“ Quantos
empregos são
gir e possam participar dos nossos
campeonatos. É importante que o
agente privado esteja também den-
tro desse contexto. A própria Fonte
Nova será um estádio privatizado e,
ao seu lado será construído um
grande estacionamento, além de
shoppings e hotéis que serão ergui-
dos.
A adesão da iniciativa privada re-
presenta um risco à cidade? Veja
bem, quando se fala em iniciativa
privada há sempre aquela parte
conservadora que prevê especula-
ções imobiliárias. As coisas não são
bem assim.
Esses eventos trarão, de fato, mais
empregos? Fico muito preocupado
que quando se quer realmente de-
senvolver determinadas áreas,
quando se procura dar empregabili-
dade as pessoas são contra. Vai ter
um shopping, quantos empregos
dão um shopping? Quantos empre-
gos dão um hotel? Quantos em-
pregos serão gerados para a
manutenção de três grandes está-
dios? Isso é crescimento. É desen-
volvimento. E aqui as coisas irão
acontecer.
Salvador será beneficiada pelo
PAC através de obras promovidas
pelo Governo Federal como, por
exemplo, a Via Expressa. Quais os
impactos dessa obra para a ci-
dade? A Via Expressa já está em
construção, sendo feita por uma
construtora baiana. É uma interven-
ção de grande intensidade, de
grande volume de recurso e irá en-
volver um número significativo de
desapropriações principalmente
onde hoje é o Centro Automotivo
no bairro Dois Leões. O projeto já
está em fase de implantação, conce-
demos o alvará para a obra e já ob-
tivemos a licença ambiental.
A atuação de João Leão, secretário
estadual de Infra-estrutura, tem
sido importante para a cidade? O
Leão é um tocador de obras. Ele
está desenvolvendo um grande
gerados para a
manutenção
de três grandes
estádios?
Isso é crescimento.
É desenvolvimento.
E aqui as coisas
“
irão acontecer
trabalho em todo o Estado e, es-
pecificamente em relação a Salva-
dor, ele já está tocando projetos
estruturantes, como o projeto da
BA 093, da BA 095 e o da estrada
CIA – Aeroporto, compartilhado
com a prefeitura municipal que
está dentro desse contexto.
O aeroporto Luiz Eduardo Maga-
lhães já dispõe das condições ne-
cessárias para servir a um evento
desta magnitude?
Não. O nosso aeroporto precisa
ser ampliado. Esta é uma cons-
ciência que hoje eu tenho e que a
prefeitura também tem. O pre-
feito, no ano passado, fez a desa-
propriação de uma grande área,
que é chamada de Parque das
Dunas e que fica na região da
Praia do Flamengo. Lá, nós ire-
mos implantar um projeto fantás-
tico de preservação ambiental,
que será exemplo em nível de
Brasil. É onde, juntamente com a
INFRAERO, com alguns ambien-
talistas e com o Estado, nós fare-
mos uma ampliação do aeroporto
de tal sorte que os danos ambien-
tais sejam mínimos. Isto represen-
tará uma compatibilização entre
desenvolvimento e preservação e
terá que ser feito, pois a demanda
é extremamente elástica, princi-
palmente pela Copa.
Como será feita essa ampliação?
Para que Salvador mantenha a
condição de aeroporto internacio-
nal tem que haver uma segunda
pista. E essas pistas têm que estar
no mínimo a uma distância de
1200 metros uma da outra. São
áreas da prefeitura que terão que
ser desapropriadas. E aí é que está
uma das fontes dos recursos para
a criação da Av. Atlântica. Deve-
se desapropriar em torno de um
milhão de m².
E a questão da degradação Centro
Histórico?
Houve uma concepção muito
equivocada em relação ao Centro
Histórico. Foram colocadas pes-
soas que não tinham condição
nem de pagar o aluguel. A manu-
tenção de um prédio histórico é
muito grande. Hoje está sendo
feito um levantamento de todos
os empresários que existem lá. O
Pelourinho tem que se tornar um
exemplo como acontece em gran-
des cidades como Madrid, e tem
que ter riqueza ali dentro. Bons
restaurantes, pousadas, empreen-
dimentos que gerem recursos.
Como está o relacionamento entre
Prefeitura e Governo, onde os re-
presentantes de Município e do Es-
tado integram par tidos políticos
distintos?
Há uma parceria entre o prefeito
João Henrique e o Governador do
Estado para que os aspectos polí-
ticos sejam relegados a planos se-
cundários e Salvador possa ter,
.
então, uma gestão compartilhada.
E esta união está sendo excepcio-
nalmente importante para o cres-
cimento de Salvador.
FACOM | 13 DE OUTUBRO, 2009