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Publicações

Temas Penitenciários 2 - Série 2 - Sumário

Ciganos na Prisão: Um universo diferente? - J. J. Semedo Moreira

Este artigo caracteriza sociologicamente os reclusos de etnia cigana presentes no sistema prisional

em Maio de 1998. A informação abarca os dados pessoais pré-prisionais deste universo, a sua

situação criminal e penal, bem como aspectos relacionados com o consumo de estupefacientes e as

relações familiares entre reclusos. As diferenças encontradas entre as feições sociológicas,

criminais e penais dos reclusos ciganos e da restante população reclusa, reforçam a ideia de que

aqueles possuem um conjunto de traços diferenciadores dos demais reclusos que extravassam o

suporte cultural que transportam para o interior das prisões. A conclusão principal que se pode tirar

é a de que é urgente pensar na problemática da privação da liberdade para indivíduos pertencentes

a minorias étnicas e culturais.

Intervenção em reclusos seropositivos: Descrição de um programa - Cândida Machado; Rui

Abrunhosa Gonçalves

Neste artigo descreve-se o programa "Coragem de Ser", um programa de intervenção levado a cabo

junto de reclusos seropositivos com o objectivo de propocionar informação sobre as carecterísticas

da doença e das reprecussões em termos físicos e psicológicos e dotar os sujeitos de recursos de

coping (confronto) que lhes permitem enfrentar as adversidades inerentes à doença e

simultaneamente a sua condição de reclusão. Os resultados da intervenção serão comentados de

forma qualitativa, ressaltando a importância e necessidade cada vez maior da intervenção junto

deste tipo de populações, duplamente carenciadas


Evolução do homicídio através dos tempos - Fernando Almeida

Descreve-se a evolução do homicídio desde as épocas mais remotas da civilização sendo referidas

e comentadas as estatísticas mais recentes em vários países.

Perfil da população seropositiva para VIH no estabelecimento Prisional do Porto - Rui M.

Ramos Morgado, Leticia S. Malta e A. Ludgero de Vasconcelos

Um dos problemas que os AA encontraram ao longo dos anos em que têm exercido actividade

clínica no estabelecimento Prisional do Porto (EPP) foi o aumento da população seropositiva para o

Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Neste trabalho pretenderam determinar na população do

EPP o perfil do recluso seropositivo e se haveria ou não o fenómeno que designaram por "efeito de

estufa", isto é, se os reclusos viriam infectados do esterior ou se adquiriram a infecção dentro do

sistema prisional.

O estudo incidiu sobre uma população constituída por 1010 reclusos seropositivos (11,1% do total

de reclusos que passaram pelo EPP desde 1992) na maioria do sexo masculino (98,6%), com

história de vários anos de consumo de droga, nomeadamente heroína e cocaína por via parentérica.

A idade média dos reclusos incluídos no estudo foi de 28,8 anos, sendo 51,2% oriundos do

concelho do Porto e 21,1% dos seus concelhos limítrofes.

O perfil do recluso seropositivo que dá entrada no EPP foi definido pelos AA como tendo a idade

compreendidab entre 23 e 24 anos, proveniente de um concelho da área do Grande Porto ou do

litoral urbano, que provavelmente não foi preso pela primeira vez e é toxicodependente há vários

anos.

Relatam-se os trabalhos realizados com estes reclusos ao nível dos Serviços Clínicos do EPP,

ressaltando-se a importância e os resultados do acompanhamento psicológico.

Finalmente, os AA verificaram que não existe o que chamaram "efeito de estufa" pois só 0,79% dos

casos estudados revelaram ser de reclusos, que provavelmente contraíram a infecção dentro do

sistema prisional.

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