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O documento discute como açúcares como sacarose podem retardar o tempo de pega do cimento. Foi realizado um estudo adicionando sacarose na água de amassamento do cimento em diferentes concentrações, observando-se que quanto maior a concentração, maior o atraso no início de pega. A sacarose interfere nos processos químicos de hidratação do cimento, inibindo o crescimento dos cristais formados e aumentando a solubilidade dos íons de cálcio. Cuidados devem ser tomados para evitar
O documento discute como açúcares como sacarose podem retardar o tempo de pega do cimento. Foi realizado um estudo adicionando sacarose na água de amassamento do cimento em diferentes concentrações, observando-se que quanto maior a concentração, maior o atraso no início de pega. A sacarose interfere nos processos químicos de hidratação do cimento, inibindo o crescimento dos cristais formados e aumentando a solubilidade dos íons de cálcio. Cuidados devem ser tomados para evitar
O documento discute como açúcares como sacarose podem retardar o tempo de pega do cimento. Foi realizado um estudo adicionando sacarose na água de amassamento do cimento em diferentes concentrações, observando-se que quanto maior a concentração, maior o atraso no início de pega. A sacarose interfere nos processos químicos de hidratação do cimento, inibindo o crescimento dos cristais formados e aumentando a solubilidade dos íons de cálcio. Cuidados devem ser tomados para evitar
Artigo mostra que contaminao dos agregados por determinados
tipos de acares pode retardar bruscamente o incio de pega do cimento Reportagem: Paula Ikematsu e Luis Antonio Laguna Fotos: Gr!icos dos autores "aman#o da !onte:
$ processo de #idratao do cimento % essencial para que #a&a gan#o de resist'ncia da pasta ou do concreto( A contaminao dos agregados ou da gua de mistura pode retardar o tempo de pega do cimento) al%m de comprometer o gan#o de resist'ncia do concreto( *m contaminante comumente encontrado nos agregados) principalmente na areia) % o acar( +ste estudo !oi baseado em incid'ncias de casos encontrados no mercado nas quais a contaminao da areia pelo acar causou patologias no concreto) como bai,a resist'ncia -de contrapisos) estruturas) pilares e .igas) peas pr%/!abricadas0 e demora no incio de pega -endurecimento do concreto0( A metodologia de estudo para determinar a in!lu'ncia do acar no tempo de pega do cimento e suas consequ'ncias no gan#o de resist'ncia da pasta e do concreto !oi adicionar o acar em !orma de sacarose concentrada na gua de mistura em pequenas propor1es( $ ob&eti.o deste trabal#o % mostrar que a contaminao dos agregados por determinados tipos de acares pode retardar bruscamente o incio de pega do cimento quando comparado a uma amostra de re!er'ncia sem adio( $s resultados indicam que o acar altera o tempo de pega do cimento( Introduo Fbricas de arte!atos de concreto -peas pr%/!abricadas0 e consumidores !inais que utili2am cimento para e,ecutar suas obras -contrapiso) concretagem de estruturas) re.estimentos) etc(0necessitam que o seu processo de #idratao acontea por completo( A .elocidade de #idratao de qualquer tipo de cimento % in!luenciada pela temperatura do ambiente e,terno) !inura do cimento e aditi.os incorporados no trao( $ retardamento de pega do concreto e as consequentes quedas das resist'ncias nas idades iniciais podem acontecer) muitas .e2es) de.ido 3 contaminao de algum dos componentes do concreto) impossibilitando a des!4rma de peas estruturais( A !alta de cuidados pre.enti.os pode causar patologias irre.ers.eis de.ido 3 m #idratao das peas pela ine!ici'ncia do processo de cura) mesmo com o concreto ainda no estado !resco( +m algumas regi1es do 5rasil) e,istem indcios da utili2ao do acar como retardador de pega do cimento) para que o pedreiro 6gan#e tempo7 durante a e,ecuo e utili2ao da massa) principalmente em la&es( Isso acontece de.ido ao mito de que durante a 6secagem7 #a.eria a e,pulso das bol#as de ar) tornando o concreto menos poroso( 8o&e) sabe/se que muitos tipos de acar -sacarose e glicose) por e,emplo0 e contaminantes da gua de amassamento podem retardar o tempo de pega) pois possuem na sua composio qumica os lignosul!onatos( $s acares dissol.idos no concreto podem causar corroso) dei,ar o concreto poroso ou retardar por tempo indeterminado o incio de pega do cimento( Algumas teses para esse retardamento e,cessi.o de!endem que esse !en4meno ocorre de.ido a mecanismos de absoro e precipitao durante o processo de mistura e gan#o de resist'ncia) pre&udicando as !ases de #idratao do cimento( 9egundo :uanger e :ennings -;<<;0) alguns resultados de ensaios indicam que o acar no altera somente o processo de pega do cimento) mas age tamb%m na matri2 de cimento) pre&udicando a !ormao dos silicatos de clcio #idratado -=/9/80( >( $ processo de #idratao do cimento Portland $ cimento Portland %) em geral) um produto que possui como componentes bsicos o calcrio) a argila e o min%rio de !erro) os quais) ap?s serem calcinados e modos) !ormam um p? -pul.erulento0 com alta capacidade de aglomerao( Ao ser misturado com a gua) ocorre a #idratao desses materiais) resultando no endurecimento da mistura( @ a intensidade do calor liberado na #idratao durante as primeiras idades que determina a .elocidade do endurecimento do concreto e o crescimento da resist'ncia( As dissolu1es qumicas dos silicatos e aluminatos !ormam o =/9/8 -silicato de clcio #idratado0( $ incio de aglomerao % caracteri2ado pelo processo de #idratao do cimento) no qual # a !ormao de agul#as de etringita) respons.eis pelo incio de pega e pelo desen.ol.imento da resist'ncia inicial( =#amamos de matri2 a pasta de cimento que en.ol.e os gros de areia e o agregado grado) sendo a 2ona de transio a rea entre o agregado e a pasta -cimento com gua0 propriamente dita( A matri2 % constituda dos compostos #idratados do cimento e a contaminao de um desses compostos pode retardar o tempo de pega) pre&udicando a e.oluo de resist'ncia da matri2 -A$RABCILL+R/ R+G$*RD) >EE;0( >( +strutura dos acares A estrutura molecular dos acares -glicose ou acar simples0 % baseada em unidades de mol%culas de carboidratos que !orma uma cadeia linear de quatro a sete tomos de carbono) com um grupo de #idro,ila em cada tomo de carbono terminal) sendo um aldedo) ou o penltimo carbono) uma acetona( Para que a sacarose -=>;8;;$>>0 se !orme) % necessrio que #a&a liga1es entre a !rutose e a glicose( Di!erentemente dos demais dissacardeos) a ligao glicosdica % !ormada nas e,tremidades da cadeia( +sse tipo de ligao) por no conter grupos #idro,ilaanom%ricos) classi!ica a sacarose como um tipo de acar( >( +studo da in!lu'ncia da sacarose no tempo de pega do cimento +ste artigo t%cnico apresenta os resultados dos ensaios re!erentes 3 a.aliao da in!lu'ncia da sacarose -acar0 nos tempos de pega do cimento Portland( $s estudos !oram desen.ol.idos com dois tipos de cimentos =PII + F; G *so Geral e =PC ARI +strutura) !abricados pela Inter=ement( A sacarose -=>;8;;$>>0 !oi adicionada diretamente na gua de amassamento nos teores de <)<>HI) <)<;HI) <)<H<I e <)><<I em relao 3 massa de cimento( Determinou/se) inicialmente) a gua da pasta de consist'ncia normal dos cimentos =PII + F; e =PC ARI( $s resultados dos ensaios de tempo de pega -incio e !im0 !oram reali2ados nas amostras de cimento sem adio -re!er'ncia0 e com a adio da sacarose nos teores <)<>HI) <)<;HI) <)<<H<I e <)><<I) em relao 3 massa de cimento( Bo Gr!ico > e no Gr!ico ;) obser.a/se que) quanto maior a adio de sacarose na gua de amassamento) maior % o retardo do incio de pega do cimento( A adio de <)<H<I de sacarose no =PII + F; e de <)><<I no =PC ARI apresentou tempos de incio de pega e,tremamente retardado) coincidente com o tempo de !im de pega( =onclui/se que #ou.e um enri&ecimento instantJneo da pasta ap?s ;> #oras e KH minutos para o =PII + F; e de >L #oras e KH minutos para o =PC ARI( A sacarose utili2ada neste trabal#o % classi!icada como um tipo de carboidrato com alta capacidade de retardar o incio de tempo de pega do cimento( 9egundo estudos de "#omas e 5irc#all ->EMF0) a gua de #idratao de um cimento que recebeu adio de sacarose na mistura apresenta uma alta ta,a de silcio -9i0) alumnio -Al0 e !erro -Fe0) o que no % obser.ado na gua de #idratao de cimentos sem adio de sacarose( Algumas propriedades dos acares dissol.idos no meio so a sua estabilidade alcalina e a sua capacidade de ligao qumica com o clcio( As mol%culas de sacarose se unem aos aluminatos -=FA0 e promo.em a dissoluo de ons de clcio nas !ases de #idratao dos silicatos) tendo como resultado maior concentrao de ons em soluo( +sse aumento re!lete diretamente na relao clcio/slica -=a$:9i$;0 da soluo) pois) quando ocorre a precipitao dos produtos de #idratao) o seu crescimento % inibido pela adsoro do acar -"8$AA9) 5IR=8ALLN >EMF0( Ba Figura F) obser.a/se que a areia contaminada pela sacarose pode pre&udicar todo o processo de #idratao do cimento( $ acar tende a agir nas !ases de #idratao do cimento que cont%m clcio) retardando o processo de #idratao) aumentando a solubilidade do cimento) a adsoro do #idr?,ido de clcio e dos silicatos de clcio #idratados) inibindo) assim) o crescimento dos cristais -:*ABG+RN :+BBIBG9) ;<<;0( ;( A1es pre.enti.as para e.itar o e!eito da sacarose Fica claro) pelos dados apresentados neste artigo) que os consumidores de cimento de.em tomar cuidados pre.enti.os quando trabal#arem com concreto( $ concreto % uma mistura de cimento) areia) brita) aditi.o e gua) e a .ariao das caractersticas de qualquer um desses componentes) assim como a !alta de um acompan#amento t%cnico) pode pre&udicar o desempen#o de resist'ncia do concreto( Por isso) e,istem algumas a1es para atenuar esses impactos: / Ficar atento ao !ornecedor dos materiais utili2ados no concreto: a proced'ncia da areia % muito importante( A contaminao de acar % muito comum no 5rasil) onde # transporte de materiais para as usinas cana.ieiras( Por isso) o tipo de carregamento e transporte tamb%m de.e ser obser.ado( / Arma2enar os agregados que sero utili2ados no concreto de !orma correta: separados por baias e protegidos para que no #a&a acesso de animais) pois pode ocorrer uma contaminao de mat%ria orgJnica( Al%m disso) na urina) encontramos tamb%m a presena de acar( F( A1es correti.as em caso de contaminao da sacarose +m caso de demora na pega da pea concretada -acima de ;K #oras0 e se !or compro.ada a qualidade do cimento -caractersticas qumicas e !sicas dentro da B5R0: / +n.iar para um laborat?rio especiali2ado uma amostra da areia para ensaio de determinao de impure2a orgJnica e de presena de acar( / 9e ap?s sete dias de cura constante) a pea concretada no apresentar gan#o de resist'ncia) reali2e o ensaio de e,trao ou esclerometria para determinar a resist'ncia do concreto( / 9e as estruturas concretadas apresentarem bai,a resist'ncia e a contaminao do agregado !or compro.ada) recomenda/se a procura com urg'ncia de um especialista em patologias de estruturas de concreto para reali2ar uma .istoria nas obras) a.aliar os danos e indicar as poss.eis recupera1es( =abe en!ati2ar a importJncia de um respons.el t%cnico na obra) que a.aliar as necessidades de material e mo de obra da concretagem para e.itar a m qualidade dos materiais utili2ados ou erros de procedimentos de mo de obra( K( =onsidera1es !inais Ouando se reali2a qualquer tipo de concretagem) % importante estar atento 3 qualidade e ao procedimento dos materiais que sero utili2ados( Bo caso da contaminao da areia por sacarose) % praticamente imposs.el determinar quanto tempo o concreto le.ar para iniciar o seu estgio de endurecimento( $ acar % uma substJncia que tem como propriedade o retardamento da pega do concreto) pro.a.elmente) agindo no cimento e retardando a !ormao de =/9/8 -9ilicatos de =lcio 8idratados0( Dependendo do tipo de cimento utili2ado) da quantidade de acar e do instante em que ele entrou em contanto com a mistura) a pega do concreto pode ser retardada em .rias #oras) pre&udicando tamb%m a e.oluo da resist'ncia 3 compresso( @ importante en!ati2ar que a presena de urina no agregado pode dar resultado positi.o no ensaio de deteco de acar( Desse modo) conclui/se que a presena de acar no concreto altera a sua microestrutura e pre&udica o gan#o de resist'ncia( Portanto) quando o cimento est dentro das normas t%cnicas brasileiras) % corretamente arma2enado e est dentro do pra2o de .alidade) pro.a.elmente) no ser respons.el pela no/e.oluo de resist'ncia de peas concretadas quando os agregados) especialmente a areia) apresentarem contamina1es e,ternas( Autores Paula Ikematsu % coordenadora de Aarketing G 9egmento "%cnico e Produtos na Inter=ement 5rasil e mestre em engen#aria ci.il pela +scola Polit%cnica da *ni.ersidade de 9o Paulo e/mail: paula(ikematsuPintercement(com http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI24760!"00,00! #C$C#R%RE&I'#()%*)(E%+ER%$+#()%*#R#%,EM*ER#R%*#RE(E%(E%C)'CRE,).html
Estudo Comparativo Entre Cimento Supersulfatado (CSS) e Cimento Portland (CP V-ARI RS) : Análise Da Variação Dimensional Devido Ao Ataque Por Sulfato de Sódio