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Este documento descreve o desenvolvimento de formulações cosméticas a partir do extrato aquoso de Eugenia uniflora. Ele inclui a identificação botânica da planta, a prospecção fitoquímica que confirmou a presença de taninos, e o desenvolvimento de duas formulações (uma solução tônica facial e um xampu anti-resíduos) contendo o extrato. Os resultados demonstraram que as formulações apresentaram as características desejadas e o potencial do extrato para explorar sua atividade adstringente.
Este documento descreve o desenvolvimento de formulações cosméticas a partir do extrato aquoso de Eugenia uniflora. Ele inclui a identificação botânica da planta, a prospecção fitoquímica que confirmou a presença de taninos, e o desenvolvimento de duas formulações (uma solução tônica facial e um xampu anti-resíduos) contendo o extrato. Os resultados demonstraram que as formulações apresentaram as características desejadas e o potencial do extrato para explorar sua atividade adstringente.
Este documento descreve o desenvolvimento de formulações cosméticas a partir do extrato aquoso de Eugenia uniflora. Ele inclui a identificação botânica da planta, a prospecção fitoquímica que confirmou a presença de taninos, e o desenvolvimento de duas formulações (uma solução tônica facial e um xampu anti-resíduos) contendo o extrato. Os resultados demonstraram que as formulações apresentaram as características desejadas e o potencial do extrato para explorar sua atividade adstringente.
AQUOSO DE Eugenia uniflora UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CENTRO DE CINCIAS DA SADE CURSO DE FARMCIA NCLEO FITOMEDICINAL Lauren Zauza de Oliveira Caxias do Sul, Julho de 2013 INTRODUO Eugenia uniflora Famlia: Myrtaceae Nome popular: Pitangueira Distribuio geogrfica: Mxico, Argentina, Uruguai e Brasil (Adebajo, Olorek & Aladesanmi, 1989; Vizzotto, 2006) INTRODUO Eugenia uniflora Farmacgeno: Folhas Constituintes qumicos: Taninos e flavonoides Atividades Teraputicas Antimicrobiana, antioxidante e atividade diurtica/anti-hipertensiva (Wazllawik et al.apud Serafin, 2006; Auricchio & Bacchi, 2003; Alonso, 2007) OBJETIVOS Identificao botnica Prospeco fitoqumica Controle de qualidade da droga vegetal Preparao do extrato vegetal Controle de qualidade do extrato vegetal Elaborao de formulaes cosmticas METODOLOGIA Coleta da planta Identificao botnica Folhas farmacgeno Secagem Moagem Droga vegetal Prospeco Fitoqumica Taninos Flavonoides Alcaloides Cumarinas Quinonas Metilxantina Saponinas METODOLOGIA Ensaio de identificao: CCD Fase estacionria: Placa cromatogrfica de slica gel GF 254 Fase mvel: Acetato de etila, cido frmico e gua destilada (75:5:5) Padres: cido glico, catequina e epicatequina A placa foi nebulizada com soluo de cloreto frrico a 1% (p/V) em metanol Ensaios de pureza Material estranho Perda por dessecao Cinzas totais Doseamento Teor de taninos totais comprimento de onda de 760 nm Controle de qualidade da droga vegetal (Brasil, 2010) METODOLOGIA Preparao do extrato aquoso 10 gramas da droga vegetal 100 mL de gua destilada Macerao 7 dias Filtrao sob presso reduzida Agitao ocasional Temperatura ambiente METODOLOGIA Ensaio de identificao: CCD Fase estacionria: Placa cromatogrfica de slica gel GF 254 Fase mvel: Acetato de etila, cido frmico e gua destilada (75:5:5) Padres: cido glico, catequina e epicatequina A placa foi nebulizada com soluo de cloreto frrico a 1% (p/V) em metanol Ensaios de pureza pH Resduo seco Densidade relativa Doseamento Teor de taninos totais comprimento de onda de 760 nm Controle de qualidade do extrato (Brasil, 2010) METODOLOGIA Preparao das formulaes Busca em literatura Testes de bancada Caractersticas organolpticas Determinao do pH RESULTADOS Nome vulgar Famlia Gnero Espcie Identificao Botnica Pitangueira Myrtaceae Eugenia Eugenia uniflora RESULTADOS Prospeco Fitoqumica Flavonoides Taninos Taninos hidrolisveis Flavonas Flavonois Flavanonas Chalconas Isoflavonas Agliconas flavonodicas RESULTADOS Manchas observadas Rf Cor D r o g a
v e g e t a l Amostra Amostra 0,85 Lils 0,81 Cinza azulado 0,78 Lils claro 0,65 0,62 Verde claro Lils 0,55 Castanho esverdeado Catequina 0,82 Cinza azulado cido glico 0,85 Lils E x t r a t o
v e g e t a l Amostra 0,78 Lils Amostra 0,73 Cinza azulado 0,65 Verde claro 0,62 Castanho esverdeado Epicatequina 0,72 Cinza azulado Catequina 0,73 Cinza azulado cido glico 0,78 Lils Tabela 1: Valores do fator de reteno (Rf) e colorao das manchas da amostra e padres obtidos atravs da CCD da droga vegetal e extrato aquoso de E. uniflora. Cromatografia em camada delgada RESULTADOS Ensaio realizado Mdia Desvio padro Material estranho 0,25% Teor de umidade 11,32% 5,17 Cinzas totais 4,8% 0,1 Controle de qualidade da droga vegetal TABELA 2: Resultados dos ensaios de pureza obtidos no controle de qualidade da droga vegetal E. uniflora. Valores de referncia: Material estranho: At 2% Teor de umidade: At 10% Cinzas totais: At 11% (Brasil, 2010) RESULTADOS Ensaios realizados Mdia Desvio padro Determinao do pH 4,95 0 Determinao do resduo seco 1,35% 0,132 Determinao da densidade relativa 1,014 0,0311 TABELA 3: Resultados dos ensaios de pureza obtidos no controle de qualidade do extrato vegetal de E. uniflora. Controle de qualidade do extrato vegetal RESULTADOS Doseamento de taninos totais Droga Vegetal Extrato Aquoso 2,046% 1,45% Droga vegetal de E. uniflora deve conter no mnimo 5% de taninos (Brasil, 2010) RESULTADOS Eugenia uniflora Taninos Propriedades adstringentes Proteo das camadas subjacentes da pele Auxilia no fechamento dos poros Limpeza da pele e cabelos Controla a oleosidade Xampu Anti-resduos Soluo tnica de limpeza facial (Monteiro et al., 2005). RESULTADOS Solues tnicas Finalizam a higiene Promovem o fechamento dos poros e o ajuste do pH. Soluo tnica adstringente Pele oleosa ou acnica Xampu anti-resduos Promovem limpeza profunda Retiram resduos deixados por outros produtos capilares Extratos vegetais adstringentes Controle da oleosidade (Gomes & Damazio, 2009; Gomes, 1999) RESULTADOS Componentes Concentrao (%) Funo Azuleno 0,03 Antiinflamatrio lcool de cereais 10,0 Veculo/Conservante lcool 96 GL 5,0 Veculo/Conservante Extrato aquoso de Eugenia uniflora 8,0 Adstringente/Antioxidante/ Antimicrobiano Glicerina 2,0 Umectante Lauril ter sulfo succinato de sdio 0,1 Tensoativo Propilenoglicol 2,0 Umectante gua destilada q.s.p. 100 Veculo Propostas de formulao (Batistuzzo et al., 2002; Santi, 2003) TABELA4: Formulao proposta para a soluo tnica facial contendo extrato aquoso de E. uniflora RESULTADOS Propostas de formulao Componentes Concentrao (%) Funo Lauril ter sulfato de sdio 30 Tensoativo Lauril Poliglicosdeo 6 Co-tensoativo Cocamidopropil betaina 3 Estabilizador de espuma Metilparabeno 0,2 Conservante Propilparabeno 0,1 Conservante EDTA 0,1 Quelante Extrato aquoso de Eugenia uniflora 8 Adstringente/Antioxidante Essncia qs Odor Cloreto de sdio qs Espessante gua destilada qsp 100g Veculo (Batistuzzo et al., 2002; Santi, 2003) TABELA 5: Formulao proposta para o xampu anti-resduos contendo extrato aquoso de E. uniflora. RESULTADOS Caractersticas organolpticas: Odor: Caracterstico de lcool Cor: Azul Lmpida e sem grumos pH 5,21 0,015 Soluo tnica adstringente pH normal da pele: Entre 4,5 e 6 (Gomes & Damazio, 2009) RESULTADOS Caractersticas organolpticas: Odor: Caracterstico de pitanga Cor: Amarelada Homogneo, sem grumos Viscosidade adequada pH 7,18 0,020 Xampu anti-resduos pH acima de 7 abre as escamas do cabelo (Gomes, 1999) CONCLUSO O estudo realizado possibilitou a caracterizao fitoqumica da droga vegetal E. uniflora, confirmando a presena de taninos. As formulaes propostas foram elaboradas com sucesso, apresentando as caractersticas que eram desejadas e buscando explorar a atividade adstringente desta classe de compostos. CONCLUSO A formulao considerada mais adequada foi o xampu anti-resduos, por apresentar boa aparncia, sendo transparente e lmpido, com boa viscosidade e odor agradvel um produto que atualmente desperta interesse, visto a quantidade de outros produtos que so utilizados nos cabelos e deixam resduos que muitas vezes prejudicam sua sade, o que leva a acreditar que essa formulao tenha aceitao por parte dos consumidores Estudos adicionais seriam necessrios para avaliar a eficcia, segurana e estabilidade das formulaes para o desenvolvimento de um cosmtico de qualidade. REFERNCIAS Adebajo A.C, Olorek K.J, Aladesanmi A.J. Antimicrobial activities and microbial transformation of voltil e oils of Eugenia uniflora. Fitoterapia. 1989; 15: 451-455. Alonso J. Tratado de Fitofrmacos y Nutracuticos. Corpus editorial e distribuidora, Rosrio, Argentina, 2007. Auricchio M.T, Bacchi E.M. Folhas de Eugenia uniflora L. (pitanga): Reviso. Rev.Inst. Adolfo Lutz. 2003; 62(1): 55 - 61. Batistuzzo J.A.O, Itaya M, Eto Y. Formulrio mdico-farmacutico. 2.ed. So Paulo: Tecnopress, 2002. Brasil. Farmacopia Brasileira. 5. ed. Braslia: Editora Fiocruz, 2010. 2v. p. 852. Brasil. Farmacopia Brasileira. 5. ed. Braslia: Editora Fiocruz, 2010. 1v. p. 546. Gomes A.L. O uso da tecnologia cosmtica no trabalho do profissional cabeleireiro. So Paulo: SENAC So Paulo, 1999. Gomes R.K, Damazio M.G. Cosmetologia: descomplicando os princpios ativos. 3.ed. rev. So Paulo: LMP, 2009. REFERNCIAS Monteiro J.M, Albuquerque U.P, Arajo E.L, Amorim E.L.C. Taninos: uma abordagem da qumica ecologia. Qumica Nova. 2005; 28(5): 892-896. Santi E. Dicionrio de princpios ativos em cosmetologia. So Paulo: Organizao Andrei, 2003. Serafin, C. Estudo da composio qumica e das propriedades biolgicas das partes areas de Pliniaglomerata. Itaja, 2006. In: Wazlawik E, Silva M.A, Correia J.F.G, Peters R.R, Farias M.R, Ribeiro do Vale R.M. Estudo farmacolgico das fraes acetato de etila e aquosa do extrato bruto hidroalcolico das filhas de Eugenia uniflora. In: Simpsio de plantas medicinais do Brasil, 14, Florianpolis, 1996. Vizzotto M. Fitoqumicos em Pitanga (Eugenia uniflora L.): seu potencial na preveno e combate a doenas. In: III Simpdio Nacional do Morango II Encontro sobre Pequenas Frutas e Frutas nativas do MERCOSUL, 2006, Pelotas. Palestra, Pelotas: editores Lus Eduardo Corra Antunes, Maria do Carmo Bassols Raseira. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2006. P. 145. OBRIGADA!