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D I S C I P L I N A Geometria Plana e Espacial

Construindo figuras com


régua e compasso

Autores

Iran Abreu Mendes

José Querginaldo Bezerra

aula

10
Governo Federal Revisoras de Língua Portuguesa
Presidente da República Janaina Tomaz Capistrano
Luiz Inácio Lula da Silva Sandra Cristinne Xavier da Câmara

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Divisão de Serviços Técnicos


Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”

Mendes, Iran Abreu.


Geometria espacial: interdisciplinar / Iran Abreu Mendes, José Querginaldo Bezerra. – Natal, RN: EDUFRN
Editora da UFRN, 2005.
324 p.
1. Geometria euclidiana. 2. Teoremas clássicos. 3. Triângulos. I. Bezerra, José Querginaldo.
II. Título.

ISBN 85-7273-288-8 CDD 516.2


RN/UF/BCZM 2005/48 CDU 514.12

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentação
pesar da existência de softwares computacionais para os vários tipos de desenho,

A é importante o estudo das construções geométricas com régua e compasso. Aliás,


esse tema foi marcante em vários momentos da história da Matemática desde a
Grécia, por volta do ano 300 a.C, até a Europa, no final do século XVIII e início do XIX d.C.
As questões relativas a construções geométricas são educativas, pois exigem, em
sua maioria, a adoção de uma postura na resolução de problemas, a qual consiste numa
estratégia de análise, planejamento, execução e validação.
Nesta aula, estudaremos as construções geométricas elementares, procurando
relacioná-las com nossas necessidades cotidianas e com os demais assuntos vistos nas
aulas anteriores.

Objetivos
Ao final desta aula, você deverá:

Fazer, com o auxílio da régua e do compasso, as principais


construções geométricas elementares, assim como utilizar
figuras para compreensão e estabelecimento de estratégias para
resolução de problemas.

Aula 10 Geometria Plana e Espacial 1


Construções geométricas
elementares

V
amos esclarecer, desde já, que a régua usada nas construções geométricas não
é graduada e que as únicas operações “permitidas” com esse instrumento e
o compasso são: traçar uma reta, conhecendo dois de seus pontos; traçar uma
circunferência, dado o seu centro e um de seus pontos; determinar as interseções de retas
ou circunferências com retas ou circunferências.
Um exemplo é o que acontece com os mestres de obras ou pessoas comuns, quando
estão exercendo seus ofícios, utilizando réguas de madeira ou alumínio, sem graduação
(Figura 1). Para certos fins, um fio esticado serve como régua (Figura 2). Para traçar
circunferências ou arcos, eles esticam um fio, fixam uma extremidade e fazem a outra girar
em torno do ponto fixado, que representa o centro da circunferência, conforme a seqüência
ilustrada na Figura 3.

Figura 1

Figura 2 Figura 3

Dentre as construções geométricas consideradas elementares, encontram-se a mediatriz


de um segmento, a bissetriz de um ângulo, o arco capaz, o traçado de retas paralelas e
perpendiculares, a construção de triângulos, alguns problemas de tangência, entre outros.
O transporte de segmentos e de ângulos são etapas fundamentais para as construções
que iremos fazer. Por essa razão, começamos com os dois problemas seguintes.
Transportar um segmento AB para uma semi-reta SOC significa construir um segmento
OD nessa semi-reta congruente ao segmento AB. O procedimento é ilustrado na Figura 4.

A
O D C

Figura 4

2 Aula 10 Geometria Plana e Espacial


Conforme a figura sugere, colocamos a ponta seca do compasso sobre o ponto O e, com
abertura AB, traçamos o arco que intercepta a semi-reta SOC no ponto D. É óbvio que AB e OC
são congruentes.
Transportar um ângulo A C, de modo que um de seus lados fique sobre uma semi-reta SOD
e seu vértice B coincida com o ponto O, significa construir o ângulo GÔH congruente a A C. Tal
procedimento está ilustrado na Figura 5.

E
H

F O D
G
A
Figura 5
Com a ponta seca do compasso sobre o ponto B, traça-se um arco que interceptará AB
em F e BC em E.
Com essa mesma abertura, traça-se um arco com a ponta seca em O, interceptando
SOD em G.
Com a ponta seca do compasso em F e abertura FE, traça-se um arco com centro em
G, interceptando o arco anterior em H.
Traçando-se a semi-reta SOH, obtemos o ângulo GÔH, congruente ao ângulo A C.

Atividade 1

Explique porque E F = HÔG a partir da congruência de triângulos, caso LLL.


sua resposta

1.

Aula 10 Geometria Plana e Espacial 3


A figura seguinte é uma foto aérea de uma plantação de flores.
Observe a regularidade das formas e veja que algumas construções de ângulos e
segmentos certamente foram feitas.

Figura 6

Antes de prosseguirmos, chamamos sua atenção para um fato muito importante na


resolução de problemas, principalmente os de construções geométricas. Sempre que possível,
é aconselhável imaginar (ou rascunhar) a solução que se busca, pois essa representação
mental (ou simbólica ) nos dá inspiração e/ou pistas para alcançarmos nossos objetivos.

Paralelas e perpendiculares
ara traçar uma reta perpendicular a uma outra reta, passando por um ponto dado,

P temos que considerar dois casos: o ponto não pertencer à reta e o ponto pertencer
à reta.
As figuras a seguir ilustram as duas situações.
s s
M
P

r
B A C P D r

P’

Figura 7: P r Figura 8: P r

4 Aula 10 Geometria Plana e Espacial


Para construir a reta s perpendicular à reta r, na Figura 7, o procedimento foi o seguinte.
Com a ponta seca do compasso no ponto P, traçamos um arco de circunferência que
intercepte r em dois pontos, que chamamos de A e B.
Com a mesma abertura do compasso, traçamos dois arcos, um com centro em A e o
outro com centro em B, que se interceptam num ponto P’ do semi-plano que não contém P.
A reta s que contém P e P’ é perpendicular a r.

Lembrete: o ponto P’ é o simétrico de P com relação à reta r.

A construção da reta s perpendicular à reta r, na Figura 8, foi efetuada a partir dos


procedimentos a seguir.
Com a ponta seca do compasso sobre P e abertura qualquer, marcamos dois pontos C
e D sobre r.
Com abertura CD e a ponta seca nos pontos C e D, traçamos dois arcos de circunferências
que se interceptam nos pontos M e N.
A reta s que contém M e N é perpendicular a m e contém P.

Atividade 2
Na Figura 7, trace os segmentos PB, BP’, P’A e AP para obter quatro
triângulos.

Na Figura 8, trace os segmentos MC, CN, ND e DM, observando os quatro


triângulos formados.

Justifique, com base nesses triângulos, por que s é perpendicular a r.


sua resposta

1.

Aula 10 Geometria Plana e Espacial 5


Veremos, agora, como traçar uma reta s paralela a uma reta r dada passando por um
ponto P determinado não pertencente a r. A Figura 9 ilustra o procedimento adotado.

AB = PC

Figura 9

Atividade 3
Segunda construção

Usando os casos anteriores trace por P uma reta t perpendicular a r e


1 por P uma reta s perpendicular a t. Desse modo, s é paralela a r.

Determine pontos A e B sobre r e C no semiplano que contém P,


2 de modo que ABCP seja um paralelogramo. Justifique, usando esse
paralelogramo, a afirmação de que r e s são paralelos.

No caso do madeiramento de telhados (Figura 10), qual será o procedimento dos


mestres para que caibros e ripas fiquem paralelos? Releia a aula 5, dando atenção especial
para a proposição 4.
Em caso de dúvidas, converse com pessoas da construção civil e procure entender por
que o procedimento usado está correto, isto é, quais os argumentos teóricos que justificam
tal prática.

Figura 10

6 Aula 10 Geometria Plana e Espacial


Uma aplicação interessante do traçado de retas paralelas e perpendiculares é o problema
que segue.
As retas paralelas r e s da figura seguinte representam as margens de um rio, os pontos
A e B correspondem a duas cidades e PQ é uma ponte perpendicular às margens do rio.
Quais as posições de P e Q para que a distância AP + PQ + QB seja a menor possível?
A

P
r

Q s

B
Figura 11

Atividade 4

As posições de P e Q na Figura 11 não atendem à exigência do problema em


questão. Como a construtora deve determinar a localização correta desses
pontos?
Siga as instruções seguintes.
a) Trace a reta perpendicular à r que passa por A.

b) Determine a distância d entre r e s.

c) Com a ponta seca do compasso em A e abertura d marque o ponto C, no


sentido de A para r sobre a perpendicular à r contendo A.

d) Construa o segmento CB e chame sua interseção com s de Q.

e) Trace a perpendicular à r que passa por Q e chame sua interseção com r de P.

f) Justifique por que AP + PQ + QB é mínima.

A mediatriz de um segmento é o conjunto de todos os pontos do plano que


eqüidistam de suas extremidades.

Aula 10 Geometria Plana e Espacial 7


O conceito de mediatriz é importante, como auxiliar, em várias outras construções
geométricas.
Para construí-la, é muito simples: marque o ponto médio do segmento e por ele trace
a perpendicular à reta que o contém, a qual é a mediatriz.

A bissetriz de um ângulo é o conjunto dos pontos do plano que eqüidistam dos


lados do ângulo.

O conceito de bissetriz é importante para a construção de outros ângulos, como os


que medem 15º, 45º, 105º, 135º etc. Vejamos como traçar a bissetriz de um ângulo AÔB,
seguindo as orientações dadas.

a) Com a ponta seca do compasso no ponto O e uma abertura qualquer, trace um arco
que intercepte os dois lados do ângulo nos pontos C e D.

b) Com mesma abertura, ou um pouco maior, se necessário, construa dois arcos com
centros em C e D que se interceptem no interior do ângulo em E.

A semi-reta SOE é a bissetriz do ângulo AÔB.


Observe a Figura 12 para compreender os passos do procedimento.

B
D

o E

C
A

Figura 12

8 Aula 10 Geometria Plana e Espacial


Atividade 5
Use o procedimento de construção de retas perpendiculares para
1 construir um ângulo de 90º.

Use o fato do triângulo eqüilátero possuir três ângulos iguais para


2 construir o ângulo de 60º.

Divida o ângulo de 90º em três outros congruentes entre si, usando


3 a construção do ângulo de 60º.

O problema da tri-secção de um ângulo qualquer é impossível, conforme você pode tri-secção


ver no livro Construções Geométricas, de Eduardo Wagner. Se, por exemplo, o ângulo do Tri-secção de um ângulo
item 3 da atividade 5 fosse 60º, você não teria como resolver o problema, a não ser por consiste em dividi-lo em
processos aproximados. três ângulos congruentes
entre si.

Desafio

Trace a bissetriz de um ângulo cujo vértice está fora da folha de papel, conforme
sugere a figura a seguir.

Figura 13

Aula 10 Geometria Plana e Espacial 9


O arco capaz

D
ados dois pontos A e B sobre uma circunferência e um ponto M sobre um dos arcos
determinados por A e B, sabemos que o ângulo A B = é constante, qualquer que
seja a posição de M (exceto A ou B).
Veja a Figura 14 para compreender que um observador, movendo-se sobre o arco AMB,
verá o segmento AB sempre sob o mesmo ângulo, no caso .

B
M

Figura 14

O arco ABM é chamado arco capaz do ângulo sobre o segmento AB.

Note que se um ponto N pertence ao outro arco determinado por A e B, então A B também
é constante e, nesse caso, ANB é o arco capaz do ângulo 180º – sobre o segmento AB.
Note também que se AB é o diâmetro da circunferência, AMB é reto e, portanto, cada
semi-circunferência é um arco capaz de 90º sobre AB.
Para construir o arco capaz de um ângulo dado sobre um segmento AB, dado AB e
procedemos da seguinte maneira:

a) Constroe-se o ângulo  90 - T , a partir das extremidades do segmento AB, conforme


2
Figura 15.

Figura 15

10 Aula 10 Geometria Plana e Espacial


b) Prolongando os lados do ângulo , em A e em B, até a interseção em C, obtém-se
considerando que o triângulo ABC é isóceles e que 2 + = 180º. Segue-se que = ,
conforme Figura 16.

Figura 16

c) A partir da interseção das mediatrizes dos segmentos AC e BC, determina-se o


centro O da circurferência que fornecerá o arco capaz , conforme Figura 17.

Figura 17

Divisão de um segmento
em partes iguais
Essa construção é muito fácil de fazer e de grande utilidade prática. Sua justificativa
também é bastante simples.
Para dividir o segmento AB da Figura 18 em cinco partes iguais, procedemos da
seguinte forma.

Aula 10 Geometria Plana e Espacial 11


a) Construímos uma semi-reta auxiliar AX e sobre ela construímos, com abertura conveniente
no compasso, os segmentos congruentes AA1, A1A2, A2A3, A3A4 e A4A5.

b) Traçamos o segmento BA5 e suas paralelas passando por A1, A2, A3 e A4.

c) Marcamos, nas interseções das paralelas anteriores com AB, os pontos P1, P2, P3 e P4.

d) Os segmentos AP1, P1P2, P2P3, P3P4 e P4B possuem o mesmo comprimento, ou seja, AB
ficou dividido em cinco partes iguais.

Visualize na Figura 18 o procedimento que utilizamos para dividir AB.


A5
A4
x
A3
A2
A1

A
P1 P2 P3 P4 B

Figura 18

Construção de triângulos

Um triângulo, como sabemos, tem três ângulos e três lados. No entanto, para
construí-lo, não precisamos conhecer todos esses elementos, como veremos na resolução
dos problemas a seguir.
Problema 1 – Construir um triângulo, conhecendo as medidas a, b e c dos seus lados.
A figura seguinte mostra os lados dados e o triângulo construído.

a A
b
b c

c B X
a C

Figura 19

12 Aula 10 Geometria Plana e Espacial


Atividade 7
Descreva os passos seguidos para a construção do triângulo ABC na Figura 19.

sua resposta
1.

Note que, pelo caso de congruência LLL, qualquer outro triângulo obtido com essas
medidas é congruente ao construído anteriormente.
Problema 2 – Construir um triângulo, conhecendo as medidas a e b de dois dos seus lados
e o ângulo por eles formado.
A Figura 18 mostra os dados do problema e o triângulo construído.
Y
a

b
A

C X
a B

Figura 20

Aula 10 Geometria Plana e Espacial 13


Atividade 8
Descreva os passos seguidos na construção do triângulo ABC da figura
anterior e justifique por que a solução encontrada é única.
sua resposta

1.

Problema 3 – Construir um triângulo ABC, conhecendo as medidas a e b de dois de seus


lados e do ângulo B, oposto ao lado de medida b.
Note que essa construção se assemelha à do problema 2, no qual traçamos duas semi-
retas de mesma origem, formando um ângulo dado e, sobre elas os lados dados. No presente
caso, um dos lados dados no problema fica sobre uma das semi-retas, mas o outro, não.
Veja, na figura seguinte, os dados do problema e a solução encontrada.

D Y
a

A b
b

B X
a C

Figura 21

Note que, nesse problema, obtivemos duas soluções: ABC e DBC.

14 Aula 10 Geometria Plana e Espacial


Atividade 9

Sob que condições o problema 3 teria uma única solução?


1
O problema não teria solução para algum valor de b?
2 Justifique sua resposta à pergunta anterior.

1.

sua resposta
2.

Aula 10 Geometria Plana e Espacial 15


Alguns problemas de tangência
Os principais problemas de tangência são apresentados abaixo:3

1. Reta tangente a uma circunferência e passando por um ponto P.


O número de soluções depende da posição de P.

2. Reta tangente a duas circunferências.


Há várias situações a se considerar, dependendo da posição das circunferências.

3. Circunferência tangente a uma reta, num ponto P, e a outra circunferência.


Nesse caso, também temos várias situações a considerar.

Desafio
Independentemente de conhecer os procedimentos para as construções
anteriores, veja se você descobre quantas situações existem em cada um dos
casos citados. As figuras a seguir ilustram uma situação de cada caso.

Caso 1 Caso 2 Caso 3

P P
O O
O
O’
O’
P’

Figura 22 Figura 23 Figura 24

Para se construir a reta tangente a uma circunferência de centro O, num ponto P


dessa circunferência, basta traçar a perpendicular ao raio OP passando por P. Se o ponto P
pertencer ao exterior da circunferência, a construção da reta que a tangencia, passando por
P, é sugerida pela figura a seguir:

16 Aula 10 Geometria Plana e Espacial


B

P O

Figura 25

Como PÂO = 90º, para determinarmos A, basta traçarmos a circunferência de diâmetro


PO, com centro em seu ponto médio M e cuja interseção com a circunferência dada são os
pontos A e B da Figura 25. Confira isso na próxima figura.

P O
M

Figura 26

Obs.: em algumas construções é conveniente deixarmos as figuras auxiliares pontilhadas


para diferenciá-las da solução procurada e dos dados do problema.

Atividade 10
Desenhe duas circunferências com centros O e O’ e raios R e R’, de modo que
a distância entre seus centros seja maior que a soma do comprimento dos seus
raios.

Aula 10 Geometria Plana e Espacial 17


Faça o que se pede.

1) Trace o segmento que une seus centros.

2) Construa uma semi-reta SOX, de modo que O’ÔX não seja muito pequeno,
mas que SOX intercepte a circunferência de centro O’.

3) Com a ponta seca do compasso em O e abertura R, marque o ponto Q sobre


SOX e, com a ponta seca em Q e abertura R’, marque o ponto Q’ em SOX, de
forma que Q fique entre O e Q’.

4) Trace o segmento Q’O’ e, por Q, o segmento PQ paralelo a Q’O’ com P em OO’.

5) Marque os pontos médios de OP e PO’ e chame-os de M e M’.

6) Construa as circunferências de centros M e M’ e raios OM e PM’,


respectivamente.

7) Trace as retas que passam por P e pelos pontos de interseção das


circunferências que você traçou com as circunferências dadas no
problema.

8) Conclua que as retas traçadas no item 7 são, cada uma, tangentes às


circunferências de centro em O e O’.

Obs.: com relação à atividade 9 anterior, existem mais duas outras retas tangentes às
circunferências dadas. Tente traçá-las.
Para encerrar esta aula, vamos construir uma circunferência que seja tangente à uma
reta r num ponto A e também tangente a outra circunferência dada. A figura seguinte ilustra
essa situação, sendo as partes pontilhadas correspondentes aos passos da construção.
Note que os triângulos POQ e AO’Q são isósceles e semelhantes. Note também que
o ponto O’ é fundamental para nossa construção e resulta da interseção de SOQ com a reta
perpendicular à r, passando por A.

18 Aula 10 Geometria Plana e Espacial


P

O
M

Q
O’

r
A

Figura 27

Acompanhe os passos da construção da Figura 27.

1. Trace uma reta perpendicular à reta r passando por O e outra passando por A.
2. Determine o ponto P de interseção da reta que passa por O com a circunferência dada.
3. Construa o segmento PA e sua interseção Q com a circunferência dada.
4. Trace a semi-reta SOQ e sua interseção O’ com a perpendicular que passa por A.
5.Construa a circunferência de centro em O’ e raio AO’.

Parabéns! Sua construção está concluída.

Resumo
Nesta aula, abordamos a construção de algumas das figuras geométricas mais
comuns do ponto de vista prático. Muitas dessas construções são feitas por
pessoas simples, sem escolaridade, que usam apenas o conhecimento “cultural”
que lhe foi transmitido. Efetivamente, essas pessoas sabem o “como” mas
não sabem o “porquê”. Nesse sentido, procuramos estabelecer as razões que
garantem a possibilidade, ou não, de tais construções, ressaltando o clássico
problema da tri-secção de um ângulo.

Aula 10 Geometria Plana e Espacial 19


Auto-avaliação
Para verificar sua aprendizagem nesta aula, resolva as questões seguintes.

Encontre um procedimento, diferente do que apresentamos na aula, para traçar a


1 reta paralela a uma reta r dada, passando por um ponto P.

Desenhe, usando régua e compasso, um ângulo de 45º e um de 75º.


2
Construa um triângulo eqüilátero com perímetro igual a 15 cm.
3
Justifique o procedimento usado nesta aula para dividir um segmento em partes
4 iguais.

Construa um triângulo, conhecendo as medidas de dois de seus ângulos e do lado


5 comum a esses ângulos.

Referências
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 6.ed. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.

O PRIMEIRO Livro dos Elementos. Trad. Irineu Bicudo. Editor geral John A. Fossa. Natal:
SBHMat, 2001. (Série textos de história da matemática, 1).

LOFF, Dina Maria Santos. Algumas actividades didácticas para a introdução da geometria
euclidiana. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1993. (Publicações de história e metodologia
da matemática).

LOUREIRO, Cristina et al. Geometria. Lisboa: Ministério da Educação, 1998.

MACHADO, Nilson José. Medindo comprimentos. São Paulo: Editora Scipione, 1988.

OLIVEIRA, A. J. Franco de. Geometria euclidiana. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.

RESENDE, E. Q. F; QUEIROZ, M. L. B. Geometria euclidiana plana e construções geométricas.


Campinas: Editora da UNICAMP, 2000. (Coleção livro-texto).

WAGNER, Eduardo. Construções geométricas. Rio de Janeiro: SBM, 1993.

20 Aula 10 Geometria Plana e Espacial

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