L'OSSERVATORE ROMANO
Unicuique suum Non praevalebunt
Ano XL, número 45 (2.081), sábado 7 de Novembro de 2009
No Angelus Bento XVI recorda a festa de Todos os Santos
e a Comemoração dos fiéis defuntos
Uma passagem aberta
para o Reino da vida e da paz
«A glória do paraíso» (século
A solenidade de Todos os Santos –
«companhia espiritual na qual reina
uma solidariedade profunda» – e a
Comemoração dos fiéis defuntos
estiveram no centro da reflexão de
Bento XVI no Angelus de domingo, 1 de
Novembro. Aos numerosos fiéis presentes
na Praça de São Pedro, o Papa
explicou que a comunhão dos santos é
uma realidade que infunde uma
dimensão diversa à vida.
Queridos irmãos e irmãs!
Este domingo coincide com a Sole-
nidade de Todos os Santos, que exorta
a Igreja peregrina sobre a terra a pre-
libar a festa sem fim da Comunidade
celeste e a reavivar a esperança na vi-
da eterna. Este ano comemoram-se 14
séculos desde quando o Panteão – um
dos mais antigos e célebres monumen-
NESTE NÚMERO
Pág. 2: Intervenção da Santa Sé: na
64ª sessão da Assembleia geral da
ONU; e num encontro organizado pela
OSCE.
Pág. 3: O Papa celebrou a missa pelos
Cardeais e Bispos falecidos durante o
ano.
Pág. 4:€Reflexão€para€o€Ano€sacerdotal.
Pág. 5: Discurso ao Pontifício Conse-
lho para as Comunicações Sociais.
Pág. 6: Apresentação de Credenciais:
Bulgária e Panamá.
Pág. 7: Discurso ao Embaixador da
República Islâmica do Irão.
Pág. 8: Discurso aos participantes no
encontro promovido pelo Observatório
do Vaticano.
Pág. 9: Décima oitava Congregação
do Sínodo dos Bispos para a África.
Pág. 12: O homem no centro da «Ca-
ritas in veritate».
EDIÇÃO SEMANAL
Cidade do Vaticano
XV, Valenciennes, Biblioteca municipal)
tos romanos – foi destinado ao culto
cristão e intitulado à Virgem Maria e
a todos os Mártires: «Sancta Maria ad
Martyres». Deste modo, o templo de
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Apresentado o programa do encontro de Bento XVI
do próximo dia 21 de Novembro
A proposta de diálogo
da Igreja aos artistas
No décimo aniversário da Carta de
João Paulo II aos artistas e no 45º
do encontro com Paulo VI, no próxi-
mo dia 21 de Novembro Bento XVI
renovará a proposta de diálogo da
Igreja ao mundo da arte. As mo-
tivações e os conteúdos da ini-
ciativa, que terá lugar na Ca-
pela Sistina, foram apresenta-
dos na manhã de quinta-feira,
5 de Novembro na Sala de
Imprensa da Santa Sé pelo
Arcebispo Gianfranco Ravasi,
Presidente do Pontifício Conse-
lho para a Cultura e da Pontifí-
cia Comissão para os Bens Cul-
turais da Igreja, pelo professor
Antonio Paolucci, director dos
Museus do Vaticano e por
Mons. Pasquale Iacobone, encar-
regado do departamento de arte
e fé do Pontifício Conselho pa-
ra a Cultura. Durante a confe-
rência foi comunicado o elenco
dos mais de 250 artistas que
responderam positivamente ao
por Michelangelo na Capela Sistina
convite. Serão cinco as catego-
rias presentes: pintura e escul-
tura; arquitectura; literatura e poesia; música e canto; cinema, teatro, dança
e fotografia. O encontro pretende renovar a amizade e o diálogo entre a
Igreja e os artistas e suscitar novas ocasiões de colaboração.
EM PORTUGUÊS
Aniversário da assinatura da Declaração conjunta
Um passo importante
no caminho rumo à unidade
O bispo luterano Krause e o Cardeal Cassidy assinam a declaração conjunta
sobre a doutrina da justificação em Augsburg a 31 de Outubro de 1999
Uma comemoração importante que pode
ajudar a fazer progredir o caminho
rumo à unidade. Com estas palavras,
no final do Angelus de domingo, 1 de
Novembro, na Praça de São Pedro,
Bento XVI recordou o décimo aniversário
da assinatura da «Declaração conjunta
sobre a doutrina da justificação» por
parte da Federação Luterana Mundial
e da Igreja Católica.
A sibila eritreia representada
Preço ; 1,00. Número atrasado ; 2,00
Passaram exactamente dez anos desde
quando altos representantes da Fede-
ração Luterana Mundial e da Igreja
Católica, a 31 de Outubro de 1999,
em Augsburg, assinaram a Declaração
Conjunta sobre a Doutrina da Justifica-
ção. Depois, em 2006, a ela aderiu
também o Conselho Metodista Mun-
dial. O documento atestou um consen-
timento entre luteranos e católicos so-
bre a verdade fundamental da doutri-
na da justificação, verdade que nos
conduz ao próprio coração do Evan-
gelho e a questões essenciais da nossa
vida. Por Deus fomos acolhidos e redi-
midos; a nossa existência inscreve-se
no horizonte da graça, é guiada por
um Deus misericordioso, que perdoa
os nossos pecados e nos chama para
uma nova vida no seguimento do seu
Filho; vivemos da graça de Deus e so-
mos chamados a responder ao seu
dom; tudo isto nos liberta do medo e
nos infunde esperança e coragem num
mundo pleno de incerteza, inquieta-
ção e sofrimento. No dia da assinatura
da Declaração Conjunta, o Servo de
Deus João Paulo II definiu-a «uma
pedra miliária na estrada não fácil da
recomposição da plena unidade entre
os cristãos» (Angelus, 31 de Outubro
de 1999). Este aniversário, portanto, é
uma ocasião para recordar a verdade
da justificação do homem, testemu-
nhada em conjunto, para nos reunir
em celebrações ecuménicas e aprofun-
dar ulteriormente tal temática e ou-
tras que são objecto do diálogo ecu-
ménico. Espero de coração que esta
importante data contribua para fazer
progredir o caminho rumo à unidade
plena e visível de todos os discípulos
de Cristo.
História do cérebro que lê
Sócrates
estava equivocado
LUCETTA SCARAFFIA NA PÁGINA 14