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S ENTEN ヌ A C ヘ V EL ( A l c i n d o Bittencout & Cláudio

Antunes)
COMARCA DE...
1 ェ VARA C ヘ VEL.
PROCESSO N コ:
A ヌテ O:
AUTOR:
R ノ U:
JUIZ PROLATOR:

VISTOS, ETC./ VISTOS./ VISTOS ESTES AUTOS./ VISTOS E


EXAMINADOS ESTES AUTOS.

Observações Preliminares sobre o Relatório e o Texto em


Geral:

1) Tempo: ou tudo no presente, ou tudo no passado (o autor


alega, o réu contesta, ou o autor alegou, o réu contestou, etc.) -
preferencialmente se usa o passado, porquanto o relatório é a
história do processo.

2) Não utilizar axiônimos ao referir-se às partes, seus


advogados ou o presentante do MP (expressões do gênero: o
excelentíssimo, o digno representante, o ilustrado procurador,
etc.). Também é de péssimo estilo utilizar o "data venia", quando
se vai atacar uma tese.
2) Importante fixar o procedimento para se ter um bom
relatório. Verificar, assim, se houve contestação em audiência
(sumário), concessão de liminar, etc.
3) Usar termos adequados: requerente e suplicante, por
exemplo, convêm mais aos feitos de jurisdição voluntária. No que
tange a mandados de segurança (que se impetram e não se
ajuizam), usa-se, de um lado, autor ou impetrante e, de outro,
informante ou autoridade "apontada" como coautora (por vezes,
impetrado também, ou só "autoridade"). O termo "interpor", por
sua vez, condiz mais com recursos do que com ações; já "opor" é
mais adequado a embargos.
4) Datas: só quando forem importantes no processo
(prescrição, intempestividade de recursos, etc.).
5) Quando se indicarem artigos de lei, especificar de quais
leis eles provêm.

RELAT モ RIO

a) FULANO DE TAL (qualificação) ajuizou ação ........


contra BELTRANO DAQUILO (qualificação), (pelo então rito
sumariíssimo, ou pelo atual rito sumário, se for o caso) visando à
(declaração; condenação; seja decretada a separação judicial;
etc.)...

Obs: se se tratar de mandado de segurança: FULANO DE


TAL (qualificação) impetrou mandado de segurança contra ato do

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(cargo, não pessoa: Comandante geral da Brigada Militar,
Delegado da Receita estadual, etc.), objetivando, etc.

b) Alegou, em síntese, que (descrever o fato)..., pedindo:


(especificar os pedidos, inclusive os de liminar e A.J.G.) Arrolou
testemunhas e juntou os documentos de fls x a y (ou: requereu o
depoimento pessoal do réu, etc.).

c) Citado, o réu, em contestação, sustentou que.... Arrolou


testemunhas, etc. (se for rito sumário: "em audiência retratada à
fl..., o réu contestou, sustentando, em suma, que...").

Obs: em mandado de segurança, há "informações" em vez


de contestação.

d) Foi proposta reconvenção, na qual sustentou o réu-


reconvinte que: (fato, à feição da inicial), pedindo: (especificar os
pedidos).

e) Em réplica, manifestou-se o autor no sentido de que...


(se houve tréplica, indicar).

f) Fazer alusão ao despacho saneador, quando houver:


"Em saneador, foi designada a audiência de instrução e deferida
a assistência judiciária gratuita"; se foram decididas questões
preliminares, indicá-las. Observar também o novo art. 331 do
CPC, que prevê uma audiência para essa fase.

g) Foi realizada a prova pericial, consoante fl. x.

h) Em audiência de instrução e julgamento (se for rito


sumário, é a mesma audiência em que houve a contestação, em
regra), foi rejeitada a proposta de conciliação, após o que (ou em
outra data) se colheu a prova testemunhal (indicar quantas
testemunhas; não é de boa técnica referir as "testemunhas do
réu" ou "do autor", sendo melhor especificar que foram arroladas
por um ou outro). Sobrevindo os debates orais, aduziu o autor que
a).....; b)....; e c).....; ao passo que o réu pretendeu a
improcedência da ação, alegando que: a)...; b)....; e c).....

i) se houver contradita das testemunhas, indicá-la


detalhadamente, se foi decidida na ocasião; se vai ser decidida
na sentença, apenas referir sucintamente.

j) Ouvido o presentante do Ministério Público (em ações


de estado, mandados de segurança, etc.), este, à fl. x, opinou
pelo....(mesmo que o MP, em audiência ou em promoção escrita
apenas peça prosseguimento do feito ou "justiça", deve-se
consignar a sua manifestação).

k) Após, vieram os autos conclusos para a prolação da


sentença.

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l) justificação da mora, quando for o caso.

ノ O RELAT モ RIO.

PASSO A FUNDAMENTAR.

I - Preliminarmente:

a) Pressupostos processuais:

+-juiz(jurisdição, competência, imparcialidade)


-Subjetivos-|
+-partes(capacidade para ser parte, processual

e postulatória)

+-extrínsecos (inex. de fatos impeditivos: coisa


-Objetivos- julgada, litispend., compromisso).
+-intrínsecos (subordinação do procedimento à

lei).

+-possibilidade jurídica
b) Condições da ação-+-legitimidade de parte
+-interesse de agir

Obs: de acordo com a posição doutrinária que se esposar (e


que não seja a do CPC), as condições da ação abarcarão o
mérito.

c) enfim, outras circunstâncias que ensejem uma


abordagem inicial, por mostrarem uma relação de prejudicialidade
com o mérito da lide: intempestividade da contestação, nulidades
procesuais, etc.

Obs: observar a ordem de exposição, em havendo mais de


uma preliminar invocada; geralmente a tempestividade da
contestação prefere àqueloutras que constem da própria
contestação atacada (como incompetência do juízo, ilegitimidade
de parte, etc., conquanto se trate de questões de ordem pública,
mas desde que não sejam acolhidas - se o forem, devem vir,
lógico, em primeiro lugar na abordagem). Também a ilegitimidade
de parte, em outras hipóteses, costuma ter alguma precedência,
partindo-se da idéia de que só pode alegar outras pechas do
processo aquela parte que deve efetivamente ocupar o pólo
passivo da demanda. A inversão da ordem de exposição, contudo,
não chega a ser uma falha grave, e, antes de qualquer coisa, vai
ser o caso concreto que dará a orientação da ordem de
enfrentamento das questões.

II - Mérito

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a) Quanto à redação:

- usar o tempo presente, porquanto se está decidindo no


momento em que se escreve;

- evitar o plural majestático: convêm a primeira pessoa, a


voz passiva analítica, ou o uso do índice de indeterminação do
sujeito "se";

- evitar condicionais (poderia, seria o caso de, etc.) e


expressões do tipo "penso", "creio", etc.

- não fazer citações em outra língua, nem transcrever


depoimentos ou documentos, salvo naquilo em que forem muito
importantes.

b) Preliminar de mérito: prescrição e decadência.


Conforme o caso, incluir-se-ão aqui as ditas "condições da ação".

c) mérito da lide: res in judicium deducta.

* Pode-se iniciar a fundamentação com a conclusão: "a


prova coligida nos autos aponta para a procedência da ação", ou
dá-la apenas ao final.

* Questões de fato e de direito. Proceder ao enquadramento


jurídico dos fatos (sempre que possível, indicar o fundamento
legal que dá sustento a esse enquadramento); não esquecer que
a fundamentação deve ter íntima relação com os pedidos e
apresentar coerência em face do dispositivo.

* Em se tratando de mandado de segurança, há de se


observar a limitação probatória: apenas se admite a prova
documental, já que esta ação se funda em direito líquido e certo,
de instrução restrita. Também se devem observar as restrições de
cognição presentes em alguns outros procedimentos especiais
(nas ações possessórias, por exemplo, em que é defeso, como
regra, discutir o domínio).

* Observar os pedidos (cúmulo de demandas) e as teses da


parte adversa; enfrentar todas as alegações, por mais esdrúxulas
que sejam.

* Analisar o conteúdo das provas e a sua validade,


quando esta for atacada. Dizer sempre os porquês, de preferência
apontando a origem, dentre os elementos do processo, da
conclusão alcançada.

* Ao contrário do que ocorre nos ramos do Direito ditos


"públicos" (direito penal, direito tributário, direito do trabalho,
etc.), deve-se se dar aqui importância ao acordado entre as
partes: muitas questões têm sua solução nos contratos juntados

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aos autos (a impossibilidade de retenção do bem locado em razão
de benfeitorias, por exemplo). Cuide-se, porém, a restrição da
vontade das partes em se tratando de direitos indisponíveis
(direito de família, relações de consumo sob a égide do
CODECON, etc.).

* Se o autor pede 100, posso dar 80, mas não 110 (em se
tratando de alimentos, prevalece o critério da precisão do
alimentando sobre qualquer outro). Importante na questão dos
juros: se se pedem juros da citação, mesmo que o entendimento
vigente seja de os conceder da data do fato (súmula n コ 54 do
STJ), deve-se restringir ao pedido efetuado.

* Observar o ônus da prova (art. 333 do CPC), fator


importantíssimo e que, por si só, pode abreviar em muito a
discussão posta em juízo. Cuidar apenas que, em se tratando tão-
só de matéria de direito (juros, por exemplo, ou conseqüências
jurídicas dos fatos), o juiz não fica adstrito a tal princípio (nem
mesmo se ocorrer a revelia), ainda que as partes estejam de
acordo, como (outro exemplo) quanto ao índice de correção: o juiz
pode escolher o que entender mais adequado.

* Na esteira desse raciocínio, convém alertar que os juros


e correção monetária sequer precisam ser pedidos pelo autor,
quando cabíveis: decorrem do sistema; no mesmo sentido quanto
às custas e honorários, que são automáticos. Agora - repita-se -,
se o autor os pediu da data da citação, podendo tê-los requerido
da data do fato, deve o juiz se ater àquela data.

* Em se tratando de procedimentos de jurisdição voluntária,


não será observada a legalidade estrita, podendo o juiz decidir
conforme o que achar mais conveniente (art. 1109), bem como
alterar decisão já proferida, em face de acontecimentos
posteriores (art. 1111).

* Observar os efeitos da revelia: esta não se opera em


face de direitos indisponíveis (é decretada, mas não tem os
mesmos efeitos da que ocorre diante de direitos disponíveis),
nem, como se viu acima, em face de questões de direito (e de
Ordem Pública).

* Os pontos incontroversos não necessitam de grande


explanação (ex: valores dos orçamentos num acidente de trânsito
que não são contestados); assim, se o autor alega três fatos e o
réu contesta um deles, dois são incontroversos.

* Art. 459: "O juiz proferirá a sentença, acolhendo ou


rejeitando, no todo ou em parte, o pedido formulado pelo autor.
Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito, o
juiz decidirá de forma concisa.

Parágrafo único. Quando o autor tiver formulado pedido


certo, é vedado ao juiz proferir sentença ilíquida."

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* índice de inflação: pode ser fundamentado, bem como
os juros, quando exigirem explicações maiores quanto a sua
fixação (ver observações mais adiante).

d) fato superveniente: art. 462: "Se, depois da propositura


da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo de
direito influir no julgamento da lide, caberá ao juiz tomá-lo em
consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento
de proferir a sentença."

e) se houver denunciação da lide ou outra forma de


intervenção de terceiros, necessário abordar a relação alegada na
fundamentação.

DISPOSITIVO

ISTO (OU ISSO) POSTO, ou PELO EXPOSTO,

1. Sentença Declaratória:

a) ..., julgo PROCEDENTE a ação para declarar, com


fundamento nos arts...., a falsidade do instrumento de procuração
de fl. x, condenando o réu ao pagamento das custas procesuais e
dos honorários advocatícios, arbitrados esses em x % sobre o
valor da causa, dada a natureza da ação (se foi complexa, etc.) e
o trabalho despendido (sempre fundamentar a quantificação da
verba honorária).

b) ..., julgo PROCEDENTE esta ação para declarar, forte


nos arts.... originariamente adquirido, por usucapião, o imóvel
descrito no relatório (ou o imóvel...descrição). Outrossim,
condeno o réu, etc.

c) ..., julgo PROCEDENTE esta ação para declarar


(fundamento legal) inexistente o negócio jurídico de compra e
venda do imóvel x entre o autor e o réu. Outrossim, etc.

d) ..., julgo PROCEDENTES os embargos opostos por


(nome do embargante) para declarar (fundamento legal) a
nulidade do título executivo, extinguindo, por conseguinte, a
execução que lhe move (nome do exeqüente); ou: julgo
PROCEDENTES os embargos, etc., para reduzir a execução ao
montante de R$...., mais juros e correção monetária.

Obs1: seguiu-se aqui a tese de que a sentença dos


embargos de devedor é de natureza declaratória, em que pesem
posições contrárias, de que seria constitutiva negativa.

Obs2: ataca-se com freqüência, nos embargos, a liquidez


do título executivo; ora, se o valor deste puder ser aferido
mediante mero cálculo aritmético, mantém-se a liquidez

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necessária para, conforme o caso, o prosseguimento da
execução.

Obs3: também se costuma embargar alegando abusividade


nos juros e a conseqüente nulidade do título; todavia, a melhor
orientação é a de se reduzirem os tais juros à taxa cabível, sem
anular o título executivo e extinguir a execução que nele se
sustenta.

2. Sentença Condenatória:

..., julgo PROCEDENTE esta ação para (fundamento legal)


condenar o réu ao pagamento de R$..., acrescidos de juros de
mora a partir da citação (ou da data do fato - súmula 54 do STJ;
mas se for da data do fato e o autor pedir da citação, deve ser da
citação) e correção monetária pelo índice..., a partir de
(ajuizamento, data de orçamentos - quanto aos orçamentos em
acidente de trânsito, a correção é de sua data, mas os juros da
data do fato - ver observações abaixo). Condeno-o, ademais, ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios,
arbitrados esses em x % sobre o valor da condenação (só na
condenação se aplica o art. 20, ァ 3 コ , do CPC, e isso quando
houver valor respectivo; para os outros casos, inclusive
condenações sem valor - de fazer, por exemplo -, aplica-se o art.
20, ァ 4 コ).

..., julgo PROCEDENTE a presente ação revindicatória para


(fundamento legal) condenar o réu a entregar ao autor o bem
reivindicado; condeno-o, outrossim, ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios, os quais fixo em x salários
mínimos, etc. (note-se: mesmo se tratando de condenação, os
honorários são regidos pelo art. 20, ァ 4 コ, do CPC).

Obs1: se houver pedido de demolição de construções


efetuadas pelo réu no bem reivindicado, (construções estas que
tecnicamente seriam acessões - art. 547 do CC. -, mas que têm
sido consideradas como benfeitorias - arts. 63, 516 e 517 do CC
-, quanto aos efeitos), caracterizando cúmulo de demandas, este
pedido deve ser abordado no dispositivo, permitindo-se, conforme
o caso, o levantamento dos materiais da obra.

Obs2: há uma parte da doutrina no sentido de que a


sentença, na reivindicação, tem eficácia executiva, e não só
condenatória; assim, na própria decisão já se daria um prazo para
o réu desocupar o bem (ou devolvê-lo ao autor), sob os efeitos da
imissão na posse em favor do autor. Segunda essa posição, o
dispositivo, na ação de reivindicação, se assemelharia, na sua
estrutura, ao da ação de despejo.

... julgo PROCEDENTE (ou parcialmente, conforme o caso) a


denunciação da lide para condenar (fundamento legal) a
Seguradora XT a reembolsar o denunciante (nome do
denunciante) nos limites do contrato efetuado. Condeno o

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denunciado, outrossim, nas custas da denunciação e honorários
ao patrono do réu, que fixo em ...(justificar).

Obs: não é tranqüilo que o denunciado pague também as


custas processuais e honorários com que o réu teve de arcar pela
ação principal; quem entender que isso é cabível, deve
determiná-lo no dispositivo: "... reembolsando o réu relativamente
às custas e honorários por este despendidas na ação principal."
De qualquer forma, a divergência só vai surgir se houver pedido
do denunciante nesse sentido.

3. Sentença Constitutiva:

a) ..., julgo PROCEDENTE a ação para rescindir o


negócio jurídico de doação (fundamento legal), condenando o réu
ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícos,
arbitrados esses em x % sobre o valor da causa atualizado,
levando-se em conta a natureza da ação e o trabalho efetuado.
(ou, como é comum em ações não-condenatórias, fixar a verba
honorária entre 3 e 10 salários mínimos ou URHs, mas sempre
justificando o porquê do quantum fixado).

b) 1)..., julgo PROCEDENTE a presente ação para


decretar o separação judicial/divórcio do casal, condenando o
réu, outrossim, ao pagamento de pensão alimentícia, que fixo em
um terço dos rendimentos líquidos do réu, assim entendidos a
diferença entre o valor bruto do salário e os descontos
obrigatórios (IPE e IR), etc.
2) Condeno o réu, ainda, ao pagamento das
custas procesuais, etc.
3) A mulher voltará a usar o nome de
solteira.

c) ..., julgo PROCEDENTE a ação para invalidar o negócio


jurídico de compra e venda, condenando o réu, etc.

4. Sentença Mandamental:

a) ..., julgo PROCEDENTE a ação para determinar seja


retificado o assento de nascimento do autor, consignando-se o
mês de setembro como o do nascimento, etc.

b) ..., julgo PROCEDENTE a ação para manter o autor no


exercício da posse do imóvel...

c) ..., julgo PROCEDENTE a ação para determinar o


seqüestro do imóvel x, condenando o réu no pagamento das
despesas processuais e honorários advocatícios, arbitrados esses

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em x % sobre po valor da causa, levando-se em conta a natureza
da ação e o trabalho efetuado.

d) ..., julgo PROCEDENTE a ação (ou: ...., CONCEDO o


mandado de segurança) para ordenar ao Prefeito Municipal de...
que admita a inscrição do autor ao concurso de escriturário, etc.,
confirmando (se for o caso) a liminar anteriormente concedida.
Custas pela demandada.
Sem honorários, nos termos da ementa n コ
512 da Súmula do STF e/ou 105 do STJ.

e) ...., julgo IMPROCEDENTE a ação (ou: DENEGO o


mandado de segurança) e revogo a liminar concedida (não se
"cassam" liminares).
Custas pela demandante.
Sem honorários, nos termos da ementa n コ
512 da Súmula do STF e/ou 105 do STJ.

5. Sentença Executiva:

a) ..., com fundamento no art. xx da Lei n コ 8245/91, julgo


PROCEDENTE a ação, decretando a rescisão do contrato de
locação e o despejo do réu, fixando-lhe o prazo de 30 dias para a
desocupação voluntária do imóvel (ou, se houver retenção:... o
despejo do réu, a que se procederá após o depósito do valor
correspondente às benfeitorias, segundo fls. "x"), sob pena de
despejo compulsório; condeno-o, outrossim, ao pagamento das
custas processuais, etc.

Obs1: somente será concedido ao réu o direito de retenção


até a indenização das benfeitorias realizadas no bem locado se o
respectivo valor já estiver líquido (e, claro, se o contrato
permitir).

Obs2: em sendo a hipótese do art. 63 da Lei n コ 8245/91,


acrescentar no dispositivo: "para o caso de execução provisória,
nos termos do art. 63, ァ 4 コ da Lei n コ 8245/91, fixo a caução no
valor equivalente a quinze meses de aluguel, atualizado."

b) ..., julgo PROCEDENTE a ação para reintegrar o autor


na posse do imóvel x (descrição do bem), condenando o réu às
custas, etc.

6. Sentença de Procedência Parcial

..., julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE esta ação para


condenar o réu ao pagamento de R$..., acrescidos de juros de
mora a partir da citação e correção monetária pelo índice..., a
partir de "x" . Verificada a sucumbência parcial, o réu pagará as
custas processuais sobre o valor da condenação, bem como os

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honorários advocatícios do patrono do autor, que fixo em x%
(fundamentar) sobre aquele valor; o autor, por sua vez, arcará
com as custas processuais na proporção de seu decaimento, bem
como com os honorários advocatícios do patrono do réu, que fixo
(fundamentar) em y% sobre aquele montante. Afinal, faça-se a
compensação.

7. Sentença de Improcedência:

..., julgo IMPROCEDENTE a ação, condenando o autor ao


pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios
do patrono do réu, arbitrados esses em x % sobre o valor da
causa, etc.

Obs1: as sentenças de improcedência têm caráter


declaratório.

Obs2: em quaisquer dos dispositivos que se viram, se


houver preliminar afastada, importante indicar: "Isto Posto,
rejeitada a preliminar, julgo...."

Observações complementares:

1) Apontar, no dispositivo, sempre que possível, o


fundamento legal da decisão dada.

2) Não esquecer de abordar a reconvenção, quando


houver, e sempre em item separado; idem para as ações
incidentais que devam ser julgadas juntamente na sentença
(cautelares, falsidade documental, etc.).

3) Em se tratando de certos tipos de ação (por exemplo,


uma separação), não há como haver procedência parcial da ação:
não há, seguindo ainda o exemplo dado, "meia separação". Notar
ainda que, em havendo reconvenção, possível tanto a ação como
a reconvenção serem procedentes, desde que haja culpa
recíproca. Não esquecer que a reconvenção é uma ação
autônoma, conquanto no mesmo processo, e para ela haverá
custas e honorários específicos.

4) Quando o dispositivo envolver várias abordagens, fazê-


lo articuladamente: a) julgo PROCEDENTE a ação...; b) a mulher
retornará ao nome de solteira; c) julgo IMPROCEDENTE a
reconvenção; d) condeno o réu ao pagamento das custas da ação
e da reconvenção, e honorários em 8 URHs para ambas as ações,
tendo em vista, etc.

5) Se houver exclusão de alguma das partes, restando a(s)


outra(s) no feito, deve-se reservar um item do dispositivo a tal
exclusão, caso em que "Diante do exposto... n) Declaro FULANO
DE TAL parte ilegítima no presente feito, com fundamento no art
"x" e . 267, VI, do CPC." Se se tratar de embargos, por sua vez,
visando, por parte de algum dos embargantes, a sua exclusão da

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execução, ter-se-ia: "Julgo PROCEDENTES os embargos
propostos por FULANO DE TAL para decalará-lo, com fulcro no
art. 267, VI, do CPC, parte ilegítima da ação de execução que lhe
move BELTRANO DAQUILO." Nesses casos vistos, a parte
adversa arcará, naturalmente, com os honorários da parte
afastada e com as despesas processuais respectivas.

6) Em havendo cúmulo de ações (reintegração de posse e


indenização, por exemplo), pode ocorrer de uma delas, de cunho
incidental, não ser acolhida; nesse caso, não há procedência
parcial em relação ao autor, e sim procedência total em face da
ação preponderante, e improcedência em relação aos outros
pedidos. A sucumbência, nesse caso, será recíproca.

7) Observar a sucumbência parcial: se o autor pediu 100 e


leva 70, deverá pagar 30% das custas e honorários. Note-se que
não há necessidade de se obter um percentual exato para a
sucumbência recíproca, ainda mais quando se tratar de valores
"quebrados"; o essencial é observar uma certa proporcionalidade,
a quel geralmente se expressa mediante frações: 2/3; 1/2; 1/3;
1/4; 1/5...1/10 (abaixo de 1/10 é decaimento mínimio do pedido
-art. 21, parágrafo único, do CPC -, para o qual se observa, como
se viu, o percentual de até 9%). Pode-se determinar compensação
a final.

8) Relativamente aos honorários, havendo sucumbência


parcial, há três maneiras de os considerar, havendo condenação e
sucumbência recíproca:

* o método tradicional (mais adequado para concursos) é


o seguinte: fixam-se os honorários do patrono do autor sobre a
condenação, e os do advogado do réu sobre o decaimento
daquele.

* tudo sobre a condenação, da seguinte forma: 20% de


honorários, sendo 2/3 para o advogado do autor e 1/3 para o
advogado do réu (se, ao invés de frações, se optar por
percentuais, fazer com que esses recaiam sobre aquele outro
percentual inicialmente fixado - revertendo-se as frações
exemplificadas, obter-se-iam 66,66% sobtre os 20% para o
advogado do autor e 33,33% para o procurador do réu).

* uma terceira maneira, mais aconselhável para juízes


feitos, é a seguinte: apontar apenas o resultado de uma
compensação já realizada na cabeça do julgador; assim, no
exemplo dado acima, bastaria dizer: "feita a compensação, o réu
pagará ao patrono do autor 6,66% (ou 1/3 de 20%) sobre o valor
da condenação."

* por fim, pode o juiz determinar a compensação (se não


optou pela última alternativa) entre esses valores. Há, vale a
pena o registro, discussão quanto a se os honorários são das

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partes ou dos advogados; quem sustenta essa última hipótese ao
pé da letra entende não ser possível a compensação.

9) No tocante à sucumbência parcial e honorários naqueles


casos em que não há condenação (ou esta não se expressa em
valores paupáveis), pode-se: a) determinar que o réu pagará ao
advogado do autor 8 salários mínimos (ou URHs) e que o autor
pagará ao advogado do réu 3 salários mínimos (ou URHs) b)
simplesmente indicar o resultado dessa operação, pelo que ao
patrono do autor o réu pagará 5 salários mínimos (ou URHs); ou
c) estabelecendo um percentual sobre o valor da causa, assim:
"honorários a 20% sobre o valor da causa, sendo 16% para o
patrono do autor e 4% para o do réu."

10) Se o autor pediu 12% de juros, sem ter havido avença


nesse sentido entre ele e o réu, o juiz deve reduzir a taxa ao
padrão legal (6%); nesse caso, quem considerar os juros parte
integrante do pedido deve dar a procedência parcial ao autor; e
quem considerá-los meros acessórios, procedência total (ver
anotação acima, na fundamentação, sobre a desnecessidade de
se pedirem os juros).

11) Os juros constituem tema complexo, sendo conveniente


se observarem algumas colocações:

a) se se tratar de ato ilícito, os juros se computam desde a


data do fato (súmula 54 do STJ) ou da citação (posição mais
antiga, não aconselhável);

b) se se tratar de inadimplemento contratual, há de se


avaliarem três hipóteses:

* regra geral: da citação (art. 219 do CPC);

* se o contrato estipular algo diverso, vale o contrato


(observar os casos enquadráveis no CDC: pode haver nulidades);

* se certos tipos de relações jurídicas previrem atos


específicos para a constituição em mora do devedor (prestações
atrasadas numa promessa de compra e venda, por exemplo), este
será o termo a quo na fixação dos juros.

c) relativamente a títulos de crédito, observa-se a data do


respectivo vencimento; em se tratando de cheque, pode-se optar:

* pela data da emissão (toma o cheque como pagamento


à vista);

* da data da primeira apresentação;

* em se tratando de cheque pós-datado, da data fixada


(considera-se o cheque, nesse caso, como uma nota promissória).

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Obs: se o cheque pós-datado foi emitido incluindo-se nele a
previsão inflacionária do período, pode-se fazer a dedução do
excesso, se foi ele apresentado antes da data acordada; mas,
para tanto se exige a prova de que esse excesso efetivamente
ocorreu, não se podendo presumir tal fato.

d) enfim, se não houver referenciais, o termo a quo será o


da citação.

12) Outro tema árido é o da correção monetária, em relação


ao qual se deve obervar o seguinte:

* a correção monetária foi acolhida no país pela lei n コ


6899, de 8 de abril de 1981, a qual se aplica também a débitos
que lhe são anteriores.

* o índice "oficial" é a série ORTN + OTN + BTN,


porquanto há lei que os definiu (cuidar as datas respectivas: é
impropriedade mandar-se corrigir um débito pela ORTN + OTN se
ele for, por exemplo, de 1990 até agora).

* após a BTN, surgiu o impasse: a quem tome a TR por


índice oficial e há quem diga que a TR é previsão de taxa de
juros, e não indexador, e muito menos índice oficial.

* como a série ORTN + OTN + BTN (este último extinto


em fevereiro de 1991), dados os expurgos freqüentes dos planos
de governo, ignora vários períodos em que houve efetiva inflação,
sobretudo em janeiro/fevereiro de 1989, há quem defenda a
inclusão, relativamente a esses dois meses em específico, ou: a)
do IPC (que aponta um percentual, para o período, de
70,28%); ou b) o INPC (que aponta 35,48%).

* por outro lado, o índice mais confiável que se tem é o


IGP-M, principalmente por advir de uma entidade (a Fundação
Getúlio Vargas) isenta de ingerências governamentais, índice em
relação ao qual se podem tomar duas posições: ou se adota o
IGP-M para a correção integral do débito (particularmente, penso
ser a posição mais adequada se se quiser manter o valor
primordial do débito), ou, aplicando a série oficial até a BTN,
opta-se, após a extinção deste indexador, pelo índice em
questão. Só para efeito de registro: a diferença do IGP-M integral
para a série oficial, dependendo do período (quanto maior, maior
a diferença), pode chegar a 200%. O argumento contrário que se
põe quanto à utilização do IGP-M é o de que constitui ele um
índice extraoficial, não havendo lei que o acolha expressamente,
não obstante haver Ordem de Serviço da Corregedoria Geral da
Justiça ( de 1989) no sentido de o observar.

Obs: a Comissão de permanência (taxa que as financeiras


cobram pela permanência do título em cobrança e que em geral já
considera uma projeção inflacionária) não pode ser cumulada com

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correção monetária; a tendência é de ignorá-la e conceder apenas
a correção monetária do período.

13) juros e correção monetária são coisas distintas: um não


tem necessariamente o mesmo termo inicial do outro; ex: em
acidentes de trânsito, a correção monetária costuma ser dos
orçamentos aporesentados (entendimento da súmula 43 do STJ),
ao passo que os juros serão, nesse exemplo dado, da data do
fato (súmula 54 do mesmo Tribunal).

14) Em mandado de segurança: se o impetrante ganhou,


quem em tese pagaria as custas seria o perdedor; mas, como o
perdedor aqui é o Estado, diz-se, apenas: Custas na forma da lei.
Nesta ação, malgrado a discussão, não há honorários advocatício
(súmulas 512 do STF e/ou 105 do STJ). Em outros casos em que
o Estado intervém - como numa ação de usucapião -, convém
condená-lo normalmente ao pagamento das custas.

15) Quando não for possível identificar um vencedor - numa


ação de separação consensual, por exemplo -, as custas em regra
são suportadas meio a meio, e os honorários tendem a ser por
conta de cada litigante, salvo se houver acordo em contrário.

16) Procurar não fundamentar nada no dispositivo, salvante


as questões de somenos consideração (juros, correção monetária
e honorários), mas, mesmo assim, a fundamentação que houver
deverá ser enxuta (Súmula tal, etc.).

17) Se houver alguma preliminar invocada pelo vencedor da


demanda, mas que tenha sido rejeitada, a sentença será de
procedência parcial: "Ao exposto, julgo PROCEDENTE EM PARTE
o pedido para, rejeitada a preliminar, etc."

18) Se a A.J.G. não foi deferida ao longo do processo, deve


ser enfrentada na sentença, seja na fundamentação
(preferencialmente), seja no dispositivo. Tendo sido concedida a
A.J.G. às partes (autor e/ou réu), mesmo assim deve haver
condenação nas custas processuais e honorários advocatícios,
apenas se observando o prazo qüinqüenal do art. 12 da Lei n コ
1060/50 para a prescrição dessas obrigações.

PROVIMENTOS FINAIS

1 - Sentenças Declaratórias:

a) Em certos tipos de ação declaratória, realizar-se-á


algum tipo de registro; assim, por exemplo, no usucapião
procedente, em que: "transitada a sentença em julgado, espeça-
se mandado de registro ao Cartório Imobiliário", ou na
investigação de paternidade, caso em que o cartório ao qual se
expedirá mandado será o de Registros Civis; etc.

14
b) Se, na procedência do usucapião, alguma das partes
contestantes for a União, Estado, Distrito Federal ou Município,
enfim, o Poder Público, dever-se-á proceder ao reexame
necessário (art. 475 do CPC).

2 - Sentenças Condenatórias:

- Em se tratando de condenação em alimentos - que se


pode dar incidentalmente numa ação de outra natureza (numa
investigação de paternidade ou numa separação), mediante
cumulação de pedidos -, e sendo o réu funcionário público ou
agente político, dir-se-á, a final: "transitada em julgado, oficie-se
à repartição em que trabalha o réu, para efeito dos descontos em
folha a serem efetuados mensalmente."

3 - Sentenças Constitutivas:

- Em separações (consensuais ou litigiosas), bem como


em divórcios, decide-se incidentalmente acerca do retorno ou não
ao nome de solteira, pela mulher; nesses casos, explicitar:

a) no dispositivo, ainda: "a mulher voltará a usar o nome de


solteira"; e

b) a final: "transitada em julgado, oficie-se ao registro civil",


ou: "transitada em julgado, expeça-se mandado de averbação,
onde constará que a divorcianda (ou separanda) voltará a usar o
nome de solteira, ou seja, FULANA DE TAL (ou, ainda: "que
continuará usando o nome de casada, ou seja: FULANA
DAQUILO").

4 - Sentenças Mandamentais

a) Sendo um mandado de segurança, oficiar à autoridade


coatora.

b) Sendo procedente o mandado de segurança, impõe-se o


reexame necessário pelo Tribunal competente; nesse caso, o
fundamento legal não é o art. 475 do CPC, mas o art. 12,
parágrafo único, da lei n コ 1533.

5 - Sentenças Executivas

- Nas ações de reintegração de posse procedentes,


despejo, enfim, todas que possuam caráter executivo, determinar
a expedição o mandado respectivo.

6 - Gerais:

a) O reexame necessário também se impõe nas ações de


anulação de casamento (procedentes) e em qualquer outra que
tenha por sucumbente o Estado ou a Fazenda Pública (art. 475,
parágrafo único, do CPC). No caso de mandado de segurança,

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repita-se, o fundamento legal é diferente. Sempre indicar,
outrossim, para qual Tribunal (se o de Alçada ou o de Justiça) os
autos devem subir (vide Constituição Estadual, art. 97).

b) Litigância de má-fé (arts. 16-18 do CPC) - pode ser


decretada ex officio;

c) E, por último, o P.R.I.:

- Publique-se.

- Registre-se.

- Intimem-se.

d) Data e assinatura do juiz. Cuidar a coerência com o


local da ação.

Em 08.07.95

Alécio Silveira Nogueira - nível II, manhã (1995/2)

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