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pt em 11/03/2008
Neste âmbito, especial importância deve ser dada à selecção da entidade certificadora,
em termos da sua adequação ao objectivo da certificação em si mesma. As diversas
origens das entidades existentes, bem como os respectivos acordos de
reconhecimento, conferem diferente visibilidade, em especial quando se trata da sua
promoção ao nível do mercado externo.
Experiência e know-how são a nossa mais valia, que se tem revelado numa garantia de
sucesso que os nossos clientes bem conhecem.
O que é a certificação?
A certificação é o processo no qual, através do recurso a uma entidade externa e
independente à organização - o organismo de certificação ou entidade certificadora -,
devidamente acreditado para esse efeito, é emitido um certificado que atesta que
determinado produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos de
um dado referencial. Os referenciais habitualmente usados neste âmbito são normas.
NP EN ISO 14001:2004
Sistemas de gestão ambiental. Requisitos e linhas de orientação para a sua
utilização
http://www.iapmei.pt/iapmei-art-03.php?id=328 em 11/03/2008
A aplicação deste modelo aos sistemas de gestão ambiental resulta no seguinte ciclo:
O sistema de gestão ambiental deve permitir que a organização:
A certificação segundo a norma ISO 14001 pode constituir um passo prévio à adesão
de uma instalação industrial ao EMAS. O EMAS encontra-se numa fase adiantada do
processo de revisão, esperando-se em breve a adopção do novo regulamento (foi já
adoptada pelo Conselho a Posição Comum nº 21/2000 de 28 de Fevereiro).
http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=10854&iLingua=1 em 11/03/2008
A primeira norma a ser publicada para Sistemas de Gestão Ambiental foi a norma
nacional britânica BS 7750, em 1992. Seguiu-se o Sistema Comunitário de Ecogestão e
Auditoria (EMAS), em 1993, e a NP EN ISO 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental:
Especificações e Linhas de Orientação para a sua Utilização, cuja versão final foi
publicada em 1996.
O EMAS (Regulamento CEE n.º 1836/93) foi adoptado pelo Conselho Europeu, em 29
de Junho de 1993, tendo como objectivo promover a gestão e melhoria do
desempenho ambiental das organizações. Permitia a participação voluntária no sistema
de empresas do sector industrial. Este regulamento foi revisto e, actualmente, o
designado EMAS II (Regulamento CE n.º 761/2001, de 24 de Abril) permite a
participação voluntária de todos os sectores de actividade e não apenas do sector
industrial. Outros elementos do regulamento foram revistos, com vista a reforçar a
posição do EMAS e promover a sua escolha pelas organizações, sendo de salientar a
adopção dos requisitos da NP EN ISO 14001 para implementação do Sistema de
Gestão Ambiental (parte A do Anexo I do EMAS é composta pelo texto integral do
ponto 4 da NP EN ISO 14001).
A protecção do ambiente constitui um factor a ter em devida consideração no dia-a-dia das empresas,
sem o que, não só a sua viabilidade económica, como também a sua própria competitividade, estarão
irremediavelmente comprometidas.
Problemas como a poluição do ar, a redução da camada de ozono, o efeito de estufa, as chuvas ácidas,
a poluição de solos e dos recursos hídricos por resíduos, são aspectos relacionados com a gestão
ambiental das organizações, que poderão desta forma ser, directa ou indirectamente, minimizados.
O SGA é a parte do sistema geral de gestão, que inclui a estrutura funcional, as actividades de
planeamento, a definição das responsabilidades, os procedimentos e os recursos necessários para
concretizar, manter, desenvolver e rever, de modo continuado, o seu desempenho ambiental. Este
sistema permite, de uma forma sistemática, contínua e cíclica, compreender e controlar os diversos
aspectos ambientais da empresa.
O desenvolvimento de um SGA de acordo com a norma ISO 14001, implica, antes de tudo, que a
organização defina a sua política ambiental e assegure o seu total compromisso perante esse
sistema. A política ambiental é o documento base do julgamento da organização, onde deve estar
expressa a intenção real de cumprir as afirmações nele contidas, e deve ser redigido pela
Administração. Aqui deverão ser claramente definidas as suas metas globais, enquadradas na
natureza das actividades, nas tendências ambientais do mercado em que esta actua ou pretende
actuar, nas particularidades da área de implantação e da natureza dos recursos utilizados.
A fase seguinte, de planeamento, implica a identificação e registo dos aspectos ambientais e dos
impactes ambientais associados à organização; o registo da legislação ambiental e regulamentação
aplicável; a definição de objectivos e metas ambientais; e do programa de gestão ambiental. Para
definir com precisão os aspectos ambientais, deverá realizar-se uma avaliação ambiental inicial,
obtendo respostas relativamente ao desempenho ambiental da empresa relativamente a padrões,
normas, códigos, e princípios externos já estabelecidos. Deverão ser também avaliados, caso existam,
os procedimentos técnicos, as políticas, e as práticas de gestão ambiental já implementadas.
A organização não tem que estar em conformidade com a legislação ambiental, mas tem que ter
conhecimento da legislação e regulamentação aplicável, e ter em operação um sistema para atingir a
conformidade, e prever situações de não conformidade antes que estas ocorram.
Nesta fase, o SGA está preparado para a implementação e operacionalização dos recursos
disponibilizados, o que passa pela definição clara e precisa da estrutura de responsabilidades no
sistema e na formação e consciencialização dos empregados. O controlo de documentos, a
comunicação e a resposta às situações de emergência são também requisitos fundamentais para
garantir o pleno funcionamento do sistema.
Finalmente, por forma a garantir a melhoria contínua do SGA, a gestão da organização deve proceder
a revisões periódicas na política ambiental, nos objectivos e metas.
A certificação do SGA, segundo a norma ISO 14001, por uma entidade independente e acreditada,
evidencia, interna e externamente, de uma forma credível, a qualidade dos processos organizacionais
e tecnológicos, de um ponto de vista da sua conformidade com requisitos de protecção ambiental e de
prevenção da poluição. Em Portugal, a Associação Portuguesa de Certificação (APCER)
(http://www.apcer.pt/homeap.htm) e a SGS ICS – International Certification Services – Serviços
Internacionais de Certificação, Lda. (www.sgs.pt/ics/Default.htm) constituem as entidades
responsáveis pela certificação de sistemas de gestão ambiental de empresas. A consulta das suas
páginas, permite conhecer, detalhadamente, os passos a seguir na obtenção dessa certificação.
http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/DomTransversais/Documentos/doc5
8.htm em 11/03/2008
Sistemas de Gestão Ambiental: A Norma ISO 14001
a) Política Ambiental
A direcção deve definir a política ambiental da organização e garantir que:
- É adequada à natureza, à escala e aos impactes ambientais das suas actividades,
produtos e serviços;
- Inclui compromisso de melhoria contínua e prevenção da poluição;
- Inclui compromisso de cumprimento dos requisitos regulamentares;
- Proporciona o enquadramento para a definição e revisão dos objectivos e metas
ambientais;
- Está documentada, implementada, mantida e comunicada a todos os empregados;
- Está disponível ao público.
b) Planeamento
- Identificação de aspectos ambientais1[1] com impacte significativo no meio,
associados a actividades, produtos e serviços da organização e identificação dos
requisitos legais relevantes que a organização subscreva, aplicáveis aos aspectos
ambientais previamente identificados;
- Estabelecimento de objectivos e metas ambientais adequadas aos aspectos ambientais
e requisitos legais previamente identificados;
- Definição de um Programa Ambiental que dê cumprimento aos compromissos
assumidos na Política Ambiental da organização e que permita atingir os objectivos e
metas definidos. Este Programa deve incluir a designação das responsabilidades para
atingir os objectivos e metas e os meios e os prazos para que sejam atingidos.
c) Implementação e Operação
- Definição, documentação e comunicação a todos os funcionários das responsabilidades
específicas de cada um; a definição e implementação de um SGA não pode (nem deve)
ser da responsabilidade única do representante da Direcção, devendo existir também
um responsável sectorial para a gestão ambiental, que poderá ser o mesmo
responsável pelo sistema de qualidade, caso exista.
- Identificação das necessidades de formação, sensibilização e formação dos
funcionários, particularmente em relação à Política do Ambiente da organização, ao
impacte ambiental das suas actividades e ao SGA específico a implementar;
- Estabelecimento de um sistema eficaz de controlo de documentação do SGA, que
permita constante revisão e actualização; no caso da organização já ter implementado
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um sistema de gestão de qualidade, é preferível haver uma integração dos dois
sistemas e a elaboração de um único manual;
- Estabelecimento de procedimentos que garantam o cumprimento da política
ambiental, do programa e dos objectivos;
- Estabelecimento de processos de emergência que minimizem o impacte ambiental de
quaisquer acidentes que possam ocorrer;
- Estabelecimento de um sistema adequado de comunicação interna entre os vários
níveis hierárquicos e de comunicação externa;
- Controlo eficaz das operações de rotina associadas a impactes ambientais
consideráveis.
Dado o importante peso económico e ambiental em Portugal das PME (micro e pequenas
empresas representam 96.5% do tecido empresarial nacional) é imperativo que as
actividades de gestão ambiental estejam incorporadas nas PME. No entanto, nestes casos,
surgem algumas dificuldades de implementação de SGA. O trabalho final de curso
Sistemas de Gestão Ambiental Simplificados: Sistemas por Níveis sugere um sistema
simplificado, constituído por três níveis de exigência progressiva, coincidindo o quarto
nível com a própria norma ISO 14001.
Norma ISO 14001
A ISO 14001 é uma norma internacional que define os requisitos necessários para a
implementação de um SGA e posterior certificação, sendo reconhecida pela Comissão
Europeia como tendo elementos equivalentes ao EMAS (instrumento a abordar num
próximo documento). O intuito desta norma é apoiar a protecção ambiental e a prevenção
da poluição, mantendo o equilíbrio com as necessidades socio-económicas.
A presente norma contém apenas os requisitos que podem ser objectivamente auditados
para fins de certificação/registo e/ou auto-declaração. As organizações que necessitem de
orientações mais gerais sobre questões relacionadas com SGA devem consultar a ISO 14004
“SGA – Directrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de suporte”.
Certificação
Enquadramento jurídico
O sucesso mundial das normas da série ISO 9000 estimulou o aparecimento da normalização
em matéria ambiental. Os dois sistemas de gestão (ISO 9000 e ISO 14000) partilham
princípios comuns e vários requisitos são semelhantes (controlo de documentos e acções
correctivas, entre outros), pelo que uma entidade que já trabalhe de acordo com uma
norma de garantia da qualidade, pode obter sinergias na sua ampliação em matéria
ambiental.
As empresas certificadas de acordo com a NP EN ISO 14001:1999 devem assim iniciar o seu
processo de transição para a ISO 14001:2004.
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não tenham influência no processo de decisão da manutenção da certificação.
Após o dia 15 de Maio de 2006 só serão válidos os certificados de acordo com a ISO
14001:2004.
http://www.aeportugal.pt/Areas/AmbienteEnergia/RevistaPDF/Revista55/AuditoriaSiste
maGestao.pdf - ver ficheiro AuditoriaSistemaGestao_11032008
http://www.aeportugal.pt/Areas/AmbienteEnergia/RevistaPDF/Revista53/SistemaGesta
o.pdf - Ver ficheiro SistemaGestao_11032008
http://www.aeportugal.pt/Areas/AmbienteEnergia/RevistaPDF/Revista52/DocControloD
ocumental.pdf - ver ficheiro DocControloDocumental_11032008
http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=12859&iLingua=1
Licenciamento Ambiental – obrigações para a Indústria
1. Licenciamento Ambiental
A Directiva IPPC é na sua génese um corte radical com o passado não só em termos de
metodologia como de conteúdo. Marca o fim de um ciclo legislativo onde o Ambiente era
tratado compartimentado, para passar a ser abordado de uma forma global e integrada,
prevenindo a poluição na origem e evitando a transferência de poluição entre meios.
É, portanto, neste enquadramento que se insere a Directiva IPPC, que é sem dúvida o grande
desafio da próxima década para a indústria portuguesa.
A legislação comunitária tem sido criada com um carácter essencialmente sectorial, cobrindo
separadamente áreas muito específicas, como as emissões atmosféricas, a água e o solo. Esta
filosofia tem tido como consequência a transferência de poluição, uma vez que, por exemplo,
para cumprir um determinado valor limite de emissão, os operadores recorrem a tecnologias
fim-de-linha que, na sua maioria, transferem a poluição de um meio físico para outro.
O aspecto mais inovador da Directiva IPPC é o controlo integrado da poluição, tendo como
objectivo prioritário a prevenção, englobando simultaneamente todas as emissões e todos os
meios receptores, por forma a alcançar um nível elevado de protecção do Ambiente, no seu
todo.
Com o objectivo de identificar as instalações abrangidas pela IPPC, no nosso País foi
levado a cabo um estudo promovido pela Direcção-Geral da Indústria e designado por:
“Estudo de Identificação e Análise das Implicações de Natureza Técnica, Económica,
Social e Legal, decorrentes da Aplicação em Portugal da Directiva 96/61/CE do Conselho,
de 24 de Setembro de 1996, Relativa à Prevenção e Controlo integrados da Poluição”.
Na âmbito da troca de informação entre os vários Estados Membros e a indústria, prevista pelo
artigo 16º (2) da Directiva IPPC, foi criado o European Integrated Pollution Prevention and Control
Bureau (EIPPCB) onde vários grupos de trabalho (Technical Working Groups – TWG) estão a
desenvolver os documentos de referência das MTD (BREF – Best Available Tecniques Reference
Documents) para os vários sectores de actividade abrangidos.
Até à data, encontram-se finalizados os BREF referentes aos seguintes sectores de actividade: