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A PREEXISTÊNCIA DE JESUS CRISTO

REAL OU SIMBÓLICA?

Várias passagens bíblicas parecem dizer que Jesus Cristo existiu em alguma
forma no céu, antes de aparecer aqui na terra. A maioria destas passagens
encontra-se no Evangelho de João, por exemplo:

Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade
daquele que me enviou. ( João 6:38 ).

Que seria pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro
estava? ( João 6:62 ).

Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão
existisse, eu sou. ( João 8:58 ).

E agora glorifica-me tu, Ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que
tinha contigo antes que o mundo existisse. ( João 17:5 ).

A argumentação é que estas afirmações são claras e devemos aceitar o


ensinamento bíblico de que Jesus viveu anteriormente no céu. É certo que estas
passagens são claras, porém isso não significa necessariamente que devemos
tomá-las em sentido literal.

Há outras passagens bíblicas que são tão claras como estas, e sem dúvida não as
tomamos em sentido literal, ainda que frequentemente as pessoas que ouviram
estas palavras não sabiam inicialmente como entendê-las. Muitas destas
passagens se encontram no Evangelho de João, por exemplo:

Jesus respondeu e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o


levantarei. Disseram, pois os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado
este templo, e tu o levantarás em três dias? ( João 2: 19-20 ).

Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que


não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos:
Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a
entrar no ventre de sua mãe, e nascer? ( João 3:3-4 ).

Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou,


e realizar a sua obra. ( João 4:34 ).

Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. ( João
6:50 ).

E, se teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti. Melhor


te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado
no fogo do inferno. ( Mateus 18:9 ).

E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome
cada dia a sua cruz, e siga-me. ( Lucas 9:23 ).
Da mesma forma que não tomamos as afirmações anteriores em sentido literal,
tampouco devemos tomar em sentido literal as afirmações de que Jesus viveu no
céu antes de nascer na terra. Em primeiro lugar a bíblia afirma que Jesus é um
homem.

( Confira cuidadosamente - Isaías 53:3 – João 1:30 – João 8:40 – Atos 2:22
– Atos 17:31 – Romanos 5:15 – 1 Coríntios 15:21 – 1 Corintios 15:47 – 1
Timóteo 2:5 ).

Nós homens e mulheres começamos nossa existência quando nascemos. No


caso de Jesus, Mateus e Lucas nos informam que Maria a mãe de Jesus
concebeu pelo poder do espírito de Deus e Mateus nos fala do momento em que
“ Tendo nascido Jesus em Belém de Judéia no tempo do rei Herodes” ( Mateus
2:1 ). Se Jesus não nasceu em forma real e normal nesse momento, em que
sentido pode ser Filho de Abraão e de Davi, ou inclusive de Maria? Lucas nos
diz que “crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e
os homens”. ( Lucas 2:52 ). Como pode haver crescido em sabedoria se antes
de nascer já era um ser celestial dotado de toda a sabedoria? E se Jesus
abandonou toda a sua sabedoria e conhecimento anterior para nascer na terra
como homem, como pôde seguir sendo a mesma pessoa? Já que a essência de
qualquer pessoa é a totalidade das experiências e sabedorias adquiridas no
decorrer de sua vida.
Também, o autor da Epístola Aos Hebreus diz que Jesus foi aperfeiçoado e
aprendeu a obediência por meio de suas experiências aqui na terra. ( Hebreus
2:10; 5:8 ), porém como pôde ter sido aperfeiçoado aqui, se antes de nascer já
era um ser celestial, perfeito e poderoso?

O ENVIADO DE DEUS

Havia entre os judeus a idéia de que um bom mestre “ vinha de Deus”, porém
não no sentido de haver vivido nos céus com Deus antes de nascer. Por
exemplo, em João 3:2 Nicodemos disse a Jesus: “Rabi, bem sabemos que és
mestre, vindo de Deus; Porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
Deus não for com ele”. Sem dúvida, não há evidência de que Nicodemos cria
que Jesus havia existido literalmente nos céus antes de nascer na terra.

Se a bíblia aparentemente insinua que Jesus veio do céu, diz o mesmo acerca de
outros homens. Por exemplo: João 13:3 diz que Jesus “havia saído de Deus”, e
em João 16:28 Jesus diz: “Saí do Pai e vim ao mundo”. Estas palavras são
tomadas comumente como evidência da preexistência de Jesus no céu, porém
João 1:6 diz: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João”. A
frase afirma literalmente que João veio da presença de Deus, igual a Jesus,
porém ninguém sustenta que João havia preexistido no céu. Jesus foi enviado ao
mundo para trazer sua mensagem de vida.

Diz 1 João 4:9b: Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele
vivamos. Pois bem, os que crêem que Jesus preexistiu no céu antes de nascer
como humano, sugerem usar esta passagem para ensinar que Cristo veio ao
mundo desde o Céu. Sustentam que se Deus enviou Jesus ao mundo é porque
estava fora dele, no céu. Ademais, afirmam que esse ser que esteve no céu era o
Deus-Filho que tomou a forma de homem. Os apóstolos também igualmente são
enviados ao mundo por Jesus Cristo. Disse Jesus em João 17:18: Assim como
tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. Pois bem, tanto os
apóstolos como Jesus Cristo, foram enviados ao mundo. Enviados de onde?
Acaso os apóstolos vieram do céu, literalmente falando, havendo preexistido
como deuses? É certo que não!!! Eles foram enviados ao mundo estando no
mundo. Portanto, a expressão “enviar ao mundo” não implica necessariamente
“preexistência” ou “vir do céu”.
Em João 6:41 Jesus diz: “Eu sou o pão que desceu do céu”. Porém estas
palavras são provas suficientes de que Cristo “desceu” do céu, literalmente
falando, ou que preexistiu com Deus no céu antes de nascer como homem?
Tiago 1:17 diz: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto,
descendo do Pai das Luzes, em quem não há mudança nem sombra de
variação.

Muitas dádivas ou presentes de Deus “descem do céu” num sentido metafórico.


Por exemplo, uma esposa idônea é um presente de Deus que “desce do céu”.
Um filho é uma “dádiva” de Deus para uma família, porém este filho não desceu
do céu literalmente falando, mas é apenas uma forma de dizer que Deus deu ou
concedeu este presente. Veja Mateus 7:11.

Outro caso mais claro ainda é o do profeta Jeremias. Em Jeremias 1:5 a palavra
de Yahweh veio ao profeta dizendo: “Antes que te formasse no ventre te
conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei: às nações te dei por
profeta”.
Estas palavras tomadas literalmente, implicam que Jeremias existia antes de
nascer, porém ninguém as toma neste sentido. Significa que antes do profeta
nascer, Deus já sabia como seria e já havia decidido que quando nascesse, o
nomearia como profeta ás nações. Antes de nascer, Jeremias existia somente na
mente e no plano de Deus, quem conhece todas as coisas antes que existam.
Da mesma forma, Deus disse em Isaías 51:2 que “ Quando Abraão não era mais
que um só o chamei, o abençoei e o multipliquei”. Como havia decidido que
Abraão teria uma descendência numerosa, falou dele como se já fosse uma
realidade desde o momento que decidiu. ( Ver Isaías 46:10 – Isaías 49:1-3 –
Romanos 4:17 ).

O Salmista disse: “ Os teus olhos viram meu corpo ainda informe, e no teu livro
todas estas coisas foram escritas; As quais iam sendo dia a dia formadas,
quando nem ainda uma delas havia”. ( Salmos 139:16 ). Assim também na
esfera humana, quando um arquiteto se propõe a construir um edifício, primeiro
faz uma maquete e possivelmente a apresenta dizendo: Este é o edifício tal,
quando não é nada mais que um projeto.

ELEITOS ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO

O Novo Testamento diz que Deus elegeu os cristãos antes que nascessem,
falando como se já existissem. Em Efésios 1:4 Paulo diz que Deus nos elegeu
Nele ( em Cristo ), antes da fundação do mundo, o que implica que se Cristo
já existia, então também existiam as demais pessoas que creriam Nele. Na
realidade Paulo está falando da predestinação, o fato de que Deus conhece de
antemão quem vai nascer e que papel terá em seu plano e propósito. Em Efésios
1:11, o Apóstolo diz de forma explícita: Nele, digo, em quem também fomos
feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele
que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade.

Também em Romanos 8:29-30 diz: Porque os que dantes conheceu também


os predestinou para serem conforme à imagem do seu Filho; A fim de que
ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes
também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que
justificou a estes também glorificou.

Dirigindo-se a Timóteo, Paulo fala do “propósito e graça que nos foi dada em
Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos” ( 2 Timóteo 1:9 ), como se todos
os crentes já existissem desde então.

Da mesma forma o Apóstolo Pedro explica as alusões à suposta “preexistência”


de Jesus Cristo dizendo que: em outro tempo foi conhecido, ainda antes da
fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de
vós. ( 1 Pedro 1:20 ).

AQUELA GLÓRIA QUE TIVE CONTIGO

Jesus disse em João 17:5: E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo,
com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. Para os
trinitarianos e não-trinitarianos, esta passagem “prova” que Cristo preexistiu no
céu antes de fazer-se homem. Porém igualmente acontece em Gênesis 15:18b
onde se lê que Deus prometeu a Abraão: À tua semente tenho dado esta terra,
desde o rio Egito até o grande rio Eufrates, apesar de que ainda não existia sua
descendência.
Agora observe o que diz Jesus em João 17:22: E eu dei-lhes a glória que a
mim me deste, para que sejam um como nós somos um. Observou? Jesus e seus
apóstolos compartilham a glória de Deus! Porém são de todo literais estas
palavras de Jesus? Têm glória os apóstolos? Em 1 Pedro 5:1 o apóstolo Pedro
reconhecia que “participava” da glória que ainda não havia sido revelada! Pedro
recebeu a glória como uma promessa, porém teria que esperar a segunda vinda
de Cristo para recebê-la. ( 1Pedro 5:4).

Concluímos então que Cristo “teve” sua glória com o Pai, porem na verdade a
recebeu em sua ressurreição. ( Atos 3:13-15 ). Recordemos que Cristo teve sua
glória com o Pai, do mesmo modo que seus discípulos tiveram sua glória com
Jesus. Porém a nossa glória só será recebida depois da ressurreição, ou seja, da
transformação de nossos corpos mortais. ( Colossenses 3:4 – Filipenses 3:20,21
– 1 Corintios 15:43 ).

É óbvio que Jesus não pôde haver gozado dessa glória ainda que realmente
existisse então, posto que as Escrituras enfatizem que ele só se fez merecedor
dessa glória ao completar na cruz sua vitória sobre o pecado.
O escritor Aos Hebreus diz: “ Vemos porém coroado de glória e de honra
aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da
paixão da morte, para que pela graça de Deus, provasse a morte por todos.
( Hebreus 2:9 ).

Em sua primeira epístola, Pedro diz que: Deus ressuscitou a Jesus e lhe deu
glória. ( 1 Pedro 1:21 ).
Jesus mesmo, falando a dois discípulos no caminho de Emaús, enfatiza que sua
glorificação era posterior a seus sofrimentos, dizendo:

Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na


sua glória? ( Lucas 24:26 – João 7:39 e João 12:16 ).

As passagens anteriores demonstram que Jesus não poderia haver gozado


literalmente da glória antes de seu nascimento, porque somente poderia recebê-
la depois de haver terminado com êxito o seu ministério. Tanto a existência de
Jesus antes que o mundo existisse, como sua glorificação, somente pôde haver
existido em forma antecipada na mente e propósito de Deus. Este propósito foi
detalhadamente revelado por meio dos profetas. Falando do que estava para
acontecer, o Senhor disse: Em verdade o Filho do homem vai, como acerca
dele está escrito... ( Mateus 26:24 ).

As passagens que são citadas para apoiar a idéia da suposta “preexistência” de


Jesus, não indicam que Ele realmente vivesse no céu antes de nascer aqui na
terra. Simplesmente enfatizam em linguagem figurada o fato de que a aparição
do Senhor Jesus aqui na terra não foi por acaso, senão um acontecimento que foi
determinado e autorizado por Seu Pai Celestial desde antes da criação do
mundo.

OUTROS TEXTOS EM QUESTÃO

Em João 6:62 Jesus disse: “Que seria pois, se vísseis subir o Filho do homem
para onde primeiro estava”?

Os que crêem que Cristo preexistiu no céu antes de vir como homem, costumam
usar esta passagem onde Jesus anuncia sua “subida ao lugar que estava antes”
(no céu?!). Porém, Jesus está falando aqui de voltar novamente ao céu onde
supostamente esteve antes de ser homem? Se não é assim, a que lugar Jesus está
se referindo? Relembro aqui uma regra hermenêutica que diz: Um texto sem
contexto é um pretexto! Temos que ler o contexto desta passagem!

Se nós examinarmos o capítulo anterior ( João 5:1), leremos o seguinte:


“Depois disto havia uma festa entre os judeus, e Jesus SUBIU a Jerusalém.
Logo, voltando ao capítulo seguinte (6:1), lemos: “Depois disto partiu Jesus
para a outra banda do mar da galiléia, que é o de Tiberíades”. Isto significa
que Jesus DESCEU de Jerusalém para fazer seus milagres próximo ao mar da
galiléia, cerca de uns 100 Km de distância (ver o verso 16). Este verso 16 nos
diz que os discípulos DESCERAM ao mar. Em (João 6:62), portanto, Jesus
anuncia sua SUBIDA ao lugar donde estava antes, ou seja, JERUSALÉM, para
morrer pelos pecadores.

ANTES QUE ABRAÃO EXISTISSE EU SOU

Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão
existisse eu sou. ( João 8:58). Dizem que este texto “prova” que Jesus existiu
no céu antes que Abraão nascesse. Porém neste texto Jesus demonstra sua
superioridade sobre Abraão, devido à glorificação que recebeu do Pai (v.54).
No versículo 56 Jesus disse que Abraão “exultou” de ver o meu dia. É dizer
assim, que Abraão VIU a vinda do Messias por antecipação ou por fé; Sua vinda
que ainda é futura. As tradições rabínicas declaram que Abraão viu uma visão
de toda a história dos seus descendentes. ( Midrash Rabah – sobre Gênesis
15:18). No verso 57 os judeus entenderam mal o que Jesus havia dito, crendo
que ele havia declarado ser contemporâneo de Abraão. Porém Jesus reafirma
sua absoluta preeminência no plano de Deus com a surpreendente declaração:
Antes que Abraão existisse, eu sou. Ou seja, EU SOU O MESSIAS!!

Devemos sempre recordar que o propósito de João escrever seu evangelho, é


para provar que Cristo (O Messias) é o Filho de Deus ( João 20:31). O fato de
que no Antigo Testamento Deus O Pai, fale de si mesmo como EU SOU não
deve como frequentemente se faz, concluir-se que a declaração de Jesus – Eu
sou – signifique EU SOU DEUS, no sentido trinitário. As declarações de que Eu
sou em João podem ser satisfatoriamente explicadas como uma “declaração
Messiânica”.

A evidência nos mostra que a frase EGO EIMI (EU SOU) significa EU SOU
AQUELE, AQUELE EM QUESTÃO. O homem cego se identifica a si
mesmo em João 9:9 dizendo: Eu sou (Eu sou a pessoa a qual estão buscando, eu
sou aquele).
Quando nos textos de João o Senhor diz: Eu sou, se refere a: EU SOU ESSE
( O FILHO DO HOMEM), EU SOU O MESSIAS. Assim em João 4:26, EU
SOU, equivale a EU SOU ELE, O MESSIAS.( VER VERSÍCULO 29).

Os comentários de G.H. GILBERT na REVELAÇÃO DE JESUS, PÁGS


214,215, sobre João 8:58 dizem: JESUS ENFATIZOU SUA PRETENSÃO
MESSIÂNICA. ELE NÃO DISSE QUE ANTES DE ABRAÃO NASCER,
O LOGOS EXISTIU; ELE DISSE: EU SOU. JESUS É O MESSIAS, O
HOMEM, A QUEM O PAI HAVIA CONSAGRADO PARA A OBRA
MESSIÂNICA DE QUE ESTÁ FALANDO. JUSTAMENTE ANTES
DISTO ELE FALOU DO “MEU DIA”, O QUAL ABRAÃO VIU (JOÃO
8:56), PELO QUAL DEVEMOS ENTENDER A APARIÇÃO
HISTÓRICA DE JESUS, O MESSIAS. ABRAÃO VIU FOI ISTO, NA
PROMESSA DE DEUS ACERCA DE UMA DESCENDÊNCIA.
(GÊNESIS 12:3; 15:4-5) E AS VIU DE LONGE (HEBREUS 11:13).
JESUS, PORTANTO, PARECE AFIRMAR QUE SUA PERSONALIDADE
MESSIÂNICA HISTÓRICA EXISTIU ANTES DE ABRAÃO NASCER.
SE ESTE É O CASO, LOGO SUA EXISTÊNCIA ANTERIOR A
ABRAÃO DEVE SER CONCEBIDA COMO UM IDEAL.

O PRÓPRIO JUDAÍSMO NUNCA SOUBE DE UMA PREEXISTÊNCIA


REAL DO MESSIAS ANTES DE SEU NASCIMENTO COMO UM SER
HUMANO.
(CHARLES GORE, D.D– CRENÇA EM CRISTO, LONDRES, JOHN
MURRAY, 1923, PAG 31).

DESDE OS DIAS DA ETERNIDADE

Em Miquéias 5:2 diz assim de Jesus: ...e cujas saídas são desde os tempos
antigos, desde os dias da eternidade. Este texto é usado para “demonstrar” que
Cristo é eterno. A palavra eterno vem de OLAM, palavra hebraica. Assim, a
versão ARC 1995 verte a palavra OLAM como eternidade. Já na versão
REINA VALERA 1960 verte como dias dos séculos. Sem dúvida, OLAM não
significa sempre ETERNIDADE e é usada também para coisas que têm duração
indefinida, porém não eterna. Assim a Versão Moderna verte esta passagem:
Cuja procedência é de tempo antigo ( não eterno). Inclusive a Versão
Católica diz assim: Suas origens remontam aos tempos antigos, aos dias do
longínquo passado.

No Novo Testamento o equivalente “eterno” nem sempre significa sem


princípio nem fim de dias. Em 2 Pedro 1:11 se fala do “reino eterno” de Cristo.
Não obstante, sabemos que Cristo reinará exatamente por Mil Anos e não
eternamente. Sabemos que depois desse período de tempo, Jesus entregará seu
reino ao Pai, para que Ele, O Pai, seja tudo em todos (1 Cor. 15:24-28).

Em Hebreus 9:12 se fala da “eterna redenção” ainda que se diga que a redenção
foi feita a quase dois milênios, uma vez e para sempre. Esta não é diária e por
toda a eternidade. Deus não nos redime todos os dias, pois Jesus, repito, morreu
uma só vez e para sempre.

Concluímos que Jesus é “desde os dias passados”, porque esteve “presente”


dentro dos planos de Deus desde o princípio do mundo (Apoc. 13:8). Isto,
certamente só foi um plano antecipado de um Filho ainda não existente. E
quando começou a existir o Filho? Acaso foi eterno? Surpreenda-se ao ler
Lucas 1:35:...Pelo que também o Santo que de ti há de nascer, será
chamado Filho de Deus.
Quando então começou a existir o Filho de Deus? Na eternidade? Não!! Existiu
quando apareceu como o Messias, o enviado de Deus. Sim, Maria deu a luz a
quem seria chamado “Filho de Deus”. “Será chamado” implica num momento
em que Jesus não era chamado Filho, pois não existia. É interessante o que
Pedro diz que Deus tem seu Conselho e Presciência determinados (Atos 2:23).
Também diz de Jesus: Conhecido ainda antes da fundação do mundo, porem
manifestado nestes últimos tempos por amor a vós (1 Pedro 1:20).

JESUS ANTES DE JOÃO

Em João 1:15, João Batista diz de Jesus: Este era aquele de quem eu dizia: O
que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
Muitos sustentam que João não se referia a diferença de idade entre Jesus e ele,
pois João era mais velho do que Jesus 6 meses. O que se supõe é que João se
referia a preexistência de Jesus, ou seja, sua existência anterior ao seu
nascimento humano. O NOVO DICIONÁRIO INTERNACIONAL ensina que a
frase ambígua “antes de mim” pode referir-se a sua superioridade de posição.
Igualmente ocorre com a palavra “primogênito”. Jesus é o primogênito da
criação de Deus (Colossenses 1:15). Indica que ele é o primeiro ser criado? Não
necessariamente!! Aqui primogênito é sinônimo de superioridade. Ismael é o
primogênito de Abraão, porém Deus considera Isaque o primogênito(O que tem
o direito a primogenitura e tudo o que ela envolve. Êxodo 4:22).
A palavra grega PROTOTÓKOS (primogênito) tem o elemento “primo”, que
pode referir-se tanto a posição como a tempo. Isto é importante. Paulo não se
refere à prioridade de Cristo, senão a sua soberania sobre toda a criação. Outros
exemplos de primogenitura são Efraim (ainda que Manasses tenha nascido antes
– Jeremias 31:9), Davi (ainda que era o menor de 8 irmãos – Salmos 89:20,27),
José ( Ainda que era 11º filho – 1 Crônicas 5:2).

EU NÃO SOU DESTE MUNDO

Em João 8:23 Jesus disse: “Vós sois de baixo, eu sou de cima; Vós sois deste
mundo, eu não sou deste mundo”. Ao ler este texto qualquer um opinaria que
Cristo veio de outro lugar, como um extraterrestre. Muitos pensam que Cristo
veio literalmente do céu à terra, encarnando-se na virgem Maria. Porém o mais
surpreendente é que os cristãos também “não são deste mundo”. Jesus, ao orar
ao Pai disse (João 17:15,16): Não peço que os tires do mundo, mas que os livres
do mal. “Não são do mundo”, como eu do mundo não sou. Concluiremos que
como cristãos temos descido literalmente dos céus? Pois bem, O que significa
“os cristãos não são deste mundo?” Seria estar de passagem neste planeta e
depois de morrer vão ao céu para viver com Deus e Cristo? Não!!
A resposta está em 1 João 4:4-6: Filhinhos sois de Deus, e já os tendes vencido;
porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. “Do mundo
são”, por isso falam do mundo e o mundo os ouve. “Nós somos de Deus”;
aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve.
Concluímos que quando Jesus dizia “não ser deste mundo”, o que estava
dizendo era que “ele era de Deus”, lhe pertencia, o mesmo ocorre com os
cristãos. Eles não são deste mundo, porque são de Deus, lhe pertencem!!

RESUMO

A noção de um Cristo preexistente no céu antes de sua encarnação foi formulada


entre os pais apostólicos dos concílios dos séculos III e IV d.C.
A influência do Platonismo e do Gnosticismo adulteraram a crença original de
que há UM SÓ DEUS VERDADEIRO, por outro TRINITÁRIO. Que Cristo
tenha existido como Deus no céu antes de sua encarnação, não tem nenhum
apoio sólido nas escrituras. O que a bíblia parece ensinar com claridade é que
Deus teve seu Filho primogênito e unigênito no seu nascimento em Maria
(Lucas 1:35). Portanto, antes desse magno acontecimento, Jesus só existia nos
planos e propósitos de Deus. Deus pré-conhecia seu futuro filho e o destinou
antecipadamente para ser o Salvador do Mundo. Porém Jesus aparece na
história só quando nasce como homem, do ventre de Maria. Antes só existia na
mente de Seu Pai (Pedro 1:20 – Atos 3:23).

Deixo abaixo algumas considerações sobre as perguntas feitas sobre o artigo: A


PREEXISTÊNCIA DE JESUS, REAL OU SIMBÓLICA?

PERGUNTAS

a) Como entender Provérbios 30:4 e João 3:16? Se não existia um


Filho real antes dele nascer de Maria?

R) Prov. 30:4 - O fato de que Jesus teve nome antes de nascer significa
que ele preexistiu?

Diz Isaías 7:14 – ...Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e SERÁ
O SEU NOME EMMANUEL. Segundo este texto é apropriado que Salomão
em Provérbios fale acerca do nome do filho, já que o nome do Filho estava
predito.

Mateus 2:23 – E chegou e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se
cumprisse o que fora dito pelos profetas: ELE SERÁ CHAMADO
NAZARENO.
Segundo este verso, foi predita mais uma das formas que Jesus seria chamado.

Lucas 1:31 e 35 – E eis que em teu ventre conceberás e darás a luz um filho, E
POR-LHE-ÁS O NOME DE JESUS ( Yeshua – que significa Salvação).
35 - ...Pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, SERÁ CHAMADO
FILHO DE DEUS.

Jeremias 23:6b – E ESTE SERÁ O SEU NOME COM QUE O


NOMEARÃO: O SENHOR Justiça Nossa.

Creio que estes versos podem aclarar a questão sobre o fato de que ter o nome
predito, não significa que o portador do nome tenha preexistido. Se você
observar a profecia que Moisés fez sobre Jesus, ficará ainda mais surpreso, veja:
O SENHOR teu Deus te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos,
como eu; a Ele ouvireis. (Deuteronômio 18:15 ). Esse profeta do meio dos
irmãos é o Filho de Deus como nos informa Pedro em Atos 3:21-26.

João 3:17 - Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

R) Os apóstolos também igualmente são enviados ao mundo por Jesus Cristo.


Disse Jesus em João 17:18: Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu
os enviei ao mundo. Pois bem, tanto os apóstolos como Jesus Cristo, foram
enviados ao mundo. Enviados de onde? Acaso os apóstolos vieram do céu,
literalmente falando, havendo preexistido como deuses? É certo que não!!! Eles
foram enviados ao mundo estando no mundo. Portanto, a expressão “enviar ao
mundo” não implica necessariamente “preexistência” ou “vir do céu”.

b) Em Filipenses 2:6-7... O que o Filho esvaziou, se Ele não


existia?

R) Citando Filipenses 2:4-11

Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o
que é dos outros.
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à
morte, e morte de cruz..
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre
todo o nome;
Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra,
e debaixo da terra,
E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
Se nós lermos este texto da mesma forma que os trinitarianos lêem, certamente
chegaremos à conclusão que justamente está no Credo Niceno: Que Jesus Sendo
igual a Deus, desceu e se fez homem e depois reassumiu a sua divindade no céu
novamente. O que eles denominam de verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Se
nós já nos convencemos tanto pelos escritos hebraicos sobre Jesus e pelos
evangelhos, principalmente o de João, que procura deixar bem claro que os
sinais que foram escritos foram para que creiamos que JESUS É O UNGIDO
(CRISTO), O FILHO DE DEUS... e também quem é o Único Deus Verdadeiro,
penso que não há nada neste texto que insinue que Jesus é Deus, só porque
Paulo utilizou a expressão EM FORMA DE DEUS e SER IGUAL A DEUS.
Também, penso que não há nada neste texto que insinue uma preexistência de
Jesus, pelo fato de ter havido um esvaziamento por parte de Cristo.
O que era EM FORMA DE DEUS é o homem Cristo Jesus e Paulo descreve
as verdades dele ainda quando estava na terra!! Ficou perturbado com esta
afirmação?

Os comentaristas trinitarianos interpretam a palavra grega MORPHÊ à luz de


alguns de seus usos na literatura grega clássica, a partir do período de entre
cinco ou seis séculos antes. Porém o N.T não foi escrito no grego clássico, mas
no grego Koine (comum), a língua popular dos dias de Paulo. Muitos desses
manuscritos descobertos por arqueólogos e datados a partir do 1º século, contêm
termos que haviam adquirido novos sentidos. Um desses termos é MORPHÉ, no
geral traduzido como FORMA. No grego koine, a palavra MORPHÉ refere-se
à: ESTADO NA VIDA, POSIÇÃO QUE UM SUSTÉM, POSIÇÃO DE
ALGUÉM, que é uma aproximação de MORPHÉ neste texto de Filipenses 2.
Como podemos estar seguros que neste texto MORPHÉ significa Estado,
posição?
Apelamos para o contexto imediato para ajudar-nos a entender como Paulo usa
esta palavra. No verso 7 ele diz que Cristo tomou a FORMA (MORPHÉ) de
homem.
MORPHÉ aí não sugere uma espécie de natureza inerente que o constituiria
num homem obediente até a morte, mas sugere que este homem é em si, um
assunto de posição, de estado. A posição de alguém como um servo ou criado é
por opção ou por circunstâncias? Não podemos ver que o contexto apóie
qualquer outro sentido para MORPHÉ que seja neste caso POSIÇÃO DE
ALGUÉM OU ESTADO. O estado de Cristo como Deus é contrastado com seu
estado como servo. Traduzir ou entender MORPHÉ como “natureza inerente”
neste texto, realmente não se encaixa no contexto.
O que quero dizer é que Cristo como um homem na terra (pois já foi dito no
artigo anterior que O Messias na opinião judaica seria de fato, homem, não
Deus), funcionava no estado ou posição de DEUS, ou seja, POSIÇÃO
REPRESENTATIVA. Isto não é difícil entender, pois no passado houve um
precedente histórico igual a este.

Quando Deus chamou Moisés para ser seu agente para trazer o povo de Israel do
Egito, lhe disse: Eis que te tenho posto por Deus sobre Faraó, e Arão teu irmão
será o teu profeta. (Ex. 7:1). O texto no hebraico ainda é mais alarmante, porque
a palavra “por” não está no texto hebraico original. Melhor dizendo, Deus
declara a Moisés: Te tenho posto para ser Deus ( ELOHIM) sobre Faraó. Antes
em (Ex. 4:16), Deus havia dito a Moisés que Moisés seria DEUS para Arão. Isto
significa que Moisés agiu como se fosse DEUS na terra. Ele era o líder
designado para atuar por Deus e possuindo a autoridade que Deus lhe havia
dado, para levar o próprio nome ou título de DEUS (ELOHIM).

Isto é similar ao papel de um embaixador que recebe AUTORIDADE para atuar


da parte do governo que representa e cujas decisões são reconhecidas como
IGUAIS a do Soberano que o enviou.

Jesus no seu ESTADO, OU POSIÇÃO DE DEUS NA TERRA fazia aquilo que


Seu próprio Pai faria se estivesse presente visivelmente aqui na terra. Os
evangelhos retratam que Cristo exercia direitos que somente pertenciam a Deus.
Quem pode perdoar pecados senão Deus? (Marcos 2:7).
Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder ( do grego
exousia – que deveria ser traduzido como autoridade e não como poder) para
perdoar pecados, disse ao paralítico....( Marcos 2:10). Os escribas estavam
corretos no entender que a autoridade final para perdoar pecados está em Deus,
porém não entenderam ainda mais que Deus havia delegado a seu Filho esta
autoridade para atuar em seu nome. Portanto neste episódio, Cristo funcionava
na FORMA (morphé) de Deus.

Provas adicionais do estado de Jesus como Deus na terra são vistas em João
5:21, diz: Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim
também o Filho vivifica aqueles que quer.
O poder de ressuscitar os mortos está nas mãos do Pai e Ele manifestou este
poder quando ressuscitou seu Filho da morte. ( Atos 17:30, 31 – Rom. 6:8,9).
Ainda que Cristo estivesse na terra, ele mesmo ressuscitou a várias pessoas. O
caso mais famoso é o de Lázaro. Cristo neste caso também, funcionava na
FORMA (morphé) de Deus.

IGUAL A DEUS

Cristo não teve por USURPAÇÃO ser IGUAL A DEUS. Em que sentido
Cristo era igual a Deus? Já temos visto que enquanto na terra Jesus estava na
condição, na FORMA DE DEUS e consideramos as implicações deste estado
como posição divina: sua autoridade para perdoar pecados e para ressuscitar os
mortos. A isto pode ser acrescentada sua ordem aos elementos, para fazer com
que até os ventos e o mar lhe obedeçam? (Mateus 8:27).

Neste caso, igualdade com Deus é uma matéria de autoridade delegada da parte
do próprio Deus. Deve ser notado, porém, que igualdade não é o mesmo que
identidade. Paulo não disse que Cristo era idêntico a Deus. Seria uma prova para
o Trinitarianismo e o Sabelianismo. Um exemplo prático seria a diferença entre
o PRESIDENTE e o VICE-PRESIDENTE: O Vice-presidente se faz igual ao
Presidente quando está autorizado a realizar todas as responsabilidades da
presidência, portanto ele é igual ao presidente, não idêntico a ele.
O Texto de filipenses 2 mostra que Cristo reconheceu sua igualdade com
Deus, porém ele não considerou esta qualidade como USURPAÇÃO ( na
versão católica diz assim: Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de
sua igualdade com Deus ). Ou seja, no uso do grego koine implica que Cristo
não tinha nenhuma atitude presumida quando viu sua igualdade com Deus,
tampouco quis se aproveitar disso ou explorar isso para seus próprios interesses.

ESVAZIOU-SE A SI MESMO
O verbo ESVAZIAR ou DESPOJAR é KENOO em grego, do qual alguns
trinitarianos têm desenvolvido uma doutrina chamada “A teoria Kenosis”.
Segundo esta doutrina O “Cristo preexistente” se despojou da manifestação de
alguns de seus atributos da Divindade a fim de fazer-se homem. Sem entrar nos
vários aspectos desta teoria, podemos dizer que todos eles usam o termo
“kenosis - esvaziamento” para apoiar a idéia da preexistência pessoal de Cristo.
A KJV traduz assim: "fez a si mesmo de nenhuma reputação", uma
referência óbvia ao período de sua vida humana e ministério. Paulo fala em
Filipenses do homem histórico Cristo Jesus, não de uma pessoa que era anterior
para depois fazer-se Cristo Jesus! É esta pessoa histórica que se ESVAZIOU.
Esta palavra sugere que o Messias pôs de lado qualquer tentação para se exaltar
de qualquer forma. Ele não deixou dentro de si mesmo nenhum espaço para o
orgulho, a arrogância e nenhum plano feito sem a submissão total à vontade de
Deus. ( Hebreus 10:7-10; Sal. 40:7-9 ).

“E tomando a forma de servo” é do particípio aoristo LABON e “ fazendo-se


semelhante aos homens” do particípio aoristo GENOMENOS. Tais particípios
denotam um tempo antes da ação do verbo principal. Estes apoiariam a opinião
de que seu “auto-esvaziamento” (o verbo principal) ocorreu depois que ele
nasceu não antes. As teorias sobre a “kenosis”, portanto, podem ser
consideradas especulações simplesmente filosóficas que não podem ter
nenhuma base no presente texto.

Se continuarmos a analisar, chegaremos sempre às mesmas conclusões: O Cristo


Jesus homem, em forma de Deus, que não se prevaleceu desta condição, se
esvaziou, - fez a si mesmo de nenhuma reputação - , tomou a forma de escravo,
se humilhou e foi obediente até a morte e morte de cruz. Tudo sendo
previamente estabelecido pelo Pai ( Atos 2:23 ) e por isso, Deus o exaltou
soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo nome, sendo Ele portanto
feito O Senhor para glória de Deus Pai. A Prova real disto é que Paulo em 1
Timóteo 2:5 continua afirmando que o Mediador é CRISTO JESUS HOMEM.
1 Timóteo 2:5 - Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens,
Jesus Cristo homem.

Atos 2:36 - Saiba, pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem
vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.

Creio que estas explicações respondem à pergunta b. O que o Filho esvaziou?

c) De todas as vezes que Cristo citou as escrituras, Ele citava de


uma forma REAL ou SIMBÓLICA?
R) Depende de qual passagem citada por Cristo o leitor irá ler.

Por exemplo: Nas parábolas de Jesus, 85% NÃO se entendem como se lê.
Portanto não podemos interpretá-las literalmente.
Tente por exemplo interpretar literalmente a parábola do rico e do lázaro ( Lucas
16: 19-31), e vai ver os absurdos que você encontrará.
É verdade que as parábolas encerram no final uma lição verdadeira, real, mas
seus pormenores, seus detalhes, na questão da interpretação, não devem ser
tomados literalmente.
No caso por exemplo do Paracletos ( O espírito Santo ), citado nos capítulos 14
a 16 de João, no versículo 25 de João 16, o próprio Jesus afirma que todas as
coisas que Ele estava falando a respeito do Pai eram por PARÁBOLAS.
Ora, se eu interpreto todo o capítulo 16 simbolicamente, pois foi o próprio Jesus
que afirmou que falava por parábolas, por que não deveria interpretar da mesma
forma o versículo 28, que faz parte do contexto?

Verso 25 - Disse-vos isto por parábolas; chega, porém, a hora em que não vos
falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai.

Verso 28 - Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai.

Portanto, depende do contexto da passagem citada. Neste caso concordo com


Ellen White quando fala que "A LINGUAGEM DA BÍBLIA DEVE SER
EXPLICADA DE ACORDO COM O SEU ÓBVIO SENTIDO, A MENOS
QUE SEJA EMPREGADO UM SÍMBOLO OU FIGURA." Grande Conflito,
pág. 598.
Qual seria o sentido óbvio destas passagens de João? Literal ou simbólico?

No demais, desejo que todos os que lerem este artigo, deixem também suas
contribuições para o melhor aproveitamento e para o crescimento na palavra de
Deus.

O Único Deus te abençoe sempre, seu irmão e servo em Cristo.

Marcelo

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