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INTRODUÇÃO
PROPOSTAS DE CIDADANIA
Pensar uma ética da cidadania, onde todos os cidadãos tenham acesso à
participação nos processos democráticos de nossa sociedade requer incorporar
práticas que se remetem à compreensão do conceito de democracia e seus
desdobramentos em democracia participativa e representativa. A participação da
sociedade nos processos de implementação de políticas públicas é algo bastante
recente, remontando ao período de amadurecimento e implantação da Constituição
Federal de 1988. A chamada Constituição Cidadã, exigiu, para sua elaboração, uma
sociedade ativa e participativa, capaz de oferecer contribuições significativas para a
construção de seus preceitos e bases.
A redemocratização brasileira abriu o caminho para o fortalecimento de
diferentes formas de organização da sociedade para efetivar sua participação nos
processos políticos, consolidando uma nova maneira de gerir os problemas
considerados de interesse público. Os mecanismos de “empowerment” ganharam
mais e maior relevância. Assim sendo, se torna inegável a importância de se tratar a
questão das políticas de segurança pública a partir do prisma de sua incorporação
ao leque de políticas ditas públicas a serem promovidas pelo Estado e, para os
quais, toda a sociedade deve oferecer sua contribuição através de sua participação
ao longo dos processos decisórios.
A garantia de propostas novas de intervenção para a política de Segurança
Pública que venham a inseri-la no contexto da sociedade democrática de direito,
visa operacionalizar a mediação dos problemas que enfrenta hoje.
O fato de que o controle social não é exercido somente mediante a existência
e funcionamento de organizações policiais em uma sociedade, torna o
desenvolvimento de mecanismos alternativos de resolução de conflitos uma das
estratégias de grande importância para garantir o exercício da cidadania a um
número maior de pessoas. Configura-se como uma forma estratégica para que o
Estado possa efetivar direitos na contemporaneidade.
. Mídia e Violência