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de Exames
Edição 2013/2014
ÍndicE
Manual de Exames
Índice
10 Vacina
14 Imagem
18 Coleta de secreções
30 Fase pré-analítica
46 Resultados críticos
54 Algoritmos diagnósticos
96 Patologia clínica
320 Toxicologia
vacina
O serviço de vacinação é um dos mais importantes do Hermes Pardini por ser
uma das medidas mais eficazes de prevenção a doenças, além de possuir uma
variedade específica para diversos grupos (recém-nascidos, crianças, jovens,
adultos e idosos).
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Manual de Exames
Idade Vacinas
Ao nascer BCG + Hepatite B
Hepatite B + DTPa + Hemófilos B + Poliomielite inativada
2 meses
(HEXA) + Pneumo13 Conjugada + Rotavírus
3 meses Meningocócica C conjugada
DTPa + Hemófilos B + Poliomielite inativada (PENTA)+
4 meses
Pneumo13 Conjugada + Rotavírus
5 meses Meningocócica C conjugada
Hepatite B+ DTPa + Hemófilos B + Poliomielite inativada
6 meses
(HEXA)1 + Pneumo13 Conjugada + Rotavirus2 + Gripe
7 meses Gripe
9 meses Febre Amarela
12 meses Hepatite A + Tríplice Viral + Varicela
DTPa + Hemófilos B + Poliomielite inativada (PENTA)+
15 meses
Pneumo13 Conjugada
18 meses Hepatite A + Meningocócica C conjugada
2 a 4 anos Tríplice Viral + Varicela3
4 a 6 anos DTPa ou dTpa + Poliomielite4 + Meningocócica C conjugada
10 anos Febre Amarela + HPV (3 doses)
11 anos Meningocócica Conjugada Quadrivalente A,C,W135 e Y
15 anos dTpa-R (Tríplice Bacteriana Acelular Adulto)
Observações:
1) Crianças menores de 5 anos de idade devem receber a vacina oral contra a
Poliomielite nos Dias Nacionais de Vacinação após terem recebido duas doses da
vacina inativada.
4) Reforço recomendado somente para crianças que até os 4 anos de idade não
receberam uma 5ª dose desta vacina ou pólio por via oral.
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imagem
Manual de Exames
imagem
Há mais de 15 anos, o Hermes Pardini oferece o serviço de Diagnóstico por
Imagem que garante qualidade em auxílio ao diagnóstico para médicos e
pacientes.
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Manual de Exames
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Coleta
de secreções
Manual de Exames
2. Preparo do paciente
Explicar de forma clara e segura como será processada a coleta. Nos casos em
que o paciente estiver fazendo uso de antibióticos ou antifúngicos, verificar
se o médico esta ciente. Se o médico não estiver ciente o paciente deverá ser
orientado a voltar para a coleta 7 a 15 dias após o término do tratamento ou
conforme orientação médica. O ideal é que a coleta seja realizada antes de
qualquer medicação.
Uretra
• Colher preferencialmente pela manhã, sem urinar, ou estar sem
urinar há pelo menos 4 horas.
• Não estar usando desinfetantes ou medicações tópicas (caso
estiver aguardar 48 horas após o término);
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Manual de Exames
Vulva
• Colher preferencialmente pela manhã, sem urinar, ou estar sem
urinar há pelo menos 4 horas.
• Não estar usando desinfetantes ou medicações tópicas (caso
estiver aguardar 48 horas após o término);
• Não realizar higiene/banho no dia da coleta (aguardar 8 horas
para coleta de HPV);
• Não deverá manter relação sexual nas últimas 24h ou 72h para
coletas de HPV;
Região peniana
• Não estar usando desinfetantes ou medicações tópicas (caso
estiver aguardar 48 horas após o término);
• Não deverá manter relação sexual nas últimas 24h ou 72h para
coletas de HPV;
• Não realizar peniscopia.
4. Coleta
Utilização do espéculo
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Manual de Exames
Introduzir espéculo;
5. Secreção de orofaringe
É necessário que a coleta seja feita do local mais apropriado e que o material
colhido não misture com os locais próximos.
Coleta
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Manual de Exames
6. Secreção conjuntival
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Manual de Exames
Referências Bibliográficas:
Montagner, C. Prevalência de casos de Mycoplasma hominis e Ureaplasma urealyticum
nas secreções endocervicais e urinas de primeiro jato em um laboratório de análises
clínicas em Brusque-SC. Brusque, 2006. 83-88f. Trabalho de conclusão do curso
(Especialização) – Universidade Católica do Paraná, Brusque 2006.
Neves, D. P. Parasitologia Humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 285-288 p.
Ferreira, A. W.. Diagnóstico Laboratorial das principais doenças infeciosas e auto imunes.
2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 171-174 p.
Sites:
• www.gineco.com.br / www.dst.com.br / www.aids.gov.br
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Fase
pré-analítica
Manual de Exames
Fase Pré-Analítica
A importância da fase pré-analítica no laboratório clínico
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Manual de Exames
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Manual de Exames
Horário de coleta
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Manual de Exames
Medicamentos
A coleta de sangue, urina e fezes não deve ser realizada após a adminis-
tração endovenosa ou oral de meios de contraste. Sugere-se coletar o
material antes da administração ou aguardar 72 horas para realização
dos exames.
Atividade Física
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Manual de Exames
Tabagismo
Ordem de coleta
Postura
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Manual de Exames
Garroteamento
Coágulo e Fibrina
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Manual de Exames
Hemólise
Uma hemólise discreta pode ter pouco efeito sobre a maioria dos
exames, mas pode ser incompatível com a execução de alguns outros,
tais como potássio e ferritina. É importante mencionar que alguns
exames são muito sensíveis à hemólise, de tal forma que a interfe-
rência pode ocorrer mesmo em níveis de hemólise não perceptíveis
visualmente, como é o caso da insulina. Hemólise de grau moderado a
acentuado pode provocar alterações relevantes em diversos exames.
A hemólise significativa causa aumento na atividade plasmática da
aldolase, TGO, fosfatase alcalina, dehidrogenase láctica e nas dosagens
de potássio, magnésio e fosfato.
Lipemia
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Manual de Exames
Referências Bibliográficas:
Autores:
Wendel Francisco de Oliveira
Lílian Carolina Oliveira
Núbia Rodrigues Mendonça
Colaboração:
Christiane Caetano Fonseca de Paula
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Intervalo
de referência
no Laboratório
clínico
Manual de Exames
INTERVALOS DE REFERÊNCIA
NO LABORATÓRIO CLÍNICO
O processo de diagnóstico médico se baseia em três pilares: história clínica,
exame físico e testes diagnósticos. Os testes diagnósticos têm como objetivo
reduzir a incerteza em relação ao diagnóstico ou prognóstico dos pacientes e
auxiliar o clínico na conduta terapêutica.
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Manual de Exames
O Clinical and Laboratory Standards Institute CLSI) estipula que IR devem ser
estabelecidos por meio da análise de, no mínimo, 120 amostras provenien-
tes de indivíduos de referência cuidadosamente selecionados, por meio da
aplicação de um método estatístico não paramétrico. Entretanto, devido à
dificulades de natureza econômica e/ou operacional, a criação de IR próprios
não é factível para todos os laboratórios clíncos.
Autores:
Dr. Fabiano Brito e Dr. William Pedrosa
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Resultados
críticos
Manual de Exames
Resultados Críticos
Médicos e/ou pacientes devem receber a comunicação de resultados labo-
ratoriais que exigem decisão rápida. Além de ser uma exigência da ANVISA
desde 2005 o acompanhamento destes dados tem sido usado para avaliação
da qualidade dos serviços prestados pelos laboratórios clínicos.
O conceito de resultado crítico foi publicado pela primeira vez em 1972 por
Lundberg: “Trata-se de um resultado laboratorial que representa uma variação
do estado fisiopatológico normal, que pode levar a risco de vida, a menos que
algo seja feito rapidamente e alguma ação corretiva possa ser tomada”, ou seja,
resultados críticos constituem uma condição que sinaliza a necessidade de
intervenção médica imediata. Esta definição foi amplamente aceita e tem sido
empregada até os dias atuais.
Na RDC 302 publicada pela ANVISA, que dispõe sobre o Regulamento Técnico
para funcionamento de Laboratórios Clínicos, foram definidos alguns proce-
dimentos para liberação, comunicação e registro de resultados laboratoriais
considerados críticos. Entre eles:
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Manual de Exames
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Manual de Exames
Bilirrubina Clonazepam
Uréia Diazepam
Creatinina Difenilhidantoina
Etanol
Fenobarbital
Gabapentina
Lamotrigina
Metanol
Nitrazepam
Oxazepam
Oxcarbazepina
Primidona
Teofilina
Vigabatrina
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Manual de Exames
Líquidos corporais
Bacteriologia
Líquor
Líquido ascítico
Líquido Pleural
Líquido Sinovial
Presença de bactérias e células neoplásicas
Resultados positivos:
Hemoculturas
Microscopia e cultura de fungos e bactérias em materiais nobres (líquor e
outros líquidos corporais)
BAAR (pesquisa e cultura)
Cultura e pesquisa de bacilo diftérico
Cultura e pesquisa de Neisseria gonorrhoeae
Lavado brônquico-alveolar
Presença de células neoplásicas
Referências bibliográficas:
Howanitz PJ, Steindel SJ, Heard NV. Laboratory Critical Values Policies and Procedures.
Arch Pathol Lab Med 2002;126:663-9.
Bates DW and Gawande AA. Improving Safety with Information Technology. N Engl J
Med 2003;348:2526-34.
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Algoritmos
Diagnósticos
Manual de Exames
Algoritmos
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Manual de Exames
Streptococcus do grupo B
Antibioticoprofilaxia na gestação
Cultura positiva
Cultura não realizada para SBG?
NÃO SIM
Fatores de risco:
trabalho de parto < 37 semanas
NÃO
e/ou tempo de bolsa rota
=18h e/ou febre
materna = 38º C*
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Manual de Exames
Algoritmo
SIM
TESTE DE TRIAGEM
. Triagem com Phadiatop: alérgenos . Triagem com Phadiatop inalantes
inalantes e alimentares infantis; . IgE múltiplo (alimentares), conforme
. IgE múltiplo, conforme história clínica história clínica do paciente
do paciente.
Phadiatop ou
IgE múltiplo NÃO
Positivos?
SIM
Testes específicos
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Manual de Exames
IgE total +
IgE específico para látex
Alergia ao Látex
NÃO
IgE Total SIM
>100?
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Manual de Exames
Disfunção Tireoidiana
Contexto Clínico
História e Exame físico
Dosar TSH
ultrassensível
TSH
Normal? SIM
NÃO
NÃO T4L
TPO e/ou
TRAb Baixo?
positivo?
** Considerar Cintilografia e
% de Captação com
Radioiodo
Nota:
1. Várias drogas podem afetar os resultados de testes de função tireoidiana, por exemplo, por interferência na
concentração de TBG ou na sua ligação aos hormônios tireoidianos.
2. Os imunoensaios são sujeitos à interferência, embora rara, por anticorpos antianalito e heterofílicos, que
podem reagir com as imunoglobinas dos ensaios, sendo potenciais causadores de resultados anômalos.
3. Os resultados de exames laboratoriais devem sempre ser analisados em combinação com quadro e exame
clínicos, histórico, uso de medicamentos e outros achados que possam ser correlacionados para validá-los.
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Manual de Exames
Permanece T4L
suspeita clínica? SIM normal? SIM Eutiroidismo
NÃO NÃO
Eutiroidismo
TPO
Positivo?
SIM NÃO
LEGENDA:
Terapia c/LT: Terapia com Levotiroxina
Hipert.: Hipertiroidismo
Hipot.: Hipotiroidismo
SED: Síndrome do Eutiroideo Doente
RTSH: Resistência ao TSH
RHT: Resistência ao Hormônio Tiroidiano
TSHoma: Adenoma Secretor de TSH
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Manual de Exames
Suspeita de Endocardite
Infecciosa
ETT inicial
NÃO sugestivo? SIM
Tratar
SIM NÃO
ETE
sugestivo?
ETE para ETE desnecessário
investigar caso haja
complicações estabilidade clínica
NÃO SIM
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Manual de Exames
NÃO
ETE inicial SIM
sugestivo?
Alta suspeita
clínica persiste Diagnóstico
alternativo mais Tratar
provável?
NÃO SIM
Repetir
ETE
Propedêutica e
tratamento específico
Positivo Negativo conforme hipóteses
Investigar outras
Tratar doenças
* Ecocardiograma de alto risco: vegetações grandes, insuficiência valvar, acometimento perivalvar, disfunção ventricular
** Pacientes com alto risco: valvas cardíacas protéticas, cardiopatias congênitas complexas, EI prévia, sopro novo e ICC.
50
Manual de Exames
baixa estatura
Teste de estímulo
para GH
GH>5,5ng/ml
NÃO SIM
GH>5,5ng/ml
SIM NÃO
Avaliar função
hipofisária e fazer
RNM de hipófise
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Manual de Exames
Baixa probabilidade de
deficiência de GH
Legenda
.DP: Desvio padrão
. VHS: Hemossedimentação
.Cr: Creatinina
.Na: Sódio
.K: Potássio
.Ca: Cálcio
.P: Fósforo
.TGO: Transaminase oxalacética
.TGO: Transaminase pirúvica
.EAS: Urina rotina
.EPF: Parasitológico
.GH: Hormônio de crescimento
.IGF-1: Somatomedina C
.IGF BP-3: Proteína ligadora 3 do IGF
.TSH: Hormônio tireoestimulante
.T4L: Tiroxina livre
.ITT: Teste de tolerância a insulina
.RNM: Ressonância magnética
* Caso não disponha da distribuição por desvio padrão, utilizar o limite inferior do intervalo de referência.
Tal procedimento pode diminuir a sensibilidade diagnóstica do algoritmo.
** Usualmente utiliza-se o ITT como teste confirmatório.
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Manual de Exames
Parâmetros Laboratoriais
ATENÇÃO: Na ausência de hiperglicemia inequívoca, o diagnóstico do Diabetes Mellitus deve ser confirmado
pela repetição do teste em outro dia.
* O jejum é definido como a ausência de ingestão calórica por, no mínimo, 8 horas. O valor de corte inferior a 100
mg/dL para glicemia de jejum normal é adotado pela American Diabetes Association (ADA) e pela International
Diabetes Federation (IDF).
** O teste de tolerância oral à glicose (TTOG) deverá ser realizado conforme procedimento descrito pela OMS:
1. Dieta nos 3 dias antecedentes ao exame com ingesta de carboidratos maior que 150 g/dia
2. Sugere-se refeição com 30g a 50g de carboidratos na noite anterior ao teste
3. Jejum de 8 a 14 horas, sendo liberada a ingesta de água
4. Não é permitido fumar ou caminhar durante o teste
5. Após a coleta da glicemia em jejum, procede-se a administração oral de 75 g de glicose anidra em 250 mL a
300 mL de água durante 5 minutos
6. O tempo do teste é contado a partir do momento de início da ingesta
7. Amostra de sangue deverá ser coletada 2 horas após a ingestão da glicose anidra
*** Em paciente com sintomas clássicos de hiperglicemia (poliúria, polidipsia, perda de peso inexplicada).
**** A Hemoglobina Glicada (Hemoglobina A1c) foi indicada como critério diagnóstico do Diabetes Mellitus por
publicação oficial da ADA em julho/2009 e, em 2011, pela OMS. O teste deverá ser realizado em laboratório que
utiliza método certificado pelo National Glycohemoglobin Standartization Program (NGSP).
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Manual de Exames
Avidez de
IgG para CMV
ALTA BAIXA
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Manual de Exames
Avaliação de Dislipidemia
Presença de dois
ou mais fatores de risco
NÃO3
(FR) maiores (outros além
do LDL)2?
Manter SIM
LDL < 160
Conduta mg/dL?
NÃO
NÃO
Avaliar risco 10 anos
para DCC (tabela de
Framinghan em anexo)
LDL 160 - 189 LDL < 190
mg/dL mg/dL
SIM
MEV5 + terapia MEV5 + terapia
medicamentosa medicamentosa Risco > 20%?
opcional indicada
NÃO
NÃO
NÃO LDL 160 - 129
mg/dL
LDL 130 - 159 LDL = 160
mg/dL mg/dL
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Manual de Exames
SIM
DCC ou equivalente
de risco para DCC4
(risco de Framinghan >20%)?
SIM
NÃO
1 - Pacientes com alterações no perfil lipídico devem ter seus exames confirmados pela repetição de nova amostra. A nova dosagem
deverá ser realizada com o intervalo mínimo de uma semana e máximo de dois meses após a coleta da primeira amostra.
2 - Tabagismo, HAS, historia familiar de DCC prematura (1º grau: masculino < 55 anos ou feminino < 65 anos), idade (homem ≥ 45
anos ou mulher ≥ 55 anos), HDL< 40 mg/ dL(HDL ≥ 60 mg/dL remove um fator de risco da contagem total).
3 - Corresponde, na maioria das pessoas, a risco Framinghan 10 anos < 10%, portanto, a avaliação pela tabela de Framinghan é
desnecessária.
4 - Doença Cardíaca Coronariana (DCC) clínica (história de IAM, angina, angioplastia ou revascularização, evidência de isquemia
miocárdica clinicamente significante), doença arterial carotídea sintomática, doença arterial periférica, aneurisma de Aorta
abdominal, diabetes mellitus.
5 - Atividade física, controle de peso, orientações dietéticas: gordura saturada < 7% das calorias, colesterol < 200 mg/dia, fibra solúvel
(10-25 g/dia), fitoesteróis/fitoestanóis (2 g/dia).
6 - Intensidade da terapia deve ser suficiente para reduzir pelo menos 30-40% os níveis de LDL.
OBS: Em pacientes de alto risco, se triglicérides elevado ou baixo HDL, considerar combinação de fibrato ou ácido nicotínico com a
droga redutora de LDL. Se triglicérides > 200 mg/dL, o alvo secundário da terapia é o não-HDL, que deve ser no máximo 30 mg/dL
acima do LDL-alvo.
Opções de drogas terapêuticas: estatinas (inibidores da HMG-CoA redutase), sequestrantes do ácido biliar, ácido nicotínico, fibratos.
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Manual de Exames
Doença Celíaca
Suspeita clínica de
doença celíaca
tTG1 IgA ou
Anti-endomísio (AEM) Probabilidade de
SIM IgA2 + IgA NÃO
doença celíaca é baixa
Sérica
POSITIVO?3
Deficiência
Probabilidade de de IgA?
doença celíaca é alta
SIM NÃO
SIM NÃO
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Manual de Exames
Eritograma
Leucograma
Plaquetas
Creatinofosfoquinase
NORMAL?
CH 100
C3
C4
Normal?
SIM
NÃO
SIM
NÃO
Diminui possibilidade de doença
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Manual de Exames
Hepatite B Crônica
Paciente cirrótico
Hbe Ag+
Tratamento
(Enc. transplante se
Child B/C)
ALT elevada
+ HBV-DNA
>200 UI/mL
Hepatite B Crônica
Paciente cirrótico Hepatite B Crônica
Child-Pugh A Paciente cirrótico
Child-Pugh B ou C
ALT normal
+ HBV-DNA
<200 UI/mL
Monitoramento
Clínico-laboratorial
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Manual de Exames
O diagnóstico sorológico da hepatite B envolve a avaliação de antígenos e anticorpos. Por meio da combinação destes
marcadores, é possível determinar as diferentes fases da infecção e se o paciente está imune ou susceptível.
HBs Ag NEGATIVO
anti-HBc NEGATIVO Susceptível
anti-HBs NEGATIVO
HBs Ag NEGATIVO
anti-HBc POSITIVO Imune por infecção natural
anti-HBs POSITIVO
HBs Ag NEGATIVO
anti-HBc NEGATIVO Imune por vacinação
anti-HBs POSITIVO
HBs Ag POSITIVO
anti-HBc POSITIVO
Infecção aguda
IgM anti-HBc POSITIVO
anti-HBs NEGATIVO
HBs Ag POSITIVO
anti-HBc POSITIVO Infecção crônica (necessária persistência
IgM anti-HBc NEGATIVO do HBsAg por mais de 6 meses)
anti-HBs NEGATIVO
Antígeno de superfície da Hepatite B (HBsAg): Proteína da superfície do vírus B; pode ser detectado em altas concentra-
ções séricas durante a infecção aguda e crônica. A presença do HBsAg indica que a pessoa é infectada pelo vírus B.
Anticorpo contra o antígeno de superfície da Hepatite B (anti-HBs): A presença do anti-HBs é geralmente interpretada
como recuperação e imunidade ao vírus B. Anti-HBs também é detectado em pessoas imunizadas contra o vírus B por
meio de vacina.
Anticorpos totais contra o “core” (núcleo) do vírus da Hepatite B (anti-HBc): Surge no início dos sintomas na hepatite B
aguda e persiste por toda a vida. A presença do anti-HBc indica infecção pelo vírus B, atual ou prévia.
Anticorpo IgM contra o “core” (núcleo) do vírus da Hepatite B (anti-HBc IgM): Positividade indica infecção recente pelo
vírus B (≤6 meses). Sua presença indica infecção aguda ou flare.
Adaptado de: A Comprehensive Immunization Strategy to Eliminate Transmission of Hepatitis B Virus Infection in the
United States: Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices. Part I: Immunization of Infants,
Children, and Adolescents. MMWR 2005;54(No. RR-16).
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Manual de Exames
Anti-HCV positivo
HCV-RNA quantitativo
(RT-PCR em tempo real*)+
Genotipagem (genótipo1)
Ausência de
Fibrose moderada Biópsia
fibrose ou filbrose
a intensa (F>1) hepática
leve (F=1)
Tratamento com
peginterferon +
ribavirina Considerar não tratar**
HCV-RNA negativo
HCV-RNA detectável
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Manual de Exames
* Ensaios de HCV-RNA ultrassensíveis como o RT-PCR em Tempo Real (limite de detecção: 15UI/mL) podem
substituir o HCV-RNA qualitativo.
** Qualquer grau de fibrose é indicativo de tratamento nos pacientes co-infectados com o HIV
*** Ausência de RVR tem valor preditivo negativo baixo para RVS e não indica suspensão do tratamento.
**** Tratamento por 72 semanas deve ser considerado apenas para respondedores lentos.
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Manual de Exames
Hepatite C Aguda
Acompanhar pelo
Anti-HCV REAGENTE
fluxograma de Hepatite C Crônica
NÃO
REAGENTE
Aguardar
12 semana
Anti-HCV e
HCV-PCR Qualitativo
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Manual de Exames
CARIÓTIPO BANDA G
Hipotonia no recém-
nascido, microcefalia,
Em cerca de 95% dos O cariótipo é útil para
prega epicantal,
casos, é encontrada esclarecimentos de
Síndrome fendas palpebrais 1:600 nascidos
a trissomia livre do casos duvidosos e para
de Down inclinadas para cima vivos
cromossomo 21 (47,XX, o aconselhamento
e, em torno de 50%
+21 ou 47,XY, +21) genético
dos casos, cardiopatia
congênita
Referência bibliográfica:
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Manual de Exames
Profilaxia do HIV
Exames para paciente-fonte: anti-HIV
(teste rápido)
Exame para o profissional acidentado:
anti-HIV convencional
Paciente fonte
acessível e autoriza
exame?
NÃO SIM
*Acidentes de alto risco: acidentes que envolvem grande volume de sangue, acidentes perfurantes profundos,
acidentes com dispositivos intravasculares, dispositivos com presença de sangue visível.
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Manual de Exames
Profilaxia da Hepatite B
Exames para paciente-fonte: HBsAg
Exame para o profissional acidentado:
HBsAg e Anti-HBs
NÃO
SIM
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Manual de Exames
História
Exame físico - Exames complementares
Alta
Imunofixação no probabilidade de
soro doença
SIM NÃO
Imunofixação no soro
+ Imunofixação na urina Gamopatia monoclonal
Presença de pouco provável
proteína
monoclonal?
NÃO SIM
Presença de
proteína NÃO
monoclonal?
Gamopatia monoclonal
1- Considera-se com eletroforese de proteínas anormal: presença de pico monoclonal, aumento da fração beta,
aumento da fração alfa 2 ou hipogamaglobulinemia.
2- A ausência de proteína monoclonal torna pouco provável o diagnóstico de gamopatia monoclonal. Entretanto,
resultados negativos para proteína monoclonal em todos os testes podem ocorrer em uma porcentagem pequena
de pacientes com amiloidose e doença de deposição de cadeias leves e plasmocitoma solitário.
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Manual de Exames
Eritograma
Leucograma
Plaquetas
Creatinofosfoquinase
NORMAL?
CH 100
C3
C4
Normal?
SIM
NÃO
SIM
NÃO
Diminui possibilidade de doença
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Manual de Exames
Contexto Clínico
História, exame físico, exames complementares
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
Possível lúpus eritematoso sistêmico
(LES), síndrome de Sjögren (SS) ou
doença mista do tecido conjuntivo (DMTC)
Fator
antinúcleo
(FAN)
POSITIVO?
SIM NÃO
Anti-SSA/Ro
Anti-P ribossomal
Anti-DNA / Anti-Sm
Anti-SSA/Ro
Antinucleossomo Anti-RNP
Anti-SSB/La
Anti-P ribossomal
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Manual de Exames
CONTEXTO CLÍNICO
História, Exame físico, Exames complementares*
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
Possível ES ou PM/DM
Fator
antinúcleo
(FAN)
POSITIVO?
SIM NÃO
Algum positivo
ES
1- O padrão de fluorescência nuclear pontilhado centromérico em células HEp-2 é específico para a presença de
anticorpos anti-centrômero, não havendo necessidade de confirmação por outro método.
70
Manual de Exames
SIM
Há testes
confirmatórios NÃO
disponíveis?
SIM
Teste O teste
confirmatório NÃO possui alto valor
positivo? preditivo
negativo?
NÃO
SIM
SIM
A seleção do teste confirmatório apropriado depende de alguns fatores, como a droga envolvida
e o tempo de ocorrência da reação após o uso da droga.
Reações imediatas Reações tardias
In vitro: IgE sérica específica, teste de ativação dos basófilos In vitro: Testes de ativação ou transformação linfocitária
In vitro: Testes cutâneos, testes de provocação com drogas In vitro: Testes intradérmicos de leitura tardia; testes de
provocação com drogas.
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Manual de Exames
Clínica e Hemograma
Sugestivos de Mononucleose
Não Reagente
Anti-VCA IgM
e
Anti-CMV IgM1
Não Reagentes
1- O diagnóstico sorológico das infecções por EBV e CMV é presuntivo. Deve-se atender que a infecção pelo EBV
pode levar a falsa reatividade para múltiplos testes sorológicos, inclusive para o CMV.
2- Anti-EBNA reagente na fase de estado torna o disgnóstico da infecção pelo EBV improvável, enquanto sua
soroconversão na convalescença reforça o diagnóstico.
3- A avaliação da soroconversão da IgG pelo pareamento de amostras das fases aguda e convalescente a
antigenemia pp65 e o PCRpodem ser úteis como testes auxiliares.
4- Sugere-se como exames iniciais anti-HHV-6 IgM, anti-toxoplasma IgM e Anti-HIV.
5- Sugere-se uma triagem restrita, direcionada por indicadores clínicos e epidemiológicos. Um número
significativo de casos permanecerá sem etiologia definida apesar de propedêutica exaustiva.
72
Manual de Exames
NÃO
NÃO
Objetivo primário:
Correção para Atingir LDL-alvo1
Triglicérides > com MEV
prevenir SIM NÃO
500 mg/dL? e/ou terapia
pancreatite 2
medicamentosa
LDL-alvo atingido
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Manual de Exames
74
Manual de Exames
Suspeita clínica
(primeiro episódio)
Probabilidade clínica
(Graduação de Wells - tabela 1)
D-dímero
NÃO SIM
Positivo? Duplex Scan
Venoso MMII
Positivo?
SIM
Duplex Scan NÃO
Exclui TVP NÃO Venoso MMII
Positivo?
Confirma TVP
D-dímero
SIM
Positivo?
Confirma TVP
NÃO SIM
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Manual de Exames
Interpretação de risco
76
Manual de Exames
77
Manual de Exames
PaCO2< 35
SIM NÃO
Acidose respiratória
HCO-3< 22
compensada ou Alcalose
metabólica compensada
Alcalose respiratória
compensada ou Acidose
metabólica compensada
78
Manual de Exames
MARCADORES TUMORAIS
79
Manual de Exames
80
Manual de Exames
Referências Bibliográficas:
1) Diamandis EP, Fritsche HA, Lilja H, Chan DH, Schartz MK et al. Tumor Markers: Physiology, Pathobiology, Technology, and
Clinical Applications. Washington: AACC Press,2002. 541p.
2) Jacobs DS, Oxley DK, DeMott WR. Laboratory Test Handbook. Hudson:
Lexi-Comp,2001.1031p.
3) Sturgeon CM, Duffy MJ, Hofmann BR et al. National Academy of Clinical Biochemistry Laboratory Medicine Practice
Guidelines for Use of Tumor Markers in Liver, Bladder, Cervical, and Gastric Cancers. Clinical Chemistry 2010;56:6.
4) Sturgeon CM, Duffy MJ, Stenman UH et al. National Academy of Clinical Biochemistry Laboratory Medicine Practice
Guidelines for Use of Tumor Markers in Testicular, Prostate, Colorectal, Breast, and Ovarian Cancers. Clinical Chemistry
2008;54:12.
5) Wu AHB.Tietz Clinical Guide to Laboratory Tests. St. Louis: Saunders Elsevier, 2006. 1798p.
81
Patologia
Clínica
Manual de Exames
Patologia Clínica
17-Beta Estradiol — E2
17-Cetosteróides — 17-KS
83
Manual de Exames
17-OH-Progesterona
84
Manual de Exames
25-Hidroxivitamina D
85
Manual de Exames
86
Manual de Exames
Seus níveis exibem uma correlação ruim com a gravidade da doença. Níveis
aumentados são observados, também, na gravidez, ovulação e estresse.
Ácido Fólico
Seus níveis séricos caem poucos dias após redução de sua ingesta alimentar e
podem ser baixos mesmo com estoques teciduais normais. Os níveis de ácido
fólico nas hemácias são menos sujeitos a mudanças dietéticas recentes.
87
Manual de Exames
89
Manual de Exames
Sangue
Produto final do metabolismo das purinas pode ser sintetizado ou
ingerido. A hiperuricemia é causada pelo aumento da formação ou
redução da excreção. Causas primárias incluem o aumento na síntese
das purinas ou erros inatos do metabolismo, as causas secundárias
devem-se ao aumento da ingestão de alimentos ricos em purina.
Redução da excreção ocorre devido à insuficiência renal crônica e
aumento da reabsorção renal. Somente 10% dos pacientes com hipe-
ruricemia desenvolverão gota.
Urina
Cerca de 75% é eliminado pelos rins e 25% pelo intestino. Usualmente
realiza-se avaliação da excreção na urina de 24 horas, mantendo-se a
dieta habitual. Esta dosagem é útil em pacientes com cálculos urinários
para identificação daqueles com excreção urinária de urato aumentada.
Álcool causa diminuição do urato urinário, portanto deve-se restringir
sua ingestão na avaliação. Aspirina e outros anti-inflamatórios, vitamina
C, diuréticos e warfarim podem interferir no resultado.
90
Manual de Exames
Líquido sinovial
Deve ser feito em paralelo com a dosagem no sangue. Valores mais baixos
que o do sangue, colhido pareado, indica doença inflamatória não gotosa.
ACTH
91
Manual de Exames
Aldolase
92
Manual de Exames
Aldosterona
Alfa-1-antitripsina
93
Manual de Exames
Alfa-1-glicoproteína ácida
Alfa-fetoproteína
94
Manual de Exames
Amebíase, sorologia
95
Manual de Exames
Amilase
Sangue
Enzima excretada pelo pâncreas, sensível no diagnóstico de
pancreatite aguda. Eleva-se após algumas horas do início da dor
abdominal e persiste por 3 a 4 dias. Valores três a cinco vezes acima
do nível normal são considerados significativos.
96
Manual de Exames
Urina
Utilizada juntamente com a dosagem sérica no diagnóstico de
pancreatite.
Clearance de amilase
É utilizado no diagnóstico da macroamilasemia, não sendo, entretanto,
marcador específico. Na macroamilasemia encontramos clearance de
amilase baixo.
Níveis no líquido ascítico três vezes maiores que no soro são indicativos
de pancreatite. Em 10% dos casos de pancreatite, os níveis de amilase
no soro e líquido ascítico são normais.
97
Manual de Exames
Amônia
98
Manual de Exames
AMP cíclico
99
Manual de Exames
Androstenediona
100
Manual de Exames
Anticoagulante Lúpico
101
Manual de Exames
Anticorpos anti-cromatina/nucleossomo
Anticorpos anti-GAD
102
Manual de Exames
Anticorpos anti-IA2
103
Manual de Exames
Anticorpos anti IA-2 são encontrados em 48% a 80% dos pacientes com
diagnóstico recente de DM1, sendo que é mais comum em jovens até
15 anos de idade e indica rápida progressão para o diabetes clínico. A
progressão mais rápida também está relacionada com níveis mais altos
de anticorpos e a presença de 2 ou 3 anticorpos distintos circulantes,
dentre eles anti-GAD, anti-IA2, anti-insulina e anti-ilhota.
Antiestreptolisina O - AEO
104
Manual de Exames
105
Manual de Exames
Anti-HBe
Anti-HBs
Antitrombina
106
Manual de Exames
107
Manual de Exames
108
Manual de Exames
Baar auramina
Trata-se de um método de pesquisa de BAAR por fluorescência mais
sensível que os métodos tradicionais baseados na carbolfucsina (Ziehl-
Neelsen). A auramina (fluorocromo utilizado) liga-se ao ácido micólico da
parede celular da micobactéria, resistindo à descoloração do álcool-ácido e
emitindo fluorescência amarelo-alaranjada sobre fundo negro.
109
Manual de Exames
Bacterioscopia (Gram)
β2 Glicoproteína-I, Anticorpos
Beta-2-microglobulina
110
Manual de Exames
Beta-caroteno
Bilirrubinas, dosagem
111
Manual de Exames
Brucelose
Soroaglutinação
O teste de aglutinação em tubo (SAT), também denominado prova
lenta ou teste de Wright, ainda é o padrão ouro para detecção de
aglutininas brucélicas. Este teste identifica anticorpos aglutinan-
tes das classes IgM, IgG e IgA. Considera-se títulos > 1:160 como
evidência significativa de infecção ativa. Em qualquer população,
a ocorrência de um aumento de quatro vezes nos títulos, em um
intervalo de 2 a 4 semanas, é indicativo de infecção ativa. O achado
de títulos mais baixos não são incomuns nos quadros crônicos.
Resultados falso-negativos são raros e podem resultar de fenômeno
prozona ou da presença de anticorpos bloqueadores. Resultados
falso-positivos na SAT também são incomuns, mas podem decorrer
da presença de fator reumatóide e reações cruzadas com anticorpos
contra Francisella tularensis, Escherichia coli, Vibrio cholerae e
Yersínia enterocolitica.
112
Manual de Exames
Imunoensaio enzimático
Permite detecção de anticorpos IgM e IgG, na brucelose, podendo ser
usado para diagnóstico e seguimento do paciente. Apresenta sensibi-
lidade e reprodutibilidade superior à soroaglutinação. A IgG persiste
por anos após a infecção. Aumento de IgG, em amostras pareadas,
em pacientes sintomáticos sugere infecção recente. A IgM pode ser
encontrada em 30% dos pacientes crônicos.
C1 esterase inibidor
CA 125
113
Manual de Exames
CA 15-3
seu uso é limitado pela sua baixa sensibilidade nas fases iniciais da
doença (15% a 35%) apresentando maior sensibilidade somente nas fases
avançadas (chegando a 50-75%) e falta de especificidade.
É consenso que o CA 15-3 não deve ser usado para triagem ou diagnóstico
do câncer de mama. Desta forma, seu uso fica restrito à monitorização do
tratamento e detecção de recidivas. Não são recomendadas mudanças tera-
pêuticas com base apenas nos títulos de CA 15-3 de forma isolada.
115
Manual de Exames
CA 19-9
116
Manual de Exames
CA 72-4
117
Manual de Exames
118
Manual de Exames
Cálcio iônico
Cálcio total
119
Manual de Exames
120
Manual de Exames
Calcitonina
121
Manual de Exames
Campylobacter, cultura
122
Manual de Exames
2. Anticorpos anticardiolipina IgG e/ou IgM, presentes em títulos médios ou altos (>
40 GPL ou MPL, ou > percentil 99), dosados por um método ELISA padronizado*.
3. Anticorpos anti-β2 glicoproteína-I IgG e/ou IgM (> percentil 99), dosados por
um método ELISA padronizado*.
123
Manual de Exames
Catecolaminas - Frações
124
Manual de Exames
125
Manual de Exames
CCP, anti
126
Manual de Exames
Está presente com níveis elevados em 65% dos pacientes com carcinoma
colorretal, ao diagnóstico. Seu aumento pode preceder evidências de
metástases em exames de imagem. Níveis muito elevados são encontrados
no câncer colorretal com metástases ósseas e hepáticas.
Uma vez que pode estar elevado em pacientes saudáveis, o CEA não
deve ser utilizado como ferramenta para triagem de câncer em pacientes
127
Manual de Exames
128
Manual de Exames
Ceruloplasmina
129
Manual de Exames
130
Manual de Exames
Método
Inoculação em Monocamada de cultura de Células McCoy
Condição
• Raspado uretral, endocervical, conjuntival, retal, pus de bubão inguinal,
esperma e fundo de saco vaginal. Esse teste requer amostra com
número adequado de células, portanto não é feito em urina.
131
Manual de Exames
Método
Anticorpo monoclonal
Condição
• Raspado uretral, endocervical, conjuntival, retal, pus de bubão
inguinal, esperma e fundo de saco vaginal.
132
Manual de Exames
Cistatina C
Cisticercose, sorologia
133
Manual de Exames
Anti-CMV IgM
A IgM pode surgir até duas semanas após o início do quadro clínico.
Assim, caso a amostra seja colhida precocemente, deve-se repetí-la
após 15 dias, para afastarmos infecção pelo CMV na presença de
quadro clínico suspeito. Geralmente permanecem detectáveis por
3 meses, entretanto, por métodos imunoenzimáticos podem ser
encontrados títulos baixos por até 12 meses, não devendo, pois, ser
avaliado como um indicador absoluto de infecção recente. Falso-positi-
vos também podem ocorrer em infecções pelo EBV e herpes vírus. Por
não ultrapassar a barreira placentária, seu achado no recém-nascido
indica infecção congênita.
134
Manual de Exames
Anti-CMV IgG
Seu achado pode indicar infecção passada ou recente. Recoleta na
convalescença (após 15 dias) pode evidenciar viragem sorológica ou
aumento de 4 vezes ou mais na convalescença, em relação ao soro
colhido na fase aguda.
Citomegalovírus, antigenemia
A importância da infecção pelo CMV é maior na transmissão vertical
do CMV da gestante para o feto e em pacientes imunocomprometidos.
Nestes, a disseminação do CMV (grau de viremia) no sangue é fator de risco
de progressão à doença invasiva pelo CMV. A detecção da antigenemia
permite a detecção rápida do CMV presente no núcleo dos neutrófilos
do sangue periférico que fagocitaram o vírus. São utilizados anticorpos
monoclonais para a proteína pp65 do CMV, que é um marcador precoce
e específico de infecção ativa. A antigenemia também é utilizada para
avaliação da resposta ao tratamento antiviral. A antigenemia apresenta
sensibilidade superior à cultura e comparável à PCR quantitativa.
Método
Imunofluorescência direta com anticorpos monoclonais anti PP65.
Método
Cultura em meio específico.
Valor de Referência
Negativo.
Condição
Urina recente.
Conservação de envio
Até 24 horas entre 2º e 8º C.
Cloretos — Cl
Sangue
Representa 66% dos ânions do plasma, e juntamente com o sódio são
os principais responsáveis pela manutenção da homeostase osmótica
do plasma. Sua determinação é útil na avaliação de distúrbios hidroe-
letrolíticos, ácido-básicos e no cálculo do ânion-gap.
Urina
Útil para avaliação de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos, em
especial, no diagnóstico da alcalose metabólica responsiva a sal.
Líquor
Reflete os níveis sanguíneos de cloretos. Na meningite tuberculosa os
valores no líquor são em torno de 25% mais baixos que os valores no soro.
137
Manual de Exames
138
Manual de Exames
139
Manual de Exames
Complemento sérico C2
Complemento sérico C3
A quantificação de C3 é utilizada na avaliação de indivíduos com
suspeita de deficiência congênita deste fator ou portadores de doenças
com deposição de imunocomplexos, os quais ativam a via clássica do
complemento: LES, glomerulonefrites, crioglobulinemia e outras.
Os pacientes com deficiência congênita de C3 evoluem com
infecções bacterianas recorrentes após o nascimento.
Os níveis de C3 podem se elevar em numerosos estados inflamatórios
e na resposta de fase aguda.
Pelo fato de o C3 ser um componente comum às três vias do
complemento, níveis baixos de C3 também podem ocorrer nas defici-
ências de fatores ou ativação da via alternativa.
Complemento sérico C4
A quantificação de C4 é utilizada para avaliação de indivíduos com
suspeita de deficiência congênita deste fator e de patologias que
evoluem com ativação da via clássica do complemento. Seus níveis
aumentam durante a resposta de fase aguda e em certas neoplasias.
A dosagem de C4 também é utilizada, juntamente com a dosagem
do inibidor de C1, na avaliação inicial dos pacientes com suspeita de
angioedema, os quais apresentam C4 baixo.
140
Manual de Exames
141
Manual de Exames
Alguns pacientes com cortisol livre urinário elevado não têm síndrome
de Cushing e são classificados como síndrome pseudo-Cushing.
142
Manual de Exames
Cortisol Total
Método
Coloração ao Giemsa
Condição
Raspado de pele, preferencialmente, sem estar em uso de medica-
mentos tópicos. Raspar cuidadosamente as lesões, recolhendo o
material em placas de vidro ou raspar cuidadosamente com alça
bacteriológica, em casos de lesões pouco descamativas. Confeccio-
nar dois esfregaços em lâminas limpas e desengorduradas. Caso
necessário, umedecer a alça com salina estéri
Creatinina
144
Manual de Exames
RFG mL/
Estágio Descrição
min/1,73m2
I Lesão renal com RFG normal 90
II Lesão renal com RFG discretamente reduzido 60 a 89
III Redução moderada do RFG 30 a 59
IV Redução intensa do RFG 15 a 29
v Falência renal < 15 (ou diálise)
Creatinina, clearance
145
Manual de Exames
Creatinofosfoquinase — CK-Total
146
Manual de Exames
Creatinofosfoquinase MB — CK-MB
Seu uso tem sido cada vez mais restrito, devido ao desenvolvimento de
marcadores de lesão miocárdica mais específicos. Sua indicação atual é
principalmente na avaliação do reinfarto e na detecção de lesão após
angioplastia coronariana.
Sua quantificação deve ser seriada após início do episódio de dor torácica.
É detectável em 4-6 horas após a lesão miocárdica, ocorrendo pico em
12-24 horas e retorno a níveis normais em 2 a 3 dias.
147
Manual de Exames
Crioaglutininas, pesquisa
Criofibrinogênio, pesquisa
Criofibrinogênio consiste em um complexo constituído por fibrinogê-
nio/fibrina/fibronectina/produtos de degradação da fibrina. A presença
de criofibrinogênio é detectada como um precipitado que se forma no
plasma quando refrigerado a 4ºC, desaparecendo quando o mesmo
é reaquecido a 37ºC. Ao contrário das crioglobulinas, que precipitam
tanto no plasma quanto no soro, o criofibrinogênio precipita apenas no
plasma. A criofibrinogenemia consiste na presença de púrpura, úlceras
cutâneas, isquemia e necrose de áreas expostas ao frio, como extremi-
dades, nariz e orelhas, secundárias à deposição intravascular de criofibri-
nogênio nas artérias de pequeno e médio calibre. A criofibrinogenemia
pode ser uma condição primária ou estar associada a outras doenças
como hiperfibrinogenemia/disfibrinogenemia, doenças malignas,
processos infecciosos e autoimunes e uso de contraceptivos orais.
148
Manual de Exames
Crioglobulinas, pesquisa
149
Manual de Exames
Método
Aglutinação
Valor de Referência
Negativo
150
Manual de Exames
Cryptosporidium, pesquisa
A infecção pelo Cryptosporidium em humanos é causa de diarréia em imu-
nocompetentes e imunodeprimidos. Entretanto, a infecção é mais grave e
prolongada em pessoas com transtorno de imunidade. Pode ainda, ser um
dos causadores de colangiopatia em pacientes com aids, que manifesta-se
com febre, dor no hipocôndrio direito e colestase.
C-Telopeptídeo — CTX
151
Manual de Exames
Método
Sistemas de Isolamento e Identificação
Anaeróbios
Não se processa antibiograma para anaeróbios.
Condição
• Enviar no meio de transporte para anaeróbios (Tioglicolato com vácuo).
• Sangue e líquido ascítico: enviar no frasco próprio para hemocultura
de anaeróbios.
• Nunca deixar amostra em contato prolongado com o ar.
• Como a maioria das infecções por anaeróbios são mistas, é recomen-
dável sempre fazer em paralelo cultura para aeróbios e gram.
• Qualquer material colhido por swab (garganta, nasofaringe,
152
Manual de Exames
Conservação de envio
As amostras devem ser imediatamente inoculadas em meio de Tiogli-
colato 135 com vácuo e rolha de borracha. Sangue e líquido ascítico
devem ser enviados em frascos anaeróbicos de hemocultura. Para
transporte rápido (inferior a 30 minutos) de material colhido com
seringa, a agulha deve ser obstruída com borracha e a seringa deve ser
esvaziada de todo ar.
Método
Semeadura em meios específicos incubados em atmosfera de anaerobiose
Condição
• Abscessos fechados, celulite, sangue, punção de seios paranasais,
líquido pleural, aspirado transtraqueal, lavado brônquico, líquor, líquido
ascítico, urina colhida através de punção supra-púbica, etc.
Obs.: Qualquer material colhido por swab (garganta, nasofaringe,
secreções, etc.) é inadequado, assim como fezes, escarro expectorado e
urina obtida por micção espontânea ou cateterização.
• Geralmente a amostra é obtida pelo médico assistente.
• Como a maioria das infecções por anaeróbios são mistas, é recomen-
dável fazer em paralelo cultura para aeróbios e gram.
Conservação de envio
• As amostras devem ser imediatamente inoculadas em meio de
Tioglicolato com vácuo e rolha de borracha. Sangue e líquido ascítico
153
Manual de Exames
Deidroepiandrosterona - DHEA
154
Manual de Exames
Dengue, sorologia
155
Manual de Exames
156
Manual de Exames
Sangue
A enzima desidrogenase láctica (LDH) está presente no citoplasma
de todas as células do corpo, sendo os níveis mais altos de atividade
encontrados nas hemácias, no rim, no coração, no músculo, no pulmão
e fígado. O aumento da atividade de LDH ocorre quando há algum
dano celular que resulte em liberação da enzima do citoplasma, como
infarto do miocárdio e pulmonar, anemia hemolítica, hepatite, leucemia,
inflamação muscular, pancreatite aguda, etc. A determinação da LDH
é útil no diagnostico da anemia hemolítica. É utilizada como marcador
tumoral no disgerminoma ovariano, tumor testicular de células germi-
nativas e linfoma não-Hodgkin.
Líquido pleural
É um critério para diferenciação entre exsudato e transudato. A relação
LDH pleural/sérica > 0,6 e LDH pleural > 200 U/L indica exsudato, com
sensibilidade de 98% e especificidade entre 70 e 98%. Níveis de LDH
acima de 1.000 U/L são encontrados em neoplasias e empiema. Sua
determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.
Líquido ascítico
Normalmente níveis de LDH no líquido ascítico são 50% dos valores
séricos. Está elevada nas peritonites (espontâneas e secundárias),
tuberculose peritoneal e carcinomatoses. A razão LDH ascítico/sérica
maior que 0,6 e LDH > 400 U/L sugere exsudato. Sua determinação
deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.
157
Manual de Exames
Líquor
Níveis normais de LDH no líquor são 10% da LDH no sangue. Níveis
elevados são encontrados no acidente vascular cerebral, tumores do
sistema nervoso central e meningites. Sua determinação deve ser
feita em paralelo com a dosagem sérica.
Dímero D
158
Manual de Exames
159
Manual de Exames
Ectoparasitas, pesquisa
Método
Microscopia Direta
Condição
• Raspado de lesões de pele e pêlos.
• Deve-se, preferencialmente, não estar em uso de medicamentos tópicos.
• A colocação de bolsa de água quente sobre as lesões pode
aumentar a sensibilidade do exame.
Eletroforese de hemoglobina
A eletroforese de hemoglobina inclui a quantificação de Hb fetal, A e A2.
O exame é útil no diagnóstico de talassemias, hemoglobinas variantes e
na investigação de microcitoses de causa indeterminada.
160
Manual de Exames
Eletroforese de lipoproteínas
Eletroforese de Proteínas
161
Manual de Exames
162
Manual de Exames
163
Manual de Exames
Método
ELISA
164
Manual de Exames
Método
Imunoensaio enzimático
Estreptozima
Método
Aglutinação
Estrona
A estrona (E1) é o principal estrógeno circulante após a menopausa. É
mais potente que o estriol, porém menos potente que o estradiol.
166
Manual de Exames
Método M.I.F.
Usado para isolamento de ovos, cistos e trofozoítos. As amostras são
colhidas e acondicionadas com M.I.F. (mercúrio, iodo e formol) em 3 a 5
dias, consecutivos ou alternados, ou conforme orientação médica.
Até 30 dias em temperatura ambiente.
167
Manual de Exames
168
Manual de Exames
169
Manual de Exames
170
Manual de Exames
171
Manual de Exames
172
Manual de Exames
173
Manual de Exames
LES: Lúpus Eritematoso Sistêmico; ES: Esclerose Sistêmica; SS: Síndrome de Sjögren
Primária; AR: Artrite Reumatóide;
DMTC: Doença Mista do Tecido Conjuntivo.
174
Manual de Exames
Método
Imunofluorescência indireta - Substrato: células HEp-2
Fator reumatoide
Fenilalania, sangue
176
Manual de Exames
Ferro, cinética
177
Manual de Exames
178
Manual de Exames
Fibrinogênio
Filária, pesquisa
A pesquisa em sangue periférico é indicada para o diagnóstico da filariose.
A filariose por W. bancrofti é causada por um nematodo que vive nos vasos
sanguíneos das pessoas infectadas, apresentando diversas manifestações
179
Manual de Exames
Método
Esfregaço em Lâmina - Coloração de Giemsa
Valor de Referência
Negativo
Método
Imunocromatografia
Fosfatase Ácida
As fosfatases ácidas são originadas de várias fontes, tais como próstata,
ossos, hemácias, leucócitos, plaquetas, pulmões, rins, baço, fígado,
pâncreas e vesícula seminal. Em homens, aproximadamente metade da
fosfatase ácida total é de origem prostática.
180
Manual de Exames
Fosfatase Alcalina
Origina-se nas membranas celulares dos seguintes tecidos: ossos, fígado,
intestino, placenta e rim. As isoenzimas hepáticas e ósseas representam 80%
da fosfatase alcalina (FA) circulante. Em crianças a fração óssea predomina.
181
Manual de Exames
182
Manual de Exames
Fósforo
Menos de 1% do fósforo corporal total encontra-se no plasma, a maior
parte está nos ossos e músculos estriados. Importante na fisiologia celular,
seu metabolismo é regulado principalmente pelos túbulos renais.
A concentração sérica sofre variação pelo ritmo circadiano, está mais alto
pela manhã e sujeito a oscilações rápidas por fatores como dieta, repouso,
período menstrual, sazonalidade, hormônio do crescimento, insulina e
função renal.
Avaliação na urina
Útil na avaliação do equilíbrio entre cálcio e fósforo e no estudo dos
cálculos urinários.
Níveis urinários elevados são encontrados no hiperparatireoidismo,
deficiência de vitamina D, uso de diurético, acidose tubular renal e
Síndrome de Fanconi.
Níveis baixos são encontrados na desnutrição, hipoparatireoidismo, pseu-
dohipoparatireoidismo, uso de antiácidos e intoxicação por vitamina D.
Várias drogas podem interferir na determinação do fósforo urinário:
acetazolamida, aspirina, diltiazen, sais de alumínio, bicarbonato,
calcitonina, corticoides e diuréticos.
Existe uma significante variação diurna na excreção urinária do fósforo
e sua excreção também depende da dieta ingerida.
183
Manual de Exames
Gardnerella, cultura
O gênero Gardnerella é constituído de bacilos ou cocobacilos isolados
em mulheres com vaginites inespecíficas. Causam leucorréia abundante,
pútrida, acinzentada, acompanhadas por uretrite, vaginite, cervicite e
prurido. No homem, raramente pode determinar balanite e uretrite
Gasometria
184
Manual de Exames
Alcalose 3-5mmol/L
respiratória para cada
P PCO2 HCO3 Nenhuma. 10mmHg
Ansiedade; alterado na P
Hiperventilação PCO2.
1 a 1,3mmHg
Acidose metabólica para cada
Cetoacidose HCO3 P PCO2 1mmol/L de O mesmo
diabética alteração no
HCO3
3 a 5mmHg
Alcalose para cada
metabólica alteração
HCO3 P PCO2 O mesmo
Vômitos; 10mmol/L de
Fístulas digestivas alteração do
HCO3
ARTERIAL
Valores de referência:
pH 7,35 a 7,45
PCO2 35 a 45mmHg
PO2 83 a 108mmHg
HCO3 Atual 21 a 28mmoL/L
CO2 Total 24 a 31mmoL/L
B.E. -3,0 a + 3,0mmoL/L
SO2 95% a 99%
Recém-nascido P02 60 a 70mmHg
Recém-nascido HCO3 16 a 24mmoL/L
185
Manual de Exames
VENOSA
Valores de referência:
pH 7,32 a 7,43
PCO2 38 a 50mmHg
PO2 35 a 40mmHg
HCO3 Atual 22 a 29mmoL/L
CO2 Total 23 a 30mmoL/L
B.E. -2,0 a + 2,0mmoL/L
SO2 60% a 75%
Gastrina
Método
ELISA
Valor de Referência
Negativo
Condição
• Fezes recentes a fresco (sem conservante).
• Não usar laxante ou supositório.
• Não ter feito o uso de contraste radiológico recentemente.
•Cuidado para não contaminar as fezes, no ato da coleta, com a urina.
• Enviar rapidamente ao laboratório.
Conservação de envio
Até 2 dias entre 2o e 8oC e até uma semana congelado.
187
Manual de Exames
Glicose
188
Manual de Exames
Valor de Referência
60 a 99mg/dL
Urina
Em circunstâncias normais, quase toda glicose filtrada pelos glomérulos
é reabsorvida no túbulo contorcido proximal, por isso a urina contém
quantidades mínimas de glicose. Se a glicemia se eleva a glicose aparece
na urina (glicosúria) sendo o “limiar renal” (nível sanguíneo em que cessa
a reabsorção tubular renal de glicose) de 160-180 mg/dL ou superior.
Crianças e grávidas podem apresentar glicosúria por diminuição do limiar
renal. Nas doenças que afetam a reabsorção tubular a glicosúria não vem
acompanhada por hiperglicemia.
189
Manual de Exames
Haptoglobina
190
Manual de Exames
HBeAg
HCG, beta
192
Manual de Exames
Hemocultura Automatizada
193
Manual de Exames
Valor de referência:
Normal 4a6%
Diabetes Mellitus:
Igual ou maior que 6,5 %
Diagnóstico
Diabetes Mellitus:
menor que 7 %
Bom controle
Hemograma
194
Manual de Exames
Hemossedimentação
Anti-HAV IgM
É um marcador da fase aguda. Surge concomitantemente com o desa-
parecimento do antígeno viral e permanece por 3 a 6 meses em apro-
ximadamente 80% a 90% dos pacientes e por até um ano em 10% dos
casos. Apresenta sensibilidade de 100% e especificidade de 99% para
hepatite aguda. Ocasionalmente o teste é negativo quando da apresen-
tação clínica, mas repetição do mesmo em 1 a 2 semanas demonstrará
positividade. Reações cruzadas com o vírus Epstein-Barr e da rubéola
são raramente descritas.
Anti-HAV IgG
É detectado logo após anti-HAV IgM e seus títulos aumentam gra-
dualmente com a infecção, persistindo por toda a vida e indicando
imunidade. A resposta imunológica à vacina contra hepatite A é
195
Manual de Exames
Hepatite B
196
Manual de Exames
197
Manual de Exames
colheita de duas amostras: uma na fase aguda e outra após 15 dias, onde
a elevação do título de pelo menos duas vezes sugere o diagnóstico.
198
Manual de Exames
199
Manual de Exames
HIV, sorologia
200
Manual de Exames
A hemólise das amostras sanguíneas deve ser evitada, uma vez que,
quando ela ocorre, há liberação de enzimas proteolíticas e, estudo
realizado in vitro identificou degradação da insulina em até 25%, podendo
levar à subestimação das dosagens.
201
Manual de Exames
HOMA
BETA: 20 x insulina jejum (mcU/mL)
glicose jejum (mmol/L*) - 3,5
HOMA
IR: insulina jejum (mcU/mL) x glicose jejum (mmol/L*)
22,5
*Para conversão da glicose de mg/dL para mmol/L, multiplica-se o valor em mg/dL por 0,0555.
Homocisteína
202
Manual de Exames
Hormônio do Crescimento — GH
203
Manual de Exames
204
Manual de Exames
Hormônio Luteinizante — LH
205
Manual de Exames
Identificação de bactérias
Condição
Bactéria viável isolada enviada em meio de cultura.
IgE
IgE total
Em crianças com até três anos de idade é bom indicador da presença
de alergia. Após esta idade IgE total pode elevar-se devido a parasitoses
206
Manual de Exames
207
Manual de Exames
IGF-1 — Somatomedina C
IGFBP-3
209
Manual de Exames
Imunofixação
210
Manual de Exames
211
Manual de Exames
LÍQUOR - IgG
A dosagem de IgG no líquor é utilizada para avaliar o envolvimento
do sistema nervoso central por infecções, neoplasias ou doença
neurológica primária, em particular, a esclerose múltipla. Entretanto,
níveis normais de IgG não excluem doença.
Obs: O teste imunológico no líquor deve ser realizado em paralelo
com o soro, devido à possibilidade de contaminação do material
durante a punção.
SALIVA - IgA
212
Manual de Exames
Insulina
213
Manual de Exames
A maioria dos anticorpos anti-insulina são IgG, mas IgA, IgM, IgD e IgE
têm sido reportados. Geralmente são anticorpos de baixa afinidade
e não causam problemas clínicos. Entretanto, resistência insulínica
mediada por tais anticorpos, embora raramente, é observada nos
pacientes tratados com insulina. Nestes casos, maiores doses de
insulina podem ser necessárias.
Intradermo-reação de Montenegro
214
Manual de Exames
Isoaglutininas
215
Manual de Exames
216
Manual de Exames
Leptina
217
Manual de Exames
Leptospirose, cultura
Leptospirose, pesquisa
218
Manual de Exames
Lipase
Lipoproteína (a)
219
Manual de Exames
Bacterioscopia (Gram)
Na peritonite bacteriana espontânea isola-se, em geral, bactérias
gram-negativas (E.coli, Klebsiella pneumoniae) ou gram-positivas
(S. pneumoniae, Enterococcus sp e outros Streptococcus). A peritonite
bacteriana secundária é, em geral, polimicrobiana.
220
Manual de Exames
Citometria e citologia
Polimorfonucleares acima de 250/mm3 sugerem peritonite bacteriana.
Percentagem de neutrófilos acima de 50% são presuntivas de peritonite
bacteriana. Predomínio de mononucleares sugere peritonite carcino-
matosa ou malignidade. Citologia oncótica é positiva em 50% a 90%
dos casos de carcinomatose peritoneal.
Amilase
Níveis elevados de amilase em valores três vezes maiores que no soro
são indicativos de pancreatite. Também eleva-se na perfuração de
vísceras e neoplasias de ovário. Cerca de 10% dos casos de pancreatite
têm amilase sérica no líquido ascítico normal.
Glicose
Normalmente, as concentrações no líquido ascítico são similares às
do soro. Na presença de leucócitos e bactérias, há consumo da glicose
e redução dos níveis: peritonites bacteriana espontânea, bacteriana
secundária, tuberculosa e carcinomatose peritoneal.
Proteínas
Valores abaixo de 2,5 g/dl são indicativos de transudatos (ex.: cirrose,
insuficiência cardíaca). Valores acima de 3 g/dl são indicativos de exsudatos
(ex.: carcinomatose, ascite quilosa, pancreatite). Uso de diuréticos pode
transformar transudatos em exsudatos. Gradiente de albumina entre o
sangue e o líquido ascítico acima de 1,1g/dL sugere hipertensão porta.
Veja também ADA, Colesterol, Triglicérides, BAAR.
221
Manual de Exames
Laboratórios
Os testes bioquímicos somente serão válidos se a amostra for centrifugada
para separação dos elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.
Veja também ADA, Triglicérides, BAAR.
Bacterioscopia (Gram)
Possui sensibilidade de apenas 50%, portanto não afastando infecção
em caso de resultados negativos.
Citometria e citologia
Contagem de hemácias acima de 100.000/µL ocorre no hemotórax,
neoplasias e tromboembolismo. Linfocitose pode ocorrer na
tuberculose, neoplasias e sarcoidose. Linfocitose e ausência de
células mesoteliais sugerem tuberculose. Polimorfonucleares são
encontrados nos processos infecciosos, inclusive na fase inicial da
tuberculose pleural. Eosinofilia pode ser encontrada no hemotórax,
pneumotórax, infarto pulmonar, infecções parasitárias e fúngicas.
Resultados citológicos negativos para malignidade não excluem a
possibilidade de neoplasias.
Amilase
Níveis elevados de amilase no líquido pleural estão associados à
pancreatite, ruptura de esôfago e adenocarcinomas de pulmão e
ovário.
Colesterol
A dosagem do colesterol no líquido pleural é útil na diferenciação
entre transudatos e exsudatos. Níveis de colesterol maiores de 45mg/
222
Manual de Exames
Glicose
Níveis de glicose abaixo de 60 mg/dl ou 50% dos valores séricos
ocorrem no derrame parapneumônico, empiema, colagenoses,
tuberculose pleural e derrames malignos. Sua determinação deve ser
feita em paralelo com a dosagem sérica.
Proteínas
Valores abaixo de 2,5g/dL são indicativos de transudatos (ex.: cirrose, insufi-
ciência cardíaca, síndrome nefrótica). Valores acima de 3 g/dL são indicativos
de exsudatos (ex.: neoplasias, infecções, pancreatite, colagenoses, embolia,
quilotórax). A razão líquido pleural/soro acima de 0,5 indica exsudato.
Laboratórios
Os testes bioquímicos somente serão válidos se a amostra for centrifugada
para separação dos elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.
Citometria e citologia
Contagens com menos de 2.000 leucócitos sugerem processo não
inflamatório. Valores entre 2.000 e 50.000 leucócitos sugerem artrite
inflamatória e séptica. Valores entre 50.000 e 100.000 são encontrados
223
Manual de Exames
Ácido úrico
Valores até 8 mg/dl são considerados normais, estando aumentados
na artrite gotosa.
Glicose
Normalmente, as concentrações no líquido sinovial são similares às
do soro. Nos derrames articulares inflamatórios e infecciosos níveis de
glicose inferiores a 50% dos valores plasmáticos são encontrados. Sua
determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.
Proteínas
Elevação ocorre nos processos inflamatórios articulares.
Bacterioscopia (Gram)
Útil na avaliação de infecção bacteriana.
Laboratórios
Os testes bioquímicos somente serão válidos se a amostra for centri-
fugada para separação dos elementos celulares, logo após a coleta e
refrigerada.
224
Manual de Exames
Listeriose, sorologia
Magnésio
Sangue
É um dos principais cátions inorgânicos, com concentração maior intra-
celular que extracelular, sendo cofator de diversas reações enzimáticas.
Níveis elevados são encontrados na insuficiência renal, uso de medi-
camentos com magnésio, doença de Addison, desidratação, trauma,
hipotireoidismo, lúpus eritomatoso e mieloma múltiplo.
Cerca de 40% dos pacientes com hipocalemia têm hipomagnesemia
concomitante. Níveis baixos são encontrados na má absorção, suple-
mentação insuficiente, hipervolemia, hiperaldosteronismo, hipertireoi-
dismo, hipoparatireoidismo, cetoacidose diabética, segundo e terceiro
trimestres de gestação, uso de digitálicos, diuréticos e cisplatina.
Hemólise pode elevar os resultados de forma espúria.
Urina
Utilizada para avaliação da sua perda urinária e do seu balanço. Níveis
baixos na urina precedem a redução do magnésio sérico.
226
Manual de Exames
Metanefrinas - Frações
227
Manual de Exames
Microalbuminúria
Valores de referência:
Urina recente < 30µg/mg creatinina
Urina 24h < 30mg/24h
228
Manual de Exames
Microsporídeos, pesquisa
Mielograma
229
Manual de Exames
Monoteste
230
Manual de Exames
Mucoproteínas
Método
Cálculo a partir da determinação da alfa-1-glicoproteína ácida
231
Manual de Exames
A doença renal reduz a utilidade do teste, pois leva a valores mais elevados.
Oograma
Osmolalidade
Soro
Usado na avaliação do equilíbrio hidroeletrolítico, estados hiperos-
molares, estados de hidratação/desidratação, equilíbrio ácido-básico,
hepatopatias, avaliação do hormônio antidiurético (ADH).
Encontra-se elevada na hipernatremia, desidratação, hipovolemia,
hiperglicemia (coma hiperosmolar ou cetoacidose diabética), diabetes
233
Manual de Exames
Urina
A osmolalidade urinária é a medida da concentração de partículas
osmoticamente ativas, principalmente sódio, cloreto, potássio e uréia.
A glicose contribui significativamente com a osmolalidade quando
presente em quantidades substanciais na urina.
Sua dosagem é usada na avaliação da capacidade de concentração
renal, tais como SIADH, diabetes insipidus e polidipsia primária, e
também nos distúrbios hidroeletrolíticos e amiloidose.
Informações adicionais sobre as alterações na diluição ou concentra-
ção da urina podem ser obtidas comparando a osmolalidade urinária
à osmolalidade sérica e dosando eletrólitos na urina. Normalmente, a
razão da osmolalidade na urina para a osmolalidade sérica varia de 1
a 3, refletindo o amplo intervalo da osmolalidade urinária.
Osteocalcina
A osteocalcina (OC) é a proteína não-colágena de ligação do cálcio mais
importante da matriz óssea. Produzida pelos osteoblastos, é reconhecida
como um marcador da atividade osteoblástica do osso, ou seja, um
marcador de formação óssea. Sua síntese é dependente de vitamina D e
sua atividade requer a presença de vitamina K.
Paracoccidioidomicose
235
Manual de Exames
A infecção pelo parvovírus é comum, sendo que 50% dos adultos são
apresentam evidencia sorológica da infecção. Pode ser assintomática
ou causar quadro clínico variado: eritema infeccioso, artropatias e crise
aplástica transitória em pacientes com anemia hemolítica crônica. Na
gravidez, pode causar hidropsia e perda fetal. Imunodeprimidos podem
236
Manual de Exames
Peptídeo C
237
Manual de Exames
Pesquisa de Acanthamoeba
Pesquisa de BAAR
238
Manual de Exames
Pesquisa de Donovanose
Pesquisa de fungos
239
Manual de Exames
Antifungigrama
O teste de sensibilidade aos antifúngicos orienta na escolha do
medicamento mais adequado para o tratamento de infecções
fúngicas causadas por leveduras (Candida spp. e Cryptococcus spp.).
Com o aumento da incidência de infecções graves por fungos em
pacientes imunodeprimidos, a utilização dos testes de sensibilida-
de mostra-se útil. Sao testados itraconazol, econazol, miconazol,
fluconazol, cetoconazol, clotrimazol, anfotericina B e nistatina.
Ressalta-se que discordâncias entre sensibilidade in vitro e evolução
clínica são descritas. O método utilizado é a medida do diâmetro no
halo em disco de difusão.
Cultura
Utilizada no diagnóstico das infecções fúngicas em diversos materiais
clínicos, com identificação do agente causal. Os passos mais importantes
para o sucesso do isolamento dos agentes etiológicos das micoses são
240
Manual de Exames
Método
Microscopia Direta
241
Manual de Exames
Condição
• Secreção vaginal, uretral, urina 1º Jato (1ª micção do dia), secreções
de feridas, escarro, punção de linfonodos e abcessos.
• Deve-se, preferencialmente, não estar em uso de medicamentos
tópicos.
pH fecal
pH urinário
Urina
Um aumento de leucócitos (piócitos) na urina indica processo inflama-
tório das vias urinárias, podendo estar localizado desde os glomérulos
até a uretra, sendo ou não de causa infecciosa. Para se confirmar a
presença de um processo infeccioso, há necessidade da demonstração
do agente infeccioso através de exame bacterioscópico ou técnicas
242
Manual de Exames
FEZES
O aparecimento de leucócitos (piócitos) nas fezes indica um processo
inflamatório na luz intestinal. Para se confirmar a presença de processo
infeccioso, há necessidade da demonstração do agente infeccioso através
do exame bacterioscópico ou de técnicas de isolamento e cultura.
Plasmodium, pesquisa
A pesquisa em sangue periférico é indicada no diagnóstico de malária.
A demonstração do parasito e a diferenciação da espécie são muito
importantes, já que o tratamento é diferente para cada espécie: P. vivax, P.
falciparum, P. malariae. A pesquisa possui boa sensibilidade e especifici-
dade e permite a identificação da espécie e estágio de desenvolvimento
do plasmódio. Entretanto, apresenta desvantagens a serem consideradas:
durante a coloração pode haver perda de trofozoítas; resultados falso-
-negativos podem ocorrer em parasitemias escassas. De forma alternativa
pode-se utilizar imunoensaio para pesquisa de antígeno do Plasmodium.
243
Manual de Exames
Porfobilinogênio urinário
Potássio
Soro
É o principal cátion intracelular, com concentração em torno de 150
mEq/L, enquanto os níveis séricos estão em torno de 4 mEq/L. Esta
diferença é importante na manutenção do potencial elétrico da
244
Manual de Exames
Urina
Principais causas da diminuição: doença de Addison, doença renal com
diminuição do fluxo urinário. Causas de elevação: desnutrição, síndrome
de Cushing, aldosteronismo primário e secundário, doença tubular renal.
PPD
245
Manual de Exames
Progesterona
246
Manual de Exames
Pró-Insulina
Prolactina e Macroprolactina
247
Manual de Exames
248
Manual de Exames
249
Manual de Exames
Valor de referência:
Para risco cardiovascular
Risco alto > 3mg/dL
Risco médio 1 a 3mg/dL
Risco baixo < 1mg/dL
Para doenças inflamatórias na fase aguda
Inferior a 8mg/dL negativo
Proteína de Bence-Jones
Método
Precipitação e turvação
250
Manual de Exames
Proteína S livre
252
Manual de Exames
253
Manual de Exames
Rotavírus, pesquisa
Infecção primária
IgM torna-se positivo 1 a 3 dias após início da doença, sendo detectável
por 2 a 12 meses. Reações falso-positivas para IgM podem ocorrer em
pacientes com mononucleose infecciosa, infecções por parvovírus e
coxsakievírus B. A IgG torna-se positiva a partir de 3 a 4 dias de doença,
permanecendo indefinidamente. IgG de baixa avidez está presente por
até 3 meses, sendo a partir de então detectado IgG de alta avidez.
Reinfecção
Sorologia positiva anterior à reinfecção. IgG positivo com elevação
de 4 vezes ou mais no título da segunda amostra. IgM pode estar
presente. IgG de alta avidez e resposta linfoproliferativa estão
presentes. Não representa risco para gestantes.
Rubéola congênita
No primeiro mês de vida, cerca de 20% dos infectados têm IgM
negativo. IgG materna pode estar presente por mais de 6 meses. IgG
avidez não tem utilidade pois pode permanecer com baixa avidez por
até 3 anos na Rubéola congênita.
Imunes e vacinados
IgG positivo. IgM negativo após 3 meses da vacinação. IgG de alta avidez
presente. Índice de soroconversão com a vacina é próximo a 95%.
254
Manual de Exames
O sangue oculto nas fezes (SOF) é definido como a presença de sangue nas
fezes que requer testes bioquímicos para sua detecção. Pode ser derivado
do trato gastrintestinal alto, bem como do intestino delgado e do cólon.
É utilizado como método de triagem do carcinoma colorretal, embora
apresente sensibilidade baixa, em torno de 52%. Menos de 30% dos
carcinomas e grandes pólipos apresentam sangramento significativo para
ser detectado pelo teste e alguns adenomas e carcinomas não sangram,
por isso recomenda-se, na presença de suspeita clínica, coleta de três
amostras, em momentos diferentes.
255
Manual de Exames
Sedimentoscopia
Serotonina — 5-Hidroxi-Triptamina
256
Manual de Exames
257
Manual de Exames
VDRL
Teste não treponêmico, utiliza como antígeno a cardiolipina que
normalmente ocorre no soro em níveis baixos e apresenta-se
elevado na sífilis. O VDRL é uma reação de floculação, apresentan-
do alta sensibilidade e baixa especificidade. Torna-se positivo duas
semanas após o cancro. Falsos negativos podem ocorrer na sífilis
tardia. Cerca de 1% a 40% dos resultados de VDRL são falso-positivos:
idosos, portadores de doenças auto-imunes, malária, mononucleo-
se, brucelose, hanseníase, hepatites, portadores de HIV, leptospiro-
se, usuários de drogas, outras infecções bacterianas, vacinações e
gravidez. Geralmente, falso-positivos mostram títulos de até 1:4, mas
títulos maiores podem ser encontrados. Na avaliação do tratamento
observa-se que na sífilis primária e secundária, os títulos caem cerca
de quatro vezes em três meses, e oito vezes em seis meses, negati-
vando-se em um a dois anos. A persistência de títulos elevados ou a
não redução em quatro vezes dos títulos, após um ano de tratamento,
pode indicar necessidade de novo tratamento. Resultados positivos
de VDRL no líquor são encontrados em 50% a 60% dos casos de neu-
rossífilis, com especificidade em torno de 99%. Após tratamento, entre
três e seis meses, os títulos caem entre três e seis meses, podendo
demorar anos para negativarem. Linfocitose e aumento das proteínas
são evidências de neurossífilis ativa.
Testes treponêmicos
Os testes de imunofluorescência (FTA-ABS) apresentam especifici-
dade entre 96% e 99%. Menos de 1% dos indivíduos saudáveis tem
FTA-ABS positivo, porém, falso-positivos podem ocorrer em doenças
258
Manual de Exames
Sódio
Soro
É o principal cátion extracelular. Os sais de sódio são os principais deter-
minantes da osmolalidade celular. Alguns fatores regulam a homeostasia
do sódio, tais como aldosterona e hormônio antidiurético. O teste é útil na
avaliação dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-basicos.
Causas de hipernatremia: desidratação, uso de diurético, queimadura,
hiperpnéia, hiperaldosteronismo, síndrome Cushing, diabetes insipidus
e outras.
Hiponatremia: síndrome nefrótica, hipoproteinemia, insuficiência
cardíaca congestiva, deficiência de mineralocorticoide, fibrose cística,
vômitos, diarréia e outras doenças do sistema nervoso central.
259
Manual de Exames
Urina
A excreção urinária está relacionada à ingestão diária. Há uma grande
variação de excreção em 24 horas.
Principais causas de aumento são o uso de diurético, dieta rica em sal,
secreção Inadequada de ADH, doença de Addison, nefrites perdedoras
de sal, acidose tubular renal.
Diminuição ocorre na síndrome nefrótica, necrose tubular, dieta pobre
em sódio, insuficiência cardíaca congestiva e síndrome de Cushing.
260
Manual de Exames
T3 Livre
261
Manual de Exames
T3 Retenção
262
Manual de Exames
T3 Reverso
A 3,3´,5´-Triiodotironina (T3 reverso, rT3) é, juntamente com o 3,5,3´-Triio-
dotironina (T3), um metabólito deiodinado da tiroxina ou T4 (o maior
produto secretório da glândula tireoide).
T3 Total
A triiodotironina total (T3) é produzida, primariamente, pela deiodinação
do T4 (80%) em tecidos periféricos e é também secretada diretamente pela
glândula tireoide.
263
Manual de Exames
T4 Livre
T4 Total
264
Manual de Exames
265
Manual de Exames
Teste de mistura
266
Manual de Exames
267
Manual de Exames
Testosterona Total
268
Manual de Exames
Tireoglobulina — TG
269
Manual de Exames
270
Manual de Exames
Quimioluminescência IgM
Trata-se de método totalmente automatizado, preciso, rápido e de alta
reprodutibilidade. Apresenta especificidade de 98% e sensibilidade de
95%. Por tratar-se de método sensível, pode permanecer detectável até
dois anos após a infecção aguda, por isso um único resultado positivo
271
Manual de Exames
Quimioluminescência IgG
Esse método apresenta alta especificidade e sensibilidade. Independen-
te do nível de anticorpos, não pode predizer se a infecção é recente ou
tardia. Há alto índice de positividade na população brasileira adulta.
272
Manual de Exames
273
Manual de Exames
274
Manual de Exames
Os níveis de TGP são superiores à TGO nas hepatites e esteatoses não alcoólicas.
275
Manual de Exames
Essa triagem constitui uma das etapas iniciais na investigação dos erros
inatos do metabolismo (EIM) mais comuns. A interpretação dos resultados
desses testes deve ser realizada considerando a clínica apresentada por
cada paciente, pois não são incomuns reações falso-positivas, assim como
falso-negativas.
Reação de Erlich
Útil na investigação de casos com suspeita de porfiria.
Reação da dinitrofenilhidralazina
Pode estar positiva na fenilcetonúria, doença do xarope de bordo,
tirosinose, histidinemia, má-absorção de metionina, hiperglicinemia,
glicogenoses I, III, V e VI, acidose láctica e acidose pirúvica.
Reação do cianeto-nitroprussiato
Útil para triagem de homocistinúria e cistinúria.
Reação do nitrosonaftol
Pode estar positivo na tirosinose, tirosinemias hereditárias,
tirosinemia transitória, disfunção hepática grave, frutosemia e
galactosemia.
276
Manual de Exames
Reação de Benedict
Detecta substâncias redutoras na urina. Pode estar positivo na
galactosemia, intolerância à frutose, alcaptonúria e síndrome de
Lowe. Também pode estar positivo no diabetes mellitus, glicosúria
renal, doença de Fanconi, deficiência de lactase, pentosúria, ingestão
excessiva de vitamina C, uso de sulfonamidas, tetraciclinas, cloranfeni-
col e ácido p-aminosalicílico.
Reação da p-nitroanilina
Trichomonas, pesquisa
O Trichomonas vaginalis é um protozoário flagelado patogênico, de
transmissão sexual que acomete homens e mulheres. Os homens são
em sua maioria assintomáticos, e nas mulheres o parasita desenvolve
vaginite persistente com secreção purulenta. A sensibilidade da pesquisa
varia entre 40% e 80%, sendo menor quando o intervalo entre a coleta e a
pesquisa é prolongado. A coleta deve preferencialmente ser realizada antes
do toque vaginal.
Triglicérides
Os triglicérides ou triacilgliceróis são obtidos pela dieta ou produzidos
pelo organismo a partir da esterificação do glicerol com três moléculas de
ácidos graxos, principalmente na célula da mucosa intestinal, no tecido
hepático ou no tecido adiposo. Constituem 95% do estoque de gordura
tecidual. Não são solúveis no sangue e são, portanto, transportados como
277
Manual de Exames
Líquido ascítico
A ascite quilosa é entidade clínica rara, caracterizada por líquido
ascítico de aparência leitosa, com conteúdo de triglicérides maior
que 1000 mg/dL ou 2 a 8 vezes acima do nível plasmático. Pode
estar presente em diversas situações clínicas, como cirrose hepática,
traumas abdominais, fibrose pulmonar idiopática e anormalidades
278
Manual de Exames
Líquido pleural
Valores maiores que 110 mg/dL são indicativos de derrames quilosos
(ex.: linfomas, pós-operatório, carcinoma, traumáticos). Menos de 1%
dos derrames não quilosos têm triglicérides maior que 110 mg/dL.
Valores menores que 50 mg/dL são indicativos de derrame não-quiloso
(ex.: insuficiência cardíaca, cirrose, pancreatite, carcinomas, trombo-
embolismo). Menos de 5% dos derrames quilosos têm triglicérides
menores que 50 mg/dL. Valores entre 50 e 110 mg/dL podem ser
encontrados em ambos os tipos, sendo, entretanto, mais frequentes nos
derrames quilosos.
279
Manual de Exames
TSH ultra-sensível
O TSH não se liga a proteínas e, portanto, não sofre influência de suas con-
centrações como os hormônios tireoidianos T4 e T3.
281
Manual de Exames
Uréia
Uréia, clearance
282
Manual de Exames
Urina rotina
Urocultura e antibiograma
283
Manual de Exames
284
Manual de Exames
Vitamina A
Vitamina B1
285
Manual de Exames
Vitamina B12
286
Manual de Exames
Vitamina B6
Vitamina C
287
Manual de Exames
Vitamina E
288
Manual de Exames
289
Drogas
Terapêuticas
Manual de Exames
DROGAS TERAPÊUTICAS
O monitoramento das concentrações plasmáticas prevê a coleta de amostras
sanguíneas em momentos estratégicos após atingir o estado de equilíbrio.
O intervalo de tempo compreendido entre 4 e 6 meias-vidas biológicas
já representa a quase totalidade do equilíbrio a ser atingido e, na prática,
exige-se tempo de tratamento de no mínimo 5 meia-vidas para a coleta
de sangue dos pacientes que necessitam do controle terapêutico para um
fármaco de estreita faixa e baixo índice terapêutico.
Ácido valpróico
291
Manual de Exames
Bromazepam
Carbamazepina
Ciclosporina
292
Manual de Exames
Clobazam
Clonazepam
Diazepam
Difenil-hidantoína - Fenitoína
293
Manual de Exames
Digoxina
294
Manual de Exames
Fenobarbital
Gabapentina
Lamotrigina
295
Manual de Exames
Lítio
Oxcarbazepina
296
Manual de Exames
Primidona
Tacrolimus
297
Manual de Exames
Tricíclicos, Antidepressivos
Vigabatrina
298
Drogas
de abuso
Manual de Exames
Cocaína
300
Manual de Exames
Canabinóides
Opiáceos
301
Toxicologia
Manual de Exames
Toxicologia
Manganês soro e urina
303
Manual de Exames
Cádmio urinário
304
Manual de Exames
Fenol urinário
305
Manual de Exames
Tiocianato urinário
306
Manual de Exames
Ácido hipúrico urinário
Ácido metil-hipúrico urinário
307
Manual de Exames
Carboxihemoglobina
308
Manual de Exames
Meta-hemoglobina
Chumbo sérico
309
Manual de Exames
Chumbo urinário
Cromo sérico e urinário
310
Manual de Exames
Níquel urinário
Metil-etil-cetona
311
Manual de Exames
Triclorocompostos totais
Ácido mandélico
312
Manual de Exames
Ácido fenilglioxílico
Alumínio sérico e urinário
313
Manual de Exames
Fluoreto urinário
Selênio sérico
314
Manual de Exames
Zinco protoporfirina
O chumbo pode ser absorvido pela pele, pelo trato gastrointestinal e pelo
trato respiratório. A intoxicação também pode ser decorrente de projéteis e
seus estilhaços localizados na pele e músculos.
315
Manual de Exames
316
Manual de Exames
Colinesterase plasmática
317
Biologia
Molecular
em Doenças
Infecciosas
Manual de Exames
Introdução
As técnicas moleculares se aplicam ao diagnóstico etiológico de doenças
infecciosas e trouxeram muitas vantagens em relação aos meios habituais de
diagnóstico como cultivos. O principal método e o mais consagrado é a rea-
ção da cadeia da polimerase (PCR) que, apesar de algumas limitações, vem se
firmando como método de escolha tanto para a identificação quanto para o
monitoramento, após tratamento.
319
Manual de Exames
320
Manual de Exames
Perspectivas
Os bancos de sangue poderão fazer a triagem por meio da PCR, eliminando assim
a janela imunológica e os resultados sorológicos falsos positivos na triagem.
Pacientes com vírus mutante pré-core (portanto com HBeAg negativo) se be-
neficiam com o HBV-DNA, capaz de predizer doença em atividade nestes casos
especiais.
321
Manual de Exames
Hepatite C: Genotipagem
322
Manual de Exames
As técnicas quantitativas, como o PCR em tempo real, são úteis para avaliar o
risco de progressão para a aids e auxiliam na indicação do tratamento. Após
início do tratamento, também são importantes para avaliar a reposta à tera-
pêutica instituída.
Tanto os testes genotípicos quanto aos fenotípicos são pouco sensíveis a va-
riantes minoritárias, presentes em um percentual abaixo de 20% do total da
população viral. Como os métodos analisam os vírus que estão se replicando
ativamente no momento da amostragem, não são detectados vírus resistentes
323
Manual de Exames
324
Manual de Exames
325
Manual de Exames
HPV: PCR
326
Genética
Humana
Exames moleculares
Citogenética
Manual de Exames
Exames moleculares
Acondroplasia, estudo genético
328
Manual de Exames
329
Manual de Exames
330
Manual de Exames
331
Manual de Exames
332
Manual de Exames
333
Manual de Exames
Fator V Leiden
334
Manual de Exames
335
Manual de Exames
336
Manual de Exames
337
Manual de Exames
338
Manual de Exames
339
Manual de Exames
340
Manual de Exames
Predisposição a hiper-homocisteinemia
341
Manual de Exames
Proto-oncogene RET
Sexo genético
343
Manual de Exames
Síndrome de Russel-Silver
344
Manual de Exames
345
Manual de Exames
Citogenética
Cariótipo de medula
Este exame pode ser utilizado para o diagnóstico das doenças cromossômi-
cas associadas ao baixo mosaicismo celular.
347
Manual de Exames
348
Manual de Exames
Este exame detecta a translocação 15;17 que produz a fusão dos genes
PML e RARA associada com a Leucemia Mieloide Aguda subtipo M3,
também denominada Leucemia Promielocítica Aguda. Pacientes com
diagnóstico confirmado dessa translocação podem ser beneficiados com
um tratamento específico com significativa melhora na taxa de sobrevi-
vência e menor reincidência.
349
Triagem
Neonatal
(“Teste do pezinho”)
Manual de Exames
Triagem Neonatal
Definição
Para que o teste alcance o seu objetivo de detectar algumas doenças que podem
causar sequelas graves ao desenvolvimento e crescimento, o teste deve ser feito
no momento e da forma adequados. A coleta deve ser feita após 48 a 72 horas
de alimentação protéica (leite materno ou aleitamento artificial) e não deve
ultrapassar 30 dias de vida, sendo idealmente realizada entre 3 e 7 dias de vida.
351
Manual de Exames
Instruções de Coleta
Transfusão de sangue
Os testes para hipotireoidismo, fenilcetonúria e fibrose cística
devem ser realizados 10 dias após a transfusão e notificar o
laboratório. Recém-nascidos transfundidos antes da coleta devem
repetir avaliação das hemoglobinas após 120 dias da transfusão.
Gemelares
Se o nascimento foi em condições normais, coletar como a rotina.
Medicamentos
Não há impedimento para a realização do teste em uso de medi-
camentos e / ou na presença de doenças.
Antecedentes familiares
Devem ser notificados ao laboratório casos familiares de doenças
triadas pelo teste do pezinho.
352
Manual de Exames
Prematuros
Prematuros podem ter um atraso no aumento da tirotropina e
alguns autores consideram uma segunda triagem para hipotireoi-
dismo entre 2 e 6 semanas de vida.
Testes disponíveis
Determinação de TSH e T4
O hipotireoidismo é uma doença clínica resultante da deficiente produção
ou ação dos hormônios tireoidianos. O hipotireoidismo detectado no
período neonatal pode ser permanente ou transitório. A triagem neonatal
para hipotireoidismo pode ser feita pela dosagem de TSH e T4. Recém-nasci-
dos prematuros ou recém-nascidos de mãe que realizaram tratamento para
hipertireoidismo na gestação podem apresentar hipotireoidismo transitório.
353
Manual de Exames
Determinação da Fenilalanina
A fenilcetonúria é um erro inato do metabolismo, de causa genética,
devido à deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase. Aumentos
transitórios da fenilalanina podem ocorrer. Para evitar falso-negativo, a
coleta do sangue em papel-filtro deve ser realizada após 48h de vida,
após aleitamento. Resultados falso-positivos podem ocorrer se a gota
for muito espessa, a amostra não for preparada adequadamente, coleta
inadequada, por imaturidade hepática e sobrecarga de proteínas.
Determinação da Galactose
A Galactosemia é uma doença genética, causada pela deficiência de
uma das seguintes enzimas: galactose-1-fosfato-uridil-transferase – GALT
(forma clássica), uridina-difosfato-galactose-4-epimerase (GALE), e da
galactoquinase (GALK). A determinação da galactose total neonatal é
realizada por ensaio enzimático colorimétrico. São causas de hiperga-
lactosemia neonatal: galactosemia transitória, galactosemia clássica
354
Manual de Exames
Determinação da 17-a-hidroxiprogesterona
A hiperplasia adrenal congênita (HAC) é um grupo de desordens caracteri-
zadas por deficiência na síntese do cortisol. Cerca de 90% dos casos são por
deficiência da 21-hidroxilase, com aumento da 17-α-hidroxiprogesterona.
Resultado falso-positivo ocorre, principalmente, em prematuros, recém-
-nascidos com baixo peso e crianças com doenças intercorrentes. Falso-
-negativo é mais frequente em coletas antes de 24h de vida. A Academia
Americana de Pediatria sugere a coleta até o sétimo dia de vida.
Determinação da Tripsina
A Fibrose Cística ou mucoviscidose é uma doença genética, autossômica
recessiva, causada por mutações no gene da proteína CFTR – proteína
responsável pelo transporte de cloro pelas células do pulmão, trato respira-
tório superior, pâncreas, fígado, glândulas sudoríparas e trato geniturinário.
Na fibrose cística, ocorre aumento dos níveis da tripsina imunorreativa (IRT)
devido ao bloqueio dos ductos secretores pancreáticos. Se o resultado for
positivo, recomenda-se nova dosagem em papel filtro após duas semanas,
para excluir elevação transitória. A sensibilidade do teste (IRT) é de cerca de
95%, porém a especificidade pode variar de 30 a 70%. A mutação mais comum
é a ΔF508 e também pode ser pesquisada em sangue em papel-filtro.
355
Manual de Exames
Determinação de G6PD
A deficiência de G6PD é um defeito enzimático comum, de causa
genética que acarreta susceptibilidade a crises de hemólise e anemia.
A determinação da G6PD neonatal é realizada por método enzimático
colorimétrico. Amostras expostas a altas temperaturas e/ou umidade ou
armazenadas por longos períodos podem exibir baixa atividade de G6PD
por sua inativação. Níveis elevados de G6PD podem ser encontrados ao
nascimento e em outras situações onde ocorra predomínio de hemácias
jovens (ex.: anemias hemolíticas), sem significado patológico. Caso o
resultado, na primeira amostra, seja compatível com deficiência de G6PD,
nova amostra em papel-filtro deverá ser solicitada para confirmação do
resultado. Esse é um exame de triagem, caso o resultado seja deficiente
em duas amostras, a quantificação da G6PD em sangue total com EDTA
deve ser solicitada para confirmação do diagnóstico.
Determinação de MCAD
A deficiência da MCAD (acil-CoA Desidrogenase de Cadeia Média) é uma
condição genética, autossômica recessiva. A mutação mais comumente
encontrada nesses pacientes é A985G, levando a substituição de uma
lisina por um ácido glutâmico. A pesquisa de deficiência de MCAD por
ser realizada na triagem neonatal por meio da detecção da mutação.
Determinação de HIV
Recém-nascidos de mães soropositivas para o HIV podem manter-se
também soropositivos até 18 meses de vida, tendo em vista que a IgG
atravessa barreira placentária. No Teste do Pezinho, realiza-se a pesquisa
356
Manual de Exames
357
Manual de Exames
• Amostra em que o sangue não tenha sido absorvido pelo outro lado
do papel.
358
Líquido
Seminal
Manual de Exames
Líquido seminal
Ácido cítrico, líquido seminal
O ácido cítrico é produzido pela próstata. Tem sua produção dependente
da atividade hormonal e está ligado ao processo de coagulação e
liquefação do esperma. Níveis baixos de ácido cítrico correlacionam-se com
a liquefação parcial ou ausência de líquido espermático. Os níveis estão
reduzidos em casos de prostatites.
Método
Colorimétrico
Valor de referência
300 a 800mg/dL
Condição
• 1,0mL de esperma.
• Não é necessário abstinência sexual.
Laboratórios
Centrifugar o esperma durante 10 minutos e separar o sobrenadante
(plasma seminal) para o envio.
360
Manual de Exames
Progressivos
percentual de espermatozóides móveis levando em conta a sua
velocidade e linearidade.
Velocidade curvilinear
Percurso efetivamente realizado pelo espermatozóide na unidade de
tempo (trajetória real). É o elemento de cálculo para a linearidade.
Amplitude lateral
Comprimento total da oscilação da cabeça. Importante porque está
relacionada com a capacidade de penetração na zona pelúcida do óvulo.
Frequência de oscilação
É o número de vezes que o espermatozóide cruza a linha ideal por
unidade de tempo. É uma medida de sinuosidade (Zig-Zags).
Linearidade
É a relação entre velocidade em linha reta/velocidade curvilinear. Quanto
mais o espermatozóide se afasta da Velocidade em linha reta, menor será
a sua linearidade.
361
Manual de Exames
Elongação
É a relação entre o eixo menor (largura) e maior (comprimento) da cabeça
do espermatozóide, cujo valor é cerca de 0,6. Quanto maior a elongação,
mais larga é a cabeça. Quanto menor a elongação, mais estreita é a cabeça,
por exemplo, forma afilada ou tapering. É uma referência para a morfologia.
Condição
• Todo o volume ejaculado.
• Enviar até 4h após a coleta.
• Abstinência sexual de 2 a 5 dias, no máximo 7 dias ou C.O.M.
• Não colher em preservativos, não usar lubrificantes e não colher através
de coito interrompido.
• Colher por masturbação, sem que haja perda de material, em frasco de
vidro ou plástico inerte.
Valores normais
• Velocidade com trajetória harmonizada: > de 33 micro m/s
• Velocidade em linha reta: acima de 28 micro m/s
• Velocidade curvilinear: acima de 42 micro m/s
• Amplitude lateral: entre 2 e 4 micro metro
• Frequência de oscilação: entre 6 e 16 hertz
• Linearidade: acima de 60%
• Elongação: entre 54 e 68%
• Progressivos: acima de 30%
362
Manual de Exames
Método
Eosina
Valor de referência
Acima de 60% de formas vivas
Condição
Todo volume ejaculado, enviar até 4h após a coleta.
Método
Colorimétrico
Valor de referência
100 a 350mg/dL
Condição
• 0,5mL de esperma.
• Não é necessário abstinência sexual.
363
Manual de Exames
Laboratórios
Centrifugar o esperma durante 10 minutos e separar o sobrenadante
(plasma seminal) para o envio.
Método
Direto microscopia ótica
Valor de referência
Até 1.000.000/mL
Condição
0,3mL de esperma.
Hipoosmolaridade
Este teste avalia a integridade da membrana do espermatozóide. Baseia-se
nas propriedades de semipermeabilidade das membranas intactas dos es-
permatozóides, causando inchaços na presença de hiposmolaridade. Bom
dado de vitalidade.
As formas positivas controlam o fluxo de água e apresentam edemas de
tamanhos variados. Os negativos não apresentam edema. Espermatozóides
mortos e senescentes apresentam perda da capacidade de osmorregula-
ção, havendo inchaço descontrolado que leva a ruptura da membrana.
364
Manual de Exames
Método
Swelling
Valor de referência
≥ 50% apresentando inchaço de cauda.
Condição
Imunologia do esperma
Immunobeads-test direto
Método
Immunobeads
Valor de referência
Fator imunológico negativo: < 50% de espermatozóides ligados por Beads.
Condição
• Todo volume ejaculado, enviar até 4h após a coleta.
365
Manual de Exames
Immunobeads-test indireto
O immunobeads test indireto detecta anticorpos anti-esperma em soro.
Quando positivo, indica causa imunológica como fator de infertilidade.
Método
Immunobeads
Valor de referência
Fator imunológico negativo: < 50% de espermatozóides ligados por Beads.
Condição
0,5mL de soro da mulher ou homem – C.O.M.
Método
Reação de aglutinação mista
Valor de referência
Fator imunológico negativo: < 40% de espermatozóides ligados por
partículas de látex.
Condição
• Volume ejaculado, enviar até 4h após a coleta.
366
Manual de Exames
Método
Reação de aglutinação mista
Valor de referência
Fator imunológico negativo: < 40% de espermatozóides ligados por
partículas de látex.
Condição
0,5mL de soro da mulher ou homem C.O.M.
367
Manual de Exames
Valor de referência
Até 14% de formas ovais
Células germinativas: até 3% de espermátides
Condição
• Todo volume ejaculado.
• Abstinência sexual de 2 a 5 dias.
• Não colher em preservativos, não usar lubrificantes e não colher através
de coito interrompido.
• Colher em frasco de vidro ou de plástico inerte, sem perda de amostra.
Laboratórios
Enviar 3 lâminas com esfregaço de material recente e rapidamente fixado
em álcool etílico 95%. O volume de esperma para esfregaço esta de acordo
com a contagem de espermatozóides:
20 milhões/mL: 5 a 10PL
5 a 20 milhões/mL: 15 a 20PL
< 5 milhões/mL: centrifugar e usar 10PL
368
Manual de Exames
Método
Contagem em câmara de Newbauer
Valor de referência
Até 1.000.000/mL
Condição
0,3mL de esperma.
Método
Swim-Up
Valor de referência
Recuperação de no mínimo 10% da concentração inicial com melhoria
da motilidade.
Condição
• Todo volume ejaculado, enviar até 4h após a coleta.
• Abstinência sexual de 2 a 5 dias.
• Não colher em preservativos, não usar lubrificantes e não colher através
de coito interrompido.
• Colher em frasco de vidro ou de plástico inerte, sem perda de amostra.
369
Manual de Exames
Método
Capilar
Valor de referência
≥ 2,0 cm/hora
Condição
• Todo volume ejaculado, enviar até 4h após a coleta.
• Abstinência sexual de 2 a 5 dias.
• Não colher em preservativos, não usar lubrificantes e não colher através
de coito interrompido.
• Colher em frasco de vidro ou de plástico inerte, sem perda de amostra.
Método
Observação direta ao microscópio óptico
Valor de referência
• Negativo: ausência de espermatozóides.
• Pobre: quando há presença de espermatozóides no canal cervical, mas
todos imóveis.
• Moderado: até 5 espermatozóides no canal cervical c/movimentos lentos.
• Bom: de 6 a 10 espermatozóides no canal cervical c/movimentos lineares.
370
Manual de Exames
Instruções
Método
Espectrofotometria de absorção atômica (chama)
371
Manual de Exames
Valor de Referência
Maior que 150mg/L
Condição
1,0 ml de esperma
372
Tabelas,
gráficos
Manual de Exames
Tabelas, gráficos
Fatores de conversão
Unid A x Fator = Unid B
Numerador
Unid x 103 (1.000) = m Unid
x 106 (1.000.000) = µ Unid
x 10 (1.000.000.000)
9
= n Unid
x 10 (1.000.000.000.000)
12
= p Unid
m Unid x 10-3 (0,001) = Unid
x 10 (1.000)
3
= µ Unid
x 10 (1.000.000)
6
= n Unid
x 109 (1.000.000.000) = p Unid
µ Unid x 10-6 (0,000001) = Unid
x 10 (0,001)
-3
= m Unid
x 103 (1.000) = n Unid
x 10 (1.000.000)
6
= p Unid
n Unid x 10 (0,000000001)
-9
= Unid
x 10-6 (0,000001) = m Unid
x 10-3 (0,001) = µ Unid
x 10 (1.000)
3
= p Unid
p Unid x 10 (0,000000000001)
-12
= Unid
x 10-9 (0,000000001) = m Unid
x 10-6 (0,000001) = µ Unid
x 10 (0,001)
-3
= n Unid
Denominador
dL x 10-1 (0,1) = L
x 10 (100)
2
= mL
L x 10 (10)
1
= dL
x 103 (1.000) = mL
mL x 10-3 (0,001) = L
x 10 (0,01)
-2
= dL
Obs.:
374 Unid A = unidade inicial Unid B = unidade final Unid = g, mol ou UI
(unid internacional) 100 mL = dL = %
Matriz: Rua Alfredo Albano da Costa, 100, sls. 1, 2 e 3 - Distr. Industrial - Lagoa Santa - MG - +55 31 3689 6600
Filial São Paulo: Av. Rebouças, 2267 - Jardins – São Paulo - SP - CEP. 05.401-300 - +55 11 5044 5699
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