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Centro de Ensino Unificado de Teresina

Faculdade de Ciências Humanas e Jurídicas de Teresina - FCHJT


Coordenadoria do Bacharelado em Direito

TERCEIRA AVALIAÇÃO – Segundo Semestre/2009 CONCEITO: ____________

Disciplina: Direito Civil VII (Sucessões) Turma: _________________

Assinatura do Aluno: Lara Fernanda de Laet Lopes

Professor: José Tarcísio Evangelista Viana Assinatura do Prof.: ___________________________________

QUESTÕES
1. Conceitue testamento.
É ato de última vontade, pelo qual o autor da herança dispõe de seus bens para depois da morte e faz outras disposições.

2. Explique como se faz cada uma das formas de testamento previstas no Código Civil.
a) Testamento Público: é escrito por tabelião, ou por seu substituto legal, em seu livro de notas, de acordo com as declarações
do testador, e lido em voz alta pelo tabelião, ou pelo testador, na presença de duas testemunhas;
b) Testamento Cerrado: é escrito ou assinado pelo testador, ou por outra pessoa, a seu rogo; o testador entrega-o ao tabelião,
em presença de duas testemunhas, declarando ser aquele seu testamento e que quer que seja aprovado; o tabelião lavra o auto
de aprovação, que é lido, em seguida, ao testador e testemunhas, e assinado por todos;
c) Testamento Particular: é assinado pelo testador e lido na presença de pelo menos três testemunhas, que o subscrevem; em
circunstâncias excepcionais, declaradas na cédula, o testamento particular, de próprio punho e assinado pelo testador, pode
dispensar testemunhas.

3. Cite e explique as causas de inexecução dos testamentos.


a) Revogação: característica essencial do instrumento da sucessão testamentária, qualidade atribuída pela própria lei civil
quando diz, em seu art. 1.858: “podendo ser mudado a qualquer tempo”;
b) Caducidade: advém de causas legais tais quais a indignidade e a renúncia do herdeiro instituído, bem como a sua pré-morte
ao testador, o não implemento de uma condição imposta, não esquecendo os arts. 1.939 e 1.949, do Código Civil;
c) Anulação: envolve as regras gerais do direito civil cabíveis a todos os atos, quais sejam, a forma prescrita em lei, a
capacidade do agente e a possibilidade jurídica do objeto.

4. Fale sobre os codicilos.


Codicilos são pequenos escritos no qual o testador poderá fazer determinadas disposições não-testamentárias, conforme o
disposto no art. 1.881 do Código Civil. De modo geral, o codicilo vive sempre à margem de um testamento e sem a este
vincular-se.

5. Cite e explique cinco tipos de legado (usa a classificação dos legados quanto ao objeto).
a) Legado de coisas: coisa alheia, coisa comum, coisa singularizada, coisa localizada.
- Legado de coisa alheia: o Código Civil, no art. 1912 determina que "é ineficaz o legado de coisa certa que não pertença ao
testador no momento da abertura da sucessão", por isso ninguém pode ter liberalidade com bens que não são seus.
- Legado de coisa comum: ocorre quando o legado é de coisa comum e apenas em parte pertencer ao testador ou na hipótese de
o testador ordenar que o herdeiro ou legatário entregue coisa de sua propriedade a outrem.
- Legado de coisa singularizada: conforme determina o art. 1916 do Código Civil: “se o testador legar coisa sua,
singularizando-a, só terá eficácia o legado se, ao tempo de sua morte, ela se achava entre os bens da herança; se a coisa legada
existir entre os bens do testador, mas em quantidade inferior à do legado, este será eficaz apenas quanto à existente.
- Legado de coisa localizada: ocorre no caso do legado de coisa encontrar-se em determinado lugar. Neste caso, só terá eficácia
se no local for achado o legado, salvo se removido a título transitório.
b) Legado de crédito ou de quitação de dívida: neste caso, este legado só terá eficácia até a importância deste crédito ou
quitação de dívida, ao tempo da morte do testador.
c) Legado de alimentos: neste caso abarca o sustento, a cura, o vestuário, a casa, a educação enquanto o legatário viver. Quem
fixa o valor da pensão alimentícia é o testador.
d) Legado de usufruto: é vitalício. transmite-se o Direito de usar e gozar da coisa. Com a morte do usufrutuário consolida-se o
domínio do novo proprietário.
e) Legado de imóvel: compreende as benfeitorias de qualquer natureza. Cumpre ressaltar que o art. 1922 do Código Civil
declara que "se aquele que legar um imóvel lhe ajuntar depois novas aquisições, estas, ainda que contíguas, não se
compreendem no legado, salvo expressa declaração em contrário do testador."

6. Explique as substituições testamentárias previstas no direito civil brasileiro.


O testador possui a mais ampla liberdade de testar da forma que desejar, desde que respeite a legítima dos herdeiros
necessários. A legislação civil permite que ele institua qualquer pessoa como seu herdeiro testamentário em primeiro grau. Da
mesma forma, é conferido ao testador a opção de indicar um herdeiro substituto, caso se apresentem determinadas
circunstâncias.
Existem basicamente, três modalidades de substituições:
a) Substituição Vulgar (também chamada de ordinária): verifica-se quando o testador designa, no próprio ato de disposição de
última vontade, que uma pessoa substitua o herdeiro, caso o herdeiro em primeiro grau não queira ou não possa aceitar a
herança, devendo o substituto suceder em seu lugar. A previsão legal está no art. 1.947 do Código Civil Brasileiro, que assim
dispõe: "O testador pode substituir outra pessoa ao herdeiro ou ao legatário nomeado, para o caso de um ou outro não querer ou
não poder aceitar a herança ou o legado, presumindo-se que a substituição foi determinada para as duas alternativas, ainda que
o testador só a uma se refira";
b) Substituição Recíproca: ocorre a substituição recíproca quando o testador, no momento em que institui muitos herdeiros em
seu testamento, os declara substitutos uns dos outros, tal modalidade de substituição encontra fulcro legislativo no artigo 1.948,
quando este diz: "e ainda substituir com reciprocidade ou sem ela";
c) Substituição Fideicomissária: é regulada no Código Civil do art. 1.951 ao 1.960, e pressupõe a existência de três partes – o
fideicomitente (próprio testador, aquele, através da manifestação de sua vontade, institui o fideicomisso), o fiduciário (pessoa
que ficará na guarda e propriedade resolúvel dos bens fideicometidos até que ocorra a condição mencionada pelo testador
fideicomitente) e o fideicomissário (pessoa que, por último, receberá os bens fideicometidos, o seu último destinatário). Ocorre
da seguinte maneira: o fideicomitente, institui que algum, ou alguns dos seus bens ficarão com uma pessoa (o fiduciário), até
que ocorra alguma condição, expressamente mencionada pelo mesmo, caso em que, o fiduciário passará a propriedade dos
referidos bens ao fideicomissário.

7. Diga o que significa testamenteiro, quais as suas funções, seus direitos e obrigações.
Testamenteiro é o executor do testamento, é pois função remunerada. O testamenteiro tem direito à um prêmio que se chama
vintena pelos serviços prestados. A nomeação pode ser feita em testamento ou codicilo, não se admitindo a indicação em
outros documentos ainda que cumprindo as mesmas formalidades legais. Só poderá ser testamenteiro pessoa idônea em pleno
gozo de sua capacidade de fato. É função indelegável e estritamente pessoal.
Bastante controvertida a natureza jurídica da testamentaria, a doutrina tenta aproximá-la tanto do mandato, da representação
quanto da tutela embora estes sejam basicamente bens distintos.É instituto sui generis representando tanto um ofício, um
munus, uma missão de direito privado.
As funções do testamenteiro consistem em dar cumprimento às disposições de última vontade do falecido, pugnando pela
validade do testamento, tendo, além das atribuições conferidas por lei, as estabelecidas também pelo testador em seu
testamento.
Deve cumprir as obrigações testamentárias, inclusive pagando dívidas, impostos, intervindo em todos os processos em que o
espólio tiver interesse, devendo ser citado para o inventário e ouvido em todas as fases dos mesmos.

8. Fale sobre as regras interpretativas das disposições testamentárias.


As disposições testamentárias são aquelas coisas que podem ou não ser ditas em testamentos.
A rigor, predomina o Princípio da Autonomia da Vontade do Testador, que preconiza que a maneira que ele dispor será
absoluta quanto aos bens. Contudo, nem mesmo a disposição de última vontade do de cujus poderá ferir a legislação.
No testamento, ainda podem conter disposições patrimoniais ou disposições exclusivamente pessoais. As disposições
patrimoniais podem ser encontradas mais facilmente nos testamentos. Contudo, existem também diversas disposições de ordem
não patrimonial que podem ser aditadas a um testamento, por exemplo, reconhecimento de filho, nomeação de tutor, e outras
relativas a direito pessoal.
Pode-se num testamento, instituir herdeiros, através de um antigo instituto conhecido desde o Direito Romano como heredis
institutio, válido ainda em nosso ordenamento jurídico.
É também lícito ao testador impor alguma condição sobre os bens dispostos em testamento, de modo que podem haver
condições que enquanto não forem atendidas, o bem não se transmitirá.

9. Fale sobre o inventário e a partilha feitos em cartório.


O inventário é procedimento judicial obrigatório. Serve para proceder ao levantamento dos bens existentes, pagar as dívidas e
partilhar o soldo entre os herdeiros.
Quando o patrimônio resumir-se a pequenos valores, podem ser levantados por meio de alvará.
Não existe mais inventário extrajudicial. A sentença é meramente declaratória, pois já houve a transferência da propriedade, no
momento da morte.
Inventário é procedimento judicial, de jurisdição contenciosa, ainda que consensual, que se bifurca em:
- Inventário propriamente dito: Levantamento dos bens e enumeração dos sucessores.
- Partilha: Atribuição dos quinhões a cada um dos sucessores, de acordo com a primeira fase.
A lei permite a simplificação da primeira etapa, quando o inventário é substituído por um arrolamento.
A partilha será amigável ou judicial, no caso de incapazes ou conflito de interesses. A amigável pode ser inter vivos ou causa
mortis. No primeiro caso, não pode prejudicar a legítima, mas, ainda assim, haverá arrolamento. Há emenda da partilha quando
o juiz corrige inexatidões ou erros materiais.

10. Explique o que significa partilha e sobrepartilha.


Partilha é a divisão dos bens da herança segundo o direito hereditário dos que sucedem , e na conseqüente e imediata
adjudicação dos quocientes assim obtidos aos diferentes herdeiros. Sobrepartilha, por sua vez, é É a partilha adicional de bens
omitidos no inventário, na forma do art. 2.022, do Código Civil, no qual se lê: "Ficam sujeitos a sobrepartilha os bens
sonegados e quaisquer outros bens da herança que se tiver ciência após a partilha”.

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