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1) O documento discute a distinção entre público e privado na Grécia antiga, especialmente em Atenas, entre os séculos VIII a IV a.C.
2) Na pólis ateniense, o público era aquilo que era comum a todos, como as leis e festas, enquanto o privado estava ligado à individualidade do cidadão.
3) A Acrópole era o centro político e religioso de Atenas, enquanto a ágora era o espaço público central, integrando a cidade e campo. Isso ajud
1) O documento discute a distinção entre público e privado na Grécia antiga, especialmente em Atenas, entre os séculos VIII a IV a.C.
2) Na pólis ateniense, o público era aquilo que era comum a todos, como as leis e festas, enquanto o privado estava ligado à individualidade do cidadão.
3) A Acrópole era o centro político e religioso de Atenas, enquanto a ágora era o espaço público central, integrando a cidade e campo. Isso ajud
1) O documento discute a distinção entre público e privado na Grécia antiga, especialmente em Atenas, entre os séculos VIII a IV a.C.
2) Na pólis ateniense, o público era aquilo que era comum a todos, como as leis e festas, enquanto o privado estava ligado à individualidade do cidadão.
3) A Acrópole era o centro político e religioso de Atenas, enquanto a ágora era o espaço público central, integrando a cidade e campo. Isso ajud
SNTESE O PBLICO E O PRIVADO NA GRCIA DO VIII AO IV SC. A.C, DE NEYDE THEML.
RUTE COSTA DE ALMEIDA MATRCULA: 201410187811
DISCLIPLINA: HISTRIA DA ANTIGUIDADE OCIDENTAL
PROF DR MARIA REGINA CANDIDO
RIO DE JANEIRO 2014 Introduo Com o incio da dcada de sessenta os estudos sobre os conceitos de pblico e privado tiveram incio. Para Georges Duby, Paul Veyne e Peter Brown, em Histria da Vida Privada, a razo de haver conflitos entre esses dois conceitos estava noutros dois conceitos: o de poder poltico e espao social. Alm disso, entende-se que a poltica, o espao e o indivduo so necessrios para a compresso do que pblico e privado. No sculo V a.C surge o indivduo, o sujeito, reconhecendo-se como prprio, privado. O espao, anteriormente citado, fundamental para entender a delimitao do que pblico e privado desse sujeito. Nessa documentao observado que, na plis ateniense, o pblico aquilo que comum a todos, e o privado est relacionado individualidade do indivduo. O processo de desagregao da Estrutura Palaciana ocorreu do VIII ao VII sculos a.C., possibilitando, assim, o surgimento do Estado-Repblica (Cidade- Estado). Das condies do aparecimento da estrutura polade, temos: Aumento populacional (Aumento do cultivo e diminuio da atividade pastoril. Ocupao efetiva urbana e rural, que permitiu maior interao scio-poltica. Aumento dos centros urbanos e especializao do trabalho). Inovaes tcnicas (Avano da metalurgia, geometria, navegao). Aparecimento da moeda (Mudana nas formas de troca). Aparecimento do alfabeto e da escrita fontica (Mudanas na forma de comunicao, raciocnio e expresso). Formao hopltica (Diferente dos guerreiros aristocratas micnicos. Era o guerreiro que combatia em fileira e com disciplina. Responsveis pela defesa e reproduo da prpria estrutura). Aumento da vida cultural (Autonomia das prticas religiosas e maior especificao vida social. Os lugares dos cultos tornaram-se pblicos. Ritual, altar, templo). Publicao das leis (Permitiria a dke direito e justia tornar-se um bem comum e pblico). Colonizao (Permitiu a conquista de novas terras e o estabelecimento de colnias agrrias). Sinoecismo (Transformao da ordem poltica, jurdica e religiosa. Aparecimento da propriedade privada da terra e permanncia da famlia nuclear. A plis foi o espao onde se construiu o sentido de pblico, de comum a todos. Para Aristteles, a polis era uma comunidade de cidados, em que todos os homens se uniam visando algum bem e nica forma civilizada de vida. 1 Como um Estado, a plis era uma sociedade politicamente organizada, possuindo uma populao, uma
Constituio e uma cultura especfica, a helnica.
1 Aristteles. Poltica. (1252). O territrio cvico ateniense foi organizado em torno da Acrpole centro scio- poltico e religioso, sediava construes planejadas, pblicas, institucionais e religiosas. O territrio cvico ateniense compreendia a asty, espao urbano e chra. Espao da ordem, da segurana, da coisa pblica, da memria coletiva e da civilidade. A populao ateniense, constituda por cidados, estrangeiros domiciliados, escravos, mulheres, crianas e velhos possua suas particularidades. O cidado (dmos) exercia o controle poltico, que diferente do conceito de populao. Os polista possuam os direitos polticos, representavam toda a populao. Para preencher os critrios da cidadania ateniense era preciso ser homem, livre, nascido em Atenas, filho de pai ou me ateniense, reconhecido pela phatria de seu pai, ser parte do dmos e cumprir com as obrigaes militares. As mulheres foram excludas do meio cvico, bem como os estrangeiros. Os escravos eram vistos como coisas, mercadoria, teis apenas como ferramentas de trabalho. Cidados camponeses tambm eram a fora de trabalho produtivo de Atenas. O que diferenciava ricos e pobres era a disponibilidade de horas para no ter que trabalhar e participar efetivamente de debates polticos. 2
Plis: qualificada como Estado do Direito, da dke e do nmos (leis escritas). O Direito ateniense foi retratado como princpios gerais de comportamento e valores. O ateniense no obedecia a nenhum homem, mas s leis escritas. Considerava sua liberdade garantida pela lei. Boa parte dos seus valores possuam razes nos costumes (honra), tradio e religio. Com Clstenes o Estado foi dividido em dmos, unidades menores de administrao pblica e de carter regional. Cada cidado, em algum momento, fora eleito ou sorteado para alguma funo pblica. A democracia ateniense relacionava-se aceitao das leis. O cidado, ao participar das atividades polticas, circulava, constantemente, entre o pblico e o privado e construa e reconhecia seus limites dentro desses. Cidados que viviam nas regies mais afastadas da Pnix, no tinham uma vida poltica ativa, ou tinham um papel menor do que aqueles que habitavam a zona urbana. Atenas era considerada o centro da paidea e viver nela era o smbolo da glria da existncia na polis. A plis era uma unidade independente poltico-jurdico e religiosa. Nela havia preeminncia da palavra sobre todos os instrumentos de poder e comunicao. A palavra representava um instrumento poltico por excelncia, meio de comando e domnio, debate,
2 Corvisier. Les Grecs lpoque archaique-milieu du IX sicle 478 av. (1996). Aristteles. Constitution dAthnes
discusso, argumentao e igualdade. A publicidade poltica e religiosa distinguia um espao pblico de um espao privado. As festas em Atenas deveriam ser pblicas, possuam cunho religioso e permitiam ultrapassar os limites sociais. Faziam mediao entre as tenses do espao e do poder pblico e privado, assim como os jogos e o teatro. Serviam como um mecanismo de integrao e fortalecimento da identidade cultural. Encontramos quatro tipos de festas na plis ateniense: a festa agrria, a guerreira, a funerria e a urbana. Na esfera poltica, a plis ateniense no possua partidos polticos. Era uma forma de governo direta, sem a noo de representatividade. Duas frentes informais defendiam tipos diferentes de governos, porm a igualdade entre cidado perpassava tanto oligarcas, quanto democratas. Apesar dessa questo, no se concebia para o ateniense uma outra forma de Estado que no a repblica, plis. A cidade (sty) era o espao de maior mobilidade das pessoas e das coisas. A dinmica da sty girava em torno do que era pblico e privado. Dividia-se em duas partes: 1- Residncias, oficinas, ruas e bairros. 2- Acrpole. A arquitetura foi importante para delimitar, por exemplo, o que era um espao pblico e o que era privado. A Acrpole era o centro de integrao e identidade dos atenienses. O espao pblico possua a importante funo de integrar o campo e a cidade; representava a homogeneidade social e a participao da comunidade cvica. Por vezes, porm, a distino entre espaos pblico e privado gerou tenso. T koinn: particulamente em Atenas, a esfera do poder poltico. Essa esfera poltica se destacava no espao pblico, tornando-se visvel. Era na sua residncia que o homem fixava seu espao privado.
Bibliografia: THEML, Neyde. O pblico e o privado na Grcia do VIII ao IV sc. a.C: O Modelo Ateniense. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1988.