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INSTITUTO EDUCACIONAL MULTIDISCIPLINAR DE BRASÍLIA - IMPAR

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO E A ANÁLISE DE CONCEITOS EDUCACIONAIS

Comentários sobre a filosofia da educação e a análise de conceitos educacionais

Dois termos de significados tão profundos e juntos formando um novo termo que necessita
de conceituação.

O texto em análise, atribuído a Eduardo O C Chaves, não é um texto onde há originalidade


de idéias, mas que tem a finalidade de “introduzir o leitor a uma certa visão da natureza e
tarefa da filosofia da educação”. Essa é a proposta do autor.

A nossa proposta é fazer uma síntese do texto procurando nele expor as principais idéias
e conceitos.

Ao falarmos de educação (ensino e aprendizagem), parafraseando Paulo Freire, “ensinar,


exige a convicção de que a mudança é possível”, somos convencidos de que a tarefa de
educar é também crer em mudanças.

O autor divide seu texto em 6 partes principais: Filosofia Analítica e Filosofia da Educação; A
filosofia da Educação e os Conceitos de Ensino e Aprendizagem; Educação, Ensino e
Aprendizagem; Educação Formal e Informal e a Questão dos Objetivos da Educação;
Educação e Doutrinação e Observações Finais: Filosofia da Educação e Teoria Educacional.

Essa divisão de forma didática procura organizar as idéias acerca do assunto de forma a nos
proporcionar uma visão mais completa possível sobre a filosofia da educação.

O início, a primeira parte, foi apresentada com o objetivo de caracterizar a filosofia da


educação, levando o leitor a compreender que a atividade filosófica analítica é uma atividade
reflexiva de segunda ordem que tem por objetivo refletir sobre a reflexão, discursar sobre o
discurso, ao passo que a de primeira ordem é aquela produzida por cientistas, historiadores,
e por aqueles que, baseando em seus pressupostos, iniciam seus estudos obtendo suas
conclusões e formam suas teorias.

Ainda na primeira parte, após ressaltar que a teoria do conhecimento (epistemologia)


investiga, em geral, a natureza, o escopo (ou a abrangência) e os limites do conhecimento
humano, aborda, também, a filosofia analítica da educação, discorrendo não sobre o
fenômeno da educação em si, mas sim, sobre o que se tem dito acerca desse fenômeno.

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A conceituação da educação, nesse ponto, é de suma importância para continuação do


assunto da filosofia da educação, porém muito difícil. Em seguida, aborda sobre os
possíveis relacionamentos existentes entre a educação, o ensino, a aprendizagem e os
valores, tudo objetivando formar o conceito.

Ao invés dos conceitos, apresenta, inicialmente, de forma didática a discussão sobre,


principalmente, os termos ensino e aprendizagem.

Na segunda parte, a filosofia da educação e os conceitos de ensino e aprendizagem, o autor


ainda não conceitua a educação, mas nos faz refletir em seus componentes e na forma como
se ligam, se encaixam e se relacionam. A discussão inicial se prende à discussão da
possibilidade de haver ensino sem aprendizagem. Em seguida, à questão inversa: pode
haver aprendizagem sem ensino?

Para elucidar essas questões conceituais com muitas implicações práticas, foi necessário
levar em conta o que psicólogos afirmam acerca da natureza da aprendizagem, sem, no
entanto, entrar no terreno da investigação psicológica, de natureza empírica. Embora
ambas as assertivas pareçam verdadeiras, mas não excludentes, o autor não apresenta
respostas, mas sim que primeiro é necessário investigar o conceito de educação.

É somente na terceira parte que encontraremos a definição proposta da filosofia da educação


tal como segue: “Entendemos por "educação" o processo através do qual indivíduos
adquirem domínio e compreensão de certos conteúdos considerados valiosos.”

Conteúdos, adquirir domínio, adquirir compreensão, conteúdos considerados valiosos são


minuciosamente analisados e definidos.

Considerando essa caracterização do conceito de educação, o autor retoma as perguntas


formulados no início: Pode haver ensino sem que haja educação? Pode haver aprendizagem
sem que haja educação?

A resposta é sim, pode haver, tanto ensino quanto aprendizagem sem que haja educação,
quanto aos conteúdos ensinados e aprendidos não considerados valiosos. Contudo, podem
se não-educacionais, se, por exemplo, levarem ao domínio sem a compreensão. Cita o
exemplo de valores adquiridos, absorvidos, em uma determinada cultura, mas não

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compreendidos. A conclusão óbvia é que podem haver ensino e aprendizagem não-


educaionais. Já, por exemplo, a disseminação de valores falsos ou mentirosos, não são
considerados valiosos, portanto desprezíveis e não úteis à educação.

O autor abre um par~entesis para explorar questões complexas, muito interessantes, que
merecem estudo e reflexão, mas que dadas as limitações de tempo e espaço, propõe faze-lo
em outra oportunidade.

E a questão inversa: pode haver educação sem que haja ensino e aprendizagem? O autor
propõe dividir o estudo e a reflexão em partes, mas a sua conclusão, baseada na própria
definição da educação proposta, é de que a educação é o processo através do qual
indivíduos aprendem e compreendem certos conteúdos considerados valiosos. Não é
possível, pois, que haja educação sem que haja aprendizagem.

Na quarta parte do artigo, o autor explora tanto a educação formal quanto a informal e a
questão dos objetivos da educação.

Após esclarecer as diferenças e importância de cada uma das educações, ele divide a
questão dos objetivos educaionais em 6 partes: Educação Humanística e Educação Técnico-
Profissionalizante; Educação e Democracia; Educação e Sociedade; Educação e Chamada
“Classe Dominante” e A Educação que é a que deve ser. O Grande Dilema da
EducaçãoEducação e o Desenvolvimento das Potencialidades do Indivíduo.

O estudo desses objetivos que tornam a reflexão mais específica somente foi possível devido
à conceituação formal da educação.

Na quinta parte, faz um compartaivo entre a educação, já conceituada e a doutrinação, ainda


não conceituada.

Em relação à doutrinação, nos apresenta o seu conceito envolvendo os conteúdos, a


intenção, os métodos e as conseqüências como critério de doutrinação. Após, faz
observações específicas relacionadas à A Doutrinação de Conteúdos Verdadeiros; à
Doutrinação de Conteúdos Valiosos; à Doutrinação Não Intencional; à Doutrinação de
Crianças Pequenas; à Doutrinação e o Dilema da Educação e ao Porque a Doutrinação é
Censurável e Indesejável.

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A própria conceituação de doutrinação é muito controversa e o autor não ousa entrar no


escopo da discussão, mas defender um conceito e mostrar como o mesmo se relaciona com
os conceitos de educação, ensino e aprendizagem.

O seu conceito de doutrinação é: “doutrinação é o processo através do qual uma pessoa


ensina a outra certos conteúdos intelectuais e cognitivos (crenças, etc.), com a intenção
de que esses conteúdos sejam meramente aprendidos (isto é, aprendsidos mas não
compreendidos), ou seja, com a intenção de que estes conteúdos sejam aceitos não
obstante a evidência, sem um exame criterioso de seus fundamentos epistemológicos, de
sua razão de ser -- em suma, sem a compreensão que é condição sine qua non da
educação.”

Baseado nesse conceito o autor faz diversas reflexões sobre os efeitos positivos e
negativos da doutrinação chegando à conclusão de que ela é censurável e indesejável.
Melhor do que encutir na cabeça de qualquer um, principalmente de crianças, valores e
crenças é fazê-las refletir e decidirem por si mesmas. “Quem doutrina não respeita a
liberdade de pensamento e de escolha de seus alunos, procurando incutir crenças em
suas mentes e não lhes dando condições de analisar e examinar a evidência, decidindo,
então, por si próprios; quem doutrina desrespeita os cânones de racionalidade e
objetividade, tratando questões abertas como se fossem fechadas, questões incertas
como se fossem certas, enunciados falsos ou não demonstrados como verdadeiros como
se fossem verdades acima de qualquer suspeita”

O autor entende a urgência e a necessidade de refletir ainda em outros aspectos


relacionados ao tema como incluir um exame das semelhanças e diferenças existentes
entre doutrinação, treinamento, condicionamento, lavagem cerebral, mas resolve postergar
para outra oportunidade.

A doutrinação, no entanto, não é de todo maligna, mas bem pode ser. Há ai um perigo
enorme que o educador deve ter sempre em mente.

Finalmente, na sexta parte, faz Observações Finais sobre a Filosofia da Educação e a Teoria
Educacional.

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Primeiramente defende seu ponto de vista como razoável e útil para compreensão do
assunto haja vista que seu objetivo de esclarecer e fazer refletir em diversos aspectos da
educação, do ensino e da aprendizagem foi alcançado. Alude que podem ocorrer
controvérsias, mas sua idéia foi apresentada e segue uma lógica e encadeamento permitindo
a qualquer um a análise do assunto.

A questão da doutrinação foi ressaltada e até um espaço em separado lhe foi dedicado para
que a sua análise fosse contrastada com o conceito de educação.

Relativamente à distinção entre a filosofia da educação e a teoria educanional o seu objetivo


foi o de fazer apenas um primeiro ensaio em direção a uma demarcação entre ambos, como
por exemplo: a filosofia da educação é uma atividade reflexiva de segunda ordem enquanto
que a teoria educacional é uma atividade reflexiva de primeira ordem; a filosofia da educação
deve ser vista como um prolegomenon, um prâmbulo à teoria educacional enquanto que a
teoria educacional tem que se valer das contribuições das várias ciências que estudam a
educação, extrapolando, assim, os domínios da filosofia e, conseqüentemente, da filosofia da
educação; a filosofia da educação procura explicar e interpretar a realidade educacional, mas
a teoria educacional, científica, tem uma finalidade que vai além da mera explicação e
interpretação dessa realidade educacional.

O autor foi feliz em seu artigo, pois nos levou à reflexão. A discussão somente é possível e
viável partindo do pressuposto de que somos educáveis e isso envolve mudanças, mas não
meras mudanças por mudar, mas devido a nossa capacidade de absorver tanto o ensino
quanto a aprendizagem. Paulo Freire foi muito feliz, creio, ao dizer como já citei no início de
que “ensinar, exige a convicção de que a mudança é possível”. Eu somente aprendo e
somente ensino e somente sou educado quando creio na mudança. Com relação à
doutrinação, cito Augusto Jorge Cury: devemos em tudo o que passa na nossa mente
exercer a arte do DCD, isto é, Duvidar, Criticar e Determinar.

Ref.: http://chaves.com.br/TEXTSELF/PHILOS/filed77-2.htm

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