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"Revoluo" de 1964?
Ainda hoje existe intensa disputa sobre a verdade dos fatos que levaram nosso pas a um regime poltico marcado pelo terror, tortura e injustia social. Os nmeros oficiais apontam que mais de 70 mil pessoas foram presas e perseguidas e 457 mortas e desaparecidas, das quais muitas sequer tiveram seus restos mortais encontrados. Sendo que, se levarmos em considerao o extermnio indgena nas regies norte e centro-oeste do Brasil, essa estatstica pode chegar a 2 mil assassinados pelo governo militar. Referir-se ao Golpe de 1964 como "Revoluo", alm de um insulto s vtimas dos crimes cometidos nesse perodo, um equvoco histrico. O desenrolar dos fatos que antecederam o ocorrido entre os dias 31 de maro e 1 de abril mostram que a tomada ilegal do poder visava refrear o apoio expressivo que amplos setores da sociedade brasileira prestavam s reformas sociais propostas pelo presidente Joo Goulart em seu plano de governo.
Dessa forma, possvel reconhecer que, naquele momento, o professor passara dos limites de sua liberdade de ctedra e fazia, ali, uso do espao e de sua posio enquanto professor para um ato poltico. Mais alm, utilizar a posio de professor para proferir tal discurso agravado quando se leva em conta o modelo de ensino adotado pela faculdade, com uma estrutura hierarquizada e com pouco espao para que os alunos efetivamente coloquem suas ideias para o conjunto da classe. Um ltimo ponto que vale questionar aqui foi o uso do nome e smbolo da Faculdade no documento entregue aos alunos pelo professor, e que continha o discurso que preparara para aquela aula. Ao fazer isso, mais uma vez o professor foi alm da liberdade a ele garantida e vinculou toda a instituio a seu discurso de homenagem ao regime civil-militar.
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H oje vo c q uem ma nda Fa lou , t f ala do N o t em dis cus so A min ha gen te hoj e a nda Fa lan do de lad o Ol han do pro ch o, vi u (. ..) Ap esa r d e v oc Am anh h d e s er Ou tro di a
P ode m m e p ren der Po dem me ba ter Po dem at d eix ar- me se m c ome r Qu e e u n o mud o d e o pin io
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