
que geralmente retratam casos no “pior cenário possível” e/ou são efectuados mediante 

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 5
determinadas   condições,   devidamente   definidas   e   controladas,   que   poderão   não   ser 
extrapolados   para   situações   reais.   Os   resultados   laboratoriais   poderão   servir   de 
indicadores de quais serão os componentes expectáveis e aqueles que se espera que 
sejam lixiviados em maior concentração.

No   que   se   refere   às   amostras   utilizadas   nos   ensaios,   importa   fazer   uma   breve 
caracterização dos  chips  de pneus e da brita calcária. Os  chips  de pneus resultam do 
processo   mecânico   de   corte,   apresentando   dimensões   variáveis   e   formas   irregulares. 
Para o presente estudo foram seleccionados  pelo fornecedor da amostra, os pedaços 
que   apresentavam   menores   dimensões   de   forma   a   não   constituírem   uma   dificuldade 
aquando   a   colocação   nos   frascos   com   abertura   de   diâmetro   de   60   mm.   Em   termos 
médios, os chips  apresentavam as seguintes dimensões 15 mm x 20 mm. O critério da 
dimensão   também   foi   utilizado   no   caso   da   brita   calcária,   pelas   razões   apresentadas, 
sendo que em termos médios as dimensões da brita eram de 25 mm x 20 mm. Importa 
referir que na aplicação destes materiais em contexto real num aterro sanitário ou noutro 
tipo de infra­estruturas, estes materiais apresentam geralmente maiores dimensões.

Figura 1 – Pormenor de chip de pneu utilizado no  Figura 2  – Pormenor de brita calcária utilizada no 


ensaio laboratorial ensaio laboratorial

Figura 3 – Pormenor de chip de pneu para aplicação 
Figura 4 – Chips de pneus para serem aplicados 
numa camada drenante em Aterro Sanitário
como camada drenante em Aterro Sanitário

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 6
Foram produzidos eluatos resultantes do contacto entre chips de pneus e de brita calcária 
com  diferentes meios (água com pH neutro, água com pH 4,5 e água com pH 9,0), de 
acordo   com   a   Norma   Europeia   EN   12457/4,   nas   seguintes   condições:   os   frascos   da 
mistura  entre o  meio  e a  amostra foram  colocados   num  agitador  mecânico  a  10  rpm 
durante 24 horas; a temperatura da sala encontrava­se a 16 ºC. Em termos de meio de 
contacto pretende­se verificar que a lixiviação de metais é diferente consoante os valores 
de pH do meio.

Findo o período de tempo estabelecido, efectuou­se a filtração do sobrenadante, tendo 
sido   retiradas   amostras.   Os   parâmetros   analisados   foram   o   pH   e   a   condutividade 
(µS/cm), bem como a análise dos seguintes metais Al, As, Cd, Cr, Cu, Fe, K, Mn, Ni, Pb e 
Zn.   A   determinação   da   concentração   de   metais   foi   efectuada   através   do   método   de 
espectroscopia   de   emissão   atómica,   de   acordo   com   a   Norma   ENV   12506.  No   que 
respeita ao normativo legal (Decreto­Lei nº 236/98, de 1 de Agosto), estes metais fazem 
parte constituinte da lista de parâmetros físico­químicos do Anexo VI. Importa destacar 
que o Cr, Ni e Pb fazem parte dos parâmetros relativos a substâncias tóxicas. Da lista 
dos parâmetros relativos a substâncias indesejáveis constam o Cu, Fe, Mn e Zn.
No que se refere às propriedades físicas dos  chips  de pneus, pretende­se analisar os 
parâmetros   de   compressibilidade,   através   do   qual   se   pode   verificar   qual   o 
comportamento deste material mediante a aplicação de forças. Além disso, pretende­se 
averiguar se este parâmetro poderá ou não condicionar o parâmetro da permeabilidade. 
Tanto   a   compressibilidade   como   a   permeabilidade   do   material   são   propriedades 
essenciais que indicam se os chips de pneus poderão ter algum impacte na performance 
do sistema de selagem de um aterro sanitário (GeoSyntec Consultants, Inc., 1998).

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1 Parâmetros químicos analisados

Apresentam­se no Quadro 1 os resultados dos parâmetros químicos analisados. Deste 
modo, como teste 1 entende­se a mistura de água com pH neutro e  chips  de pneus, 
como teste 2 a mistura entre água com pH neutro e brita, como teste 3 a mistura de água 
com pH 4.5 e chips de pneus, como teste 4 a mistura de água com pH 4.5 e brita, como 
teste 5 a mistura de água com pH 9.0 e  chips  de pneus, e por último, como teste 6 a 
mistura de água com pH 9.0 e brita.

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 7
Quadro 1 – Testes de lixiviação – resultados dos parâmetros químicos analisados
Teste 1 Teste 2 Teste 3 Teste 4 Teste 5 Teste 6

pH (escala de Sorensen)  7.6 8,21 9,57 8,9 9,73


(temperatura 21.7­24.2 ºC) 9.66
7.69 8,44 9,56 8,93 9,82

Condutividade (µS/cm) 59.5 70.2 208.8 168.5 389 508


(temperatura 20.7­22.1 ºC)
55.8 72.6 209.6 170.6 387 510

Al (mg/l) 0.2661 0.0880 0.1400 0.0874 0.0471 0.1175

0.3102 0.0998 0.1494 0.0433 0.0640 0.1291

Cr (mg/l) 0.0049 0.0047 0.0048 0.0018 0.0013 0.0035

0.0053 0.0051 0.0050 ­­ 0.0019 0.0034

Cu (mg/l) 0.0135 0.0044 0.0264 0.0061 0.0042 ­­

0.0129 0.0069 0.0084 0.0022 0.0070 0.0043

Fe (mg/l) 0.4347 0.0284 0.2461 0.0415 0.1059 0.0327

0.4623 0.0309 0.2778 0.0294 0.1382 0.0267

K (mg/l) 0.0300 0.0151 2.3140 0.0715 0.1821 0.1061

0.0379 0.0228 2.2742 0.0518 0.1937 0.1180

Mn (mg/l) 0.0301 0.008 0.0092 ­­ 0.0010 ­­

0.0294 ­­ 0.0096 ­­ 0.0013 ­­

Ni (mg/l) 0.0037 0.0039 0.0061 0.0033 ­­ 0.0036

0.0038 0.0051 0.0053 ­­ 0.0013 0.0044

Pb (mg/l) 0.0212 0.0217 0.0320 ­­ 0.0019 0.0190

0.0202 0.0161 0.0277 ­­ 0.0051 0.0015

Zn (mg/l) 0.1096 ­­ 0.0515 ­­ ­­ ­­

0.1197 ­­ 0.0317 ­­ 0.0032 ­­

No Quadro 2 constam valores do Anexo VI do Decreto­Lei nº 236/98, de 1 de Agosto que 
estabelecem   os   valores   máximo   recomendados   (VMR)   e/ou   os   valores   máximos 
admisssíveis (VMA), bem como os valores dispostos no Decreto­Lei nº 243/2001, de 5 de 
Setembro   e   os   valores   indicativos   pela   Organização   Mundial   de   Saúde,   para   os 
parâmetros analisados para água de consumo humano.

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 8
Quadro 2 – VMR e VMA para água para consumo humano segundo o Anexo VI do 
Decreto­Lei nº 236/98, de 1 de Agosto, segundo o Decreto­Lei nº 243/2001, de 5 de 
Setembro e segundo os valores indicativos da OMS

DL nº 236/98 DL nº 243/2001 Org. Mundial de Saúde

Parâmetro VMR VMA Valor indicativo

pH (escala de Sorensen) 6.5 ­ 8.5 9.5

Condutividade (µS/cm) 400

Al (mg/l)  0.05 0.2

As (µg/l) ­­ 50 10 50

Cd (mg/l) ­­ 5 5 5

Cr (µg/l) ­­ 50 50 50

Cu (µg/l) 100 3000 2000 1000 (por razões estéticas e não toxicológicas)

Fe (µg/l) 50 200

K (mg/l) 10 12 ­­ ­­

Mn (µg/l) 20 50

Ni(mg/l) 10 12 20

Pb (µg/l) ­­ 50 ­­ 5.0

Zn (mg/l) 0.100 5.0 0.2  0.2

No que se refere aos parâmetros analisados  As e Cd, em todas as amostras não foi 
detectada   a   presença   destes   metais,   permitindo   concluir   que   as   concentrações   eram 
inferiores ao limite de detecção (valor limite de detecção: As – 10 µg/l e Cd ­ 1 µg/l) ou 
nulas.   Importa   salientar   que   o   valor   limite   de   detecção,   do   equipamento   de 
espectroscopia   de   emissão   atómica,   para   ambos   os   parâmetros   é   inferior   ao   VMA 
constante nos referidos diplomas legais.

Relativamente   ao   Quadro   1,   os   parâmetros   em   que   não   são   apresentados   valores 


revelam   que   estes   são   inferiores   ao   nível   de   detecção   ou   que   são   nulos.   Assim, 
apresentam­se seguidamente os valores mínimos de detecção do equipamento: Al ­ 10 
µg/l, Cr ­ 1 µg/l, Cu ­ 1 µg/l, Fe ­  2 µg/l, K ­ 10 µg/l, Mn – 0.2 µg/l, Ni ­ 1 µg/l, Pb – 6 µg/l, 
Zn – 2 µg/l.

Pela análise dos Quadros 1 e 2 é possível constatar que os parâmetros Cu, K, Ni e Pb 
apresentam valores muito inferiores aos estabelecidos pelos respectivos VMR e no caso 
do Ni, muito inferiores ao respectivo VMA, estabelecido nos referidos diplomas legais.

Importa destacar que no caso do Cu, os valores mais elevados correspondem ao dos 
testes 1, 3 e 5 (amostras de chips de pneus). Destes testes e por ordem decrescente dos 
valores das concentrações dos elementos, refere­se o teste 1 (meio neutro), teste 3 (meio 

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 9
ácido) e teste 5 (meio básico).  No caso do K, os valores mais elevados são os referentes 
ao teste 3 (meio ácido e amostra de chips de pneus). Este parâmetro não consta na lista 
dos parâmetros a monitorizar constantes no Decreto­Lei nº 243/2001, de 5 de Setembro. 

No   que   se   refere   a   todos   os   parâmetros   analisados,   esperava­se   que,   os   metais 


tendessem a aparecer em maior concentração em condições de meio ácido, pelo facto de 
se promover a reacção entre o metal e o ião H +, onde o metal doa electrões ao ião H+ 
formando H2, ficando o metal ligado a um anião (Liu et al., 1998; Engstrom, G. e Lamb, 
R., 1994).

Apenas foi possível constatar este facto no caso dos valores de K. Nos restantes testes 
realizados não se verificou esta ocorrência, sendo as concentrações mais elevadas de 
metais as respeitantes aos testes de lixiviação efectuados em meio neutro do que os 
efectuados em meio ácido.

Tendo   em   consideração   a   literatura   consultada   e   os   resultados   obtidos   em   estudos 


similares, quer referente a testes de lixiviação quer referente à composição dos pneus, 
era  expectável   que   nos   ensaios   com   os  chips  as   concentrações   de   Al,   Fe,   Mn   e   Zn 
fossem elevadas visto fazerem parte da composição dos pneus. No caso do Al, Fe e Mn, 
estes componentes constituem geralmente a liga metálica que os pneus têm incorporada. 
Quando   os   pneus   são   submetidos   ao   processo   do   corte,   esta   liga   metálica   fica 
geralmente exposta. Assim, no caso do Fe, apenas os testes com a brita em qualquer um 
dos meios, as concentrações deste metal se encontram inferiores ao VMR. No caso dos 
testes com  chips, o VMA não é ultrapassado apenas no caso em que o meio é básico, 
sendo no entanto superior ao VMR estabelecido. No caso do Mn, embora não tenham 
sido detectados valores nos testes com brita 4 e 6, foram detectados no teste 2. No caso 
dos ensaios com chips, o teste 1 (meio neutro) apresenta valores inferiores ao VMA, mas 
superiores ao VMR, sendo que nos casos dos testes 3 e 5 os valores são inferiores ao 
VMR. No que diz respeito ao Al, apenas os resultados do teste 1 ultrapassam o VMA, 
sendo   que   nos   restantes   testes   os   valores   das   concentrações   são   superiores   ao 
estabelecido pelo VMR. 

No que se refere ao Zn, este metal faz geralmente parte dos agentes activadores de cura 
no fabrico de pneus (óxido de zinco). No caso dos ensaios efectuados a este metal, este 
apenas foi detectado nos testes onde as amostras eram chips de pneus. Novamente os 
valores mais elevados correspondem às condições onde o meio é neutro, seguidas do 
meio ácido e por último do meio básico. No caso do meio básico o VMR não é excedido.

Em   suma,   os  parâmetros  que   apresentam   concentrações   com  valores   mais   elevados 
estão elencados como substâncias indesejáveis  do ponto de vista estético no diploma 
legal em referência, exceptuando o Al. Presume­se que apesar dos valores elevados, 
estes   não   sejam   susceptíveis   de   causar   danos   ao   ambiente   e/ou   à   saúde   humana. 
Porém importa salientar que os ensaios realizados não permitem inferir resultados em 
situações reais nem quais os possíveis efeitos a médio e/ou a longo prazo, aquando a 
aplicação deste material.

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 10
4.2 Parâmetros físicos analisados

Até   à   data   da   elaboração   deste   artigo   não   foi   possível   obter   resultados   destes 
parâmetros, estando previsto que estes ensaios sejam realizados até Outubro de 2009.

Prevê­se que se obtenham resultados semelhantes aos da literatura consultada dada a 
similaridade   dos   mesmos,   podendo   verificar   que   os  chips  de   pneus   constituem   um 
material   bastante   compressível   e   com   valores   adequados   para   a   permeabilidade 
aquando a aplicação em camadas drenantes.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os  chips  de   pneus   poderão   constituir   uma   alternativa   à   aplicação   da   brita   calcária, 


promovendo­se  desta forma  a  valorização   de  um  resíduo  e poupança  de  um   recurso 
natural.

No   âmbito   deste   artigo   refere­se   que   dos   parâmetros   químicos   analisados,   as 
concentrações de metais tenderam a ser mais elevadas em meio neutro do que em meio 
ácido,   contrariamente   ao   relatado   na   literatura.   Em   termos   de   lixiviação   de   metais,   e 
tendo em conta a constituição dos pneus, os elementos químicos que se destacam pelas 
concentrações   mais   elevadas   são   o   Al,   o   Fe,   o   Mn   e   Zn,   resultados   similares   aos 
relatados pela literatura consultada. Estes parâmetros não estão directamente ligados a 
aspectos sanitários, tratando­se de elementos indesejáveis, assim designados por não 
terem efeitos tóxicos, mas por provocarem efeitos visíveis e não desejáveis. As doses 
tóxicas para esses elementos são muito mais elevadas que as doses recomendadas e 
aceitáveis para consumo humano (Mendes e Oliveira, 2004).

No caso dos parâmetros físicos, conforme referido anteriormente  não foi possível obter 
resultados destes parâmetros, estando previsto que estes ensaios sejam realizados até 
Outubro de 2009.

Importa   que   sejam   efectuados   mais   estudos   na   lixiviação   de   metais,   bem   como   na 
possível lixiviação   de  outro  tipo de  elementos  constituintes   de pneus   (e.g.  compostos 
orgânicos), à escala laboratorial. Devem ainda ser promovidos e monitorizados projectos 
com aplicações em situações reais, de forma a que se possa verificar que os  chips  de 
pneus são uma alternativa viável e fiável, que não é susceptível de provocar danos à 
saúde humana e/ou ao ambiente, a médio e/ou a longo prazo.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Amaral, J.; Canas, A.; Correia, M. et al (2000).  A Ecologia Industrial e o Automóvel em  
Portugal, Celta Editora, ISBN 972­774­092­8

Aydilek, A.; , Madden, E; Demirkan, M. (2006). “Field Evaluation of a Lechate Collection 
System Constructed with Scrap Tires”, Journal of Geotechnical and Geoenvironmental 
Engineering, Vol. 132, Nº 8, pp. 990­1000

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 11
Basel Convention (1999). “Technical Guidelines on Hazardous Wastes: Identification and 
Management   of   Used   Tyres”,   Basel   Convention   on   the   control   of   transboundary 
movements of hazardous wastes and their disposal, Basel Convention Series, SBC No 
99/008, Geneve

Cabeças,   A.   e   Dores,   R.   (2008).   “Aplicação   de   Chips   de   Pneus   em   Camadas   de 


Drenagem”, ENASB, Covilhã 

Campos, P. (2006). Aproveitamento Industrial da Borracha Reciclada de Pneus Usados  
(a  reciclagem   do  resíduo   160103   da   L.E.R.),   Dissertação   de   Mestrado   em   Gestão 
Ambiental Universidade do Minho

Cetin, H.; Fener, M. e Gunaydin, O. (2006). “Geotechnical Properties of Tire­Cohesive 
Clayey Soil Mixtures as a Fill Material”, Engineering Geology, Vol. 8, pp. 110­120

Directiva 1999/31/CEE do Conselho, de 26 de Abril de 1999 – Deposição de Resíduos 
em Aterros

Decreto­Lei nº 152/2002, de 23 de Maio – Diário da República – I – Série – A, nº 119, pp. 
4680­4699, Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, Lisboa

Decreto­Lei nº 183/2009, de 10 de Agosto – Diário da República – I – Série, nº 153, pp. 
5170­5198,   Ministério   do   Ambiente,   do   Ordenamento   do   Território   e   do 
Desenvolvimento Regional, Lisboa

Decreto­Lei nº 236/98, de 1 de Agosto ­ Diário da República – I – Série – A, nº 176, pp. 
3676­3722, Ministério do Ambiente, Lisboa

Decreto­Lei nº 243/2001, de 5 de  Setembro – Diário da República – I – Série – A, nº 206, 
pp. 5754­5765, Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, Lisboa

Edeskär, T. (2004). Technical and Environmental Properties of Tyre Shreds Focusing on 
Ground Engineering Applications, Lulea University of Technology, Department of Civil 
and   Mining   Engineering   ­   Division   of   Soil   Mechanics   and   Foundation   Engineering, 
ISSN: 1402­1536 ­ ISRN: LTU­TR—2004/5—SE

Engstrom, G. e Lamb, R. (1994). Using Shredded Waste Tires as Lightweight Fill Material  
for Road Subgrades – A Summary Report, Minnesota Department of Transportation, 
Physical   Research   &   Geotechinical   Engineering   Sections,   Materials   Research   & 
Engineering, Maplewood, MN

GeoSyntec   Consultants,   Inc.   (1998).  Guidance   Manual   –   Tire   Shreds   as   Final   Cover  
Foundation   Layer   Material   at   Municipal   Solid   Waste   Landfills,  California   Integrated 
Waste Management Board, Sacramento California, Project Number: WL0048, CIWMB 
Publication #212­98­002

Guiness, J. (2007). “Confidence in Quality”, CIWM – The Journal for Waste & Resource  
Management Professionals, pp. 24­27

Humphrey, D.  (2004). “Civil  Engineering  Applications  of  Scrap Tires”,  Heartland Scrap 


Tire Management Conference

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 12
Humphrey, D. e Katz, L. (2000).  “Five­Year Field Study of Tire Placed Below the Water 
Table   on   Groundwater   Quality”,   Transportation   Research   Record   No.   1714, 
Transportation Research Board, Washigton DC

Humphrey,   D.   e  Katz,   L.   (2001).  “Field   Study   of   Water   Quality   Effects   of   Tire  Shreds 
Placed   Below   the   Water   Table”,   Proceedings   of   the   International   Conference   on 
Beneficial Use of Recycled Materials in Transportation Applications, Arlington, VA, pp 
699­708

Liu,   H.;   Mead,   J.   e   Stacer,   R.   (1998).  Technical   Report   #2   Environmental   Impacts   of  


Recycled   Rubber   in   Light   Fill   Applications:   Summary   and   Evaluation   of   Existing  
Literature,   Chelsea   Center   for   Recycling   and   Economic   Developmen   –   Plastics 
Conversion Project, University of Massachusetts Lowell

Mendes, B. e Oliveira, J. F. Santos (2004). Qualidade da Água para Consumo Humano,  
Lidel – Edições Técnicas, Lda, ISBN 978­972­757­274­8

Mondal, B. e Warith, M. (2008).  “Use of Tire Chips and Tire Crumbs as Packing Media in 
Trickling Filter Systems for Landfill Leachate Treatment”,  Environmental Technology, 
Vol. 29, Nº 8, pp. 827­836

Reddy, K. e Marella, A. (2001). “Properties of different size scrap tires shreds: implications 
on using as drainage material in landfill cover systems”, The Seventeenth International 
Conference on Solid Waste Technology and Management ­ Philadelphia, PA, USA, pp. 
1­19

Rowe,  R. e McIsaac, R. (2005).  “Clogging of Tire  Shreds and Gravel Permeated with 


Landfill Leachate”,  Journal of Geotechnical and Geoenvironmental Engineering, Vol. 
131, Nº 6, pp. 682­693

Russo, M. e Vieira, J. (2007). “Avaliação da estabilidade de aterros de resíduos sólidos 
através da evolução da degrabilidade da matéria biodegradável confinada”, Seminário 
Geotécnico   de   Aterros   de   Resíduos   –   Laboratório   Nacional   de   Engenharia   Civil 
(LNEC), Lisboa, pp. 1­17

Salgado, R.; Yoon, S.; Siddiki, N. (2003). “Final Report ­ Construction of Tire Shreds Test 
Embankment”,   Indiana   Department   of   Transportation,   Purdue   University   West 
Lafayette, Report No. FHWA/IN/JTPR­2002/35

Sharma, H. e Reddy K. (2004). Geoenvironmental Engineering ­ Site Remediation, Waste  
Containement and Emerging Waste Management Technologies,  Wiley John Wiley & 
Sons, Inc., ISBN 0­471­21599­6

Valorpneu (2009). Soluções para Pneus  Usados  (Consult. 3 Jan. 2009) Disponível na 


WWW:<URL: http://www.valorpneu.pt

Valorpneu   (2008).   “Relatório   Anual   &   Contas   2008”,   Edição   Valorpneu,   Sociedade   de 
Gestão de Pneus, Lda, Tiragem 500 exemplares

Warith, M.; Evgin, E.; Benson, P. Rao, S. (2004). “Suitability of shredded tires for use in 
landfill collection systems”, Waste Management, Vol. 24, pp 967­979

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 13
AGRADECIMENTOS

Agradece­se  ao  Dr.º António   Pedreiro  e  ao  Eng.   Vasco  Pampulim   da  Recipneu,  bem 
como ao Eng. Luís Santos da Amarsul, pela disponibilidade e apoio prestados ao longo 
deste trabalho.

Prémio Inovação Valorpneu  – Chips de Pneu – Substituto de Brita Calcária em Aterros Sanitários 14

Vous aimerez peut-être aussi