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Teste a sua saúde

Descubra o que seu corpo é capaz de fazer aos 30, 40 ou 65 anos


Por Michael Prang

Seja qual for a nossa idade ou a geração à qual pertencemos, uma coisa é certa: todos queremos ser saudáveis e
manter a boa forma. Mas o que, exatamente isso significa? Quando temos 20 anos, é natural esbanjarmos energia,
sermos fortes e ativos. Mas uma pessoa de 50 anos precisa ser capaz de subir uma escada correndo como uma
adolescente?
Este pequeno guia diz o que se deve esperar de um corpo saudável nas diferentes idades. Também enumera os sinais
aos quais devemos estar atentos para manter a forma, independentemente da idade.

Até os 29 anos
Ao caminhar por um parque, por exemplo, você ouve as árvores farfalhando ao vento. E, quando uma folha cai no
chão, você consegue enxergá-la a 30 metros de distância. Depois de dez minutos de descanso, sua pulsação é
reduzida a 60 batidas por minuto. E, quando você alonga o corpo para a frente, não sente a menor dificuldade em
tocar o chão com a ponta dos dedos. É claro, seu corpo está em plena forma.
“Aos 20 anos , o corpo humano já cresceu completamente”, diz o Dr. Thomas Moeller, ortopedista e médico esportivo
da cidade de Speyer, na Alemanha, “mas os músculos continuam se desenvolvendo até cerca dos 28 anos. É quando
atingimos nossa compleição definitiva.” Isso significa que você agora pode evitar problemas de saúde sem fazer muito
esforço. Mude a postura de tempos em tempos enquanto estiver trabalhando, fique de pé quando falar ao telefone,
use a escada em vez do elevador e nade com frequência. Assim você pode prevenir doenças futuras.
Fora isso, basta manter atentos os olhos e os ouvidos. Você consegue ler a placa de um carro a 70 metros de
distância? Ouve igualmente bem com os dois ouvidos? Um fato alarmante? 28% das pessoas na faixa dos 20 anos
apresentam uma perda auditiva de 25 decibéis, muitas vezes sem saber. E o estresse que sofrem alguns jovens por
causa do início de carreira e da competição no mercado de trabalho pode resultar em inflamações da retina que vão
exigir tratamento.
De maneira geral, você não precisa se preocupar com o coração e a circulação, a menos que tenha herdado algum
problema metabólico, sua pressão arterial seja superior a 130/85 mm Hg ou tenha entre seus hábitos preferidos o
cigarro e a ingestão de alimentos gordurosos. Na dúvida, marque uma consulta com o médico!

De 30 a 45 anos
você já está na ativa há pelo menos três décadas, portanto algumas manifestações iniciais de desgaste são normais e
geralmente inofensivas. Não importa se você usa ou não óculos: sua visão precisa ser clara! E o exame médico não
deve revelar perda auditiva de mais de 10 decibéis.
É o volume no qual os ouvidos saudáveis captariam o tiquetaquear de um relógio de pulso a um metro de distância.
Mas, mesmo se você consegue escutar o menor ruído e ainda tem visão excelente, seus olhos e ouvidos agradecerão
alguns cuidados extras.
Quem passa longos períodos de frente para o computador deve fazer intervalos de descanso. Isso impedirá que a
membrana protetora dos olhos resseque e provoque irritação. E não se esqueça de piscar com maior frequência do
que o normal quando estiver lendo algo na tela.
Barulho constante significa estresse constante. Se o ruído se tornar demasiado para o seu ouvido interno, este poderá
reagir. A consequência é a perda auditiva aguda, que envolve toda uma gama de sons.
Você deve fazer algo em relação aos ruídos que o cercam. Isso também não será bom apenas para seus ouvidos!
Uma recente pesquisa do Ministério Alemão do Meio Ambiente sugere que as pessoas expostas a um nível de barulho
constante de 55 decibéis à janela do quarto (volume da fala normal) são quase duas vezes mais propensas a
necessitar de tratamento médico para hipertensão arterial.
Chegou a hora de você começar a pensar no seu coração! Verifique sua pulsação em repouso. Qualquer contagem
entre 55 e 75 batimentos por minuto está ótima. Uma regra geral sem confirmação científica afirma que quanto mais
rápido bate nosso coração, em média, mais propensos estamos a morrer de uma doença cardiovascular nas próximas
três décadas.
Um jeito simples de cuidarmos do coração é ingerir alimentos saudáveis. Olhar-se no espelho também é uma forma de
saber se nossos hábitos alimentares são ideais, mas o indicador mais confiável é o colesterol, que devemos verificar
pelo menos uma vez ao ano.
Ele não deve nunca ser superior a 200 mg/dl, independentemente da idade. Mantenha-o assim, e os riscos de infarto
do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC) serão pequenos. A elevação para 240 mg/dl duplica o risco de infarto,
em comparação com os 200 mg/dl.
A boa notícia é que temos muitas alternativas para evitar o excesso de colesterol no sangue. Se o indivíduo é obeso e
emagrece 12%, isso reduzirá a gordura sanguínea em até 20%. Perder peso também faz bem à pressão arterial, que
às vezes pode subir um pouco nas pessoas com mais de 30 anos. Ela jamais deve ser superior a 140/90 mm Hg em
repouso.
Nessa faixa etária, pode haver outros perigos à espreita, não apenas infartos ou AVC. O câncer é outra doença que
pode surgir em idades relativamente baixas. Mulheres com mais de 40 anos devem fazer o exame preventivo de
câncer de mama uma vez por ano. E, aos 45 anos, o homem deve fazer o exame da próstata. Não perca essas
oportunidades de detecção precoce das doenças!

De 46 a 65 anos
Seus melhores anos ficaram para trás? Claro que não! Um coração saudável não vai deixar você na mão. Com o
treinamento certo, ainda podemos participar de uma maratona aos 65 anos. Mas tenha você 65 sentindo-se com 50
ou vice-versa, consulte o médico antes de começar a praticar exercícios depois de um intervalo longo de sedentarismo.
“Entre 45 e 55 anos, cresce a propensão às doenças coronarianas”, diz o professor Johannes Siegrist, diretor do
Instituto de Sociologia Médica da Universidade de Dusseldorf. É por isso que voltar a praticar esportes depois de anos
de inatividade pode ser perigoso sem aprovação do médico.
Mas exames anuais do coração e da circulação são recomendados mesmo para quem não está pensando em voltar a
se exercitar. Para saber com rapidez a “idade” do seu coração, basta um teste muito simples. Verifique sua pulsação
depois de passar dez minutos sentado, em repouso.
Se isso o motivou a fazer algo por seu coração, recomendamos a prática do esporte de que você mais gosta e que faça
bem a saúde – corrida, caminhada, tênis, etc. - aliada a prazeres como andar de bicicleta hoje, nadar amanhã, jogar
vôlei no fim de semana... A vantagem dessa combinação é que cada prática exercita uma série de músculos e tendões
por dia. E isso significa que a probabilidade de fraturas e distensões provocadas pela sobrecarga de partes específicas
do corpo reduz-se ao mínimo. Quaisquer que sejam seus esportes preferidos, o período de treino deve ser de pelo
menos 20 minutos.
Agora que o seu coração entrou na linha, evidentemente você não vai querer que o restante do corpo fique para trás.
Seja sincero. Você está esticando cada vez mais o braço para conseguir ler este artigo? Em caso afirmativo, talvez
você sofra de uma doença visual que ocorre, com frequência, com o aumento da idade.
Ela pode ser facilmente contornada com óculos adequados. Mas tenha cuidado! De todas as pessoas com mais de 40
anos, 4% desenvolvem glaucoma. E, desse grupo, 10% ficam cegas! Consulte, portanto, o oftalmologista uma vez ao
ano e faça exames de rotina, inclusive pesquisa de catarata (opacidade do cristalino).
Nessa faixa etária, os discos intervertebrais também podem trazer problemas. Os sintomas típicos são dor nas costas
e dormência nas pernas. “Não precisa ser nada tão sério quanto um deslizamento de disco para exigir cuidados”,
adverte o ortopedista Thomas Moeller.
Aqui estão alguns macetes para evitar problemas na coluna:
• Use sapatos de sola macia;
• Corra em terreno macio;
• Na hora de pegar algo pesado, agache-se e levante o objeto com as costas eretas;
• Durma em colchão apropriado com apenas um travesseiro. Quanto mais pesado você for, mais duro deverá
ser o colchão.

Dos 66 em diante
Não há razão para ter pouco preparo físico, tenha você 66 ou 86 anos. É claro que o corpo envelhece, e o desgaste
não é pequeno. Mas uma vida ativa e exercícios físicos regulares são obrigatórios, porque, na verdade, só temos a
idade que sentimos.
Dois testes simples dizem muito sobre a nossa “idade biológica”. Feche os olhos e se equilibre em uma das pernas.
Agora calcule quanto tempo você leva para precisar botar a outra perna no chão.

mais de 51 segundos 20 anos


de 41 a 50 segundos 30 anos
de 31 a 40 segundos 40 anos
de 25 a 30 segundos 50 anos
menos de 25 segundos mais de 60
anos

Acenda uma vela e apague-a soprando. A distância em que você conseguir fazer isso revelará a “idade” dos seus
órgãos respiratórios:

1,5 m 20 anos
1,25 m 30 anos
1m 40 anos
0,75 m 50 anos
menos de 0,75 m mais de 60
anos

Muitas pessoas com mais de 60 anos sofrem de diabete melito tipo II. Fique atento ao seu índice de açúcar sanguíneo.
Medido de estômago vazio, ele deve ficar entre 60 mg/dl e 98 mg/dl (dependendo do laboratório), e você pode medi-
lo por meio de um exame rápido realizado pelo médico ou com um kit comprado em farmácias. Índices superiores a
110 mg/dl são sinal de redução da tolerância à glicose, que aumenta bastante o risco de infartos e AVC.
Nessa faixa etária, isso é particularmente perigoso porque é quando os infartos ocorrem com mais frequência, sendo
três em cada dez casos fatais. Assim, esteja atento ao seu coração e elimine os seguintes fatores de risco:
• excesso de peso;
• pressão arterial elevada;
• colesterol elevado;
• tabagismo;
• sedentarismo.
Para saber o tempo que você deve se exercitar, observe esta regra: a melhor maneira de manter o coração saudável é
gastar 2.500 quilocalorias por semana fazendo exercícios que aumentem a resistência. A tabela a seguir mostra o que
isso quer dizer em termos de atividade física:

Esporte Horas por


semana
corrida/caminhada 4
patinação 6
bicicleta 7
natação 5
ginástica 2.5
vôlei/basquete 5
remo 4

Mesmo se você pratica esporte e leva uma vida saudável, deve fazer um check-up anual e se manter atento aos sinais
precoces de infarto:
cansaço sem motivo aparente;
crises de depressão;
desânimo geral;
inexplicáveis distúrbios do sono.

Os seguintes sinais indicam perigo extremo. Notifique o médico imediatamente!


• Dor no peito, possivelmente (mas não necessariamente) irradiando para os braços e o pescoço;
• dor na parte superior do abdome;
• problema respiratório sem precedente.

Se você quer aproveitar ao máximo esses anos e levar uma vida ativa, os ossos também precisam estar fortes. A
perda de massa óssea geralmente começa por volta dos 40 anos. A cada ano, perdemos 1% dessa massa. A
osteoporose (fragilidade dos ossos causada pela perda de cálcio) pode exacerbar esse processo e até resultar em
fraturas. Em geral, a doença atinge as mulheres depois da menopausa, mas 15% dos homens também sofrem do
problema. De qualquer modo, uma das causas da osteoporose é a desmineralização dos ossos provocada pela falta de
exercícios.
E há muito o que fazer a esse respeito. Além disso, não se esqueça de ingerir pelo menos um grama de cálcio por dia
(contido em um litro de leite, por exemplo). E, se possível, reduza o consumo de inibidores notórios da captação do
cálcio, como o álcool e o cigarro.
Em qualquer idade, um estilo de vida saudável com exercícios regulares do coração, do metabolismo, da audição, da
visão e dos músculos e articulações nos ajuda a manter a saúde. E por ela qualquer sacrifício é válido, certo?

Revista Seleções, setembro de 2006, pp.67 a 73.

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