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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:

metodologias de operacionalização (Parte I)


O Modelo de Auto - Avaliação deve ser entendido como um «processo pedagógico e
regulador inerente à gestão e procura de uma melhoria contínua da BE».
São objecto de avaliação quatro domínios que «representam as áreas essenciais para que a
biblioteca escolar cumpra, de forma efectiva, os pressupostos e objectivos que suportam a
acção no processo educativo» e «cada domínio/subdomínio é apresentado num quadro que
inclui um conjunto de indicadores temáticos, que se concretizam em diversos factores
críticos de sucesso. Os indicadores apontam para as zonas nucleares de intervenção em
cada domínio e permitem a aplicação de elementos de medição que irão possibilitar uma
apreciação sobre a qualidade da BE. […] Para cada indicador são igualmente apontados
possíveis instrumentos para a recolha de evidências que irão suportar a avaliação.
Finalmente, o quadro apresenta, também para cada indicador, exemplos de acções para a
melhoria, ou seja, sugestões de acções a implementar no caso de ser necessário melhorar o
desempenho da BE em campos específicos.»
O perfil de desempenho recai e avalia, numa escala de 4 níveis, o grau de realização que
cada actividade descrita obteve, na base dos registos de evidência analisados e tratados.
ME/RBE (2008). Bibliotecas Escolares.
Quadro referencial para avaliação»

São objectivos desta sessão:

Compreender como é que a auto-avaliação pode ser concretizada para demonstrar a


contribuição da BE para o ensino e aprendizagem e a missão e objectivos da escola.

Ganhar familiaridade com o processo de auto-avaliação adoptado pelo Modelo de Auto-


avaliação RBE e capacitar para a sua aplicação.

Conhecer as técnicas e instrumentos propostos, o modo como se organizam e podem ser


usados.
(Texto da sessão, pag.1)

Medir impactos

«Medir os outcomes (impactos) significa, no entanto, ir mais além, no sentido de conhecer o


benefício para os utilizadores da sua interacção com a biblioteca. A qualidade não deriva
nesta acepção, da biblioteca em si mesma ou do seu peso intrínseco, mas do valor atribuído
pelos utilizadores a esse benefício, traduzido numa mudança de conhecimento,
competências, atitudes, valores, níveis de sucesso, bem-estar, inclusão, etc.

INPUTS → PROCESSOS → OUTPUTS → OUTCOMES

O modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares procurou orientar-se sobretudo


segundo uma filosofia de avaliação baseada em outcomes e de natureza essencialmente
qualitativa, reflectindo a tendência geral das políticas educativas e de gestão e avaliação das
escolas, também elas fortemente orientadas para os resultados.» (texto da sessão,pag.2)

Problema / diagnóstico

A formanda: Eufémia Fernandes Página 1


A maioria dos alunos, que frequenta o Agrupamento de Escolas do Pinhão, é
oriunda de localidades distantes da escola e o condicionalismo dos transportes, «obriga-os»
a permanecer na mesma, todos os dias das 9h00 às 17h30.Além disso, o significativo
distanciamento de centros culturais deixa perceber a existência de alguns índices de baixos
níveis socioculturais, no meio do qual provêm. Face a estes dois problemas, a escola procura
dar uma resposta, tendo como pano de fundo a Biblioteca, na rentabilização do espaço
/recursos, de modo a fomentar a cultura, a animação e o lazer.
«A Escola tem que formar para a autonomia e para a criatividade, para a capacidade de
interagir socialmente de forma crítica e para a competência de aprender a aprender»
Newsletter 05, A Auto-avaliação da Biblioteca escolar, Elsa Conde, Rosa canhoto Martins - Gabinete da RBE
,Junho de 2009,pag.2
Por que razão a Biblioteca?
1º O horário é contínuo e coincide com a permanência dos alunos na escola;
2º É um espaço privilegiado à realização de tarefas fora dos contextos formais de
aprendizagem;
3º Os alunos têm ao seu dispor, uma grande variedade de serviços e equipamentos, que
podem usar livremente;
4º É um espaço que proporciona boas condições para o desenvolvimento social e cultural.

«A biblioteca escolar proporciona informação e ideias fundamentais para sermos bem


sucedidos na sociedade actual, baseada na informação e no conhecimento. A biblioteca
desenvolve nos estudantes competências para a aprendizagem ao longo da vida e desenvolve
a imaginação, permitindo-lhes tornarem-se cidadãos responsáveis.
Directrizes da IFLA para as Bibliotecas Escolares (2002)

As bibliotecas enfrentam, neste novo contexto e na sua relação com a escola, novos
desafios que obrigam à redefinição de práticas e a uma liderança e demonstração de valor
que as integrem na estratégia de ensino/ aprendizagem da escola e nas práticas de alunos e
professores.
Um dos desafios actuais para a equipa é ultrapassar o modelo de biblioteca escolar centrado
na oferta de um espaço equipado, a que é possível aceder e onde é possível aceder a um
conjunto de equipamentos e de recursos de informação.
As bibliotecas devem desenvolver uma “oferta de serviços”, sobretudo culturais, apesar de
estas representarem nalguns casos, excesso e sobrecarga para muitos professores. Muitas
destas actividades passam ao lado da sua agenda de prioridades, estando desligadas dos
objectivos programáticos e curriculares – prioridade da agenda da escola e dos docentes
(problemática ilustrada por Doug Johnson (2002).

A formanda: Eufémia Fernandes Página 2


O Modelo de Auto-Avaliação estrutura-se em quatro domínios e subdomínios que
correspondem às áreas fulcrais do trabalho da BE e com impacto determinante no processo
de ensino-aprendizagem.
Neste contexto e tendo por base o problema/ diagnóstico apresentado, seleccionei os
seguintes indicadores:
Plano de avaliação

Domínio /Subdomínio / indicador C.1.2. dinamização de actividades livres, de


carácter lúdico e cultural
Factores críticos Métodos e Intervenien Calendarizaç Planificação da Análise e Acções para
de sucesso instrumentos tes /Público ão recolha e comunicação melhoria
a utilizar -alvo tratamento de da informação
( recolha de dados
evidências)

-Os alunos -Observação Professor Ao longo do -elaboração de -Os alunos -aumentar a


encontram na BE de utilização bibliotecári ano lectivo, instrumentos registam no participação
um conjunto de da o mais de recolha de livro de da BE na
propostas de concretamen dados; Opiniões/ dinamização
actividades BE (O1) te de
visando a Sugestões o actividades
-Materiais de Professores 3 Semanas grau de
utilização criativa culturais na
apoio colaborador seguidas, em -Elaboração de satisfação/ins
dos seus tempos escola;
produzidos e es cada período materiais de atisfação face
livres, que lhes
editados (guia lectivo. apoio às actividades
permitem
de referências desenvolvidas
desenvolver a
bibliográficas, . -rentabilizar
sensibilidade Alunos do
as iniciativas
estética e o gosto desdobráveis agrupamen -elaboração de
-Através do programadas
e interesse pelas com to instrumentos
boletim da BE, ,
artes, ciências e de tratamento
(por informar-se-ão partilhando-
humanidades. informações e de dados;
grupos) os pais/E.E. as com
orientações
-Os alunos /professores e outras
usufruem de um específicas: órgãos de escolas e
programa de como realizar -registos sobre gestão da BE`s;
animação um trabalho a preparação, rentabilidade
cultural, regular e de o desenrolar e deste espaço.
consistente, a avaliação das
-Apresentação -solicitar o
traduzido num pesquisa actividades;
do relatório envolviment
conjunto de oe
final, onde
iniciativas, de colaboração
serão
que são exemplo: -grelha de -solicitar aos dos pais e da
apresentados
exposições, avaliação de alunos o comunidade
os pontos
espectáculos, trabalhos preenchimento na
fortes e
palestras, desenvolvidos de um organização
fracos, ao
debates, sessões ; questionário, e
conselho
de poesia, teatro, de forma a dar financiament
pedagógico,
concursos, jogos, resposta aos o dos
assim como o
celebração de seus interesses eventos.
-inquéritos plano da
efemérides, ciclos e sugestões. melhoria.
de música e de
(Inquiry

A formanda: Eufémia Fernandes Página 3


cinema, outros. based
learning )

-caixa de
sugestões/
opiniões;

-grelha de
observação de
actividades de
aprendizagem
.

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Domínio /Subdomínio / indicador C.1.4. Disponibilização de espaços, tempos e
recursos para intervenção livre dos alunos
Factores Métodos e Intervenien Calendariza Planificaç Análise e Acções
críticos de instrument tes ção ão de comunicaçã para
sucesso os a /público- recolha e o da melhoria
utilizar alvo tratament informação
o de
(recolha de dados
evidências
)

-os alunos Planificaçõ Professor Ao longo do Elaboraçã A equipa da Produzir


propõem e es bibliotecári ano escolar . o de BE e os materiais
organizam o instrumen professores específicos
autonomame Plano de tos de colaborador de apoio
nte projectos actividade Professores recolha es para
e s da BE colaborado de dados pronunciar- monitores;
actividades; res se-ão sobre
-os alunos Grelha de Análise o trabalho Auxiliar na
são apoiados auto- Alunos do dos dados autónomo orientação
na criação de avaliação agrupamen desenvolvid do trabalho
núcleos/ e inquérito to observaç o pelos dos Núcleos
clubes onde aos (por ão / alunos. /Clubes
podem utilizadore grupos) reflexão
promover a s dos Inquérito
sua livre ( checklists resultado feito aos Proporciona
expressão ) s. alunos mais r apoios a
( rádio, jovens sobre iniciativas
fotografia, Questionár a dos alunos
jornal, ios aos cooperação
outros). alunos /apoio dos
- A formação QA3 alunos mais
de monitores velhos
é Registos
incentivada, sobre as No final de
bem como o actividade cada
apoio dos s período,
alunos mais /Projectos serão
velhos aos promovido apresentado
mais jovens s pelos s os
ea alunos trabalhos no
entreajuda boletim da
entre todos. BE ou
pessoalment
e no espaço
da BE.

A formanda: Eufémia Fernandes Página 5


O indicador C.1.2.Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural é
considerado um indicador de processo, dado que incide sobre as actividades desenvolvidas
pela BE que visam a ocupação do espaço em tempos livres, onde serão postas em prática as
estratégias para a criação de estruturas de apoio ao trabalho de dinamização e sensibilização,
contando com a criação de clubes, exposições, concursos, jogos, etc.

A verificação do impacto destas actividades será visível no indicador C.1.4.,cujo objectivo é


aferir o impacto da BE nas aprendizagens dos alunos, no seu próprio envolvimento, no seu
papel de formador (alunos mais velhos ajudam os mais jovens…).

Os intervenientes, neste caso, serão o professor bibliotecário, os professores colaboradores e


os alunos do Agrupamento.

A nível da calendarização, estas actividades serão feitas ao longo do ano lectivo, com mais
incidência em três semanas, consecutivas. A observação de alunos é de três semanas, em
cada período lectivo, uma vez que neste subdomínio deve ser feita de uma forma prolongada
e com diferentes grupos, dado que se trata da utilização livre e extracurricular da Biblioteca,
em que não há nem uma utilização estruturada com turmas nem uma utilização continuada
ou sistemática pelos mesmos alunos ou grupos. (texto da sessão, pag.10)

A avaliação será centrada no impacto qualitativo da BE, na aferição das modificações


positivas que o seu funcionamento tem nas atitudes, valores e conhecimento dos utilizadores
(aferição, não de eficiência, mas de eficácia dos serviços, os resultados que os serviços
produziram.)

A avaliação será fundamentada em documentos preenchidos pelo professor bibliotecário e


pelos professores colaboradores, através de inquéritos, entrevistas, questionários,etc.Com
que objectivos? 1º Perspectivar o que vamos fazer a seguir; 2º promover o benchmarking,
havendo um esforço maior para onde há pior desempenho; 3º a auto-avaliação é parte
integrante do processo de desenvolvimento, visando melhorar o perfil de desempenho.
Como é que avaliamos? Estabelecendo prioridades, pois não se pode «medir» tudo;
identificando as evidências mais significativas e articulando elementos quantitativos e
qualitativos (noção de valor).

Por último, far-se-á um relatório final, onde serão assinalados os pontos fortes e fracos e as
acções consideradas necessárias para a melhoria . «O propósito da auto-avaliação é apoiar o
desenvolvimento das bibliotecas escolares e demonstrar a sua contribuição e impacto
no ensino e aprendizagem, de modo a que ela responda cada vez mais às necessidades
da escola no atingir da sua missão e objectivos.» (texto da sessão, pag.3)

« A marca da BE no séc.XXI são as suas acções e evidências que demonstram que faz uma
diferença real para a aprendizagem do aluno, que contribua, de forma significativa para o
desenvolvimento da compreensão humana, ou seja, fazendo e construindo conhecimento.»

Bibliografia:

Texto da sessão. Disponível na plataforma.

A formanda: Eufémia Fernandes Página 6


McNamara, Cárter (1997-2008). Basic Guide to Program Evaluation.

Gabinete da Rede de bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas


Escolares (12 de Novembro de 2009)

Gabinete da Rede de bibliotecas Escolares. Modelo para o relatório de avaliação da BE


(2008)

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