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Potencialidades pedagógicas do eportefólio

In www.liveeducation.wordpress.com

O eportefólio é, hoje em dia, visto como uma ferramenta de sonho! Segundo alguns
autores, este instrumento do século XXI tem um efeito sobre a educação que só se
compara à introdução da escolarização formal.

De acordo com a informação encontrada no site ePortefolio Portal esta ferramenta é


vista como um sistema de informação baseado na web que usa meios e serviços
electrónicos. O aprendiz/estudante constrói e mantêm um repositório de
“objectos/artefactos” que pode usar para demonstrar as suas competências e
reflectir sobre a sua própria aprendizagem.

No actual contexto europeu, o eportefólio surge como um “instrumento de


facilitação da mobilidade, da transparência e do reconhecimento das aprendizagens
formais e informais realizadas ao longo da vida”.

Como já vimos o termo eportefólio abarca uma grande variedade de interpretações


em função dos diversos propósitos para que pode servir, de acordo com o
ePortConsortium podemos distinguir três tipos de eportefólio: pessoal, de
aprendizagem e profissional.

Ao nível pessoal, este instrumento, relaciona-se com aspectos particulares da nossa


vida que podem ser publicados online. Além disso, também pode ser utilizado como
estratégia de formação e avaliação com colegas, professores e especialistas.

Devido às particularidades acima mencionadas alguns especialistas consideram que


o eportefólio é uma ferramenta para desenvolvimento profissional que tem
inúmeras potencialidades para se tornar o Currículo Vitae do futuro.

No contexto educativo eportefólio é uma selecção digital de trabalhos produzidos


pelos alunos/formandos que apresentam evidências da aprendizagem. A sua
organização permite acompanhar o progresso e o desempenho do seu autor através
do registo dos êxitos e das dificuldades encontradas ao longo de um período de
tempo determinado para a sua elaboração. O arquivo dos resultados da
aprendizagem, reflexões e testemunhos mais significativos é realizado online. Este
facto possibilita a partilha de conhecimento entre comunidades e favorece a recolha
de feedback de colegas e professores.

Como profissional em educação acho que a minha escolha não poderia deixar de
ser o eportefólio de aprendizagem. Solicitar aos estudantes a elaboração de um
portefólio digital sem passar pela experiência desse processo, seria, para mim, a
perda de uma oportunidade para reflectir sobre a sua importância.

Tal como no portefólio tradicional, parece inquestionável o seu valor pedagógico. A


sua construção permite descrever e documentar diversas capacidades e
competências dos formandos. Neste registo do processo de aprendizagem sabe-se
o ponto de partida do formando, o que já aprendeu e o que ainda falta aprender
(De Fina, 1992).

Em termos de avaliação, esta colecção refinada de conteúdos privilegia a avaliação


formativa, o formando é um participante activo na avaliação, durante o processo de
construção deve reflectir sobre os documentos seleccionados e desvendar as razões
das suas opções. A reflexão deve permitir a tomada de consciência sobre pontos
fortes e fraquezas relativamente ao processo de aprendizagem e aos progressos
verificados.

Desde cedo pensei em realizar o meu eportefólio. Em Janeiro comecei a construir


um novo blog (http://pt.wordpress.com/) o qual foi o meu ponto de partida para
este desafio. Quando me foi dado a conhecer a plataforma da Ellg (
http://elgg.net/), explorei as suas potencialidades, contudo constatei que nada de
novo me oferecia. O Wordpress era mais fácil de usar e intuitivo além disso era
mais personalizável. Estas foram as razões da minha escolha em detrimento da
plataforma da Ellg. Nesta altura questionei-me se a grande proliferação dos blogs
não poderia colocar em risco a existência das plataformas mais específicas como a
Ellg.

Ambas as plataformas permitem criar uma comunidade com interesses pedagógicos


comuns onde é possível partilhar o mesmo conhecimento ou as mesmas fontes. O
estudante tem o seu espaço online onde pode escrever e publicar links, imagens,
áudio, vídeo, etc. Permite a outros indivíduos editar, comentar ou contribuir para o
mesmo fim. É possível publicar e distribuir os conteúdos, geralmente categorizados
(tag), através de newsletter, email, RSS feeds, alerts, etc. Possui ferramentas de
pesquisa e filtragem que permitem encontrar a informação de uma forma fácil e
rápida. O administrador/editor possui direitos de gestão que lhe permitem
personalizar o acesso - ou não - aos seus conteúdos.

Alguns autores (De Fina, 1992; Murphy, 1998) referem a existência de três fases
no processo de implementação de um portefólio de aprendizagem: fase de
preparação, fase de realização e uma fase de interpretação.

Desenvolver um sistema e uma estrutura para o meu eportefólio apresentou


alguma dificuldade, sobretudo na fase de preparação porque não existe uma receita
para construir eportefólios, além disso no meu percurso académico nunca tinha tido
a oportunidade de o fazer.

Tendo em consideração a opinião de Bernardes e Miranda (2003) as finalidades do


meu eportefólio de aprendizagem são: co-responsabilizar-me pela progressão da
minha aprendizagem; ilustrar o meu desenvolvimento durante o primeiro semestre,
e avaliar a prossecução dos objectivos do currículo.

Se por um lado, estou convicto que o meu eportefólio deverá ser de aprendizagem,
por outro, também sou da opinião que ele deve fazer a ligação com o meu percurso
“profissional”, pois sou um “profissional” da educação. Considero que este
cruzamento será uma mais valia para a minha formação, permite reagrupar
diferentes actividades que mostram a minha evolução pessoal, profissional e
académica. Estabelecer relações entre as diversas aprendizagens, realçando o
processo de integração pessoal dos diversos saberes adquiridos ao longo da vida é
então mais uma finalidade/própósito deste eportefólio.

A escolha da estrutura foi influenciada fundamentalmente pela sua finalidade. Neste


eportefólio podemos navegar através de três menus: um do lado esquerdo
(formação), outro do lado direito (actualização da formação) e uma barra superior.
O menu do lado esquerdo, possuiu duas categorias (pastas) principais: formação
académica e formação profissional.

Na primeira, podemos encontrar quatro subcategorias referentes às disciplinas do


primeiro semestre do curso de especialização que estou a frequentar nesta
universidade: Avaliação da Formação, Comunicação Educacional e Tecnologias da
Informação (ceti), Formação e Gestão dos Recursos Humanos (fgrh) e Metodologias
da Investigação em Formação (mif). Enquanto que na segunda pasta temos três
subcategorias que representam as áreas mais importante do meu desempenho
como docente: Educação Física, Desporto Escolar e Área de Projecto. No menu do
lado esquerdo podemos ainda encontrar: um motor de pesquisa interno, os
arquivos mensais, um calendário da actividade desenvolvida e os meus contactos.

Reservei o menu do lado direito para criação de uma comunidade com interesses
educativos comuns – através do chat e de um grupo de discussão sobre a
importância do uso do eportefólio - e para actualização (RSS) da minha formação
profissional e académica ao longo da vida (emprego, eportefólio, elarning, e-tools,
educação, moodle e web 2.0.. Considerei também importante colocar exemplos de
outros eportefólios e os meus sites educativos preferidos.

Na barra superior encontramos o acesso à página principal (homepage) e à direita


desta, várias páginas secundárias onde encontramos os seguintes links: trabalhos
práticos desenvolvidos na disciplina de Ceti, amigos da Uminho e referências. Estas
páginas são igualmente importantes pois dão a conhecer um pouco de mim e a
minha evolução ao longo do semestre.

Relativamente ao aspecto gráfico, penso que é bastante atractivo. É de fácil


navegação, pois qualquer utilizador se apercebe rapidamente do seu
funcionamento. Os menus de navegação e os títulos são bem visíveis, o que facilita
a memorização.

O equilíbrio de cores parece-me bom, sendo esteticamente agradável. A cor


principal é o laranja e a secundária é o cinzento. As hiperligações têm efeitos
visuais à passagem do rato e contrastam com as cores de base do eportefólio.

Durante a fase de realização deste eportefólio tive dificuldade em identificar o


essencial do acessório, quer nas minhas produções, quer na pesquisa efectuada. Se
por um lado o receio de escrever algo que pudesse ser apreciado por todos me
afligia, por outro lado utilizava imenso tempo na Internet à procura de exemplos de
eportefólios para tentar perceber o que era desejado.

Os resultados da pesquisa eram sempre muito limitados e isso causava-me algum


stress, pois não sabia como começar nem por onde começar.

Os conteúdos também estão intimamente ligados às finalidades ou propósitos de


um eportefólio. As amostras de trabalhos realizados nas diferentes disciplinas são o
componente principal do meu eportefólio, foram seleccionadas aquelas que
representam melhor as evidências da minha aprendizagem ao longo do semestre.
Aqueles que a seguir menciono são eixo principal das minhas reflexões e
representam uma grande variedade de experiências:
· Informações e interesses pessoais

· Historial profissional

· Comentários pessoais e reflexões

· Trabalhos solicitados pelos professores

· Leituras efectuadas (bibliografia e fontes)

· Distribuição de conteúdos (RSS)

· Apresentações

· Podcast

· Vídeo

· Recomendações

Ainda na nesta fase aprendi a realizar a auto-avaliação do meu trabalho,


examinando-o diariamente, registando diversas experiências da minha
aprendizagem, reflexões e actualizando os itens que ia colocando no meu blog.
Tudo isto exigia grande disponibilidade de tempo e acarretou um grande número de
decisões e mudanças, quer nos meus hábitos de trabalho, quer acerca das
convicções sobre a construção do processo de progressão da minha aprendizagem.

A pesquisa sobre os diferentes temas foi um dos pontos fortes deste trabalho,
realizei-a de uma forma sistemática e persistente ao longo de todo o semestre.
Gostei de todas as temáticas, mas a minha paixão foi, sem dúvida, a Web 2.0.
Pesquisei imenso e experimentei quase todos os serviços oferecidos.

Outro aspecto a salientar é a ligação deste trabalho aos diversos aspectos da vida.
Sem querer ser demasiado exaustivo tentei que fossem expressados os diferentes
níveis da minha identidade: pessoal, formação (académica e profissional) e
comunidade.

De todos eles os mais úteis foram o del.icio.us (http://del.icio.us/) e o skype


(http://www.skype.com/intl/pt-pt/). O primeiro permitiu-me guardar, partilhar e
actualizar os meus links favoritos, enquanto que o segundo encurtou distâncias e
fomentou o trabalho de grupo nas diferentes disciplinas.
Um dos pontos fracos deste eportefólio foi a minha resistência à escrita, publiquei
muitos itens/posts ao longo do semestre, mas nem sempre tive tempo para
efectuar a uma verdadeira reflexão sobre os mesmos, este facto advém sobretudo
da minha condição de estudante-trabalhador.

Uma das mais-valias deste projecto, foi poder aplicar aquilo que estou a aprender.
Em Área de Projecto, estou a ensinar os alunos a utilizar o wordpress com o
objectivo de construir, até ao final do ano lectivo, o seu eportefólio. Apesar deste
processo ainda estar no início já posso constatar a grande motivação dos
estudantes.

A reflexão sobre os conteúdos aqui abordados, permitiu aceder e descodificar


informação a diferentes níveis e uma aprendizagem mais efectiva, menos
burocrática e mais autónoma.

Conclusão

Apesar de Vilas Boas (2003) se ter referido ao portefólio na sua generalidade, não
considerando especificamente o digital, acredito que este tipo de trabalho se baseia
nos princípios da construção, reflexão, da criatividade, da parceria, da auto-
avaliação e da autonomia. Além destes, a referida autora, acrescenta os princípios
apontados por Klenowski (2003): promove uma perspectiva de aprendizagem, é
um processo, incorpora a análise do desenvolvimento da aprendizagem, requer
auto-avaliação, encoraja a selecção e a reflexão do aluno sobre o seu trabalho,
considera os professores como facilitadores da aprendizagem.

No trabalho desenvolvido consideramos o processo de criação de um eportefólio em


quatro etapas: pesquisa e recolha de documentos, selecção dos melhores objectos,
reflexão sobre os itens seleccionados e ligação dos diversos aspectos da vida:
pessoal, conhecimentos, trabalho e comunidade.

É fundamental reforçar a ideia dos eportefólios como uma ferramenta dinâmica e


flexível para professores, formadores e estudantes onde sobressai grande potencial
educativo, social e transversal.

A realização deste eportefólio permitiu concretizar um desafio com satisfação de ter


conseguido algo diferente, é especial para mim porque permite organizar, guardar e
posteriormente melhorar os meus documentos. Ajudou-me a aprender e a
organizar o meu estudo/trabalho e a utilizar o pc e as novas tecnologias de uma
forma mais cuidada eficiente e sistemática. Nunca pensei que o seu uso fosse tão
determinante para o desenvolvi meto da minha aprendizagem.

REFERÊNCIAS

http://education.guardian.co.uk/elearning/story/0,,1724614,00.html

http://en.wikipedia.org/wiki/EPortfolio

http://es.wikipedia.org/wiki/Portafolio_de_aula

http://gabinetedeinformatica.net/wp15/2007/01/05/portafolios-electronico-que-
son-y-como-pueden-beneficiar-experiencias-de-aprendizaje-i/

http://www.danwilton.com/eportfolios/whatitis.php

http://www.educause.edu/ELI/5524

http://www.uminho.pt/ModuleLeft.aspx?mdl=~/Modules/UMEventos/EventoView
.ascx&ItemID=502&Mid=232&lang=pt-PT&pageid=118&tabid=0

Bernardes, C.; Miranda, F. (2003). Portefólio uma Escola de Competências. Porto.


Porto Editora.

De Fina, A. (1992). Portfolio assessment: Getting started. New York. Scholastic


Professional Books.

Fernandez, L. (2002). Diagnóstico em Educação. Lisboa. Instituto Piaget.


Murphy, A. (1998). A model for authentic assessment utilizing portfolios. Ann Arbour.
UMI.

Vilas Boas, Benigna (2006). Portefólio, Avaliação e Trabalho Pedagógico. Porto.


Edições Asa.

Texto de José Lúcio

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