Vous êtes sur la page 1sur 187
i ‘ ! a EDITORA MANOLE LTDA. Sio Paulo - Brasil TECNICAS DE MASSAGEM DE BEARD Quarta Edigéo Giovanni De Domenico Grad Dip (Fisioterapia}, Dip TP, MSc, PhD, MCSP, MAPA, MCPA Professor e Diretor do Departamento de Fisioterapia College of Allied Health Professions University of South Alabama Mobile, Alabama Elizabeth C. Wood, MA, MS, RPT Professora Emérita Assaciada Programas em Fisioterapia Faculdade de Medicina da Northwestern University Chicaga, Illinois Titulo do original em inglés: Beard's Massage Copyright © W. B. Saunders Company Tradugdio. Fernando Gomes do Nascimento Bditoragdo Eletr6nica, Helvetica Editorial Lada, Todos 0s direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderd ser reproduzida, por qualqquer processo, sem a permissio expressa dos editores. E proibida a reprodugko por xerox. Este livto foi catalogado na CIP. ISBN 85-206-0780:3, 4 edi¢do brasileira — 1998 Direitos em lingua portuguesa adquiridos peta: Editora Manole Ltda. Rua Cons. Ramalho, 516— Bela Vista 01325-000— Sao Paulo — SP — Brasil Fone (011) 283-5866 — Fax (011) 287-2853 worn manole.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazit Este livro é dedicado & meméria de GERTRUDE BEARD, RN, RPT e a todos os que desejam aprender as babilidades e05 beneficios desta antiga arte ” Colaborador Colleen Liston, AUA, Grad Dip (Fisicterapia), Grad Dip Hlth Sc, MSc, PhD Associate Professor e Supervisor of Higher Degrees, School of Physiotherapy, Curtin University of Technology, Perth, Western Australia, Australia Prefacio da Primeira Edicao Existem algumas coisas na vida de todo ser humano que exercem grande efeito em seu éxito futuro € no éxito das pessoas que esto 4 sua Volta. Uma dessas coisas aconteceu comigo quando uma fisioterapeuta chamada Gertrude Beard chegou em Chicago, logoapésa Primeira Guerra Mundial, depois de ter recebido baixa do Exército. Gertrude Beard foi incorporada 4 equipe do Wesley Hospital imediata- mente e comegou a trabalhar com meus pacientes, a maior parte deles tra- balhadores que haviam softido ferimentos em currais de abatedouros. Gertrude trabalhava em um lugar chamado por nés de “departamento dos banhos”, que possuia um chuveiro, uma ducha escocesa, uma mesa e um. par de pias. Ela e seus pacientes tinham que sentar-se em bancos ‘ninguém no hospital encarou seu surgimento com qualquer esperanga de que ela fosse fazer algo de novo. Naquela épaca (1919-1920), a fisiote- rapia, em minha experiéncia, era algo feito quando vocé nao podia pen- sar em nada mais para se ver livre do paciente. Gertrude comegou a estudar com afinco algo que, na época, nao era considerado grande ciéncia ¢ continuou a crias ¢ a desenvolver técnicas de fisioterapia, que vieram a ajudar muitos pacientes que nunca teriam se recuperado sem seus esforgos. Em 1927, Gertrude Beard se tornou diretora técnica da nova Faculdade de Fisioterapia da Northwestern University. Desde aquela data, ela ¢ seus colegas professores ensinaram a mais de 500 fisioterapeutas as técnicas € 0s principios da fisioterapia. A hist6ria do trabalho desces precursores € digna de nota — uma historia de pessoas devotas, dedicadas, que acre- ditavam no que sabiam, e que continuam a ensinar a médicos e pacientes, além de estudantes, os beneficios da fisioterapia e, em especial, da mas- sagem. ‘Com freqiiéncia, a massagem tem sido menosprezada em favor de ou- tras medidas fisicas, que podem ser usadas mais facilmente. A massagem exige 0 uso habilidoso das mdos ¢ do cérebro, para que sejam obtidos efeitos curativos —a produgio ou reaquisigao da elasticidade dos tecidos, © estimulo da circulagao sanguinea, a transmissao de confianga para o paciente, encorajando-o ¢ estimulando-o psicologicamente a usar a parte que esté incapacitada. Nao hé aparelho que possa substituir isso. H4 uma psicologia que acompanha qualquer forma de tratamento médico e, se 0 fisioterapeuta nao est4 usando sua capacidade de encorajamento para induzir o paciente a fazer aquilo que ele tem de fazer, o profissional no ‘estard realizando seu trabalho, qualquer que seja a pritica aplicada, Em minha opinido, a massagem € uma atividade que pode ser neg! genciada, mal utilizada, custarcaroe de nada setvir, a menos que seja com- preendida e adequadamente aplicada. Este livro nos revela um quadro nitido das técnicas e os principios nos quais elas se baseiam. © texto esta bem redigido e fartamente ilustrado, devendo ser lido e relido por médi- cos € fisioterapeutas, para que a recuperacdo dos seus pacientes seja duradoura e benéfica. PAULB. MAGNUSON, M.D. Professor Emérito de Cirurgia Osseae Articular, Faculdade de Medicina Northwestern University Fundador e Diretor Honordrio do Instituto de Reabilitagdo de Chicago Ex-Diretor-Chefe Médico da Veterans Administration Maio de 1964 Nee Prefacio Os principios ¢ técnicas basicas da massagem em tecicos moles pouco mudaram com a passagem dos anos. Numa €poca de alta tecnologia na medicina e, na verdade, em todos os aspectos da vida moderna, a mas- sagem em tecidos moles continua a proporcionar uma ligaco direta com as praticas culturais € médicas de mossos ancestrais. O crescente movi- mento, no sentido de uma abordagem mais holistica ao tratamento das doengas e a promogio do bem-estar, desde ja, garantirao um lugar para esta antiga arce no proximo século e, ainda, por muitos e muitos anos. Aterceira edicao do Técnicas de Massagem de Beard foi a culminagao de importantes colaboragées, provenientes de muitas fontes. Estes cola- boradores contributram significativamente para 0 texto e 0 éxito do livro € um tributo a importincia de seu trabalho. A quarta edigao do Técnicas de Massagem de Beard continua a enfatizar a contribuigao fundamental de Gertrude Beard (1887-1971) nas edicdes anteriores deste livro, como autora-sénior da primeira edigZo. A preserva¢do da dedicatoria a esta grande fisioterapeuta, no prefacio do dr. Paul B. Magnuson (1884-1968) primeira edigo do livro, continua a homenagear estes dois pioneiros na fisioterapia e reabilitago ao longo de um periodo de meio século. A quanta edigao assinala um rearranjo significativo do material das edicées anteriores. Em particular, as fotografias constituem um acréscimo importantissimo. Quase todas so novas, surgindo apenas nesta edigao, € foram tiradas por Carl Moss, do M & A Studios, Mobile, Alabama. O Sbvio profissionalismo destas fotografias € um elegante tributo 2o fotdgrafo. ‘Queremos manifestar nosso agradecimento a Carl Moss € a todos 0s profis- sionais do seu esttidio, Cetamente, sem a ajuda dos modelos, as forografias ‘do teriam ficado tao satisfatorias. Agradecemos sinceramente a Kristie Love € Ron Lassiter por sua importante contribui¢ao a esta obra, Contribuigdes significativas na preparagéo do manuscrito final foram também prestadas por Thelma Toppere Mavis Jarrell. Aeles, nossos agradecimentos calorosos. As técnicas descritas neste texto continuam a seguir o sistema sueco bisico de massagens terapéuticas. Cada um dos movimentos basicos da massagem esté descrito com certa profundidade e com muitos exemplos fotograficos. Isso permitiré que os fisioterapeutas criem suas proprias seqiléncias de massagem, com uma adequada base nas necessidades do. paciente. Como uma orientacao importante para o planejamento das seqiléncias dos movimentos cle massagem, os capitulos 5 e 6, que tratam, das técnicas de massagem geral € local, continuam a acompanhar, de pero, os métodos descritos na terceira edigao, xi xi PREFACIO ‘Trés novos capitulos estudam os sistemas de massagem sob pontos de vista de diversas tradigdes. Estas colaboracdes importantes foram red das por Colleen Liston, da Faculdade de Fisioterapia, Curtin University, Perth, Western Australia. A dra. Liston brindou o leitor com uma anélise condensada de varios conceitos de massagem distintos; certamente, estes conceitos ajudario o leitor na obtengio de uma compreensio mais ampla desse assunto. O material constante destes capitulos tem como objetivo fornecer apenas uma visto geral das areas abordadas, pois um exame completo de cada conceito est muito-além das finalidades do nosso texto. Este livro destina-se 4s pessoas que buscam estudar seriamente a mas- sagem em tecidos moles. O material esté organizado de modo a facilitar este estudo, mas certamente sabemos que a massagem efetiva nao pode ser aprendida exclusivamente com a ajuda de livros. Apenas a orientacZo atenta, dada por um professor experiente, pode garantir 20 aluno atingir © nivel apropriado de competéncia naquilo que é, afinal de contas, uma habilidade motora delicadamente ajustada por parte do terapeuta. Este texto nao pretende esgotar 0 assunto, mas fornece as informagdes € os conceitos basicos necessérios para que o estudante adquira a estrutura {erica para 0s topicos de estudo nesta drea, juntamente com os elemen- tos bisicos das técnicas praticas para a massagem em tecido mole. Em con- junto com um professor experiente e com suficiente treinamento clinico, © estudante pode esperar ser capaz de atingir elevados niveis de com: peténcia, Embora a massagem como tratamento especifico no seja muito uti- lizada na modema pritica de reabilitagao, muitas de suas técnicas so extremamente tteis como parte de um plano terapéutico geral para muitos distirbios. A experiéncia a0 longo de muitos anos sugere enfaticamente que um estudo significativo da massagem em tecido mole é um dos me- thores meios de desenvolvimento da sensibilidade e competéncia no uso das mios. Assim sendo, 0 treinamento significativo na massagem em te do mole deve ser considerado como uma parte fundamental na prepa- ragio de diversas modalidades de profissionais da satide. GIOVANNI DE DOMENICCE ELIZABETH C. WOOD Parte | » Principios Gerais Capitulo 1 PERSPECTIVAS HISTORICAS 3 ‘Aspectos Gerais da Hist6ria da Massagem 3 ‘Epoca Pré-historica 3 Historia Antiga 3 Hist6ria Moderna da Massagem Médica (Europa, Principalmente Gri-Bretanha) 4 Definigdes de Massagem 6 Terminologia da Massagem 6 Descrigdo dos Movimentos da Massagem 7 Pétrissage 7 ‘Amassamento 8 Fricgto 8 Alisamento e Efflewrage 9 ‘Componentes da Massagem 9 Diregao 9 Pressio. 10 Velocidadee Ritmo 10 Melos 11 Posicdo do Terapeuta edo Paciente 12 Duragio 13. Freqiéncia 14 Resumo 14 ReferEncias Bibliograficas 14 Copitule 2 CONDICGES BASICAS PARA A _MASSAGEM TERAPEUTICA 17 ‘Aspectos Eticos 17 ‘Conhecimento da Anatomia Superficial 17 Preparagto das Mios 17 Lubrificantes: Pés, Oleos e Cremes. 18 Po 18 Sabo e Agua Quente 18 Oleos e Gremes 19 Equipamento 19 Cobertura ¢ Posicionamento do Paciente 21 Posigio do Terapeuta 24 ‘Componentes da Massagem 25 Conforto e Apoio do Paciente 25 Relaxamento 26 Diregio. 28 Pressio’ 28 Velocidade e Ritmo 28 Duragao e Freqtiéncia do Tratamento 29 Alteragdes nos Sinais e Sintomas 29 Capitulo 3 CLASSIFICACAO E DESCRICAO DOS MOVIMENTOS DE MASSAGEM 37 Classificagao 31 Descrigdo 31 Manipulagdes de Alisamento 31 Alisamento Superficial 34 ‘Alisamento Profundo 34 Manipulagdes de E/fleurage 35 Manipulacdes de Pétrissage(Pressio) 37 ‘Manipulagdes por Tapotement(Percussio) 46 Vibragao “50 tagto 50 Fricgdes Profundas (FricgSes de Cyriax) 51 Fricgdes Transversais 52 Fricgdes Circulares 53 Referencias 54 Capitulo 4 EFEITOS MECANICOS, FISIOLOGICOS, PSICOLOGICOS E TERAPEUTICOS DA MASSAGEM 55 Efeitos Mecanicos 55 Efeitas Fisiol6gicos 56 Efeitos na Circulagao Sangitinea'e Linfitica 56 Ffeitos no Sangue 58 Efeitos no Metabolismo e Processo de Cura 58 Efeitos no Tecido Muscular 59 Efeitos nos Ossos e ArticulagSes 62 Efeitos no Sistema Nervoso 62 Efeitos na Dor 63 Efeitos nas Visceras 64 Efeitos nas Secregdes Pulmonares 65 Efeitos na Pele 66 Efeitos no Tecido Adiposo 66 Efeitos Psicol6gicos 66 Relaxamento Fisico 67 Alivio da Ansiedade e da Tensao (Estresse) 67 Estimulagdo da Atividade Fisica 67 Alivio da Dor 67 Estimulo Sexual 67 xi xiv 8 INoIcE Sensagio Geral de Bem-estar (Confonto) 67 Fé Generalizada na Deposigao das Maos 67 Efeitos Terapeuticos Principais 68 Principais Usos da Massagem Terapéutica 68 Precaugées Gerais € Contra-indicagées 68 Precaugdes Gerais 69 Resumo 69 Referéncias Bibliogrificas 69 Partell + Pratica Capitulo 5 SEQUENCIA DA MASSAGEM GERAL 75 Seqiigncia e Técnica para a Massagem Geral 75 ‘Técnica para uma Seqiéncia de Massagem Geral 77 Coxa Direita 77 Perna ¢Joetho Direitos 80 PE Direito 83 Coxa, Pernae Pe Esquerdos 85 Brago, Antebrago e Mao Esquerdos 85 Brago, Antebrago e Mao Direitos 88 Torax 89 Abdémen 90 Costas e Quadris 95 Face 100 Escalpo 106 Regio Posterior do Pescogo 106 Resumo 106 Capitulo 6 SEQUENCIAS DE MASSAGEM. LOCAL 107 sistema Hoffa 108 ‘Os Movimentos 108 Classificagio € Descri¢io dos Movimentos de Massagem Local 108 Alisamento (Superficial ou Profundo) 108 Amassamento. 108 Fricgio 110 ‘Técnica para a Massagem Local 111 ‘Técnica para uma Sequéncia de Massagem Local 112 Brago Direito 112 Antebrago Direito 114 Mao Direita 116 Polegar e Demais Dedos da Mio Direita 118 Extremidade Superior Esquerda 120 Nadega Direita 120 Coxa Direita 120 Perna Direita 123, PE Direito 126 Dedos do Pé Direito 128 Perna Esquerda 129 Regido das Costas 129 Abdomen 131 Face 134 Capitulo 7 AS TECNICAS DE MASSAGEM EM. TECIDOS MOLES COMO INSTRUMEN- TODEAVALIACAG 137 Alisamento Superficial 137 Alisamento Profundo 138 Movimentos de Amassamento. 138 Percussio e Vibragdo 138, Movimentos de Frieeao Profunda 138 Resumo 138 Copitulo 3 MASSAGEM PARA FINALIDADES ESPECIFICAS 139 Colleen Liston, Ph.D. Massagem Esportiva 139 ‘Massagem Pré-evento 141 ‘Massagem para Lesdes Esportivas 142 Lesbes Agudas 142 Lesbes Cronicas. 142 Treinamento e Massagem Pés-evento. 143 Massagem para Pessoas Idosas ¢ Doentes Terminais 144 ‘Massagem em Bebés e Criangas Pequenas 145 Referéncias 146 Capitulo 9 MASSAGEM PARA O PACIENTE COM DISTURBIO RESPIRATORIO 149 Drenagem Postural 151 Percussio 152 Vibragio. 153 Referencias 155 Capitulo 10 MASSAGEM DO TECIDO CONJUNTIVO 157 Breve Historia e Fundamentos Tebricos 157 Zonas Reflexas (Zonas de Head) 157 Tecnica Bisica 160 Efeitos 160 Respastas Locais 160 Respostas Gerais 160 Indicagdes Terapéuticas 161 Duragao ¢ Freqéncia do Tratamento 161 Contra-indicagdes 161 Resumo 161 Referéncias 161 Capitulo 11 SISTEMAS ESPECIALIZADOS DE MASSAGEM 163 Colleen Liston, Ph.D. Técnicas de Pontos Deflagradores 163, Técnicas de Liberaglo Miofascial 166 Rolfing 166 Reflexologia 167 Terapia por Percussto Pontual 169 Principios da Terapia 169 Técnicas Gerais 169 Técnicas Especificas 169 Seqiiéncia Geral 170 Referéncias Bibliogréficas 170 Copitulo 12 SISTEMAS ORIENTAIS DE MASSAGEM Colleen Liston, Ph.D. ‘Acupressio "173, Shiatsu 175 Massagem Chinesa Tradicional 176 Massagem Tailandesa Tradicional_ 176 ‘Técnica 177 Massagem Huna 177 Referéncias Bibliogrificas 178 APENDICE 179 INDICE REMISSIVO 183 k Parte | (am Principios Gerais As palavras do francés modemo masser(verbo) € mas- sage substantive) podem ter derivado de qualquer uma das res raizes originais, ou seja, da palavra hebraica mashesh, dda palavra érabe mass, ou da palavra grega massin. Embora cobviamente de origem francesa, masseur (masculino) € ‘masseuse (Feminino) foram introduzidas na lingua inglesa para denotar os que praticam a massagem. Por volta de 1780, a palavra massage era usada na India, tendo surgido ‘pa maioria das culturas européias por volta de 1800. ‘A massagem é mencionada como uma forma de trata- mento nos registtos médicos mais antigos, ¢ seu uso persis ‘iu durante toda a hist6ria escrta. Textos de médicos, fil6- sofos, poetas e historiadores mostram que alguma forma de fricgio ou de uncio era utilizada desde a mais remota antigiidade nas culturas em todo 0 mundo. A histéria da massagem é extensa e complexa. Neste capitulo, apresen- tamos uma visao geral de sua cronologia e uma revisio mais, detalhada de diversos aspectos importantes da massagem. ASPECTOS GERAIS DA HISTORIA DA MASSAGEM Epoca Pré-histérica Apesar de existir pouca evidéncia de que a massagem era praticada como uma arte curativa nos tempos pré- hist6ricos, parece muito provavel que isto ocorresse. Existe certa qualidade instintiva para o uso das mos num movi- mento de fricg2o e compressio, que & tanto calmante como confortante. De fato, observa-se que muitas espécies ani- ‘mais, especialmente’os primatas, tem um comportamento de contato (cosar, cuidar dos pélos); embora este compor- tamento ndo seja necessariamente teraputico, cetamente faz parte do repertrio comportamental de muitas espécies. Em suma, 0 contato como atividade tem sua génese num onto muito remoto da evolugio humana. Nio € preciso muito para acreditar que algumas técnicas de massagem manual estavam em uso regular naquela época, juntamente coma aplicagio de varios compostos medicinais derivados de plantas, matéria orgénica e materiais inorginicos. Perspectivas Histéricas Embora estas culturas antigas tenham pouca ou nenhu- ma histéria registrada, com quase absoluita certeza pode- ‘mos afirmar que as técnicas de massagem faziam pane de sua “cultura médica”. Certamente, os humanos pré-hist6r cos eram capazes de praticar uma forma de medicina bas- ‘ante sofisticada, inclusive a cirurgia cerebral. A pratica bem conhecida de-remover pequenos circulos de 0850 do cri- io, chamada trepanagdo, demonstra claramente qué os praticantes daquelas épocas tinham grande capacidade de realizar tarefas médicas complexas (Broca, 1876; Prunieres, 1874). Eles eram nao s6 capazes de fazer orificios nos crinios de seus “pacientes”, mas também eram capazes de realizar esta pritica mais de uma vez na mesma pessoa. Além disso, 08 achados antropolgicos demonstram clara- mente que muitas pessoas sobreviviam a esse procedimen- to. Entio, como nao acreditar que uma cultura capaz desse nivel de prética cinérgica deve ter descoberto, muito tempo antes, os beneficios consideraveis e Sbvios de atividades similares & massagem. Histéria Antiga Ouso de técnicas de massager manual em muitas cul- turas antigas estd sobejamente registrado em documentos pict6ricos € escritos, Por exemplo, na época de Hwang Ti, 0 Imperador Amarelo (que morreu em 2599a.C,), foi escrito;0 grande tratado médico chinés conhecido como Nei Chang (por volta de 2760 a.C). Esta obra contém descricdes deta- Ihadas de procedimentos semelhantes 4 massagem, e uma enorme quantidade de descrigdes deta-lhadas de seu uso (Veith, 1949). Durante a dinastia Tang (619-907 d.C.), eram reconhecidos quatro tipos de praticantes di medicina: médi- cos, acupunturistas, massagistas € exorcistas; contudo, apés adinastia Sung (960-1279 d.C.),a pritica da massagem decli- nou significativamente. A massagem também esti descrita ‘em um dos primeiros dos grandes textos médicos da india antiga, 0s livros Ayur-Veda da sabedoria (cerca de 1800, a.C). Quase todas as grandes culturas antigas do mundo descreveram, com certo detalhamento, os usos e beneficios cla massagem, que frequentemente era combinada com out- 10 tipos de tratamento tradicional, sobrerudlo os tratamen- 4 @ PRINCIPIOS GERAIS {os por banhos. As culturas egipcia, persa e japonesa, em particular, enfatizavam muito 0 uso da massagem ¢ destes tmtainentos correlatos ‘Os gregos antigos usavam amplamente a massagem para manter a satide fisica e para assegurar uma beleza duradoura, Homero descreveu na Odisséia como soldados “dilacerados pela guerra” eram massageados, o que les trazia de volta a satide, Hip6crates (460-360 a.C.) também escreveu sobre esse assunto, tendo descrito muitos dos uusos da massagem na pritica médica. Ao discutir 0 trata- mento em seguida a redugio de um ombro deslocado, Hipécrates disse: “E € necessério frictionar 0 ombro suave « delicadamente. O médico deve ter experiéncia em muitas coisas, mas certamente em fricgdes; porque algo que recebe ‘omesmo nome ndo temo mesmo feito. Pois.a friceo pode fixar uma articulagio que esteja demasiadamente frouxa € pode afrouxar uma articulagdo que esteja demasiadamente enrijecida. Contudo, um ombro na condicio deserta deve ser friccionado com maos macias e, sobretudo com suavi- dade;no entantoa aniculagio deve ser mobilizada, naovio- lentamente, mas até 0 ponto em que possa ser feito sem acanetar dor" (Johnson, 1866). Os gregos antigos, talvez mais que as outas culturas, sf0 responsaveis pordara massagem tamanho grau de aceitacio social, Este povo estabeleceu casas de banho muito sofisi- cadas, onde havia possibilidade da pritica de exercicios, massagem € banhos, mas 0s seus clientes amavam mais lundria, em vez de buscara saide. Estas casasde banho ram assim como os “playgrounds” dos ricos ¢ poderosos. Jé os cidaddos comuns no eram tio afortunados. (Os romanos herdaram boa parte da tradigzo da mas- sagem dos gregos ¢ essa pritica era amplamente utilizada, especialmente em conjunto com banhos quentes. Galeno (G31-201 d.C), omédico mais famoso do Império Romano, escreveu extensamente sobre 0 t6pico da massagem, tendo descrito diversos modos pelos quais a massagem poderia ser administrada (Green, 1951). Diz-se que Julio César(100a.C.) ez com que ele proprio fosse “beliscado” em todo 0 seu corpo, para tentar a cura para uma doenga similar A neural- gia, Nao podemos subestimar a influéncia dé Galeno em todos os aspectos do pensamento médico; 6, provavelmente, devido a esse médico que a massagem e 0s tratamentos cor- relatos sobreviveram muito tempo aps a queda de Roma Galeno recomendava enfaticamente que, na preparacio para um combate iminente, os gladiadores deviam ser fric- ccionados em todo 0 compo, até que suas peles ficassem ver- melhas. O uso da massagem teve continuidade no inicio da Idade Média, porém sua pritica sofreu algum’declinio na Europa e na Asia, Esta era ficou conhecida comoa "Idade das Trevas", e durante este periodo foram abandonados muitos aspectos da cultura e pritica antigas. Histdrie Moderna da Massagem Médica (Europa, Principalmente Gré-Bretanha) Grande parte da cultura ¢ tradicéo antiga na medicina e ra cigncia se perdeu durante a Idade Média e foi somente durante 0 século XVI que alguns dos métodos mais antigos «la pritica médica voltaram a ser empregados. Avancos no estudo da anatomia e fisiologia possibilitaram que os cien- ts da época compreendessem mais acerca dos efeitos € uusos de algumas dessas tradigées mais antigas. Ambroise Paré (1518-1590), 0 famoso cirungiao francés, encontrava-se entre 08 primeiros autores a levar em consideracio e a dis- ccutir 05 efeitos da massagem. Paré estava panticularmente interessado no uso da fricedo e dos movimentas gerais da massagem para o tratamento de pacientes que haviam deslocado uma articulacio. A descoberta da circulagio sangiiinea por Harvey, em 1628 contribuiu’ para aumentar a aceitagio da massager, como medida terapéutica. Apesardesses avangos aparente- mente importantes, os tratamentos por massagem nao se fomaram populares em toda a Europa até o século XVII Naquela época, dois dos mais noviveis expoentes do wata- ‘mento eram alemiies: Hoffmann (1660-1742) e Guthsnuths. Outro médico famaso, que por volta de 1880 afirmava que massagem podia ser um tratamento muito ttl, sobretudo para os tecidos moles depois de uma fratura, foi o francés Just Lucas-Championniére (1843-1913). Pouco antes da virada do século XX, Sir William Bennett havia se impres- sionado com 0 trabalho de Lucas-Championniére ¢ comegou 0 que, na época, era um tratamento revoh ciondrio: passou a usar a massagem no St. George's Hi pital, em Londres, Inglaterra. Outros autores também de- Fenderam vigorosamente a massagem para uma série de problemas dos tecidos moles, especialmente a caibra dos escritores (Robins, 1885; de Watteville, 18552, b). Habitualmente, considera-se que 2 era da massagem moderna teve iniciono comego doséculo XIX, quando uma vasta gama de autores estavam defendendo a massagem € cfiando seus proprios sistemas, Uma famosa tese de Estradere, em 1866, constituiu-se numa importante con- tibuigio para a ciéncia da massagem, entdo, em franco desenvolvimento Estradere, 1886). Pode-se argumentar que a mais famosa ¢ duradoura influéncia para a massagem € a contribuiczo dada por Pehr Henrik Ling (1776-1839). Ling desenvolveu seu proprio estilo de massagem e exercicios, que, mais tarde, adquiri- ram reconhecimento internacional (Massagens ¢ Exercicios Medicinais Suecos). Ling era um instrutor de esgrima e em 1805 foi nomeado mestre de esgrima da Universidade de Lund, na Suécia, Ling projetou pessoalmente um sistema que consistia de quatro tipos de gindstica: educacional, mi- litar, medicinal e estética. Em 1813, fundou o Instituto Central de Gindstica, em Estocolmo, ¢ lé ensinou até sua morte em 1839, Grande parte do trabalho de Ling foi publi- cada postumamente, sobretudo gracasaos esforgos de seus alunos e colegas (Kellgren, 1890), Ling adquiriu reputagio internacional pela terminologia que leva seu nome e, em ‘witos casos, modificagdes de seus conceitas bésicas de exercicios foram aplicadasem todo 0 mundo. Contudo, nos ‘Gtimos anos, muitas das idéias originais de Ling perderam popularidade, mas eu trabalho permanece exercendo uma influéncia muito importante nos primeiros passos do desenvolvimento da fisioterapia como profissao. Na Holanda, Johann Mezger (1839-1909) também utili- zou amplamente da massagem, tendo criado um estilo proprio. Por volta de 1900, técnicas modernas de massagem. médica estavam em uso na maior parte do mundo desen- volvido e, certamente, continuaram a ser utlizadas nas cul- ‘turas mais antigas. Em 1894, na Inglaterra, um grupo de qua to mulheres dedicadas fundou 2 Society of Trained Masseuses, com 0 objeuvo de elevar os padrdes da mase sageme o “status” das mulheres que praticavani esse traba- Iho. Em 1900, essa sociedade fot incorporada, por license, & ‘Cimara de Comércio, ficando conhecida como /ucorpo- rated Society of Trained Masseuses. Durante a Primeira Guerra Mundial, 0 nGimero de membros aumentou ¢, por volts de 1920, havia cerca de 5,000 membros praticantes. Nese mesmo ano, a sociedade fundiv-se com o Instituto de Massage e Exercicios Terapéuticos (em Manchester). Estas duas organizagoes receberam uma cana patente real, restl- tando entio na Chartered Society of Massage and Medical Gymnastics(CSMMG), medich que um grande ntimero de soldaclos retornava de varias parres do mundo e que o papel da fisioterapia se tornava cada vez mais importante. A Segunda Guerra Mundial presenciou o surgimento de uma ‘nova profissio, Por outro lado, a massagem considerada iso- ladamente passou a se tornar cada vez menos importante, 3 medida que outros modos de reabilitacao iam se desenvol- vendo. Por essa razio, ficou decidido gue o nome da sociedade deveria ser mudado e em 1943 ela se tornou a Chartered Society of Physiotherapy (CSP), nome que per- manece até os nossos dias. Com comegos similares em muitos outros paises, a profissio da fisioterapia, como a conhecemos atualmente, desenvolveu-se ¢ ramificou-se na maioria dos paises do mundo, crescendo diferentemente em cada lugar, de modo a supriras necessidades especificas. A massagem médica € raramente usada na moderna pratica da reabilitago como Gnico tratamento, mas € empregada como parte de um plano terapéutico geral para alguns pacientes. A massagem foi amplamente substituida por outros tratamentos mais ativos, mas permanece sendo um dos modos mais impor- tantes de desenvolvimento das habilidades manuais no te- rapeuta, Na pratica da fisioterapia, a massage em tecido mole evoluit para muitos tipos de técnicas de mobilizaca0 manual, que assumem a forma de grande variedade de manipulag0es, realizadas tanto nas ecidos moles como nas estruturas articulares. Como efeito, 0 uso habilidoso das ‘maos constitui-se ainda na pedra angular da fisioterapia como profissio, sendo provavel que esta caracteristica per- maneca valida no futuro previsivel. Em muitas culturas asidticas antigas, como a China, Japaoe India, a massagem é ainda utilizada como parte dos ‘métodos “tradicionais" de tratamento. A massagem como tratamento especifico desempenha um papel relativamente pequeno na medicina ‘ocidental” moderna; contudo, nos ‘kimos anos, surgiram, em muitos paises, profissionais cespecificamente massagistas (massagem-erapistas), Nesse ‘caso, a modalidade terapéutica é a prOpria massagem. AS ‘écnicas de massagem sto utilizadas na promogio de uma sensagio geral de relaxamento e bem-estar. Hoje em dia, ‘gragas ao ressurgimento do interesse na medicina holistica nos conceitos muito popularizados de bem-estar, 0 pbli- co, em geral, ainda deposita grande f€ na colocagio das. maos; contudo, estas formas de massagem devem ser dife rencindas das técnicas de massager médica utlizadas em ‘outras profissdes da sade, sobretudo na fisioterapia. Essas técnicas de massagem mais gerais, realizadas em pessoas que saobasicamente saudéveis, podem ser chamadas “mas- sagem recreacional’, O Collins English Dictionarydefine a palavra recreagao como “promocto da satide e repouso do Capitulo | + PERSPECTIVASHISTORICAS 5, espinto, mediante o relaxamento eo divertimento”, Outros dicionarios imporantes da lingua inglesa fornecem des- crigdes similares e é neste contexto que deve ser entendiclo Co termo “massagem récreacional” (© DorlandsMedlical Dictionary define a palavra “teraputi- 0" como “o que se refere a ciéncia earce da cura. Transparece nitidamente nesta definicdo a suposi¢io da existéncia de um problema de satide, que requer uma cura, Por essa razio, ‘ermo “massager teripéutica” é empregndo no sentido de denotar um tratamento por massagem quando existe um pro- blema de sade espectico objetivando Flite a cura Existem muitas variagdes da técnica utilizada na mas- sagem recreacional, Embora muitas dessas técnicas fagam 0 cliente se sentir bem, elas podem ter pouco valor terapéu- tico, Outras técnicas parecem similares a0s procedimentos mais terapéuticos. Certamente, todas estas técnicas pos- suem um valor psicolégico consideravel. Por essa razio, serd util, neste ponto, que estabelegamos uma diferen- ciaglo entre massagem recreacional e massagem terapéuti- a, Estes dois termos serio definidos logo a seguir, ‘Massage recreacional pode ser definida assim: Ouso de diversas técaicas manuais que objetivam aliviar 0 estresse e promover o relaxamento e o'bem-estar geral em uma pessoa que néio tem um problema desatide definive. “Massagers teraptutica pode ser definida assim: (Oso de diversas técnicas manuais que objetivam promover © alivio do estresse ocasionando relaxamento, mobilizar estruturas variadas, aliviar a dor e diminuir 0 edema, pre- venira deformidade epromouera independéncia funcional em uma pessoa que tem um problema de satide especifico. ‘Outra técnica que parece assemelhar-se A massagem € denominada “toque terapéutico”, Esta técnica um tanto controversa deve ser nitidamente diferenciada da massa- gem terapéutica, embora, essencialmente, o nome impli ‘que oenvolvimento do toque (contato) no conceito, na ver- dade, 0 toque terapéutico nao exige que o terapeuta toque © paciente, As maos do terapeuta simplesmente sio movi- ‘mentadas sobre a pane a ser tratada, sem que, na verdade, cocorra 0 contato, Neste caso, a técnica pretende “equilibrar s campos de energia” em torno das partes afecadas (Fel- tham, 1991; Krieger, 1979, 1981) Tendo em vista que os efeitos principais da massagem terapéutica sao mecinicos, uma técnica que nao possui um componente mecanico nao pode funcionar com base nos ‘mesmos principios. Outros prineipios deverio ser invoca- dos para que sua eficdcia seja explicada. Embora 0 toque terapéutico seja uma faceta popular da medicina da Nova Idade, esta modalidade ainda est4 muito longe de ser brindada com uma aceitagdo cientifica significativa Paradoxalmente, este conceito ndo€ novo. A medicin, tradicional chinesa possui muitas técnicas muito seme- Ihantes a0 chamado toque terapéutico. Neste texto, consideraremos apemiis 4 teoria pritica da massagem terapéutica. Com isto em vista, a principal influéncia subjacente as técnicas descritas provém origi- nalmente da tradigao da massagem terapéutica sueci 6 © PRINCIPIOS GERAIS Antes de descrever estas téenicas com detalhes, descreve- remos a hist6ria dos varios aspectos da massagem medici- nal. Esta sec20 é independente, podendo ser consultada fora do contexto do restante do livro, porque muitos dos conceitos aqui mencionados serdo expandidos nos demais capitulos. Esta revisio centraliza-se em diversos aspectos da pratica da massagem, no numa histéria cronologica. Os leitores interessados na hist6ria da massagem, a partir destas perspectivas, devem consultar os seguintes autores: Beard (1952); Bohm (1918); Bucholz (1917); Cole e Stovell (4991); Despard (1932); Graham (1884, 1913); Henry (1884); Johnson (1866); Kamentz (1960, 1985); Mason (1992); Quintner (1993, 1994); Stockton (1994). Qualquer estudioso que se proponha a fazer uma revisto da literatura mais antiga sobre a massager, certa- mente ficard impressionado pelo fato das textos no con- terem descrigées detalhadas dos movimentos da massagem. propriamente ditos. Mesmo em publicagdes mais recentes, hd pouca informagio sobre as técnicas de massagem de do as grandes variagdes empregadas atvalmente e 4 ap2- rente falta de base cientifica para os movimentos, poder-se- ja imaginar como se pode tirar qualquer conclusto acerca de seu valor — ou falta de valot — para o tratamento. A caréncia de informacdes detalhadas sobre as técnicas € a confuusio acerca do significado dos termas atualmente em uso serio consideradas no restante deste capitulo, Este capitulo nfo é absolutamente um relato completo da hist6ria da massagem, pois apenas as técnicas sao levadas em consideragio e os métodos s40 comparados, para que, seja determinada, se possivel, sua influéncia no desen- volvimento dos métodos e técnicas praticados hoje em dia. Este relato nao abrange todas as técnicas que podem ser ‘encontradas na literatura; apenas estudaremos as mais comuns. Algumas técnicas que outrora gozavam de popu laridade nao serio consideradas aqui, por atualmente no serem mais aplicadas de forma significativa. Um excelente exemplo disso € dado pelos muitos tipos de manipulagio nervosa. Outrora bastante populares, estas técnicas podiam envolver 0 alisamento, fricgao ou estiramento diretos dos principais nervos periféricos (Jabre, 1994; Lace, 1946). Seré interessente especular se, no futuro, estas técnicas sero redescobertas. DEFINIGOES DE MASSAGEM Nao se pode encontrar uma definicio abrangente de massagem na literatura médica mais antiga. O Toomas's ‘Medical Dictionary (1886) oferece esta descrigao: “Massa- ‘gem, do grego, significando amassar. Ato de pressionar” no original, "Shampooing”, por "shampoo, através do Hindi, Significando “pressto™. Em boa parte da historia da medi- cina, massagem ¢ exercicios s20 referidos simultaneamente € na literatura muito antiga pouco se faz para diferenciar ‘entre estes dois conceitos. Kleen (1847-1923), da Suéci que publicou pela primeira vez umm manual sobre mas- sagem em 1895, afiemava sero primeiroa demonstrar clara- ‘mente que massagem nio é uma terapia por meio de exer- Gicios (Kleen, 1906, 1921), William Murrell (1853-1912) de Edimburgo e Londces, eserevendo mais ou menos na mesma época, foi mais cespecifico ao definir massagem como "o modo cientifico de traramento de certas formas de doenga por meio de mani- pulagées sisternaticas". Murrell limitou a massagem 20 ‘campo da melhora da doenga, mas, evidentemente, estava iente da necessidade de um sistema para sva utilizagao. AO mesmo tempo, Douglas Graham, de Boston, em seus arti ‘gosde 1884a 1918, considerou massagemcomo “um termo atualmente aceito por médicos europeus € americanos ‘como significando um grupo de procedimentos que si0 habitualmente realizados com a5 mos, como friccéo, amassamento, manipulagdes, rolamento € percussdo dos tecicos externos do corpo, por diversos meios, tendo em. vista um objetivo curativo, paliativo ou higiénico". Graham foi muito além, em comparacio a Murrell (20 reconhecer que 0 termo carecia de uma defini¢ao) ¢ limitou 0 meio @ mao eas superficies envolvidas 20s tecidos externos, tendo identficado ainda os objetivos como curativos, paliativos ou higiénicos Kleen, um contemporineo de Gratam, limicou as reas envolvidas aos tecicos moles. A mao como meio de admi- nistragao da massagem, Kleen acrescentou 0s aparelhos auxiliares. Isto parece ser contradit6rio, visto que ele elimi noua idéia de que massagem é umexercicio, Neste tocante, Kleen diferia de seu compatriota predecessor, Ling. Albert Hoffa (1859-1907), da Alernanha, também limitou ‘0 meioda massagem a mio, mas adotou sua aplicagao mais ampla — a todos “os procedimentos mecinicos que pos- sam curar uma enfermidade” (Hoffa, 1897). Mais ou menos por esta €poca, outro alemio, J. B. Zabludowski (1851- 1906), também limitou a administragdo da massagem as rmios, mas especificou “compressdes manvais habilidoses, aplicadas de modo habil e sistemitico 20 corpo’. Embora tendo limitado 0 movimento apenas a compresses manu- ais habilidosas, Zabludowski, como Murrell, reconheceu 0 Uso de sistemas (Zabludowski, 1903). . Herman Bucholz, dos Estados Unidos (Boston) ¢ da ‘Alemanha, foi impreciso como seus predecessores. Este autor ndo mencionou a mio ou qualquer outro meio de administcago da massagem em suas recomendagdes para a manipulacio terapéutica dos tecidos moles. Mesmo James B. Mennell (1880-1957) — cujas grandes contribuig&es tomarama ciéncia da massagem o que é atualmente— no Forneceu uma definigao formal de massagem. Em 1932, John S. Coulter (1885-1949) disse: "De acordo com 0 significado atual e geralmente adotado da palavra, ‘massagem consiste emum grande nmero de manipulagdes, dos tecidos ¢ 6rgios do corpo, com finalidades terapéuti- cas’. Em 1952, Gertrude Beard (1887-1971) escreveu que ‘massagem “€ 0 termo vsado para designar certas manipu- lagbes dos tecidos moles do corpo; estas manipulagées so efetuadas com maior eficiéncia com as mos e s4o adminis- teados coma finalidade de produzir efeitos sobre os sistemas nervoso, muscular e respiratbrio e sobre a circulagao san- ‘giinea e linfatica local e geral” (Beard, 1952). TERMINOLOGIA DA MASSAGEM Um estudioso da literatura neste campo forgosamente ficard impressionado pelo ntimero de diferentes termos empregados na descrig’o das diversas tcnicas de mas- sagem. Apesar de algumas semelhangas, existe consideravel confussio © uma comparac2o revela que poucos autores deramos mesinos significados aesses termos. Parece-rios ttl uma pesquisa dlessas diferengas, para que sejamos capazes de interpretar corretamente qualquer leitura das técnicas cle mnassagem mais antigas ¢, 20 mesmo tempo, possamos tet uma idia clara dos significados, da forma com que hoje si adotados ¢ usados neste texto. Grande paite da informagio biisica nesta area provém da obra de Graham (1884, 1913) Os termos empregados pelos varios cefensores da mas- ‘sagem entre 0s gregos e romans antigos, desde as tempos de Homero no século IX a.C. até 0s séculos Ve Vd.c., constituiam uma terminologia relativamente consistente. “Fricgfo”, “atritamento” e “esfregamento" eram os tentnos mais requentemente utiizados por estes autores. Celsus de Roma (25 a.C — 50 d.C.) usou também 0 termo *ungio" (Celsus, 1665). Antatripsis e “fricgio* foram os termos usa- dos por Hipécrates. Mais tarde, Galeno adotou o termo anatripsisde Hipécraces, mas acrescentou “tripsis",“iripsis- ‘paraskea lasthke™e ‘apotberapeia”. Oribésio 325-403), um romano que viveu cem anos depois de Galeno, descreveu apotherapeia como banho, fricgio € inuncao. Outros ter- mos empregados neste periodo eram "esmurramento”, “compressio" e “beliscamento” Ha pouquissima literatura sobre praticas médicas na Idade Média, mas a terminologia do periodo anterior foi adotada pelos usuarios da massagem durante os séculos XY, XVI e XVII em muitas culturas européias. Entre os que defenderam enfaticamente 0 uso da massagem, esto 0 notavel cirurgiao francés Ambroise Paré € 0 famoso médi- co inglés Thomas Sydenham (1624-1689), que confinaram sua terminologia & palavra “fricg0". Alpinus (1553-1617), uum italiano, usava o termo “atrtamento", mas acrescentou “malaxagio", “manipulacio" e “pressio"; Frederick Hoff- ‘man (1660-1742), da Prissia, adotou o termo de Galeno, apotherapeia, Hieronymus Fabricius (1537-1619), umitalia- 1, parece ter sido o primeiro a empregar 0 termo “amas- samento* € também tsou “atritamento”, No inicio do século XIX, ocorreu uma mudanga explici- ta na terminologia, evidentemente gracas & influéncia de Ling, Ling, que temo crédito de ser 0 originador do sistema sueco de massagem medicinal, viajou muito por toda a Europa e incorporou em seu sistema os termos franceses efflecrage, pétrissage, massage a friction e tapotement. A ‘estes termos, Ling acrescentou “rolamento", “beliscamento”, “agitagio", “vibragio" e “mobilizagdo arti- cular* (um exemplo especifico de uma parte do esforgo atwal na classificacao dos movimentos da massagem). Mezger (1839-1909), na Holanda, usou exclusivamente 2 terminologia francesa e William Beveridge (1774-1839), lum escocés, parece ter sido 0 precursor do uso do termo “airitamento com 0s dedos". Lucas-Championniére, um francés, também empregou uma terminologia exclusiva sua massagem suave, por ele designada como “glicocinese” “effrayar’,influenciaastécnicas de massagem usadas a rnossos dias. Blundell (1864), um inglés, usou os termos “inungio’, fricgao", ‘pressio" e ‘percussio”. Em contraste, costermos usados pelos ihéus de Tonga neste mesmo perio- do foram “toogitoog'”, “mili"e ‘Jota’, os havaianos usavam, co termo lomt-lomi. copula | ALR IVAS HISTO! No inicio do século XX, médias nos Estados Unidos con tribuiram para @ literatura da massagem. Graham evitou os termos franceses, tendo relacionado os termos amassamento, manipulagio, rolamento, beliscamento, per- cuss, movimento, pressio, aperto"€ otermo italiano muito antigo, “malaxagao". Em seu livro de 1919, J. H. Kellogg (852-1943) descreveu diferentes movimenios, em contraste com alguns dos autores ingleses de um século antes (por ‘exemplo, John Grosvenor), que usavam apenas “fic¢ao" ‘Murrell ca Escécia e Inglaterra, Kleen da Suécia, Hoffa da Alemanha, Bucholz da Alemanha ¢ dos Estados Unidos, ¢ John K. Mitchell (1859-1917) dos Estados Unidos ado- taram a tenminologia francesa, enquanto Zabludowski da Alemanha e Mennell da Inglaterra abandonaram-na quase or completo. Kleen, Zabludowski, Mitchell, Bucholz e Mennell pro- ° porcionaram uma classificagio geral bastante simples da terminologia, com subdivisGes clos movimentos. A classifi cago geral de Mennell identficava o alisamento, com- pressto € percussio. McMillan (1925) usava effleurage, étrissage, fticc4o, tapotement e vibragio. Louisa Desparcl (4932), Frances Tappan (1978, 1988) € Lace (1946) usam uma mescla de termos franceses ¢ ingleses. Elizabeth Dicke € colaboradores (1978) usavam termos alemies ¢ ingleses tna descrig2o dos movimentos especificos na massagem em tecido conjuntivo. DESCRICAO DOS MOVIMENTOS DA MASSAGEM Existem pouicas descrigdes das técnicas individuais de ‘massagem na literatura mais antiga. A andlise que apresen- tamos se limita a uma descrigéo dos movimentos com base 1a informagio disponivel desde a época de Ling, os termos sto 05 empregados habitualmente hoje em dia. Para que seja compreendido © significado dos termos utilizados pelos diversos autores, ajudara analisar os varios aspectos das t€cnicas, como a direcao do movimento, a quantidade de pressio aplicada, qual parte da mao esté sendo utilizada no desempenho da técnica, 0 movimento que est sendo cfetivamente realizado € 08 tecidos especificos do corpo 205 quais o movimento esta sendo aplicado. Pétrissage Virias técnicas se incluem sob a denominagao geral de étrissage (do frances, significando pressdo, amassar). Essencialmente, estas t€cnicas envolvem a aplicacao de press2o aos tecidos em forma de amassamento, As técnicas podem ser efetuadas com toda a mio, com os dedos, ou ‘apenas com o polegar. Podem ser realizadas com uma das mos, ou com ambas, simultaneamente. Quando a técnica € efetuada com as dvas mios, uma reforga a outra Para a realizagio dos movimentos de pétrissage, Ling agarrava os tecidos entre 0 polegar e 05 outros dedos, en- quanto Mitchell (1904), Kellogg (1919), Bucholz (1917) ¢ Mennell (1945) aconselhavam 0 uso principalmente da palma da mao em contato com 0s tecidos. Hoffa e Mennell enfatizaram que a mio deve se adaptar 20 contorno clos tecidos. Foi Hoffa (1897) quem diferenciou os varios tipos de pétrissage, dependendo da parte da mio usada, ou se 8 © PRINCIPIOS GERAIS ‘una ov ambas as maos era empregadas na realizagao do movimento. ‘Segundo Ling ¢ Munell, o movimento é de rolamento, € a pele movimenta-se com 05 dedos; mas Hoffa, Mitchell, Kellogg, Despard (1932), Bucholz e Mennell erguiam 2 massa de tecidos e usavam um movimento de aperto. Além do rolamento, Murrell (1886) acrescentou que os tecidos so pressionados e comprimidos, como se apertaria uma lingtliga. Bucholz e Mennell recomendavam que a mao deslizasse sobre a pele, em vez de mobilizar a pele junta- mente com a mao. Despard e Mennell comprimiam alter- hadamente os tecidos entre o polegar de uma das maos € os dedos da outra, Mezger erguia 0s tecidos ¢ amassava-os entre as mos. Além do levantamento dos tecidos para a (pétrissage, Despard também descreveu um tipo de pétris- Fage em que os tecidos S40 agarrados e comprimides con- ta as estruturas subjacentes, a0 mesmo tempo que eram apertados (amassamento com compressio). Murrell ¢ Hoffa preconizavam uma pressio firme; Ling dizia que a press40 é varidvel e Mennell acreditava que a pressao devia ser ‘suave. Mitchell e Despard alternadamente aumentavam € diminuiam a pressao. Kellogg afirmava que a pressdo ndo deve ser tio intensa a ponto de impedi que as partes pro- fundas deslizem sobre partes ainda mais profundas. ‘Muitos autores mencionaram que a pétrissage € aplica- daa grupos musculares, misculos individuais ou a alguma parte de um mésculo. Ling mencionava especificamente Que sto agairados pele, tecidos subcutineos ¢ miisculos Mitchell nao foi especfico quanto a este aspecto; mencio~ nou apenas ‘tecidos". Murrell disse que “uma parte domds- ‘Calo ou Outos tecidos era manipulada. A dicegdo é descri- ta como sendo centripeta pela maioria dos autores. Hoffa € ‘Mennell aplicavam a compressdo transversalmente as fibras. musculares, embora o movimento geral fosse centripeto; © Bucholz afiemava que as manipulacdes podiam ser tanto centripetas como centrifugas. Amassamento “Apenas 0s autores, mais recentes descrevern © amassa~ mento como uma técnica isolada; outros autores usavarn O termo pétrissage para descrever 0 movimento, que era muito similar em muitos aspectos 20 amassamento como atuialmente © conhecemos. Diversos autores descreveram pétrissage como um movimento de amassamento, tendo feito pouca disting20 entre os dois. Outras descrigoes do amassamento eram muito similares as da pétrissage. Mennell afirmava que estes movimentos se assemelhtam muito, e que a Gnica diferenca etd no fato de a pétrissage ser um movimento de levanta- mento do tecido.com compressio lateral, enquanto que no amassamento a compressio € vertical. O conceito de Kellogg €0 oposto do de Mennell: Kellogg afirmava os tect- dos s40levantados no amassamento, mas noma pétrissage. Segundo Graham (1913), no amassamento 05 dedos € a mio deslizam sobre a pele, enquanto Kellogg alenava que indo se deve permitir que a superficie da m&o destize pela superficie da pele. McMillan (1925) usava pétrissage ou amassamento; Graham usava amassamento nos tecidos sob a pele; en- {quanto Kellogg subdividia oamassamento como-superficial para a pele € 0s tecidos subjucentes. ¢ profundo para os Prisculos. Graham e Kellogg diferiam também quanto 2 Giregto, Graham afirmava que os movimentos devern ser Congruentes com a circulacdo de retorno, e Kellog, por sua vez, preconizava que, para o amassamento superficial, & elagio com as veits no € importante. Mennell comegava & amassamento dos membros na parte proximal de uma Grea, progredindo para a parte mais distal, Este amassa~ mento é realizado com as duas maos nos lados opostos do Inembro, quando toda a superficie palmar esta em contato ‘com a parte. Entio, € aplicada uma pressdo suave, habi- {ualmente com as maos funcionando em diregdes opostas Mennell afirmava que a pressio é suave, ondas alternadas Ge compressdo e relaxamento sto aplicadas a uma série de ppontos, ea pressioé maior quandoa mao esté cuidando da parte mais baixa” da circunferéncia do circulo, e menor quando se encontra no polo oposto. Friese. |As descrigdes para a fricgdo revelam grande confusio centre os praticantes desta forma de massagem. Kleen (1921) € Mennell, 20 contedrio de outros autores, vsavam o plural Sfricgdes", embora ndo concordassem quanto a pressio exercida. Kleen preconizava que pressio devia ser bas- tante intensa, ¢ Mennell dizia que a pressio devia serleve, progredindo lentamente para maior intensidade, depen- Fendo das condicdes presentes, Hoffa afirmava que 2 pressto procura penetrar mais profundamente; Mitchell € Kellogg diziam que ela deve ser moderada, Grosvenor (1825) e Graham afirmavam que a friceao & aplicada com movimentos longos, enquanto a maioria dos Outros autores pretendiam que ela fosse aplicada com pequenos movimentos circulares. Graham dizia que a Fecgdo pode ser circular ou retiinea (esta ikima, paralela ‘0 horizontal em relacdo 20 eixo longitudinal do membro). De acordo com Kellogg, a directo é “de baixo para cima”, acompanhando as grandes veias, e © movimento é cen- tripeto, centrifugo, circular ou rotat6rio em espiral, Kellogg também afirmava que as mos deviam deslizar sobre a pele, fe que devia serusada todaa superficie das palmas. Esta con- cepeio também era partilhada por Grosvenor € Graham Hoffa, Bucholz, Despard ¢ Mennell preconizavam que © movimento fosse praticado coma “bola” do polegar ou dos ‘utros dedos, que permaneceriam em contato com a pele, mobilizando-a sobre os tecidos subjacentes. Influenciados or Ling, diversos autores usavam © termo francés "mas- Cage A friction”, cujo movimento indubitavelmente é sirni- Tar 20 da fricglo ou fricgdes modernamente aplicadas, ‘Os atuais proponentes das técnicas de fricgo s4o Cyriax (4959, 1977, 1978) e Dicke (1978). Cyriax fala sobre fricgbes transversais profundas dos mésculos, tenddes eligamentos; Ssmovimentos de tragao de Dicke ¢ colaboradores aplicarn ‘numa friegdo seca e vigorosa entre as pontas dos dedos € @ pele. ‘Com relagio aos tecidas 20s quis a friccfo deve ser apli- cada, Kleen, Mitchell e Mennell usavam esta técnica em jpequenas areas, enquanto Graham estendia cada movimen- Tode uma articulagio outra, Parece haver duasidéias muito Udistintas celacionadas a este movimento. Uma defende que ‘ Tricgdo ocorre entre a mio e a superficie da pele (porexem- plo, Dicke usa um padio bem difereaciada dhe pequenas inovimentos cle tragio em sireas especificas). A outra idéia (que parece, atusimente. sera maisaceitével) preconiza que a pate da mao que esti Sendo usads seja mantida em con {ato coma pele, € que os tecidos superticisis sejam mobi- lizacos sobte 0s tecidos mais profundos (subjacentes) Alisemente e Efflevrage Estes movimentos s0 to similares, que podem ser dis- ‘cutidos em conjunto. Como o amassamento € a pétrissage, ‘estes termos francés € portugués podem ser quase inter- cambiaveis. Mennell nao incluiu o termo “efflewrage” em sua classificagio dos movimentos de massagem. Concorda-se geralmente que a direcio do movimento é ceatripeta; contudo, Mennell e Kellogg tém pontos de vista divergentes. Estes autores usavam, ambos, o termo “alisa~ mento’, e Kellog afirmava que a dire¢io “acompanha a cor- rente do sangue arterial", embora nio tivesse meacionado a intensidade ca pressio. Mennell dividia oalisamentoem manipulagdes superficiais e profundas. O alisamento superficial pode ser centripeto ou centrifugo, mas a pressio, embora firme, deve constituir-se no toque mais leve possivel, permitindo a manutengao do contato. O. alisamento profundo avanga na direso do fluxo venosoe linfatico. Despard usava os dois termos alisamento e effleurage) a directo dos movimentes, para este autor, & centripeta, mas a pressdo, a0 caso doalisamento,é vigorosa,e na effleurage “deve variar conforme o estado do paciente”. Os demais, fatores nos movimentos eram muito similares, eaquela auto- ra descrevia o movimento da effleurage como um desliza- ‘mento, domesmo modo que Ling, Mezger, Kleen e Mitchell. Ling disse que a pressio da efflewrage varia desde 0 toque mais leve até “um toque de forga considerével’. ‘Murrell e Kleen disseram que a pressio é varidvel, enquan- to Hoffa e Bucholz usavam pressio leve no inicio do alisa- mento, aumentando 2 pressio sobre a parte carnosa do misculoe diminuiindo-a novamente 20 final. Mitchell varia- va a pressio segundo a regido sob tratamento ¢ usava pressio intensa no alisamento “para cima", mantendo a mo em contato para o retorno, porém com uma pressio ‘muito inferior. Bucholz também mantinha a maoem conta- to com a pele para um alisamento de retorno, tocando a pele de forma muito leve, Quase todos os autores concordam que 0 alisamento e a effleurage devem ser aplicados sobre reas exiensas. Mennell enfatizava que os misculos devem estar rela- xados, e Hoffa ¢ Bucholz disseram que o movimento deve acompanhar delineamento anatmico dos mésculos. Praticamente todos os autores defenderam ouso da palma da mio para a efflenragee o alisamento. Além da palma, alguns usavam a parte mais cranial da mao, sua borda, as ponias dos dedos, a “bola” do polegar, e mesmo os nés dos decios para pratica da effleuragee do alisamento. Hoffa, Bucholz, Despard e Mennell recomendam que a palma faga um bom contato € se acomode a0 contorno da area sob tratamento, pus | FERDPLUTIVAS HISFORILAS > COMPONENTES DA MASSAGEM Os futores que devem ser levados em consicleragto na apticagio das técnicas de massagem (erapéutica si0 a diregio do movimento, a intensidade cla pressio, a veloci- dade ¢ 0 ritmo dos movimentos, os meios utilizaclos (inclu sive outros instrumentos além da mio), a posicio do paciente ¢ clo terapeutu ea durugo e freqiéncia do tata- ‘mento. Cada um dlestes fatores seri consiclerado sob uma perspectiva histérica Direso A literatura mostra que até a &poca de Hipécrates, i dlregdo da massagem era centtifuga (Johnson, 1866). As contribuigdes de Hipécrates para a medicina si0 excep- cionais, ele demonstrou seu génio no uso da mussagem, ¢ também em muitos outros (ratamentos médicos. Hip6- crates preferia a diregdo centripeta para os movimentos da massagem. Ele ficou conhecido pela grande énfase na observacao clinica; assim, podemos assumir que a sua escolha de direcao teve por base observagdes clinicas dos efeitos do tratamento, (A circulagéo do sangue nao foi descrita senio perto de dois mil anos mais tarde.) Asclepiades (125-56 a.C.), um romano que viveu alguns séculos depois de Hipécrates, acreditava que 0 corpo esta- ‘va composto de canais regularmente distribuidos, em que 05 sucos nutritivos se movimentavam. Acreditava-se que as enfermidades decorriam de um distiirbio do movimen- to normal destes sucos. Asclepiades tentou restaurar 0 fluxo livre dos sucos nutritivos, mediante o atritamento, mas nao deixou nada escrito sobre a dires0 do movi- mento Johnson, 1866). Galeno, cinco séculos depois de Hipécrates, variava a dire¢ao dos movimentos da massagem, dependendo da sua finalidade e da sua rela¢io com 0 exercicio. No inicio do século XIX, Ling defendeu 0 alisamento suave numa iregdo centrifuga, e a presstio mais profunda com movi- mentos centripetos. Este conceito se mantém valido até os dias atuais. Na técnica de alisamento superficial de Lucas- Championniére, conforme a descrigio de Mennell, a diregao pode ser centrifuga ou centripeta, mas sem desvios, {Wo logo a directo tenha sido estabelecida (Mennell, 1945). Estes escritores mais proximos da nossa época expres- savam de forma muito clara quais 0s efeitos esperados com base nos movimentos de diregdo centripeta, em compara- 0205 de directo centrifuga, Murrell (1886) afirmou que a diregio devia ser “de baixo para cima” e na direclo das, fibras musculares. Hoffa e Bucholz encontram-se entre os primeiras a mencionar que a direc4o devia ser congruente coma circulagao venosa e linfatica. Mennell disse que todos (05 movimentos profundos da massagem devia ser reali- 2zados centripetamente, para ajudar no luxo venoso e lin- fitico, Muitos autores defenderam 0 inicio do movimento 1a parte proximal (e nfo distal) de um segmento, mas com a diregdo da pressio em cada movimento concordance com a direcdo do fluxo venoso (centripeta), ainda que a sucessio clas movimentos ocorresse na direcio oposta (centrifuga), 10 © PRINCIPIOS GERAIS Algumas técnicas de massagem, como a ficgio profunda a massagem do tecido conjuntivo (MTC), sto espectficas acerca da diregio do movimento na érea de sua aplicagao. Presséo A consideracao da pressio parece ter sido importante desde a descrigio mais antiga dos movimentos de mas- sagem, embora no houvesse consenso entre os primeiros praticantes da arte. Os autores gregos Herodikus (c. 500 2.C.)e Herédoto (484-425 a.C.) variavam a pressio durante ‘© movimento; leve a principio, em seguida crescente ¢ 20 final do movimento leve novamente (Johnson, 1866). Mais tarde, Hipécrates diferenciou 0s tipos de pressio, mencio- nando as pressées delicada, firme, suave ¢ moderada. Hipécrates enfatizava aimportancia de selecionara pressio correta para determinada técnica, para a obtengio do resul- tado desejado, como na declaragio frequentemente citada, *Africedo firme une, africgdo suave olia; muita friegao faz com queas partesse percam; fricedio moderada faz com que cresgam". “Ambroise Paré, o mais famoso cirurgiio do século XVI, reconheceu haver diferenga na intensidade de presséo apli- cada (Graham, 1884), tendo descrito trés tipos de fricgi0 — suave, média € vigorosa — ¢ os efeitos de cada uma delas. Do século XV at€ 0 inicio do século XVII, aparentemente, a énfase na pressio vigorosa aumentou. O mais extremado, neste sentido, foi o almirante Henry (1731-1823), da Mari- nha Briténica, que acreditava ser importante “uma grande violencia” (Johnson, 1866). Ele descreveu algumas das manipulagdes como dolorosas, “mas elas deixam de sé-lo, caso perseveremos, tornando-se mesmo agradaveis”. (O rolfing parece, para alguns, seruma aplicagao moderna das convicgdes de Henry.) A massagem terminou se constitu do numa parte bem aceita do tratamento médico na Ma- rinha Real Briténica, onde tem uma orgulhosa tradigéo Gtockton, 1994). Beveridge enfatizou a importincia do toque com pressio variavel, es diferenas nos efeitos gerados depen- diam da intensidade da pressio. Na parte inicial do século XIX, este autor escreveu:“O dedo de umbom massagistairé aprofundar-se até um nervo excitado e dolorido com a mesma suavidade do orvalho no capim; mas sobre uma calosidade entorpecida, to pesadamente como a pata de um elefante’. ‘Mezger variava a pressao de acordo éom o tipo de movi- mento. O movimento para a effleurageera suave, € 0 para a massage a friction era executado “com forga consi- derivel" (Berghman & Helleday, 1873). Esta forca deve ter sido consideravel, pois Colombo, um dos seus contem- ordneos, afirmou que, os pacientes de Mezger freqiiente- mente exibiam manchas azuladas em seus corpos. Zablu- dowski, que era conhecido como o rei dos massagistas alemdes, criticava a massagem suave defendida por Lucas- Championnire para 0 tratamento das fraturas. Zablu- dowski afirmou que quando a massagem deixava de ser dolorosa, deixava de ser massagem, passando a ser mera- mente tratamento por sugestio; entretanto, em um livro publicado mais tarde (1903), Zabludowski escreveu que a massagem nao &, na maioria dos casos, dolorosa e que, ‘quando ela necessariamente se torna dolorasa, a dor deve diminvir, Bucholz, nuin texto de 1917, no concordou com (05 priineiros conceitos de Zabludowski. Bucholz acredita- va que todos os efeitos necessiirios podiam ser obtidos sem. tal abuso de forca. Mais ou menos na mesma época, Kleen ¢ Hoffa mos- traram apreciar a finesse da técnica, juntamente com © co- nhecimento; estes autores regulavam a pressao segundo o volume dos tecidos, aumentando-a quando wabalhavam 0 ventre de um mésculo, e reduzindo-a nas extremidades do misculo. (Nisso, podemos perceber reconhecimento dos primeiros conceitos de Herodikus ¢ Herédoto) Kleen € Hoffa também observaram que a intensidade apropriada ‘apenas poderia ser jolgada com base na pratia, Durante o final do século XIX e o inicio do século XX, muitos autores deram a impressio de que, quanto maior a pressio, mais efetiva seria a massagem. Eles comecavam 0 tratamento, ou a série de tratamentos, com uma suave press2o ¢ iam aumentando a forga até o nivel de tolerancia do paciente a pressio. Kellog afirmou que a tolerincia do paciente fica estabelecida durante um tratamento prolon- gado, comegando suavemente e aumentando gradual- mente pressio, até que "toda a forga do operador poderia ser empregada sem causar lesto 20 paciente". Despard afirmava que 0 “vigor” a intensidade de pressio deviam variat de acordo com 0 estado do paciente, sendo sempre suave no inicio do curso terapéutico, aumentando gradual- mente a medida que © paciente ia melhorando. ‘Mennell foi excepcional em seu raciocinio para o1uso da rmassagem. Este autor afirmou que aintensidade da pressio depende somente do relaxamento muscular. Quando os midsculos esto relaxados durante todo 0 tratamento, ‘mesmo uma ligeira pressio deverd influenciar todas as ‘estruturas na parte sob tratamento, Mennell acreditava que ‘© movimento pode ser profundo, sem que seja vigoroso. Este autor argumentava que, se 05 mGsculos estao rela- xados, estas estruturas oferecerdo uma resisténcia seme- Ihante 4 de uma massa liquida, ¢ qualquer pressio aplicada a superficie sera transmitida livremente para todas as estru- turas situadas sob a mo. Disse ainda que a pratica, acom- panhada de uma habilidade gerada exclusivamente por um delicado sentido do tato, demonstrara quao extremamente pequena pode ser a pressio suficiente para a compressio ‘de qualquer estrutura em sua mais ampla extensio, capaz, aliés, de esvaziar veias e espacos linfaticos. Mennell tam- ‘bém afirmou que "ha uma ilusfo profundamente arraigada —e que demorari a desaparecer — de que a ‘estimulacio" ina massagem é impossivel sem o dispéndio de energia mus- cular e de vigor. Entretanto, esta € somente uma iluséo". AS técnicas de massagem do tecido conjuntivo usam uma pressio firme, mas buscam evitar a dor. Velocidade e Ritmo Alguns autores mencionaram brevemente a velocidade dos movimentos de massagem, mas poucos estudaram © ritmo, Outros autores combinaram estes dois fatores. Dentre 0s primeiros autores, Herodikus ¢ Herodoto levaram em consideragio tanto a pressio como a veloci- dade, Estes autores defendiam movimentos suaves e lentos no inicio, em seguida, ripidos e vigososos, e, no final, lcntos e suaves novamente (Kellogg, 1919). Hipdcrates, descrevend 0 tratamento de um ombro deslocado, ati mou qué “hi necessidade de friccionar 0 ombro de modo suave € uniforme*. Nenhum dos praticantes da massagem subseqientes a Hip6crates fez qualquer mengio a veloc dade ou a0 ritmo, até 0 século XVIII, Beveridge, evidente- mente, considerava a grande velocidade uma vantagem: ‘este autor acreditava que a flexibilidade dos dedos é impor- ‘ante, por permitir uma rpida movimentagio. Ling variava avelocidade de acordo com 0 tipo de movimentor a efflew- ragedevia ser administraca lentamente; 0 rolamento, a.gi- tagio, © 0 tapotement rapidamente. Mezger concordava que a effleurage devia ser praticada lentamente. Graham, Kellogg e Bucholz foram bastante especificos ‘acerca da velocidade (numero de movimentos por minuto), mas nfo acerca da distancia coberta por cada movimento; assim, 0 ntimero de movimentos nao tinha uma relagio especifica com 0 ritmo. Estes aurores especificaram quanki- dades diferentes de movimentos. Para a friceo, Graham determinou de 90 a 180 movimentos por minuto. Bucholz preconizava que a velocidade devia depender do efeito desejado. CE casos irtaveis, um movimento suave e lento pode produzir um efeito significativo, enquanto, no trata- mento de um membro atrofiado de uma pessoa saudével nos deinais aspectos, poderd ser aplicada uma velocidade considerdvel, digamos, até 50 ou 60 vezes por minuto, ou ainda mais, com um bom grau de pressio.”) Kellogg ajusta- ‘ya a velocidade ao tipo de movimento, tendo informado a distancia a ser coberta a cada movimento. O alisamento nio devia cobrir mais de 12 2 polegadas por segundo; africgao, de 30.280 movimentos por minuto; ea pétrissage “ndodevia ser répida demais*, de 30 a 90 movimentos por minuto (mais répida nas partes pequenas"). Kleen variava a velocidade de acordo coma area tratada: le acreditava que a effleurageno ombro e nas costas devia ser répida, Lucas-Championniére enfatizava que a mas- sagem devia ser lenta e uniforme, com repetigbes ritmicas Zabludowski afirmava que a area coberta determina, até certo ponto, a velocidade, Este autor comparava o ritmo a0 cde uma miisica, tendo sugerido o uso de um metrénomo na pratica, mas no como um guia regulador. Despard variava avelocidade eo ritmo de acordo.com oefeite desejado. Para um efeito calmante, ela recomendava que a effleurage fosse ‘administrada lenta e ritmicamente, e para um efeito estimu- lante os movimentos deviam ser “répidos e fortes". Esta auto- ravariava a velocidade € 0 vigor de acordo com o estado do paciente ¢ realizava todos os movimentos ritmicamente. Na descrigio dos movimentos de alisamento, alguns autores diferenciaram entre a velocidade do movimento ini- ial eado movimento de retorno, tornando o movimento de retorno mais répido, © que cria um ritmo irregular. Mitchell alertou para isso, tendo afirmado que um erro comum na ‘massagem € a realizac2o dos movimentos com demasiada rapidez. Mennell identificou os seguintes aspectos essenci- ais do alisamento superficial: (1) os movimentos devem ser lentos, suaves e ritmicos, e nao deve haver hesitacao nem imegularidade em sua pratica; (2) otempo transcorrido entre final domovimento eo inicio domovimento seguinte deve seridéntico ao tempo de alisamento gasto 20 longodo movi- mento. Mitchell acreditava que o ritmo deve ser uniforme, para que seja produzido um estimulo igualmente uniforme. Supiiulo | PERSPECTIVADHISIORILAS 11 Para o alisamento do ombro até a mio, este autor pre~ ‘conizava 15 niovimentos por minuto, Para 0 alisamento pro- undo, dizia nao haver necessidade cle grande velocidad, pois © fluxo do sangue venoso é lento, ¢ o da linfa, ainda ‘ais lento, Mitchell acreditava que o amassamento pratic:- do com demasiada rapidez 6 inimigo do éxito, e que pata as fricgdes 0 ritmo devia ser lento € uniforme. Os movimentos ‘na massagem do tecido conjuntivo sio sem pressa, mas nao com qualquer velocidace ou ritmo precisos. Pisios ‘As hist6rias contadas por Homero nos mostram que jé em 1000 a.C. foi empregado um meio oleoso para a massagem. De acordo com a Odisséia, belas mulheres friccionavam ¢ ungiam os her6is que volavam da guerra, para repousi-los e refresci-tos. Herédoto aconselhava que uma "mistora gor durosa" devia ser derramada sobre 0 corpo antes deste ser friccionado, e Platdo (427-347 a.C.) e Socrates (470-399 a.C.) referem-se aos beneficios derivados da uncio com éleos eda fricedo, como uma forma de *mitigar a dor (Graham, 1913). © azeite de oliva era 0 meio preferido; acreditava-se que 0 proprio azeite tinha algum valor terapéutico. A historia romana registra que a satide de Cicero melhorou muito com as ungdes que recebia Gelsus diferenciava fricgio de ungio. A fricgio de sub- stncias gordurosas, Celsus denominou “ungao”. Mais tarde, outros autores argumentaram que a ung no pode- tia ser levada a cabo sem friogio de algum tipo. Nos dias de Galeno, a massagem em seguida ao exercicio usava mais, azeite que a massagem administrada antes do exercicio. Este altor recomendavaa ricco comumatoalha, para pro- duzir nubor, seguindo-se entio a fricg3o com éleo, com a finalidade de “aquecimento” e de amaciamento do corpo, ‘em preparagao para o exercicio. Henry usava meios peculiares. Ele também projetou varios instrumentos e ferramentas que, segundo seu ponto de vista, “evitariam que nervos e tenddes adormecessem, ‘ou ficassem fixos". Se estas estruturas fossem mantidas em. movimento constante, “o sangue passaria rapidamente através dos vasos sangiiineos, nao deixando qualquer resi duo atrds de si, e assim € evitada a ossificagao, que com tanta frequéncia di término a existéncia humana". Os instrumentos eram confeccionados em madeira e oss0. Eram principalmente empregadas costelas de boi, por serem muito Gteis na confecci0 de instrumentos inclinados. Henry também empregou um martelo com um pedaco de rolha revestido de couro, bem como a exttemidade arre- dondada de uma ampola de vidro Johnson, 1866). Graham colocou em pritica um método até certo ponto similar, para a percussio. Ele sugeriu 0 uso do dorso de uma escova ou a sola de um chinelo, mas que ainda melhor seria 0 uso de bolas de borracha da india presas a cabos de ago ou de osso de baleia (Graham, 1913). Em circunstincias excepcionais, segundo Murrell, poderia ser usado um feixe de penas de cisne, levemente amarradas, para a pritica do tapotement. Para o alisamento reflexo, Kellogg usava aunha do dedo, a ponta de um lapis, um palito de dente ou a cabeca de um alfinete. Na ilha de ‘Tonga, no inicio do século XIX, foi relatado que “trés ou quatro criangas pequenas caminhavam ao longo de todo © 12 2 PRINCIPIOS GERAIS corpo do paciente” (Graham, 1913). Mais ou menos nessa Epoca, 0s nussos e finlandeses usavam feixes de galhos de bétula paraa pratica da Nlagelagao antes de banhos de vapor quente, ¢ os havaianos praticavam a massagem enquanto (98 pacientes se encontravam submergidos na agua. ‘Os usuarios mais recentes da massagem tém opinides diferentes acerca do uso de meios para a massagem. Alguns fazem objecdo 2 qualquer tipo de meio, ¢ os que usam alguin meio escolhem um éleo lubrificante ou um po (talco) eos que nfo usam meio (massagem a seco) asseguram que esta modalidade € mais limpa, d4 uma percep¢a0 mais cor- reta das mos ¢ proporciona movimentos mais uniformes. Dizem que é mais estimulante e torna desnecessitia a exposi¢io do corpo do paciente. Parece incrivel, mas com freqincia massagens tém sido administradas com 0 paciente vesticlo. Galeno recorda que um ginasta, 20 ser perguintado por Quintas sobre o valor da ungao (friega0 com 6leo), respondeu: “Isso faz com que vocé tenha que despir sua tinica". Alguns tipos de massagem certamente necessitam do uso de uma técnica 2 seco para que o trata- mento se efcaz (por exemplo,fcgo profunda ¢ tras: sagem do tecido conjuntivo) Diversos compostos, tanto liquidos quanto sélidos, ja foram sugeridos pelos que usam 0 6leo como lubrificante, Os mais comumente mencionados so 0 azeite (6leo de oliva),a glicerina, 0 6leo de coco, o6leo deaméndoasdoces € 6leo de mocot6, Alguns ususrios preferem lubrificantes ‘6lid0s, por ser mais dificil manipular 0s 6leos Giquidios). Os lubrificantes s6lidos sugeridos sio; lanolina, vaselina, banha de porco, creme evanescente e manteiga de cacau. Zabludowski era bastante especifico quanto & sua pre- feréncia pela vaselina branca da Virginia, por "nao ter cheiro ¢ por ser bastante neutra”. Este autor afirmava que 0 principal fundamento para o uso de qualquer lubrificante era n preferéncia pessoal. Os que recomendam 0 uso de 6leos lubrificantes afirmam que estas substincias tormam a pele macia, suave e escomegadia, evitam a dor causada por pélos puxados e evitam a acne. Alguns dos que se opéem a0 uso destes lubrificantes afirmam que estes produtos pro- movem 0 crescimento dos pélos. ‘Outros que optam por outros meios recomendam algum 6, pois acreditam que este tipo de substincia ¢ mais agradavel para a massagem geral, torma possivel o amassa- mento profundo € melhora o sentido do tato. Varios usuarios recomendam algum tipo de p6 particularmente para evitar que a umidade proveniente das mos do mas- sagista cause abrasio na pele do paciente. Grosvenor recomendava 0 uso de “p6 fino para os cabelos", e autores mais recentes sugerem 0 talco ou 0 p6 de acido borico. Outros autores sugerem a espuma como meio para a mas- sagem, especialmente para ajudar na remogdo de pele morta de um membro que estava engessado. ‘Mennell dizia que a selecio de um meio depende da referencia pessoal e acreditava que o melhor & 0 mais sim- ples, ou seja,o giz francés, que pode ficar melhorainda pela adigao de 6leo. Mennell, como outros usuarios, recomen- dava a escotha de um meio oleaso, especialmente quando a pele esté ressecada e descamativa, Alguns sugerem que este meio seja usado em criangas e pessoas idosas. Para estes dltimos, a razao, embora nao tenha sido externada, € evitar a abrasio da pele sensivel. Jf 08 autores mais antigos actedicavam que 0 préprio meio tinha poderes curativos, Posig&o do Terapeuta e do Paciente Os autores mais antigos deram pouquissimas indicagdes sobre a posicio do paciente, ou do massagista, durante a pritica da massagem. Nada Foi publicado a exte respeito até miais ou menos 0 século XVI, Contudo, um baixo-relevo representando o retorno de soldados de uma guerra, segun- doa descrigao de Homero em sua Odisséia, mostra uma ccena de massagem aplicada em Ulisses. O guerreiroesta sen- tado, e a massagista esta agachada numa posi¢ao extrema- mente desconfortével, diante dele, massageando sua perna. Alpinus dizia que 0 paciente deve ficar “estendido hori zontalmente". Muitos dos escritores subseqentes descre- vveram a posic2o do paciente com detalhes, tendo enfatiza- do que o paciente deve ficar relaxado — isto depois que 0 paciente havia sido colocado numa posigdo em que o rela- xamento aparentemente seria totalmente impossivel. Pou- quissimos destes autores ofereciam qualquer explicagio racional para as posigdes propostase, aparentemente, esses autores ndo consideravam absolutamente qualquer efeito que @ gravidade pudesse ter sobre 0 fluxo venoso ou lin- fitico. Ling enfatizava que os mésculos devem estar rela- -xados para a execucio de muitos movimentos; ainda assim, este autor descreveu as préticas do rolamento e da agitagao dobraco enquantoo paciente sentado mantinha o brago na posigo horizontal, com amo pousada numa mesa ou no encosto de uma cadeira (Kellgren, 1890). ‘A posicao de Grosvenor para a massagem da extremi dade inferior foi descrita por Cleoburey: "A massagista [Grosvenor sempre empregava mulheres) est4 sentada em ‘um banco baixo, ¢ com 0 membro do paciente repousando sobre seu colo (posigdo que lhe dava comando sobre o ‘membro), 0 que lhe possibiltaficcionarcomasmaosesten- didas*, A'posicdo do paciente nio foi descrita. Deveros assumir que 0 paciente devia estar sentado em uma posi¢o semelhante 2 mostrada no baixo-relevo grego de Ulisses. Graham informou que 0 paciente devia ficar em uma posig2o conforsivel, com as articulagdes na posicio inter- ‘mediaria entre a flexio ea extensio, tendo alertado que se © “manipulador" ficasse perto demais do paciente, seus movimentos ficariam prejudicados, e se ficasse longe demais, 0s movimentos tornar-se-iam indefinidos, superti- ciais € Carentes de energia (Graham, 1913). Kleen descreveu um banco sobre o qual o paciente devia deitar, e que podia ser abordado por todos 0s seus lados. © massagista ficava de pé ou sentava ao seu lado. Kleen deu muitos detalhes sobre as posigées do paciente, para 0 tratamiento das diversas areas. Para a massagem do pescoco e da garganta, este autor fazia com que o paciente sentasse no banco (Kleen, 1921). Hoffa recomendava um apoio para toda a extensio da parte do corpo em tratamento, de modo que os miisculos ficassem relaxados, apesar disto, ele fazia com queo paciente se sentasse num banco, para a massagem na cabeca, no escogo, nos ombros e na parte superior dos bragos. Para a massagem do cotovelo, antebrago, mao e dedos, uma ilus- traglo mostra 0 paciente sentado com estas partes repou- sando sobre uma mesa. Para 0 tratamento da perna € do pé, PRINCIPIOS GERAIS. to, 0 paciente gradualmente consegue tm relaxamtento geral Emibora a técnica do contraste seja usada com frequéncia na promogio do relaxamento geral, 0 principio também pode ser aplicado para facilcar 0 relaxamento local. O raciocinio Fisiol6gico para a técnica € que 0 mtisculo relaxe Facilmente fem seguida a una forte contracio. Método da Indugéo do Relaxamento Como seu nome implica, um estado relaxado & éncluzi- do divetamente no paciente, habitualmente por meio de uma conversa com ele. Ha necessidade de uma atencio cuidadosa a0 conforto ¢ apoio do paciente, e com freqiién- cia terd muita utilidade uma mtisica adequada de funclo. 0 paciente cerra seus olhos e tenta imaginar cenas descritas pelo terapeuta, ou sugeridas pela misica (talvez 0 som cle uma corrente que flui ou da chuva que cai). A formacio de ‘gens mentais, uma parte importante deste conceito, serve para distraira atengio do paciente em relagio 20 seu corpo fisico. Assim, a contrago muscular softe grande redugio, e o relaxamento é promovido. Seqiiéneie Tipica de Contrasées + Tensione os mésculos do pé e da panturritha esquerdos (com os dedos apontando para baixo ¢ (os mésculos da panturtilha se contraindo); em seguida, relaxe imediatamente os mesmos mosculos + Tensione os quadriceps esquerdos; em seguida, relaxe imediatamente os mesmos miisculos + Tensione os mésculos do pé ¢ da panturrilha tos (com os dedos apontando para baixo e os ‘msculos da panturrilha se contraindo); em seguida, relaxe imediatamente os mesmos misculos + Tensione os quadriceps direitos; em seguida relaxe imediatamente os mesmos méisculos += Contraia os miisculos das ndclegas, em seguida, relaxe os mesmos miisculos + Contraia os extensores dorsais, pressionando a cabeca ¢.0s ombros contra a mesa acolchoada; em seguida, relaxe imediatamente os mesmos misculos + Contraia os masculos abdominais, ensionandoa parede abdominal anterior; em seguida, relaxe imediatamente os mesmos miisculos + Contraia os misculos peitorais, com © rolamento interno das partes superiores'do braco na diregio; em seguida, relaxe imediatamente os mesmos masculos + Feche 2 mio esquerda e tensione os mmisculos do corovelo; em seguida, relaxe imediatamente os mesmos méisculos + Feche a mao direita e tensione os miisculos do cotovelo; em seguida, relaxe imediatamente os mesmos mésculos * Contraia os musculos faciais (os olhos fechados bem apentados, ¢ os dentes igualmente cerrados); em seguida, relaxe imediatamente os mesmos masculos a Direséio Os movimentas da massage podem ser realizactos em muitas diregdes diferentes. A escolha dependerd, em grande parte, da finalidade de cada movimento. Asdiregdess20: cen. tripeta (na dlrecao do coragio, na diregio do fluxo venoso. linfatico); cenurfuga Cafastando-se do coracio, na diregi0 do Auxo arterial); e em outras diregdes anatémicas especificas. Na maioria dos casos, a diresio de um movimento de imssagem est relacionado a alguma estrutura anatOmica, Por exemplo, a effleurage é administrada numa diresio centtipeta, visto ter sido planejada para a promocio do luxo venos0 e linfitico, Por autro lado, friogdes profundas, ‘so realizadas em Angulos retos com as fibras-alvo (méscu- lo, tendo ou ligamento), para que estas estruturas sejam mobilizadas. A diregao especifica para cada movimento esti descrita no Capitulo 3, Presséo Como diregio dos movimentos de massagem, a pressio exercidaa cada movimento individual varia, dependendods finalidade especifica do movimento e do problema fisico do paciente. Algumas vezes, a pressio é constante, mas em ou {ros movimentos, varidvel. A escolha da pressio depende amplamente da fincio do movimento. Eiflewrageé um bom exemplo. Nesta técnica, a pressio exercida aumenta gra- dualmente 20 longo de cada movimento individual até 0 méximo no final do movimento. O movimento sempre ter- ‘mina num gtupo de linfonodos superficiais, O terapeuta poderia imaginar um “empurramento" do sangue venoso e a linfa nos vasos superficiais. Seria necessaria uma pressio gradualmente crescente, ¢ ha necessidade de uma pausa bem definida no final do movimento, para permitir que se fecher as vilvulas existentes nosvasos. Em contraste, utros, movimentos sio extremamente leves, envolvendo apenas 0 peso da mio 20 se movimentar sobrea pele. E dificil avaliar com preciso a quantidade de pressio que é realmente aplicada, mas 0 efeito obtido depende, ert grande parte, da regulagem da pressoe da estimulagdo por ela produzida. A pressio profunda pode promover uma forte estimulagio e um aumento da tensio € dor, enquanto ‘que uma pressio mais branda pode promover uma estimu laglo igualmente branda, induzir 0 relaxamento e diminuir a dor. A reagio estimulago externa varia entre individu. ‘0s, € também com a natureza das lesdes sob tratamento. Desctigdes especificas da pressio necessiria para cada, ‘movimento si0 fornecidas no Capitulo 3. Velocidade e Ritmo A velocidade com que cada movimento de massagem é realizado depende da funcio especifica do movimento. Nt maioria dos casos, os movimentos de massagem so red lizados de forma relativamente lenta, embora alguns, com 2 cutilada e a palmada, seam efetuadas com bastante rapi- dez. Mennell afirmava que os movimentos da massager (exceto a percussio) deviam ser lentos, suaves e ritmicos. Este autor preconizava cerca de 15 movimentos por minu 10 para 0 alisamento, desde a mio até o ombro. Beard € Wood determinaram que, quando a mio ou midos s€ movem sobre os tecidos nuima velocidade cle aproximads! Capitule 2 euente 7 polegads por segundo, poclem ser obtides us efeitos desejados, tanto mecanicos como reflexos. Est cle. que € equivalente A velociclacle que Mennell preconizava. deve ser aplicada no s6 20s movimentos cle alisamenro, mas também aos movimentos cle deslizamento ce ciwulares do amassamento, Em termos gertis, os movimentos que sio efetustdos entamente tendem 4 ser mais selaxantes, enquianco os novimentos ripidos sto mais estimulantes. Em todos os sos, € muito importante realizar © movimento com o ritmo correto, comumente o que seja 0 mais constante pos- sivel. A continuidade do tratamento € importante; isso conseguido assegurando-se a aplicagio de um ritmo apro- priadoa técnica cle massagem especificamente utilizada. Capitulo 3 indica 0 ritmo e a velocidade apropriades com que cada movimento deve ser efetuado. Durasdo Freqiiéncia do Trotamento © tratamento por massagem pode ser realizado para muitas finalidades diferentes. A massagem pode ser um tratamento geral para todo © corpo, por meio de qualquer niimero de combinagdes dos movimentos; por outro lado, podem ser escolhidas técnicas que consigam um efeito. especial em uma estrutura especifica, Poderiamos, por exemplo, empregar tEcnicas de massagem no tratamiento de uma cicatriz aderente na mio. Portanto, a finalidadeda snassagem determina qual a duragio do tratamento & ser adminisrido, e 6 ntimero de sessdes ‘A massagem terap8utica € efetuada como parte de um. plano terapéutico Coal, Assim, técnicas especificas podem Ser integradas com outros métodos terapeuticos, como a te- rapia por exercicio ou modalidades eletrofisicas. Quando. realizada nestascircunstinclas, cada técnica de massagem & pritcada durance alguns minutos, S40efetuadas numerosas Tepetigdes de cada movimento, dependendo do resultado 2 seralcangado, Por exemplo, se 0 objetivo do tratamento era amobilizagdo de uma tumefaco cr6nica em torno da regiao do tornozelo, movimentos de massagem apropriados pode- riam sereferuados até que fosse observada uma reducao sig- nificativa na tumefagao. Isso poderia levar de 10 a 15 minu- 10s (ou ainda mais). Em concrase, uma massagem corporal completa leva muito mais tempo; deve se prolongar por volta de 45 minutos ou mais. Estas técnicas sao raramente ‘empregidas na moderna reabilitago, mas so populares na massagem recreacional. (Os traaamentos por massagem podem ser adminisrrados dliariamente, se necessério, ou mesmo algumas vezes por di Contuclo, est esquemia pode serimpraticavel, na verdade, hi ‘muitos regimes terapéuticos diferentes em usocomum. A mas- sagem, como muitos outros procedimentos de reabilcasao, milo deve ser eferuada de modo prescritivo. Ao contririo dos medicamentos que dependem de niveis de dosagem especifi- os para que passam ser eficazes, otratamento pormassagem pode ser ministrado de muitos modes diferentes. Nao € pos- sivel, ou mesmo desejavel, especificar um niimero particular detratamentos, porque nos casos de eabilitaco a massagem sempre deve ser minisirada como parte de um programa te- rapéutico global, Em geral, a massagem nio deve ser usada isoladamente, Os objetives pariculares de wm plano terapéu- ticodeterminam o tipo eo niimero de ratamentos necessins para que sea obtido um resultado bern-sucedido, eo massi- CONDIGGES BaSILAD FARA A MASSAGEM TERAPEUNCA ay gists tem conhecimento disso no inicio do tratamento. E importante lemibrar que cida puciente & diferente & responce de fora clistnts 20 trtamento. Obviamente, a curagio do tatamento varia dle acordo, com o tamanho da rea a ser tratada ¢ com a patologia especifica. Embort 0 problema existente possa estar loc lizadlo em uma pequena area, indubitavelmente havers di tibios fisiol6gicos em freas adjacentes. Portanto, 0 tat mento pode nao se limitara dea enfernus out lesionack. Porte ¢ idade do paciente também afetany a duragio do tratamento, Qualquer que seja a velocicde da massayem, lev menos tempo para tratar uma pessoa relativamente ‘menor, porque a quantidacle ce tecido manipulsca é menor que a de uma pessoa cle grancle porte. Mennell acreditava que, para pessoas muito jovens ou muito idosas, a duragio da massagem devia ser recluzid, porque o arco reflexo € mais sensivel, e 0 efeito imeegeal & conseguido com maior rapide?; isto € sobretudo vilido se © tinico objetivo da massagem consiste em assegurar um feito reflexo. Comesta finalidade, 0 ntimero de movimen- tos deve ser diminuido, € nio se aumentard a velocidade (esta Glkima prética, algunas vezes efetuada sem pensar, frustra as finaliclacles da massager). ‘Ao discutir a “dosagem” da massagem, diversas uutori- dades médicas reconhecem variabilidade da aplicagio e a dificuldade de especificar doses. Parece impossivel evitar queo tratamento fique abaixo ou acima da necessidade real, ‘caso seja fixada a duragto de cada sesso, Mennell enfatiza~ vaa importincia da observagto inteligente do paciente pelo terapeuta durante 0 tratamiento, ¢ também o perigo do tata- mento insuficiente ou excessivo. Mas Mennell acreditava ‘que, a menos que em algum momento haja evidéncia de uma “dose excessiva”, é bastante possivel que o paciente tenha recebido tum tratamento insuficiente. Isso enfatiza a necessidade de uma observacio constante ¢ inteligente do paciente ¢ de sua resposta 20 tratamento. Alteracées nos Sincis e Sintomas Com a mudanga no estado do tecido tratado, pode haver necessidade de alterar a duragio do tratamento. Tendo em mente que a massagem & um meio paca atingic urna fina lidade, a duragao do tratamento poderd ser reduzida gra- dualmente, 4 medida que sua aplicagio for obtendo os resul- tados desejados. Se a massagem naoatingit estes resultados, sua duracdo pode ter sido limitada demais ou, por outro lado, prolongada demais, © terapeuta deve observr 0 paciente atentamente, para que possa avaliara necessidide cde uma mudanga e para adaptara duragio do tratamento de acordo com suas observagbes. Assim, a duragio de qualquer tratamento por massagem deve variar segundo a lesio sob ‘atamento e as dimensdes da drea tatuda, velocichicle dos, movimentos, idade do paciente € qualquer alte sinais e sintomas. Para que seja obtido © maximo proveito de qualquer teatamento por massagem, ¢ para evitar um. “ watamento inadequado ou uma “close” excessiva, & essen- cial que os terapeutas sejam detentores de un s6lido con- hecimento cientifico da massagem € dle seus efeitos fisi- ologicos, ¢ que estes profissionais apliquem a massagem de modo consciencioso e inteligente, observando cuickadosa~ mente seus efeitos. A breve revisto da historia da massagem, no Capitulo 3, demonstia nitidamente que havia, e ainda ha, muitos moclos diferentes de defini¢io das diversas técnicas de mas- sagem. Este capitulo fornece informagoes especificas acer- ca de cada um dos movimentos tradicionais da massagem que compéem o sistema conhecido, como massagem me- dlcinal sueca. As definigdes e descrigbes representam uma visio atual das diversas técnicas. Certamente, algumas destas deserigdes «los movimnentos demonstram variagdes ‘emrelagio’as descrigdes mais antigas. Isso ndosurpreend diante da consideravel discordancia com relagio a termi- iologia. De fato, esperamos que a classificagio ¢-as des- crigdes cetalhadis neste capitulo sejam logicas, acuradas € dignas de ser adotadas. Na maioria dos casos, sio forne- cidos exemplos de cada um dos movimentos em varias partes lo corpo, e muitos destes também sia ilustrados nos Capitulos 5 € 6, que abordam as técnicas de massagem gems ¢ locais. Os efeitos especificos de cada movimento, e suas con- tra-indicagbes comuns, também sio descritos neste capitu 'o, objetivando reunir todas as informagées sobre cnda movimento. As contra-indicagdes @ massagem sao discuti- «las mais detathaciamente no Capitulo 4, Tendo em vista que as sequiéncias de massagem sao formadas por diferentes movimentos combinadlos, verificamos que a informac3o ‘cerca de cada movimento teria maior utlidade se fosse xpresentada em um s6 capitulo, CLASSIFICACAO Os movintentos individuais da massagem podem ser classificaclos por diversos modos, Neste capitulo, os movi- imentas esto ageupados com base no modo de realizagao decada um deles (por exemplo, um movimento de pressio ou percussi0). Os movimentos iadividuais estto classifica: dos segundo a descrigio na Tabela 3-1. Classificac4o € Descricao dos Movimentos de Massagem DESCRIGAO Monipulacées de Alisomento Definigdo Um movimento de alisamento € realizado com toda i superficie palmarde uma ou ambas as mos, movimentan- do-se em qualquer diregao na superficie do corpo. Finolidade Oalisanento é Gil para dar inicio a uma sequiéncia de ‘massagem. O alisamento permite que o paciente se acos- tume a sensago transmitida pelas maos do terapeuta e, do mesmo tnodo, dé ao terapeuta uma oportunidade de "ser- tir" os tetidos do paciente, Quando realizado lentamente, @ ‘alisamento ajuda o paciente a relaxar. Exe movimento tum- ‘bém mosira-se stil na unido das seqiiéncias de outros movi ‘ments. Tabela 3.1. Clossificagéo dos Movimentos de Mossagem MANIPULACAO [MOVIMENTO) VARIACOES Alisamento Superficial Profundo Fffleurage Pétrissage (pressi0) Amassamento Beliscamento Torcedura Rolamento da pele Tapotement (percussio) Cutie Palmacta Bationento Socamento Vibrasio Agitagao Fricgdes profundas Teansversal Circular PRINCIPIOS GERAIS 32° Técnica Basica e Direcdo do Movimento ‘O alisamento pode ser efetuado em qualquer directo; contudo, a diregso deve ser a que seja conveniente para o ‘operador, e confortével para o paciente. Comumente, 0 aliss- mento avanga em uma diregao a cada vez. Tipicamente, os movimentos avangam ao longo de uma linha paralela 20 eixo longitudinal do corpo (ao comprido) ¢/ou transversal ao eixo longitudinal. Este movimento também pode ser efetuado fazendo um Angulo como eixo longitudinal (diagonalmente). ‘hs Figuras 3-1 € 3-3 ilustram a diregao do alisamento. Figura 3-1. Alisamento dos costas. (4-0) Oalisamento & efetuado em um padrao diagonal, de ‘modo 3 abranger a regio dorsal do paciente. As mos si0 H] empregadas alternadamente, ¢ a direcio do movimento pode ser ‘lterada, de forma a cobrira cea em uma diregio diferente (por “| exemplo, tansversalmente 3 regio inferior das costas (D,£), (© movimento deve ter continuidade enquanto a mao estiver em contito com a pele. O alisamento deve ser itm co;casoconteario, o estimulo seré desigual, O iniciode cada alisamento deve ser definido, mas suave. A manipulagto pode ser efetuada com uma ou.ambas as mos. Quando ambas foram utilizadas, elas podem ser usadas alternads~ mente ou simultaneamente, Alternadamente, uma das ios afasta-se do paciente, enquanto a outra faz. contato. Para o alisamento de pequenas Areas como a face, podem ser usadas as pontas dos dedos, em vez dle toda a mao. + CLASSIFICA. AO £ DESCRICAO DUS MOVIMENTOS Di MASSAGEM, Figure 3-2. Alisomente dos membros superior ¢ inferior. (A-C) Oalisamento€ efetuado em linha com o eixo longitudinal do membro, cle modo a abranger toda a regio, Neste caso, ambas as mos estfo sendo usadas alternadamente, ea diregio do movimento pode ser alterackt ‘para cobras diversas superticies do membro (por exemplo, movimento horizontal transversalmente a0 membro ou iagonalmente) (D,£) O alisamento superficial éefetwado em lina com o eixo longitudinal do membro. Neste exemplo, as ‘mos sio sternadas €as diregbes do movimento podent ser muds, pura que as diversas supericies do membro sean, cobenas (por exemplo, movimento horizontal Lwansversalmente 20 mémbro ou diagonalnente). © alissavente avanga até 0oetho (A), ¢ pode ser estendido a€ atingiro (G), em exso de necessilade aA e PRINCIPIOS GERAIS Figura 3-3. Alisamento da regio cervical poster (DO alisamento € eferuado em um padrio vertical, para que a parte posterior do pescopo € a regito do ombro do paciente sejam Cobertas pelo movimento. As mios estio sendo alternadas, ea diego do movimento pode ser mudada, para abranger a rea em ‘uma diregdo diferente (por exemplo, movimento horizontal ransversalmente & regitio, ou (B] diagonalmente). Velocidade do Movimento (O alisamento pode ser lento ou rapido. Efetuado lenta- mente, tende a ser relaxante. Realizado rapidamente, exer- ce um efeito mais estimulante nos tecidos. Profundidode e Presséo ‘A profundidade e pressto empregadas nas técnicas de alisamento dependem em grande parte do tipo de movi- mento que esti sendo usado. Em geral, 0 alisamento “superficial” tende a usar umia pressio menor, enquanto 0 alisamento profundo langa mao de uma pressio muito maior ¢, portanto, afeta estruturas mais profundas, Variogbes Alisamento Superficial Comumente, o alisamento superficial é lento ¢ suave, mas suficientemente firme para que o paciente tome cons- ciéncia da passagem da miio durante todo 0 movimento. Quando administrado desta forma, o alisamento € extrem- mente relaxante. Alisamento Profundo © alisamento profundo € administrado com uma pres- so muito maior, sendo habitualmente efetuado com bas- tante lentidio, Administrado desta maneira, 0 alisamento profundo tencle a estimular a circula¢Zo a0 tecido muscular mais profundo. Por esta razo, este movimento é geral- mente aplicado na direcio do fluxo venoso e linfético. De diversas maneiras, 0 alisamento profundo € muito seme- Thante a effleurage. [As Figuras 3-1 a 3-3 ilustram o alisamento em virias partes do corpo. Efeitos do Alisomento Os efeitos terap@uticos so gerados principalmente mediante um impacto mecanico direto nos tecidos, e refle- xamente por meio do sistema nervoso sensitivo. = Pode ser obtido um relaxamento significativo, pro- duzindo um efeito sedativo, que pode aliviar a dor e © espasmo muscular (mecanismo do controle de porta, para a dor). = Quando realizado de forma rapida e suave, o alisa- mento exerce um efeito estimulante nas terminagdes nervosas sensitivas, resultando num efeito generali- zado de revigoramento. = Oalisamento profundo pode causar a ditatagdo das arteriolas nos tecidas mais profundos ¢ também nas estruturas superficais. Usos Terapéuticos do Alisamenio + Como meio para ajudar o paciente a acostumar-se com 0 contato das maos do terapéutico. Ajuda no relaxamento geral ov local = Como meio de proporcionar informagbes a0 tera- peut, sobre 05 tecidos do paciente. + Como ajuda no alivio do espasmo muscular e, portan- to, indiretamente no alivio da dor associada + Como ajuda no alivio da flatuléncia ou outros distér- bios do movimento intestinal, pelos efeitos mecdnicos no contetido intestinal. ‘+ Na promogio do relaxamento ¢ inducdo do sono, em pessoas que sofrem de ins6nia. Contra-indicogées a0 Alisomento * Grandes freas abertas (por exemplo, queimaduras out ferimentos) + Edema muito extenso, caso paresa haver perigo de ccausar Solugio de continuidade na pele. += Varicosidades significativas, caso possa resultar alg ma lesto as paredes venosas. (Pode haver possi dade de uin alisamento muito leve) \LopivioS + Areas de hiperestesit ( 4, eto) ManipulasSes de Efflourage Delinigéio Eflewrage (alo frances effleurer: deslizar, passae por cima) 6 umn movimento cle alisamento lento, realizado com pressio crescente e na diresao do fluxo venoso e linfitico (i.e, cliegio centeipeta). Sempre que possivel, o movimen- (o termina com uma pausa definida, em um grupode nodos linfaticos superfcizis. Finolidede Effleurage € um movimento que objetive mobilizar o contetdo das veias ¢ clos vasos linféticos superficiais, A effleurageé panicularmente stil como meio de Facilitae a cir. culagio, ¢ como um movimento que pode ser utilizado entre ‘manipulagdes que tendem a mobilizar os liquidos teciduais, ‘Ap6s una sériecle movimentos deamassamento profundo a tum mésculo, por exemplo, a effleurage aplicada a area ate lard na movimentagio dos liquidos que foram mobilizados pelo amassamento. A effleurage & também um movimento muito dil para 0 acabamento de uma seqiéncia de mas. sagem. Técnica Bésica e Direcdo do Movimento 4 effleurageé sempre administrada na diregio do fluxo venos0 ¢ linfatico (ie, na directo do coragao, numa dlitego centripeta), A manipulagio & efetuada coma super- ficie palmar de uma ou ambas as maos, trabalhando alter- ‘adamente ou de forma simulténea. Pequenas freas como 1 face ou o pé podem ser tratadas com os dedos, ou com o polegar, de uma ou ambas as maos, ‘Mio ou mos devem estar relaxadas € amoldadas com precisto 8 forma da parte que esti sendo tratada, © movi- mento deve ser suave ¢ ritmico, direcionando-se para um grupo de linfonodos, seguindo 0 trajeto de veias e linfiticos superficiais e sempre trabalhiando de dreas distais para Areas roximais. Ao final de cada movimento, pode-se deixar que As mis retornema sua posicA0 inicial por meio de umalisa- ‘mento suave, ou podem ser erguidas da superficie do corpo, retornando “pelo ac* até a posicio inicial, para o proximo ‘movimento, Cada métoclo tem suas vantagens e desvanta. ‘gens; assim, na prética, qualquer deles é adequado, Velocidade de Mavimento A efflcurage é realizada com bastante lentiddo (cerca de 6 ou 7 polegadas por segundo). Isto ocorre porque a Pressio exercida sobre os tecidos € muito maior que ape- ’nas 0 peso das miios do terapeuta.O ritmo é extremamente importante neste movimento: como sempre, eve ser equi- libracto e relativamente constante. Profundidode e Pressdo Para que possa afetar 0 contetido das veins e linfiticos superficias, a effeurage deve ser realizada sob pressio sig. nificativa. A pressio deve aumentar gradualmente, tle mocio que o sangue venoso € @ linfa sejam “empurraclos* CLAaIFICACAO E DESCRICAO DOs MOVIMENTOS DE MASSAG MS stteuvds das veins © canais linfatices, Deve dlefinidla ao final le cada movimento, sobre ou nas proximnt- ladles dos noclos linfiticos. Isso possibitica o fechamento das vilvulas nos vasos, © que minimizaré o Muxo retrogra- lo, Estas mudangas de pressdo durante o movimento tor. fam importante « manutencio de uma pressio firme, porém confortivel, sobre os tecidos. A efleuragea diversas areas do corpo esta ilustvada nas Figuras 3-4 a 3-6, rer uma passe Efcitos do Effleurage © Por pressio inecanica, 0 fluxo dle sangue nas veias superficiais € impelido na diregao do coragio. Quan- do a pressio é relaxada, as vilvulas existentes nas veias impedem o Muxo retrogrado. 7 0 fluxo linfitico € acelerado cle modo similar, ¢ isto resulta em uma eliminagio mais ripida dos produtos lo catabolismo, o que promove a cura * Gragas a0 aumento do fluxo nas veias € linfaticos, a congestio nos capilares éaliviada, eosangue flui mais rapidamente pelo leito capilar, isso estimula a circu. lagdo e facilita a cura * Aumenta a mobilidade dos tecidos moles superficiais, © que por sua vez aumenta a amplitude dos movi. mentos nas articulagdes e segmentos dos membros. *Se_a effleurage € efetuada profundamente, pode Provocara dilatagio das arterfolas superficiais através do reflexo axonal, estimulando assim a circulagao. Usos Terapéulicos da Efleurage + Como técnica para acostumar 0 paciente ¢ o terapeu- taa “sentir” o tratamento. * Como elo de unito para as diversas manipulagdes da ‘massagem e para dar continuidade & massager. + Para acompanhar os movimentos mais profundos (porexemplo, amassamento, ricco) e para melhorar a absorca0 dos produtos do catabolism. + Para distérbios da circulagao (por exemplo, edema crénico, alguns distGrbios cardiaces, distirbios do neurdnio motor inferior). * Nos estigios subagudose crdnicos das lesoes dos teci- dos moles, para a promogio da absoreio do exsucia- to inflamat6rio, * No alivio da clor e na promogao do relaxamento. Controindicogées do Efleurage © Grandes Areas abertas (por exemplo, queimaduras, lilceras, feridas abertas) + Edema extenso, caso parega haver perigo de soluga0 de continuidade da pele. * Varicosidades significativas, caso possa ocorrer lesio as paredes vasculares (urna e/fleurage muito suave pode ser possivel). + Areas de hiperestesia ({e, as muito sensiveis a0 con- tato). « Areas extremamente pilosas (caso a pritica cause dor). ® Tumefagao crénica no membro inferior, associads & insuficiencia caediaca congestiva ou qualquer dlis- 36 © PRINCIPIOS GERAIS Figura 3-4, Legenda na pagina oposta. ule CLASSIFICACAQ F LESCRICAU DOS MOVIMENTOS DE MASSaGem 37 Figura 3-4. sffleurage aplicade &s costus, A affleurage’ eferuada nas cosas com una movimentagio a patie do saero, na drego da cabeca. Sio usadas ambas as mos, ¢ 0s Movimentas siv imagens especulares uns dos outros. O primeito ‘movimento tem inicio com as pontas das dedios no sacro Ca) e avanga na diregio da cabega em linha reta (2), Nas fibras ‘superiares clo mésculo trapézio, as mAos voltam-se para fora € passam sobre o ventre muscular, erminando nas fossas supraclaviculares; permite-se que as pontas clas dedas simplesmente se dobrem sobre a superficie (C). O segundo: ‘amente lateral 20 primeiro, no sacro (D), nas avanga mais lateralmente pelas costas (E) de ‘modo similar, novamente ‘erminando na regido supractavicular(F), Finalmente, 0 terceiro movimento tem inicio com as pontas clos {declos numa posigdo semelhante a do movimento precedente (G). Contud, desta vez as pontas dos dedos estio apontadas para Fors € as nos avangam até os lados da parece toriciea (H), terminando coma bora winar de cada mao na respectiva regido axilar do paciente (1, Uirbio cardiaco em que haja associag’o com um ‘edema de membro inferior, Manipulasées de Péirissage (Presséo) Pétrissage (do francés pétrir; amassat), ou manipu- lngoes de pressio, abrange diversos movimentos de mas- sagem distintos, que se caracterizam por uma firme pressio aplicada aos tecidos. Na mnaiovia dos casos, estes movimen- {0s objetivam a mobilizagio do tecido muscular profundo ou da pele e tecidos subcutineos. Nessa seg, serio dis- cutidos quatro tipos distintos de movimentos: amassamien- ‘o, beliscamemto, torcedura ¢ rolamento da pele. Amassamenio Definicdo ‘Amassamento é uma manipulaglo em que os mésculos € tecidos subcutineos sio alternadamente comprimidos iberados. O movimento ocorre emum sentido circular. Du- rante a fase de pressao cle cada movimento, a mio (ou mos) pele se movem conjuntamente sobre as estruturas ‘mais profunclas, Durante fase de liberacdo (relaxamento), 4 mio (ou mios) desliza suavemente até uma Area adja- Cente, ¢ 0 movimento é repetido, Finolidade Os movimentos de amassamento exercem uma inten- Sa ago meciinica e objetivam afetar os tecidos profundos Em particular, o amassamento visa a mobilizagio das fibras musculares € de outros tecidlos profundes, pro. movendo clestarte 0 funcionamemo normal dos masculos, Que nao apenas consiste em contrait-se para a produgio de movimentos, mas também alongar-se e permitir os hiovimentos na diregio oposta. Para que isso seja possi- vel, as fibras musculares ¢ demais estruturas devem estar mnoveis. © amassamento também tem utilidade na mobilizugho a tumefagao crénica, sobretudo nos locais em que esta tumefagio sofreu um processo de organizagao e esti impedindo a movimentaglo normal das articulagdes ¢ do ‘membro. Técnico Bésica e Diregdo do Movimento Amassamento € um movimento em que a mao (ou ‘maos) ¢ pele se movem conjumtamente sobre as éstraturas ‘mais profundas, ¢ durante toda a sua realizagao € aplicada certa pressio aos tecidos. O amassamento piode ser efetua- do com varias pares de uma ou ambas as maos, inclusive toda a superficie palmar ¢ as almofadas/pontas dos dedos ‘oudo polegar. Em qualquer caso, a direcio basica do movi- mento € circular, Pressao & aplicada durante metade do movimento circulas ¢ liberada durante a outra metade, para que ocorra o relaxamento dla pressio. A técnica pode ser efetuada de modo estitico (amassamento estético), mas & ‘mais habitual que as maos se movimentem pela superficie do corpo. O movimento das mios é efetuado durante a fase de relaxamento de cada movimento circular; a8 mios comumente se movimentam em caminhos paralelos. A Figura 3-7 ilustra este conceito. Ele € comum a todos os {ipos de amassamento, Velocidade do Movimento ‘© amassamento é realizado com bastante lentidio, de- vido a pressio exercida sobre os teciclos. Se 0 amassamen- to for efetuado com demasiada rapidez, é provavel que se torne ineficaz e/ou desconfortivel part o paciente. A velocidade do movimento é semethante, tanto para o amas: ‘samento estitico como para a verso “mével” mais rotinel- ‘2. Ao usar toda a mao (ou mos), cada movimento circular cleverd gastar cerca de 3 a 4 segundos par se completa. Obviamente, este movimento seré muito menos demorado se forem usadasas almofadas/pontas dos dedos ou do pole- at paraa realizagao da massagem, porque estas partes sio ‘muito menores. PRINCIPIOS GERAIS 38 Profundidade e Pressio ‘Como 0 nome implica, amassamento exige a aplicagio, de uma pressdo significativa nos tecidos, para que possa ser considerado efetivo; contudo, a pressio deve ser adap- tada aos tecidos sob tratamento, e a técnica pode ser efe- tuada com bastante leveza, especialmente nas estruturas mais delicadas, como. dorso das mAos ou a face. E impor- tante que a pressio seja aplicada somente durante metade de cada ciclo. Nestes momentos, a mao ou mios ndoestio se movendo sobre a pele; em vez disto, ela(s) ea pele se movem sobre as estruturas mais profundas. Nao é facil quantificar a pressio certa necessiria durante o amassa- ‘mento, mas 0 terapeuta experiente serd capaz de aplicara ‘quantidade correta de pressto para que seja produzido 0 tratamento efetivo dos tecidos profundos, sem causar danos 20 paciente. Effleurage no membro superior. Neste exemplo, a efleurage€ realizada com 0 paciente em tuma posi¢do sentada, com o antebraco apoiado sobre um. travesseir0. O movimento ¢efetuad em linha com o eixo longitudinel do membro, de modo a cobie est rgi20. 0 terapeuta fica de frente para © paciente; segura, com a mo, a mio do paciente, usando a outra para efetuar 0 movimento, (© movimento comeca na mao ou pulso (A), eavanga pelo aspecto lateral do aniebraco e braco (B),terminando por um. encurvamento sobre a fbras pesteriores do misculo deliide (©), coma palma da mio acabando na fossa supraclavicular. Entio, oterapeutatroca de mao e efetua o movimento no lado ‘medial do memo, iniciando no pulso e avancando pelo ial do antebrago (D), indo terminar nos nodos Si0 ulilizadas diversas variagdes do movimento basico de amassamento; estas variag6es serio explicadas nas segbes seguintes. Amassamento por Compressao Este movimento basico de amassamento € também chamado *amassamtento palmar’, “amassamento circu lar", ‘amassamento de mio espalmada” ¢ “amassa- mento coma mao inteira”, Como seu nome sugere, cle envolve toda a superficie palmar de uma ou ambas as mos. Nesta manipulacao, os tecidos s40 comprimidos para cima € para dentro, em um movimento circuls¢ contra os tecidos subjacentes, e em seguida si0 libe- rados. Uma grande area do corpo pode ser cobert Capitulo 3 CAASSIFICACAO E DESCRICAG DOS MOVIMENTOS DE MASSAGEM 39 Figura 3-6. ffflevrage na parte pesierior do pescogo ena regice de ornbre, ‘O cerapeuta fica de pé por detris do pacierte sentado. ‘© movimento tem inicio com as pontas das dledos ‘unidas na linha médla, aproximadamente na metade do limite infevior das escdpulas (4). O movimento & ado em uma direeao ascendente (A) avangando na diresto da base do pescozo, e terminanco cle unmet forma que permita que as maos passem sobre 0 topo de cada mésculo trapézio (C), e parem cont as palmas nos linfonodos suprachviculares. Figura 3-7. Técnica basica e diresiio do movimento durante as manipulasées de emassamento. © movimento basic ¢ circular A presst0 €aplicada durante smetade do cireulo,e 0 relaxamento ‘© 0 movimento ocorrem durante a foutra metade (4). Habittalmenne, © progresso das mos ao longo cs superticie do corpo ocorre smediante sua movimentagio eas uum série de caminhos parilelos por exemplo nas costs (8) G mesmo conceito se aplic co (©), exceto que, neste ca20, 15 svios agora operam em ambos os tacos do memo, mn ger comegando prosiinatneate PRINCIPIOS GERAIS. 40 © Figura 3-8. Amassemento por compressao des misculos das costas. Habitualmente, o movimento tem inicio nas fibras superiores do misculo trapé2to, progredinco 20 longo das costas (A) na diregio do sacro. Em caso de necessidade, os dedas podem volarse igeiramente para fora, A wnedla que as mos atnjam a regio lombar (B. Esta nvanobra ajuda 8 evitar uma extensio demasiads dos pulsos na regio sacral. Para evitaro beliscamento dos tecidos, & melhor efetuara t€enica com as duas mios operando “em defasamento” ({e, uma das mos comprime em um movimento para cima ‘para dentro, enquanto a outra relaxa, em ur movimento para baixo ¢ para fora), pelos trajetos superpostos de cada movimento citcu- jos sdo planos, como os da regido das Amassamento por Compressao costas, as mos podem ser utilizadas no mesmo plano de movimento (lado a lado). Contudo, nos membros as mios podem operar em oposi¢ao entce si. Comumente esta manobra produz maior movimentagao de todas as massas musculares envolvidas. A Figura 3-8 ilustra a técnica basica, € a Figura 3-9 demonstra as posiges das mios para o amassamento (neste caso, amassa- mento por compressio) dos misculos da coxa, quan- do as maos operam em oposi¢ao entre si Amassamento por compressio € semelhante & técnica biisica de amassaménto: contudo, neste ¢as0 05 tecidos sI0 pressionados para cima e levantados de formna a afasté-los dos tecidos subjacentes. Em seguida, os tecidos so com- primidos suavemente, e depois permice-se que relaxer. A compressio é gerada por uma ago “lumbrical” dos dedos; 68 tecidos s40 comprimidos entre a palma da mao e 05 dedos. O amassamento por compressao € habitualmente realizado em massas musculares relativamente volumosas, Figura 3-9. Amassamento dos misculos da coxa. ‘iio ilustradas duas eécnicas diferentes. Em (A), a8 mos do terapeuta operam em oposigio entre si. A compressio aplicada 40s, tecidos entre as mos; nas, também neste caso, as mos wabalham “cefasadas' entre si, Esta técnica funciona muito bern quando ¢ posstvel aplicar as masa cada lado de uma massa muscula. E ais Fil comegar na parte proximal do membro (quadri), operando ‘na direi0 da parte distal (joelho). (B) O amassamento € tealizado pelo levantamento da massa muscular, com afastamento do 0350, “pasando” a massa muscular de uma das mos para a outra, nun movimento ciccular. Também & possivel introduzir um elemento d técnica de torcedura (ver Fig. 3-16) 20 mesmo tempo, © que produzirs um movimento de amassamento profundo no masculo, Figure 3-10. Amossamento do regide de cotovelo tom os clmefodas des dedes. Neste exemplo, as mios do terapeuta operam em oposiio entre si Os cledos poxtem operat em fase, ou fora de fase entce Si. dependendlo da preferéncia do terapeuta, A téenia funciona muito bem em rorno de superfcies coin formas ieegulares, como face, o cxovel0, 0 joelho, ¢ 0 tornozeo. como as dx cox, contudo, esta modalidade pode ser efe- tuada em pequenos miisculos, mediante a compressio dos tecidos entte 0 polegar e as almofadas dos demais dedos. A Figuca 3-9 iustra o amassamento por compressio dos mis- culos da coxa, Este & também um bom exemplo das milos. do terapeuta operanclo em oposigio e defasagem entre si Amassamento com as Aimofadas dos Dedos (© movimento biisico de amassamento circular é efetua- docomas.almofadas de uma ou mais pontas de dedos, usan- do apenas uma das mos, ou ambas. Seas maos esto posi- cionadas em oposicao entre si, por exemplo, em torno da regiio do cotovelo, entio habitualmente os dedos operam ‘em fase entre si. Contudo, é bastante possivel que os dedos Figura 3-11, Amassamento com es almefadas dos dedes em torne da patela. Neste exemplo, as mios do terapeuta estdo novamente ‘operando opostamente entre si © 0s declos podem operarem tase ou defasadamente, CLASSIC ACS HE DEDURICAG OS MOVIARNIOS DE MASSAGER 41 ‘operem fora de fie, € esta € siunples questio de preterén. cia. A técnica é muito dtl no tatamento de fires pequens, de tarnanho médio € de areas com forma irregulae (por exemplo, em volta do tomozelo). Quanclo sio empregadas #5 duas mos, elas podem aperar lado a lado em algumas situagdes, ou opostamente, como nas Figuras 3-10 © 3-11, Que ilustram 0 amassamento com as almofadas dos dedos, ‘espectivamente em tomo das regides do cotovelo ¢ joelho. Ammassamento com a Almofada do Polegar Os movimentos biisicos de amassamento circular sio Ao trax, nos casos de insu/iciéncia cardiaca conges- tioa, especialmente se associada a uina trombose coronariana; devido a evidente possibilidade de embolia CLA STHICALAG « DESLAICAG 0Us MU YIMENHOS De A Ao térax, em casers de ennbulle pu estes movimentos podem pulmonaves, » Tim casos de hipertensdo severe,» agitagio ¢ vibrayie Vigorosas podem aumentar a pressto sangiiinea ike niveis perigosamente elevadlos, especialmente se 6 paciente estiver “inclinado” durante o tratamento. * Ein casos de biperestesia, a vibracdo e st agita podem ser demasiadamente desconfortéveis/dolo- rosas * A espassticidade provavelmente aumentars, se vibragio ou agitagzo € aplicada a um grupo muscukir espastico. Umanaar argues, pots ar bloqueio tos esos Frici ‘Ses Profundas (Friegdes de Cyriax) ‘A massagem por fric¢Zo profunda é uma técnica bas- tante diferente dos movimentos de massagem descritos anteriormente. Na verdade, coastitui-se, em si, num sis tema de massagens, visto ter sido projetado sobretudo para ‘afetar os tecidos conjuntivos dos tendées, ligamentos, € misculos. © mais famoso expoente moderno da mas- sagem por fricgo profunda foi james Cyriax, e seus text que tratam deste tépico se tornaram os padrées estabeleci dios para as técnicas (Cyriax, 1966; Cyriax & Coldhatn, 1984). Definigdo As fricgdes proftundas consistem de movimentos breves, precisamente localizados e profundamente penetrantes realizados numa diregio circularou transversal. Estes movi ‘mentos profundos sao habitualmente realizados pelas pon- tas dos dedos, embora a almofada do polegar ou a palma também possam ser utilizados. Classificagéo Movimentos transversaissto uma séti¢ cle movimentos breves e profundos realizados transversalmente as fibras do tecidovalvo. realizada uma série de wés ou quatro movi. mentos circulares no mesmo ponto, que v2o se tornando gradualmente cada Vez mais profundos nos tecidos. Finolidade As friegdes profundas objetivam mobilizar os tendoes, ligamentos, cépsulas aniculares e tecidos museulares par- ticularmente se esto presentes inflamagio ou aceréncias crOnicas. Técnica Basica e Direcéo do Movimento Para que seja obtico um firme contato com a pele, necessitio para a aplicagdo de movimentos de ricco, & importante que nao seja utilizado nenhurn bubrificante. Os movimentos de fric¢ao sobre 0 tecido cicatricial seco © descamativo devem ser aplicacios sem ubrificante, apenas quando o tratamento se completar € que devemos aplicar uma pequena quantidade de lubrificante 4 direa, com movimentos de alisamento. Os dois tipos cle movimenwos de fricgio sio bastante diferentes € serio descritos sepu- radamente. 52% PRINCIPIOS GERAIS Figure 3-24, Fricedes transversais ae ligamento leteral do tornozelo. Em primeiro lugar, o ligamento lateral & colocado em uma osigio de maximo estiamento, mediante a inversio da pare anterior do pé e do calcineo. Nesta posi¢lo, 0 ponto exato de sensibilidade ¢ inicialmente detecmiaado, ¢ 0 movimento de friesio € ministrado em dngulo reto com 2s fibras do ligamento, ‘A pressio aumenta gradualmente durante cada passagem auavés do ligamento, até que tenha sido eferuada uma pressio Significativa. isso proporciona ao movimento seus efeitos profundos, Neste caso, o movimento de fricglo esta sendo aplicado pelo dedo indicador,reforeado pelo dedo médio, FricgSes Transversais Fricgdes transversais sio efetuadas em Angulo reto com oeixo longitudinal das fibras nas estruturas envolvidas (ie, transversalmente as fibras). Citamos em seguida os impor- tantes pontos da técnica que devem ser enfatizados: A massagem deve ser aplicada exatamente no ponto correto. A localizacio acurada da lesfo é essencial para que a técnica obtenha éxito, £ essencial um conhecimento completo da anatomia, e uma excelente habilidade na palpacdo por parte do terapeuta. Aestrutura a ser tratada deve estar completamente estirada. A estrutura a ser tratada 6 habitualmente um tendo, li- sgamento, cipsula articular ou misculo. Seu posicionamen- (oem maximo estiramento exige conhecimento anarSmico preciso e uma compreensio aplicada da biomecinica dos {ecidos envolvidos Os dedos devem movimentar-se com a pele e tecidos subeutaneos, sobre os tecidos mais profundos. As pontas dos dedos e 2 superficie cutinea devem movimentar-se em conjunto sobre os tecidos mais pro- Fundos; caso contrario, estes movimentos seraoineficazes, tornando-se facil provocar a formagio de bolhas na pele. No calor, 2 pele deve ser lavada € secada, ¢ se necessirio alguma solugio alcoélica evaporativa pode ser passada Sobre a parte a ser trata para que a superficie cutanea fi. que seca. Qatritoé efetuado comummovimento transversalas Sfibras. Beessencial que 0 movimento seja efetuado em Angulo reto com a diregdo das fibras. Verificou-se que este é 9 método mais efetivo para a mobilizagao dos miisculos es- Figura 3-25. Friesées transverscis ne ligamento medial do joelho. O ligamentoa ser tratado & primeiramente colocade auma posigio de estiramento mximo. No caso do igamento medial (olateral ubial) do joetho, isso pode ser conseguido com 0 joetho em extensio completa (4), ou em Nexdo completa (2). ‘Nesta posigio, primeiramente € determinado 0 ponto exato de sensibilidade, € os movimentos de fricgio sio minisrados twansversalmente as fibras do ligament. A pressto aumenta _graclualmente durante cada passagem transversal a0 ligarmento, {até que tenha sido obtida uma pressio significativa. Este ‘movimento € veiculada com o dedo indicador reforgado pelo dedo medio, Capivlod CLASSI Figura 3-26. FricsSes transversais & origem extensora comum dos misculos de antebraco. ‘rimeiramente, a origem extensora comum & colocacla em inixim estiramento, mediante aflexio do pulso e dos dedlos, com ocotovelo em extensio e pronagio. Nesta psig primeiramente € determinado 0 ponto exato de sensibilidade, © Os movimentos de riegio sto miniswados numa curva que scompanha 0 contorno do brago, ¢ em Angulo reto com as fibras do tendo. A pressio vai sendo gradualmente aumentada runte exda passagem transversal ao ligamento, até que esteja sendo exercida uma pressio significativa Isso faz com que © movimento exerg2 seus efeitos profundos. Nesse caso, 0 ‘movimento de frieglo esta sendo aplicado pelo dedo indicador ‘eforrado pelo dedo médio. triaclos, Além disso, 6 desefivel um ligeiro arco de movi- mento através das fibras, visto que grande parte das estru- turas tatadas, quando visualizada em secgao transversal, ni & plana, mas encurvada. A medida que os dedos se movimencam transversalmente a estrutura, 2 pressio é hhabitualmente aplicada apenas numa diregdo, seja para a fiente ou para tris, Isso gera tuna série de movimentos de tragio ou de empurramento. Os movimentos devem possuir suficiente profundi- dade e amplitude de modo a atingir a lesao. Isso pode exigir um reforgo, com 0 uso de dois dedos (ou polegares), ao ser tratado um miisculo de grandes dimensdes como 0 quadriceps. Os movimentos devem set iniciados suavemente, € a pressio cleve ser gradualmente aumentada até que tenha sido atingida una profundidade suficiente. Se o movimento da massagem fica demasiada- mente localizado, 2 mobilizacao serd ineficaz, e frequente- mente dolorosa. Para que 0 movimento seja efetivo, ele deve abranger uma Area suficiente. Pricgdes tansversais, adequadamente ministradas, podem cansar muito as articulagbes terminais dos declosdo, terapeuta, Para ajuda a evitar problemas, € para que seja mantido um tratamento efetivo, una tala digital sob medi- ctu pode ajuidar muito (Steward, Woodman & Hurlburt, 1996). Diversas aplicagdes de friccdes transversais esto ilustadas nas Figuias 3-24 x 3-26. JE OESCRR, AU DOS MOVIMENTOS DEMADDAGEIn 5 Friggbes Girculares Esta modillidude pode ser efetuacht com as pontis da segundo, terceiro © quarto dedos ou com o polegar. Os cledlos podem ser reforgaclos pelos dedos correspondenies du outa mio, cso hinja necessiclade de maior profund dade. AS pontas clos cledos indicaelor, méclio & anular for «nam, respectivamente, um arranjo "em pequeno tripe”. As ppontas clos cledos indicaclor e anukar se tocun, € 0 cede médio poust emi cima dos dois, Uma técnica alternativa € aquela em que 0 terapeuta usa ponta co dledo indicador reforgado pelo dedo mécko. Os declos clevem ser pressionados obliquamente nos tecidos, antes que tenha inicio o movimento; em seguida, tio mobilizados em circulos bem pequenos, se aprofun- dando ligeiramente a cada circulo sucessivo, Desta forina. 05 teciclos superticiais si0 mobilizados sobre os tecidos inais profundos. Ao ser atingicla a profundidade necessiia (comuinente apés trés ou quatro circulos), a pressio é li- berada graclualmente, e 05 dedos sio levantados € pousiim numa area adjacente, para que a manipulagio possa ser Figura 3-27. Friceées circulares ne regio interespinhosa. Com o paciente conforavelmente posicionsdo (deitado em ‘pronaedo), em primeiro lugar € determinada a localizagio exata a frea-problema. As pontas dos dedos indicador, medio € anular sio uilizadas, formando um pequeno tripe. Pressio€ aplicada através das pontas dos dedos em um pequeno ‘movimento circular, que gradualmente se aprofunds mais, ‘Comumente, tré5 ou quatro efrcules em cada irea sensivel bastam, antes que se fita uma pausa. Entio, a técniea pode ser repetida por diversas vezes. Espera-se que a sensucio do faciente seia desconfortivel ou doloross, ms nio insuportave), fucante # aplicago da técnica, 54% PRINCIPIOS GERAIS. repetida. A Figura 3-27 ilustra fricgdes circulares numa regitlo interespinhal Velocidede do Movimento Tanto as friegGes transversais como as circulacessio efe- tuadas lentamente, com umn ritmo uniforme. Profundidode e Pressdio ‘Vanto as fricgdes transversais como as circulares sio movimentos muito profundes, Uma pressio significativa € aplicada a uma area muito pequena de tecido, sendoimpor- tante que os dledos niio se movam através da pele, a menos ‘que se forme uma bolha, devido & pressio. Em ambos os casos, a pressio € gradualmente aumentada nas primeiras, passagens sobre o tecido em tratamento. 1550 ajuda 0 ppaciente a se acostumar coma sensagio, O movimento sera lum pouco desconfortivel ou doloroso, mas nao deve ser insuportavel, Duragdo do Trotamenio © 'eatamento pode se protongar por 5 4 20 minutos em cada sesso e poderi ser repetido duas ou ts vezes por semana, por quanto tempo se faga necessitio. Efeitos dos Fricgdes Profundas A presstio profunda e continua nos tecidos causa lesio focal e libera uma substincia similar @ histamina (substin- cia H) € outros metabélitos que atuam direramente nos capilares ¢ acteriolas do local, causando vasodilatagio. A magnitude da resposta depende da profundidade da mani: pulagio ¢ da,duragio da aplicagio. ‘A vasodilatagao local promave um aumento do liquido tecidual na area, 0 que provocara distensio local. Com efeito, o movimento produz uma inflamagZo controlada da 4rez-alvo e, a0 mesmo tempo, mobiliza as estruturas que info estavamn tendo uma mobilidade correta. Se a manipu- lacio for mantida por algum tempo, pouquissimos efeitos sensitivos serao percebidos pelo paciente, mas inicialmente ela pode ser dolorosa. A produgio da dor no paciente 6, de Faro, uma esteatégia terapéutica muito Gti. A estimulacio. dolorosa é uma técnica bem conhecida para o tratamento da dor erénica, sobretudo a associada a sindromes de dor miofascial. 850 pode ser conseguido pela aplicagiode uma estimulagao elétrica ou por técnicas manuais. De fato, 2 fricg8o profunda é um exemplo excelente de tratamento manual que produz uma resposta muito eficaz, se bem que dolorosa, Usos Terapéuticos dos Friegdes Profundas ‘Com freqiiéncia, 0 tecido cicatricial secundatio’ fibro. site ou a um traumatismo € doloroso € sem motilidade. Os tecidos do corpo tém, todos, sua propria motilidade € clas. licidade, e estas caracteristicas podem ficar comprometi. das por qualquer organizagao local de tecido fibroso. 4 produgio e organizagio de tecido fibroso S40 0 resultadg inevitavel de traumatismos ou de processos inflamatérias, reuméticos que nao se curaram adequadamente. Provavel-. mente, o resultado sera uma perda dolorosa do funciona. mento da anticulagao € do membro. Fricgdes profundas, juntamente com outas intervengdes em um programa ter. apéutico planejado, sto titeis no tratamento das laceragées musculares, lesdes musculotendinosas, tendi turas tendinosas parciais Claceragdes tendoperiésticas), tendossinovites, torgées ligamentares, endurecimento de yeas subcutineas e tecido cicatricial. Contra:indicogdes pare as Fric¢6es Profundos ‘AS principais contra-indicacoes para as friccdes profun- das sio semelhantes a outros movimentos de massagem, sobretudo os que envolvema aplicagio deuma pressiosig: nificativa sobre as tecidos. + Laceragées musculares agudas (sobretudo hemato- mas intramusculares) * Anticulagdes agudamente inflamadas + Doengas de pele (sobretudo dermatite aguda, psoria- se, ou qualquer infecgio cutinea comunicavel) na area a ser tratada + Vasos sangtlineos lesionados ou enfermos (sobretudo tromboflebite e trombose de veia profunda) na areaa ser tratada * Neoplasia ou tuberculose na area a ser tratada ou em suas proximidades + Infecgdes bacterianasma rea a sertatada, ou em suas proximidades, sobretudo infeccdes articulares Referéncias (Cytiax J. (1960) Clinical applications of massage. In: Licht S (ed): Massage, manipulation and traction. Baltimore: ‘Waverley Press, pp. 122-139. Cytiaxy., Coldham M. (1984) Textbook of orthopaedic medi- cine, Vol 2. London: Bailliere Tindall, pp. 9-21 Steward B;; Woodman R, Hurlburt D. (1995) Fabricating 2 splint for deep friction massage. JOSPT 221(3):172-175. Segundo © grande filésofo ¢ cientista érabe Avicena (980-1037), “o objetivo da massagem consiste em dispersar 38 matérias gastas [metabdlitos] formadas nos miisculos ¢ nio expelidas pelo exercicio. Ela faz com que a matéria gasta se disperse, removendo assim a fadiga" (Gruner, 1930). Esta declaragio de Avicena nitidamente demonstra que os eruditos classics estavam muito interessados em entender os mecanismos pelos quais a massagem poderia exercer seus efeitos benéficos. Embora a massagem dos tecidas moles tenha sido aper- feigoada a0 longo de muitos milhares de anos, existe um ntimero relativamente pequeno de estudos cientificos sobre seus efeitos e eficacia. A grande maioria dos textos sobre 0 assunto “massagem" se concentraram mais aa descri¢&o das técnicas € nos efeitos observados do trata- mento do que nos esforgos de investigacao destes efeitos sob o ponto de vista cientifico. Apenas em uma época recente temos observado um grande interesse na mensu- ragio objetiva dos efeitos da massagem. Neste capitulo, dis- cutiremos tanto as descri¢des tradicionais dos efeitos da massagem como alguns dados laboratoriais recentes. Efeitos MecGnicos da Massagem © Movimento de: Linfa Sangue venoso Secregdes pulmonares Edema Conteddo intestinal Contetido de hematoinas © Mobilizacao ce: Fibras musculares ‘Massas musculares Tendoes Tenddes em bainhas Pelee tecido subcutaneo Tecido cicatricial Aderéncias Efeitos Mecanicos Fisiolégicos, Psicologicos e Terapéuticos da Massagem 2 A massagem dos tecidos moles exerce ts efeitos bi cos no paciente: mecinicos, fisioldgicos e psicologicos, Cada uma destas amplas dreas serd aqui considerada em separado, embora, certamente, estejam intimamente rela- Cionadas. De fato, os principais efeitos da massagem so mecanicos, mas eles também produzem efeitos fisiolégi- cos € psicolégicos na pessoa. A compreensio destes efeitos conduz a uma descrigio logica das indicagées te- rapeuticas, e das provaveis contra-indicagdes para a mas- sagem. EFEITOS MECANICOS ‘Os movimentos de compressao, tracao, estiramento, pressio ¢ friccio exercem eviderites efeitos mecfinicos nos tecidos. As forgas mecdnicas associadas a cada técnica afe- tam 08 tecidos de diversas formas. Devemos esperar, por exemplo, que as varias técniéas de amassamento e (orce- dura exergam um considerivel efeito mobilizador (de amolecimento, ou estiramento) sobre a pele, tecidos sub- ‘cutdneos ¢ misculos, gragas a alternagio de compressdes € ‘estiramentos dos movimentos dla massager. Em contsaste, espera-se que a pressdo gradualmente crescente da efflew- vage “empurse" o sangue venoso e a linfa presentes 03, vasos superficiais na directo do corac30, promovendo assim uma boa circulagio e a resolugdo do edema c do hematoma crénico. Dé modo semelhante, a pressio e diregao das técnicas de alisamento e effleurage promovem ‘a mobilizagdo do contetido intestinal s principais efeitos de cada uma das técnicas basicas de massagem j foram delineados no Capitulo 3. Embora seja importante a identificacao dos efeitos mecfnicos da miassagem, s20 Os eleitos fisioldgicos que devem ser leva- dos em consideracio com cento detalhe, visto que eles dao ‘origem ao potencial terapeutico da massagem. Entio, 0 feito principal da massagem consiste em produzir estimu- Tago mecanica dos tecicios por meio de uma pressio e esti- ramento ritmicamente aplicados. A presstio compriinc os tecidos moles e distorce as redes de receptores nas tevmi- ages nervosas. O estiramento aplica tensio nos tecidos 55 56 2 PRINCIPIOS GERAIS noes € distorce 08 plexos dos receptores nas terminagdes nervosa. AO aumentar 0s lumens dos vasos sangiiineos ¢ ‘espugos dos vasos linfiticos, estas duas forcas aferam a cir- culacio capilar, venosa, arterial ¢ linfatica. Podemos de: monstrar um reflexo axonal; estimular uma série de recep- tores, tanto superficiais como profundos, na pele, nos miisculos ¢ tenddes; nos ligamentos ¢ cApsulas articulares, em muitos dos 6rgios mais profundos do corpo. A mas- sagem também pode soltaro mucoe promovera drenagem. do excesso de liquidos nos pulmdes, © modo como estas forgss mecinicas s40 aplicadas € determinacio em grande parte pela escolha das técnicas de massagem (alisamento, fricgio, amassamento, percussio, vibragdo) pelo terapeuta, e por sua habilidade em ajustas @ dluragio, qualidade, intensidade € ritmo do estimulo (ver Capitulo 3). Quits 0s efeitos que a massagem pode ter € um pico que no esti tio bem entendido nem definido. Muito se tem dito em prot do tiso da massagem, mas boa parte disso baseia-se em grancle parte na experiéncia clinica, tanto em relatos objetivos como em testemunhos anedéticos. ‘Alguns relatos sio racionalizagdes de hip6teses baseadasno conhecimento dia anatomia ¢ da fisiologia. Outros baseiam- se em estucos laboratoriais controlados, e alguns ainda podem ser definitivamente descritos como sendo frutos de pura imaginago. Comparativamente pouco tem sido eserito sobre a massagem, € um nGimero relativamente pequeno de artigos foi publicado. (5 efeitos da massagem ja foram descritos € classifica dos de diversos modos. Mennell referiu-se aos efeitos mecinicos (pressio e tensio), quimicos, reflexos ¢ psi- colégicos. Outros autores discutiram 0s efeitos gerais € locais. Estes efeitos também poderiam ser classificados como mecinicos, fisiolégicos (inclusive reflexos) ¢ psi- colégicos. Um efeito puramente mecénico pode ser de- monstrado pelo alisamento das veias superficiais e, com uma pressio direta, a remoedo do sangue que esté no inte- rior da veia submetida a0 alisamento, ‘A técnica de Lucas-Championniére para a obtencao do relaxamento dos misculos em casos de espasmo Subse- liente a uma fratura, como uso do alisantento superficial, pode ser explicada apenas como um efeito reflexo (fisio~ Jagico). O alerta de Mennell (1945) contra “a colocagio de uma incapacidade na mente do paciente”, 20 massagear ‘uma parte que sofreu uma lesdo pouco importante enfatiza tum efeito puramente psicol6gico. Contudo, € provavel que a iaioria dos tratamentos por massagem produza seus efeitos em decorréncia de uma combinacao de fatores mecinicos, fisiologicos e psicologicos. EFEITOS FISIOLOGICOS 3s efeitos mecinicos da massagem dfo origem a uma série de efeitos fisiolégicos importantes. Efeites na Circulaséo Sangiiines e Linfatica Considerando que todas as técnicas de massagem envolvem certo grau de manipulacio da pele ¢ dos tecidos subjacentes, érazoiivel esperarque elas possam exercer um. leito considerivel no Muxo sanguiinco € linfético nestes tecicos tratados. Além disto, & de se esperar que um edeing acumulado nestes tecids scja simnilarmente afetado: contu. do, Mennell acreditava ser impossivel afetar diretamente a circulagio arterial através dos efeitos mecanicos da mas. sagem. Este autor aventou a hipdtese de que a aplicagio da pressio (durante a massagem) na direcl0 do fluxo venoso € comparavel ao efeito de apertar um tubo flexivel para esvazid-lo de seu liquido. Se 05 misculos estio relaxados, eles passam a constivuir uma massa mole contendo tubos ccheios de liquido. Qualquer pressio aplicada 4 massa deve ‘empurrar 0 liquido nestes tubos na ditesa0 da aplicagio da Efeitos Fisiolégicos da Massagem + Aumento da circulagdo sangtiinea e linfitica + Aumento do fluxo de nutrientes +» Remogio dos produtos catabélicos e metabélitos + Estimulagio do processo de cicatriza¢io + Resolugo do edema e hematoma crénico + Aumento da extensibilidade do tecido conjuntivo + Alivio da dor ‘+ Aumento dos movimentos das aniculagdes + Facilitagio daatividade muscular + Estimulagio das fungbes autondmicas + Estimulagao das fungdes viscerais + Remocio das secregdes pulmonares + Estimulo sexual + Promogao do relaxamento local e geral pressio; portanto, se for aplicada uina pressio suficiente a toda a massa, as veias mais profundas também serio esvazi- adas. Simultaneamente, esta pressao poderia retardar 0 fluxo sangUlineo arterial, caso ele seja suficientemente vi- ‘gor0so para comprimir as artérias € veias. Teoricamente, 8 quantidade de sangue venoso conduzid 20 coragio puder ser aumentada pela massagem, a freqUéncia cardia- ca ou 0 volume de batimento também poderiam aumentar, € assim um maior volume de sangue arterial poderia ser transportado até a periferia. De fato, existe pouca evidencia, de tao simples reagio mecanica do sistema arterial ¢ arteri olar 4 massagem. Wakim (1949; 1955) verificou que, em seguida a'uma massagem por alisamento profundo e amas- samento, 0 aumento médio na circulagio sangGinea total cemarticulagdes normais e com antrite reumardide foi incon sistente. Elevagbes moderadas, consistentes e definidas 1a circulagio foram observadas em seguida a massagens apli- cadas a extcemidades paralisadas e flicidas. A massagem vvigorosa € estimulante resultou em elovagdes consistentes significativas no fluxo sangitineo médio da extremidade ‘massageada, mas no promoveu qualquer alteragio a cit- culagio sangiiinea na extremidade contralateral nfo mas sageada, ‘Segundo Pemberton (1932, 1939, 1950), o sistema net voso, provavelmente através de sua divisio simpatica, com tribui para uma influéncia reflexa sobre 05 vasos sangiti- neos das partes cnvolvidas. Este autor acreditava set portanto provavel que os vasos nos méisculos ou em qual~ quer outra pane sio esvaziados durante a massagem, 920 spevets emt virhide de serem espremidos, mas também por nieia de uma sco reflex: Pemberton afirmava que a observagio microseépi revelt que s inassagem pode fazer com que praticamente torlos 0s menores vas08 se tomnem visiveis, por promover:t circulaglo sangtiinea através deles, Embora exista poucst jnformagio sobre o tipo de massageni que foi usido, varios experimentos convincentes foram realizidos, demonstran- doque a massagem aumenta a circulagao do sangue. Wolfson (1931) estucou o efeito da massagem por amas- samento profundo sobre circulagio sangiiinea venosa em membros de cies normais e verificou que, de inicio, a mas- sigem promoveu um grancle aumento na circulagio, que {oiseguido poruma queda bastante ripida, para menos que a velocidadle normal, mesmo antes do final da estimulacio. Imediatamente ap6s a cessacio do procedimento, Wolfson ‘observou quea velocidade clo fuxo aumentava lentamente até chegaro normal. Este autor concluiu que o volume efe- tivo de sangue que passa através do membro durante 0 perfodo de estimulagio © recuperagio ndo € maior que 0 nomial, mas que ocorre um esvaziamento mais completo, durante breve periodo, de modo que um volume maior de sangue fresco & trazido até a parte sob tratainento. Wolfson sugeriu ser l6gica a administragio de tratamentos por mas- sagem breves, mas freqiientes. Caner (1922) demonstrou que a pressio leve produz dilatagao praticamenve instantnea, se bem que tem- poritia, dos vasos capilares, enquanto a pressio mais inten- sa pode promover uma dilatagaomais prolongada. A obser- vagio microsc6pica dos campos ein que apenas alguns capilares esto abertos demonstra que a pressio pode fazer com que praticamente todos 0s vasas menos calibrosos se tornem visiveis, Pemberton (1945) descreveu 0 crabalho de Clark € Swanson, que realizarain estudos cinematogréficos da cir- culagio capilar na orelha de um coelho, utilizando uma janela permanente para observasao. Estes estudos demon- straram que, em seguida A massagem, maior ntimero de capilares estavam abertos, e quea velocidade da cireulagao era maior. Uma mudanga na parede dos vasos sanguineos foi evidenciada pelo "grudamento” ¢ emigragio dos leucd- Citos. O aumento do fluxo sangiiineo, em decorréncia da massagem, foi demonstrado hé muito tempo, no final do século passado (Brunton & Tunnicliffe, 1894-1895). Muitos aucores afirmaram que o efeito reflexo do alisa- ‘mento superficial melhora a circulagao cutinea, especial- mente 0 fluxo sangifneo nas veias e linféticos superticiais, ausilia na troca de Iiquidos teciduais, aumenta a nutrigao dos tecidos; € ajuda na remogao dos produtos da fadiga ou inflamacao, Contucio, hd muito tempo, em 1939, Wright afir- ‘mava que estas colocagdes deviam ser examinadas critica- ‘mente, 3 luz clo conhecimento que se tinha da fisiologia na Epoca. Este autor mantinha ainda que era dificil fazer qual- Quer afirmasao positiva sobre os efeitos reflexos gerados pela massagem. Mais de 50 anos depois, sob muitos aspec- (os a situagio ainda é bastante similar Severini € Veuierando (1967) informaram que a mas- sagem superficial nfo produziu alteragoes signilicativas, texceto na temperatura da pele. Contudo, a massage pro- Funda aumentou o fuxo sangiiineo ¢ 0 volume de batimen- lo sisblico,e diminuiu2 pressio arerial (istlica e diasti- Fella me NICs, roIOLOGILOS, YSICOLOGILOS & ERAPEUTILAIS 9 cave freqiiéncis de pulso, Curiosamente, x mussagem pro Funcls timbém foi ussociuda xo aumento da civeulagio sangiiinea pelo membro contralateral no tatado. © efeito também foi demonstiuco por Bell (1964), cujos estudos platismogrificos realizacos depois ce unit massagem cla panturrilha por alisamento profundo ¢ amassamento du- ante 10 minwos, demonstraram que o volume sangineo— € portanto a velociclide da circulaga0 do sangue — havi dobrado, uum efeito que se prolongou por 40 minutos, em ‘comiparagao com apenas 10 minutos apds o exercicio. Bell recomenclou a massagem para o tratamento do edema pro- vvocado por fraturas, dlevido a0s seus efeitos no fluo ven0so € linfitico, Severini e Venerando (1969) também combina- ram a massagem com um Firmaco produtor de hiperen (contendo nicotinato de butoxietita e vanilla). O tratamen- co combinado levou a uma elevacao significativa e prolon- gada na temperatura da pele. Quando o firmaco foi utiliza- do isoladamente ou com uma massagem superficial, no ocorreu alteragio na circulagio pelos mésculos, mas com a ‘massagem profunda houve uma elevacio aprecisvel e efeti- va no fluxo sangiiineo muscular. A um nivel mais central, Barr e Taslitz (1970) demons- ‘aram que a pressio sanguinea sistélica e diastélica tendia ‘a diminuir aps uma massagem de 20 minutos aplicada nas Costas. Foram efeitos retardados um aumento na pressio sist6lica € um pequeno decréscimo adicional na pressao diastélica, A frequéncia cardiaca aumentou. Nos capilares lnfaticos e plexos cutaneos e subcuténeos, a linfa pode se movimentar em qualquer direg0. Seu movi- mento depende de forgas externas a0 sistema linfatico, Seu ‘curso fica determinado por fatores como a gravidade, con- tragio muscular, movimento passivo e massagem. Se ocorre ‘obstrusio dos linfaticos mais profundos em determinada parte, € possivel ainda manter abertos os linféticos superfi- Ciais;¢, se a parte é massageada ou tem a oportunidade de drenar por gravidade, a linfa se movimentard através destes outros canais, na direcao da forga externa. Experimentos com animais demonstram ocorrer pow- quissimo fluxo linfético quando um misculo esté em repouso. Os estudos de Von Mesengeil, e de Kellgren ¢ Colombo sobre os efeitos da massagem no fluxo linfatico detectaram um aumento no fluxo linfatico, quando os mi culos foram massageados (Cuthbertson, 1933). Von Mesen- geil “repetidamente injetou tinta nanquim em anticulagdes correspondentes de coelhos, Uma articulagao era mas- sageada, e a articulagao correspondente era deixada como controle. Nas pernas sem massagem, a tendéncia do mate- rial colorido em avangar na diregao do coragl0 era muito equena, mas nas pernas subinetidasa massagem, ocorreu grande absorgzo da tinta acima da articulagao, nos tecidos conjuntivos intermusculares € nos nodos linféticos. Os lin- faticos aferentes aos linfonodos estavam intensamente corados em negro” Kellgren e Colombo verificaram que “a massagem sem- pre teve uma influéncia certa ¢ efetiva no aumento da rap dez de absorgio de substincias injeradas em animais, er todos 05 érgdos que possam ser submetidos a manipu- lagdes — tecidos subcutaneos, miisculos, ueticulagdes e cavidades serosas. O trajeto que a substiacia injetada seguiin durante: sua absoreao era seinpre 0 dos linfiticos mais préximose dos nodos linfticos, para os quais os vasos 58 > PRINCIPIOS GERAIS se dirigiam, A offlewrage profunda provavelmente foi menos eficaz.que 0 aperto e rolainentodos misculos ¢ teci- do subcutineo”. Mc Master(1937) também demonstrou que a massagem aumentava 0 fluxo linfatico, por meio de expe- rimentos em que membros de individuos normais € sau- daveis eram massageados apés injecdes intradérmicas de corantes. Drinker e Yoffey (1941) canularam os troncos linfaticos ccervicais em um cio anestesiado ¢ foram capazes de susten- taro fluxo linfitico durante todo o dia, mediante a massagem da cabega € do pescogo acima das cinwlas. Quando a mas- ‘sagem era intcrrompida, 0 luxo linfatico ccssava ou tornava- se desprezivel, Neste estudo, os investigadores afirmam que, ‘no watamento de distirbios inflamat6rios crénicos em queé certo que ocorrert fibrose caso 0 liquidotecidual ea linfa per- manegam estagnados no local, a massagem na diregzo do fuuxo linfatico € a principal medida antficial para a mobiliza- ‘¢40 do liquido extravascular para os linféticos, ¢ também ‘paraa mobilizagio da linfa na diregloda corrente sanguinea Drinker ¢ Yoffey também verificaram que os efeitos da postura eram muito evidentes, € que 0 fluxo linfético de uma parte dependente e quiescente era praticamente desprezivel, Portanto, para influenciar mais eficientemente © Mluxo linfitico em qualquer area do corpo, parecia l6gico quea parte fosse elevada durante a aplicacio da massagem. Ladd ¢ colaboradores (1952) compararam os efeitos da massagem, movimento passivo e estimulagio elétrica na velocidade do fluxo linfatico nas pernas dianteiras de 15 aes, tendo verificado que a massagem “foi significativamente mais efetiva que 0 movimento passivo ou a estimulagio celétrica, nesta série de animais". Chegou-se a conclusto de ‘que todos 0s trés procedimentos aumentavam 0 fluxo lin fatico muito acima da velocidade no periodo de controle. ‘Aiidéia de usar forcas mecdnicas para afetara circulacio sangiiinea e linfitica nao esté limitada as técnicas de mas- sagem manual, Nos altimos anos, foram criados diversos positives pneumaticos capazes de promover uma série de alteragées controladas (¢ freqdentemente graduadas) da pressio ao longo da superficie de um membro. Com efeito, ‘estes aparelhos efetuam um tipo de massagem mecinica € mostraram ser consideravelmente benéficos no tratamento de muitos distirbios cisculat6rios agudos € crénicos, mas sobretudo em casos de linfedema (Yamazaki, Idezuki, Nemoto & Togawa, 1988). Cenamente, as téenicas da mas- sagein manual também tm importante papel a desempe~ inhar no tratamento do linfedema (Mason, 1993). ‘A massagem tem sido estudada por seu efeito na circu- lado, como meio de evitar a formagio de dlceras de deccbito (Dyson, 1978; Ek, Gustavsson & Lewis, 1985; Olson, 1989). Contudo, @ massagem com esta finalidade no segue as t€cnicas de massagem tradicionais. Na maio- ria dos casos, cla assume a forma de um breve periodo G0 2 60 segundos) de “esfregamento da pele", cuja intengio consiste em estimular a circulacdo nas Areas de pele, com tendéncia 8 formagio de diceras de decibito. Nao é dé sur- preender que os resultados deste tipo de massagem sto de dificil interpretagio, para no falar do seu emprego como base para fazer recomendagdes. Em alguns estudos, este de massagem aparentemente aumentou a circulagio local; em outros, teve-se a impressio que diminuia. Parece improvivel que'a massagem por ftic¢l0 rapida cla pele pro- ‘duza o tipo de elevagao genuina na circulagio capar de evi- tara formagao de Gleeras de dectibito. E isto ocorre porque ‘este tipo de massagem simplesmente gera pequeno grau de fricgdo mecnica na superficie da pele. Esta pratica prova- vvelmente ficaria evidenciada como uma alteracio ligeira ¢ breve na temperatura superficial. Por outro lado, seria de se ‘esperar que urm tipo diferente de massage produzisse um feito mais profundo na circulacio, sobretudo se @ mas- sagem envolvesse 0 amassamento profundo dos mésculos situados em toro da direa, onde tal pratica fosse possive, ‘Um modo mais eficiente de produzir uma répida mudanga nna circulagio sangijinea da pele consiste em massagear a 4rea com im cubo de gelo. Neste caso, € 0 estimulo gelado que produz uma profunda vasodilatacao, em seguida a vasoconstrigao inicial (Michlovitz, 1996), Sem diivida, uma breve massagem com um cubo de gelo provavelmente & muito mais eficaz que um periodo similar de “esfregamen- to-cutdneo” Efeitos no Sangue Ha mais de 90 anos, Mitchell (1904) afirmava que, tanto em pessoas saudveis coino anémicas, a contagem critro- PRINCIPIOS GERAIS Brunton ‘TL; Tunnieliffe TW. (1894-1895) On the effects of the kneading of muscles upon the circulation, local anet generat J Physiol 17:364. Carrier EB. (1922) Studies on physiology of capiltaries: Reaction of buman skin capillaries to drugs and otber stimuli, Am J Physiol 61:528-547. CCherniack RM j Chesniack I, Naimark A. (1972) Respiration in health and disease, 2nd ed. Philadelphia: WB Saunders, p 452. Chor H Cleveland D.; Davenport HA ; Dolkart RE; Beard G. (1939) Atrophy and regeneration of the gastrocne- mius-soleus muscles: Effects of physical therapy in mon- key following section and suture of sciatic nerve. JAMA 113:1029-1035. Chor H.; Dolkart RE. (1936) A study ofsimple disuse atrophy in the monkey. Am J Physiol 117-4 Cuthbertson DR. (1933) Affect of massage on metabolism: A suoruey, Glasgow Med J (new 7th series) 2:200-213, yriax J. (1960) In Licht s. (ed): Massage, manipulationana traction. New Haven: Elizabeth Licht, (1984) Textbook of orthopaedic medicine, Vol 2, 11th ‘ed. Treatment by manipulation, massage and injection. London: Bailliere-Tindall Degner L.; Barkwell D. (1991) Nonanalgesic approaches to pain control, Cancer Nurs M(2)105-111 Despard LL. (1932) Textbook of massage and remedial gymnastics, 3rd ed. New York: Oxford University Press Drinker CK.; Yoffey JM. (1941) Lymphatics, lymph, and lymphoid tissue: Their physiological and clinicalsignifi- cance, Cambridge: Harvard University Press, p 310. Dyson R. (1978) Bed sores— the injuries hospital staffinflict ‘on patients, Nurs Mirror 146:30-32, Bk AC, Gustavsson C.; Lewis DH. (1985) The local skin blood flow in areas at risk for pressure sores treated with massage. Scand J Rehab Med 17:81-86. Emly M. (1993) Abdominal massage. Nurs Times89(3):34-36. Erast E.; Matrai A; Magyarosy 1 Liebermeister RG; Eck Ms, Breu MC. (1987) Massage causes changes in blood Flui- ity. Physiotherapy, JCSP 73(1):43-45, Evans P. (1980) The healing process at cellular level: A review. Physiotherapy, JCSP 66(8):256-259. Goldberg J.; Seabome D.; Sullivan S, (1992) The effect of two intensities of massage on H-reflex amplituce. Phys ‘Ther 72(6):449-457, Goldberg J.; Seabome D.; Sullivan S, Leduc B. (1994) The effect of therapeutic massage on H-reflex amplitude in persons with a spinal cord injury, Pbys Ther 74(8):728-737. Goodgold J; Erberstein A. (1983) Electrodiagnosis of neu- romuscular disease. Baltinore: Williams & Wilkins, Grieve GP. (1994) Modem manual therapy of the vertebrat column. London: Churchill Livingstone. Cauner OC. (1930) A treatise on the canon of medicine of ‘Avicenna. London: Lazac. Hammer WI. (1993) The use of transverse friction massage in the management of chronic bursitis of the hip or shoulder. / Manipulative Physiol Ther 16(2): 107-111 Hartman FA. Blatz WE, (1920) Treatment of denervated muscle. JAMA 74378. Hartman FA ; Blatz WE,; Kelborn LJ. (1919) Studies in rege- neration of denervated mammalian muscle. Am Physiol 53:109. Heidt £. (1991) Helping patients to rest: Clinical studies in therapeutic touch. Holistic Nurs Pract 3(4):57-66. Hillegass EA, Sadowsky HS. (1994) Essentials of cardigput. ‘monary physical therapy. Phitadelphia: WB Saunders, Irwin $; Techlin JS. (1995) Cardiopulmonary physical the. ‘rapy. St. Louis: CV Mosby. Kalb SW. (1944) The fallacy of massage in the treatment of obesity. J Meet Soc N/41:406-407. Kellogg JH. (1919) The art of massage, 12th ed revised Bale Creek, Ml: Modern Medical Publ. Key JA, Elzinga E., Fischer F.(1934a) Local atrophy of bone 1. Effect of immobilization and of operative procedures, Arch Surg 28,935-942, (19340) Local atrophy of bone It. Effects of local beat, massage, and therapeutic exercise. Arch Surg 28943. 947. Klauser AG. Flaschentrager J. Gehrke A, Muller-LissnerSA. 4992) Abdominal wall massage: Effect on colonic func- tion in healthy volunteers and in patients with chronic constipation. Z Gastroenterol 30:247-251 Kouwenhoven WD.; Jude JR; Knickerbocker GG. (1960) Closed-chest cardiac massage. JAA 173:1064-1067. Krieger D. (1979) Therapeutic ouch: Howtouse yourbands 10 belp or to beal. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall (1981) Foundations of holistic bealth nursing practi- ees: The renaissarice nurse. Philadelphia: JB Lippincot, Krusen FH. (1941) Physical medicine. Philadelphia: WB Saunders, p 335. Ladd MP; Kottke FJ.; Blanchard RS. (1952) Studies of the effect of massage on the flow of lymph from the foreleg of the dog. Arch Phys Med 33:611. Langley JN.; Hashimoto M. (1918) Denervated muscle atrophy. Am Poysiol 52:15. nt §. (1960) Massage, manipulation and traction. New laven: Elizabeth Licht Lucia SP, Rickard JF. (1933) Effects of massage on blood pla tolet production. Proc Soc Exper Biol Med 31:87. Maggiora A. (1891) De action physiologique du massage ‘sur les muscles de l'homme. Acch Ital Biol 16:225-246. Mannheimer J; Lampe G. (1984) Clinical transcutaneous electrical nerve stimulation, Philadelphia: FA Davis. Mason M. (1993) The treatment of lymphodema by complex physical therapy. Aust J Physiother 39(1):15. MeMaster P. (1937) Changes in the cutaneous lymphatics of human beings and in the lymph flow under normal and pathological conditions. J Exp Med 65:347. McMillan M. (1925) Massage and therapeutic exercise. Philadelphia: WB Saunders Meek S. (1993) Effects of slow stroke back massage on rela- xation in hospice clients. IMAGE: J Nurs Scholarship 25(0:17-21 Melzack R.; Wall PD. (1965) Pain mechanisms: A new theory. Science 150:971-979. Meninell JB. (1945) Physical treatment, Sth ed. Philadelphis Blakiston. Michlovitz SL. (1996) Therma agents in rehabilitation, 36, ed. Philadelphia: FA Davis. Mitchell JK. (1904) Massage and exercise in system of pby- siologic therapeutics. Philadelphia: Blakiston. i { i \ Mobily Pi: Hets Kz Nicholson A. (199%) Validation of cuta ‘neous stimulation interventions for pain ananagemient. It] Nurs Shades 31(06)533-544 Mock HE. (1945) Massage in surgical eases. In A ALA. bau ‘ook of physical medicine. Chicago: Council of Physical Medicine, p 95 Morell WL; Seaborne D.; Sullivan S. (1991) H-reflex modu- Jation during manual muscle massage of human triceps surae. Arch Phys Med Rebab 72915919. Nordschow ML, Bierman W. (1962) influence of manual massage on muscle relaxation: Effect on trunk flexion, Phys Ther 42:653-656, Olson B. (1989) Effects of massage for prevention of pres- sureulcers, Decubitus 2(4:32-37. (Owens M.; Bhrenreich D. (1991) Application of nonphar- ‘macologic methods of managing chronic pain. Holistic ‘Nurs Pract 6(1)32-40, pemberton R. (1932) The physiologic is and the clinical application of heat and massage in inter- ral medicine. In: Principles and Practices of Physical ‘Medicine, Vol. Hagerstown, MD: WF. Prior. _— (1935) Physiology of massage. In: A.#.A. handbook @pbysical herapy, 3rd ed. Chicago: Council of Physical Therapy AMA, pp 78-87 (1945) Physiology of massage. In: A.M.A. handbook ‘of physical medicine, Chicago, A.MA. Council of Physical Medicine, » 41. (1950) Physiology of massage. In: A.M.A. handbook @ physical medicine and rehabilitation. Philadelphia Blakiston. Robinson A. Snyder-Mackler L. (1995) Clinical electro- ‘physiology: Blectrotherapy and electrophysiolagical tes- ting, 2nd ed. Baltimore: Willams & Wilkins Schneider EC.; Havens LC. (1915) Changes in the blood flow after muscular activity and during training. Am J Physiol 36:259. Severini V,; Venerando A. (19674) Effect on the peripheral circulation of substances producing hyperemia in com- bination with massage. Eur Medicophys3:184-198. (19676) The physiological effects of massage on the Pel OD PARAL ALO: IIL Jake 1 oan hat cardiovascularsystem. Europa Medicophys 3:165-183. Sunith L; Keating Mstolbert D,; Spratt D.; MeCamman i; Smith S, Israel R. (1994) The effects of athletic massage on delayed onset muscle soreness, creatine kinase, sich, ncuttophil count: A preliminary report, JOSPT 19(2):93- 99. Sullivan $3 Willianis Ju; Seabome D.Morelli M. (1991) Effects of massage on alpha inotoncuron excitability. Phys Ther MU8):555-560. Suskind MI, Hajek NA.; Hines HM. (1946) Effects of massa ge on denervated skeletal muscle, Arch Phys Aled 27:133-136. Travell JG; Simons DG. (1983) Myofascial pain and dysfunction: The trigger point manual. Volume 1 Baltimore. Williams & Wilkins. (4992) Myofascial pain and dysfunction: ‘The trigger point manual. Volume If, Baltimore: Williams & Wilkins. \Wakim KG. (1949) The effects of massageon the circulation in normal and paralyzed extceimities. Arch Phys dfed 30:135. 1955) Influence of centripetal rhythmic compression on localized edema of an extremity. Arch Phys Med 36:98. ‘Wail PD. (4994) Textbook of pain. New York: Churchill Livingstone. \Watchie J. (1995) Cardiopulmonary physical therapy — A clinical manual, Philadelphia: WB Saunders. Weinrich $.; Weinrich M. (1990) The effect of massage on pain in cancer patients. Appl Nurs Res 3¢4):140-145. Wolfson H. (1931) Studies on effect of physical therapeutic procedures on function and structure. JAMA 96:2020-2021 ‘Wood EC;; Kosman AJ.; Osborne SL. (1948) Effects of mas- sage upon denervated skeletal muscles of the dog. Phys “Ther Rev 28:284-285. ‘Wright S. (1939) Physiological aspects of rheumatism. Proc R Soc Med 32:651-662. Yamazaki Z; Idezuki Y.; Nemoto T.; Togawa T. (1988) Clinical experiences using pneumatic massage therapy of edematous limbs over the last 10 years. Angiology 2154-168. Parte Il Pratica (Os movimentos individuais da massagem descritos no Capitulo 3 podem ser combinados em uma grande varieda- de de seqiiéncias de massagem. Esta seqiiéncia é simples- mente uma colegio de técnicas individuais reunidas com a intengao de alcangar um efeito especifico, ou série de efei- tos. Dentre as muitas seqiiéncias de massagem diferentes possiveis, a propria selesdo das técnicas é, em grande part, determinada por cada terapeuta. As seqléncias de massa- ‘gem descritas neste texto ndo sio, de forma alguma, as tni- ‘cas que devem ser praticadas. Por outro lado, estas seqiién- ‘ins demonstraram ser uma combinaclo efetiva de técnicas tanto para a massagem geral, como para a massagem local. ‘A massagem aplicads a todo 0 corpo é comumente chama- ‘da “massagem geral", enquanto a massagem aplicada a de- terminada parte do corpo é chamada “massagem local’. ‘Amassagem nio pode ser im substinuto para 0 exercicio, ‘nos casos de restauracao do funciohamento da parte; contu- do, visto que a massagem melhora a circulagao sangitinea linfética, neste particular seus efeitos sio um tanto semelhan- tes aos do exercicio. Portanto, em certas circunstincias, quando nao é possivel um exercico fisico ativo e normal, € $e a lesio existente no se constitui em uma contra-indica- ‘20, a massagem geral pode ser bastante ati. Para problemas, que impliquem longo confinamento na cama, a massagem, digria de todo 0 corpo estimula manualmente a circulagio eral e dé uma sensagao de conforto ¢ relaxamento 20 paci- ‘ente. Para pessoas idosas, a massagem geral pode substtuir parte de sua antiga atividade muscular; mas também neste caso a massagem nao pode substimir programas de exerc- cio ativo, e nem pretende fazé-lo. Na maioria dos casos, a ‘massagem em todo 0 corpo administrada diariamente no € praticdvel; ainda assim, a massagem aplicada apenas a0s membros inferiores provavelmente serd efetiva, visto que a ‘irculagio dos membros inferiores € muito importante para ‘que seja determinada a eficincia da circulagio geral. SEQUENCIA E TECNICA PARA A MASSAGEM GERAL ‘Uma boa massagem geral pode fazer com que o pa- ciente fique fatigado. Uma sensagio de leve lassitude € 0 Capitulo 5 Seqiiéncia da Massagem Geral desejo de repousar imediatamente aps uma massagem geral so sinais de um tratamento bem-sucedido, e, poresta rao, sempre que for possivel o paciente devers repousar por 1a 1'/shora apés 0 tratamento. Devernos evitar a fadi- Ba significativa, e se 0 paciente nao se sentir restaurado aps um perfodo de repouso, a duragio do tratamento foi demasiadamente longa, ou a técnica da massagem, vigo- rosa demais. Como regra geral, cerca de 45 minutos a1 hora, um tempo adequado para a maioria dos tratamentos por massagem geral. Na sequéncia para a massagem geral descrita aqui, é dado o nero recomendvel de repetigées para cada manipulaco, de modo que 0 tratamento possa ser completado dentro destes limites de tempo. Uma Seqiiéncia pera Massagem Geral Oterapeuta no lado direito do paciente: Goxa e pera direitas Pe direito O terapeuta no lado esquerdo do paciente: Coxa e perma esquerdas Pé esquerdo Braco, antebrago e mao esquerdos CO terapeuta no lado direito do paciente: Braco, antebrago e mio direitos ‘Térax e abdémen Para que em seguida a uma massagem geral sejam con- seguidos o relaxamento easedacio comumente desejéveis, a mudanga de um tipo de movimento para outro deve ser stave ¢ ininterrupta, € um ritmo definido deve ser mantido durante todos os movimentos. Para esta finalidade, certas adaptagbes do sistema de massagem medicinal sueca pare~ ‘cem ser bastante adequadas. Estes movimentos s30 realiza- dos em todo segmento de cada extremidade, sem que seja dada atengdo especial a determinado mGsculo ou grupo de mibsculos. O tipo de sequéncia de massagem ligado a gru- os musculares ou mésculos especificos € mais efetivo no 75 76 © PRATICA tratamento de lesdes ou enfermidades localizadas. Este tipo de massagem seri descrito no Capitulo 6. A sequiéncia da massagem geral deve ser de tal ordem que o paciente nto precisa se mover ou virar de um lado para outro, além do absolutamente necessirio. O terapeu- tadeve mudarde pasigio.o minimo possivel, e todos 0s mo- vimentos devem ser eficientes e tranqiilos. A ordem dos movimentos que facilita este tipo de programa sera descri- ta a seguir, e poderd ser acompanhada no quadro de se- qiéncia da massagem geral, na préxima seco. ‘Asseqiiéncia tem inicio com o paciente deitado de costas, voltado para oteto, com oterapeuta de pé no lado direito do paciente. Um pequeno travesseiro ou rolo colocado sob a cabega ou pescovo permite que as maos do terapeuta se movimentem suavemente em tomno da parte posterior do pescogo e ombro, durante o tratamento do térax e Um travesseiro similar pode ter utilidade sob os joelhos do paciente, mas deve ter pequenas dimensdes, ou ir interfere ‘na massagem do membr paciente vira-se para a posicio de pronacio, € 0 tra. mento conclufdo com a massagem nas cosas, (O terapeuts no tem de mudar de posi¢ao para esta pane do tratamentc), Esta seqiiéncia toda pode ser invertida, se o terapeuty prefere comecar pelo lado esquerdo do paciente. Comu.. mente, essa é uma questdo de preferéncia pessoal, embora ‘em alguns casos possa ocorrer que 2 disposi¢o geral da sala de tratamento determine qual 0 lado melhor do pa- ciente para dar inicio A massagem. UMA SEQUENCIA PARA MASSAGEM GERAL © ndimero entre parénteses representa a quantidade de repeticdes para cada movimento.) 1. CoxaDireita 1. Alisamento superficial na coxa (3) 2. Amassamento palmar no quadriceps (3) '3. Amassamento palmar na superficie posterior da coxa ® 4, Amassamento palmar alternado na coxa (3) 5. Alisamento profundo na coxa (3) Perna e Joelho Direitos 1. Allsamiento superficial na perna (3) 2. Amassamento com a almofada do polegar sobre os rmiisculos tibiais anteriores (2) 3. Amassamento nos mésculos da panturrilha (3) 4, Amassamento palmar alternado nos masculos da perna (3) 5. Alisamento em torno da pateta (4) 6. Alisamento digital sobre 0 espaco popliteo (4) 7. Alisamento profundo com ambas as mos em toda a perna (3) PEDireito 1, Alisamento superficial sobre o dorso do pé (2) 2. Amassamento com a almofada do polegar sobre 0 dorso do pé (2) 3. Alisamento profundo com a almofada do polegar no aspecto plantar do, pé (2) 4, Alisamento profundo palmar no aspecto plantar do pe (6) 5. Alisamento profundo digital em torno dos maléolos @ 6, Alisamento digital do tendao de Aquiles ( 7. Alisamento profundo na perna e coxa (3) 8. Alisamento superficial da coxa, perna e pe direitos a Todos estes movimentos sero aplicados na seqiién- cia A coxa, pena e pé esquerdos. 2. Brago, Antebraco ¢ Mao Esquerdos 1. Alisamento superficial na extremidade superior (4) 2, Alisamento profundo palmar alternado sobre delidide (10) 3. Amassamento com a almofada do polegar na ‘extremidade superior (2) 4. Amassamento palmar no braco € antebraco @) 5. Amassamento palmar alternado na extremidade superior (3) 6. Amassamento com a almofads do polegar no dorso da mao (2) 7. Alisamento com 0 polegar na superficie palmar das anticulagbes metacarpofalangianas () 8. Alisamento como polegar sobre aseminénciastenar chipotenar (4) 9. Amassamento com a almofada do polegar no pole gar e demais dedos (2.3) 10. Alisamento profundo na extremidade superior 3) 11. Alisamento superficial na extremidade superior (4 Todos estes movimentos serio aplicados em seguida 20 Drago, antebrago € mio direitos. 3. Térax. 1. Alisamento superficial na parte superior do térax (4) 2. Alisamento profundo sobre os ombros ¢ em torno do- pescogo (4) 3. Amassamento digital desde oestemo até o ombro (3) 4. Alisamento profundo alternado, desde 0 ombro até 0 estemo (4) 5. Alisamento digital em torno do pescoco (4) 6. Alisamento profundo sobre a 4rea das veias jugulares @o 7. Alisamento profundo em torno do pescogo (4) TECNICA PARA UMA SEQUENCIA DE MASSAGEM GERAL Coxe Direifa ( terapeuta fica de pé 20 lado da mesa, no lado dlireito do paciente Alisamento Superficial na Coxa Ambas as mios envolvem a coxa, abrangendo © mais, possivel esta parte. O alisamento comesa na espinha superi- or anterior do iliaco e vai até o joetho. Este movimento pode efetuado com as nidos trabalhando alternadamente, ou simultaneamente (Fig. 5-1). Deve ser repetido quatro vezes. Capitulo S + SEQUENCIA DA MASSAGEMGERAL 77 Figura 5-1. Alisomento na coxa. UMA SEQUENCIA PARA MASSAGEM GERAL (continvasdo) 4. Abdomen 1. Alisamento superficial no abdémen (4) 2, Alisamento profundo fa parte inferior do abdémen a 3. Alisamento profundo sobre a parte superior do abdémen (4) 4, Amassamento palmar sobre 0 c6lon (3)° SAlisamento profundo sobre 0 célori (6) 6. Amassamiento mei * TeAmassamento profundo a pane hee do abu men(4) Ss. 5. Costas € Quadris 1. Alisamento superficial nas costas (4) 2. Alisamento profundo palmar nas costas (3) 3. Amassamento com as almofadas dos dedos sobre as fibras superiores do trapézio (3) 4. Alisamento digital sobre as fibras superiores do trapézio 5, Amassamento sobre a regiao escapular (3) 6 Amassamento palmar alternado sobre as regides tordcica e lombar (4) 4 7. Alisamento palmar sobre a regio lombar (4) 8 Amassamento com a almofada do polegar sobre 0 sacro (4) 9. Amassamento palmar alternado nas nédegas (2) 10. Amassamento profundo nas nidegas (2) 11; Amassamento palmar alternado sobre toda a regio das costas (4) 12, Amassamento digital no eretor da espinha (1) 13. Alisamento profundo palmar no eretor da espinha @ 14, Alisamento profundo palmar na regido das costas (1) t 6.Face 1. Alisamento superficial na face (2) 2, Amassamento com a almofada do polegar na testa @ 3. Alisamento profundo na testa (3) 4Amassamento alternado com almofad do polegar 16 nariz 3) ate 5. Alisamento profundo na crista supra-orbital or s 6. Alisamento profundo sia ctista infra-orbital (4) % & 7-Amassaménio digial desde a vempora aif seep cervical (2): 1“ i Bt Artusoihecto com a3 dimofadas des dedos, desde ‘as témporas até os ombros (2) . 9. Alisamento‘profundo sobre a frea das veias jugu- ares (4) 10. Amassamento palmar nas bochechas (2) 11. Amassamento coma almofada do polegar no queixo ‘emandibula (3) 12. Alisamento profundo no queixo e mandibula (3) 13. Alisamento profundo sobre as veias jugulares (4) 14, Alisamento superficial na face (2) 7.Escalpo ¢ Cabeca 1. Amassamento com as almofadas dos dedos sobre 0 escalpo (1) 8. Regio Posterior do Pescogo 1. Alisamento superficial e profundo sobre as fibras superiores dos miisculos trapézios (8) 2, Amassamento com 0s coxins dos dedos sobre as fibras superiores do trapézio @) 78 © PRATICA Amassamenio Palmar no Quadriceps ‘© movimento tem inicio com a borda ulnar da ro direi- 1a colocada abaixo da patela e com o polegar na sua borda lateral. Os dedos so colocados sobre a borda medial da patela. A mo esquerda pega a parte distal do misculo acima da patela (Fig. 5-2A). A mao direita faz 0 alisamento, sobre a patela na direcao da mao esquerda, enquanto a borda ulnar mantém firme contato durante a pressao apli- cada para cima. O miisculo € agarrado entre o polegar eos demais dedos, usando uma ago lumbrical para puxar os tecidos até as palmas das maos.”A superficie palmar dos dedos da mao esquerda empurra lateralmente os misculos, enquanto simultaneamente a superficie do polegar direito abduzido ea palma da mio empurram medialmente os te dos (Fig. 5-2B). Em seguida, a superficie da palma ¢ 0 pole- gar abduzido da mao esquerda empurram medialmente os misculos, enquanto as superficies palmares dos dedos da mio direita puxam lateralmente os tecidos (Fig. 5-20). Este movimento de empurrar-puxar caminha ao longo do mis- culo, avancando desde a parte distal até a parte proximal do quadriceps. O movimento termina com as maas “escorre- gando* durante 0 movimento de tragdo do amassamento, Este ndo € um movimento de pingamento. O polegar ¢ demais dedos de cada mio mantém sua inter-relagao dy. rante todo 0 movimento. Os movimenios de “emputrar-py. xxar" slo realizados sobretudo pela flexio e extensio dos bragos Combros e cotovelos), 4 medida que 0 movimerzg pprogride ao longo da coxa e vai se aproximando a origem, domisculo, a mao esquerda éretirada, ea mao direita deixg a origem do misculo com um dlkimo e suave movimento de espremer (Fig. 5-2D), retornando a borda inferior da patel, com um alisamento superficial. Estes movimentos sig sepetidos trés vezes. ‘Amassamento Palmar na Parte Posterior da Coxa ‘© quadiil € 0 joelho so Mlexionados ligeiramente, ea ‘coxa colocada em ligeira rotacio externa. Ambas as mios sto posicionadas em torno da superficie medial da coxa, pegando 0s flexores no joelho (Fig. 5-34), efetuando o mesmo movimento que foi realizado no masculo quae. ceps, exceto que, a medida que as mdos progridem ao longo dos misculos elas sdo mantidas em uma direciomais transversal (Fig. 5-3B). Jura 5-2, Amassamento palmar na parte anterior da coxd (misculo quadriceps). ‘© movimento termina algumas polegadas abaixo da articulagdo do quadril. A mao'esquerda € removida; ela cruza por sobre a mao direita para pegar os masculosacima dojoelho (vejaa Fig, 5-30) ea mio direita retorna aolongo da superficie medial da coxa, com um alisamento superfi- ‘ial. © movimento é repetido trés vezes. ‘Amassomento Palmar Allemado na Coxa © quadril pode estar ligeiramente flexionado ¢ em rotagao lateral para esta manipulacio ou ela pode ser real- zada com 0 membro retilineo. Ambas as mios pegam a Copitulo5 » SEQUENCIADAMASSAGEMGERAL 79 ijura 5-3. Amassamento palmar na parte posterior dacoxa, parte superior da coxa (Fig, 544); as mos efetuam a t6c- nica bisica de amassamento, alternadamente rolando os mistulos entre as palmas das mos com uma firme pressio para cima seguida de relaxamento, a0 mesmo tempo em que a coxa € mobilizada na direg4o do joelho (Fig. 5-48). ‘Ambas as maos retornam a posigao inicial com uth alisa- ‘mento profundo. O movimento € repetido trés vezes. Alisamento Profundo na Coxa Ambas as mos pegam a coxa, ciscundando-a, em uma 4rea imediatamente proximal & articulagfo do joelho, com Figure 5-4, Amassamento palmer alternado na coxa. 80 05 polegares abdluzidos e os demais dedos mantidos juntos. As pontas dos dedos das mdos em oposicio estio em con- tato, na superficie posterior. Com uma firme pressa0 de toda a superficie palmar, as mdos movimentam-se cranial- mente até a parte superior da coxa e, em seguida, retornam. 20 joelho com um movimento de alisamento superficial Estes movimentos sio repetidos trés vezes. Perna e Joelho Direitos 0 terapeuta continua de pé a0 lado direito do paciente, mas agora esti posicionado na extremidade mais distante da mesa, Alisamento Superfciol na Perno ‘Ambas as mios movimentami-se desde o joelho até o tomozelo, cobrindo toda a superficie da perna (Fig. 5-5). Este movimento também é repetido trés vezes. ‘Amossomento com a Almofodo do Polegor sobre os. Mésculos Tibiois Anteriores A almofada do polegar (Falange distal) de cada mio é posicionada’em firme contato na origem dos mésculos ti- biais anteriores; o restante da mio repousa levemente na superficie da pemna (Fig, 5-6 A). Os polegares movimentam- se alternadamente em circulos, aplicando pressio para cima e para fora. As maos deslizam para a fea adjacente Figura 5-5. Alisamento superficial na perna. ‘mais distal, a medida que cada circulo se completa. O movi- mento progride desta forma (Fig, 5-6B) até a articulacio do tomnozelo (Fig. 5-60). As mios retornam & posigio inicisl ‘enquanto os polegares efetuam um alisamento profundo e © restante da mo mantém um leve contato. Os movimen- tos sto repetidos duas vezes, ‘Amossomento nos Mésculos do Ponturrilho ‘A mio direita apéiaa articulagZo do joelho (ligeiramente fexionada) na sva borda medial. A mao esquerda pegs 4 parte lateral do grupo muscular em uma Area imediat mente distal a0 joelho, ¢ 0s miisculos sio tracionados (pux- ados) na diregio da borda lateral da perna, enquanto 3 superficie palmar dos dedos exerce presséo (Fig, 5-7A), Em seguida, a superficie palmar do polegar abduzido € 4 eminéncia tenar empurram os mésculos para cima € 9 diregio da borda medial da pema (Fig. 5-7B); 03 dedos deslizam distalmente, ¢ estes movimentos 580 repetidos até que a mio chegue 20 tornozelo (Fig. 5-7C). A mao retornt 20 joelho com um alisamento profundo sobre os masculos. Estes movimentos sto repetidos trés vezes. Em seguida, 0 terapeuta troca de mos para a aplicagi0 da massagem a parte medial do grupo muscular, Apoiand? 0 joelho com a mao esquerda, o terapeuta repete 0 proce” dimento com a mao direita wés vezes. Capitulo S » SEQUENCIADA MASSAGEMGERAL 81 Figura 5-6, Amassamento com a clinefade do poleger sobre os masculos tibiais anteriores. ee Figure 5-7. Amassamento nes misculos da penturritha. PRATICA 82 © Figura 5-8. Alisamento em torne da patele. Amassamento Palmar Alternado nos Masculos da Perna ‘© movimento bisico de amassamento é efetuado; as duas maos circundam 08 misculos no joelho e, alternada~ mente, fazem 0 rolamento dos masculos entre as palmas, com uma firme pressio para cima e movimentando-se na diregao do tornozelo. As maos retornam 20 joelho com um alisamento profundo sobre os masculos. (Esta € a mesma técnica usada noamassamento palmaralternadoda coxa — veja a Fig. 5-4.) Estes movimentos S80 repetidos trés vezes. Alisamenio em torno da Patela As partes carnudas craniais das palmas das mios sio posicionadas na borda inferior da patela; as superficies pal- mares das falanges distais dos dedos estao em contato com 4 pele cranial 4 borda superior da patela (Fig. 5-84). AS eminéncias tenares de ambas as mads alisam firmemente em torno da patela, em um movimento circular; para tanto, © dperador deve flexionar Os dedos enquanto as pontas fazem um leve contato (Fig. 5-BB). As partes carnudas das palmas retornam posigao inicial com um alisamento superficial distal, e 0s polegares devem deslizar suave- mente sobre a patela. Estes movimentos sio repetidos qua- tro vezes. Amassamento Digital sobre o Espaso Popliteo ‘As pontas dosdedos de ambas as mios sio posicionadas juntas na borda distal do espaco popliteo. Em seguida, os dedos alisam firmemente até.a borda proximal ¢ retomam A posi¢ao inicial com um alisamento superficial. Estes movi- -mentos slo repetidos quatro vezes. -Alisamento Profundo com Ambas as Maos em Toda a Perna ‘As mos comegam 0 movimento no torndzelo, em uma posi similar A mostrada na Figura 5-6C. Em seguida, as ‘mos alisam firmemente na dirego do joelho, retornando 4 sua posigZo inicial com um alisamento superficial suave. Estes movimentos sio repetidos ts vezes. Figura 5-9. Alisamento superficial sobre o dorso do pé. Copitule 5 > SEQUENCIADA MASSAGEMGERAL 83 Figura 5-10, Amassomento com « almofada do peleger sobre o peito de pé. Pé Direito Com o terapeuta de pé na exremidade da mesa, e voltado para o paciente, a massagem tem continuidade na pera e pé. Alisamento Superficial sobre o Peito do P& A superficie palmar da mio direita apéia a sola do pé, enquanto a mao esquerda alisa a parte, desde 0 tornozelo, (Fig. 5-94) até a ponta dos dedos (Fig. 5-98), alternando sobre as superfcies lateral e dorsal medial. Estes movimen- {os so repetidos duas vezes. ‘Amassamento com a Almofodo do Polegor, sobre 0 Peito do P& Cada almofada do polegar (falange distal) é aplicada em firme contato com a superficie dorsal do pé, e os demais dedos repousam sobre a superficie plantar do pé (Fig, 5-10A). O amassamento com a almofada do polegar, con- forme foi descrito para os grupos musculares tibiais ante- ‘iores, € realizado em uma progressio desde 0 tornozelo até as articulagdes metatarsofalangianas (Fig. 5-10B). Os pole- ‘gares retornam 4 posigo no tomozelo com a aplicagio de tum alisamento profundo sobre a mesma area. © amassa- mento € repetido em partes sucessivas, até que as superti- cies medial, dorsal e lateral (.¢, todo 0 dorso) do pé tenham. sido tratadas, Estes movimentos sio repetidos duas vezes. Alisomento Profundo com Almofodo do Polegor, no ‘Aspecio Plontor do PE 0s polegares sio aplicados 4 base dos dedos do pé; 0 polegar direito na borda medial da superficie plantar, e 0 esquerdo na borda laieral. Os demais dedos das mios repousam levemente sobre o peito do pé (Fig. 511A). Os polegares alisam firmemente em direcdes opostas, a partir das bordas do pé, cruzando-se no centro (Fig. 5-11B). O alisamento progride desde a base dos dedos até o calca- nhar. O movimento é efetuado principalmente pela abdu- gio e adugio dos bracos no ombro. Os polegares s20 reti- Tados, ¢ os demais dedos mantém contato € retornam A Figura 5-117. Alisamento profunde com a almofade dos pelegares no aspecto plantar do pé. Figura 5-12. Alisamento palmar profundo ne aspecto plantar do pé. posigio inicial com um alisamento superficial. Estes movi- mentos sio repetidos duas vezes. Alisomento Profundo Palmar no Aspecto Plantar do Pé O terapeuta volta-se de modo a ficar em uma posigio teansversal A extremidade da mesa. A mao esquerda no ppeito do pé da sustentagio. A borda ulnar da mio direita & aplicada firmemente a superficie plantar, ta base dos dedos ‘(mao fica supinada, como na Fig. 5-124). Enquanto amo faz um alisamento firme até 0 calcanhar com forte pressio, cla se posiciona em pronagio, até se encaixar bem ao arco do pé (Fig. 5-12B), terminando com a palma repousando sobrea mesa. Estes movimentos sao repetidos quatro vezes. Alisamento Profundo Digital em forno dos Maléolos (O terapeuta retorna a posigao anterior, ficando de frente para a cabeceira da mesa, Suas mios s20 posicionadas no peito do pé, com as pontas das dedos na base dos dedos dos pés, 0s dedos indicadores juntos, e 05 polegares cruza- dos (Fig. 5-134). Os dedos eferuam um alisamento profun- do 12 ditegio da articulagao do toraozelo, com uma pres- sio firme, No torndzelo, as as maos se separam, com os dedos da mao esquerda alisando em torno do maléolo ls- teral, enquanto os dedos da mao direita alisam em torno do ‘maléolo medial (Fig, 5-13B). As superficies palmares dos dedos mantém firme contato, encaixando-se no contorno do pé ao fazerem um movimento circular de retorno 20 peito do pé e retornam a base com um alisamento super Cal. Estes movimentos sio repetidos quatro vezes, Alisamento Digital do Tendo de Aquiles Os pulsos sto flexionados, e os lados radiais dos dedos indicadores alisam firmemente para cima, em cada lado do tendo (Fig. 5-144). Sem perder contato, as mdos voltar- se, de modo que 0s lados ulnares dos dedos minimos pos: sam alisar levemente para baixo, até 0 calcanhar (Fig. 5-14B), Estes movimentos si0 repetidos quatro vezes. Capitulo 5 9 SEQUENCIADAMASSAGEMGERAL 85. Figura 5-14, Alisamento digital do tendéo de Aquiles. Alisomento Profundo no Pero e Coxa (© terapeuta deixa sua posi¢io e retorna para o lado da mesa, € a5 milos deslizam até a psigio para o alisamento profundo da perna, As mios efetuam entio um alisamento profundo em toda a perna coxa, retornando ao pé com lumalisamento superficial. Estes movimentos sio repetidos tues vezes, Alisomento Superficiol da Coxo, Perno e Pé Direitos teripeuta fica de pé, voltado para 0 lado direito do paciente, Movimentos de alisamento superficial sao efetua~ dos em todos os aspectos da extremidade direita, pro- gredlindo desde 0 quadril até o pé. Estes movimentos so repetidos quatro vezes. Coxa, Perna e Pé Esquerdes Agont, © terapeuta contorna a mesa, ficando voltado part o lado direito do paciente. Todos os movimentos Balsa descritos anteriormente pura o membro inferior dlireito so agora repetidos no lado esquerdo, Os movimentos so os mesmos, mas as posigdes clas malos direita e esquerda slo invertidas. Braco, Antebraco e Mao Esquerdes Ocermpeiitd continiia de pé,jinto a0 lads esqulerdo da ‘mesa, mas em uma posigo que lhe permita massagearcom facilidade a extremidade superior. Alisomento Superficiol nd Exremidode Supeii As duas maos sfo colocadas sobre a massa do mésculo deltdide (Fig, 5-15A) ¢ fazem um moviméiits conjunto de alisamento desde 0 ombro até as pontas dos dedos (Fig. 5- 15B). Seo terapeuta preferir, este movimento também pode ser efetuado com uma técnica em que as maos sio alter- nadas. Estes movimentos sio repetidos quatro vezes. Figura 5-15. Alisamento superficial na extremidade superior. 86 © PRATICA Figura 5-17. Amassamento com « almofada do poleger na extremidade superior. Alisamento Profundo Palmar Alternado sobre 0 Miisculo Delidide ‘As mios sio posicionadas em uma 4rea imediatamente istal as bordas do mésculo delt6ide (Fig. 5-16A). A mio ireita, em firme contato, alisa em uma direcao cranial, sobre ametade posterior do deltbide. Enquanto a mao direitaretor ‘na com um alisamento superficial, a mao esquerda faz um deliide (Fig. 5-16B). Esta mao retorna com um alisamento superficial € a mao direita inicia seu segundo alisamento, Estes movimentos sio repetidos dez vezes. “Amassamento com a Almofado do Polegar no Exiremidade Superior (© amassamento com a almofada do polegar efetado emtoda a superficie do membro, dividida em trés segdes— superficies anterior, lateral e posterior (Fig. 5-17). O amas- samento € efetuado desde 0 ombro até 0 pulso, € as macs ai ‘etornam com um alisamento profundo desde o pulso até o ‘ombro. Estes movimentos sto repetidos duas vezes. ‘Amassomento Polmar no Brago e Antebrogo Com a mio direta, 0 terapeuta efetua o amassamento (compressa) palmar, conforme foi descrito para 2 pera, 30 mesmo tempo em que apéia 0 brago do paciente coma mio esquerda (Fig. 5-18A); em seguida, deixa que o brago Fepouse na mesa, enquanto a mio que estava apoiando passa agora a apoiar 0 pulso, 0 antebrago é submetide 20 amassamento (Fig, 5-18B). Os tecidos da pare lateral do ‘brago € antebraco sto amassados pela mio direita. A mio dizeita retorna a0 ombro, € a mao esquerda 20 cotovelo, com um alisamento superficial, sendo entao repetido o amassamento do braso e antebraco. No final do segundo amassamento, a mao esquerda retorna a0 ombro € a mio direita, 20 cotovelo, para apoiar o brago em ligeira rotaclo externa como antebrago em supinacao. Em seguidia, € efe- twado oamassamento dos tecidos mediais pela mao esquer- a ea mio direita d4 apoio. Ao final do segundo amassa- ‘mento com a mio esquerda, ambas as mAoS retornam 20 ‘ombro com um alisamiento profundo (similar 20 efetuado ‘a perna ¢ coxa). Estes movimentos s20 repetidos tés vezes ‘com cada mio. ‘Amossomento Palmor Allernodo do Extremidode Superior Este movimento é efetiado na extremidade superior do mesmo modo descrito para a pemna, avangando desde 0 ‘ombro até 0 pulso (Fig. 5-194, B). Na Giltima repetigio, as mos no retorniam a0 ombro com um alisamento profun- do, mas permanecem no pulso, para dar inicio a0 amassa- ‘mento com a almofada do polegar, no dorso da mao. Estes ‘Movimentos so repetidos trés vezes. CapituloS » SEQUENCIADAMASSAGEMGERAL 87 Figura 5-19. Amassamento pelmer alternade na extremidade superior. “Amossomento com o Almofoda do Pleger, no Dorso do (O amassamento com a almofada do polegar ¢ efetuado ‘nos espagos entre os metacarpianos. O movimento tem ini- iono pulso e progride na direcao das articulagdes metacar- pofalangianas (Fig. 5-20). Os movimnentos chegam ao fim comumalisamento profundo pelos espacos metacarpianos, de volta para o pulso. Todo 0 dorso da mio pode ser tata- do desta maneira, operando nos espagos teciduais entre os ‘metacarpianos. Estes movimentos sao repetidos duas vezes. Alisomento com o Polegar no Superticie Polmor dos Arliculogées Metocarpofolongidnas ‘A mio do paciente € mantida em supinagio e apoiada pelos dedos das duas mios do terapeuta, que posiciona o Figura 5-20, Amessamento com a clmofada de polegar ne dorse da mae. Figura 5-21. Alismento com o polegar na superficie palmar das articulages metacarpofclangianas. polegar esquerdo na borda medial e o polegar direito na borda lateral (Fig. 5-214). Os polegares convergem no movimento de alisamento, chegando a se cruzar (Fig. 5- 24B). O alisamento € efetuado com uma firme press, ¢ 0s polegares retornam com uma pressto leve, como foi descrito para a superficie plantar do pé. Estes movimentos sto repetidos quatro vezes. Alisomento com 0 Polegor sobre os Emit Hipotenor ios Tenor e ‘A mio do paciente € mantida em supinacio, apoiada pelos dedos das duasmaos do terapeuta, que coloca opole- {gar esquerdo na eminéncia hipotenar eo polegardireito na ‘eminéncia tenar (Fig, 5-22). Os polegares fazem movimen- tos de alisamento alternados na directo do pulso com uma firme pressio, retornando com um alisamento suave. Estes ‘movimentos sao repetidos quatro vezes. Figura 5-22. Alisamento com o polegar sobre as ‘emin€ncias tenar e hipotenar. ‘Amoszomento com 0 Almofodo do Polegor, n0 Polegor @ Demois Dedes “oer ‘A mao € mantida em pronagio e apoiada na palma da mo esquerda do terapeuta. O polegar direito do terapeut, iniciando na articulagiomeracarpofalangiana, efetua oamas- samento em uma pequena frea do aspecto media! do dedo ‘minimo, comuma firme pressio transversal aodedo. O pole- ‘gar passa suavemente sobre 0 dorso dos dedos e faz o amas- samento no aspecto lateral. Em seguida, o polegar retorn ‘com um leve alisamento sobre o dorso do dedo e repeteo movimento na frea imediatamente distal. Este procedimen- totem continuidade até a ponta do dedo (Fig. 5-23A). Depois © polegar e 0 dedo indicador faze um alisamento firme, retomando a-base do dedo. Todo 0 movimento € efetuado duas vezes em cada dedo. O polegar € massageado do mesmo modo, exceto que a mio direita do terapeuta apis, enquanto os movimentos sao efetwadas com a mao esquer dda (Fig. 5-238). Estes movimentos sto repetidos tés vezes. Alisomento Profundo.do Exiremidode Superior ‘As duas mios alisam firmemente 0 membro em unit directo cranial, desde 0 pulso até o ombro, retorsam com ‘um movimento superficial. Estes movimentos sao repetidos tus vezes. Ap6s 0 terceiro alisamento profundo, o movi- ‘mentode reromo tomna-se 0 inicio do alisamento superficial Alisomento Superticiol do Extremidode Superior ‘As duas maosalisam altemadamente do ombro até as poo" tas dos dedos. Estes movimentos sao repetidos quatro vezes. Brago, Antebraco e Mao Direitos (O terapeuta contomna 0 pé da cama. fica de pé, ao lado direito do paciente, perto da mio direita; em seguids, repete todas as manipulagdes efetuadas anteriormente, agora no membro direito, Logicamente, em todos as mov mentos as mios do terapeuta estio invertidas. > SEQUENCIA DA MASSAGEM GERAL Copitulo 5 89 Figure 5-23. Amassamento com a almofada do polegar, no polegar e demais dedos. Terex Alisamento Superficial da Parte Superior do Térax As milos fazem alternadamenté um alisamento desde os, ‘ombros até 0 estemo, Abrangendo a 4rea com alguns alisa- mentos superpostos, antes de passar para o lado direito, sem entretanto desfazer 0 contato (Fig. 5-24). Opcional- mente, a mio direita pode comegar desde 0 ombro direito do paciente e, a0 terminar o movimento no esterno, a mio esquerda comeca 0 alisamento desde 0 ombro esquerdo, assim o contato nao se desfaz, Exes movimentos sao rep dos quatro vezes. Alisamento Profundo sobre os Ombros e em torne do Pescoso AAs duas mios, com os polegares aduzidos, sio posi- ionadas com as pontas dos dedos na metade da extremi- Figura 5-24. Alisemento superficial ne parte superior do térax. dade inferior do esterno (Fig. 5-25A). As maos fazem o alisa- ‘mento'simultaneamente; a mao direita avanca suavernente ‘em uma direpio cranial depois lateralmente ¢ em torno da articulagao do ombro esquerdo; a mio esquerda avanca também suavemente em urta diregao cranial, e em seguida lateralmente e em torno da articulagio do ombro direito (Fig. 5-25B). As duas maos continuam o movimento, alisan- do na diregio da linha média do c superiores do masculo trapézio (Fig. Depois que os dedos se encontram na espinha cervical inferior, a8 maos fazémi alisamento em tomo do pescoco, arrastando firmemente os mésculos para a frente (Fig. 5- 25D). A pressio diminui 4 medida que as «fos fazem 0 alisamento sobre a superficie anterior do pescogo, e retor- ‘nam & posigio inicial no esterno. Estes movimentos sio repetidos quatro vezes. Amassamento Digital desde o Esterno até o Ombro As pontas dos dedos da mio esquerda sto posicionadas ‘no estemno, sobre as fibras superiores do mésculo grande peitoral esquerdo, ¢ a mio direita € posicionada sobre a mao esquerda, para reforeé-la (Fig. 5-26A). A posigo com as mios invertidas € igualmente aceitavel. Em seguida, 0 amassamento é efetuado com as pontas dos dedos, movi- mentando-se no sentido horério em pequenos circulos, com uma leve pressio na parte superior e externa do culo e uma firme pressio na parte inferior interna. S80 completados quatro circulos, € cada circulo subseqtiente em uma frea mais proxima a0 ombro, Quando as pontas dos dedos atingirem a articulacao do ombro, a palma fari ‘um alisamento em torno dessa articulagio (Fig. 5-26B), € toda a mio retornaré em um alisamento profundo, de volta para 0 esterno, Estes movimentos sio repetidos és vezes no laclo esquerdo, Com as mios em uma posigio invertida (ou na mesma posicao), o movimento é efetuado no lado direito, em circulos no sentido anti-horirio (Fig, 5-26C) Estes movimentos sao repetidos trés vezes no lado direito. Figura 5-25. Alisamento profundo sobre o ombro e em torne de pescoro. Alisomento Profundo Aliernodo do Ombro olé o Esterno ‘As mios esto na mesma posigio da Figura 5-254 .Com toda a superficie palmar, a mio direita faz um leve alisa- mento até a articulagio do ombro direito. Em seguida, a palma faz um alisamento em tomo da articulagio € retorna 40 esterno com uma firme pressio (como no movimento anterior). O movimento é repetido no lado direito. Este alisamento alternado é repetido quatro vezes. Alisomenio Digitol em torno do Pescogo ‘As mios iniclam na posigo mostrada na Figura 5-26A. A mio direita faz um alisamento sobre a parte mais alta do ombro esquerdo e na dire¢ao da linha média do corpo. Quando as pontas dos dedos atingem a espinha cervical inferior, fazem um alisaménto em uma diregao cranial, até que a palma entre em contato com o pescogo. Em seguida, 1 milo arrasta 0s misculos para a frente, com firme press4o (Fig, 5-274), sobre a superficie anterior do pescoco clavicula exerce leve pressio entlo retoma & posiclo is ial. Depois 0 alisamento é efetuado do mesmo modo no lado direito (Fig. 5-278). Este alisamento-altermado é repeti- do quatro vezes. Alisomento Prolundo sobre os Areos dos Veios Jugulares Com os polegares em ampla abdugio, os demais dedos Guperticie palma da mio direitasio posicionados nolado esquerdo do pescogo, e os da mao esquerda no lado dire to, com as bordas dos dedos indicadores’nos lobulos das corelhas (Fig, 5-284). As mdos efetuam um firme alisamento ‘em uma dire¢io caudal, até a base do pescoco, mediante t ronagio dos antebragos € a abducio dos bragos (Fig. 5 28B). Os polegares no devem fazer qualquer contato.Com ‘uma pressio gradualmente reduzida, as mos continuam 0 alisamento até a extremidade dos ombros (Fig. 5-280) Estes movimentos sfo repetidos quatro vezes. Alisomento Profundo em torno do Pescogo Repita os movimentos para o alisamento profundo sobre © ombro ¢ em torno do pescogo (acima), mas reduz gradualmente a presto a cada pagsagem, até que o tiltimo ‘movimento seja efenado como um alisamento superficial Abdémen'- © terapeuta fica de pé 20 lado da mesa, e & dirita do paciente. Os joethos do paciente esto flexionados e poi dos sobre um travesseiro, Alisamento Superficial no Abdémen ‘Com o polegar em ampla abducéo, a mao diteita & posi- cionada sobrea borda inferior das costelas esquerdas, a mao esquerda é similarmente posicionida sobre a borda inferior das costelas direitas. As duas mios fazem 0 alisamento simultaneamente, ou altemadamente, até a sinfise pubiana, tratando todo o abdémen. As maos sao levantadas ao final do movimento, retornando a posi¢ao inicial sem contatar 2 pele. Estes movimentos sio repetidas quatro vezes, SEQUENCIADAMASSAGEMGERAL 91 CopiiuloS Figura 5-26. Amassamento digital desde o esterno ate o ombro. . Alisamento Profundo da Parte Inferior do Abdémen As pontas dos dedos das duas mios sto colocadas lado a lado, na sinfise pubiana. A mio direita faz um leve alisa- mento para fora, até a espinha iliaca superior anterior ‘esquerda, enquanto a mio esquerda alisa na dicegio da espinha ilfaca superior anterior direita (Fig. 5-294). As duas rmiios do continuidade a estes movimentos de alisamento, acompanhando a crista do iliaco, circundando até as costas, nna diregdo da espinha lombar superior. Em seguida, as pal- 92 ‘mas das mios fazem um alisamento para a frente, com uma firme pressio em torno da cintura (Fig. 5-29B) e sobre 0 abdomen, até a sinfise pubiana. (A finalidade deste movi- mento € manipular a musculatura abdominal, ¢ nao exercer pressio sobre 0 contetido abdominal.) Estes movimentos ‘so repetidos quatro vezes. Figura 5-28. Alisamento profundo sobre as reas das veias jugulores. Alisamento Profundo sobre a Parte Superior do Abdémen Uma das maos € posicionada de modo que os dedos situam-se sobre a borda anterior inferior das costelas ‘esquerdas, ea palma fica na base do esterno; a outra mloé ‘colocada sobre o dorso da primeira mao, para reforgo (Fig. '5-30A). As miios fazem um alisamento suave na diregao la- Figura 5-29. Alisamento profunde na parte inferior do abdémen. Figura 5-30. Al a4 {eral sobre as costelas, ém seguida sobre os misculos abdominais superioves (Fig, 5-30B) e finalmente retornam posicao inicial com uma firme pressio sobre a parte supe- rior do abddmen, Estes movimentos s4 repetidos quatro vezes, no lado esquerdo, ‘Uma das mos € entio posicionada com as pontas dos dedos na base do estemno ¢ a palma sobre a borda anteri- or inferior das costelas direitas (Fig. 5-30C). Repita 03 movimentos deseritos acima no lado direito (Fig. 5-30D). Para que a palma faga um contato satisfat6rio neste lado, © pulso deve ficar em completa extensio, no inicio do movimento, Estes movimentos slo repetidos quatro vezes no lado direito. Amossomento Polmor sobre o Célon A milo direita € posicionada sobre © quacirante diseito inferior do abdémen, de modo que a borda ulnar da mio situe-se a0 longo do oss0 pubiano, em uma posigao imet atamente medial 2 espinha iliaca superior anterior. A mao esquerta reforga a mio direita. A borda ulnar da mio dicei- tallevanta os tecidos em um movimento de concha, realiza- do pela pressio com esta mesma parte, rolandoa maosobre isamento piofunde sobre a parte superior Capitulo 5 2° SEQUENCIADAMASSAGEMGERAL 93 aborda tenaré medida que palma é empurrada na direggo das pontas dos dedos (que s40 mantidos em contato coma pele durante todo este movimento de concha). Em seguida, «as pontas dos dedos sio movimentadas para um ponto mais proximal sobre o c6lon ascendente, enquanto a mao “rola” de volta até sua borda ulnar, e 0 movimento € repetido. Usando este movimento, a massagem progride sobre 0 abdémen, cobrindo as areas dos colons ascendenite, trans verso € descendente (Fig. 5-314). O movimento muda ligeiramente sobre 0 clon descendente, de modo que a firme pressio € aplicada com a eminéncia tenar da palma da mio, € em uma diregao distal. © movimento termina ‘com um firme alisamento sobre @ parte inferior da rea do clon descendente (Fig. 5-31B), com a mio passando suavemente sobre a parte inferiordo abdémen até a drea do limite inferior do célon ascendente (posicao inicial). Estes movimentos sio repetidos trés vezes, Alisamento Profundo sobre o Célon As pontas dos dedos da mao direita sio posicionadas na borda inferior da area do célon ascendente, com a mio ‘esquerda reforcando a direita (Fig. 5-32A). As pontas dos Figura 5-31. Amassamento palmar sobre o célon. dedos fazem um firme movimento de alisamento sobre a rea do célon ascendente, através da irea do c6lon trans- verso (Fig, 5-328), e em um séntido inferior, sobre a rea do célon descendente (Fig. 5-32C); em seguida sobre a parte inferior do abdémen, até’ ponto de inicio. Estes movi- ‘mentos sio repetidos seis vezes. . ‘Amassamento Palmar Alternado sobre Todo Abdémen No lado direitodo abdémen, as duas mos, com 0s pole- ares em abducio, agarram os tecidos e, por movimentos alternados de flexdo e extensio nos cotovelos ¢ ombros, progridem através do abdémen, com um movimento de Figura 5-32. Alisamento profundo sobre o célon. a Figura 5-33. Amossemento palmar alternado sobre ode o ebdémen. Mi amassamento (Fig. 5-33). As duas mos retornam juntas para o lado direito, com um alisamento superficial. Estes movimentos sao repetidos quatro vezes. Alisomento Profundo no Parte Inferior do Abdémen Repita o alisamento profundoina parte inferior do abdé- ‘men (acima), reduzindo gradualinente a pressto até que o movimento termine se tornando um alsamento superficial Repit estes movimentos quato vezes 1 Oterapeuta olathe’ as aget 4 esquerda do" paciente.\© Gaciente est4 déitado em pronagio, com um travesséiro sob'o'abdémien (regio espinhal lombat)e outro’ sob'os tornozelos. A cablea do paciente pode ficar pési- cionada ‘dé diversas maneiras, dependendo'dé qual a Posigdo considerada mais confortével Capitulo > SEQUENCIADA MASSAGEMGERAL 95 Alisomento Superficiol nos Costas A mio direita € posicionada sobre 0 ombro direito, ¢ « no esquerda € colocada sobre 0 ombro esquerdo, com os polegares sittiados em um ponto imediatamence lateral 20s rocessos espinhosos da primeira vertebra cervical (Fig, 5-344). As duas mos, com os polegares em abdugio, fazem um alisamento simultineo até 0 sacro, abrangendo a maior érea possivel das costas (Fig. 5-34B). As avios podem retornar “pelo at* (ie, sem contato com © paciente) até a Posigao inicial. Estes movimentos sio repetidos quatio vezes, No final do quarto alisamento, as mos mantém con- ‘ato, de modo que ficardo em posigio para iniciar o alisa- mento profundo palmar. Alisomento Profundo Palmor nas Costos 1. Os dedos das das milos iniciam o alisamento profindo ‘no limite inferior do sacro; os polegares so cruzados, para reforco (Fig 535A), € a5 maos efetuam oalisamento ‘com uma firme pressio, em uma diregio cranial, a cada ado dos processos espinhosos. 2. As maos Séparam-se no pescogo e efetuam um alisamen- to sobre @ parte mais elevada do ombro, enquanto 0s polegares fazemo alisamentg até a primeira vértebra cer- vical, em aimbos os lados dos processos espinhosos (Fig, 5-358). Em seguida, as mfos retornam com um alisa- ‘mento, arrastando também para trés os misculos, até que as pontas dos dedos se encontrem na.extremidade do ombro (Fig, 5-35C). Ao mesmo tempo, os polegares efe- {vam um alisamenro em uma direglo caudal, em arubos stidos dis venabias evils Depols ss mos, com os polegarés em abdue4o; fazert’um dlisémento'lateral a articulagao. do. mbes Cie 5.35D).e.pelos lados das ‘costas até alia d'cintura, em seguida na direcao da “Tinka tédia do'corpo (Fig. 5.35E) e para baixoy-até que a3 pontas’ $dedos atinjam olimite inferior do Sacro, (Os ‘polegares se cruzam para a’obiencio de réforgo, enquan- {0 as mios comecam 0 alisamento na dire¢io Caudal, até ~osacro) Figura 5-34, Alisamento superficial nas costas. Figura 5-85, Veja a legenda na pagina oposta, 3. Asmiosfazem alisamento na diregdo cranial ¢ sobre os ombros, comé na etapa 2 Cacima) (Fig. 5-354), € retor- ‘nam o alisamento caudalmente, até que as pontas dos dedos do terapetita estejam niveladas as axilas (Fig. 5-35P), depois avancam lateralmente e fazem um alisa- ‘mento até 0 sacro, novamente como na etapa 2. 4, Asmaos fazem umalisamento em uma diregio cranial e sobre o ombro, como na etapa 2; retornam 0 alisa- mento cauidalmente até que os pulsos do terapeuta se encontrem nivelados com a cintura (Fig. 5-35G); em seguida, as mos avancam lateralmente e fazem novo alisamento até o saero, também como na etapa 2. ‘As mios fazem um ali ‘ombro, como na etapa 2, depois retornam o alisi- ‘mento caudalmente até que as pontas dos dedos se encontrem niveladas com a linha da cintura; em seguida, avancam lateralmente e fazem alisamento até 0 sacro (Fig. 5-35H), como na etapa 2. 6. As mos fazem um alisamento cranial, como na etapit 2,e retornam oalisamento sobre o ombro e em segui- da caudalmente, com as mos abertas de forma abranger toda a extensio das costas, retornam 20 sucro (Fig. 5-351). Estes movimentos sio repetidos trés vezes. ) | Amassamento com a Almofada dos Dados sobre as Fibros ‘Superiores do Trapézio ‘As almofaidas dos dedos da milo direitd (reforgada com a smidoesquerda) 546 posicicnadasna regiao cervical superior, » | sobte'as fbras do masculo tapézio direito (Fig. 536A). Elas fazem amassamento em pequenos circulos no sentido horirio, progredindo até o processo acromial (Fig. 5-36B). ) | Os dedos retornam a posicio inicial com um alisamento superficial. Estes movimentos sto repetidos trs vezes. O a Copitulo $ > SEQUENCIA DA MASSAGEMGERAL 97 Figura 5-35, Alisamento profunde palmar nas costas. lado esquerdo € amassado do mesmo modo, exceto que os Girculos so efetuados no sentido anti-horério. Também ‘este caso os movimentos sf0 repetidos trés Vezes, Alisomento Digital sobre as Fibras Superiores do Trapézio s polegares so posicionados nas extremidades das fibras superiores do trapézio, lateralmente aos processos ‘espinhosos das vértebras cervicais superiores. As palmas das !milos so posicionadas sobre a extremidade dos ombros. Figura 5-36. Amassamento com « almofade dos dedos sobre as fibras superiores de trapézio. Figura 5-37, Alisamento digital sobre as fibras superiores do trapézio. As duas mios efetuam um firme alisamento até os acrOmios, pegando 0 miisculo quando os polegares alcan- ama regido cervical inferior Fig. 5-37). AS mos retornam comalisamentos superficiais. Estes movimentos sao repeti- dos quatro vezes. ‘Amassomenta sobre o Regido Escapulor Reforcada pela mdo esquerda, a mio direita é posi- cionada com a palma acima da espinha da escépula direita, € como polegar em uma posigio imediatamente lateral 20 processo espinhoso da vértebra toracica superior. A palma faz amassamento em um circulo no sentido horitio, sobre a regio escapular superior (Fig. 5-38), em seguida desliza para efetuar um segundo circulo sobre a borda lateral da escpula, um terceiro circulo sobre o Angulo inferior da es- cApula, e um quarto circulosobre a borda medial da escapu- la, Os movimentos sto repetidos trés vezes. Atransigio € efetuada de um lado para 0 outro sem que ‘ocorra solucao de continuidade no contato, com a mao deslizando transversalmente com um alisamento superfi- Figura 5-38. Amassamento sobre a regio escapular, ial, Para massagear a regio escapular esquerda, a mio ireita € posicionada com a palma acima da espinha da escipula esquerda e a borda ulnar da mio em uma posi¢io, imediatamente lateral a0 processos espinhosos das vérte- bras toricicas superiores. O amassamento é realizado do mesmo modo que no lado direito, exceto que 0s drculos sio efetuados no sentido anti-horério. Estes movimentos sto repetidos trés vezes. Amassomenta Polmar Allernada sabre os RegiGes Torécica e Lambar ‘As duas mos so posicionadas no lado esquerdo da regio toricica superior. A mo esquerda faz um alisamen- to transversal até o limite lateral da regito dorsal direta, com uma firme pressio (Fig, 5-39A) e, durante 0 retorno desta mio para 0 lado esquerdo, a mio direita faz.um alisa- ‘mento transversal até 0 lado direito. Os mésculos sofrem amassamento pelo movimento altemado entre a8 m&os. Durante 0 retorno da mao direita, a mao esquerda faz novo alisamento em seu deslocamento para 0 lado direito, Estes Figure 5-39, Amassemento palmar alternado sobre as regiées tordcica elombar. Capitulo » SEQUENCIADA MASSAGEMGERAL 99 Figura 5-40. Alisamento palmer sobre « regiée lombar. movimentos séo repetidos, com as mios se alternando ‘quanto a directo, ¢ com uma progressio no sentido do li- mite inferior da regido lombar (Fig. 5-39B). Antes que a mao esquerda complete o movimento na 4rea lombar inferior, a mio direita € removida e posicionada na regido dorsal superior, para dar inicio novamente a toda a seqiiéncia de amassamento. Os movimentos sio repetidos quatro vezes. Alisomento Palmor sobre o Regiéo Lombar A mio direita, reforgada pela esquerda, € posicionada sobre as costelas inferiores no lado direito, com os dedos estendendo-se 20 longo das costelas (Fig. 5-404). A mio faz um suave alisamento desde a espinha até a regido lombar lateral do lado direito, ¢ retorna inferiormente as costelas, alisando na diregao da espinha comuma firme pressio (Fig. 5-40B). Estes movimentos s40 repetidos quatro vezes. O lado esquerdo é massageado do mesmo modo que o lado direito, exceto que a mao direita é posicionada com as pon- tas dos dedos na espinha, para o movimento inicial. Estes movimentos sto repetidos quatro veres. ‘Amossomento com o Almofado do Polegor sobre o Socro (Os polegares das das miios sio posicionados no limite superior do sacro, com as palmas em contato com as costas imediatamente acima da cristailiaca (Fig. 5-41). Os pole- agires fazer um amassamento alternado, em pequenos cir- culos, com uma pressio no sentido cranial, e progredindo para o limite inferior do sacro. Ao'retornarem, os polegares movimentam-se superiormente, coin, uma firme pressio. (Os movimentos sio repetidos quatro vezes. Amassamento Palmar Alternado das Nédegas A borda-ulnar da mao direita & posicionada na prega glitea direita, € a borda ulnar da mao esquerda € posi- cionada na érea da origém dos mésculos gliteos. Em segui- da, a massa muscular € agarrada e amassada em um movi- mento alternado, similar a0 descrito para o quadriceps. Deste modo, éaplicada uma pressdo, de tal modo que evita- sea separasao das nédegas (Fig. 5-42). A nddega esquerda, Figuro 5-41. Amassamento com @ almofade do Poleger sobre © secre, Figura 5-42, Amassamento palmar alternade das nédegas. 100 @ PRATICA massageada do mesino modo que a nédega direita. Estes, movimentos sio repetidos duas vezes em cada lado. Amossomento Profundo dos Nédegos ‘A mao esquerda apéia 0 mésculo, ou a mao esquerda pode reforcar a mao direita, enquanto a mao direita efecua uum amassamento profuindo sobre a nédega dieita (Fig. 5-43), clo mesmo modo que no amassamento sobre océlon, exceto que a parte cranial da palma da mio exerce uma firme pressio na direso da linha média durante todo 0 ‘movimento, para que seja evitada a separagio das nédegas. © movimento € repetido duas vezes. A nddega esquerda & amassada do mesmo modo que a nédega direita, com 0 mesmo nimero de repetigdes. Amossomento Polmar Allernodo sobre Todo © Regio das Costas Este movimento é o mesmo realizado no Amassamento Palmar Alternado sobre as Regides Toricica e Lombar (p. 98), com inicio na regido escapular superior, e tendo ontinuiidude por toda a regido das costas. Estes movimen- tos sio repetidos quatro vezes. Amassomento Digital no Mésculo Eretor do Espinho Esve amassamento dos tecidos € realizado entre o pole- garde uma das miios ¢ 0s dedos da outra. As almofadasdos dedos (falanges distais) indicador e médio das duas mios sio posicionadas em um local imediatamente lateral 20s pprocessos espinhosos da regido cervical inferior, ea falange distal de cada polegar € posicionada uma ou duas pole- ‘gadas abaixo das pontas dos demais dedos. (Esta posigao felativa dos dedos e do polegar € mantida para cada mio durante todo 0 movimento.) Usando um movimento circu- lare uma firme pressio, osdedos da mio direita mobilizam para baixo uma parte do misculo; simultaneamente, 0 polegar esquerdo, também,com uma firme pressio, pres- siona uma parte do masculo para cima; entio, o polegar direito pressiona uma parte para cima, enquanto os dedos da-mao esquerda mobilizam para baixo uma parte do mis- culo, também com um movimento circular. A progressdode ‘uma area para a rea seguinte € eferuada pelo deslizamen- Figura 5-43, Amassamento profundo das nédegas. to dos dedos durante 0 periodo de aplicagio da pressio, fisme, enquanto o polegar da mesma mnfo alisa superficial. mente a dren a ser tratada em seguida. (Este amassamento dos tecidlos entre o polegar de uma das maas € os dedos da outra é produzido pela flexdo/extensio alternada dos cotovelos ¢ ombros.) O amassamento temcontinuidade até ‘0 sacro. Este movimento habitualmente nao € repetido, Alisomento Profundo Polmor no Misculo Eretor do Espinho Neste movimento, as mos sio usadas alternadamente, A palma da mio direita é posicionada sobre 0 centro di ‘espinha, na regio cervical, € se move com uri alisamen- to superficial até o sacro. A medida que a mio direita vai se aproximando do final deste percurso (Fig, ‘esquerda inicia outro alisamento superficial. A milo dice ta retorna sem manter contato com 0 corpo do paciente ig. 5-448). Estes movimentos stio repetidos quatro vezes. Alisomento Profundo Polmor Repita o Alisamento Profundo Palmar nas Costas (aci- ma), reduzindo gradualmente a pressio at€ terminar com ‘um alisamento superficial ‘OntimeroderepetigBesindicadas para cada movimentona técnica para a massagem geral € 0 ntimero aproximado necessério para completar essa pritica em 1 hora, na veloci- dade de rotina para os movimentos (veja 0 Capitulo3).Issoniio deve ser interpretado como significando que toda massagem geral deve ser ministrada em exatamente 1 hora, ou que em todas as circunstincias cada movimento devers ser eferuado em cada drea como ntimero exato de repetigbes sugerido. ‘A massagem facial pode ser acrescentada a uma mas sagem geral. Pacientes com insOnia freq{ientemente res- pondem de forma muito satisfatéria A massagem Facial, € esta € uma pritica que funciona como um sedativo que ajuda em casos de cefaléia. Os movimentos slo efetuados sobre uma pequena drea, devendo ser suaves, de modo que habitualmente nio hi necessidade do uso de um lubxifi- ‘ante. Como sempre, as maos devem ser lavadas e secadas, antes do tratamento. Pode ser empregada uma pequena, ‘quantidade de talco fino neutro (no perfumado), se a pele estiver dmida com a perspiragio. ‘A técnica para a massagem facial descritaa seguir é um tiporecomendado para a sedagdono tratamento da cefaléia, € insOnia. Se nao foi ministrada uma massagem geral, 0 tratamento deve incluir os movimentos para 0 tOrax e a costas descritos anteriormente paraa massagem geral, lém da face, cabega e pescogo (descrito’ a seguir). paciente deve estar deitado supino (em dectibito) com a cabega apoiada sobre um pequeno travesseiro ou, rolo sob © pescogo. O terapeuta fica de pé, voltado par paciente em qualquer dos lados da mesa. Todos os movi ‘mentos sio efetuados com ambas as mios em unfssono, com a excecio do amassamento com a almofada clo pole gar sobre o nariz. Figura 5-45, Alisamento superficial na face. Capitulo 5» SEQUENCIA DA MASSAGEM GERAL 101 102 PRATICA Alisomenio Superfciol no Foce 1.As:palmas s2o posicionadas lado a lado sobre a testa, ‘com as eminéncias tenares a cada lado da linha média. Os dedos sio flexionados ligeiramente, para se aco- ‘modarem a cabega, com as pontas dos dedos repousan- do suavemente no topo da cabega (Fig. 5-45A). As pal- ‘mas fazem um alisamento até os limits laterals datesta Fig, 5-458), retomnando ao ponto inicial sem contato ‘como paciente, enquanto as mdos giram nas pontas dos dedos, Estes movimentos sio repetidos duas veres. 2. Os movimentos so os mesmos da etapa 1 (acima), exceto que as pontas dos dedos repousam na linha capilar, de modo que as palmas ficam posicionadas sobre as bochechas (Fig. 5-45C, D). Estes movimentos sio repetidos duas vezes. 3.As pontas dos dedos deslizam suavemente desde a linha capilar até as temporas. Os polegares sio posi- cionados juntos no centro do queixo (Fig. 5-45E). Estesdedos fazem o alisamento lateralmente 20 longo da borda da mandibula, até o lobulo da orelha (Fig. 5- 45F) retornam 20 queixo sem manter contato coma face. Estes movimentos sao repetidos duas vezes. 4.05 movimentos so os mesmos da etapa 3 (acima), exceto que os polegares comecam sob 0 queixo € fazem o alisamento sob a mandibula até o l6bulo da orelha. Os movimentos sto repetidos duas vezes. ‘Amassariento com o Alinafada do Polegar na Testo ‘As pontas dos dedos de cada mio mantém contato com ‘astémporas, eas almofadas dos polegares slo posicionadas juntas, no centro do limite inferior da testa (Fig. 5-46A). AS almofadas dos polegares fazem um amassamento simultS- ‘neo, em pequenos circulos (Fig, 5-468), continuando até a linha capilar. Os polegares retornam para o limite inferior cla testa sem contato com a pele, em 4reas mais late repetem os movimentos até que toda a testa tena sido mas- sageada, Os movimentos sao repetidos duas vezes. Alisomento Profundo no Testo ‘As pontas dos dedos de cada mao fazem contato com as témporas, eas palmas so posicionadas com asbordas radi. ais juntas sobre a testa (Fig. 5-47A). As palmas efetuam um alisamento lateralmente, a partir da linha média, com uma firme pressio (Fig. 5-47B), retomando sem contato com a face. Os movimentos S40 repetidos rés vezes. Amossomenio Alternado com os Alriofodos dos Polegores m0 Noriz As pontas dos dedos ficam em contato com as témpo- ras, €a5 falanges distais dos polegares s20 posicionadas na ponta do nariz (Fig. 5-484). O amassamento alternado com as almofadas dos polegares € efetuado nos lados do nariz, até a ponte nasal. Os polegares fazem uma pausa ‘com uma firme pressio nas duas depressdes formadas pela ponte nasal e a parte medial da crista supra-orbital (Fig. 5-48B), antes de retornar 3 posigio inicial, sem fazer contato com a face. Estes movimentos sio repetidos trés vezes. Ao final do terceiro movimento de amassamento, os polegaresmantém contato comas depressdes, prontos para dar inicio 20 préximo movimento. Alisomento Profundo no Cristo Supro-orbital Este movimento deriva-se do movimento anterior, sem {que ocorra soluglo de contiuidade ou de contato. Os pole- ‘gares fazem um alisamento para fora, com uma firme pressio sobre a crista supra-orbital (Fig, 5-49) e retornam sem fazer contato ‘com a face. Os movimentos s20 repetidos quatro veres. ‘ Alisomento Profundo do Cristo Infro-orbital Asimiios permanecem na mesma posicio do alisamento da crista supra-orbital (acima), permita que os polegares alisem a regito sobre a crista infra‘orbital (Fig, 5-50) € retornem a posi¢ao original pelo ar. Os movimentos S40 repetidos 4 vezes. Figura 5-46, Amassamento com as almofadas dos polegares na testa. | \ i | } | CopituloS ° SEQUENCIA DA MASSAGEM GERAL Figura 5-50. Alisemento profunde na crista infra- orbital. 103 PRATICA 104 ‘Amossomento Digitol desde & Témporo ol8 0 Espinho Cervicol 0s polegares permanecem sem contato coma face (‘no ar’), € as pontas dos dedos (também aqui sem deixar de ter contato com as témporas) simultaneamente efetuam um ‘amassamento em pequenos circulos, iniciando nas t&mpo- ras (Fig. 5-51A) ¢, acompanhando a linha capilar, continu- arn ao longo da parte posterior das orelhas até que os dedos se encontrem na espinha cervical (Fig, 5-51B). ‘Sem perda de contato coma pele, os dedos continuam a se movimentar com und firme pressao pela espinha cervi- ‘cal até 4 sétima vértébra cervical. Entdo, os polegares fazem Contato com os limites anteriores'dg trapézio, € o-alisamen- totem continuidaidé Gon os polegares é demais dedés sobre as fibras superiores do trapézio, reduzindo gradualmente a pressio até 0 topo dos ombros. Também nesta manipulacio as mos retornam as témporas sem contato com o paciente. Estes movimentos s30 repetidos duas vezes. ‘Amossomento com os Almofodos dos Dedos, desde os Témporos alé os Ombros ‘As pontas dos dedos fazem um amassamento em péquerios circulos, comecando nas témporas (Fig. 5-524), igura 5-51. Amassamente digital desde as témporas até a espinha cervical. passanclo defronte das orelhasaté 0s processos masi6ideos ‘Os movimentos continuam sobre os dois esternocleido- mast6ideos e fibras superiores dos misculos trapézios (Fig > 5-52B), e até 0 topo dos ombros, Em seguida, as mos tor. « ‘nam as témporas sem contato com 0 paciente, Estes mo -mentos sio repetidos duas vezes. Alisomento Profundo sobre o Areo dos Veios Jugulores - Este movimento € 0 mesmo jé descrito para 0 Alisa-{ mento Profundo sobre as Areas das Veias Jugulares, n.- segio sobre 0 Térak (Fig. 5-28), Estes movimentos sir repetidos quatrovezes. “3p + q ap RTE AE 3S ‘Aindisomento Palmot ids Bochechas' + SEQUENCIADE MASSAGEMLOCAL 109 3.0 polegar ¢ 05 demais dedos operam simultanea- ‘mente, mas a pressio deve ser diminuida, & medida ‘que 05 dedos se aproximam entre si, para que nic ocorra um beliscamento, 6. Deve-se tomar cuidado para que o volume do mis culo seja mantido bem atris, na palma da mao, entre a eminéncia tenar e coxim metacarpiano da palma (vejaa Fig. 6-14), 7.Na origem do miisculo, 2 mo é conduzida & posigto de pronagio, retornando posigio inicial com um al samento superficial sobre a rea tratada (Fig, 6-1D, £). Figura 6-1. Amassamento com uma des mées, ne Parte superior do brace ena coxa. PRATICA Wo > Figura 6-2. Amassamento com as dues mies, na coxa e parte superior do braso. Amassamento com as Duas Maos 1, Uma das mios ¢ posicionada fa insergZo do miscu- lo; como ocorre no amassamento com uma das maos; ‘a outra mo é posicionada em um local imediata- ‘mente proximal (Fig. 624). 2: Ambas as mios tentam agarrar 0 méximo possivel do volume miuscular. A superficie palmar dos dedos da mio, esquérda traciona lateralmente os misculos, ‘enquanto a superficie do polegar direito (em abdu- 40) € a palma da mao émptrram medialmente os ‘tecidos. Em seguida, a superficie da palma e 0 pole- gar (em abdugo) da mio esquerda empurréin simul- taneamente 05 miisculgs, enquanto a stiperficie pal- ‘mar dos dedos da mao direita traciona lateralmente tecido (Fig, 6-28). A progressao da parte distal paraa parte distal do midsculo"se concretiza, com um deslizamento das maos durante movimento de taco do amassamento, Este procedimento & muito ilar 8 técnica de torcedura descrita no Capinulo 3. Este no é um tipo'de movimento’em beliscamento. Pretende-se que 0 polegar e demais dedos de cada mo ‘mantenham a mesma relacio entre si durante todo 0 movi- ‘mento. AS agdes de empurrar ¢ tracionar sfo efetuadas sobretudo pela flexio € extensio dos bracos (ombros € cotovelos). Na origem do mGsculo, a mo proximal € removida, e a mao distal termina a agio com o movimento de “espremer” (veja a Fig. 6-1, E), retornando 4 posiglo inicial com um alisamento superficial, como ocorre no amassamento com uma s6 mao. Amassamento Digital com Ambas as Méos © misculo é agarrado em sua inserg2o por ambas as aos (entre 0 polegar e.0s dedos indicador e médio de cada mio). A superficie palmar dos dedos da mao esquer- da traciona os tecidos na direcao do terapeura, enquanto 0 polegar direito empurra ¢ afasta os tecidos adjacentes. Em seguida, os dedos da mio direita tracionam os tecidos, enguanto © polegar esquerdo empurra os tecidos adja- centes (Fig. 6-3). A progressio da origem até a insergto se cconcretiza com um deslizamento dos dedos durante o movimento de tracdo. Também aqui, este ndo é um movi- mento de beliscamento, O polegar ¢ os demais dedos de ‘cada mio s4o mantidas na mesma relagZo entre si durante todo 0 movimento. Os movimentos de empurrar € tra- ionar sio realizados sobretudo pela flexio e extensio dos bracos, nos ombros e cotovelos..© movimento de retomo € realizado com os dedos da mio distal. Este movimento é + praticado nos masculos dé pequeno volume. Devemos fomar 0 cuidado de garantir que as mios sejam mantidas na posi¢do mais paralela possivel 20 comprimento dos misculos, o que permitiri o maior contato possivel. Fries, ; ‘A fiero profanda ¢ os lndkagbes para seu uto exo descritas no Capitulo 3. A friccZo profunda € uma técnica aplicdvel, nas massagens locas, a0 atamento de cicatrizes eaderéncias de misculos, tendées ¢ articulagées. yura 6-3. Amassamento di méos, ne perna. TECNICA PARA A MASSAGEM LOCAL A técnica de massagem local que descreveremos a seguir e sua aplicagio as segdes anatémicas do corpo sto modificag6es do sistema Hoffa. Na aplicagtio dos movi- imentos de massagem as segdes anatémicas de uma extre- midade, a pare proximal deve ser tratada em primeico lugar, seguida dos segmentos mais distais. Depois, pode ser daca uma atengio especial as reas que exigem tatamento adicional. Os movimentos de alisamento e amassamento podem ser adaptades de modo a conformarem-seaos muis- culos de qualquer regiio do corpo. No inicio do tratamen- to, 0 movimento de alisamento precede o de amassamen- 10, eperiodos de alisamento e amassamento (oualisamento e fricgio) devem ser alternados, segundo a condi¢io patologica sob tratamento, 0 efeito desejado, e o resultado Capitulod 2 SEQUENCIADEMASSAGEM LOCAL 111 ‘que esti sendo obtido coma massagem. O movimento final sempre deve ser 0 de alisamento superficial A orciem em quea massagem € ministrada 10s diversos grupos musculares de cada segio anat6mica depende do distérbio que esti sendo tratado € da capacidade do paciente em ser mobilizado para as posicdes necessarias. Pode haver necessidade de alterar ligeiramente as técni- cas dos movimentos, para que sejam evitadas mudangas desnecessirias da posic’o do paciente. Em geral, a posicdo do paciente deve ser mudada o minimo possivel. As técnicas, conforme esto descritas, devem ser seguidas quando € possivel colocar 0 paciente na posicio ideal para a realizagao de cada movimento, Na maioria das cir- Cunstncias, 0 paciente deve deitar-se em dectbito, enquanto recebe 0 tratamento da massagem. Toda i seqiiéncia local sugerida neste capitulo seri sumariada em seguida, para que 0 leitor possa acquirir uma nitida com preensio de sua estrutura. —_— ee SEQUENCIA DE MASSAGEM LOCAL Extremidade Superior Brago Direito Pante Superior do Brago Direito 1. Grupo do masculo deliside 2. Grupo ds misculos extensorés (triceps e an¢éneo) 3. Grupo dos mistulés flexores (biceps, braquial €cora- Ugobraquia)-" nb Antebrago Direito 1. Grupo muscular medial 2. Grupo muscular lateral Mio Direita 1. Mésculos da borda radial 2, Mdsculos da borda ulnar 3, Superficie volar 4, Superficie dorsal Polegar e Demais Dedos 1. Superficie dorsal Extremidade Superior Esquerda (repita todos os movi- mentos na extremidade superior esquerda) Extremidade Inferior Coxa Direita 1. Grupo da pata de ganso interna (semimembranoso'€ semitendinoso) 2. Grupo da pata de ganso extema (biceps femoral) 3, Tensor da fascia lata 4, Grupo dos misculos quadriceps 5. Grupo dos miisculos adutores Pema Direita 1, Grupo dos mésculos tibiais anteriores 2, Grupo dos masculos peroneais 3.Grupo dos misculos da panturrilha (gastrocnémio solear) Pé Diteito ‘| Borda’ medi 2, Borda lateral _ 3. Superficle dorsal 4, Superficie plantar Dedos do Pé Direito Extremidade Inferior Esquerda (repita todos os movi- mentos na extremidade inferior esquerda) CabegaeTronco Costas 1. Grupo dos mésculos eretores da espinha 2. Grupo dos masculos trapézios e escapulares 3. Grande dorsal Abdémen. 1. Alisamento sobre todo o abdémen 2. Alisamento sobre a area do c6lon 3. Amassamento sobre a 4rea do célon Face 112 > PRATICA TECNICA PARA UMA SEQUENCIA DE MASSAGEM, LocaL Brago Direito © terapeuta fica de pé a0 lado da mesa e A direita do paciente. O paciente esti deitado em supinagao, com 0 Drago direito em ligeira abdusio. O bragoé dividido emtrés grupos musculares: deltdide, extensores e flexores. Grupo do Misculo Deltside Alisamento. As ios alisam alternadamente. Iniciandg 1a insergio do misculo (Fig. 6-4), 0 polegar de cada mi, passa por sobrea linha média do masculo; os dedos ca mao esquerda acompanham o limite posterior do misculo, encurvando-se em torno da origem até o centro (Fig. 6-48), 0 dedos da mio direita acompanham o limite anterior, de modo andlogo (Fig. 6-4C). Cada mio retornaré & sua posig20 inicial com um alisamento superficial (Fig. 6-4D). Figura 6-4. Massagem local no grupe do miscule deltéide. A figura continua. J Capitulo > SEQUENCIA DE MASSAGEM LOCAL N13 Figura 6-4. Continuasiio, Se 0 misculo € pequeno, pode ser alisado com a mao esquerda, enquanto a mio direita apéia o lado interno da parte superior do brago. Os dedos da mao esquerda acom- panham o limite posterior do miisculo, e o polegar acompa- ‘nha o limite anterior (Fig, 6-46); os dedos se encontram sobre oacrémio em um movimentode espremer Fig. 6-4F). ‘A mio esquerda retorna 4 sta posigZo inicial com um alisa- mento superficial. Amassamento. O amassamento com as duas mos € ‘¢fetuado em todo 0 mésculo, com o braco do paciente em parcial abduao, O amassamento progride desde a insercio até a origem do misculo (Fig, 6-4G). A mo esquerda faz um moviriento de espremer na origem do mésculo e retor- ‘na A posigZo inicial com um alisamiento superficial, enquan- toa mio direita retorna sem manter contato com o braco pelo ar"). © amassamento apenas com uma das maos pode ser efetuado com a mio esquerda, se o misculo € pequeno; a mio direita.apsia 0 braco (Fig:6-4H)., Gnipo dos Miiscislos Extensores (Tricepse Anc6neo) Alisamento. A mio direita apbia 0 cotovelo; a mio esquerda faz preensio em torno do misculo, na sua inser¢ao. O polegar acompanha o limite lateral do ticeps, € 0 demais dedos o limite medial deste misctlo, enquan- to. mio alisa a regido sobre o mtisculo (Fig. 6-54). Ao final do movimento, 0 polegar avanga em torno do limite poste- Fior do, delt6ide, os dedos’movimentam-se:até a axila, enquanio a mao efetua um movimento de espremer (Fig. 6 5B). Em seguida, a mio retoma a posi¢Zo inicial efetuando ‘um alisamento superficial, Figure 6-5. Massagem lecal co grupe de misculos extensores (triceps e ancéneo}. A figura continue. 114 © PRATICA Amassamento, O amassamento com uma das maos é efetuado sobre a mesma regio do alisamento (Fig. 6-5C, D), €a mio retorna com umalisamento superficial. Oamas- samento com ambas a5 mios poderd ser praticado se 0 ‘grupo muscular for volumoso. O braco do paciente fica em parcial abducio, e ambas as maos agarram o triceps, com a ‘mao esquerda na insercao ¢ a mao direita em uma posicao imediatamente proximal (Fig. 65E). Grupo dos Mésculos Flexores (Biceps, Braquial e Coracobraquial) Alisamento. A milo esquerda apbia 0 cotovelo, ea mio dielta agarra‘o grupo muscular ein sua insers30, abalxo da articulagio do cotovelo (Fig. 6.64). © polegar acompanha O limite lateral do grupo dos masculos flexores, € 0s demais, dedos o limite medial destes miisculos. Ao final do movi- mento, o polegar avanga em tornd do limite anterior do delidide, os demais dedos deslocam-se até a axila, enquan- toa mio efetua um movimento de apertar (Fig. 6-6B), Em seguida, a mio retorna @ posigao inicial com um alisamen- to superficial Amassamento. O amassamento com apenas uma das mios é realizado sobre a mesma regio do alisamento (Fig. 6-60). Pode ser praticado 0 amassamento com Figura 6-5. Continuasio. ambas as mios, se 0 grupo muscular for grande. As posiges das mios sfo inversas 2s descritas para o amas- samento com ambas as mios do grupo do triceps (veja a Fig. 6-58). Antebrage Direito antebrago € dividido em dois grupos musculares: medial e lateral, Grupo Muscular Medial © cotovelo do paciente ¢ ligeiramente flexionado, com ‘antebrago em stipinago, enquanto obrago repousa sobre amesa, O terapeuita pode usar umn travesseiro para apoiar 0 brago, em caso de necessidade. Alisameiito. A mao esquerda apéia o antebraco pelo pulso. A mao direita inicia oalisamento agarrando a metade medial do antebraco, também pelo pulso (Fig. 6-7A). Em seguida, 0 polegar avanga por sobre a linha média do ante- bbrago até 0 cotovelo, € sobre 0 condilo medial, enquantoos SEQUENCIADEMASSAGEMLOCAL 125 Allsamento. & mio esquerda & posicionaca no calea- nar, € a direita estabiliza a perna pelo joelho (Fig. 6-23). © polegar esquerdo avanca 20 longo da borda lateral do tendiio de Aquiles, ¢ continua pelo limite lateral do grupo ‘muscular, enquanto os demais dedos avangam 20 longo da borda medial do tendio e dl limite lateral do grupo mus- cular. A mdo agarra 0 grupo muscular, efetuando o alisa- mento na diregao das origens do gastrocnémio. O primeiro alisamento termina com 0 movimento de espremer sobre a cabega medial (Fig, 6-23B), o segundo, com o alisamento sobre a cabesa lateral (Fig. 6-23C). Os demais movimentos Figura 6-23. Massagem local no grupe des misculos posteriores da perna (miscules de penturrilha). A figura continue. PRATICA 126 © jure 6-23, Continuagso. ‘continuiam esta alternfinicia. A mio retorna a posi¢ao inicial com um alisamento supe‘ficial. x Se o grupo muscular é demasiadamente grande para ser agarrado com apenas uma das mios, poderd ser mas- sageado em duas segdes. O lado medial do grupo mus laré alisado com a mao esquerda, enquanto a mio direita apéia o joelho (Fig. 6-23D). O polegar esquerdo avanga pela linha média do grupo muscular’é 0 movimento de ‘espremer é efetuado na cabeca medial do gastrocnémio. A parte lateral do grupo muscular é alisada com a mao direi- ta, ¢ a mio esquerda apdia o joelho (Fig, 6-23E). O movi- mento de espremer & efetuado na cabeca lateral do gas- twocnémio.. : Amassamento. O amassamento com ambas as mitos & efetuadona mesma regidodo alisamento (Fig. 6-23). Ama0 esquerda retorna a posigéo inicial com um alisainento ‘superficial, ea mao direita retorna através do ar. Se o grupo muscularé muito grande, € efetuado um amassamento com ambis as maos sobre cada metade do grupo muscular (Fig 6-23G).:Optionalmente, se o grupo’ muscular é pequeno, 0 terapeuta pode efetuar 0 amassamento com apenas uma das mios, sobre todo 0 grupo muscular, Neste cas0, a mio esquerda faz 0 amassamento, enquanto a direita ap6ia a extretnidade. Se no € possivel que o paciente fique deitado em pro- nagio, 0 grupo muscular poder ser massageado com 0 paciente em supinagio. Com o paciente nesta posigao, uma das maos apis 0 joelho emligeira lexdo, enquantoa outra efetua o movimenta adequada (Fig, 6234); ‘© amassamento com ambas as mos € efetuado com 0 terapeuta de pé 20 lado da mesa e a direita do paciente. A coxa do paciente é girada lateralmente, de modo que ambas as mics possam agarrar facilmente 0 grupo muscular (Fig, 6-231. Se 0 grupo muscular € pequeno, o terapeuta pode efetuar o amassamento com apenas uma das maos, neste ‘caso, ele usa a mao esquerda, enquanto a direita ap. joelho em ligeira flexao (Fig. 6-23). ireito (© terapeuta fica de pé na extremidade da mesa, de frente para o paciente. O paciente esti deitado em supina- ‘80, com um travesseiro apoiando o joelho. Borda Medial Alisamenté. 8’ mao esquerda apéia 0 tornozelo no seu aspecio lateral, em uma area imediatamente proximal 20 calcanhar (Fig. 6-244), enquanto a mao direita agarra a metade medial do pé, pelos dedos. O polegar avanga pela linha média do peito do pé e por baixo do maléolo medial, enquanto os demais dedas avangam pela linha média da superficie plantar e em torno do calcanhar, até encontrar 0 polegaremum movimentode espremer (Fig. 6-24B).A mio fetoma A posigZo inicial com um alisamento superficial a Copitulo 6 » SEQUENCIA DE MASSAGEM LOCAL 127 Figura 6-24, Massagem local na borda medial de pé: Amassamento, © amassamento com apenas uma das mios é efetuado sobre a mesma regido do alisamento. A ‘mio retorna a posigio inicial comum alisamento superficial Borda Lateral Alisamento. & mio diteita apéia 0 tornozelo no aspec- to medial, em uma drea imediatamente proximal a0 calea- shar, enquango a mio esquerda agarra a metade lateral do pé, pelos dedos (Fig. 6-254), O:polegir avarica pela linha miédia'do peito do pé e abaixo do maléolo lateral. Aomesmo tempo, osdemiats dedosavangain pea linha média da super- ficie plantar e ém torno do calcanhar, indo encoftraro pole- garem tim movimento de espremer’(Fig, 6258) retotria posicao inical com um alisamento superficial. Amassamento, © amassamento com apenas uma das mos € efetuado sobre a mesma regiao do alisamento. A mo retorna a posicao inicial com um alisamento superficial. Superficie Dorsal Alisamento. Os dedos de ambas as mios so posi- cionados.na superficie plantar do pé, para apoi-lo. Os polegates efétuai’ movisienios curtos¢alternados entre 0 primeits €:segundo 030s, metatirsianos, progredindo e ‘dos dedos: AE 6.tor1 jozelo. Juntos, ‘os dois Polegares rétornam A posigao inicial'cort vim alisamento stiperficial: Estes dedos Fepetem ‘Os: ‘movimentos em cada page metatarsiano (Fig. 6-26), * Figura 6-25, Massagem local na borda lateral do pé. Figura 6-26. Massagem local no peito do pé. Amassamento. Oamassamento éefetuado com umdos polegares movimentando-se em pequenos circulos sobre a mesma regio do alisamento. O polegar direito efetua 0 ‘amassamento sobre o primeiro ¢ segundo espagos metatar- sianos, € 0 polegar esquerdo faz oamassamento sobre oter- ceiro € quarto espagos metatarsianos. Os polegares retor. ‘nam & posicio inicial com um alisamento superficial, Superficie Plantar Alisamento, & mio esquerda apbia 0 pé, segurando 2 parte anterior e dedos de modo que a superficie dorsal do pé fique encaixada ha palma da mio esquerca (Fig. 6-274), 5 dedos da mao direita sio flexionados nas articulagoes metacarpofalangianas e interfalangianas proximais. As falanges proximais sfo posicionadas em firme contato na base dos dedos (veja a Fig. 6-324). A mao alisa firmemente na direcio do calcanhar (Fig. 6-328). Enquanto 0 movi- mento progride, a mio direita ¢ rolada em pronagio (Fig 6-320), € 0s dedos sio estendidos, para permitir que a parte cranial da palma da mdo se encaixe no arco longitudinal do pé. A mio direita € removida e retorna & posi¢ao inicial através do a. Dedos do Pé ireito ‘Caso haja qualquer razilo para massagear os dedlos dos pés, serio apropriados os movimentos de alisamentoeamas- Figura 6-27. Massagem local na superficie plantar do pé. nos dlescritos para 0 polegar e demais a Fig. 6-15). Note:Se esti se pensandlo na porsibldade de une missagem da exttemidade inferior em seguida A remo¢io de um aparelho de gesso que foi bivalv:- do para o tratamento da extremidade, todos as movimentos ‘possiveis com o paciente deitado em pronagio deverio ser realizados, um ap6s 0 outro. Em seguida, e depois que 0 paciente foi reposicionado (posigio supina), todos os movie ‘mentos possiveis nest: nova posicao deveriio ser efetuccas. Perna Esquerda O terapeuta fica de pé ao lado esquerdo do paciente. Os movimentos sio eferuados conforme foi descrito para a perna direita, exceto que a mio direita € trocada pela es- querda e vice-versa. Regide das Costas terapeuta fica de pé a0 lado da mesa e & esquerda do paciente. O paciente é posicionado confortavelmente, deita- do em pronagao com travesseiros sob o abdomen e tornoze- los, com rolos de toallia sob os ombros. A massagem local das costas pode ser efetuada em trés grupos musculares basi- cos —ognipodoseretores da espinha, 0 grupo dos trapézios escapulares e 0 grande dorsal — embora seja Obvio que, Copitulos +» SEQUENCIADE MASSAGEMLOCAL 129 ccom freqiéncia,algumas panes destes misculos sejam mas- ssageadas simultaneamente, Comaexcegiodoalisamentodo ‘grupodos eretores da espinha, todos os movimentos sioefe- tuados de uma sé vez, em um dos lados das costas. Grupo dos Masculos Eretores da Espinha Alisamento. Os polegares s4o posicionadlos acadalaclo los processos espinhosos clas vértebras cervicais supe- riores, € 05 demais dedas sao posicionados nas fossas supraclaviculares (Fig. 6-28A), Ambos os polegares efetuam © alisamento firmemente a0 longo da regio cervical: na altura da sétima vértebra, os polegares sdo erguidos e cruza- los. Em seguicla, os demais dedos sio suavemente arrasta- los para tri, na diregio da sétima vértebra cervical (Fig. 6- 288), ¢ as palinas das mios alisam firmemente sobre os iiisculos eretores da espinha, desde a sétima vertebra cer- vical até 0 sacro. Em seguida, as mos se separam, € coms polegaresem, adugio, efetuam um alisamento com pouca pressio sobre as cristas iliacas (Fig, 6-28C), até a regio inguinal, retor- nando em seguida a0 sacro (Fig. 6-28D). Entio, as mos retornam com um movimento de alisamento sobre 0s mits- culos eretores da espinha até a sétima vértebra cervical, quando os polegares novamente so erguidos e cruziclos. Noalisamento de retorno, deve ser usada uma leve pressio, Figura 6-28. Massagem locel do grupo des méscules eretores de espinhe. A figura continua. PRATICA 130 © Amassamento. © amassamento digital com ambas as ‘ios é realizado, em primeiro lugar, no lado direito; em seguida, no lado esquerdo, iniciando na regido cervical e tendo continuidade até 0 sacro (Fig. 6-28E). A mao direita retorna com um alisamento superficial, enquanto a mao esquerda retorna através do a. Grupo dos Mésculos Tropézios e Escopulares Alisamento. Iniciando no lado direito, a mao dieita & posicionada sobre as fibras superiores do misculd wrap6zio, com o polegar na borda literal dos aaety espinhosos cervicais superiores, A mio agacra as fibras superiores do iiisculo rapézio direito ¢ eferua o movimento até 0acrémio, Enquanto a mio direita completa 0 movimento, a mio ‘esquerda inicia sua ago na origem das fibras médias do mtis- culo trapézio (Fig, 629A), movimentando-se transversal- mente na diregio do acrémio, com o polegar em abducio. Em seguida, a mao direita, com 0 polegar também em abducdo, € posicionada com o polegar ao lado dos proces- ‘505 espinhosos, ¢ com sua borda ulnar no limite das fibras inferiores do trapézio (na décima segunda vértebra tordcica), essa posigo, a mao movimenta-se para fora, na directo do acrémio. Ao chegar ao acrémio, a mio esquerda inicia o primeiro movimento de alisamento, sobre as fibras superio- res do tapézio. Depois a mio direita efetua um alisamento sobre as fibras médias (Fig, 6-29B), e a mao esquerda faz 0 alisamento sobre as fibras inferiores (Fig. 6-29B). Os movi ‘mentos sio efetuadas do mesmo modo no lado esquertio, exceto que a mio esquerda é trocada pela direita, e vice: versa. Amassamento, © movimento tem iniciono lado direito, Fibras superiores.O amassamento digital com ambas as, mos é efetuado sobre 2 mesma regio do alisamento. A mao direita retomna com umalisamento superficial, enquan- toa mio esquerda retorna pelo ar. Fibras médias einferiores. O amassamento com as duas ios é efetuado em ambas as regides (Fig. 6-29C). A mio direita retorna com um alisamento superficial, enquanto a mio esquerda retomna pelo ar. Figura 6-29. Messagem local nes miscules trapézio eescapular. % Sei. ‘Os movimentos S40 efetuados dorhesmo modo no lado esquierdo;'exceto que a indo esqueida € trocéde pela dice twe vice-versa, longo Dorsal Alisamento. Iniciando no lado direito, posicione a mao direita (reforgada pela mao esquerda) com o polegar na borda lateral dos processos espinhosos da rea lombar ¢ a borda ulnar na crista do iliaco (Fig. 6-30A). O polegar avan- 54.20 longo do limite medial do musculo, enquanto os SEQUENCIADEMASSAGEMLOCAL 133 Eu, Figure 6-33. Massagem locel por emassamento sobre océlon. 134 © PRATICA Face (Oterapeutafica de pé, ou sentado, na cabeceirada mesa. © paciente esta deitado em supinagao, com um pequeno teavesseiro ou rolo cervical para apoio da cabeca. A técnica descrita a seguir para a massagem da face baseia-se nos principios do método Hoffa, até 0 ponto em que os movi- ‘menios s2o aplicados a misculos individuais, ou 2 grupos de miisculos, ¢ que os movimentos da massagem acompa- ham a diregao longitudinal geral das fibras musculares. Devemos ter em mente que os masculosda expressio facial sto pequenos ¢ delicadas. Eles possuem pouca massa, sio delgados e estio localizados imediatamente sobre superfi- cies 6sseas. Uma parte significativa de suas estruturas est aderida a camadas subcutineas da pele da face. Por estas razées, a pressio dos movimentos da massagem deve ser ito pequena, particulammente quando a massagem esti ssendo aplicada a miisculos flacidos. Este tipo de massage & sobretudo aplicdvel em casos de paralisia facial, podendo ajudar na prevengio de contraturas, € na resolugio da fibrose. Esta massagem também proporciona uma significa- tiva estimulagio sensitiva aos tecidos, ¢ isso pode ajudar 0 proceso de recuperagio, cuso haja possibilidade para tal Figura 6-34. Massagem local nos mésculos da face. A figura continuo. Este tipo de massagem também pode ser rapidamente ensi nado ao paciente. Deste modo, o tratamento pode ser administrado mais freqiientemente ¢ em casa. Em geral, cada movimento avanga desde a inserclo até 2 origem do misculo, seguindo a ago muscular normal, Sempre que possivel, ds misculos paralisados sioapoiados na posicio do funcionamento normal, enquanto a mas- sagem esti sendo eferuada. O apoio pode serdado poruma das mos, ou pelos dedos (Fig. 6-34). “Tanto 0 alisamento como 0 amassamento sio efetuados ‘com as falanges distais dos dedos que estto sendo usados. ‘Um ou mais dedos, uin ou ambos 0s polegares, ou 0 polegar € um ou mais dos outros dedos podem ser usados, de modo 1a se conformarcom a forma, tamanho ¢ localizagao dos miis- culos (vejaa Fig, 634). Os misculos e grupos musculares que ‘so massageados sic 0 frontal (vejaa Fig. 6-344), orbicular do lho (veja a Fig. 6348, ©), nasal (veja a Fig. 6.340), os mis- ‘culos que elevam os cantos da boca e franzem o nariz (vejaa Fig. 6-348), orbicular da boca (vea.a Fig. 634F), 05 mdsculos que deprimem 05 cantos da boca-(veja a Fig. 6-346) € 0 platisma (vejaa Fig. 6 34H). Ao final dos movimentos da mas- sagem local na face;ambas as mos efetuam um alisamento superficial, desde o queixo até as mporas (veja a Fig. 6-340. — Copitule 6 > SEQUENCIA DE MASSAGEM LOCAL Figura 6-24. Continuaséo. 135 L A mio humana é uma das maravilhas da natureza. Ela & capaz de imensa destreza e sensibilidade, embora também possua trementa fora e capacidade funcional. Portanto, io surpreende que 0 controle de todos os aspectos do Fun- jonamento da mao esteja assentado em grandes areas do c6rtex sensitivo e motor do cérebro. Ao contririo de qual- ‘quer outra espécie, os seres humanos t@m a enorme van- tagem de um eérebro avangado, que é capaz de controlar uma mao incrivelmente versdti, Este aspecto certamente eu aos humanos uma vantagem significativa no desen- volvimento evolutivo. ‘Duas principais fungdes —sensitiva e motora—+ podem serimputadas 4 mao. As fungdes sensitivas so a feuniao de todas as informagoes recebidas pela enorme quantidade de receptores sensitivos nas diversas partes da mao, Estes sinais sensitivos sio transmitidos 20 eérebro e interpreta dos, comoa experiéncia do tato. Uma ampla variedade de informagdes pode ser percebida desta maneira, como temperatura, texture de objetos, entre outras. Uma exper- iéncia sensitiva mais global estd associada as maos. Esta experiéncia pode ser denominada informalmente sensi idacle “psiquica’, Certamente, toda sensagio é percebida corticalmente; contudo, a sensibilidade especial das mios pode permitir que algumas pessoas tenham enormemente aumentadas a percepgio e a integragao da experiencia sen- sori proporcionaca pelo tato. Pouca divida pode haver de que 0 ato do toque pode gerar respostas muito signi- ficativas nas duas pessoas envotvidas. Essa pode ser uma clas razdes pela qual a massagem dos tecidos moles de- ‘monstrou ser um instrumento terapeutico poderoso 20 Jongo dos milénios, e porque tantas pessoas ainda deposi- tam grande f na deposigio das mos. Emboct a palpacio seja uma parte muito importante no ‘exame de tum piciente, 0 valor das manipulagdes da mas- sagem como instrumento de avaliacao nAo foi ainda sufi- ‘cientemente apreciadlo, Com efeito, « palpacio desempenha ‘umn papel fundamental no exame da maioria das fangdes do corpo, ¢ certamente gozu de uma posigio proeminente na avaltaglo e tratamento dos clstirbios musculoesqueléticas. (0 faco de que as informaydes coligidas pela palpagio pare- ‘cem ser menos objetivas que as reunidas por instrumentos Capitulo 7 As Técnicas de Massagem em Tecidos Moles como Instrumento de Avaliacao reflete mais as limitagdes da instrumentagio do que os poderes da observagio humana. Existe nitidamente um grande potencial para as manipulagdes da massagem dos tecidas moles na avaliacio de todos os aspectos da funcao musculoesquelética. Em seguida, discutiremos brevemente © valor potencial da informagio sensitiva durante a realiza~ ‘G20 dos principais grupos de manipulagdes de massagem. ALISAMENTO SUPERFICIAL alisamento superficial fornece informagdes iniciais, sobre a pele e os gnipas musculares superficiais. Contorno, textura, tono e temperatura slo informacdes que podem revelar alteragdes agudas ou crOnicas nestes tecidos. Os tecidos de uma area podem ser comparados com os de freasadjacentes, para Verificarse as alteragbes sio locais ou generalizadas. Em particular, os locals dos poritos defla- gracores e dos pontos ce pressio podem, com freqiiéncia, ser identificados pelo uso dessas manipulagdes. Areas de alteragio na resistencia, temperatura e complacéncia da pele — fatores secundirios a alteragdes auténomas locais € nais — so as chaves para a localizaao destes pontos. A informacio coligida pelo alisamento superficial também pode ser utilizada como ponto de referencia, depois que forem aplicados os procedimentos terapeuticos especi cos. As alteragdes observadas apés a pritica de um alisa~ mento superficial fornecem dados subjetivos e objetivos sobre 0 efeito dos procedimentas usados. ‘Oallsamento superficial ajuda a avaliar a tensio muscu- Jar generalizada de indugio central. Também proporciona tempo para que o puciente se adapte ao “toque” do tera peut, € para que se acostume ao aumento co ingresso de informagoes sensitivas. Estas manipulagdes tém sido te cionalmente usadas pura 0 reluxamento do puciente, em- bora alguns pacientes que sao “tactilmente defensivos” pos- ‘sam necessitar de uma abordagem modificada. E importante que todo corpo clo paciente e sobretudo as deus que serio especificamente submetidas ao tratamento estejam rela- xadas; 0 relaxamento pode ser realeado € avalindo pelo alisamento superficial. 137 138 2 PRATICA AS vatiadas respostas a0 contato continuo ou inter- rompido provavelmente indicam a estimulacio seletiva de receptores t6nicos ou fisicas € 0 grau de poténcia central integrada de um ou outro tipo. Naotemos conhecimento de regras efigazes para a previsio de qual tipo de estimulagio sera mais potente; contudo, a experiencia indica que ocon- ALISAMENTO PROFUNDO: Oalisamento profundo (inclusive a e/fleurage), realiza- do lentamente sobre grandes areas, mobiliza os liquidos ‘nos canais linffticos e vensos. O alisamento profundo per- mite que o terapeuta adquira uma perceprio da contribui- (20 relativa do liquido intersticial para as tumefagBes locais € tegionais. A medida que as camadas superficais sto ava liadas, e mais informagio € desejada, 05 movimentos de ‘amassamento € levantamento dos tecidos podem identi- fiear musculos ou segmentos de mésculos especificos, tanto superticias como profundos, Estes movimentos tam- ‘bém podem ser usados no delineamento de vias vasculares, tenddes e ligamentos especificos, além das estruturas afins. ‘As variagoes especiais destes movimentos, como 0 rola- mento e arrastamento da pele, tém utilidade na identifi: cagio de alteragdes localizadas espectficas. Essas técnicas, sio similares 205 movimentos basicos da massagem doteci- do conjuntivo. Asalteragdes locais do tecido conjuntivo nio explicadas por condigdes patol6gicas conhecidas devem ser consideradas com as devidas precaugées. © arrasta- mento da pele usado para a avaliagdo da regio dorsal infe- rior pode geraralteragdes autOnomas indesejaves, caso.este movimento chegue até as zonas reflexas adjacentes e seja repetido diversas vezes. MOVIMENTOS DE AMASSAMENTO. Avnatureza dos movimentos de amassamento e levanta- ‘mento thes empresta um papel singular, particularmente na ‘valiagdo muscular. Podemos identificara rigidez ou atrofia. local ou generalizada nos misculos mediante o isolamento ea mobilizagio de estruturas especificas. Durante o trata- mento, 0 terapeuta pode voltar a uma 4rea que anterior mente havia oferecido resisténcia contra a mobilizaca0 ou levantamento, para avaliar a eficécia da terapia. Dessa forma, a massagem torna-se uma parte mais dinamica do tratamento. Um miisculo pode estar incapacitado de fun- cionar efetivamente devido a uma contratura de sua bainha tendinosa. Quando este problema fica reduzido pela apli- cagao de uma fric¢do profunda, o misculo passa a ficar mais mével e capaz de um movimento mais ativo. Assim, sio concretizados tanto a avaliagio como 0 tratamento. PERCUSSAO E VIBRACAO tratamento dos distirbios pulmonares (veja 0 Capitulo 9). Geralmente efetuadas sobre a parede toracica —¢ especi camente sobre as costelas e miisculos intercostais —, estas técnicas também fornecem evidéncia indireta de inflacio e complacéncia dos pulmdes, e de infitragdo ou aderéncia dos pulmées e estruturas circunjacentes. Sao utilizadas téc- nicas percussivas seletivas ou precisamente aplicadas, com, objetivo detestaras respostas reflexas dos misculos; essas técnicas podem ser usadas na estimulagio de estruturas i- ‘gamentares etendinosas especificas. Freqdentemente, ador de rechago, em seguida & percussio, pode ter um significa. do especifico para certos distirbios onopédicos. MOVIMENTOS DE FRICCAO PROFUNDA ‘Os movimentos de fricgo fornecem a informagto mais cespecifica e methorlocalizada acerca de certas estruturas do tecido conjuntivo, podendo ser avaliadas a complacéncia e a aderéncia. Podem também ser avaliados os compartimen- tos fasciais e bainhas musculares, cépsulas articulares, bai- anhas tendinosas e estruturas afins, e as alteragdes genera- lizadas nestas estruturas podem ser identificadas e avaliadas. A fricgao transversal pode ser usada na avaliagao da mobil dade da cépsula articular, especialmente em torno de art- culagbes superficias. Em geral, a friogdo transversal é mais, efetiva que a fricgo longitudinal na producdo de deformi- dade plistica dos tecidos-alvo. Em alguns casos pode haver necessidade de combinar a técnica com o movimento passi- Yo ou 0 posicionamento seletivo para 0 alinhamento de estruturas especificas (com o objetivo de proporcionar a adequada apresentagio e tensto do tecido). A percepgioda dor fica alterada, e pode ser obtido 0 alongamento do teci- do conjuntivo mediante repetidos movimentos oscilat6rios de uma estrutura apresentando aderéncias e das estruniras receptoras circunjacentes. RESUMO. Todos os movimentos aqui mencionados so vélidos tanto como parte integrante da arte da massagem, comoum instramento de avaliagdo em outras Areas terapéuticas. Caso sejam tomadas as devidas precaugdes no sentido de relacionar os achados a estruturas anatémicas espectficas, boa parte do que normalmente passa por informagio sub- jetiva poder se revelar de forma mais objetiva — e, por- tanto, mais sti (O terapeuta pode retornar, durante 0 tratamento, a uma 4rea que anteriormente havia resistido a mobilizagao ou le- vvantamento, para avaliar a eficicia do tratamento. Assim, a massagem passa a ser uma parte mais dindmica do trata- mento, Um misculo pode estar incapacitado de funcionar cfetivamente, devido a uma contratura de sua bainha tendi- rosa. Quando este problema é minimizado pela aplicago de fricgio profunda ou de outra manipulagao qualquer, © misculo poderd adquirir mais mobilidade e, portanto, sera capaz de maior movimento ativo. Pode nio haver dor depois dessa amplia¢ao da faixa de movimentos. Nesse caso, 0 terapeuta realizou tanto a avaliagio como 0 trata- mento. Neste capitulo, apresentamas ouso da massagem na pre- vengao e tratamento das lesdes esportivas em todas as faixas etirias, part idosos e pacientes terminais, e para bebés criangas muito novas. Também faremos um esbogo das infor- mages basicas € técnicas usadas para cada caso, Sera citadas as técnicas jé descrtas nos capitulos precedentes descreveremos sua plicagio no esporte em idosos. MASSAGEM ESPORTIVA istoricamente, as definig6es constantes nos manuais de massagem tém se referido 20s movimentos separadores (Rawlin, 1930), & cura (Basmajian, 1985; Krieger, 1973; ‘Major, 1954) e estimulacaomecdnica dos tecidos mediante a aplicacdo de pressio e alongamento (Beard & Wood, 1964; Wood & Becker, 1981) Na Odisséia, de Homero (c. Século VITI 2.C), pela primeira vez foi relatado 0 uso da massagem concomitante- mente is atividades atléticas (Graham, 1902). Herédoto, no século V a.C., e Hip6crates (c. 460-375 a.C.) escreveram sobre massagens que eram ministradas com 0 objetivo de reparar os competidores para extenuantes provas de forca. ‘A massagem visava fazer com que os tecidos ficassem mais, maledveis, impedindo rupturas e torgdes. Os gladiadores eram massageados depois de provas de forga e pelejas, para o alivio das dores ¢ contusdes, para desfazer inchagos, € para seu refrigério. Os “ungidores” —homens que prati- cavam a medlicina ou, mais comumente, escravos — mas- sageavam os pugilistas antes e depois da competicéo. "A massagem esportiva — algumas vezes chamada “apo- terapia” — foi revivids das suas origens gregas com seus gi- nastas, pugilists e gladiadores no século XX, tendo sido mais tensiio — mais rptura” ‘Osefeitos das técnicas de massagem que podem ser uti- lizadas no esporte sio fisicos, fisiol6gicos e psicol6gicos, sendo coneretizados por meio dos mecanismos reflexos € meciinicos descritos no inicio deste texto No tratamento dos atletas em suas diversas atividacles, a facilitaga da circulagio capilar e do Mluxo la inf nao ape- nas reforga o aporte de nutrientes e a remogiio das produtos indesejéveis do metabolismo, mas também garante que tumefagbes e induragbes sejam reduzidas, aderéncias sejam, rompidas, tendlées e ligamentos contraidos sejam estendi- 139 140. © PRATICA dos, ¢ a pele aquecida ¢ mobilizada sobre 05 tecidos subja- centes (Drinker, 1939; Drinker & Yoffey. 1941; Graham, 1913; Kleen, 1921; Krough, 1929; Ladd etal, 1952; Maggiora, 1891; Pemberton, 1945; Starling, 1894, Wakim et al, 1949). Algumas formas de massagem provocam efeitos refle- X08, como a vasodilatagio ou constrigao dos capilares, relaxamento ou estimulacio dos misculos voluntirios alivio ou exacerbacao da dor, com diversas variagdes dos dados sensoriais aferentes (Bugaj, 1975; Ebner, 1956; Jacobs, 1960; MacKenzie, 1923; Mattson Porth, 1986; Menneli, 1943). A vasodilatagao periférica e 0 aumento do fluxo sangiiineo petiférico foram observados por Skull (1954), Ocorre libera- Gio de acetilcolina, ea histamina e subst&ncias similares pro- duzem vasodilatacao. A literatura ndo apbia 0 uso de lubrificantes, cremes ou agéis. Para técnicas mais profundas, as substancias oleosas podem reduzir demasiadamente a fricgo, rornando osteci- dos escorregadios demais para que possam ser agarrados, © 0 tratamento ineficaz. Iré ocotrer contra-irritagao local 3 medida que qualquer agente penetrante for absorvido pelo sangue nos capilares cutineos. Em decorréncia do uso, deste tipo de substincia, um aquecimento € um brilho, agradaveis poderio ser produzicos, mas 0 tinico efeito nos tecidos mais profundos é a redlugao doseu fluxo sangitineo, ‘com 0 aumento da circulagao na pele. Contudlo, as subs. tncias penetrantes sio rapidamente removidas do local, « assim elas ndo tém qualquer efeito duradouro ou sistémieo (Tappan, 1988). importante que qualquer pessoa que aplique massagem ‘espontiva lembre-se que ela mio serve como substituta dos ‘exercicios de alongamento e aquecimento, A massagemdeve ser um meio auxiliar destas atividades, que sio uma pre- paragio muito importante para qualquer esforgo atlético. A Tabela 8-1 fornece uma lista de técnicas de massagem Greis para a massagem esportiva, ¢ uma breve informacio, Sobre seuts principais efeitos e indicagdes. Esta tabela pode: ‘TABELA 8.1 MASSAGEM ESPORTIVA: TECNICAS, EFEITOS E INDICACOES TECNICA Massagem medicinal seca Effieurage ‘Alisamento Pétrissage amassamento, torcedura, beliscamento, ironing, rolamento da pele) ‘EFEITOS PROVAVEIS Drenagem linfitica, relaxamento Relaxamento ou estimulagio ‘Acestimulagio do fluxo sangtiineo remove 0s detritos metabélicos € proporciona nutrientes; ANDICACOES: Edema, tensio fisica, estresse psicol6gico, imobilidade e letargia Retengdo dos produtos imprestiveis do metabolismo, ma circulagio, movimento profundo dos imobilidade, aderéncias, tecidos moles contraturas Fricgdes (circulares) Rupoura das aderéncias Aderencias, contraturas Tapotement(cutiladas, Estimulagio das terminagdes MA circulagao, reflexo de socamento, pancadas) nnervosas periféricas e da estiramento inativo circulaga0 Fricgdes de Cyriax Transversais| Prevencioe ruptura de aderéncias, _Lesbes musculares e ligamentares movimento, hiperemia traumitica, alivio da dor Massagem do tecido conjuntivo Segio basica ‘Movimentos longos ¢ curtos Movimentos de equilibrio vasculares Acupressio/Sbiatsu (pressio com Estimulagio dos sistemas nervosos somatico e auténomo; efeitos reflexos produzem alteragbes Homeostasia, equilibrio de Ch'(K) subagudas, aderéncias cronicas, tenossinovite, tendinite, vaginite Doenga vascular periférica, aderéncias, insuficiéncia circulatéria Dor, dlistirbios funcionais 05 cledos em pontos especiais) (energia) Ponto deflagrador Aplicagio de gelo Reduz as respostas reflexas Dor local, ensio muscular, dor ‘Alongamento ‘musculares; relaxamento referida Pressio ‘muscular, redugdo da dor i Liberagio miofascial ‘Alongamento Reduz a constrig0 e dor Restrigio fascial e muscular, dor { Cepitulo8 setvir dle orientagao na selegio da técricn para dleterminads condicio. As proprias técni deseritas em outrts partes deste testo, AS contea-indlicagdes gerais para a massagem jt foram colocadas nos Capitulos 3 € 4; nfo serio aqui repetidas. Quando ocorre uma lesio aguda, o regime de repouso, gelo, compressio ¢ elevagio (RGCE) deve ser imediata- mente instituido. A, massagem néo deve ser usada em c3s0s le kiceragbes completas. nas primeiras 48 horas apés una lesio muscular, ou quaindo. dor é muito intensa. Uma parte que exiba qualquer sinal de inflamagio (por exemplo. uma acumulayao de liquido no tecido muscular, apresentando um “chanfio*, indicando hemorragia intramuscular {como corre numa coxa “arrolhada’) deve ser watada com 0 maior cuidado, ¢ 0 repouso é essencial [As t€cnitas ca massagem esportiva nio sao diferentes das usadas para outrasaplicagdes. A selegaoe aplicagiocri- teriosas dis técnicas de massagem apresentacas na Tabela 841 proporcionardo beneficios consideriveis para os part- MASSAGEM PARA FINALIDADES ESPECIFICAS 141 Osumdrio na Tabela 8-1 fornece informagdes relevantes. sobre a aplicugao cla massagem. Técnicas de massagem, especificas podem ser escolhidas para inchagos/eders, aderéncias, contraturas, dor ou algum outro sinal ou sin: toma. A massagem seri aplicada mais adequadamente como parte incegrante de um programa terapéutico com- pleto. A massagem pocle seguir-se ou preceder a aplicagio de uma bolsa quente ou gelada, ultra-som terapéutico Ou estimulagdo elétrica; € pode Fucilitar a mobilizagao ou manipulagio das articulagdes. Os regimes de exercicios devem ser complementares, de niodo a dar continuidade 408 efeitos obtidos por meio da massagem. Recomendamos a mensuragio, antes e clepois do trata mento, da tumefacdo/edema (por exemplo, a circunterén- ‘cia ou técnicas de deslocamento de liquidos), ca amplitucle de movimentos articulares e tensio muscular (por gonio- metria e por métodos de mensuracdo similares) e cla forga muscular (por dinamometria ou registro grifico). Também slo recomendiveis a determinacio das Areas cla pele em que ocorreu mudanga de temperatura e cor, Estes sinais objetivos, bem como a informagio detalhada acerca de cis fungdes e discrepancias (por exemplo, comprimento ct perna), proporcionam a evidéncia dos efeitos da mas- ‘sagem. A reavaliagdo informa ao terapeuta se deve contin- vvar com o mesmo tratamento, ou se ele modalidades alter- nativas se prestam melhor aos resultados desejados. Os profissionais que trabalham com atletas esti em uma osigao ideal para usar a massagem preventiva, antes das provas/atividades, para lesbes agudas e crOnicas, para a Festauragio do estado normal dos tecidos moles e part me- Ihorar o nivel de desempenho do cliente _Massagem Pré-evento Para a promogto da velocidade, forca e resistencia, € para evitar lesdes, € razodvel 0 uso da massagem para (1) romper aderéncias, (2) aumentar a nutricao celular, (3) aumentar a circulacdo e (4) reduizir o espésmo muscular: A duragao ideal para a aplicagto da massagem € de 20 1 30 minutos antes do aquecimento — especificamente ulon- gando as pantes do corpo que sera submetidas A maior ten- sao durante o evento (Calder, 1990). Antes da massagem, um répido banho de chuveiro para u estimulagdo das er- minagdes nervosas periféricas deve comecar com figua té- pida, a cercu de 45°C, terminanclo com gua fria (25°C). Essa chuveirada final (Fria) deixa estimukidos os receptores sen- sitivos ea temperatura central em um nivel normal Tappan, 1988). A massagem nao deve, ent si, aumentar a tempe- ratura central do corpo; entretanto, cleve aquecer as partes do corpo que irdo se beneficiar mais com 0 aquecimento ¢ alongamento especifico subseqtientes. Isso € particular. ‘mente importante para eventos clo tipo da maratona, poi estio associados a um risco misior cle aumento da tempe- ratura corporal central, especialmente em climas quentes em dias em que a umidade do ar esti elevacla. Nestas cir- Cunstincias, 0 tempo de aquecimento deve ser redluzido, © Gnico meio objetivo de avaliar 0 efeito sobre a tempe- ratura central € 0 termOmetro reta Com o cliente deitado em pronacio, em uma posigo repousuda € confortivel, 0 terapeuta faz uma efflewrage fas costas, iniciando suavemente e progredindo cada vez 142,» PRATICA mais profundamente, para facilitar 0 relaxamento. Pode, ser usadas técnicas de pétrissage profunda. como 0 amassa- mento, part os grandes grupos musculares. como 0 trapé- zio, 0 eretor da espinha, 0 grande dorsal e 0 rombéide. Completam a massagem das costas um pincamento € a torcedura das fibras superiores do trapézio, 0 duplo “iro- ning” com as mios planas (para cima e para dentro, trans- versalmente aos masculos do tronco € até a regiao da colu- ra vertebral), 0 rolamento da pele e as friegdes a cada lado. dos processos espinhosos. Caso tenham sido percebidos sinais de aumento ca tensio ¢ sintomas de dor ou descon- forto, estas ocorréncias devem ser enfocidas. Outra técnica aplicdvel € friegio dos tendées, ligamentos e jungdes mus- culotendinosas. A massagem dos misculos mais ativa- mente envolvidos em esportes especificos — por exemplo, (0s mtisculos superiores dos nadadores, arremessadores € tenistas, ¢ os membros infetiores de corredores, jogadores, de futebol e corredores com barreiras — deve ser aplicada seletivamente (Nekrasov & Chuganov, 1991). Os atletas interessados devem receber instrugdes para que possam automassagear-se nos grupos musculares mi mados. Enquanto a massagem para o membro inferior seja relativamente ficil, existe uma maior dificuldade no membro superior, onde apenas uma das mios estard disponivel. E preciso muita imaginagao para a automas- sagem das costas e nadegas, como, por exemplo, bolas de borracha no chfo, ou uma almofada mecinica ou elétrica ‘ou um conjunto de bolas de madeira em fieira, no estilo oriental (Clews, 1990; Prentice, 1986; Tappan, 1988). Um tapotement ripido, por exemplo, cutiladas, € apli- cado mais efetivamente na conclusio da sessio de mas- sagem, por proporcionar uma estimulacao geral do sistema nervoso. Além disto, este movimento cria uma sensacdo de bem-estar e garante que o atleta esteja pronto para partic- par. Ou seja, a massagem deve incrementara preparagiodo corpo e da mente para o aquecimento e alongamento antes do exercicio vigoroso. Massagem pera Lesées Esportives Embora seja preferivel a prevengio, uma lesio pode ‘ocorrer a respeito da melhor preparagio. Antes que passe- ‘mos para.as estratégias ca massagem apés a competigio ou exercicio, discutiremos 0 uso da massagem no tratamento das lesdes agudas e crénicas. Lesies Agudas Para as lesdes ligamentares € tendinares, € prefe incentivar 0 desenvolvimento precoce de uma rede fibrilar ordenada. Desta forma, pode serestabelecido um teciclocon- juntivo fore e flexivel, € 0 tecido lesionado pode ser restau ado até seu comprimento correto. Com demasiada frequén- Cia, as estruturas se curam (cicatrizam), ficando maiscurtas do que deveriam, tornando-se assim vulnerdveis a les6es mais, extensus € repetidas. Fricgbes transversais profundas, como ‘as ensinadas por James Cyriax, podem ser usadas para “far” as fibrus (Cyriax, 1980). Conforme foi delineado na seco que idou as friogbes de Cyriax (Capitulo 3), esta “fiagao” € andloga A separagio dos filamentos individuaiscle um pedago de barbante enrolado sob odedo. A rede fibrilar esti presente 48 horas upésa lesio ese mio for incentivada a recuperar-se ‘em uma posigo plana, iri sofrer um espesso enrolamento, levando ao encurtamento ce toda a estrutura (Stearns, 1940), AA fibroplasia pode ser evitada mediante a inibi¢do de uma reagio inflamatéria (Ketchuin, 1977). Infelizmente, raramente as fricgbes profunclis sio com. pletamente efetivas, ¢ assim hi necessidade de outros mecanismos, como 6 alongamento € agentes eletrofisicos, para reduzir 2 formagio do tecido cicatricial espesso resul- ante da fibroplasia (Akeson et al, 1977; Noves et al, 1974), Foi demonstrado que a imobilidade leva 8 formagao de teci- do cicatricial em estruturas de tecido mole, causando dor quando 0 movimento recomega (Cooper, 1986; Mason & Allen, 1941; Noyes, 1977; Tipton etal, 1970: Woo etal, 1975), ‘Outros autores CAkeson et al, 1977; Stearns. 1940; Vailas et ‘al, 1981) verificaram ser provavel que o movimento impest a formagio de cicatrizes por trés modos. Primero, € est- mulada a sintese dos proteoglicanos; segundo, a tensio mecinica do movimento promove uma deposicdo ordenacts de novas fibras coligenas; € terceiro, é evitada qualquer interligagio molecular que resulte em um colégeno curto e espess0, Além disso, 0 tecido conjuntivo fica lubrificado através do movimento, ¢ as fibras sto mantidas separadas, assegurando uma remodetagem efciente da estrutura. Laceragées ligamentares recentes (le, rupturas Ou lace- rages cle pequena extensio das fibras ligamentares) es- pondem bem a fricgSes menos vigorosas aplicadas imedia tamente, para que seja passivamente mantida a mobilidade no ligamento. Fricgbes transversais leves podem ser apli- cadas quando os fibroblasios estio recém-formados, € antes que fiquem firmemente aderidos. Fricgdes profundas vigo- r0sas si mais apropriadas nos casos de laceragdes crOnicas. Estes movimentos induzem o efeito atenuador da hiperemia (Chamberlain, 1982) 20 aumentar a circulagio sangtines para a irea, de modo que a substincia P(de Lewis) € destrut- da com maior rapidez. Em decorréncia disso, a dor fica reduzida durante tratamento, que habitualmente leva de 15.2 20 minutos, € por cerca de meia hora depois da mas- sagem (Tappan, 1988). Analogamente, qualquer aderéncia que prenda os ligamentos 20 oss0 subjacente pode ser par- ‘ida, para facilitar uma cicatrizagio mais normal, por exem plo nas lesdes aguas. Jé tivernos a oportunidade de enfati- zar a importincia do movimento durante 0 proceso de \rizagdo. Também nao & demais mencionar a importin- ciada prevengio da formagio de tecido cicatricial a manu- tengio do comprimento das estruturas envolvidas. As técnicas aplicadas para a tenossinovite e tendinite exigem que o tendio seja estirado (alongado), para propor- cionar uma base sobre a qual a bainha possa se movimentar (Conforme foi descrito no Capitulo 3). Nao esti dentro das finalidades deste livro a discussao de outras modalidasdes, mas é interessante observar que a dor intensa associada 20 tecido cicatricial em tenddes pode sertratada pela infiltrags0 de esterdides. Apesar disso, 2 injegio de esterbides ndotem ‘qualquer ago na eliminagio das cicatrizes € na promogio cde uma cura satisfatoria (Cyriax, 1977). Lesées Crénicas Considerando que a circulagio taz nutrientes € remove produtos imprestiveis, foi proposto que a massagem geral profunda é mais efetiva no tratamento das lesdes musculares ‘rGnicas. A compressio dos tecidos com as palmas das mos Copitulo 8 reluxdias espatha as fbr, intensifica a hiperemia ¢ aumen- two fluxo sangiiineo da e para a regiio. Podem ser efetuaclos movintentosamplos como polegar para “sentir" asesruturas a0 longo das fibras musculares, com o objetivo de avaliar a presenga de aderénciss. Estes movimentos também podem ser aplicados com a mesma eficdcia ransversalmente as fibras musculares. O polegar é usado por ser mais sensivel que outras reas da m0, como, por exemplo, a parte cranial a palma. O mésculo normal *se espalha", mas nos locais onde existem aderéncias, todo 0 misculo'€ mobilizado € ~salta” de volta uma vez encerraclo 0 movimento, especial- mente durante os movimentas transversais as fibras. Para obtenciio de efeitos terapéuticos, pode ser efetua- clo umalisamento profundo semelhante, com os polegares trabathando lado a lado ou um apés 0 outro, objetivando a estimulagdo do fluxo da linfa e a indugio da hiperemia nos tecidos mais profundos. Um cotovelo, um ou mais dedos, ‘ou a paite cranial carnuda da palma da mao pode ter utili: dade durante 0 deslocamento a0 longo das fibras muscu- lares. A massa dos tecidos do paciente e sua aceitacio da técnica que esti sendo aplicada determinarao a profundi- dacle da massagem. Outros tipos de massagem ¢ técnicas associadas que podem ter utilidacle no tratamento das lesbes esportivas crénicas sio as friegdes transversais pro- fundas (de Cyriax), acupressio/ shiatsu, estimulagéo dos pontos deflagradores, ¢ técnicas miofasciais, que ser apresentadas mais adiante, em outra parte deste texto. Para o espasmo muscular, um suave alongamento ap6s a aplicaglo de frio ou calor pode reduzir a dor. O alonga- mento de miisculos ldcercidas apenas aumenta a dor, induz ‘a0 maior espasmo nas fibras musculares intactas e pode ‘conduzir a mais laceragdes. No espasmo muscular, arespos- ta fsiol6gica €a restrigao capilar, que reduz o fluxo sangit- neo. A restrigao da circulagao normal significa que o fluxo denutrientes ede oxigénio até a frea esté limitado, equesio retidos 6s produtas indesejaveis do metabolismo no tecido mole. Assim, estabelece-se um ciclo adverso: mais espasmo leva'a mais dor e a menos flexibilidade do tecido. Este ciclo pode ser interrompido pela massagem. Se a amplitude dos Tovimentos da articulagao esta afetada, por exemploquan- do miisculos bi-articulares (misculos situacios a cada lado das articulagdes envolvidas) estio envolvidos, as estraturas acima e abaixo da aniculagio deverao ser tratadas, inclusive os grupos musculares agonistas e antagonistas € seus tenddes associados (Wiktorsson-Méller eta, 1983). ‘A sensibilidacle muscular retardada & um fendmeno que no esti necessariamente associado @ fadiga. Isso ocome reqilentemente apés um exercicio 20 qual o individuo no esti acostumado, por exemplo, apés um treinamento prolongado, ou depois de competirduranteum dia inteirode eventos (ou mesmo depois de um dia de jardinagem 0 final do inverno). A sensiblidace muscular retardada é freqiien- temente descrita como sea parte estivesse vagamente dolori- dla, acompanhida por misculos sensiveis enrijecidos, pode afetar as atividales funcionais cotidianas, como agachar-se, caminhar, subir escadas ou correr (Ebeling & Clarkson, 1989). Foi relataclo que alguns estudos dos parimetros fisiopatol6gicos ca sensibilidacle muscular retardada detec- taram teaumatismo muscular, especialmente apés atvidades que envolvem trabalho muscular excéntrico. O espasmo ‘muscular (nico tem sido um achado comum, e em muitos ‘casos de sensibilidade muscular retardadla o tecido corjuati- > MASSAGEM PARA FINALIDADES ESPECIFICAS 143 vo estava lesionado (Abrahuh, 1977; Armstrong, 1994 Armstrong, 1990; Ebeling & Clarkson, 1989; Ferstat & Davidson, 1990; Hasson et al, 1989; Maswell et al, 1988). ‘Alguns experimentos clinicos descobriram que a massagem pode proporcionar uma recuperagio mais rapida e gradual da sensibilidade muscular retardada, em comparagao coma auséncia de tratamento (Dolenger & Morien, 1993; Ferstat & Davidson, 1990; Hill & Richardson, 1989; Maxwell et al, 1988; Smith etal, 1994; Wiktorsson-Méller et al, 1983). ‘A massagem no tecido conjuntivo para les6es esportivas ‘erdnicas pode ser itil, porque esta técnica pode aliviarador € aumentar a microcirculacio dos leitos vasculares. Kuada ¢ Torsteinbo (1989) mediram a concentragio de beta- endorfinas plasmiticas antes € 5, 30 ¢ 90 minutos depois cle uma massagem do tecido conjuntivo com a duragto de 30 ‘minutos, tendo verificado um aumento de 16% nos niveis de beta-endorfina, de 20,0 para 23,2 pe/0,1 ml (P= 0,025) Este aumento ocorreu 5 minutos depois dlo final da mas- sagem tendo persistido por cerca de 1 hora. A descoberta que a dor pode ser aliviada pelo alisamento sobre Areas reflexas (“zonas de Head"), especialmente no tronco, foi apresentado na se¢lo sobre Massagem do Tecido Conjuntivo Baker & Taylor, 1954; Ebner, 1956, 1962; Kisner & Taslitz, 1968; Langen, 1959; Mahoney, 1957). Para o tata- mento das lesdes esportivas, em que Areas musculares esto “presas", € provivel que tragdes longas e rasas do tecido conjuntivo sejam eficazes. Para problemas mais locais, podem ser usados alisamentos curtos, “em gancho” (Counsilman & Mcallister, 1986; Hannaford et al, 1988; Scher, 1988). Estudos da atividade anatémica — freqiiéncia cardiaca, pressio sangtlinea, resistencia cuténea galvanica, temperatu- ra qutnea periférica — refletem um aumento da atividade simpitica 20 ser aplicada a massagem do tecido conjuntivo (Burch & De Pasquale, 1965; Kisner & Tasltz, 1968; Lazarus et a, 1963; Wang, 1958). Além disso, 20 serem incluidos certas patimetros psicolégicas, um estudo de McKechnie e colabo- radores (1983) estabeleceu que os sintomas que possam estar associados & tensio sao aliviados 20 ser aplicada a massagem do tecido conjuntivo. Estes autores informaram um retardoda Freqiiéncia cardiaca, aumento da resisténcia cutinea € redugio dos niveis de tensio muscular (P $0,001). Os indiv duos estavam mais relaxados e preparados para discutir seus problemas fisicos de modo mais franco. £ curioso observar a superposi¢ao nas zonas reflexas adas pela massagem do tecido conjuntivo € os pon- tos de acupuntura que, quando estimulados, aliviam (se- gundo alguns relatos) 0s sintomas para os mesmos estados € condigdes patologicas. Nos Capitulos 11 e 12, onde sio apresentados sistemas especiais e orientais de massagem, como 0 sbiatsujaponés e a acupuntura/acupressio chine. sa, serd mais esclarecida a relagio entre os efeitos atribui- dos & massagem do tecido conjuntivo e os atibuicos is téc- nicas empregadas nestes outros sistemas. Treinamento e Massagem Pés-evento O lento alisamento dos tecidos moles e 0 amassamento dos misculos sao dois movimentos amplamente utilizados, sobretudo pelos nissos. Estas técnicas slo aplicadas durante 10 a 30 minutos para dumentar o relaxamento, tanto em sessdes de treinamento como no dia de um evento. O nio aplicado & que estas téenicas de massazem me Ihorant a cupacidade de desempenho € ajudum na recupe- 0, Caller (1990) informa 3 ocorréncia da melhora do desempenho pars atleas envolvidos em uma grande var iedade ce esportes e que receberam massagem, Estes resul- tados forum publicados por diversos pesquisicores na Soviet Sports Review (Dubrovski er ail, 1992), Os maiores ganhos relatados ocorrerim ns Forga. Também verificaram que as, récnicas de massagem tém uma possibilidade duas a trés vezes mutior que 0 tepouso, para a promogio da recupe- ago, este achado cotrobora algumas afirmativas mais anti- 83, com respeito a importincia da estimulagio mecinics. Para que esta meta seja atingida, recomenda-se 30-4 60 ‘minutos,de massagem. Em seguida a atividades extenu- antes (como o levantamento de peso € 0 esqui cross-coun- 1p), técnicas leves podem ser ministradas até 8 horas mats, tarde; em seguida a atividsdes menos estenuantes, como o salto em altura ou as corridas de 100 metros, técnicas mais profundas podem ser ministradas 1 ou 2 dias mais tarde (Arbuthnot, 1992; Banner, 1993; Crampton & Fos, 1987; Hanten & Chandler, 1994 Lowden etal, 1991). Os estos fisiologico e psicoldgico devem retomar aos niveis pré- desempenho durante a fase de recuperagio (Blake et al, 1989; Danneskiold-Samsoe etl, 1982). Assim, a mioglot 1a plasmatica, os niveis hormonais e enzimaticos ¢ a taxa metabélica podem ser cestaurados. Em outras palavras, ocorre um retorno A homeostase (Arkko et al, 1983; Barr & ‘Taskitz, 1970). Futuras pesquisas sobre os efeitos psicotisi- ol6gicos da massugem certamente irio beneficiar-se do aumento exponencial nos niveis ce sensibilidade para os indicadores utilizados na determinagio destes estados. “A massagem pode ser empregaca para aunientar a sen- ago —tanto emocional como psicologica —de bem-estar erelaxamento, Existem poucas consicleragdes relacionadas Aidade ou 203ex0, para qualquer tipo ou aplicagio de mas- sagem nos espones. A massagem combina-se melhor com outras técnicas e moclalidades, como 0 alongamento, movir ‘mentos passivos e ativos, facilitagao neuromuscular pro- prioceptiva, exercicios livtes e com resistencia, gelo, culor, estimulagio elétrica ¢ hidroterapia. DMASSAGEM PARA PESSOAS IDOSAS Z DOENTES TERMINAIS: A crescente mecanizagio da medicina e os avangos far macolégicos contribuem para a desumanizagio do trata ‘mento dos pacientes. O isokimento e a falta de contato fisi- co percebielos por muitos pacientes podem promover uma busea de meios que possim proporcionar um contato humano mais caloroso, por exemplo, o contato fisico ea massagem. Os fisioterapeutas "tem a licenga” de tocar a8 Pessouse, nu maioria dos paises, a massagem tem um lugar devidamente regulumentado na pritica da Fisioterapia. Outros profissionais da satide cambém tangam mio da mas- sagem pant o tratamento cle seus pacientes. Para pacientes de todas as idiides, 0 uso criterioso da massagem pode diminuiro desconforto das técnicas invasivas; além disso, 0 paciente também poderd sentir-se mais confiante, acredi- tundo que os outros se importam com ele. A mussagem € particularmente itil para 0 relaxameny ealivio da dor em pessoas idosas e em pacientes terminais, Certamente, nem todos os pucientes terminais s30 iddosos, Contudo, wo ser efetuada a massagem, devem ser levadis ‘em considerigio as necessidades em constante mudangs do paciente, (Levine. 1982) como a tolerincia, idade e « estado da pele (ressecamento, rigidez. fragilidade) da pes. sou, Para pessoas idosas € saudiveis, estes S10 08 tinicus sendes que clevem ser consicerados; afora isso, qualquer das técnicas em uso poder ser sitisfax6ria. A importincia do toque como meio cle comunicagio, a0 promover uns sensugdo de bem-estar € confianga, no deve ser ign ‘ou subestimada, Em média, ume pessoa possui 18.000 en de pele, uma rea muito senstvel 20 contato fisico, A ms sagem cria, na maioria dos casos, sensagdes deliciosis, que podem ter um efeito calmante ou estimulante, promove imitior flexibilidude € elasticidade na pele ¢ tecicos subja- centes e melhora as interagdes entre 0 paciente € 0 te- rapeuta (Montague, 1978; Pratt & Mason, 1961). Hipécrates, (€. 460-375 a.C.)escreveu sobre a mobilizagao dos poderes raturais de recuperagio do corpo (White, 1988). Na massigem, as méos estimulam receptores sensitivas 1a pele, € 05 estimulas resultantes avangamn ao longo das, fibras aferentes até a medula espinhal, ¢ dal através do sis- enna nervoso aut6nomo ¢ central. Os efeitos acima men- cionadlos ocorrem nas Zonas corporais segmentarmente relacionados. Barrow sugeriu uma explicagiio para os efeitos viscerais que podem acompanhar os efeitos reflesos da massagem (Graham, 1913). O toque em outra pesos ‘comunica tuna intengio—no caso dotoquee da massagem terapéutica, de curar reerutar, equilibrar, ou comparilhar a ‘energia intrinseca, ou de promover o relaxamento (Krieger, 1979, 1981; Regan & Shapiro, 1988), Foi retautdo wm aumen- 0 na hemoglobina (Krieger, 1973; Krieger, 1976; Pem- berton, 1945). do mesmo modo que a libera colina e histamina (¢ também de substincias similares histamina) (Skull. 1945). Além disso, Siegel (1986) acred ser possivel a ativagio do sistema immune clo corpo por meio de tum contato curativo aferuoso, € também ca autocu. As técnicas de massagem que podem ser usackis part pessoas idosas fragilizidas e para pacientes terminais sio: efflewrage, alisamento € amassamento suave. Com fre- ailéncia, a técnica mais valida € a pressio, como no amas- samento estitico ou com movimentos de espremer. & tengo os pés, mos € face pode ser a Ginica atividde aceitivel. De fato, mesmo os que nto podem com 0 mis suave rogar dle um lengol freqiientemente poclem ser fi € mentalmente confortados pela suave pressio na face € escalpo. Técnicas de reflexologia tém sido utilizadas com bons efeitos em pacientes com cincer terminal, Pacientes terminais possuem necessiddes especificas: (1) controle ‘da dor, que pode estar impedindo 0 sono, restringindo a ingestio de alimentos, ov incerferindo com a comunicagio: (2) conforto marerial, que € proporcionado por waa cat c/ou cadeira, privacidade, e atengio fisica por parte dos socorristas; (3) conforto psicol6gico (inclusive 0 respeito pela dignidade pessoal), proporcionado por socorrists atenciosos, que dio as informagdes apropriadas; pela pre- senga das pessoas queridas, pelo contato fisico, ¢ pela opor- tuniclade de expressar os sentimentos. Copitule 8 Os prinefpios ca reflexologia (Em 0 potencil ce atender estas necesickicles, Lin médico— membre da familia, amigo, ‘ou xoconrist — pode proporcionar contato fisico em um local privado, com o paciente em sua posicio preferic na unt ouem uma cadeira, Certamente, 0 leitor ii compreen- der pisileiturn da seg:io sobre reflexologia, que os efeitos relascintes € atenuadores da dor so obtidos mediante a eestimulagio dos proprioceptores, do sistema nervoso sim pitico eda melhora da circulagao, nto fsiolégicacomofun- cionalimente, como ocorre no fluxo de energia (Dobbs, 1985). 4 box vontade, toleriincia e necessidaces de pessoas idosas fragilizadas e pacientes terminais devem orientac 1 aplicagio da massagem. © uso da massagem no uatamen- (0 palliative vem crescendo rapidamente, ¢ esta técnica & praticads por muitos tipos diferentes de profissionais da saiide (Burke eral, 1994; Doehning, 1989; Feltham, 1991). As técnicas basicas podem ser facilmente adaptadas e ensi- rnadas a membros da Familia € socorristas. Menos impor- ‘ante que: habilidacie técnica cs mios € intengloda pes- soa que est efetuandoa massagem, de demonstraratengio € carinho com o paciente MMASSAGEM EM BEBES E CRIANCAS PEQUENAS: A massagem para bebés € bem conhecida como um meio ideal de promogio da comunicagio técil. Essa priti- ca exerce um efeito benéfico sobre 0 desenvolvimento, ilicade, ¢ estado emocional (Leboyer, 1976; Prudence, 1984; Rice, 1975; Schneider, 1982), e pode continuar em ‘qualquer idadle. A massagem forialece 0 processo de for- magio de elos afetivos ¢ ajuda a estabelecer uma relagio calorosa e positiva entre os pais eacrianga. Amassagemem bebés vem sendo plicada em diversas formas ha séculos, € esté sendo atualmente aceita em sociedades que tradi. Gionalmente no valorizavarn 0 poder do contato fisco. E benéfico o uso da massagem em todos os bebés € ceriangas pequenas, tenhiam ou nto problemas. Os benefi- MASSAGEM PARA FINAUDADES ESPECIFICAS 145, Algumas dle suas primeiras experiéacias — apavelhios de itios proceditentes de manutengio dit vida outros proceciimentos iavasivos — foram descon- Fortiveis. De futo. diversos estucios fornecem evidéncia dos beneticios dt massagem para 0 bebé prematuro, como o aumento no ganho cle pzs0, menor ntimero de carecis, menos contragdes manuais (certar de puntos). e melhor desenvolvimento co sistema nervoso simpatico (Field etal, 1986; Kuhn etal, 1991; Ottentbacher ef al, 1987; Scafidi et al., 1993; Solkoff ef al, 1975). Bebés que nao sio particu- lurmente ativos podem ser estimulados, em vez de reli- xados, coma massagem que alterna a uplicagto de cécegas com uina pressio firme e suave. A guiss de preparagio, deve-ze ter uma atmasfeia pacifi- ca (sem telefones ou sons intensos: entreranto, uma musica calma e suave poderd ser benéfica); iluminagio atenuada; temperatura apropriada na sala (sem correntes de itt) € disponibilidade de um 6leo natural para massagem, por ‘exemplo de améndoas ou abric6, Um momento preferido para a massagem € quando tanto a mae (ou o pai) e 0 bebé estfo relaxados, © 0 bebe mio esti com fome. as partes do ‘corpo que nio Serio massageadas clevem ser cobertas com uum cobertor (se houver necessidice), para que seja mantic a temperatura corporal. A mussagem deve ter inicio com 0 bebé posicionado em supinagio no colo do pai, mie ou tera- euta, para que se faga contato coms olhes, e nesta posigio oderi ser completada a massagem da parte frontal do bebé. Considerancio que 0 bebé iri se movimentar durante a ‘massagem, € importante que astécnicas sejam adaptadas de modo a acomodar-se a esta situagio, e portanto a mas- sagem no pode ser prescrita ou aplicada rigidamente. ‘A massagem lui da cabega 20s dedos clos pés, abran- ‘gendo todo 0 corpo, tanto na parte posterior como na ante- ior. A técnica aplicada deve sex o alisamento suave, a osigio deve ser adaptada sempre que 0 bebé nit estiver confortivel, Cabegae Face Alise 0 vértice da cabegi com os polegares, por meio de movimentos circulares, Em seguida, com as pontas dos dedos, faga um alisamento desde a cabega e a0 longo dos Jados cla face. Inclua as pilpebris, nariz, bochechas, mas lare em torno das orethas. Ombros, Bragos e Matos Faga o alisamento através dos ombros, circuncando-os para a frente ¢ pelos bracos até us miios. Circunde 0 brigo do bebé com us mdos ¢ aperte suavemente cada brago, descle oombro até 0 pulso,¢ em seguida massageie as miiox € decios do behé usando 'o polegar e dedo indicador. O alisamento do dorso da mio com o polegar incentiva 0 bebé a abrir sua mao. Termine cuca movimento com a ret rada das maos do corpo do bebe. Peitoe Abdémen Usando as duas miios, faga oalisamento do t6rax a par- tir do centro, acompanhando a linha das costelas até o lado do corpo. © desconforto ubcominll pode ser aliviaclo pelo PRATICA imentos circulares (no senticlo horirio) em ia, acompanhe 0 trajeto do Intestino grosso. Pernas, Pés e Tornozelos Faga alisamentos longos no correr da perna, desde a coxa até os dedos dos pés, emt todas as superficies; em seguida, massageie por meio de movimentos suaves de apertar, como foi feito nos bracos. Nassageie os tornozelos; depois, apdie 0 tornozelo e use 0 polegar para uma firme ‘massagem da sola do pé. Massageie as duas solas. Faga um alisamento firme com 0s polegares. A fricgio conjunta das solas dos pés € agradavel e calmante para 0 bebé. Regidio das Costas Inicianclo pelo pescogo, faga um alisamento pelascostas, com a mao espalmada; em seguida massageie suavemente com as pontas dos dedos em um movimento circular, em ‘ambos os lados da coluna vertebral, até as ndegas. O bebé pode estar na posi¢io de pronagio, ou deitado de lado. ‘Massageie toda a regio das costas com movimentos circu- lares, como no amassamento digital Nadegas Dé sacudidelas nas nadegas € aperte suavemente as partes usando o polegar e demais decos. Sucgito ‘Aestimulagao do reflexo fundamental (de pregueamen- to dos labios) faz com que 0 bebé abra a boca e “afocinhe’, em busca do peito da mae. Esta estimulagio pode ser con- seguida mediante um suave alisamento, desde a bochecha até a boca. Este contato suave pode ajuidar 0 bebé que esti com dificuldade de mamar. ‘© contato corporal intimo pode ser proporcionado por ‘outras atividades além da massagem, comoa amamentagio no peito; mamadeira dada com 0 bebé aninhado contra 0 peito nu ca mie; o bebé abracado aos pais na cama; bebe carregado em um porta-bebe junto 20 peito da mae Cou pai; ou finalmente o banho do bebé com os pais. Todas estas atividades ajudario a formar uma intima ligagto entre © bebé e seus pais, € fomecerdo uma vigorosa base para 0 desenvolvimento emocional ¢ fisico da crianga. Referéncies ‘Mossagem Esportiva Abraham N. (1977) Factors in delayed muscle soreness. Med Sei Sports 9): Akeson WH. Amiel D.; Mechanic GL.; Woo SL.; Harwood ML. (1977) Collagen cross-linking alterations in joint contractures: Changes in the reducible cross-links in periacticular connective tissue collagen after nine weeks of immobilisation. Connect Tissue Res 5:15-19. Arbuthnot H. (1992) The role of sports massage in the pre- aration of elite athletes. Sportsmed News, july, pp 7. Arkeko PJ.; Pakarinen AJ; Kari-koskinen.; ©. (1983) Effecs of whole body massage on serum protein, electrolyte and hormone concentrations, enzyme activities and haematological parameters. Int J Sports Med 4:265-267, Armstrong RB. (1984) Mechanisms of exercise-induced delayecl onset muscular soreness: A brief review. Ned Sei Sports Exercise 1(6):529-535. Armstrong RB. (1990) Initial events in exercise-induced, ‘muscular injuries. Med Sci Sports Exercise 22(4):429. 435. Baker LM; Taylor WM. (1954) The relationship under stress, between changes in skin temperature, electrical resis. tance and pulse rate. J Exp Psychol 48:361-366. Banner KA. (1994) World Triathlon Championships— Manchester 1993— ports massage. NZJ Sports Med, ‘Autumn: 15. BarrJS.; Taslitz.N.(1970) The influence of back massage on autonomic functions. Phys Ther 50:1670-1691. Basmajian JV. (ed) (1985) Manipulation, traction and mas- ‘sage, 3rd ed. Baltimore: Wilhams & Wilkins. Beard G.; Wood EC. (1964) Massage principles and tecbni- ques. Philadelphia: WB Saunders. Blake B.; Anthony J.; Wyatt F, (1989) The effects of massa- ‘ge treatment on exercise fatigue. Clin Sports Med 1:189- 196. BugajR. (1975) The cooling, analgesic, rewarming effectsof ice massage on localised skin. Phys Ther55:11. Burch GE.; De Pasquale A. (1965) Methods for studying the influence of higher central nervous centers on the peri- pheral circulation of intact man. Am Heart J70:411-422. Calder A. (1990) Sports Massage. In Draper J. ed): Third ‘Reporton National Sports Research Program July 988— June 1990. Canberra: Australian Sports Commission ‘CPN, pp 44-51. ‘Chamberlain GJ. (1982) Cyriax’s friction massage: A review. J Orthop Sports Phys Ther 4(1):16-22, Clews W. (1990) Sports massage and stretching. Sydney: Bantam, Cooper B. (1986) Massage of the forearms for male gymnasts. Sports Sci Med Q 2(3):4-6. Counsiman J.; McAllister B. (1986) Breaking up shoulder problems. Swim Tech Feb/April4-18. ‘Crampton J.; Fox J. (1987) Regeneration vs burnout Prevention isbeiter than cure. Sports Coach 10(4):7-10. Cyriax J. (1977) Deep massage. Physiotherapy JCS? 65(2}:60-61 (1980) Textbook of orthopaedic medicine, 10th ed, Wol 2. London: Bailiére Tindall. Danneskiok-Samsoe, B.; Christiansen E.; Lund B.; Aa~ derson RB. (1982) Regional muscle tension andl pain Cfibrositis"). Scand j Rebab Med 15:17-20. Dolgener FA.; Morien A. (1993) The effect of massage on lactate disappearance. J Strength Condition Res 7G)159-162. Drinker CK. (1939) The formation and movements of lymph. Am Heart 18:389. Drinker CK; Yoffey JM. (1941 Lympbatics, lymph and Iymphoid tissue: Toe physiological and clinical signif cance. Cambridge: Cambridge University Press. DubrovskiiL; Sverdlik YA.; Luchshev AL; Proshchalykin Al (1952) The effect of massage on microcirculation in Copitulo 8 athletes’ musculoskeletal injuries. Fitness Sports Rev lit Apal7t Ebbeling CB. Clarkson PM. (1989) Exercise-induced mus~ ige and adaptation, Sports Med 7:207-234, (1956) Peripheral circulatory disturbances: Treatment by massage of connective tissue in reflex. zones. Br J Phys Med 19:176-180. Ener M. (1982) Connectiverissue massage. Theoryanudthe- rapeutic application. Edinburgh: Churchill Livingstone. Ferstat A.; Davidson C. (1990) The effectiveness of massage on delayed musclesorenessinduiced by consecutivedays of eccentric aud concentric muscle activity. Unpu- blished undergraduate thesis. Perth, Western Australia Curtin University. Graham D. (1902) Treatise on massage. Its history, mode of application and effects. Philadelphia: JB Lippincott Grahain, D. (1913). Massage, manual treatment, remedial movement: History, mode of application and effects, indications and contraindications. Philadelphia: JB Lippincott Hannaford P,, Clews WS. Fardy E, Wajswelner H. (1988) Effects of therapeutic massage versus physiotherapy modalities on interstitial compartment pressure. In: Proceedings, 25th National Annual Scientific Confe- rence, Sydney, Australia: Australian Sports Medicine Federation, Hanten WP.; Chandler SD. (1994) Effects of myofascial release leg pull and sagittal plane isometric contract relax techniques on passive straight-leg raise angle. / ‘Sports Phys Thier 20(3):138-144. Hasson S. Barnes W.; Hunter M.; Williams J. (1989) ‘Therapeutic effect of high speed voluntary muscle con- traction on muscle soreness and muscle performance. J Orthop Sports Phys Ther june:499-507. Hill DW,; Richardson JD. (1989) Effectiveness of 10% trola- mine salicylate cream on muscular soreness induced by a reproducible program of weight training. J Orthop Sports Phys TherJuly19-23. Jacobs M. (1960) Massage for the relief of anatomical and physiological considerations. Phys Ther Rev 40:96. Kaada B; Torsteinbo 0.1989) Increase of plasma B-endor- phins in connective tissue massage. Gen Pharmacol 20(4):487-489. Kamenetz HL. (1985) History of massage. In: Basmajian JV (ed): Maniputation, traction and massage, 3rd ed. Baltimore: Williams & Wilkins. Ketchum LD. (1977) Primary tendon healing: A review. J Hand Surg?:428-435. Kisner CD.; Taslitz N. (1968) Connective tissue massage: The influence of the introductory treatment on autono- mic functions. Pays Ther 48(2):107-119. Kleen EAG. (1921) Massage and medical gymnastics, 2nd. ‘ed. New York: WM Wood. Krieger D. (1973) The relationship of touch with intent to help or heal, studies in-vivo haemoglobin values. In Proceedings of the American Nurses Association 9th Nursing Research Conference. Kansas City: American Nursing Association, > MASSAGEM PARA FINALIDADES ESPECIFICAS 147 Krogh A. (1929) The anatomy and physiology of capillaries. New Haven, CT: Yule University Press. Ladd MP; Kotte FJ.; Blanchard RS, (1952) Studies on the effect of massage on the flow of lymph from the foreleg of a dog. Arch Phys ied 33:604-612. Langen D. (1959) Study on the mechanism of action of mas- sage of reflex zones in connective tissue. Pavchotber ‘Med Psychol9:194-201. Lazarus RS.; Speisman JC.; Mordkolf AM. (1963) The rela- tionship between aitonomic indicators of psychological stress: Heart rate and skin conductance. Psyehosomat Med 25: 19-25 Lowdon B.; Mourad A; Warne P (1991) Sports massage for competitive surfers. Sport Heath 9(4):25-29. MacKenzie J. (1923) Angina pectoris. London: Hodder & Stoughton. ‘Maggiora A. (1891) De action physiologique du massage surles muscles de homme. arch hal Biol 16:225-246, Mahoney L. (1957) Massage of reflex zones. Physiotherapy 43:74-76. Major RH. (1954) A bistory of medicine. Oxford: Blackwell, Mason ML,; Allen HS. (1941) The rate of healing tendons Anin Surg 113:424-456. Matson Porth C. (1986) Pathophysiology: Concepts of alte- reed beat states, 2nd ed, Philadelphia: JB Lippincot. ‘Maxavell $.; Kohn W.; Watson A.; Balnave RJ. (1988) ls stret- ching effective in the prevention of or amelioration of delayec-onset muscle soreness? In: Proceedings of the 25tb National Annual Sclentific Conference of the ‘Australian Sports Medicine Federation. Sydney, Aus- talia: Australian Sports Medicine Federation. ‘MeKechnie A.; Wilson F; Watson N:; Scott D. (1983) Anxiety states: A preliminary report on the value of connective tissue massage. J Psychosomat Res 2(2):125-129. Mennell, JB. (1945) Physical treatment by movement manti- ‘ulation and massage, Sth ed. Philadelphia: Blakiston. Nekrasov A.;-Chuganov V (1991) Acu-application Massage, A new resource in the taining of track-and- field athletes (a doctor's advice). Soviet Sports Rev December, 26(4): 169-171 Noyes FR. (1977) Functional properties of knee ligaments and alterations induced by immobilization. Clin Onbop 123: 210-242, Noyes FR; Torvik PJ; Hyde WB. DeLucas JL. (1974) Biomechanics of ligament failure. J Borie foint Surg 56A: 1406-1418. Pemberton R. (1945) Physiology of massage. In: AMA Handbook of physical meclicine. Chicago: American Medical Association. Prentice WE. (1986) Therapeutic modalities in sports medi- cine. St. Louis: CV Mosby. Ravwlins MS. (1930) Textbook of massage: For nurses and beginners. St. Louis: CV Mosby Scher S, (1988) Scarred stiff. Using massage to reduce mus- ‘cular scar tissue. Triathlete 63:18-19, Skull CW, (1945) Massage—physiologic basis. Arch Phys ‘Mec 261:159-167. Smith LL; Keating MN.; Holbert D.; Spratt DJM.; Cammon MR, Smith SS,; Israel RG, (1994) The effects of athletic massage on delayed muscle soreness, creatine kinase, and neutrophfl count: A preliminary report. J Sports Phys Ther 192):93-99. 148 9 PRATICA Starling EH. (1894) The influence of mechanical factors on lymph production. / Pbsiol 16:224. Stearns ML. (1940) Studies of the development of connecti- ve tissue in transparent chambersin the rabbit ear Il. AM JAnat67:55-97. ‘Tappan FM. (1978) Healing massage techniques. East Norwalk, CT. Appleton & Lange. Tipton CM, James SL; Merger W.; Teheng TK. (1970) Influence of exercise on strength of medial collateral nee ligament of dogs. Amt J Physio!218:894-902. Vailas AC.; Tipton CM.; Mathes RD.; Gart M. (198) Physical activity and its influence on the repair process of media collateral ligaments. Connect Tissue Res9:25-31. ‘Walkim KG.; Martin GM: Terrier JC.; Elldns EC.: Krusen FH, (1949) The effects of massage on the circulation in normal and paralyzed extremities. Arch Phys Med 30:135, ‘Wang GH. (1958) The galvanic skin reflex: A review of old and recent works from a physiologic point of view. Am J Phys Mec137:37-57. Wiktorsson-Méller M.; Oborg B.; Ekstrand J.; Gillquist J. (1983) Effects of warming up, massage and stretching on range of motion and muscle strength in the lower extre- mity. Am Sports Med 11(4):249- ‘Woo SL, Matthew JV.; Akeson WH.; Amiel D.; Convery FR. (1975) Connective tissue response to immobility. Artritis Rheum 18:257-264. Wood E.; Becker E (1981) Beara’s massage, 3rd ed. Philadelphia: WB Saunders. ‘Massagem para Pessoas Idosas e Doentes Terminais Burke C; Mucnish S.; Saunders J.; Galini A.; Warne 1 Downing J. (1994) The development of a massage servi ce for cancer patients. Clin Oncol6:381-385. Dobbs BZ. (1985) Alternative health approaches. Nurs ‘Mirror 160(9):41-42. Doehring K. (1989) Relieving pain through touch. Advantc Clin Care &5)32-33. Feltham E. (1991) Therapeutic touch and massage. Nurs ‘Stanclard 3(45):26-28. Graham D. (1913) Massage, manual treatment, remedial ‘movements: History, mode of application and effects, indications ane! contraindications. Philadelphia: JB Lippincott. Krieger D. (1973) The relationship of touch mith intent to help or heal, studies of in-vivo haemoglobin values. In: Proceedings American Nurses Association Sth Nursing ‘Research Conference. Kansas City: American Nurses ‘Association. 976) Nursing research for a new age. Nurs Times Fe-7. (979) Therapeutic touch: Hou to use your hands 1g ‘belp or to beal. Englewood Cliffs, XJ: Prentice Hall, (1981) Foundations of bolistic health nursing practi. és: The renaissance nurse. Philadelphia: JB Lippincott Levine $. (1982) Who dies? Garden City, NY. Anchor/ Doubleday. Montague A. (1978) Touching. Toronto: Harper & Row. Pemberton R. (1945) Physiology of massage. In: Ala ‘Handbook of physical medicine. Chicago: American ‘Medical Association. Pratt JW.; Mason A. (1981) The caring touch. London: Heyden. Regan C.; Shapiro D. (1988) The power of touch. In: The hhealer’s handbook. New York: Element Boo! ‘Siegel BS. (1986) Love, medicine & miracles. New York: Harper & Row. Skull CW, (1945) Massage—physiologic basis. Arch Phys ‘Med 261:159-167. White JA. (1988) Touching with intent: Therapeutic massage. Hobstic Nurs Pract2(3)63-67. ‘Massogem em Bebés Field T; Schanberg SM. Scafidi F; et al (1986) Tactile/ kinesthetic stimulation effects ou preterm neonates. Pediatrics 77:654-658. Kuhn CM,; Schanberg SM,; Field T.; et al (1991) Tactile” kinesthetic stimulation effects ou sympathetic and ad- renocortical function in preterm infants. J Pediatr 119: 434-440, Leboyer F. (1976) Birth without violence. New York: Knopf. McClure VS. (1989) Infaant massage: A handbook for loving parents. New York: Bantam. ‘Owenbacher}.; Muller. Brandt D; etal. (1987) The effec- tiveness of tactile stimulation as a form of early interven- tion: A quantitative evaluation. Develop Bebav Pediatr 8368-76, Prudence B. (1984) Pain erasure. New York: Evans. Rice RD. (1975) Premature infants respond to sensory sti- mulation. 4m Psychologic Assoc Monitor 60:8. ‘Scafidi FA.; Field T.; Schanberg SM. (1993) Factors that pre~ dict which preterm infants benefit most from massage therapy. Developmental and bebavioural pediatrics 14@):176-180. Schneider V (1982) Infant massage. New York: Bantam. Solkoff N.; Yaffe S.; Weintraub D.; et al. (1975) Effects of ‘handling on the subsequent development of premature infants. Develop Psychol 1:765-768. Tiquia R. (1986) Chinese infant massage. Melbourne: ‘Greenhouse. Tm n een Em algumas partes dos Estadas Unidos, a pritica da fisioterapia tordcica é encarada com considersvel ceticismo, critica, ¢ uma grande dose de incompreensio. Em contraste, ‘em muitas outras partes do mundo, sobretudo na Europa, Austria, Nova Zelindia e Canad, 2s técnicas so ampla- mente aceitas e tém sido utilizadas intensamente durante muitas décadas (Frownfelter & Dean, 1996; Hillegass & Sadowsky, 1994; Irvin & Techlin, 1995; Watchie, 1995; Weber & Pryor, 1993). Talvez devido ao fito que a sociedade norte- americana tende a ser to consciente do poder da maquina e tecnicamente orientadka, os médicos tm se mostrado incl- nados a prescrever equipamentos respiratévios, € no @ fisioterapia, para pacientes com angtstia respiratéria. Além disso, nem sempre hi disponibilidade de um fisioterapeuta especializado em técnicas de tratamento respiratorio, quan- do esta terapia € receitada. Este é um triste estado de coisas, tendo em vista que muitos pacientes que sofrem de angistia respirat6ria poderiam ser significativamente ajudados por alguns procedimentos muito simples e mais baratos. No mt- nimo, estas écnicas deveriam ser testadas antes que equipa- rmentos © medicaments muito mais caros sejam ordenados, ¢, certamente, boa parte da fisioterapia consiste em ensinar 105 pacientes os diversos melos de auto-ajuda em casos de angéstia respirat6ria, juntamente com técnicas para que sejam evitados epis6dios futuros. Todos estes tratamentos villidos e baratos se perdem, se o paciente recebe apenas um aparelho e medicagio para seu problema respirat6rio. Estatisticas demonstraram um aumento consistente na incidéncia de doenga pulmonar obstrutiva crénica (DPOC). Durante tim periodo de 10 anos (1950-1960), por exemplo, as mortes atribuiveis ao enfisema e & bronquite crénica aumentaram em mais de quatro vezes (Carey, 1967). Em um ‘estudo complementar (1950-1965), foi demonstrado que a taxa de mortalidade dobrava a cada 5 anos. As mortes aumentaram em quase oito vezes, de 3157 pacientes em 1950, para 23.700 pacientes em 1965 (Weiss et al, 1965). Dados mais recentes sugerem que cerca de 279% dos adul- tas co sexo masculino e 13% dos do sexo feminino tém sin- tomas de anormalidades espirométricas indicativos de DPOC (Petty, 1978). Esti muito evidente que a qualidacle e duragao de muitas vidas esido sendo afetadas por esta Capitulo 9 Massagem para o Paciente com Distirbio Respiratério Objetives da fisioternpia torécica *+ Impediro actimulo de secregdes + Melhorar a mobilizagio ¢ drenagem das secrecdes * Instruir 0s pacientes quanto 20s programas de higiene doméstica dos brénquios + Promover o relaxamento, para que no ocorra enri- jecimento muscular, + Mantere melhorara mobilidade da parede toricica + Restatirar 0 padrao respiratorio mais eficiente + Instruire retreinar 0 uso dos miisculos respirat6rios * Desenvolver a resisténcia dos mtsculos respi- rat6rios + Evitara estase venosa * Melhorar a toleran monares © Educar os pacientes quanto a todas os aspectos de seu problema, de modo que possam assu trole de sua prépria satide respirat6ria doenga. Com efeito, a DPOC esti se tornando rapidamente ‘um dos mais importantes problemas de satide da nossa época. Iss0 exige que as profissdes voltadas para a satide do ser humano atualizem sua compreensio do problema, e capacidade de proporcionar umn tratamento efetivo. ‘Um conceito terapéutico muito efetivo, com amplo uso em todo 0 mundo (a fisioterapia tordcica) tem atendido a esas necessidades; contudo, a experiéncia clinica tem demonstradoquea coordenasio destes procedimentos, em combinaio com os tratamentos ministrados por outros profissionais (médicos, enfermeiras, terapeutas especial- izados em respiragio etc.) noservico de terapia respiratéria, Promove uma abordagem unificada a0 tratamento do aciente que € mais efetiva que a aplicaglo destas técnicas, como atividades distintas (Miller, 1967). So muitos os objetivos alcangados pela aplicago clos principios fisicos ¢ técnicas manuiais da fisioterapia tors 2, quando 0 terapeuta compreende integralmente estes, objetivos, desaparecem o ceticismo e mal-entendidos a seu lag 150 > PRATICA LOBOS SUPERIORES Sepcnmeasonioes oe ‘rie Osteo on, Figure 9:1- Bosses cas de drenagem postural. -— | Exafigumaitusra as posigdes de ae > Exercicios controlados de respinuciio © ese, pata a remogiio do muco presence nos pulmdes DREMAGEM POSTURAL ‘A cenagem postural consist simplesmente em permni- tir que a gravidicle promova o movimento das secregdes pulmonares na cliregio da arvore brénquica e traquéia, onde a tosse clo paciente ajuda a expeliclas, A gravidade tanto ajucla como pode prejuclicaro movimento normal das secregdes pulmonares, Essencialmente, a gravidade tende a drenar os lobos superiores ¢ acumular as secregdes nos lobos inferiores. O constante movimento dos cilios que revestem a5 vias respirat6rias, juntamente como reflexo de tosse normal, habitualmente assegura o funcionamento adequado do sistema réspirat6rio, contudo, a doenga ou os efeitos da cirurgia podem fazer com que © paciente fique incapaciticlo ce expelir 0 muco retidlo dos pulmbes. Ele € ‘um “ainho” primario para a infecgao, cujo tratamento ser caro € que poderd ter conseqlencias graves, ¢ possivel- mente fatais AA técnica da drenagem postural exige uma compreen- sdo detalhada da anatomia ¢ fisiologia do sistema respi- 1at6rio. © posicionamento do paciente seqiencialmente PARSSAGEM PARA O PACIENTE COM CISTURBIO RESPIRATORIO 15] em diversas posigdes torna possivel que a gravidade pro- mova um fluxo de secregdes na direcio cefilica. O posi- cionamento depende da parte do pulmio especificamente envolvica, Sao empregadus ts posigdes biisicas, que slo: sentacla com as costas eretas, deitada de costas ecleitada de lado. Além da posicto sentada com as costus eretas, © paciente também pode ser “levantado", mecliante a ele- vagao (em Angulo) de uma das extremidades da cama ou mesa de tratamento. Sto empregadas duas alturas basicas da cama (ou mesa terapéutica): pequena elevacio, de ‘uproximadamente 12a 14 polegadas (30 a 35 em), e grande elevagio, 18.220 polegudas (45 a 50cm). A grande elevacao € empregada sobretudo na drenagem de varias partes dos lobos inferiores. £ a combinago do posicionamento ¢ ele- vagao do paciente que toma tio efetiva a drenagem pos- tural. Considerando que uma descrigio detalhada de todas as técnicas de drenagem esté além do objetivo deste capi- tulo, é fornecida a Figura 9-1; € 0 leior deve consultar ou- tos textos sobre este t6pico, como Frownfelter ¢ Dean (1996) Hillegass ¢ Sadowsky (1994), que sio excelentes referéncias moclernas para esta area de estudo, “Certas doensas, como a fibrose cistica, provocam a produgo de grandes volumes de secregdes respirat6rias. £ extremamente importante, especialmente em criangas equenas, que estas secregdes sejam removidas diariamence; Figura 9-2. Posiges de drenagem postural ‘opropriadas pora pacientes pediairicos. Esta ilistragdo mostra as posigBes de drenagem postural para a drenagem de viras partes dos pulmoes de bebés ce criangas pequenas: (4) segmentos apicais de ambos os labos supetiores (ALS); (B) Segmento posterior do lobo superior esquerdo (LSE); (C) segmento anterior do LSE: (©) segmento anterior do lobo Superior direito (LSD); ED ssegmento posterior do lobo superior direito (LSD); CD segmentos superiores, ou apicais, de ambos os lobos inferiores (ALD; (@) segmentos anteriores de ALI; (20. lobo médio direto (também efetuado no outro lado, para o segmento lingular do LSE}; (D segmento lateral do lobo inferior direito (LID), também eferuado no outro lado, para o segmento lateral do lobo inferior esquerdo (LIB): ( segmentos posteriores de ALL (De Watchie, Cardiopulmonary Physical Therapy ~ A Clinical Manual Philadelphia: WB Saunders, 1995) 152 > PRATICA Figura 9-3. A m&o na posige em conchs, usada na realizagéo de técnica da palmade. Nesta posiedo, ocorre a retengiio de uma camada de ar, que omprimida quando a mao golpeia a superficie cutinea. Forma-se uma onda vibratéria, que se desloca pelos tecidas proclizindo os efeitos mecinicos que tendema “solar” as secreses. A linha desenhada na milo represents as margens da “conch ‘em caso contritio, é provivel que o paciente vi desenvolver uma grave infecgio pulmonar. A Figura 9-2 ilustra diversas posigdes de crenagem postural adequadas para o tratamento de criangas pequenas. (As posigdes lustradas na Figura9-1 no si0 apropriadas para criangas pequenas.) O livro de Watchie (4995) € outra excelente fonte de informagao nesta area. PERCUSSAD A técnica da palmada é utilizada como meio auxiliar para.amobilizagio de secregdes retidas eaderentesa arvore traqueobronquica. Os movimentos de percussio remetem. ondas meciinicas de vibragio através do gradil costal até os pulmdes, visando agitar os tampdes mucosos aderentes na Arvore brénquica. (Um tampio mucoso em um brénquig segmentar pode causar 0 colapso de um segmento pul. ‘monitr) AS técnicas de percussio e vibragio, juntamente com uma adequada posigio de drenagem postural. podem ajudlar no deslocamento de um tampio, ¢ facilitar a rex. pansio do segmento ou lobo pulmonar. Estas técnicas tan bém podem evitar que os tampdes mucosos se zcumulem € ocluam partes das vias respirat6rias. ‘A percussio efewada com ambas as mios em conch (Fig. 9-3), dedos estendidos manticos juntos, e pulsos e bracos muito relaxados, “soltos". As mias golpeiam a parede tordcica de forma ritmica ¢ alternada, focalizando a firea do pulmo que esté sendo submetida & drenagem. 0 posicionamento das mos em concha cria uma almofada de ar entre as miJos € a parede tordcica. para a transmission mecanica de um movimento de agitagio ou vibrat6rio aos pulmées. Esta técnica também serve para evitar irritagio cutnea ou dor desnecessiria. Oeritema (avermelhamento) ‘cutdneo pode terdiversas causis. Se oterapeuta fez com que suas mos assumissem a posi¢io em concha de forma ina- dequada, poder ocorrer um efeito de bofetada ou de formigamento, ou poders serempregada forca demaissobre tecidos extremamente sensiveis. A Figura 9-4 ilustra a técni- ca da palmada no lobo esquerdo direito, com 0 paciente osicionado em grande elevagio. Se o paciente acha que a técnica € desconforvivel, uma toalha fina, um avental ou um lengol podem ser colocados sobre a area que esta sendo tratada. Isso nao reduz significaivamente a eficécia da tée- nica, sendo habitualmente muito mais confortivel para © paciente. A Figura 9-5 ilustra 0 uso de uma toatha, cobrindo 2 Grea do peito durante a aplicac4o das palmadas, A percussio € bastante conforivel quando a técnica é aplicada adequadamente; o ritmo, consisténcia da forga ea diresdo do movimento podem exercer um efeito relaxante, Em geral, hd necessidade de pouca forga para a percussio; ‘que funciona € 0 efeito das palmadas com’ mao em con- cha. A forga da percussio deve ser determinada para cada paciente. Seriam necessérios, por exemplo, graus dife- rentes de intensidade de forga para uma crianga, para um Figura 9-4, Aplicaséo de pelmadas no lobo inferior direito. (© paciente encontra-se na posicdo deitada de lado, com o pé cla cama elevado em 18x 20 polegadas (grande elevasio). ‘Os niovimentos dos pulsosaltemnam-se durante aplicacio das palmadas sobre o lobo inferior direito. Figura 9-5, Uso de ume toctha durante « eplicagao de polmedes ne térax, ‘Nesta figura, o pactente encontra-s¢ na posigo deitada de lado. ¢ ‘pe da eam foi levantado 18.4 20 polegudas (grande elevagio?. ‘Uma toulha cobre os aspectos Antero-tateral e postero-ateral do trax durante realizagio da téenica de palmadas. adulto de grande estatura, ou para um paciente idoso frdgil que passou recentemente por uma cirurgia. Con- digées como a fibrose cistica, atelectasia e secregdes espes- a5 e pegajosas podem impor a pratica de uma fisioterapia torficica mais vigorosa, além de mais forea percussiva para a mobilizagio e remogto das secregbes. ‘O terapeuta deve ter um plano para os movimentos dis mios durante a percussio, de modo que as maos nto fiquem vagueando aleatoriamente sobre 0 trax do paciente. O terapeuta pode trabalhar em um padrao circu- larou ao longo do t6rax, mas o padrio deve ser consistente durante todo 0 tratamiento. A percussio nfo deve ser apli cada em ums6 ponto durante certo tempo, pois iré se tornar bastante irritante, Tao logo o terapeuta tenha estabelecido contuto coms pele do puciente. a percusstio devert ter cone tinuidade consistentemente por cerca de 3 15 minutos embora 0 tempo varie de acordo com x toletineia e neces. sidadles do puciente. A percussio deve ser aplicada apenas sobre a parte 6ssea clo torax, Embora a onela vibratéria se espalhe pelos tecidos em todas as diregdes. devemos lembrar que a ‘margem inferior cos pulmdes situa-se adjacentemente a oitava costela, na linha medioavilar. Quando o paciente se encontra deitado na posigio de grande elevagio. a press dos éigios abdominais pode empurrar os pulmées na diregao do pescoco. Em suma, se 0 objetivo da percussiio afetur os pulmdes, € essencial que a técnica seja efenada sobre 0 tecido pulmonar, € nio sobre os 6rgios abdomi- niais. Deve-se tomar cuidado uo aplicar a percu ormente € nas areas costais basilares laterais, pequena a fixagio das extremidades das costelas, e em alguns casos elas nao esto abysoluramente fixas (i,, coste- las flutuantes). A parte carnuda cranial da palma da mio rndo deve entrar em contato com salléncias 6sseas como a ‘espinha escapular, as claviculas ou a coluna vertebral, nem comas mamas femininas. VIBRACAO. A vibragio também é utilizada rotineiramente com a drenagem postural, embora esta técnica possa ser usida com 0 paciente em muitas posigdes. A vibragio é gerul- mente efetuada apés a percussi0, ou em alternancia com esta tltima técnica, A percussio é administrada para soltar 05 tampdes de muco aderido e também para ajudar no seu movimento na dirego dos brénquios € traquéia, onde as secreges podem ser expulsas pela osse, ou removidas por sucgio. Avibragio € efetuada durante a fase expiratoria da res- piragto do puciente. O t6rax € comprimido simultanea- mente com 0 movimento vibratério. A compressio toricica € extremamente importante para fazer com que a vibragio. sea efetiva, A intensidade de compressio toricica é deter- Figura 9-6, Vibragdo dos lobos inferiores sirsitos. CO paciente esti na posiclo dead sobre o tudo esquerdo, com © pé da cams elevadlo 18 a 20 polegadas (grande elevacio). 0 terapeuta aplica o estimulo de vibrugio apenas durance 2 fase expirat6ris do ciclo respirat6rio do paciente. 1542 PRATICA minacla por cliversos futores. como a mobilidade da parede toriciea, a idade do paciente, deformidades toricicas. novas incisdes pOs-operatdrias, traumatismo tordcico ou costelus fraruridas. Em alguns casos 0 terapeuta pode efe- ‘ivamente efetuar uma técnica de “sacudir as costelas" com as vibragdes, empregando para tanto uma forga consi derdvel au mobilizagio da parede toricica. Esta técnica 56 & possivel em wm paciente com o térax mével Para que se consiga efetuara vibracio, oterapeuta pede 20 paciente para “respirir Fundo, segurar a respiragéo por um momento, e em seguida colocar todo o ar para fora”. Quando o paciente come¢a a inalar,é percebida uma ligeira resistencia a0 movimento da parede torécica. Isso encoraja © paciente a expandit os pulmées nas dreas subjacentes as mios do terapeuta, A tesisténcia oferecida a inspiragio & gradualmente reduzida, & meclida que € atingido 0 pico da insakagdo, Depois de uma pausa momentinea, so efetuadas a compressio e vibragio tordcicas, enquanto o paciente exala, Para que seja obticlo 0 mAximo beneficio, o paciente deve ser incentivado a expirar por tanto tempo quanto the seja possivel, sempre dentro cle seu nivel de tolerdncia. A Figura 9-6 ilustra a técnica de vibragao. ‘0 procedimento bisico ilustrado na Figura 9-6 pode ser repeticlo diversas vezes; contudo, o tratamento seré ajuda- doseo paciente respirat normalmente entre cuda sesso de vibraglo; caso conttario, o paciente poderd ficar tonto, de- vido a0 demasiado nimero de inspiragées profundas. A medida que 0 muco “se solta”. 0 paciente pode ter vontade de tossir e eliminar as sectegdes. Portanto, recipientes ou panos adequados devem estar facilmente A mio. Se 0 paciente deseja fazer uma pausa e tentar (ossir para elimi rar 0 muco, é melhor tentar no final da expiragto, sobretu- do se o paciente nao é capaz de criar suficiente pressio depois da tosse. £ como se 0 muco ji estivesse em seu ca~ ‘minho para fora do paciente, e a tosse no final da expiragio dé 0 “empurrio” final. 1ss0 € importante no caso de tm -muuco muito pegajoso, porque o paciente pode ficar exaus- to com muita facilidade, em funcio dos esforcos insteis para a eliminagio do muco com 0 uso de uma técnica de tose ineficaz. Para efetuar a vibragio, 0 terapeuta tensiona todos os miisculos do braco e ontbro em uma co-contracao que vir- tualmente faz com que 0 braco trema. Em seguida, 0 te- rapeuta transfere este tremor para a parede tordcica do paciente. A vibraglo tem continuidade 10 longo de toda a exalagio, Se hi necessidade de uma forma mais agressiva de compressio e vibragio (ou agitagto) tordcica, o puciente respira fundo e 0 terapeuta "sacode” as costelas em com- pressio trés ou quatro vezes durante a exalagio. Se 0 puciente no é capaz de respirar fundo sozinho, podem ser ‘empregados aparelhos respirat6rios por pressao positiva intermitente (RPPD ou uma técnica com uma bolsa auto- inflante, para a promogio da respiragio profunda. A técni cca de vibragio é a mesma, em ambos os procedimentes. O paciente recebe mecanicamente uma respiragao volumosa, © vibragio é efetuada desde 0 pico da inalagio e durante a fase expirat6ria. A experiéncia demonstrou que a atelec- {asia € a pneumonia podem ser eliminadas com maior rapi- dlez uo ser utilizndo um nebulizador ultra-sOnico ou ierossol aquecido, meta hora antes da aplicagio da fisiote- rapia toricica, cenha sido adminiserida ou no a RPPI ou a técnica de bolsa auto-inflante. {A tosse normal exige que 0 paciente “respire fundo e prendaa respiragaobrevemente”(Fechandoa glote €1s cor- ‘das vocais). Enquanto a respiragao fica retida, a pressio intratordcica auménta, sobretudo devido a contragio dos misculos abdominais. A pressio é subitamente liberada (pela abertura da glote e cordas vocais) em uma exalagio ‘explosiva. O paciente com um tubo endotraqueal no pode {ossir, porque 0 tubo passa através da glore € entre a5 cor- das vocais, impedindo-as de fechar. Analogamente, um patciente traqueostomizado tem um tubo abnixo das cordas ‘voeais e é incapaz de aumentar a pressio intratoracica pelo Fechamento da glote e das cordas vocals. Em qualquer dos ‘casos, atosse, o principal mecanismo para a eliminagio das secregdes, no est funcionando. A tosse pode ser simula- da pelo uso de una bolsa auto-inflante (com um manguito de texqueostomia ou endotqueat inflaclo. para a vedagio da via respirat6ria); depois, o terapeuta fornece um grande volume inspirat6rio, mantendo a bolsa fechada por 2.04 3 segundos e, em seguida, a bolsa € aberta rapidamente. O terapeuta comeca a compressio toricica € a vibragio durante o periodo de “manutengio” da inflagio da bolsa, tendo continuidade durante toda a fase cle exalagio. Para alguns pacientes, a vibragio pode estar indicada ‘mesmo quando percussio nio pode ser aplicivel. Estes sio os pacientes submetidos recentemente a uma cia eomoa cirurgia cle coragio aberto e torncotomia —em que adore a rigidez podem estar aumentadas) € os que sofre- ram hemorragias ou Fraturas costais. Em geral, a5 mesmas indicagdes, contra-indicagbes, e precaugoes apliciveis & percussio também se aplicam a vibraga0. Com freqiiéncia, & dificil interpretaraslistas de contra-indicagdes para deter- minado tratamento, considerando que nem todas essas. contra-indicagdes chegam a constituir-se um problema em todasas circunstincias. De fato, provavelmente o némero de contra-indicagdes absolutas é bastante pequeno. Em muitos casos, é cabivel considerar os itens da lista como representatives das contra-indicagdes “de rotina”, Ha necessidade do bom julgamento clinico para que sejam avaliados 0s riscos para cada paciente. No minimo, em Contra-indicasées e Precausées pera Técnicas de Percussie e Vibraséo ‘+ Torax frouxo, costelas Fraturadas ‘= Condigdes com tendéncia & hemorragia interna + Condigées em que as costelas estio frigeis, como 0 CAncer Osseo metastitico e ossos “quebradizos™ + Pacientes idosos, frigeis ¢ apreensivos + Casos p6s-operatorios recentes; ém que poderia aumientara dor e 0 énrijecimento musculares + Enfisema subcutineo do trax e pescogo (O trata- miento deve ser ineficaz, visto que a percussio absorvida pela camada suibcutinea de ar.) Condigées cardiacas instiveis Embolos pulmoriares — Cuidado! Fusio espinhal recente ‘Queimaduras recentes, feridas abertas ou infeogo na superficie da area Copitulo ? qualquer dada situngdo 0 terapeuta certamente deve levar tem consiceragio todos os itens da lista como urn aviso especifico para que ele (0 terapeuta) seja extremamente cuidadoso, e busque maiores informacdes médicas, Devemos enfatizar que as contra-indicagoes para a drenagem postural, percussio, ¢ vibracio sio relativas. Sempre deverio ser consideradas.as prioridades, Por exem- plo, se um paciente apresent-se com uma fungio cardio- vascular deficiente, e que & exacerbada pela atelectasia, 2 atelectasia deverd ser resolvida. Obviamente esta situagio pede o julgamento, a orientagio e a ajuda de um médico. ’As indicag6es para a percussio s2o, basicamente, as mesmas para a drenagem postural. A percuss4o pode ser rotineiramente efetuada junto com a drenagem postural, sobretudo em pacientes com secregdes espessas ¢ infec- tadas, que sio de dificil mobilizagio. Diversos procedi ‘mentos, como 0 nebulizadorultra-sOnico ou aerossol aque- ‘ido, podem trazer beneficios tremendos, especialmente se administrados antes da realizacdo da drenagem postural Esta forma de terapia ajuda a liquefazer as secregdes, tor- nando mais facil a sua mobilizacio, Tratamentos com RPP podem ser ministrados conjuntamente com a drenagem postural, percussio, e vibragdo, para. distribuigdo periféri- ca do ar. Isso aumenta as chances de levar o ar além das secregbes, 0 que tornard a tosse mais produtiva, ‘A fisioterapia torscica tem demonstrado sua eficécia dlinica no tratamento de um amplo espectro de problemas respirat6rios, seja como um resultado direto de alguma doenga respirat6ria, seja secundariamente a algum outro distarbio clinico ou cirtrgico - por exemplo, lesio da medula espinhal, acidente cerebrovascular, infarto do ‘miocirdio, ou distirbios neuromusculares, Estes pacientes tém problemas respiratérios comuns ~ ma ventilacao € tosse ineficaz ~ e, em decorréncia disso, secregdes pul- ‘monares retidas ¢ freqientemente infectadas. Os fatores que contribuem para estes problemas sio a astenia ou pa- ralisia muscular, pouca coordenagdo, fata de resistencia, ¢ padrdes respirat6rios anormais. Pacientes debilitados € dependentes exibem uma diminuigdo significativa no nivel geral das atividades, fre~ {qUentemente com incapacidade de mudar as posigoes basi- cas do-corpo. Emum paciente acamado, a virada de posi¢io ‘de um lado para outro promove a drenagem postural geral de cada pulmio. A gravidade transforma-se em um fator tanto positivo como negativo para a drenagem pulmonar: positivo, porque a parte do pulmdo voltada para cima € Grenada, e negativo, porque as secrecdes se acumulam nos Iobos mais inferiores. Assim, € mais provavel que os pacientes paralisados no lado direito se voltem para a dire- para que possam usar as extremidades esquerdas. Estes pacientes tém dificuldade em virar para o lado esquerdo, € podem acabar sofrendo pneumonia no pulmao direito. Pacientes quadriplégicos que ficam deitados de costas provavelimente sofrerio pneumonia basal posterior bilate- fal, ou pneumonia dos segmentos superiores dos lobos inferiores. Nao poderos ignorar que a importincia da pré- tica freqilente de mudangas de posi¢ao, objetivando a drenagem postural, é uma prética fundamental. Estas mu- dancas freqtientes do paciente paralisado exigem um esforgo conjunto total com a equipe de enfermagern. ‘Os pacientes com distirbios neuromusculares como a miastenia grave ou sindrome de Guillain-Barré necesita PAASSAUEM PAR (AO PACIEINTE COna VISILRBIO RESPIRATORIO 153 de ajuda para conseguir que seus pulmdes fiquem clesobs- truidos (ou para manté-los assim), dé modo que possam maximizar sua reabilitagao. a falta de ar 6 freqientemente ccausada pela presenga de secregdes nas vias respiratérias. {sso é assustador para muitos pacientes, ¢ limita em grande parte suas atividides e seu progresso. Antes do exercic devemos promover um programa de higiene dos bréa- ‘quios, que consiste na drenagem postural, percussio, bragio e retreinamento da respiragio. Essa pritica permi- tir que o paciente tolere maior grau de atividade, porque as vias respiratorias estio desobstruidas. O paciente deve repousar em seguida aos procedimentos de higiene dos brénquios, pois pritica é cansativa. Pacientes submetidos a uma fisioterapia tordcica antes € depois da cinurgia demonstraram menor nimero de com- plicagdes respiratérias e um periodo mais custo de recu- peragio pés-operat6ria (Egbert et al, 1964). Para adquirir ‘experiéncia na fisioterapia tordcica, 0s terapeutas devem estar habilitados na pritica da percussto e vibragio, drenagem postural, exercicios respirat6rios, programas de exercicios voltados para o paciente com problemas respi- ratbrios, ¢ outras modalidades de terapia respirat6ria Embora a tendéncia atual esteja direcionada para equipa- mentos de alta tecnologia cada ver mais dispendiosos, 0 so inteligente dos conceitos da fisioterapia tordicica bisica @, a longo prazo, uma abordagem muito mais eficiente em. termos de custos, especialmente para pacientes portadores de doenca pulmonar crénica, e que desejam passar o maior tempo possivel em suas proprias casas. Referéncias Carey FE, (1967) Emphysema. The battle to breathe. US. Department of Health, Education and Welfare, Public Health Service Publication 21715. Egbert LD.; Buttit CE; Welch.; CE,; Bartlett MK. (1964) Reduction of postoperative pain by encoursgementand instruction of patients. N Engl] Med 270:825-827. Frowfelter DL. (1987) Chest physical therapy and pulmo- nary rebabilitation: An interdiscipbnary approach, Chicago: Year Book, Frownfelter DL, Dean E. (1996) Principals and practice of cardiopulmonary physical therapy, 3rd ed. St. Louis: CV Mosby. Hillegass EA ; Sadowsky HS. (1994) Essentials ofcardioput- ‘monary physical therapy. Philadelphia: WB Saunders. Irwin $, Techlin JS. (1995) Cardiopulmonary physical the- rapy. St. Louis: CV Mosby. Mackenzie CF; Imle PC; Ciesla N, (1989) Chest physiothe- ‘apy in the intensive care unit, 2nd ed. Baltimore: Wilhams & Wilkins, Miller WE. (1967) Rehabilitation of patients with chronic “obstructive lung disease. Med Glin North Am5:349. Peuy TL. (1978) Chronic obstructive pulmonary disease. Nesr York: Marcel Dekker. \Watchie J. (1995) Cardiopulmonaty physical therapy—A chinical manual. Philadelphia: WB Saunders ‘Webber BA; Pryor JA. (1993) Physiotherapy for respiratory and cardiac problems. Edinburgh: Churchill Livin- gstone. ‘Weiss, EB, etal. (1969) Acute respiratory failure in chronic ‘obstructive ling disease. 1. Pathophysiology. Disease-a-Month October. ‘A massagem do tecido conjuntivo (MTC) (em alemao, Bindegewebsmassage) € um sistema total de técnicas de massagem especializadas, originalmente desenvolvido na Europa entre as duas guerras mundiais, Este € um conceito muito interessante, por se enquadrar de forma muito exata dentro da categoria de um tratamento que produz um. “efeito em local remoto”. Este conceito € bem conhecido «em muitos sistemas orientais de massagem e'métodos tradi- cionais de tratamento. A intervengio dada a uma parte do corpo € considerada como exercendo um efeito profundo ‘em tecidos aparentemente ndo relacionados ao local trata- do. Acupuntura, reflexologia e 0 conceito mais modemo de ‘estimulagao dos pontos deflagradores compartilham este fundamento conceitual. “Amedida que nossa compreensio da fisiologia aumenta, esti se tomando cada vez mais claro que existe um raciocinio s6lido para 0 uso destes conceitos, embora possam, a prin pio, parecer um tanto improvaveis. MTC € uma rea de priti- casignificativa, que merece um livro que trate exclusivamente desse assunto, Como ocorre com os outros sistemas de mas- sagem descritos com brevidade neste texto, a principal tengo dessa informagio ¢ introduzir 0 leitor nos conceitos bisicos envolvidos. Muitos manuais de massagem analisam, este t6pico, mas provavelmente 0 material mais abrangente sobre © assunto, na lingua inglesa, € ainda o trabalho de Elizabeth Dicke (1978) e de Maria Ebner (1985). Outras fontes importantes de informagio nessa Srea podem serencontradas em Bischoff e Elminger (1963) ¢ Holey (1995). BREVE HISTORIA E FUNDAMENTOS TEORICOS, A MTC foi desenvolvida originalmente por uma fsiote- rapeuta alema, Elizabeth Dicke, no final da década de 20 € inicio dos anos 30. Dicke sofria de uma deficiéncia circula- {6ria na perna direita, que resultou emuma endarterite oblite- rante do membro. Este doloroso disttirbio era tio severo que ‘osmédicos propuseram a amputacdo. Na tentativa de aliviar a dor nas costs que ocorria concomitantemente, Dicke descobriucertas conexdes entre os tecidos conjuntivos nas regides pélvicas posteriores e a perna afetada. Enquanto jo 10 Massagem do Tecide Conjuntivo Dicke aplicava movimentosde tragao na pele da regio pélvi- a posterior, percebia uma sensagio de calor invadindo sua pera. Depois de trés meses dessa massagem (efetuada por lum colega), os sintomas graves comegaram a diminuir. Dentro deum ano, Dicke havia retornado 20 seu trabalho de fsioterapeuta, e um grande volume de estudos e avaliagBes clinicas se seguiram a essa experiéncia iniial. Dicke, junta- mente com seus colegas, refindu a técnica de movimentos originais para o tatamento de muitos tecidos e Orgaos pato- logicamente envolvidos. Dicke coroou seus estudos criando © método da Bindegewebsmassage (MTC), atualmente em. amplo uso na Europa, sobretudo na Alemanha, Em termos amplos, Dicke e outros pesquisadores afirmavam que esta ‘massagem afeta 0 sistema nervoso auténomo €, por reacio reflexa, corrige desequilibrios nas fungBes vegetativas do corpo, MTC nao @ apenas outra manipulacio de massagem, ‘mas um sistema: completo de.tratamento, que casualmente langa mao da massagem como meio de induglo da atividade reflexa em diversos tecidos. ZONAS REFLEXAS (ZONAS DE HEAD) Sabé-se desde 0 final do século passado que uma doenga visceral pode causar alteragées na pele, em Areas bem definidas do corpo. Estas reas s20 conhecidas como “zonas de Head", em homenagem a Head (1889), que as descreveu pela primeira vez. A nivel embrionario, 0 corpo humano é derivado de uma série de 33 discos (33 somitos mesodérmicos), e cada um deles termina originando duas raizes nervosas da medula espinhal, uma a cada lado. Nos estigios mais avangados do desenvolvimento, estes nervos continuam a governar a atividade de todas as estruturas derivadas de seu segmento discéide original. Estes seg- ‘mentos do origem 20s nossos conceitos de dermatomos, mi6tomos, e esclerétomos (respectivamente, areas de pele, tecido muscular e tecido ésseo que sio inervadas exclusi- ‘vamente por uma raiz nervosa). Varios Srgios e seqdes dos tecidos conjuntivos também sao inervacos por pares de nervos segmentares. Isso da origem a nogao de areas de re- presentago na parte posterior do tronco (Fig. 10-1). 157 158 © PRATICA Figure 10-1. Areas do corpo nes zonas da regio posterior do tronco. = ‘As zonas ilustradas nao estio completas. A intencdo é demonstrat a considerével superposi¢io de zonas, eas fungbes que elas representam. Hi ‘zonas para muitas partes do corpo, inclusive uma paraz cabera, zonas para as fungBes menstruas, genitas, ¢ colonicas, todas suprajacentes 20, ou inradiando-se do, sacro. Estas bandas estreitas, ou zonas, sio geralmente descrias como tendo entre 5 € 8 em de largura, Uma zona do estémago situa-se no interior da zona do cora¢o, € também pode ser representada sobre a escépula esquerda lodifcado de Ebner e Teivich- Leube) Um conceito fundamental € 0 de que alteragées patol6- gicas que afetam qualquer das estruturas derivadas de um somito mesodérmico (Segmento discbide) pode, eventual- mente, dar origem a sintomas em qualquer das estruturas do mesmo segmento. E bem conhecido 0 fato de que lesdes vis- cerais podem dar origem a alteragdes em outras Areas; por exemplo, problemas do figado e vesicula biliar podem refle- tirse nos segmentos costais posteriores médios a inferiores direitos (T 6-10), e na regio retal superior direita. ‘s alteragbes que podem ocorrer em qualquer das zonas afins sdo detectaveis pela palpacio da érea. Os tecidos con- Juntivos tém freas de tensao local caracteristicas. Existe cera imobilidade das diferentes camadas umas contra as outras, onde normalmente deveria haver uma quantidade limitada de movimento entre elas (Hirschberg, Fatt & Brown, 1986). Dentro de cada zona de influéncia de um segmento ou seg- ‘mentos espinhais, hd com freqiiéncia uma érea circunscrita ‘que esté relacionada a determinado érgio; estas reas so conhecidas como *pontos méximos". Estas alteragdes podem, ser detectadas pela palpagao da area. Holey (1995b) ¢ Holey Watson (1995) descrevem os conceitos basicos da identifi- cago da zona e confiabilidade internominal na detecga0 dessas zonas. ‘Um coneeito terapéutico fundamental na MTC € que, con- siderando-se que 2 patologia visceral reconhecidamente acarreta alteragdes nos tecidas conjuntivos da pele em zonas bem definidas, 0 tratamento aos tecidos conjuntivos da pele ‘em uma zona definida poderia gerar efeitos em outras estru- Figura 10-2. Menipuloséo diegnéstica, usando ume prega cuténea. (s tecidos s4o agarrados, para que possa ser tracionada uma ‘prega de tecido com as mos. O levantamento das pregas ‘utinens € efeniado para comparar os dois lados do corpo. A prega de tecido deve ser suficientemente grande, para ‘promover uma disiracto da pele com relagaoa camada fascial a f Copitulo 10° turas que sio derivadas do mesmo segmento mesodérmico. Isso forma uma parte importante do raciocinio para os efeitos da MTC. Para descrigoes mais detalhadas da teoria e pritica da MTC, 0 leitor deve consultar Ebner (1962, 1965, 1968, 1978), Dicke (1978), Schliack (1978) e Ebner (1985). Acredita-se que as alteragbes do tecido conjuntivo nas reas da superficie corporal correspondam a lesdes dos 6rgios internos. Com freqiiéncia, asalteragdes do tecido con juntivo sao visualizadas como reas achatadas ou faixas deprimidas, que podem estar circundadas por freas mais ele- vadas. As areas achatadas sio as Areas de resposta priméria, € 0 tecido conjuntivo é rigido, resistindo & distragao em qual- quer direc0, durante aaplicacio de um movimento. As areas secundarias elevadas surgem como areas de tumefagao loca- lizada, sendo assim percebidas pelo tato. Nitidamente, existem dois tipos distintos de movimentos na MTC. Um deles € 0 movimento “diagnéstico", e 0 outro, ‘uma técnica "terapeutica". Com efeito, em alguns casos estes dois movimentos sto iguais. Técnicas manuais sio utilizadas na identificacio de Areas de alteragbes do tecido conjuntivo que podem nao estar visiveis. Estas técnicas diagnésticas S40, usadas de modo simétrico e bilateral, para a comparagio dos dois lados do corpo. O levantamento das pregas cuténeas € realizado com uma prega suficientemente profunda para que ocorra a distragao entre a pele e a camada fascial (Fig. 10-2). Em outra técnica, as pontas dos dedos sto usadas na mobilizagio da pele sobre as estruturas subjacentes (Figs. 10- 3, 10-4). A forga das pontas dos dedos € suficiente apenas para manter contato coma pele, sendo direcionada em linha com as zonas de reflexo. Estas zonas reflexas tém limites € localizagdes definidas (veja a Fig. 10-1). MASSAGEM DOTECIDO CONJUNTIVO 159 Figura 10-3. Técnicas diagnésticas usando os dedes para mobilizar os tecides. ) Ambas as mios sto usadas para “empuirar” uma prega de tecido sobre as éreas de interesse. @As pontas dos dedos de uma das mios sio usadas coma ‘mesma finalidade. A pressio. pode ser exercida com a ponta de lum ou mais dedos, com o objetivo de “sentr® os contornos €tensbes dos tecidos subjacentes. Figure 10-4, Técnicas dicgnésticas usando os dedos de ume das méos para a mebilizaséo des tecidos. AAs pontas dos dedos de uma das mos sio utlizadas com Finalidades diagnésticas, mediante a ragio de uma prega de tecido sob 0 dedo anular; 0 objetivo € “sentir” os contornos e tensBes dos tecidos subjacentes, (Nove: Esta técnica é também. ‘empregada nos tratamentos usando MTC, embora alguns clinicos prefiram 0 uso do dedo indicador reforsado pelo dedo médio) 160° PRATICA Outro movimento diagnéstico traciona uma prega de tecido sob 0 dedo médlio, seguido € reforgado pelo dedo anular (vejaa Fig. 10-4). A preferéncia individual por deter- minada técnica diagn6stica determina qual 0 procedimen- to mais eficaz para cleterminado paciente. Todas as técni- cas so igualmente aceitiveis. A resisténcia encontrada durante qualquer destas técnicas manuais corresponde habitualmente a uma sensagio de corte ou de arranhadu- 1a, percebida por cada paciente. O terapeuta pode perce- ber uma sensagéo de laceragdo, se movimento for con- duzido até longe demais. A ilustragao das zonas reflexas viscerais foi incluicla neste capitulo para servir de alerta para 0 terapeuta com relagio 20s casos em que as técnicas de massagem tradicionais revelam reas sem patologia periférica aparente. Em termos anedéticos, este método de massagem parece exercer uma influéncia profunda na fungao auténo- ma. Aplicado com habilidade, a MTC pode ser direcionada para distdrbios patolégicos especificos, com resultados pre- visiveis Frazer, 1978); contudo, Reed ¢ Held (1988) nto foram capazes de demonstrar alteracOes na funcao aut6no- ma em varios pacientes sadios, de meia-idade e idosos. Provavelmente existe considerdvel diferenga entre as respostas detectadas em pacientes com um problema demonstrado, e nos que estdo sadios. “Todas as técnicas de massagem exigem habilidade experiéncia da parte do praticante, para que sejam maxi mamente efetivas. Esta habilidade pode ser desenvolvida sob a supervisto de um terapeuta experiente; ela nio pode ser aprendida apenas no livro. Contudo, os conceitos bési- cos podem ser aprendidos pelo estudo dedicado de fontes confidveis. Nesse contexto, sdo excelentes as descrigdes de Ebner para as técnicas. Bischoff e Elminger (1963), Teirich- Leube (1976), e Tappen (1988) também oferecem descri- (es e ilustragdes excelentes. TECNICA BASICA (© paciente senta-se em uma superficie firme com os quadris ¢ joelhos formando angulos retos, € com os pés apoiados em um banquinho. Toda a regio das costas deve Ficar exposta, mas o aspecto anterior do paciente pode ficar coberto durante a avaliagao e tratamiento, O terapeuta pode sentar-se ou ficar de pé por detris do paciente, o que for mais confortavel ou apropriado. Nao devem ser usados lubrificantes. © tratamento comega com um exame da pele que reveste as costas do paciente. £ efetuada uma cuidadosa ‘observasio da postura e dos misculos, juntamente com uma palpagio cuidaciosa das estruturas cutineas. Algumas zonas podem ter um aspecto inchado, enquanto outras, * parecem estar deprimidas. A palpacio diagnéstica pode revelar rigidez e tensto dos tecidos em certas areas do corpo. Com freqiiéncia estas reas so unilaterais, razoavelmente bem definidas. © objetivo do exame con- siste em mapear as éreas de contorno anormal, relacionan- do-as a0s outros sinais € sintomas do paciente, mas a propria avaliacdo pode ter um efeito profundo no sistema nervoso autGnonio do paciente (Kisner & Taslitz, 1968). Em seguida ao exame inicial, poclerd ter inicio 0 proprio tratamento. Comumente sio efetuados dois tipos de ‘manipulagdo — breve ¢ longa. Estes movimentos sempre {ém inicio na regito sacral, gldtea, ou lombar, nessa ordem, les progridem para cima e para fora, na dire¢0 das reas afetadas, com a maior rapidez possivel. Ebner sugere que “a inter-relagao de todas as estruturasautonomamente aten- didas torna aconselhvel que todo tratamento tenha inicio za drea sacral, para que se tenha a certeza de uma reagio vascular normal na raiz da arvore de distribuigao auténoma, Contudo, é importante progredir tio logo seja possivel par 0 segmentos afetados". Os movimentos s40 produzidos por uma tragao tangencial do dedo médio, apoiado pelo ‘edo anular, ou pelo indicador. Alguns terapeutas preferem usar 0 dedo indicador apoiado pelo dedo médio. As técnicas de MTC podem ser praticadas na maioria das Areas do corpo, nao apenas na regio das costas; contudo, comum que o tratamento seja ministrado nas costas e em uma regido mais periférica do corpo. Embora uma dis- cussio detalhada desta técnica para todas as partes clo corpo esteja além dos objetivos desse texto, existem diver- 505. excelentes textos que descrever 0s conceitos basicos daMTCeseu uso na maioria das partes do corpo. Publicado pela dltima vez em meadosda década de 80, livro de Maria Ebner (1985) sobre MTC permanece sendo indiscutivel- ‘mente a fonte mais autorizada sobre esse assunto em lingua inglesa. EFEITOS Habitualmente o paciente sente uma sensagio de corte ‘ow arranhadura, ou possivelmente uma pressio indefinida, Estas respostas desaparecem gradualmente, & medida que © paciente vai se recuperando da condigio. Sao geradas respostas locais ¢ gerais. Respostas Locais A resposta mais Obvia 8 MTC € a resposta local, visivel sobre as reas tratadas. Depois de alguns minutos, surgem “tiras" com uma colorag4o vermelho-vivo, marcando 3s reas onde o terapeuta aplicou pressio. Este eritema (ver- ‘melhidio) local éo resultado de uma resposta tripla gerada nos tecidos. A pressao dos dedos sobre os tecidos produz equenos traumatismos na drea, e isso libera diversas subs- {Ancias que disparam o reflexo. A libera¢io de histamina, Juncamente com outras substincias, produz a significativa vasodilatagio ocorrente na area. Respostas Gerais A resposta geral 4 MTC varia muito, principalmente dependendo de quais as freas estimuladas. As respostas gerais consistentes com um efeito no sistema nervoso auténomo se prolongam por varias horas ap6s o tratamen- to: estimulagdo da circulagio, redugao da pressio san- ‘guinea (nos tratamentos prolongados), falta de ar, palp- tages cardiacas, cefaléia, tonteira, perspiragio, aumento da atividade glandular, aumento do funcionamento dos 4 Copitle 10 Orgios viscerais, & reequilibrio da atividade auténomu pela estimulugio dla atividdle purassimpaiica, IndicosSes TerapSuticas A MTC tem implicagdes cliagndsticas € terapéuticas, tendo sido usada clinicamente no tratamento dos sinais ¢ sintomas cos distérbios circulatSrios, doengas reunséticas, disfuncdes de drgios internos, clistii dos sistemas ner- vosos auténomo e central, distirbios respiratérios.e dist bios do tecido conjuntive. MTC tem sido amplamente uti- lizada no tratamento dos disttirbios auténomos do sistema cardiovascular. A distrofia simpatica reflexa (DSR) € um exemplo excelente deste tipo de distirbio, embora nossa atual compreensio desta sindrome esteja longe de ser con- siderada completa (Falk. Sadil & Ernst, 1991). Durncéo e Freqiéncia do Tratamento Depois do exame inicial em cada sessio terapéutica, podera ter inicio 0 proprio tratamento, Habitualmente cada ‘sessio consiste de um tratamento geral das costas, seguido pelo tratamento especifico das vérias zonas ou partes das costas, ou de outras areas do corpo. O tratamento pode ser repetido diariamente para aproximadamente 10 a 12 1se880es. Ocasionalmente, alguns pacientes necessitam de cursos terapéuticos mais longos (diversas semanas); ‘opcionalmente, outros pacientes podem demonstrar uma melhora significativa centro de alguns dias ap6s 0 iniciodo tratamento. Contre-indicagdes As relativamente poucas contra-indicagoes para a MTC. slo: cettos distirbios cardiacos, certas condigbes cutineas generalizadas afetando as costas (p.ex., psoriase), cAncer ‘ou tuberculose, pele cheia de pelos nas costas (0 tratamen- to pode ser muito doloroso), feridas abertas, Glceras, ou ‘outras lesdes cutdneas sobre a rea a ser tratada. RESUMO. Indubitavelmente o uso da MTC requer um conheci- mento especial € muita experincia, para que esta mod: dade terapéutica seja maximamente efetiva. Como a mai tia das (sendo todas) modernas praticas de reabilitagio, provavel que a MTC obtenha os melhores resultados quan- do esta modalidade & ministrada em combinagio com ou- {ras técnicas, como parte de um plano terapéutico coral pro- jetado para atender as necessidades de cada paciente, Embora a MTC nio seja muito conhecida ou popular na América do Norte, € possivel que venha a vivenciar um recrudescimento de interesse, especialmente se combinacla a outras abordagens terapéuticas. MASSAGEM DO TE (OO CONUUNTIVO 161 Referéncias Bischoff 1; Elminger G. (1963) Connective tissue massage, In: Licht $ (ed): Alassage, manipulation and traction Baltimore: Waverley Press. Dicke E, (1978) Origin and development of the method. In: Dicke &, etal. (eds): A manualof reflexive therapyof the connective tissues. Scarsdale, NY. Sidney S. Simon, pp 11-143. Ebner, (1962) Connective issue massage: Theoryand the- rapeutic application. Edinburgh: E & § Livingstone. Ebner M (1965) Connective tissue massage. South Afr Physiother 21(3)4-7. (1968) Connective tissue massage: Therapeutic appli- ation. NZJ Physiotber 14):18-22, 0978) Connective tissue massage. Physiotherapy JESP 64:208-210, 0985) Connective tissue massage. Theory and there ‘peutic application, 2nd ed. Huntington, NY: Robert E. Krieger. Fialka V; Sadil V.; Emst E, (1991) Reflex sympathetic dystrophy (RSD) — a century of investigation and still a mystery. Eur Phys Med Rebab 2(2)26-28. Frazer F. (1978) Persistent postsympathetic pain treated by connective tissue massage. Physiotherapy JCSP 64:211- 212. Head H. (1889) Die SensibilitatssiGrungen der Haut beivis- zeral Erkrankungen. Berlin. Hirschberg G.; Fat I Brown RD. (1986) Measurement of, skin mobility in the upper back. Scand J Rebab Med 190:173-175 Holey EA. (1995a) Connective tissue zones: An introdue- tion. Physiotherapy JCSP8(7):366-368, _— (1995b) Connective tissue manipulation—cowards a ‘Scientific rationale, Physiotherapy CSP SI(2):730-739. Holey EA, Watson M, (1995) nter-rater reliability of connec- tive tissue zones recognition. Physioiberapy JCSP 81(7):369-372. Kisner C, Taslitz N. (1968) Connective tissue massage: Influence of the introductory treatment on autonomic Functions. Phys Ther 48(2):107-119. Reed B.; Held, J. (1988) Etfects of sequential connective tis- sule massage On autonomic nervous system of middle- aged and elderly adults. Phys Ther 68(8):1231-1234. Schliack H. (1978) Theoretical bases of the working mecha- rnism of connective tissue massage. In Dicke E. et a. (eds): A manualofreflexive therapyofthe connectivetis- sues. Scarsdale, NY. Sidney S Sirmon, pp 14-33, Tappen FM. (1988) Healing massage techniques: Holistic, classic, and emerging methods, 2nd ed. Norwalk. CT. Appleton & Lange, p. 219-254. Teirich-Leube H. (1976) Grondbeginselen van de Binclive- efselmassage. Uitgeversmaatchappij Lochem: De Tijdstroon, B. V. ‘A medicina alternativa engloba uma série de sistemas € incorpora virias técnicas de massagem. O Research Council for Complementary Medicine (Austrlia) ve promovendo uma pesquisa vigorosa sobre a eficicia © uso de técnicas comoa acupuntura, acupressio e shiatsu, reflexologia, hip- nose, sistemas orientais de massagem e moxibustdo hé mais, de 10 anos (Vickers, 1995). As pesquisas de médicos oci- denuais na Holanda, Gra-Bretanha, Nova Zelindia, Estados Unidos, e(maisrecentemente) Caniadé deflagraram um cres- cente interesse © 0 desejo de aceitar a médicina alternativa ou complementar (Eiseriberg et al, 1993; Hadley, 1988; LynBe & Svensson, 1992; Verhoef & Sutherland, 1995; ‘Warthon & Lewith, 1986); Esse € sobrenilo 0 caso do trata: mento da dor crénica e da disfung3o musculdesquelética. As técnicas mais amplamente actitas sio as que parecem ser mais eficazes, como a ‘acupuntura, a pressio profunda cempregada na acupressio ou no shiatsu, manipulagbesapli- «adas por quiropriticos, ou 0 alongamento como © empre- gado em métodos miofasciais. Este capitulo, ¢ 0 Capitulo 12, estudam algumas das téc- nicas de massagem que se enquadram no espectro da me- dicina altemativa ou complementar. As “terapias do corpo, como so chamadas muitas das técnicas complementares, ‘do a acupressio, acupuntura, cinesiologia aplicada, quiro” pritica, terapia muscular profunda, Feldenkrais, Heller- work, técnicas de Huna, equilibrio psicofisico integrado, Lomi, massagem (diversos sistemas), mioterapia, técnicas miofasciais, libera¢ao ou técnica neuromuscular, or bi0- rnamia, osteopatia, terapia de polaridade, terapia de per- ‘cussio pontual, integracao postural, reflexologia, reiki, rolfing (ou integragao estrutural), shiatsu, contato terapéu- tico (deposigio das mos), Tragerwork, técnicas de pontos deflagradores, terapia zonal etc. A proliferagdo de praticantes alternativos dentro e fora estes sistemas estabelecidos (que incluem a massager, ‘em menor ou maior grau) & evidéncia da insatisfacio com ‘05 métodos dos modelos médicos estabelecidos de trata- ‘mento ¢ prevengao Jahnke, 1985). Nem todos as sistemas podem ser incluidos neste texto. Neste capitulo, apre- sentaremos a massagem dos pontos dellagradores, as téc- nicas miofasciais, ea reflexologia e discutiremos breve- Sistemas Especializados de Massagem COLLEEN LISTON, Ph.D. ‘mente as técnicas menos conhecidas da terapia por per- cussio pontual e 0 rolfing. No Capitulo 12, discutiremos os sistemas otientais de massagem — acupressio, shiatsu, ‘massagem tailandesa tradicional, massagem chinesa tradi- cional e massagem Huna. ‘As contra-indicagdes para todas as técnicas de mas- sagem foram apresentadas anteriormente. Apesar disso, importante observar que, quando respostas aut6nomas podem ser promovidas (como no caso da massagem do tecido conjuntivo, acupressao ou shiatsu, ou técnicas de pontos deflagradores ou miofasciais), as contra-in sto a gestagdo (devido a resposta autonoma), cardiorrespirat6rios graves, e distirbios psicol6gicos como 0 ataques de panico. ‘ TECNICAS DE PONTOS DEFLAGRADORES. A sindrome da dor miofascial, freqidentemente con- fundida com a fibromialgia, caracteriza-se pela dor mus- culoesquelética que se origina de um ponio hipersirrité- vel (Hey & Helewa, 1994; Waylonis et al,, 1988; Yunus et al, 1988). Estes chamados “pontos deflagradores” por Janet Travell © “pontos miodisnéuricos” pelo Dr. R. Gutstein— so pontos ou areas sensiveis que geram dor a alguma distancia CTravell, 1981; Travell & Simons, 1983, 1992). Os pontos deflagradores ativos acarretam dor referida quando 80 palpados: eles “deflagram” a expe- rigncia dolorosa, Pode ocorrer uma dor aguda localizada que pode irradiar-se até a drea referida, ou frea-alvo, a alguma disténcia. Qualquer, ou todos, os sinais ou fend- menos da lista que se segue podem estar associados & sensibilidade no ponto: © Restripfo de movimento + Astenia muscular + Espasmo muscular protetor + Redugio da resisténcia cutinea * Nodulos fibrosados * Sinal de *saltar” durante a palpacio 163 164 ® PRATICA + Pontos deflagnicores secundirios em masculos ago- nistas © antagonistas (sobrecarregudos através do “enrijecimento™ do masculo lesionado em compen- sagio) + Respostas aurnomas A Figura 11-1 ilustra os locais dos pontos deflagradores comuns € grupos musculares associadlos. A dor refetida e as respostas motoras, sensitivas e autOnomas sio melho- rads pela liberagio essensibilizagio) do ponto primavio ativo, de modo que o tratamento dos pontos deflagradores pode ser uin meio ausiliar valioso no tratamento dos di Uirbios musculoesqueléticos erénicos (Laing et al, 197 Lundberg etal, 1984). A palpagao cuidadosa e o conhe mento dos pontos da acupuntura ajudam na avaliagio dow tecidos moles afins (Fischer, 1988; Goldenberg, 1989), pressio continua aplicada a0 ponto deflagrador pode ser efetuada com um, dois ou mais dedos, um n6 do dedo, un cotovelo, ou por “pregueamento” (como na aplicagao kt :massagem do tecido conjuntivo) com os dedos estendides anheim & Lavet, 1989; Peppard, 1983; Travell & Simons 1983). ANTERIOR POSTERIOR Figura 11-1. Pontes deflagradores comuns. (a) Locais comuns dos pontos deflagradores no corpo, (B) Misculos axsociados a esses pontos. 1 I ! ' ! af | I Te \ | | | 1 | | Copiiulo 11 Ui programa doméstico que incorpora o reluxainento, pos-isométtico pode ser utilizaco na manutengio dos ga- hos, em seguida ao tratamento dos pontos dleflagracores. Esse programa deve constar clo alongamento suave até encontrar tesisténcia, contragio contra leve pressio duran- te 10 segundos, manutengio dessa manipulacio depois do reluscumento, € em seguida, manutengio da “folga” para a > SISTEMAS ESPECIAUZADOS DE MASSAGEM 165 aquisi¢io de maior amplitude de movimentos. © ciclo deve sertepetido trés a cinco vezes, e pode serusado com a auto- administraglo da estimulagao dos pontos deflagradores (Chaitow, 1981), Os pontos deflagradores ativos também podem ser dessensibitizados por meio do uso de alguma Forma de estimulagio elétrica (Alon & De Domenico, 1987), ‘ou outros agentes eletrofisicos. ANTERIOR Extensor ocarpo ‘Semimenbranoso ae) POSTERIOR Tatoo Etreniadeinerar Figura 11-1. Continuaséo. 166 © PRATICA Regime terapéutico para os pontos deflagradores + Localize 0 ponto deflagrador. O ponto estard situado em faixas fasciais ou musculares enrijecidas ou rete- sadas, Pode estar na pele (tecido cicatricta), em um ligamento, tendo, ou mesmo em um ponto mais profundo, na cApsula articular ou periésteo, © co- nhecimento dos pontos de acupuntura ajuda na localizagio do ponto deflagrador, pois cerca de 70% dos pontos deflagradores encontram-se em locais correspondentes. ‘+ Trate em primeiro lugar as lesdes mais recentes © a deflagragio priméria gerada; em seguida, trabalhe as les6es mals antigas. Os deflagradores mais secundrios estario associados a lesdes crénicas. Ripida aplicagdo de gelo com 0 Angulo do cubo, ou passagens paralelas de um spray vapor resfiante na base de 4 cm por segundo, e com a lata do produto mantida 2 50 cm de distancia da pele (Mance et al, 1986; Simons, 1985; Wolfe, 1988). Simons (1985) afr- ma que os spraysdo tipo Fluori-Methane so segures. + Aplique um alongamento continuo e suave; com & relaxamento, o misculo alonga-se. + Aplique 1 minuto de presso continua (como no ‘caso da acupressio) sobre 0 ponto deflagrador. Aumente gradualmente 2 pressio, ou aplique pressio intensa intermitentemente, altemtando com um ligeiro afrouxamento da pressio. * Gelo ou spraynovamente. TECNICAS DE LIBERACAO MIOFASCIAL ‘Otipode ganho na amplitude referida é conseguido pela liberagdo miofascial. A Fascia, um tipo de tecido conjuntivo, possui trés camadas — superficial, de espago potencial ¢ profunda. A fascia ajuda a manter a forga muscular e, enquanto a fasciotomia para a liberacao (afrouxamento) de uma fiscia retesada resulta em uma perda de 15% da forca muscular, as técnicas de liberagdo miofascial reduzem a ‘constrigao ea dor, sem comprometer a resisténcia muscular (Manheim & Lavett, 1989). A liberagto miofascial, junta- ‘mente coma estimulacdo dos pontos deflagradores, é vital Porque a faixa retesa e afrouxa com a inflamagio (a medida que 0 espaco potencial incha), cicatriza lentamente (devido a pouca irrigaglo sangdinea e é um foco de dor (devido a sabundante inervagto). Considerando que 0 objetivo da liberacao miofascial 60 alinhamento bom do corpo, so essenciais a avalialo e a reavaliagéo adequadas do alinhamento postural. Manheim € Laver (1989) forneceram métodos de avaliagao postural e ma descrigdo detalhada das téenicas de liberagio miofas- cial. Durante a liberacao miofascial, a percepgio do efeito da tensio liberagio dos tecidos proporciona um feedback entreo terapeuta ¢0 cliente, constituindo-se mesmo em um fator-chave da terapia. A aplicagao da técnica baseia-se na recepsio, pelo terapeuta, do feedback proveniente do corpo do cliente. A resposta depende da capacidade de interpretar corretamente 0 feedback para definir por quan. to tempo, com que forga, e em que diregio a pressto de. veri ser aplicada. A técnica é uma das terapias corporais que seguem 0 conceito de integragio, sendo similar a tec. ncas como o rolamento e outras formas de integragio pos. tural e estrutural. Para a pritica desta técnica, as maos relaxadas e 05 SISTEMAS ESPECIAUZADOS DEMASSAGEM 169 * Colocagiio dos misculos posturais no limite médio/ interno, ¢ dos misculos Fisicos no limite externo ou em alongamento (ambos, para facilitagto) Técnicas * Para obten¢ao da inibigio, é aplicada uma massagem lenta, profunda, ¢ penetrante, de modo regular e cal- mante. © Para obtencdo da facilitagao, & aplicada uma mas- sagem répida, com mudangas bruscas, e estimulante, Em qualquer dos casos, é importante que o terapeuta se ‘concentre n0 ritmo. Técnicas Gerais + Massagem geral usando effleurage + Beliscamento (com uma ou ambas as mos) ‘+ Amassamento circular (usando 0 espago membra- ‘n0s0, Quatro dedos ou toda a palma, apenas uma das ‘ios, ou ambas as maos) + Palmadas usando uma palma relaxada ligeiramente ‘em concha ‘+ Agitacdo (para cada massa muscular) + Aperto (para cada massa muscular) ‘Técnicas Especificas Para reas localizadas, como os pontos deflagradoresou pontos de acupuintura, as seguintes t€enicas terapZuticas ‘especificas poder ser aplicadas aos pontos Ou reas de rigidez: a + Técnicis de fibras cruzadas (friceo transversal pro- furida, uSando um dedo polegar ou indicador += Téchicas de pressao’Csando um déd5*polegar ou indicador, ou’ ainda um dedo médio, reforcado por outros dedos) por qualquer dos seguintes métodos: pressio € liberagi0, pressao e rotago, pressio € vibragio (para cima ¢ para baixo, a cada lado do ponto).. + Percussio, usando um movimento de pancadinhas: Usa-se um dedo (indicador ou médio, reforgado com ‘outros dedos): 0. movimento provém principalmente do pulso. “Tr€s dedos mantidos juntos (dedos polegar, indicador ¢ médio), Esse € um meio para a percussio vigorosa, €0 movimento provém do cotovelo. Cinco dedos mantids juntos — com todos os dedos unidos, a percussio € muito forte, com 0 movimento proveniente do ombro e cotovelo. Recomenda-se que 0 procedimento seja iniciado muito suavemente, e progrida para a técnica mais vi- gorosa * Golpes efetuados com os dedos mantidos alinhados frouxamente, © movimento é realizado na linha dos meridianos ou canais. + Beliscamento com os dedos polegar ¢ indicador, envolvendo um movimento de pingar — soltar, ou de pingar — girar ou vibrar. 170 © PRATICA + Piparote, uma técnica especifica para os dedos das mis ¢ pés, efetuada desde 0s lados até as pontas dos dedos, e nos aspectos anterior € posterior das raizes ungueais também até as pontas. Sequéncia Geral Aaplicagio da terapia por percussio pontual para uma crianga com paralisia cerebral, objetivando a inibi¢ao dos espasmos musculares, pode ser concretizada pela seqiién- cia. a seguir: 1.0 terapeuta avalia completamente a crianga, analisa os achados com relagio & espasticidade e planeja um programa terapéutico baseado nas prioridades. 2. Caso tenha sido detectada uma limitagio na amp! tude dos movimentos em uma articulagio, 0 terapeu- ta avalia 0 foco da restrigio, ou 0 enrijecimento dos, misculos. 3.0 mésculo espastico é lentamente posicionado em ‘uma postura de alongamento sustentado. 4.0 terapeuta prepara 0 misculo, através do uso de ‘uma técnica de massage geral. Podem ser usados: effleurage, beliscamento, palmadas, agitacio, ou compressio (aperto), dependendo da parte do corpo. 5. O terapeuta seleciona e localiza os pontos de acupun- tura de acordo com as prioridades, em relagio & espasticidade (por exemplos, pontos em uma articu- ago, masculo, tendo, ou cutras estruturas de teci- do mole, ou proximos a estas estruturas; pontos para efeito analgésico; ou estimulacdo do “fluxo de ener- gia" [chi do longo dos canais ov meridianos). 6.Usando técnicas especificas para a aplicagio de ppressio dos pontos de acupuntura, oterapeuta efetua fricgdes profundas em qualquer ponto deflagrador ou. rea de enrijecimento, concentrando-se no ritmo. 7. Befetuada uma percussio (com o uso de és dedos), deslocando-se inferiormente 20 longo dos meridi- anos, ¢ incluindo todos os meridianos relevantes para a Grea ser tratada. Concentrando-se nos pontos de acupuntura ou area de enrijecimento, oterapeuta aplicaa percussio ainda algumas vezes mail 8. O terapeura efetua novamente um alongamento, 140 logo o masculo tena retaxado. 9. Amassagem & aplicada para desobstruir 0s “canais” e para dispersar a tensio. 10.A massagem de estimulacdo, ou a percussao, dire- ciona-se para 0 grupo muscular antagonista. 11. A seqiiéncia é repetida por 3.a 5 vezes, dependendo da condicao. 12, Oterapeuta pede a crianga para contrairo grupo mus- cular antagonist, ou 2 crianga é posicionada de tal modo que tal contragao muscular fique fFacilitada. A terapia por percussio ponwal pode ser aplicada para ‘2 estimulagdo intelectual (quando aplicada & cabega); para a epilepsia e outros distirbios sistémicos; em torno de ari- cculagbes especificas; e no tronco (Jia, 1984; Wang, 1991). Referéncias e Bibliografia Introdugdo Eisenberg DM,; Kessler RC.; Foster C.; Norlock FE, Calkins DR; Delbanco TI. (1993) Unconventional medicine in the United States. Prevalence, costs and pattems of use. N Engl [Med 328:246, Hadley CM. (1988) Complementary medicine and the gene- tal practitioner: A survey of general practitioners in the ‘Wellington area. NZ Med j 101:766. Jalinke R. (1985) The body therapies. J Holistic Nurs 3(1):7- 14 Lynde N, Svensson'T. (1992) Physicians and alternative medicine, an investigation of attitudes and practice Scand J Social Med 20:55. Verhoef Mj, Sutherland LR. (1995) General practitioners’ interestin alternative medicine in Canada, Social SciMed 41511515. Vickers A. (1995) Research in complementaiymedicineand the work of the RCCM, Midwives, January: 1416. Wharton R; Lewith C. (1986) Complementary medicineand the general practitioner. Br Med J 292:1498. Técnicos de Pontos Deflogrodores Alon G.; De Domenico G. (1987) High voltage stimulation — an integrated approach to clinical practice. Chattanooga: Chattanooga Corp. Chaitow L. (1981) Jnstant pain control. Northamptonshire: ‘Thorsons. Fischer AA. (1988) Documentation of myofascial points. Arch Phys Med Rebab 69:286-291. Goldenberg DE. (1989) Treatment of fibromyalgia syndro- me. Rheum Dis Clin North Am 15(1)61-71. Hey LR.; Helewa A. (1994) Myofascial pain syndrome: Acri- tical review of the literature. Physiother Can 46(1): 28- 36. Laing DR; Dalley DR,; Kirk JA. (1973) Ice therapy in softtis- sue injuries. NZ Med J78(8):155-158. Lundberg T.; Nordemar R; Ottason D. (1984) Pain allevia- tion by vibratory stimulation. Pain20:25-44. ‘Mance D, McConnell B.; Ryan PA, Silverman M,; Master G. (1986) Myofascial pain syndrome. J Am Podiatr Med s50¢76(6)328-331. Manheim C].; Lavett DK. (1989) The myofascial release manual. Thorofare, NJ: Slack. Peppard A. (1983) Trigger-point massage therapy. Phys ‘Sports Med 1(5):59-162. Simons DG. (1985) Myofascial pain syndromes due to tig ger points: Treatment and single-muscle syndromes. Manual Med 1:72-77. 1983) Myofascial pain and dysfunction: The trigger ‘Point manual, Vol 1. Baltimore: Williams & Wilkins. Travell JG.; Simons DG. (1992) Myofascial pain and ahsfienction: The trigger point manual, Vol. Baltimore Williams & Wilkins. ‘Wolfe F. (1988) Fibrositi, fibromyalgia and musculo-skele- tal disease: The current status of fibrositis syndrome. Arch Phys Med Rebab 69:527-531. Copitulo 11 Técnicas Miofasciois Brendstrup P; Jespersen K.; Asboe-Hansen G. (1957) ‘Morphological und chemical connective tissue changes in fibrositic muscles, An Rheum Dis 16:438-440. Danneskiold-Samsoe B, Christiansen E, Lund B, Anderson RB. (1982) Regional muscle tension and pain ("fibrosi- tis"). Scand J Rehab Med 15:17-20. Danneskiold-Samsoe B.; Christiansen E.; Anderson RB. (2986) Myofascial pain andthe role of myoglobin. Scand J Rbeumatol 15:175-178 Ehrett SL. (1988) Craniosacral therapy and myofascial relea- se in entry-level physical therapy curricula. Pbys Ther Friction JR; Kroening R; Haley D.; Sieger R. (1985) Myofascial pain syndrome of the head and neck: A review of clinical characteristics of 164 patients. Oral Suerg 60(6):615-623. Friedmann LW. (1989) [Letter to the Editor} Am Phys Med Rebab 68(5):257-258. Ingber RS. (1989) lliopsoas myofascial dysfunction: A trea- table cause of “failed” low back syndrome. Arch Phys ‘Med Rebab 70:382-385. Kine GD,; Warfield CA. (1986) Myofascial pain syndrome. Hosp Pract 21(9):194-196. Knisen FH.; Kottke F}.; Ellwood PM. (1965) Handbook of ‘physical medicine and rebabilitation, Philadelphia: WB Saunders. Manheim GG.; Lavett DK. (1989) The myofascial release ‘manual. Thorofate, NJ: Slack Melzack R. (1981) Myofascial tigger points: Relation toacu- puncture and mechanisms of pain. Arch Phys Med, Rehab 62:114-117. Reynolds MD. (1981) Myofascial trigger point syndromesin the practice of rheumatology. Arch Phys Med Rebab 621-114. Rubin D. (1981) Myofascial trigger point syndromes: An ‘approach to management. Arch Pbys Med Rebab62:107- n0. ‘Simons DG. (1990) Familial fibromyalgia and/or myofascial ain syndrome? Arch Phys Med Rebab71:258-259. ‘Travell J. (1981) Identification of myofascial trigger point ‘syndromes: A case of atypical facial neuralgia, Arch Phys ‘Med Rebab 62:100-106. Waylonis GW, Wilke S; O'Toole D.; Waylonis DA.; Way- Tonis DB. (1988) Chronic myofascial pain: Management by low-output helium-neon laser therapy. Arch Phys ‘Med Rebab 69:1017-1020. ‘Yunus MB; Kalyan-Raman UP; Kalyan-Raman K. (1988) + SISTEMAS ESPECIALIZADOS DE MASSAGEM 171 Primary fibromyalgia syndrome and myofascial pain syndlrome: Clinical features and muscle pathology. Arch. Phys Bled Rebab656):451-454, Zumo L. (1984) Cases of frozen shoulder weated by mani- pulation and massage. J Traditional Chin Med 235(4)213-215. Reflexologia Adamson S. (1994) Best feet foremost. Health Visitor 61(2):61, Bayly DE. (1982) Reflexology today. Wellingborough: Thorsons. Booth B. (1994) Reflexology. Nurs Times 90(1):38-40. Dougans 1; Elis S. (1991) Reflexology — foot massage for total bealtb, Shaftesbury: Element Books. Downing G. (1974) The massage book, New York: Random House Hillman A. (1986) Zone therapy. Nursing 3(6):225-227. Ingham ED. (1984) Stories the feet can tell. (Revised as Stories the feet have told thru reflexology St. Petersburg, FL: Ingham Publishing Inc. Lidell L. (1984) The book of massage. The complete step-by- step guide to Eastern and Westem techniques. London: Ebury Press. LockettJ. (1992) Reflexology —a nursing too? Aust Murses J220)1415. Oleson T; Flocco W. (1993) Randomised controlled study ‘of premenstrual symptoms treated with ear, hand, and foot reflexology. Obstet Gynecol 82(6):906-911 ‘Omura Y. (1994) Accurate localization of organ representa- tion areas on the feet & hands using the bi-digital O-ring test resonance phenomenon: Its clinical implication in diagnosis & treatment — Part 1. Acupuncture Electro Ther Res Int} 19: 153-190. Sahai ICM. (1993) Reflexology — its place in modern healthcare. Prof Nurse8(11):722-725, Tippan FM. (1988) Healing massage techniques: Holistic, classic and emerging methods, 2nd ed. Norwalk, CT: Appleton & Lange. ‘Thomas M. (1989). Fancy footwork. Niers Times 85(41):42- 44, Teropio por Percuss60 Pontuol Jia LH. (1984) Pointing therapy. Shandong: Shandong Science & Technology Press. ‘Wang, ZP. (1991) Acupressure therapy. Point percussion treatment of cerebral palsy birth injury, brain injury ‘and stroke. Melbourne: Churchill Livingstone. Varios sistemas cle massagem esto intimamente ligados «¢ foramadaptados por diferentes culturas em muitos pases, Nesse capitulo, suas inter-relagdes sio exploradas eas téc- nicas especificas apresentadas, Todas estio relacionadas A ‘cultura chinesa antiga, e especificamente 20 Taoismo. A. filosofia reconhece a sade como um estado de equilibrio ‘ou harmonia inteinseco ao individuo e entre o individuo e a natureza, ACUPRESSAO. Acupressio € a aplicagto de pressto aos pontos de acupuntura situados ao longo dos meridianos, ou linhas, no corpo, que avangam desde os Gxgios internos até a super- Acie cutinea, Embora a histéria da acupuntura e da medi- ‘sina herbaria possa ser tragada até a China setentrional ¢ ‘meridional de mais de 4000 anos atrés, foi por volta de 300 2.C. que o primeiro texto sobre medicina chinesa tradi- ional, o Huangdi Nei Ching Su Wen, comumente conheci- do como Nei Ching ou Classico de Medicina Interna do Imperador Amarelo, fot escrito por Huang Ti (Huangdi) Nesse tratado, 05 meridianos ao longo dos quais fluia forca Cou energia) vital do compo (cbi/cb/qi), e seus pontos cle cupuntura so apresentados em diagramas, Existem cerca de mil pontos, ¢ a estimulagio destes pontos assegura que ‘9 fluxo do yin e yang (a energia negativa e positiva, opostas € complementares) é mantido em equilforio (Beal, 1992; Ontego, 1994; Wanning, 1993). ‘analgesia por hiperestimulagao pode ser obtida medi- ante aacupuntura ¢ acupressio, bem como por meio de téc- nicasapresentacas, comoa estimulagio dos pontos defla- gradores, técnicas miofasciais, reflexologia, terapia por percussio pontual, e massagem do tecido conjuntivo. Isso s€ da porque, histologicamente os pontos e suas Areas cir. cunjacentes imediatas esto associados a nervos e a recep- Capitulo 12 Sistemas Orientais de Massagem COLLEEN LISTON, Ph.D. tores de pressio ¢ estiramento (Weaber, 1985). As modali- dades associadas, por exemplo a aplicagao de ventosas ea estimulagio nervosa elétrica transcutnea (TENS), exercem efeitos similares (Anderson etal, 1974; Baldry, 1989; Fox & Melzack, 1976, 1985; Han, 1987; Lewit, 1979; Melzac, 1981; Travell & Simons, 1983, 1992). Embora esteja além dosobje~ tivos deste texto o fornecimento de informagdes detalhadas concemnéntes 4 base neurofisiologica da acupuntura e das técnicas afins na promogo do alivio da dor (Fe, 1987; Kerr et al, 1978), existe enorme nvimero de evidencias deste cefeito via ligagdes por neurotransmissores € respostas 208 ‘stimulos nocivos nos nicleos taldmicos e areas cinzentas pOs-aquedutais do cérebro. Originalmente, a acupunturd era uma dentre diversas terapias extemas, inclusive a moxibustéo (combustio do vegetal Artemisia vulgaris, um tipo de crisintemo) e mas- sagem chinesa tradicional (amma) (Armstrong, 1972; Cheng, 1987). Antes da invencio de material capa? de set afiado a tal ponto que pudesse puncionar a pele, fragmen- tos de pedra e asso eram utilizados na aplicagio de pressio dos pontos na pele. A resposta a estimulacao de alguns Pontos corresponde &s “zonas cle Head” mencionadas pre- viamente em associagio com a reflexologia e a massagem do tecido conjuntivo. Atwalmente, jf foi amplamente aceito que alguns pontos de acupuntira correspondem 3s “zonas de Head”, ¢ outros, a pontos motores. Cingdenta porcento dos pontos de acupuntura encontram-se diretamente sobre troncos nervosos, ¢ a outra metade situa-se dentro de 0,5 cm dos troncos; 71% coincidem com pontos defli- gradores (Chaitow, 1981). Atwalmente, a acupressio & aplicada aos pontos de acupuntura por meio de uma pressfo transferida staves dos polegares, cledos ou parte carnuda da palma da mio. A pressio digital nos pontos de acupuntura € aciministra- da com um dedo —o dedo médio ou o polegar. Friceses circulares limitacas, progredindo mais profundamente até uma pressiio esttica sobre 0 ponto, sio administradus durante 1 a 5 minutos. Existem numerosos textos que clio 173 174 © PRATICA TABELA 12.3 ALGUNS PONTOS DE ACUPUNTURA, SUA POSICAO E INDICACOES RELACIONADAS, PONTO LOCALIZAGAO INDICAGOES B40 ‘Centso da fossa poplitea da perna, dor na parte baixa (bexiga 40 Wei-Chung) ‘das costas, citica, dor na articulagao do joelho, intermagio B-60 (bexiga 60, Kunlun) Ponto médio entre a margem. Dor na parte baixa das costas, ; 20 Feng-chih) GB-21 (Vesicula biliar, 21 Chieng:ching) GB-30 (Wesicula biliar, 30 Huan-tiao) Ls Intestino grosso 15, Chien-yu) St3 Gntestino delgado 3, Hou-chi) GB34 (Wesicula biliar 34, Yangling Chuan) ua ‘Intestino grosso 11, Chu-chih) posterior do maléolo lateral ¢ tendio de Aquiles Ponto médio da linha que vai desde a jponta do mastéide até 0 sulco na linha média posterior entre 0 ra- pézio e estemocleidomnastbideo Ponto médio entre C7 € 0 processo acromial Ponto no tergo externo de uma linha que vai desde o trocanter maior até a base do cbccix Depressio acromial na parte média do delt6ide com o brago em abdugio de 90" Apice da prega palmar distal no Tado ulnar de um pulso cerrado Anterior 20 colo da fibula Na extremidade radial da prega do cotovelo flexionado Ciitica, distarbios na articulaglio do cotovelo, torgdes dos tecidos moles Cefaléia de tensio, hemicrania, rigidez cervical, vertigem Dor no ombro, dor acompanhada de problemas motores na extremidade superior Dor na anticulagao do quadril, istirbios dos tecidos moles do quadril, dor na parte baixa das costas Dore problemas motores do brago cotovelo, distdrbios da articulacdo € tecidos moles do ‘ombro Dor na parte baixa do ombro, dor € rigidez cervical, debilidade na extremidade superior Dor no joetho ¢ extremidade inferior Dor no ombro, dor no cotovelo, distarbios dos tecidos moles do cotovelo informagbes prescritivas acerca da localiza¢ao dos pontos, além de indicagdes para a aplicacio da acupressao, part- cularmente para distirbios ortopédicos ¢ para 0 alivio da dor. Um plano de selegio de pontos deve levar em-conside- ago no apenas os sintomas, mastambém a deficiéncia ou cexcesso relativo no meridiano onde est4 localizado 0 ponto. ‘Uma leinura mais aprofundada certamente elucidaria tantoa filosofia subjacente como as duas estruturas, ou modelos diagnésticos, dos cinco elementos ¢ vito padrées principais. ‘A acupressio nao deve ser aplicada sobre contusdes, tecido cicatricial, ou qualquer irregularidade da pele (por ‘exemplo, molas, verrugas, lesdes de acne). Pode ocorrer ‘uma resposta autnoma ou psicofisiologica adversa em cri- ‘angas com menos de sete anos, cujo sistema nervoso auténomo € imaturo, € nos individuos com distirbios ‘cardiacos severos. ‘Os pontos so nomeados segundo seus meridianos, que esto ligados as suas origens nos 6rgdos internos. Dois, ‘exemplos sio 0s poderosos pontos de acupuntura usados na anestesia € no tratamento da dor: 0 intestino grosso (LI-) 4.0 est6mago (St-) 36 (veja a Fig, 11-1b). LI-4 @ encontra do na metade da membrana entre os metacarpianos dos laclotemporomandibular,¢ para anestesia eanalgesia em geral, St-36, Tsu-san-li Ccaminhe trés milhas mais"), situa- s¢a um cur lateral e distalmente & tuberosidade tibial. Este Ponto é altamente sensivel ¢ também privilegiado para 2 anestesia e analgesia. St-36 pode ter utilidade em casos de ‘ndusea e vomito; dor lombar, cefaléia; edema; ou quadris, joethos e pernas doloridas em geral. A Tabela 12-1 foiadap- tada, com base em diversos textos (Academy of Traditional Chinese Medicine, 1975; Chaitow, 1971; Tappan, 1988) e Fornece exemplos de pontos Giteis para varios sintomas, Jesdes e problemas afins que sio muito comuns, Outros diversos pontos podem ter uso para distérbios e sintomas jé referidos na Tabela 12-1, Estes pontos devem ser pesquisa- dos nos textos listados pertinentes a essa secio, pelo leitor interessado em usar a acupressio como modalidade te- rapéutica SHIATSU Shiatsu, que significa “pressio com 0 dedo", € uma forma de trabalho corporal originério do Japao. Sbiatst inclui a estimulagao de pontos € a rotacio e alongamento das aniculagdes Nolan, 1989). As maos, polegares, cotove- Seqiiéncia de um Tratemento por Shiatsu '* Com o dliente deitado em pronago sobre uma esteira no chao ou uma mesa almofadada baba, larga e comprida, ‘comece nas cosas, fazendo alongamento para liberagl0 desta regido, e tamiyém para que seja estabelecido um sumo. Aplique pressdo ao longo de ambos 0s lados da coluna vertebral, com as palms e polegares, *+ Os pontos sobre o sacro ¢ articulagées iliossacrais si pressionadas; em seguida, as nddegas s80 apertadas e aplicada pressio (com 0 cotovelo) is suas curvas superiores. * Pressione 0 centro da parte posterior de cada pera, primeiramente com as palmas, e em seguida com os joelhos + Pressione os pontos do tomnozelo, faga um. alongamento da perna em cada dire¢o, em seguida dobre o joelho para dentro, € 0 pé para fora, para pressionar a borda lateral. “Caminhe" com as mios 20 longo das solas dos pés. + Pressione ao longo da parte mais alta de cada ombro; faca a rotagio das liminas escapulares, pressione a rea entre os omoplatas, usando os pés * Vite 0 cliente paraa psig supina, e abra o peito inclinando o peso do compo, através das mos nos ‘ombros do cliente. * Pressione ao longo dos espacos entre as costelas; em seguida pressione por debaixo, nas costas ¢ lados do ppescopo, terminando com um alongamento do pescoro, que se concretiza com a elevagio da cabega, ppara cima e para a frente * Comesando na parte mais alta da cabega, corra 05 dedos pelos cabelos; puxe-os suavemente, e em SISTEMAS ORIENTAIS DE MASSAGEM 175 los, antebragos, joethos ¢ solas ou dedos dos pés sto uti- liaados. Existe forte evidéncia da influéncia da cultura chi- nesa no shiatsu alguns proponentes ineluem a moxibustao ‘nos regimes terapéuticos. Além disso, a crenca de que os seres humanos sio dependentes do fluxo de energia out “forga vital” (i, em japonés) &2 base paraa estimulagio dos Pontos. Shiatsu, como a majoria dos sistemas orientais, aborda a satide de forma holistica. O conceito preponde- rante € que existem relagdes dindmicas entre o individuo © ambiente; € 0 ascendente masculino, principio ativo, ylang, presente no equilibrio harmonioso com 0 principio Teminino, descendente e passivo, yin, determina o flux do ki, Rupturas nestes fluxos resultam em desequilibrio, desar- moni e enfermidade, que podem serdetecta ‘bara, ou pane inferior do abdomen, O “hara" € também 0 onto do qual provém a pressiio do peso corporal da pes- 30a que esté aplicando o shiatsu. Esta abordagem simples € holistica esti ganhando reconhecimento em todo o mundo (Booth, 1993; Box, 1984; Dahong, 1984; Hare, 1988). No sbiatsihé diferentes énfases, como: namikoshi, que reflete uma abordagem ocidental com uma base fisiolégica; terapia tstibo, que alinha-se muito de perto com a acupun- tura, ¢ Zen sbiatsis, que incorpora as complexidades dos meridianos, Todas as variedades tém um mesmo tema em comum —a revitalizagi0 do corpo e da mente. seguida massageie as orelhas com os dedos. Trabalhe ‘com as pontas dos dedos na face, inclusive tmporas, ‘em torno dos alhos, narinias e boca transversalmente a mandibula, concluindo por detras da linha média da base cranit + Os bragas devem ser tratados um de cada vez. Pressione para baix0 0 lado interno, com a palma voltada para cima e com a mo espalmada; em seguida repita a presso com a palma voltada para baixo, 20 longo da parte posterior do antebraco até a extremidade do ombro. Tracione os dedos, concentrando-se no ponto entre os dedos polegar e indicador (LI-4). Termine sacudindo 0 brago, para seu relaxamento, * Trabalhe com ambas as maos espalmadas, usando ‘uma técnica de amassamento circular no “hara” (parte inferior do abdémen), e em seguida pressione suavemente ¢ para cima as bordas inferiores das ‘costelas eem seguida avance até a linha média, terminando no umbigo. Use um movimento oscilante, para “acalmar o hara". + Massageie as pernas uma de cada ver, trabalhando desde a virilha até 0 pé. Pressione para baixo 0 lado interno da perna até 0 joelho, depois retorne a virilha e trabalhe até a parte anterior da coxa. Manipule a patela para “amolecé-la”; em seguida pressione inferiotmente a parte interna, com um polegar ena diregdo da parte externa da panturrilha com 0 outro Promova a dorsiflexao e flexdo plantar do pé, tracione os dedos e conclua sacudindo a perna, para seu relaxamento. 178» PRATICA Em termos gerais, existem trés técnicas prineipais: 1. Press sustentada em umn tsubo, ou ponito de pressao, fazendo angulo reto com o corpo — visa tonificar 0 corpo, aumentando o fluxo sangilines e a “energia” nna Srea. 2. Alongamento e aperto passivos e ativos para as arti- culagdes — visa dispersar 0 sangue, ou “energi bloqueada. 3. Contencao e suave oscilagio da parte do corpo, usan- dopouca ou nenbuma pressdo—visa acalmare con- trabalangar a “energia agitada” ‘A técnica € aplicada 20 corpo através de qualquer das partes mencionadas acima. Com o corpo do terapeuta bem equilibrado, 0 peso do corpo € aplicado através das maos, almofada do polegar (a parte usada com maior freqiéncia), ‘ou outra parte do brago ou perna. As técnicas usadas no shiatsu sio semelhantes as da ‘massagem tailandesa tradicional, ¢ tém muito em comum com amassagem do Huna. Informagées detalhadas podem ser obtidas nos textos especificos ¢, em particular, em um livro de massagens que trata tanto dos métodos orientais como dos ocidentais (Lidell, 1984). IMASSAGEM CHINESA TRADICIONAL CConsiste no uso da pressio ¢ frice4o conhecida como “massagem Amma”, Este sistema de massager profunda é ‘uma parte tradicioinal da medicina oriental. A massagem ‘Amma tem sido associada a praticantes cegos, sendo usada ‘na normalizacao das funcoes corporais e para incentivar 0 relaxamento dos tecidos moles cansados. A massagem ‘Amma exerce uma influéncia calmante no sistema nervoso (Serizawa, 1973). Ha trés categorias de massagem Amma: + Fricgo € pressio, muito parecidas as compressées € fricgdes da massagem ocidental, mas aplicadas com os és dos dledos + Trabalho com os dedos e palma da mo, como no belis- camento € torcedura + Alongamentos passivos para as articulagbes ‘Amassagem Amma era usada apenas no revigoramento dos miisculos ¢ articulagdes cansados. Técnicas similares chamadas “massagem medicinal sueca’, foram introduzi- das em 1868 durante 2 restauracdo Meiji no Japao. Os japoneses reconheceram as semelhancas das duas écnicas, © combinaram as duas, para 0 desenvolvimento de seu proprio sistema de seis técnicas basicas de massagem, que incorporaram a ftic¢lo, pressio, e trabalho com os dedos dda massagem Amma, e algumas das técnicas suecas, espe- Gialmente a vibragao € © tapotement: * Fricgdo e alisamento, usando as mios espalmadas ou as almofadas do polegar e demais dedos, e constante pressio suave. ‘= Massagem com movimentos circulares, usando a palma relaxada ou as pontas dos dedos, mas com o movimento se originando do pulso, e uma pressio de leve a moderada, + Massagem por compressio (aperto), usanclo o polegar, dedos indicador e médio, exclusivamente; ou 0s quatro dledos juntos, para tendides que cruzam aniculagdes. + Massagem por pressio, usando as palmas. polegares, ou os quatro dedos restantes, visando aaplicagio de 35 kg de pressio durante 35 segundos. © peso corporal, endo apenas os dedos, deve ser usado na aplicagao da pressio. A pressio sempre deverd ser dirigida para 0 centro do cotpo do cliente, e deve ser aumentada gradualmente. Esta técnica € similar As técnicas de pressio aplicadas no shiatsu ‘+ Massagem por vibragio, em que os dedos ou palmas sio aplicados firmemente na pele, e vibrados ritmicamente ¢ comsuavidade. A freqiiéncia das vibracdes deve ser de 10 40 vezes por segundo. Massagem por pancadinhas, alternando as mos para ppercutir 0 corpo do cliente de forma ritmica com as pal- ‘mas, pontas dos dedos, ¢ dorso das mos, oucom. borda lateral da mio. As pancadinhas slo leves répidas, em uma freqiléncia de 13 2 14 vezes por segundo. A pressio deve ficar em torno de 1 kg. Estas técnicas estio intima- mente correlacionadas as priticas usadas na terapia por percussio pontual (ia, 1984) MASSAGEM TAILANDESA TRADICIONAL As reais origens da massagem tailandesa sio desco- inhecidas, mas, diante das semelhangas com outros sistemas orientais, podemos especular que este tipo de massagem era, mais que provavelmente, introduzida na Tailandia, proveniente da fridia com a expansio da cultura indiana ¢ do budismo. No Ayur Veda, o texto indiano classico redigido por volta de 1800 a.C,, estio registradas tecomendagbes para a ‘massagem curativa. Em Wat Pho, um templo famoso em Bangkok, onde é ensinada a massagem tailandesa tradi- ional, Ajahn Chivakakomarapad, um doutor médico bu- dista, afirmava, em uma inscricio nas pedras do muro ilajarug), ter conhecimento das origens de todas as linhas de ligagdo no corpo humano. Este médico apresentou cerca de 72.000 linhas, mas dez linhas principais (Sen Pratarn) eram as mais importantes. Atualmente, o conhecimento dessas 10 linhas constitui a base da massagem tailandesa tradicional CTapanya, 1993). ‘As linhas imagindrias na massagem tailandesa se apro- ximam muito dos meridianos da medicina chinesa tradi- ional, juntamente com os fluxos cbi, nos quais se situam os pontos da acupuntura. Analogamente, as dez principais li- ‘has da massagem tailandesa tradicional funcionam como caminhos de “energia", ou sio descritas como a circulagio, funcional do corpo. Estes sistemas inespecificos funcionam ‘como mecanismos de equilfbrio para 0 corpo, igando uma série de pontos especificos na superficie com os drgios ‘mais profundos. Desta forma, os processos mental, digesti- Vo, nervoso, citculatério e reprodiutivo e, portanto, a nu- trigio, consciéncia e energia ficam harmonizadas. ‘Afirma-se que as enfermidades e distérbios funcionais sdo resultantes da ruptura de uma ou mais das dez linhas principais. Sugere-se que a pressio aplicada a determinado Ponto 20 longo da linha relevante possa gerar um efeito Cepiule 12» Fisiol6gico no periésteo, fiscis, misculos, vases sangii= fneos, ou nervos, que é percebido como um impulso motor, Em decorréncis disso, 1 dor pode ser minimizada, a cireu- lagio melliorada, os masculos relaxados e o funcionamen- to dos érgios pode melhorar. ‘As dez linhas originam-se no umbigo. Essas linhas io, na ordlem: 1. dba avanga pela parte frontal da pema esquerda; até 2 pate posterior da perna esquerda; através da ndde- ga esquerda; superiormente pelo lado esquerdo das Costas; até a parte posterior do lado esquerdo da cabega, terminando na narina esquerca. Pingkala avanga pelo mesmo caminho de Itha, mas no lado direito. Tanto ithacomo Pingkaladevem set cuidadas, em casos de cefaléia ou dor no pescogo ou nas costas. 3. Smanaavanga pela parte média do torax, pasando pelo pescoro € 0 quieixo, e a0 longo da superficie superior da lingua. Sintomas tordcicos, cardiacos, ‘mandibulares ¢ orais podem ocorrer devido & ruptura ao longo de Smana. 4. Kalathale avanga por ambos os bragos, através dos dedos, por ambasas pernas,e através das falanges. Os sintomias nos bracos e nas pernas estio relacionades 2 Kalaubale. 5. Sabutsarungsi avanga pelo lado interno da perna esquerda, transversalmente & base dos dedos do pé, até 0 lado de fora da perna esquerda, através da crista ~ tibial esquetda, pelo mamilo esquerdo, e diagonal- mente até 0 olho esquerdo. A perna e 0 olho esquer- dos silo governados pela circulagao funcional 20 longo de Sabutsanungsi 6. Thavareavanga pela mesma rota que Sabutsarungs, ‘mas pélo lado direito do corpo. Os sintomas na perna enoolho direitd estio relacionados a Thavare 7. Chunthapusang avanga até o mamilo esquerdo € pelo lado esquerdo do pescogo, ¢ termina no lobo da orelha esquerda. A orelha esquerda depende de um ‘uxo ininterrupto ao longo de Chuntbapusang. 8, Ruchumavanga pela mesma rota de Chunthapusang, mas no lado direito. Rucbum & linha para a orelha dlireita 9. Sukbamung avanga até 0 est6mago, 6rgios internos, nus € uretra. A sade dos Srgios internos depende de Sukbarnung. 10, Sikkbine avanga pelos orgios genitais, e seu fun- ‘cionamento depende de Sikbbine. Técnica Hi duas classificagdes da massagem tailandesa tradi- cional, A massagem tailancesa no Grande Palacio é mi nistrada usando a mo, 0 brago ou o cotovelo. Nao ha alongamento, ¢ este tipo de massagem € usado apenas com finalidades terapéuticas. A massagem tailandesa para 0 povo é efetuada visando manter a circulagao funcional, para a sade © bem-estar gerais. O terapeuta usa a mio, 0 brago, 0 cotovelo, a peri € 0 pé, € € praticado o alongi- mento, cle forma muito parecida com 0 shiatsu SISTEMAS ORIENTAIS DE MASSAGEM 177 Principais Elementos da Massagem Tailandesa + Pressio ¢ liberagio da pressio; 0 grau de presstio€ avaliado com relagio A tolerincia de quem recebe 2 maissagem. A pressdo é aplicada 20 longo das principais linhas, cle modo regular e ritmico, nos Pontos com tim afastamento em torno de 5 cm, comegando na origem, perto clo umbigo avangando até 0 ponto terminal > Beliscamento, onde o miisculo é “levantado” do osso eapertado = Cutiluda, particularmente dos miisculos da pantursiiha + Alongamento para as articulagdes * Manipulagio das aniculagdes, especialmente as dos dedos das mos e pés ‘A massagem tailandesa é similar as outras massagens corientais —¢ também as ocidentais, Diante disso, nio é de estranhar que 0 sueco Per Henrik Ling tenha desenvolvido técnicas ocidentais associadas massagem medicinal sueca com base na massagem chinesa. MASSAGEM HUNA, ‘A massagem Huna 6 uma combinago sisigular de téc- nicas de miasgagem e tradigbes curativas origingrias no Hava, A massagern Hina baseia-se nos principios vitais presentes-na filosofia polinésia milenar, Huna, que foi descrita como,"magica Kahisna” (Steiger, 1982). Este tra- balho envolvendo 0 corpo e a miente ficava antigamente reservado aos xamas da Polinésia, as detentores da sabe- doria CFainberg, 1990). ‘Huna uma palavra havaiana que, analisada e rearran- jada de modos diferentes, tem diversos significados: buna €0“conhecimento secreto ou oculto’; bu € yang, o prin piomasculino, a parte doadora e ativa; naé jin, o principio feminino, a parte receptora e passiva; wna significa telepa- tia, 'um modo de comunicagio; e bua quer dizer *semen- tes", ou “frutos' A wadi¢io Huna, com 0 trabalho no corpo parm a busca do equilibrio dos principios masculino e feminino, objetiva a eliminagao de todos os padrdes € hibitos antigos, € a preparacio do “solo” para novas colheitas. E desejivel se ter ‘como wadli¢io Uma filosofia que ensina como arara terra em proporgio com o que se vai colher, e& qual se fiiam m grupos culturais sociais. Os sete principios da filosofia, Huna sio simples, dinimicos, proativos, otimistas e de grande interesse atual. Esta flosofiailustranitidamente como ‘riamos nossas experiéncias e circunstincias na vida, por meio cle nossos padrdes de pensamento e sistemas cle credo. Esta filosofia também nos ensina como mudar os padrdes indesejaveis de pensamento e agio, de modo que possam ‘nos inspirar e servir 3s nossas intengdes € objetivos nt existéncia, A flosofia Huna € um instrumento muito eficaz para a criagio cle nossa consciéncia e le nosso crescimento. 178 © PRATICA ‘As caracteristicas desta forma de massagem sao a beleza eo ritmo, porque ela é realizada como uma danga. Os pas- sos simples da danga proporcionam a base dos movimen- tos ritmicos dos bragos, que sio percebidos como ondas ‘que se movem carinhosamente através do.corpo. O uso dos bragos em toda a sua extensio assegura um bom contato. A ‘danga passa um sentimento profundo de alegria, consti- twindo-se em uma base formidavel pela qual o doador 0 receptor, em conjunto, tém a oportunidade de “recarregar sua energia”. ‘A miisica que acompanha a massagem tem como ori- gem principalmente a Polinésia — bela, alegre e estimulan- te. Pormeio da danga, da misica e do contato so ativados todos 0s niveis da consciéncia:fisico, emocional, mental e ‘spiritual. A prépria massagem incorpora 0s principios da efflewrage e do amassamento a0 longo do tronco e mem- bbros, juntamente com um alongamento passivo das articu- lagbes, de modo similar 4 aplicagio do shiatsu. ‘Os cursos que ensinam a massagem buna sao destina- dos a pessoas que buscam 0 autodesenvolvimento © a autocura, e para os que desejam fazer uma preparago cor- poral e mental profissional. Na Escandindvia, o treinamen- to é efetuado em sete médulos, cada um constituindo uma unidade completa. [sto torna possivel que qualquer pessoa se integre nos médulos em seu proprio ritmo, e conformea necessidade. Na Nova Zelandia ena Austrilia, é apresenta- do um médulo duas vezes por ano, ajustado as nece dades desses paises. Afora a instrugio basica na massagem buna e nos principios da filosofia buena, sto incluidas no médulo a massagem para a gravidez, massagem para as articulagdes, drenagem, danca astral e leitura corporal. * ‘O antigo método havaiano tradicional de massagem, que usa as mos ¢ enfatizatécnicasrespirat6rias especiais, com- binado com técnicas de relaxamento, que incliem as filosofias orientais da polaridade, pontos de énergia e fluxos de energia (ou chakras). As ligagdes entre as tradigdes chi- nesas de manutencdo do equillbrio no nivel de energia para a obtengio da satide ideal fazem parte integrante da filosofia ‘una. Como muitas das técnicas descritas nos Capitulos 11.¢ 12,a massagem objetiva aumentara energia € ensinaraorien- tagdo intuitiva, para que 0 individu treine os sentidos, a fim de que possa transformar e orfentara energia. Referéncias e Bibliografia Acupressio Academy of Traditional Chinese Medicine. (1975) An outline of Chinese acupuncture. Peking: Foreign Language Press. ‘Anderson DG.; jamieson JL; Man SC. (1974) Analgesic effects of acupuncture on the pain of ice water: A dou- le-blind study. Can J Psychol 28:239-244. Armstrong ME. (1972) Acupuncture, Am J Nurs 72(9):1582. Baldry PE. (1989) Acupuncture trigger points & musculo- skeletal pain, New York: Churchill Livingstone. Beal MW. (1992) Acupuncture and related treatment moda- lities. Part I: Theoretical background. J Nurse Midwif 37(4):254-259. Chaitow L. (1979) The acupuncture treatment of pain. Northamptonshire: Thorsons. ‘Chaitow L. (1981) fnstant pain control. Northamptonshire: ‘Thorsons. (1987) Chinese acupuncture and moxibustion. Foreign Language Press. Fox EJ.; Melzack R. (1976) Transcutaneous electrical stimu lation and acupuncture: Comparison of treatment for low back pain. Pain2:141-148, Han JS. (1987) The neurochemical basis of pain relief by acupuncture. A collection of papers 1973-1987. Beijing: Chinese Medical Science & Technology Press. He L. (1987) Involvement of endogenous opioid peptides acupuncture analgesia. Pain 31(1):91-121. Kerr FW,; Wilson PR; Nijensohn DE. (1978) Acupuncture reduces the trigeminal evoked response in decerebrate cats, Exp Newrol61:84-95. Lewit K. (1979) The needle effect in the relief of myofascial in. Pain 6:83-90. Melzack R. (1981) Myofascial trigger points: Relation to acu- puncture and mechanisms of pain. Arch Phys Med Rebab 62:114-117. Melzack R. (1985) Hyperstimulation analgesia. Clin ‘Anaesthesiol 301}: 81-92. (Ortego NE. (1994) Acupressure: An altemative approach to mental health counseling through bodymind aware- ness. Nurse Practitioner Forum 5(2):72-76. Travell JG.; Simons DG. (1983) Myofascial pain and dysfimction: The trigger point manual, Vol 1. Baltimore: Wilhams & Willdns, (1992) Myofascial pain and dysfunction: The trigger ‘Point manual, Vol. Baltimore: Wilhams & Wdldns. ‘Wanning T. (1993) Healing and the mind/body arts. Am ‘Assoc Occup Health Nurses 41(7.}:349-351 ‘Weaver MT. (1985) Acupressure: An overview of theory and application. Nurse Practitioner 10(8):38-42. Shiatsu Booth B, (1993) Shiatsu, Nurs Times 89(46):38-40. Box D. (1984) Made in japan. Nurs Times April:39-40. Dahong Z. (1984) Skilful hands bring relief. World Health May:5. Hare ML. (1988) Shiatsu acupressure in nursing practi Holistic Nurs Pract 2(3):68-74, Lidell L. (1984) The book of massage. The complete step-by- step guide to Eastern and Westem techniques. London: Ebury Press. Nolan B. (1989) Sorting out your yin and yang. Nurs Times 85(35):58-60. ‘Massagem Chinesa Tradicional Serizawa K. (1973) Massage. Tokyo: Japan Publications. Massage Tailandesa Tradicional ‘Tapanya S. (1993) Traditional Thai massage. Bangkok: ‘Duang Kamol. Técnicas Huna Feinberg R. (1990) Spiritual and natural etiologies on a Polynesian outlier in Papua New Guinea. Soc Sci Med 30(3):311-323. Steiger B. (1982) Kabuna magic. Rockport, MA: Para Research. Apéndice Massagem Cardiaca « Peito Fechado (Externa) ‘A massagem cardiaca a peito fechado foi incluida neste texto por ser uma t€c- nica que todas as pessoas envolvidas no tratamento direto de pacientes de quail quer tipo devem tomar conhecimento, para a possibilidade do tratamento de ‘emergéncia em caso de parada cardiaca. A técnica se assemelha um pouco aos procedimentos de agitacao e vibracao descritos no Capitulo 9; contudo, essa mas- sagem € efetuada apenas sobre o esterno, e de forma muito mais lenta, Se uma rapida verificagto do pulso nas artérias carétidas em qualquer dos lados da traqueéia confirma que o coracio parou, o paciente deve ser colocado em. supinagao sobre um suporte s6lido, como 0 chao, uma cama acolchoada ou maca » suficientemiente firme (0 que for mais rapido). A cabega do paciente deve serincli- nada para trds, para que Se possa assegurar uma via respiratoria que funcione. Habitualmente, este objetivo pode ser conseguido colocando-se uma das mos sob 0 pescoco, etguendo a coluna vertebral cervical (Fig. Ap.1) e deixando que a cabega caia em extensao. Se a via respirat6ria estiver obstruida internamente, de- verd ser desobstruida antes que qualquer outro procedimento seja efetuado. O leitor deve consultar as orientacdes do Instituto do corago local para 0s proce- dimentos atualmente recomendadas na desobstrucio das vias respiratGrias. ra Ap. 1. Posigées das méos, para assegurar a Fndoneisee des vice reaprtifin, parce présca da respirosée ertifical. ‘A funcionalidade das vias respiratbrias do paciente fica assegurada, pelo levantamento da coluna vertebral cervical, om 0 paciente Dedo() da mo, amassamento com almofada do polegar no(s), 88, 89-90 Dedo(S), amassamento coin as almofadas 40641, 41 Deflagradotes, écnicas de pontos, 163- 166, 164-165 DeliSides, msculos, massagem dos, 112- 113,112.13 Denervado, mésculo, 60-62 Deposigio das mios, 67-68 Digital alisamento. Veja Alisamento. gta, amassamento, 102-104, 103 Diregio da massagem, 9-10, 28 Distirbios respirators, fsioerapiatorfc- ‘ca para, 149-151 drenagem postural para 0s, 150-151, 151 percussio para os, 152, 152-153 vibragio para os, 153, 153-155 Dor efeitos da massagem na, 63-64, 67-68 Dorso, do pé, 82, 83 ‘amo, 87,87 Drenagem postural, 150-151, 151 Duas mos, amassamento coms, 110, 10 Duragio da massagem, 13-14, 29 feitos isioldgicos da massagem, no fluxo sangatneo e linfitico, 56-59 nna dor, 63-64 na pele, 65-67 nas secregbes pulmonares, 65-66 nas visceras, 64-66 ‘no metabolismo e cura, 58-59 183 184 © INDICE no sistema nervos0, 62-63 ‘nos oss0s e articulagdes, 62 ros tecidos, adiposos, 68 nos miisculos, 58-62 effleurage. Veja também Alisumento, historia da, 9-10 na massagem, 35-38, 3639 Equipamento para a massagem, 19-21, 20- a Eretor da espinha, alisamento profundo palmar do, 100, 102, 101, massamento digital do, 100, 102 Escalpo, amassamento com a almofada do polegar sobre o, 106 Escapular, regito, amassamento sobre a, 98,98 Espinha, eretor da, amassamento digital 10, 100, 102 Esportiva, massagem, 139-145, 140 Espremer, amassamento com ato de, 40, 4041 Eserno, amassamento digital do, 89-90, 91 Estimulo sexual, efeitos da massagem 0, 788 Excesse, efeitos da massagem n0, 67-68 Extensores, misculas, amassamento dos, 114,116,114 alisamento dos, 13-114, 116, 113-114 Extremidade(s). Veja a parte especifica, p.ex. Antebrago ‘tiea, na massagem, 17 Face, na massagem em bebés e criancas pequenas, 145-146 alisamento superficial na, 100, 102, 101, Fechado, massagem cardiaca a peito, 179- 181, 179-180 Fibrose muscular, 60 Fisiol6gicos, efeitos, da massagem. Veja felts isiolégicos da massager jterapia,corécica, 149-151 ica, atvidade, efeitos da massagem na, 068 Fisico, relaxamento, decorrente da mas- sagem, 66-68 Flexores, mésculos, massagem dos, 114, 116,115 Freqiéncia da massagem, 10-11, 2829 Frequéncia da massagem, 13-14, 29 Fricsio, circular, 53-54, 53 ‘movimentos na, 8-10 ‘na massagem local, 10 profunda, 51-52, 54,110, 138 transversal, 50-53, 52 Gluteos, misculos, massagem dos, 120- 121, 120 Head, zonas de, na massagem do tecido conectivo, 157-160, 158-159 Hipotenar, eminéncia, alisamento com 0 ‘polegar sobre a, 88, 83 Hoffa, sistema de, de massagem|ocal, 107- 108 Huna, massagem, 177-178 Idosos, massagem para, 144-145, Indugaodo relaxamento, técnica de, 26,28 Inferios, extemidade. Veja Perna(s) Infraocbita, crista, alisamento profundo dda, 102, 104, 103 Internos, misculos, da pata de ganso, alisamento dos, 120, 120-122 Jugulares, veias, alisamento profundo ‘sobre as, 90, 91-92, 104, 106 Lesdo(es), espontvas, 142-143, ‘em misculo, 60 Liberagto miofascial, 166 Linfitco, flux, efeitos da massagem no, Lombar, regio, amassamento palmar aernado sre, 98,9859 alisamento palmar sobre a, 99, 99 Lubrificantes, na preparagto das mios, 18- 19 Malgolos, lisamento digial profundo em torno dos, 84, 84 ‘Mandibula alisamento profundo da, 105, 105-106 Manipulagbes, no alisamento, 31-34, 32-34 ‘Massagem. Veja também Amassamento Mio espalmads, amassamento com 2, 38- 40,40 ‘Mao inteira, amassamentocom a, 38-40, 40 ‘Mao(s), na massagem em bebés e criancas ‘pequenas, 145-146 deposicao das, 67-68 direc, 88, 116-118, 116-118 esquerda, 85-88, 85-88 preparagio da, 17-19, 18 Mecinicos, efeitos, da massagem, 55-56. Metabolismo, efeitos da massagem no, 58- 9 ‘Meracarpofalangianas, aticulacoes,alisa- ‘mentocom 0 polegarna superficie pal- ‘mar das, 87-88, 88 Miofascial, liberagio, na massagem, 166 Mole, tecdo, massagem 0, 137-139 Movimento(s), de batimento, 47-49, 48 agitagio como, 50-52 amassamento como, 37-43, 39-42 beliscamento como, 42-43, 43, classificacio dos, 31, 31¢ cutiladas como, 48-49, 49 effleurage como, 35-38, 3639 Iriegto profunda como, na massigem fem tecido mole, 138 _manipulagbes de percussio como, 46- 51, 46-49 palmadas como, 46-47, 46.47 pétrissage como, 7-8, 37-46, 38-45 rolamento da pele como, 31-34, 32-34 ‘apotement como, 46-51, 46-49 torcedura como, 42-44, 44 vibragio como, 50-51, 50 Movimentos. Vela Massagem, movimentos Musculo(s). Veja eambém nomes de miisc- los, pex., Quadriceps. Denervado, 60-62 c’feitos da pétrissage nos, 45 lesionado, 60 ‘normal, 58-60 tecidos dos, efeitos da massagem nos, 58-62 Nariz, amassamento alternado com 2 almofada do polegar no, 102, 104, 103 [Nervoso, sistema, efeitos da massagem no, 283 [Nés dos dedos, amassamento com 0s, 41- 43,42 ‘Oleos, na preparagio das mos, 19 Ombro(s),alisamento profundo alteraado sobre 0, 89-90, 90 alisamento profundo sobre 0, 89-90,90 amassamento do, digital, 89-90, 91 com a almofada dos dedos, 104, 104 ‘na massagem em bebés e criangas pequenas, 145-146 Orientals, sistemas de massagem. Veja ‘Massagem, sistemas orientais de (Os50{s), efeitos da massagem no(s), 145. v6 amassamento nos, palmar alternado, 99,99 profundo, 100, 102 Paciente(s), conforto do, 25-26 ‘cobertura do, 21-23, 22-26 posigfio do, 12, 14, 21-23, 22-26 relaxamento do, 26-28, 66-68 Palmadas, movimentos de, 46-47, 46-47 Palmar, amassamento, 38-40, 40 Veja tam- ‘bem nomes de regides do corpo. Panturrilha, masculos da, amassamento dos, 79-80, 81 Pata de ganso, misculos internos da, alisa- ‘mentodos, 120, 120-122 Patela, alisamento em torno da, 82, 82f Peito, fechado, na massagem cardiaca, 179-181, 179-180 ‘amassamento digital do, 89-90, 91 fisiocerapia para, 149-151 ‘na massagem em bebés ¢ criangas pequenas, 145-146 seqQncia de massagem para as, 89-90, 89.92 Pele, massagem da, 65-67 peétrssage da, 45-46 rolamento da, 44-45, 45 Percussio, nos distirbios respiratérios, 15%, 152-153, manipulagbes na, 46-50, 4650 ‘ma massagem dotecido mole, 138 pontual, 169-170 Perna(s). Vela também parte especifies, peex., Cora alisamento profundo da, 81, 82, 85 ireica, 79-82, 80-82 esquerda, 85 misculos da, amassamento palmar alternado dos, 79, 82 na massagem em bebés © criangas pequenas, 45-146 Pescogo, massagem do. 89-90, 9-91 (a), na massagem em bebés ¢ criangas pequenas, 145-146 diceito, 82-85, 83-85, cesquerddo, 85, és, Veja P&C). etissasge. Veja também Movimentots) Polegar,alisamento do. 118f, 18-119 sole as eminénciss tenar ¢ hiporenar, 88, 88 Polegar, amassamento coma almofada do, ‘Veja Amassamento, com almofada do polegat. Pontual, cutilads, 48-50 Pontual, cerapia por percussio, na mas- sagem, 169-170 Popliteo, espaco, alisamento digital sobre 0,82 Posigia(6es) do paciente, 12-13, 21-25, 22+ 26 do terapeuta, 1214, 24-25, 27 Postural, drenagem, 150-151, 151 Ps, na preparacio das mos, 18 Precaugdes na massagem, 68:69 Pressio, Veja também Pétrissage. ‘na massagem, 9-10, 28 no alisamento, 34 Pré-evento, massagem de, 141-142 Pronagio, travesseiro de, na massagem, 19,21 Psicoldgicas, efeitos, da massagem, 66.68, Pulmio(6es),secresio dos, efeitos da mas- sagem na, 65-66 ‘Quadriceps, amassamento palmar do, 78, 8 ‘Queixo, alisamento profundo do, 105, 105 ‘amassamento com aalmofada do pole- {garno, 105, 105 Radial, borda, da mio direita, 116, 116 RCP (ressusclagto cardiopulmonae, 179- 161, 179-180 Recreacional, massagem, 5 Reflexas, zonas, na massagem do tecido conectivo, 157-160, 158-159 Reflexologia na massagem, 166-165, 168 Reforcado, amassamento, 41, 42 Relaxamento, 26-28, 6668 Respiratorios, dlisttirbios. Veja Disttirbios respiratsrios Ressuscitagio cardiopulmonar, 179-181, 179-189 Rins, efeitos da massagem nos, 65-66 Rima da massagem. 10-11, 28-2 Rolamento da pele. 44-15. 45, Rolfing, na massagem. 166-167 ‘Sabo, na preparagio das mos, 16-19 Sacro, amassamento com a almofada do polegar sobre 0, 9,99 ‘Sangitineo, luxo, efeitos da massagem no, 36-59 Secregdes pulmonares, efeitos da mas- sagem nas, 65-66 Semimembranoso, alisamento do, no ‘grupo da pata de ganso, 120, 120-122 Semitendinoso, alisamento do, no grupo da pata de ganso, 120, 120-122 Sexual, estimulo, efeitos da massagem no, 67-68 Shiatsu, na massage, 175-176 Sinallis),alteragdes n0s, 29 Sintornas, mudangas nos, 29 Subcutineos, tecidos, efeitos da pétissage nos, 45-46 Suegio, massagem para a promosio da, 65-146 Superficial, anatomia, conhecimento da, "7 Supetior, enremidade. Veja Bragots) Supraorbita, crista, alisamento profundo da, 102, 106, 103, ‘ailandesa, massager, 176-177 Tapotement, na massage, 46-51, 46-49 “Tenar, eminéneia, alisamento com o pole- ‘ga sobre a, 88, 88 Tendao(Ges), de Aquiles alissmento dig ‘aldo, 84,85 Tensio, efeitos da massagem na, 67-68 “Terapeuta, posigio do, 12-14, 4-25, 27 Teraptutica, massager, 5,68 ‘Terapeutico, contato, 5 Terapeucos lets da masagen, 67-5, ‘Terminal, massagem para o paciente, 144- M5 ‘Ferminologia da massagem, 6-7 ‘esta, alisamento profundo da, 102, 104, 103 iNOIcE > 185 amassamento coms almofada do pole: ‘gar, 102, 108, 102 Tempora, amassamento, digital da, 102, 104, 104 oyna almofada dos dedos da, 104, 104 Tibial, masculo, anterior, amassamento coin a almofacla do polegar no, 79-80, 81 ‘Toque terapeutico, 5 Tordcica, regio, amassumento palmar alternado sobre a. 98f, 98-99 ‘Forcedura, na massagem, 42-14, 44 Tomozelo, na massagem em bebés e eri- angas pequenas, 145-146 ‘Teansversais, movimentos, definigio dos, 5152 ‘Transversal, friegto, 51-53, 52 “Trapézio, amassamento com a alinofada do polegar sobre 0, 96-97, 97, 106 alisamento sobre 0, com os dedos, 97- 98,98 superficial e profundo, 106 ‘Trauma, muscular, 60 ‘por pritica esportiva, 142-143, ‘Travesseiro comprido, na massagem, 19, 2 ‘Travesseiro de pronagio, 19, 21 Teefinacio, 3 ‘Treinamento e pos-evento, massagem no, 143-145 ‘Trepanagio, 3 ‘Triceps, massagem do, 113-114, 116, 113+ ud Ulnar, borda, cutiladas na, 48-49 dda mio diceita, massagem na, 116, 117 Uma s6 das mas, amassamento com, 108- 109, 109 Veia(s), jugular, alisamento profundo sobre 2,90, 91-92, 104, 106 Vibragdo, em distirbios respiratérios, 153, 153-155 ‘na massagem em tecido mole, 138 técnica de, 50-51, 50 ceras, efeito da massagem sobre as, 64- 66 Volar, superficie, da mio direita, amassa- mento da, 137, 117-118 Beiiccthen ies ce : Dicey tue ole eater on sca de hokage Gus teat lho coz 00 cance eee einer te ee eg eee See Serene en eae: ener nee ead eee ee re oo ae orca sie ee Senet ee cares ee eee Cea Aci Manse eee peasant retest Se cane ee eee ec eo Fee eee ol p re i SBN 95-204-078) I

Vous aimerez peut-être aussi