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História 12º

O tratado de Versalhes e o novo mapa político


Depois da guerra, os vencedores reuniram-se em Paris em 1919
(Conferência de Paz). Para reordenar o espaço europeu, do médio oriente e
das colónias dos países vencidos

Tratado de Versalhes
Para a Alemanha (impôs clausulas humilhantes)
→ Teve que restituir à França a Alsácia e a Lorena;
→ Perdeu todas as suas colónias;
→ Foi obrigada a reduzir o seu armamento e os seus exércitos, (proibida
de ter Forças Armadas);
→ Teve que pagar indemnizações aos países vencedores.

A sociedade das Nações (SDN)


Na conferência de Paz, o presidente Wilson, dos EUA, propôs a constituição
de uma Sociedade das Nações, na qual se associassem todos os países
interessados em preservar a paz e promover a cooperação económica e
cultural entre os Estados-membros, a SDN ainda gozou de algum prestígio
na década de 20, mas a partir de 1930 revelou-se incapaz de fazer cumprir
os objectivos para que fora criada.

Declínio da Europa e ascensão dos Estados Unidos


O fim da supremacia europeia:
→ Consequências políticas: novo mapa político da Europa (aparecem
novos estados);
→ Consequências demográficas: diminuição da mão-de-obra e redução
da natalidade;
→ Consequências económicas: destruição de campos, fábricas, vias de
comunicação, inflação galopante (devido à destruição causada pela
guerra);
→ Consequências sociais: fome e desemprego; alterações no estatuto
da mulher.

A prosperidade dos EUA:


→ Abastecimento da Europa em matérias-primas e bens de consumo
durante a guerra;
→ Fornecimento de armamento à Europa (desenvolvimento da industria
e da tecnologia);
→ Posse de metade do stock mundial de couro;
→ Entrada na guerra numa fase tardia, nunca tendo o seu território sido
atingido;
→ Concessão de empréstimos aos países europeus para a sua
reconstrução;
→ Novo modelo de produção.

O modelo americano
O crescimento da produção americana, no pós-guerra, deveu-se a dois
factores principais:
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→ Um grande aumento da procura;


→ Adopção de um novo sistema de organização do trabalho.
Foi Henry Ford quem primeiro aplicou nas suas fábricas de automóveis as
novas formas de organização de trabalho, que se baseavam:
→ Aplicação do Taylorismo (operário especializado numa determinada
função)
→ Trabalho em cadeia;
→ Estandardização, o que permitiu a produção em massa (produtos
todos iguais);
→ Aumento dos salários, o que não só motivava os operários para o
trabalho como lhes permitia adquirir os produtos industriais e
também tinham direito a prémios de produção.
Tudo isto satisfazia a febre de consumo.
As desvantagens eram o cansaço, o stress e a monotonia.

Crescimento económico
Nos anos 20 o importante factor de crescimento económico foi, o constante
aumento da procura, que estimulava a produção. De uma forma geral, o
nível de vida da população melhorou, assim como a sua capacidade de
consumo, pois não só os salários aumentaram como as compras facilitadas
através das vendas a crédito e estimuladas cada vez mais pela publicidade
levaram a que um maior número de americanos tivesse carro,
electrodomésticos, rádio, telefone, etc. Os E.U.A. tornaram-se uma
sociedade de consumo.
Entretanto na Europa a partir de meados da década de 20 iniciou-se
também uma época de prosperidade, dominada pela inflação, atenuando o
desemprego.

A revolução soviética
A Rússia nas vésperas da revolução
→ Politicamente, o Czar tinha um poder autocrático e absoluto,
sustentado pela Igreja e pelo exército;
→ Economicamente, estava arruinada (agricultura primitiva, indústria e
comercio pouco dinâmico);
→ Socialmente, era dominado pela nobreza e pelo clero, grandes
proprietários que viviam do trabalho dos camponeses.

O porquê da revolução:
→ Êxodo rural
→ crescente nº de desempregados.
→ Operariado sujeito a condições de trabalho e de vida muito duras;
→ Reivindicações e greves frequentes.
→ Situação social favorável à difusão das ideias socialistas;
→ Burguesia defendia a implantação de um regime liberal, parlamentar.
Revolução falhada (1905)
→ Primeira tentativa revolucionária foi violentamente reprimida, devido
à falta de meios de exército;
→ O Czar deu ao regime uma aparência democrática, criando a Duma
(parlamento) que o governo facilmente manipulava;
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→ A Duma era constituída por elementos da nobreza e


funcionários dependentes do Estado não tendo qualquer
autonomia;
→ Apesar do fracasso o movimento de 1905, serviu como uma espécie
de “ensaio geral” da revolução que iria eclodir em 1917.

Revolução burguesa - Fevereiro de 1917


A grande guerra agravou as dificuldades económicas e as tenções sociais na
Rússia. As derrotas militares, a fome e as deserções de tropas criaram
condições favoráveis para a revolução. Greves e manifestações populares
exigiam o fim do Czarismo e da guerra, e contaram com o apoio das forças
militares.
Czar Nicolau II foi forçado a abdicar, tendo-se formado um governo
provisório, apoiado por liberais e socialistas moderados, passando a ser um
regime liberal parlamentar.
Os revolucionários tomaram algumas medidas importantes:
→ Abolição da pena de morte;
→ Amnistia para os presos políticos;
→ Convocação de uma assembleia constituinte;
→ Pretendiam um regime liberal parlamentar.

Revolução de Bolchevique (comunista) - Outubro de 1917


Após a revolução de Fevereiro, multiplicaram-se por toda a Rússia os
Sovietes (conselhos de operários, camponeses e soldados, que intervinham
na vida local).
O Soviete de S. Petersburgo fomentava a permanente contestação ao
Governo Provisório.

→ Entre os revolucionários que agitavam o soviete de S. Petersburgo,


contavam-se os bolcheviques, que se opunham à democracia liberal e
desejavam uma revolução mais profunda. Os bolcheviques
inspiravam-se no marxismo (defendiam que o papel central na
conquista do poder pelo proletariado devia caber ao Partido
Comunista). Preconizavam a tomada do poder pelos trabalhadores
para impor uma sociedade socialista que abrisse caminho ao
comunismo, isto é, a uma sociedade sem classes.
→ Os principais chefes eram Lenine e Trotsky.
→ Lenine tinha procurado adoptar à realidade russa as propostas
teóricas de Karl Marx. O marxismo-leninismo iria constituir a
base da revolução, Lenine dirigiu a oposição ao Governo
Provisório, acusando-o da desastrosa situação, a que a guerra,
tinha conduzido a Rússia;
→ Defendia a saída da Rússia da I Guerra Mundial;
→ Defendia a nacionalização e colectivização de toda a
economia russa;
→ Defendia a instauração de uma ditadura do proletariado.

O triunfo da revolução socialista


→ Lenine passou a chefiar o Conselho dos Comissários do Povo, o órgão
máximo da revolução;
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→ Lenine dissolveu a Assembleia e transferiu o poder legislativo para o


Congresso dos Sovietes;
→ A Rússia tornou-se deste modo uma Republica Soviética, não
parlamentar;
→ Com o objectivo de vir a construir uma sociedade comunista, foi
abolida a propriedade privada (terras, etc.)
→ Impôs o fim da liberdade de comércio;
→ Lenine era utópico, na medida, que desejava “abolir” o capitalismo e
estabelecer a igualdade, e levar as ideias a todo o mundo, o que
levaria a uma agitação geral.

Ditadura Comunista
Iniciou-se a Contra-Revolução:
→ A burguesia, aristocracia, apoiados por alguns países que temiam a
“exportação” da revolução (Inglaterra, França, EUA e Japão)
formaram o exército branco;
→ Os revolucionários formaram o exército vermelho;
→ Iniciou-se assim uma violenta guerra civil que durou 2 anos.
→ A revolução socialista, ameaçada, tomou um carácter ditatorial:
→ Os partidos foram proibidos (com excepção do comunista que
passou a ser Partido Único);
→ Foi criada uma polícia política altamente repressora;
→ Foi estabelecida a censura;
→ Os adversários do novo regime foram perseguidos, e mortos.

A consolidação da Revolução 1920


→ Com vitória do Exército Vermelho;
→ O país estava arruinado, a fome e a miséria ameaçavam toda a
população;
→ Foi adoptada a Nova Politica Económica (NEP);
→ Foi restabelecida a liberdade de comércio e autorizada a existência
de pequenas unidades de produção agrícola e industrial;
→ A NEP permitiu travar a deterioração da situação económica;
→ Existência temporária do sector privado;
→ 1922 – Criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS);
→ As repúblicas dispunham de relativa autonomia, sendo-lhes
assegurado o respeito pela identidade regional e pelas minorias
nacionais. A diversidade cultural era não só admitida como
estimulada, embora a língua russa permanecesse como língua oficial
em todo o território soviético.

Comunismo de Guerra

A partir de 1921 (fim da guerra civil) ano da vitória definitiva do novo


regime, a acção política de Lenine e dos Bolcheviques denominou-se de
Comunismo de Guerra.
→ Algumas das medidas do Comunismo de Guerra:
→ Negociação imediata da paz com os alemães e a retirada da
Rússia da “Guerra estrangeira capitalista que o socialismo
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sempre condenou e o povo russo nunca desejara”. A paz foi


obtida através do tratado de Brest-Litovsk;
→ Proclamação dos “Direitos do Povo Russo, que é chamado a
Carta das Nações Russas”, que outorgava a igualdade e a
soberania dos diferentes povos da Rússia reconhecendo o
principio do livre desenvolvimento das minorias nacionais e
étnicas e criando a URSS em 1922;
→ Organização dos vários sovietes, numa hierarquização em
pirâmide, sendo que no vértice dessa pirâmide estaria a
Assembleia do Congresso dos Comissários do Povo, supremo
órgão executivo cuja presidência foi entregue a Lenine, tendo
Trotsky como comissário da guerra e Estaline das
Nacionalidades;
→ Em Junho de 1918 promulgação da 1ª Constituição da
Revolução, aprovada pelo 5º Congresso Geral dos Sovietes que
de acordo com o ideário de Bolchevique (que favorecia o
proletariado e que declarou um estado federalista e multi-
nacional constituído pela união das nacionalidades e adoptou o
centralismo democrático);
→ A destruição do sistema capitalista e a colectivização de toda a
economia, através da nacionalização imediata de todos os
meios de produção: terras, fábricas, minas, bancos; em que o
estado se instituía como gestor principal de todos os bens;
→ A instituição do regime de partido único Partido Comunista
Russo (ex. Bolchevista) considerado como o representante do
proletariado, instituição da polícia política e a censura;
→ Preocupação com o movimento socialista internacional e com a
sua união, incentivando, em 1919 a reunião da Terceira
Internacional (Internacional Comunista) que propôs a união de
todos os partidos comunistas num organismo internacional
chamado de “Komintern”.

A sucessão de Lenine
Quando Lenine morreu em 1924, a sua sucessão apresentava-se difícil. Dois
homens disputavam a liderança da URSS: Trotsky e Estaline.
→ Trotsky conduziu o exército vermelho à vitória, e desfrutava de um
grande prestígio entre as tropas e entre os meios operários e
sindicais. Defendia a revolução permanente, e que se devia estender
a todo o mundo.
→ Estaline, pouco antes da morte de Lenine, tinha-se tornado
secretário-geral do Partido Comunista. Considerava indispensável
assegurar primeiramente a consolidação da revolução na URSS e só
depois promover a revolução mundial.
→ Acabou por estabelecer na URSS uma violenta ditadura.

O impacto do socialismo revolucionário


→ Os anos que se seguiram ao pós-guerra foram atravessados por
profundas dificuldades económicas, devido à destruição deixada;
→ Neste contexto de difícil recuperação económica, grandiosas greves e
movimentos revolucionários agitam a Europa;
→ Tendo como exemplo a Revolução Bolchevista, o proletariado na
Europa, irrompeu em revoluções;
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Radicalização social e política


→ Fruto do caos económico do pós-guerra, do socialismo revolucionário
implementado na Rússia e das actividades do Komintern, a Europa
assistiu, entre fins de 1918 e 1923, à radicalização social e política.

Emergência de autoritarismo
→ O medo do bolchevismo fez tremer, a grande burguesia proprietária e
financeira, a quem jamais poderia agradar o controlo operário e
camponês da produção;
→ Soluções autoritárias de direita, conservadoras e nacionalistas,
começam a surgir, na Europa:
→ Fascismo
→ Mussolini, iniciou as revoluções em 1922, e em 1925
ficou implantado na Itália o fascismo;
→ Este tipo de regime instaurou-se também em Espanha,
Hungria, Bulgária, Turquia, Grécia, Portugal, Polónia, Lituânia,
Jugoslávia, Áustria e Alemanha.
→ A emergência do autoritarismo confirma, de facto, a regressão do
demoliberalismo.

A revolução nos costumes e nos valores morais


Os valores tradicionais
→ Duas décadas antes da 1ª Guerra Mundial a sociedade vivia com
optimismo e alegria;
→ Sentia-se orgulho e confiança nos valores da civilização ocidental;
→ Acreditava-se que o progresso técnico e económico proporcionaria
um bem-estar generalizado, resultado da superioridade dos valores
morais da burguesia:
→ Dedicação ao trabalho;
→ Esforço individual;
→ Devoção pela família e pela pátria.

O choque da guerra
→ Todos os valores tradicionais ruíram com o choque da guerra;
→ Instalou-se a descrença na superioridade da civilização europeia;
→ Costumes sofreram uma profunda viragem;
→ Procura desesperada por gozar a vida;
→ Procura-se esquecer o pesadelo do conflito e os problemas do dia-a-
dia;
→ Antigas normas sociais desprezadas;
→ Muitas famílias desagregam-se (cresce o nº de divórcios)
→ Sentimento religioso enfraquecido (não muito em Portugal).

Os loucos anos 20
→ Alteração da mentalidade atingiu o auge nos anos 20 o que trouxe o
regresso da prosperidade;
→ Jovens burgueses entregam-se à fúria de viver, à busca desenfreada
de prazeres e de divertimentos;
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→ Entusiasmo pela vida nocturna aumenta;


→ Modas extravagantes;
→ Raparigas libertas de preconceitos:
→ Saias curtas;
→ Cabelos à “garçonne”;
→ Fumam;
→ Praticam desporto;
→ Frequentam clubes nocturnos;
 Estes comportamentos escandalizam os mais
conservadores.
→ Culto da velocidade (paixão pelos novos transportes).

Renovação científica
Uma mudança de perspectiva:
→ A ciência deve agora estar ao serviço da sociedade e da
compreensão do mundo que a rodeia.
→ Antigas concepções foram substituídas por novas teorias;
→ Inicio do sec. XX revela uma profunda mudança;
→ Einstein – teoria de relatividade;
→ Na psicologia
→ Piaget – génese do pensamento das crianças;
→ Freud – o criador da psicanálise; importância do inconsciente
na vida psíquica; revolucionou também a cultura e a
mentalidade da época.

Portugal da 1ª República à Ditadura Militar


Dificuldades e vontade de mudança:
→ Predominantemente agrícola;
→ Industrialização muito limitada (escassez de produtos);
→ Balança comercial deficitária (importa mais do que exporta);
→ Inflação; desvalorização da moeda; deixa-se de investir em
Portugal; deslocação de capitais;
→ Recorre a empréstimos no estrangeiro e aumenta os impostos para
tentar pagá-los (défice orçamental);
Descontentamento social:
→ Abrange toda a sociedade, mas sobretudo a burguesia e o operariado
(crise económica);
→ Alguns bancos foram à falência, empresas atravessam sérias
dificuldades;
→ Operários descontentes devido aos salários muito baixos e horários
pesadíssimos (10/14 horas por dia);
→ O que leva a greves: reaparição do sindicalismo (protecção ao
operário => novas normas => SGTP) que leva a muitas revoltas
algumas até violentas, o que por sua vez faz com que as classes altas
tenham medo de um “Bolchevique”.

Instabilidade política
→ Separação da Igreja e do Estado;
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→ Nacionalização dos bens da Igreja;


→ A Igreja revolta-se contra a República e “monopoliza” as mentes da
população principalmente a rural;
→ Portugal começa a entrar na onda dos governos fortes (autoritários).

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