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DITS ET ÉCRITS
As malhas do poder
Conferência de Michel Foucault na UFBA em 1976
Fim do séc. 19
PULSÃO DO
DESEJO
INSTINTO REPRESSÃO
REPRESSÃO
coletivo
Proposta de Foucault: não mais falar da representação do poder e sim do seu funcionamento real (pág. 186)
*As teorias sobre o contrato social se difundiram entre os séculos XVI e XVIII como
forma de explicar ou postular a origem legítima dos governos e, portanto, das
obrigações políticas dos governados ou súditos. Thomas Hobbes (1651), John
Locke (1689) e Jean-Jacques Rousseau (1762) são os mais famosos filósofos do
contratualismo.
Como tentar analisar o poder nos seus mecanismos positivos?
Para Foucault:
Inconvenientes da monarquia 1
•Sob essa ótica, abordou três modos de objetivação que transformam os seres humanos em
sujeitos:
Objetivação do fato de
estar na vida • na história natural e na biologia pág 223
Segunda parte de seu trabalho foi dedicada a
louco homem são
estudar a objetivação do sujeito nas práticas
“divisoras” (o sujeito está dividido seja no seu
enfermo indivíduo com boa saúde
interior ou separado dos outros. Esse processo o
torna um objeto)
criminoso bom moço
2. Não é simplesmente uma forma de poder que ordene; ele deve estar preparado a se
sacrificar pela vida e salvação do rebanho. Nisso se distingue do poder soberano que exige um
sacrifício da parte dos seus sujeitos a fim de salvar o trono.
3. .É uma forma de poder que não se preocupa somente com o conjunto da comunidade. Preocupa-
se com cada indivíduo em particular, durante toda a sua vida.
4. Essa forma de poder não pode ser exercida sem que se conheça o que se passa
na cabeça das pessoas; sem explorar suas almas, sem que se conheça os seus segredos
mais íntimos. Ela implica em um conhecimento da consciência e uma aptidão a conduzi-la,
ligada à produção da verdade, aquela do próprio indivíduo.
ANALÍTICO,
GLOBALISANTE,
(individualização)
(totalização)
diz respeito ao
quantitativo, diz
indivíduo.
respeito à
população.
O que se passa nesse momento ou quem
somos nós nesse preciso momento da história?
Immanuel Kant,
artigo
publicado no
Berliner
Monatschrift,
em 1784
Pág. 231
Como se exerce o poder?
P O D E R
ORIGEM
MANIFESTAÇÕES
NATUREZA
•Não existe um face-a-face entre poder e liberdade, e entre estes uma relação de
exclusão (em qualquer lugar em que o poder se exerça, a liberdade desaparece). Nesse
jogo complexo, a liberdade aparece como condição de existência do poder (às vezes, seu
pré-requisito, pois é preciso que haja liberdade para que o poder se exerça).
•Quando se diz que não pode haver sociedade sem relações de poder não significa dizer
que as que são dadas sejam necessárias ou que, de qualquer maneira, o poder ao se
constituir no coração das sociedades seja uma fatalidade incontornável.
•A análise, a elaboração, a colocação em questão das relações de poder, e do
“agonismo” entre as relações de poder e a intransitividade da liberdade são uma tarefa
política incessante e são, até mesmo, essas as atividades políticas inerentes a toda a
existência social.
• manutenção de privilégios
OBJETIVOS
• acumulação do lucro
• exercício de autoridade estatutária
• exercício de uma função ou de um trabalho
• disposições tradicionais
INSTITUCINALIZAÇÃO
• estruturas jurídicas
• fenômenos de hábito ou de moda (como se vê nas relações
de poder que existem nas famílias)
• dispositivos fechados sobre si mesmos, com seus lugares e
características próprias, regras, hierarquias e relativa
autonomia funcional (como nas escolas e exércitos)
• sistemas complexos formados de diversos aparelhos, como no
caso do Estado que tem por função constituir o envelope geral,
a instância do controle global, o princípio da regulação e, em
certa medida, a distribuição de todas as relações de poder em
um dado conjunto social.