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proximidade do verbo com vários elementos no plural, não notamos que ele deve
permanecer no singular. Para evitar erros como esses (muito comuns nas provas
da ESAF), uma boa dica é assinalar o núcleo de alguma forma (sublinhando,
envolvendo com um círculo etc).
A construção correta seria: “Tal avanço dos indicadores econômicos teve várias
razões...”. Esse é um caso de construção na ordem direta (sujeito + verbo +
complemento) com apenas um núcleo do sujeito (sujeito simples).
Se você achou essa questão complicada, prepare-se, pois pode piorar! Vida de
concursando não é essa maravilha aí, não... Normalmente, as construções vêm em
ordem invertida e/ou com o sujeito bem distante do verbo, o que dificulta a
constatação de um equívoco na concordância. Esse, aliás, é o estilo da ESAF. Entre
o núcleo do sujeito e o verbo são dispostos vários elementos em número diverso do
apresentado pelo sujeito. Resultado: sem que percebamos, acabamos
“contaminados” e aceitamos uma concordância incorreta.
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1.d) Com núcleos em correlação (tanto...como; como; não só ... bem como)
POLÊMICA À VISTA! Vários autores registram o emprego do verbo concordando
com o primeiro.
O cientista assim como o médico pesquisa a causa do mal.
Esse é o posicionamento do mestre LUIZ ANTÔNIO SACCONI (em Gramática
Básica) – Os exemplos dados pelo professor apresentam o segundo elemento
isolado por vírgulas, com a flexão somente com o primeiro elemento:
Meus amigos, assim como eu, gostam de estudar Português.
Eu, bem como meus amigos, gosto de estudar Português.
No entanto, também há registros de concordância com todos os elementos.
- CELSO CUNHA & LINDLEY CINTRA (em Nova Gramática do Português
Contemporâneo) - O posicionamento dos professores Celso Cunha e Lindley Cintra
é que, se não houver pausa entre os sujeitos (ou seja, não houver vírgula), o verbo
irá para o plural:
“Qualquer se persuadirá de que não só a nação mas também o príncipe
estariam pobres.”
Os gramáticos ainda destacam o caso de sujeitos ligados por conjunção
comparativa. Segundo eles, quando dois sujeitos estão unidos por uma das
conjunções comparativas como, assim como, bem como e equivalentes, a
concordância depende do valor que atribuímos ao conjunto. O verbo concordará
com o primeiro elemento se quisermos destacá-lo:
A íris, como a impressão digital, é única em cada pessoa.
Nesse caso, a conjunção conserva seu valor comparativo, e o segundo termo vem
enunciado entre pausas, indicadas na escrita pelas vírgulas.
Se os elementos se adicionam, se complementam, o verbo vai para o plural,
seguindo o modelo apresentado nas estruturas correlativas não só... mas
também, tanto...como, visto acima.
- ROCHA LIMA (em Gramática Normativa da Língua Portuguesa)- O mestre
registra a dupla possibilidade de flexão, destacando como preferível a flexão no
plural:
“Se o sujeito é construído com a presença de uma fórmula correlativa, deve
preferir-se o verbo no plural.
‘Assim Saul como Davi, debaixo do seu saial, eram homens de tão grandes
espíritos, como logo mostraram suas obras’ (ANTÔNIO VIEIRA)”
Segundo o autor, é raro aparecer o verbo no singular:
‘(...) tanto uma, como a outra, suplicava-lhe que esperasse até passar a maior
correnteza’.”
- EVANILDO BECHARA (em Moderna Gramática Portuguesa)- Também merecem
registro as palavras do emérito professor Evanildo Bechara, que apresenta a
possibilidade de construir no singular ou no plural, indistintamente:
“Se o sujeito composto tem os seus núcleos ligados por série aditiva enfática
(não só... mas, tanto...quanto, não só...como, etc.), o verbo concorda com o mais
próximo ou vai ao plural (o que é mais comum quando o verbo vem antes do
sujeito).
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Vamos eliminar esse monstro que apareceu aí: série aditiva enfática. “Série”
porque estamos diante, não de uma, mas de várias palavras (não só...mas
também, tanto...como, por exemplo). “Aditiva” por apresentar idéia de adição,
equivalente à conjunção “e”. Finalmente, “enfática” por enfatizar cada um dos
elementos da construção, ou até mais um do que outro, ao contrário do que faria
uma mera conjunção “e”, que coloca os dois elementos no mesmo patamar.
Compare: “Eu e meu irmão vimos o acidente.” / “Não só eu como também meu
irmão vimos o acidente.”. Percebeu a diferença?
Parece que ouvi alguém gritar: “Claudia, o que eu faço na hora da prova???”.
Resposta: vai depender da banca examinadora. Primeiramente, há as que indicam
bibliografia. Se isso acontecer, siga o que diz o gramático indicado. Em outros
casos (a maioria, infelizmente), devemos tomar todo cuidado. Vejamos como se
comportou a ESAF:
(ESAF/Assistente de Chancelaria/2002)
As viagens ao exterior e os encontros com figurões estrangeiros constituem,
desde o reinado de Dom Pedro II, um trunfo na estratégia das lideranças
brasileiras. De fato, as críticas às viagens internacionais do Presidente da
República ou de outros dirigentes parecem despropositadas. Tanto o governo
como a oposição devem reposicionar os interesses brasileiros num mundo em
plena mutação. O problema que se coloca é de outra natureza e se resume
numa interrogação pouco formulada na campanha presidencial: quais devem
ser os rumos de nossa diplomacia?
(Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptações)
d) o conectivo “Tanto...como”(l.4-5) for substituído por Não só ... mas
também, o verbo seguinte pode ser empregado no plural, “devem”(l.5), ou
no singular, deve.
1.e) Ligado por COM : verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o
plural, entendendo que formam um sujeito composto.
O professor, com os alunos, resolveu o problema.
O maestro com a orquestra executaram a peça clássica.
A opção por uma ou outra flexão é livre, mas não indiferente. Vai depender da
ênfase que se queira dar. O plural destaca o conjunto dos elementos, com idéia de
“cooperação”, enquanto que o singular enfatiza somente um deles.
Se a intenção for realçar apenas um dos núcleos, o verbo concorda com ele. Neste
caso, como nos ensina Rocha Lima, o segundo sujeito (ligado pela preposição com)
“é posto em plano tão inferior que se degrada à simples condição de um
complemento adverbial de companhia”. A vírgula, neste caso, é facultativa.
A carta com o documento foi extraviada.
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1.f) Ligado por OU: verbo no singular ou plural, dependendo do valor do OU. Se
for alternativo, com idéia de exclusão dos demais, o verbo fica no singular.
Valdir ou Leão será o goleiro titular.
Também permanece no singular se a conjunção “ou” exprimir equivalência, de tal
forma que o verbo possa se dirigir a qualquer dos elementos.
Um cardeal, ou um papa, enquanto homem, não é mais do que uma pessoa”.
(MANUEL BERNARDES)
Se o valor da conjunção for aditiva, de modo que a ação possa abranger todos os
sujeitos, indistintamente, o verbo vai para o plural.
Alegrias ou tristezas fazem parte da vida.(tanto umas como outras)
O mesmo acontece quando um dos elementos já se apresenta no plural.
O policial ou os populares poderiam ter prendido o perigoso assassino.
1.g) Ligado por NEM: segue o mesmo raciocínio que o caso 1.f (sujeito composto
ligado por OU) – verbo pode ficar no plural ou no singular.
Nem Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Joana.(valor aditivo)
Nem Ciro nem Enéas será eleito presidente.(valor alternativo ou excludente)
Nesses dois últimos casos (1.f e 1.g - sujeito composto ligado por OU / NEM),
havendo, entre os sujeitos, algum expresso por um pronome reto, devemos seguir
a regra 1.c (primazia das pessoas – 1ª. e 2ª):
Nem meu primo, nem eu freqüentamos tal sociedade.(1ª p.plural)
1.h) Resumido com pronome indefinido: o verbo concorda com o pronome, que
exerce a função de aposto resumitivo. Esse é um caso de concordância especial, em
que o verbo concorda, não com o sujeito (todos os elementos), mas com o aposto
(pronome indefinido).
Jovens, adultos, crianças, ninguém podia acreditar no que acontecia.
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2.f) Expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, perto de,
mais de) seguida de numeral: Nesses casos, o verbo concorda com o numeral
que acompanha o substantivo.
Mais de um jogador foi criticado pela crônica esportiva.
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aquele lá. Então, se você quiser saber o que fazer, se vai para o plural ou para o
singular, vai perguntar para ele...”.
2.j) Um dos (...) que: O verbo pode concordar com “um”, permanecendo no
singular, ou com o complemento, flexionando-se no plural. Essa faculdade permite
que se dê ênfase ao elemento individual (singular) ou aos elementos que compõem
o grupo (plural).
Ele foi um dos alunos desta classe que resolveu / resolveram o problema.
Seu filho foi um dos que chegou / chegaram tarde.
(FCC/TCE SP/2005)
O que se ...... (SEGUIR) à concentração de renda, do desemprego e da
exclusão social são as manifestações violentas dos maiores prejudicados.
A concordância do verbo da lacuna deve ser feita com “que” (pronome relativo).
Assim, o verbo é conjugado na 3ª pessoa do singular, independentemente do
número (singular ou plural) do elemento que vem após o verbo “ser” – “O que se
segue (...) são as manifestações violentas...”. O verbo que preenche a lacuna
fica no singular, pois.
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Você precisa treinar bastante este tipo de questão (concordância com verbos em
voz passiva pronominal), pois, especialmente nas provas da FCC e da ESAF, esse
tópico é reiteradamente explorado.
Vamos, então, analisar um item de questão elaborada pela ESAF.
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Observe que o verbo tratar foi indevidamente flexionado. Ele é um verbo transitivo
indireto, regendo a preposição DE. Por fazer parte de uma construção com sujeito
indeterminado, o verbo deve ficar na 3ª pessoa do singular. A forma correta,
portanto, seria “não se trata de projeções utópicas”.
Como vimos na aula sobre verbos, deve ser respeitada a correlação entre o verbo
impessoal que denota tempo decorrido e o verbo principal da oração
correspondente.
Há muito tempo ele está sem dormir. (Ele ainda permanece nesse estado)
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Havia muito ele não via seu pai. (Tal situação não persiste pertence ao passado.
Por isso, ambas construções verbais são conjugadas no pretérito).
São inúmeras as questões de prova, especialmente de bancas como FCC,
CESGRANRIO, UFRJ, que abordam a concordância com verbos impessoais.
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Hoje é dia três de outubro, pois ontem foram dois e o amanhã serão quatro.
Daqui até o centro são dez quilômetros.
É uma hora e quinze minutos.
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(FCC/TCE SP/2005)
O que se ...... (SEGUIR) à concentração de renda, do desemprego e da
exclusão social são as manifestações violentas dos maiores
prejudicados.
De um lado, temos uma oração (COISA): “O que se segue à concentração de
renda, do desemprego e da exclusão social”.
De outro, também COISA: “as manifestações violentas dos maiores prejudicados”.
Nesse caso, a concordância é facultativa, dando-se PREFERÊNCIA ao elemento no
plural. Essa é a justificativa para a flexão no plural do verbo “ser” na questão. Ele
concorda com o predicativo do sujeito por estar no plural – concordância
preferencial.
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O mesmo acontece com qualquer outro nome precedido de artigo definido (“Os
Emirados Árabes Unidos consistem de uma federação de sete emirados
localizados no Golfo Pérsico.”).
Os Estados Unidos enviaram tropas à zona de conflito.
7.b) Obras
O mesmo acontece com qualquer outro nome próprio precedido de artigo definido
Os Lusíadas narram as conquistas portuguesas.
Se o título da obra estiver entre aspas, o verbo fica no singular.
“Grandes Sertões Veredas” é um clássico nacional.
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Mesmo sob a forma de sigla, o artigo que deveria acompanhá-lo seria o masculino
plural (os EUA), já que, como vimos, esse topônimo não só exige a flexão dos seus
adjuntos adnominais, como também da forma verbal que o tenha como núcleo do
sujeito.
Havia, portanto, duas respostas válidas: B e E.
Na seqüência, observe que foi respeitada a concordância verbal. O pronome
relativo que em : “... remoção dos desequilíbrios econômicos aos cuidados do
EUA, que precisam reduzir o ritmo de seu crescimento ...” tem por antecedente
EUA (Estados Unidos da América), levando a locução verbal (“precisam reduzir”)
para o plural.
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Tomando o primeiro exemplo, quem se reuniu e quem iria decidir eram as mesmas
pessoas: “as mulheres”. Assim, como o sujeito já se encontrava expresso na oração
anterior, a flexão do infinitivo tornou-se facultativa.
1 - Quando os sujeitos das orações são distintos e o do infinitivo vem logo após a
preposição, a flexão do infinitivo é FACULTATIVA, ou seja, as duas formas –
flexionada ou não - estão certas, dando-se preferência à flexão verbal.
Essa preferência se dá em virtude da proximidade do particípio.
O objetivo é coletar informações mais precisas para ser / serem cruzadas com
outros bancos de dados.
Indique as providências a ser / serem tomadas.
Envio os documentos para ser / serem analisados.
2 - Prefere-se a não-flexão:
a) quando o sujeito (plural) das duas orações for o mesmo:
Doenças desse tipo levam até cinco anos para ser / serem tratadas.
Eles estão para ser / serem expulsos.
Saíram sem ser / serem percebidos.
Os pedidos levaram dez dias para ser / serem analisados.
b) quando se tem um adjetivo antes da preposição:
São obras dignas de ser / serem imitadas.
Os alimentos estavam prontos para ser / serem comercializados.
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Vamos ver, agora, uma questão de prova da ESAF que tratou desse ponto do
estudo.
a) Considerando que
b) por meio
c) continuarem
d) já não têm
e) serem
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Note que ambas as formas verbais (flexionada ou não) estão corretas, mas a
análise que se faz de uma é diferente da da outra.
Treine a análise com mais um exemplo:
1 - Devem-se manter os animais nas jaulas. – Os animais devem ser mantidos
nas jaulas. – construção de voz passiva = verbo auxiliar concorda com o núcleo
do sujeito: animais.
2 – Deve-se manter os animais nas jaulas. – Deve-se [manter os animais nas
jaulas] - sujeito oracional = verbo na 3ª pessoa do singular.
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Vamos lá: para perceber essa coincidência, fale alto, não ligue se a sua vizinha
pensar que você enlouqueceu – depois que você passar no concurso, ela vem puxar
o seu saco...: DISPÕE/DISPÕEM, MANTÉM/MANTÊM, CONVÉM/CONVÊM...
Viu só? Isso pode enganar o seu ouvido direitinho.
Por isso, sempre que surgir um verbo com esse tipo de “casca de banana”,
sublinhe, circule, desenhe uma caveira, faça qualquer coisa para perceber se a
forma verbal está de acordo com o sujeito correspondente.
Para encerrarmos nossa aula de hoje, veja só como pode ser maldosa uma questão
assim:
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
Mais uma vez, temos de observar a qual palavra o pronome relativo que se refere
(caso 2.i). Na passagem “que pressupõe”, o relativo que tem como antecedente o
substantivo plural idéias (“as idéias de justiça fiscal e capacidade de contribuição,
que pressupõe...”). Por isso, o verbo PRESSUPOR deve com esse substantivo no
plural concordar – pressupõem.
Olhe aí um desses verbos perigosos. Foneticamente, não há diferença entre a
forma singular e a plural da conjugação verbal nas terceiras pessoas (pressupõe /
pressupõem – notou alguma diferença?).
Por isso, todo cuidado é pouco na prova. Dificuldade maior reside quando a questão
transcreve um texto e apresenta em somente uma das opções a incorreção
gramatical (sem sublinhar, como nessa). Em meio a tantas possibilidades de
incorreção, ainda mais com grande distância entre o verbo e o sujeito
correspondente, um erro como esse (de concordância) pode passar despercebido
aos ouvidos e à retina.
Felizmente, chegamos ao fim de nosso encontro de hoje (ufa!!!), mas
não sem antes treinarmos os conhecimentos aqui adquiridos.
Então, mãos à obra. Resolva as questões extraídas de diversos concursos
para, só depois, ver o gabarito e ler os comentários.
Grande abraço.
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005)
Texto 4 - PERIGO REAL E IMEDIATO
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5 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001)
A alternativa correta quanto à concordância nominal é
A. A empregada mesmo viu tudo.
B. Já fiz isso bastante vezes.
C. Passado a crise, voltaram.
D. As frutas chegaram meio estragadas.
6 – (ESAF / AFC STN / 2000) Marque o segmento do texto que contém erro de
estruturação sintática.
a) Se alguém tinha alguma dúvida quanto à retomada do crescimento econômico,
os últimos dados divulgados pelo IBGE e pela Confederação Nacional da Indústria
se encarregaram de sepultá-las.
b) Todos os indicadores disponíveis confirmam uma forte reação na produção
industrial brasileira, que começou ainda no ano passado, mas ganhou maior força
nos primeiros meses do ano 2000.
c) A produção em fevereiro cresceu 16% em comparação com o mesmo mês do
ano passado, enquanto as vendas cresceram 18%.
d) Em uma perspectiva mais longa, que analisa a produção nos últimos 12 meses,
houve um crescimento de 1,4%, invertendo uma seqüência de resultados negativos
que se arrastavam desde agosto de 1998.
e) Em fevereiro, foram criados 18.000 novos postos no mercado formal, segundo
dados do Ministério do Trabalho.
(André Lahóz, com adaptações)
8 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001)
Assinale a alternativa errada quanto ao emprego de "acerca de", "há cerca de" e "a
cerca de".
A. Ficou há cerca de dez passos da esquina.
B. Fez uma exposição acerca do impasse.
C. Viajou há cerca de uma semana.
D. Dirigiu-se a cerca de cem pessoas.
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b) B
c) C
d) D
e) E
22 - (FCC/BANCO DO BRASIL/2006)
É preciso corrigir a seguinte frase, na qual há um equívoco quanto à
concordância verbal:
(A) As maravilhas que se dizem a respeito de uma vida bucólica ou primitiva não
parecem ter em nada animado o cronista.
(B) Não consta, entre as fobias declaradas pelo cronista, a de se sentir distante de
alguém a quem o prendam laços afetivos.
(C) Não se ouvem apenas os cantos do mar, mas também os sons de insetos e
animais que podem representar uma séria ameaça.
(D)) Uma das convicções do bem-humorado cronista é a de que usar bermudas
longas constituem a maior de suas concessões à vida natural.
(E) Fica sugerido que livros, jornais e revistas são, para o cronista, artigos de
primeira necessidade, como o são fósforos ou aspirina.
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JK, que soube mobilizar com maestria a herança de Vargas e elevar a auto-
estima do povo brasileiro, realizou-se em condições democráticas, com
liberdade de imprensa e tolerância política. A taxa de inflação, que em 1956
foi de 12,5%, no final do governo JK, elevou-se para o patamar de 30,5%. A
Nação, por sua vez, obteve um crescimento econômico médio de 8,1% ao
ano. Apesar das pressões do Fundo Monetário Internacional (FMI), que já
advogava o “equilíbrio fiscal” e o Estado mínimo para o Brasil, e de setores
conservadores da vida brasileira, JK conseguiu elevar o PIB nacional em cerca
de 143%. E tudo isto ocorreu em um contexto marcado por um déficit de
transações correntes que atingiu 20% das exportações em 1957 e 37% em
1960, o que ampliava a fragilidade externa e fazia declinar a condição de
solvência da economia brasileira. No entanto, foi graças ao controle do câmbio
e ao regime de incentivos criados que as importações de bens de consumo
duráveis foram contidas.
(Rodrigo L. Medeiros, com adaptações)
c) Por se tratar de verbo expletivo, “foi” (l.13) pode ser retirado da oração sem
prejuízo do sentido e da sintaxe. CONCORDÂNCIA “É QUE”
2–C
Vimos que, quando na função de adjunto adnominal posposto aos nomes, existe
a faculdade de concordância do adjetivo com o nome mais próximo (concordância
atrativa – opção A) ou com o conjunto de substantivos a que se refere
(concordância gramatical – opção B) – caso 1.2 da Aula 3.
A única forma incorreta é a da letra C. Se for realizada a concordância atrativa, o
adjetivo fica no feminino singular para se harmonizar com o substantivo
proteção.
Se a opção for pela concordância gramatical, por haver um elemento masculino
(cuidado), o adjetivo fica no masculino plural (forçados). Não há, pois,
possibilidade de o adjetivo ser empregado no feminino plural (opção C).
Note que as opções D e E apresentam o adjetivo anteposto na função de adjunto
adnominal (caso 1.1 da Aula 3). Neste caso, a única concordância possível é a
atrativa (lembre-se da dica: tudo com a letra “a” – adjetivo anteposto na função
de adjunto adnominal – concordância atrativa).
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3–E
Agora, o adjetivo está na função de PREDICATIVO DO OBJETO (caso 3 da Aula
3).
O verbo tornar é transobjetivo, ou seja, além do objeto direto, ele precisa da
informação trazida pelo predicativo do objeto.
Vamos analisar cada uma das opções:
(A) o adjetivo inviável se refere ao substantivo sobrevivência (a sobrevivência
se tornará inviável, e não a criatura).
(B) o sujeito de tornará é “a elevação da temperatura”. Essa elevação tornará a
sobrevivência inviável. Por isso, está incorreta a informação de que o sujeito está
posposto. Na verdade, o sujeito está anteposto ao verbo, na ordem direta.
(C) O pronome qualquer é o único caso em que a flexão se realiza no meio do
vocábulo, em virtude do processo de sua formação (pronome QUAL + verbo
QUER Î pronome QUAIS + QUER = quaisquer). Assim, está incorreta tal
afirmação.
(D) O numeral terceiro exerce a função sintática de adjunto adnominal ao
substantivo planeta, devendo com ele concordar em gênero e número. Lembre-
se de que numeral é classe de palavra variável (nunca se esqueça da tabelinha,
hem?).
(E) O objeto direto, que complementa o verbo tornar, é sobrevivência. É com
este substantivo que o adjetivo inviável deve concordar em número. A
expressão de qualquer criatura exerce a função de complemento do
substantivo sobrevivência. Por isso, sua flexão não influencia a alteração do
adjetivo – “A elevação da temperatura (...) tornará inviável a sobrevivência de
quaisquer criaturas”. Está correta a assertiva.
4–A
Citamos essa questão na Aula 3, mas não chegamos a avançar na análise. Esse
momento chegou.
Mais uma vez, veremos a concordância do adjetivo na função de predicativo do
objeto (caso 3).
O verbo considerar também é transobjetivo. Seu objeto direto, na construção, é
pequenas alterações psicológicas (Os médicos consideravam pequenas
alterações psicológicas...).
O adjetivo inevitável, por se referir a alterações, deve concordar com esse
vocábulo, flexionando-se em número.
Assim, a forma correta seria: Os médicos consideravam inevitáveis nos
pacientes pequenas alterações psicológicas.
Na opção B, foi empregado corretamente o adjetivo “sós”, no plural por se
harmonizar com o substantivo internações.
Na opção C, temos um exemplo da concordância incorreta com a expressão
“uma e outra”. Como vimos, essa construção possibilita a flexão verbal tanto no
singular quanto no plural (caso 2.a da Aula 4). O verbo está corretamente
flexionado. Contudo, o adjetivo, segundo a norma culta, deveria se flexionar
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5–D
A palavra meio, quando advérbio, se mantém invariável (olha a tabelinha aí,
gente!!!). Exercerá a função sintática de adjunto adverbial, ou seja, vem junto de
um adjetivo alterando ou delimitando o seu alcance.
Na opção A, o pronome demonstrativo mesmo se refere ao substantivo
empregada, devendo com ele concordar em gênero e número – A empregada
mesma (Ela mesma) viu tudo.
Na opção B, o vocábulo bastante é um pronome indefinido adjetivo, devendo se
flexionar de acordo com o vocábulo que acompanha, no caso, o substantivo
vezes. Na dúvida, troque bastante por muito - Já fiz isso muitas vezes = Já
fiz isso bastantes vezes. O pronome modifica um substantivo. Cuidado para não
confundir com o advérbio bastante, que é invariável e modifica verbo, adjetivo
ou outro advérbio (Corremos bastante./ Eles são bastante altos./ Preciso que
você fale bastante alto.)
Em relação à opção C, eu lhe pergunto: o que passou? Resposta: a crise. Por
isso, o particípio deve concordar com esse substantivo = Passada a crise,
voltaram.
6-A
Eu pergunto: o que os últimos dados trataram de sepultar? Resposta: alguma
dúvida em relação à retomada do crescimento. Note que o pronome átono “as”,
presente em “sepultá-las”, se refere à palavra “dúvida”, mencionada na primeira
oração. Assim, para que haja concordância entre os termos, o pronome deve estar
no singular – “sepultá-la”.
Você percebeu que o estilo de prova da ESAF é diferente do das demais bancas já
analisadas? Normalmente, as questões dessa banca que envolvem concordância
pedem que se assinale o item com erro de natureza gramatical, não indicando o
tipo de erro cometido. Assim, você deverá ler com cuidado e analisar todas as
relações sintáticas, ou seja, se os pronomes, adjetivos, verbos estão concordando
uns com os outros.
7–B
Primeiramente, vamos eliminar as opções que apresentam erro na expressão “ter
a ver”. Assim como na outra expressão “não ter nada a ver com”, a preposição “a”
pode ser substituída pela conjunção “que” – ter que ver / não ter nada que ver.
Essas expressões indicam responsabilidade ou envolvimento em relação a um fato.
Restam somente duas opções: b e e.
Em seguida, temos um mote para estabelecer a diferença entre três expressões
muito parecidas: há cerca de / a cerca de / acerca de.
Para isso, vamos partir do seguinte exemplo:
“Eles saíram de casa há cerca de uma hora em direção à fazenda que fica a cerca
de 30 km de São Paulo. Tenho minhas dúvidas acerca do tempo que levarão para
chegar lá, já que a estrada está em péssimas condições.”
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8–A
Essa questão serve para fixar o conceito apresentado na anterior. Perceba que a
construção da opção A se assemelha à do exemplo acima: Ficou a cerca de dez
passos da esquina equivale a dizer Ficou a dez passos da esquina. O “cerca de”
indica aproximação. Neste caso, antes da expressão, é necessário colocar a
preposição a, indicativa de local/distância.
Nas demais passagens, houve correção.
Na opção B, usou-se adequadamente a locução prepositiva acerca de, que
corresponde a sobre.
Na assertiva C, como é indicado tempo decorrido, usa-se o verbo HAVER, associado
a “cerca de”, apresentando uma idéia aproximada de tempo: há cerca de uma
semana.
Finalmente, na opção D, novamente a preposição a, exigida pelo verbo DIRIGIR-
SE, se associa à expressão cerca de (aproximação).
9–E
Esse é um caso clássico de concordância verbal. O verbo concorda com o núcleo
do sujeito. Em “A busca de distinção entre o que é ‘do bem’ e o que é ‘do mal’
(...)”, o núcleo é o substantivo busca. Em torno dele, estão outros elementos
que exercem a função de adjunto adnominal (junto ao nome). Pelo fato de o
núcleo ser representado por um substantivo no singular, o verbo trazer
permaneceu no mesmo número.
A banca sugere uma série de trocas e pede que se identifique em qual delas o
verbo teria de ir para o plural.
Vamos analisar qual é o núcleo do sujeito em cada uma das opções. A resposta
deverá apresentar um substantivo flexionado no plural.
(A) O núcleo é fato (singular);
(B) O núcleo é dificuldade (singular);
(C) Dessa vez a banca procurou confundir, apresentando um outro
elemento no plural, mas não é “pessoas” o núcleo do sujeito do verbo
trazer – ele é o núcleo do verbo saber (Muitas pessoas sabem...). O
núcleo do sujeito é alternativa (...sabem que tal alternativa ...) –
também singular;
(D) O núcleo é divisão (singular);
(E) Agora, sim! O núcleo é oscilações. Não foi à toa que a resposta
estava na opção E – provavelmente, a banca esperava que o candidato
assinalasse a opção C por engano.
10 – E
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Agora, iremos ver casos de concordância verbal com sujeito posposto ao verbo
(caso 1.b da Aula 4).
Analisaremos cada uma das opções.
(A) O sujeito do verbo importar é composto – a crítica e o elogio. Como o
sujeito veio após o verbo, haveria a possibilidade de se flexionar o verbo
no plural, concordando com todos os elementos do sujeito (concordância
gramatical) ou no singular, em harmonia apenas com o mais próximo
(concordância atrativa). O autor escolheu a primeira opção.
(B) Dessa vez, o autor escolheu a segunda opção – a concordância atrativa –
e manteve o verbo no singular, concordando com texto.
(C) Novamente, a opção foi pela concordância com o termo mais próximo –
ritmo – mantendo o verbo no singular.
(D) A flexão do verbo indica a opção pela concordância gramatical, ou seja,
com todos os núcleos do sujeito (amizade e dever), enfatizando-se,
assim, o conjunto.
(E) O erro dessa opção foi que há apenas um núcleo (sujeito simples), que se
apresenta no plural (fatos). Assim, não há para o autor a opção de
manter o verbo no singular. Obrigatoriamente, o verbo deve concordar
com fatos e ir para o plural – Faltavam-lhe, naquele dia, fatos para
escrever sua crônica.
11 – E
Vimos que a concordância com a expressão “mais de um” deve ser feita com o
numeral (caso 2.f da Aula 4). Assim, está incorreta a forma apresentada na
opção E. O verbo deveria estar no singular: Mais de um funcionário vai pedir
promoção no mês que vem, ainda que semanticamente isso indique ser dois ou
mais funcionários. Como vimos, nesse caso, a norma da Língua Portuguesa
contraria a lógica.
Em relação às demais opções, cabem os seguintes comentários.
(A) Na expressão “o mais ... possível” (caso 1.7 da Aula 3), o adjetivo deve
se flexionar de acordo com o que fizer o artigo. Como se manteve no
singular, também assim deverá ficar o adjetivo. A outra construção
possível seria: Gosto de viajar para lugares os mais exóticos possíveis.
(B) O adjetivo posposto a mais de um substantivo, na função de adjunto
adnominal, pode realizar a concordância gramatical (com todos os
elementos) ou a concordância atrativa (com o mais próximo). Assim, a
forma apresentada está correta, pois há um elemento masculino, o que
leva o adjetivo para o masculino plural na concordância com todos os
elementos. Também estaria correta a forma: Compramos um sofá, uma
poltrona e uma mesa antiga. Contudo, poderia haver um prejuízo de
sentido, levando a entender que somente a mesa seria antiga e os
demais, novos.
(C) A concordância com termos partitivos (a maioria de, grande parte de –
caso 2.d da Aula 4) aceita duas formas de construção – com o núcleo,
mantendo-se no singular, ou com o complemento. Nesse caso, optou-se
pela primeira forma. A segunda seria “A maioria das pessoas esperam
conseguir bons empregos”.
(D) Todo cuidado com essa opção. Há duas análises a serem feitas.
A primeira envolve a concordância com a expressão “um dos (...) que”
(caso 2.j da Aula 4). O verbo tanto pode ficar no singular (concordando
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12 – C
Ótima questão que envolve a concordância com sujeito composto ligado por OU
(caso 1.f da Aula 4). Não se pode flexionar o verbo no plural quando os
elementos forem mutuamente excludentes, ou seja, a aceitação de um elimina o
outro. Nos demais casos, em que os dois elementos podem exercer
concomitantemente a ação, aceita-se a flexão verbal no plural.
Vamos às opções:
(A) Tanto ele quanto o irmão poderiam nos apanhar, não é? Então, essa
conjunção pode ter valor aditivo, admitindo-se a flexão verbal no plural.
(B) Os dois elementos (umidade intensa e ressecamento excessivo) podem
fazer mal, aceitando-se, assim, a forma plural do verbo.
(C) Quantas pessoas poderiam se casar com Marta? Ao que me conste, no
Brasil, somente uma. Por isso, o verbo só poderia ficar no singular, ou
então Marta seria presa por bigamia (rs...).
(D) Quantos meios de comunicação poderiam apresentar a notícia em
detalhes? Tantos quantos existirem: jornal, revista, telejornal... Por isso,
o verbo pode ir para o plural.
(E) E se quisermos entregar o original e a cópia: isso é possível? Sim. Então
o verbo também pode ir para o plural.
13 – D
Outra ótima questão para fixarmos os conceitos de concordância.
O erro está no emprego do verbo TER no sentido de existir. No uso coloquial, há
vários registros desse uso, inclusive literários (Drummond: “No meio do caminho
tinha uma pedra”).
Contudo, apesar de não haver menção a norma culta no enunciado, em virtude
da correção das demais opções, só nos resta indicar esta como a incorreta.
(A) A flexão verbal com a expressão “uma e outra” (caso 2.a da Aula 4)permite
que o verbo fique no singular ou no plural.
(B) Apesar de polêmico, esse emprego do verbo no plural com a expressão “nem
um nem outro” encontra respaldo na lição do mestre Domingos Paschoal
Cegalla (caso 2.c).
(C) Optou-se por manter o verbo no singular, a exemplo do que vimos no caso
1.e.
(E) O verbo haver é um verbo auxiliar na locução “haviam tido”. O verbo
principal, que determina a flexão verbal a ser executada pelo auxiliar, é TER. Se
estivesse sozinho na construção, esse verbo teria de se flexionar, para concordar
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com o sujeito “cientistas” (“Os cientistas tinham muito cuidado...”). Por isso, o
verbo haver, na locução verbal, deverá se flexionar no plural – haviam tido.
14 – B
A única forma correta é a apresentada na opção B. Como não há um número
inteiro percentual (0,98%), associado ao fato de não haver complemento, o
verbo só poderá ficar no singular.
O que está errado nas demais opções?
(A) O número percentual inteiro é 1 (1,85%), e não há complemento. Assim, a
única forma de concordância do verbo é no singular (Lá, 1,85% ajudou a
criar...).
(C) Cuidado com a casca de banana. A expressão “a maior parte” está
desacompanhada de complemento. Assim, mais uma vez, o verbo só poderia
ficar no singular, concordando com o núcleo “parte”.
(D) Apesar de modernamente alguns autores aceitarem que o verbo se flexione
na 3ª pessoa do plural (vocês), em função do desuso das segundas pessoas (tu e
vós), em função do erro gritante apresentado na opção B, vemos que a banca da
Fundação Getúlio Vargas segue as normas do padrão culto formal da língua,
exigindo que, nesse caso, o verbo se flexione na 2ª pessoa do plural – Lá, tu e
teus amigos (vós) ajudastes a criar...
(E) Em números fracionários, a concordância se realiza com o numerador (o
raciocínio é parecido com o apresentado para números percentuais). Por isso,
como no numerador temos “dois” (dois terços), o verbo deveria ir para o plural:
Lá, dois terços ajudaram a criar...
15 – A
Com a expressão partitiva “a maioria de”, acompanhada de complemento no
plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Por isso, todas as opções
seriam válidas. Por isso, já poderíamos eliminar as opções b, d e e, pois todas
apresentam a forma seção (ou sua variante secção) e, se uma delas estivesse
certa, as demais também estariam, ocasionando a anulação por múltiplas
possibilidades de resposta (é assim que se faz prova, viu? Eliminando as opções
inválidas e aumentando, assim, a possibilidade de acerto).
O erro, nessa questão, é mais de natureza ortográfica: a diferença entre cessão,
sessão e seção.
Cessão é o ato de ceder (A cessão dos direitos autorais foi feita
espontaneamente).
Seção (antigamente indicada com o “c” mudo – secção – letra ainda mantida em
algumas formas, como “seccional”, que também apresenta a forma variante
“secional”) – é o ato de cortar. Por isso, indica a parte de um todo, uma divisão,
um segmento. Assim, em um departamento (conjunto), há diversas seções
(divisões).
Sessão é o tempo de duração de algum espetáculo, trabalho, reunião ou
assemelhados. No Brasil, usa-se também para indicar cada um dos espetáculos
de teatro ou cinema.
De volta à questão, se o treinamento se realizou, houve uma sessão (tempo de
duração) de treinamento.
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16 – C
Como se busca o item correto, vamos analisar os erros das demais opções.
(A) Tanto o verbo ser quanto o adjetivo capaz deverão permanecer no singular,
para concordar com o núcleo do sujeito, representado pelo substantivo oculto
dicionário, indicado pela flexão do adjetivo rigoroso (no singular): “Nem
mesmo o mais rigoroso dos dicionários é capaz de (...)”.
(B) Há problemas graves de estruturação sintática. Isso acaba causando um
prejuízo na compreensão da oração. O que seria “desejável”? Acredito que
“estabelecer (conceitos) para a ação humana”. Assim, a construção deveria ser,
por exemplo: “Quando se divergem, a filosofia e o direito acabam por criar um
espaço de hesitação para os conceitos, cujo estabelecimento para a ação humana
seria tão desejável”.
(D) Essa foi bastante capciosa. Os núcleos do sujeito estão ligados pela
expressão “Tanto...como” (caso 1.d). Mesmo que passássemos ao largo da
polêmica apresentada em relação à flexão verbal, note que ambos os núcleos
estão representados por substantivos femininos (felicidade e justiça). Assim, o
adjetivo a eles correspondente só poderia ficar nesse gênero: Tanto a felicidade
como a justiça devem ser discutidas...
Em relação ao emprego da preposição DE na locução verbal (deve + ser),
vejamos o que nos ensina Domingos Paschoal Cegalla, em seu Dicionário de
Dificuldades da Língua Portuguesa:
“Para indicar probabilidade, pode-se inserir a preposição DE na locução formada
por DEVER + INFINITIVO, conforme faziam escritores clássicos: O Congresso
deve de aprovar o projeto do governo. (...) Não cabe a preposição, quando a
idéia é de obrigação, necessidade: Motorista deve dirigir com cuidado. (...) A
língua de hoje raramente faz esta distinção. Em geral se diz: O guarda devia
estar dormindo. / O cano deve estar entupido.”
Assim, como se trata de uma obrigação (e não possibildade), a preposição deve
ser retirada.
(E) Este é um caso de sujeito oracional. O verbo esperar está acompanhado do
pronome SE (Não se esperem...). Como este é um verbo transitivo direto,
estamos diante de uma construção de voz passiva. Ocorre que o sujeito paciente
está representado por uma oração desenvolvida (“... que nossos valores
essenciais possam ser definidos sem controvérsias...”). Por isso, o verbo esperar
deve ficar na 3ª pessoa do singular: “Não se espere que...”.
17 – C
O verbo verificar está acompanhado de um pronome SE. Como esse verbo é
transitivo direto (Alguém verifica alguma coisa) e apresenta idéia passiva, trata-
se de um pronome apassivador. O verbo, portanto, deve concordar com o sujeito
paciente. Contudo, esse sujeito é representado por uma oração: “que 75% de
toda a riqueza...”. Assim, o verbo deverá ficar na 3ª pessoa do singular: “(...)
verifica-se que (...)”. Já na seqüência, o verbo terminar admite dupla flexão –
no plural, concordando com o número percentual (75%) ou no singular,
concordando com o complemento (de toda a riqueza).
Em relação às demais opções, cabem os seguintes comentários.
a) O núcleo do sujeito é desigualdade, o que leva o verbo para o singular –
“A desigualdade (...) é uma marca...”.
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18 - B
O sujeito do verbo estabelecer na segunda passagem do item B é “lei”. Afinal, é a
lei que estabelece o aumento de tributos (aproveite para estudar Direito Tributário!
Conheço um ótimo professor: Eduardo Corrêa).
Na ordem direta, a construção seria: sem que a lei estabeleça.
Aliás, o que a lei estabelece: o tributo ou o aumento do tributo? A partir do
contexto, entende-se que o aumento do tributo. Por isso, o correto seria empregar
o pronome “o”, no masculino singular, pois esse pronome tem valor demonstrativo
(sem que a lei estabeleça isso – e o que é isso? Aumentar tributo). Assim, há dois
erros de concordância na passagem: um nominal (relação do pronome com o
nome) e outro verbal.
19 – D
Primeiramente, uma locução verbal (IR + PERCEBER) acompanhada de pronome
‘se’ requer análise:
1- o verbo principal (perceber) é TD ou TDI? Sim.
2- Há idéia passiva? Sim – Algo foi sendo percebido.
Conclusão: a construção está na voz passiva.
Note, porém, que o sujeito não está expresso na forma de um nome (substantivo),
mas de uma oração (subordinada) substantiva. Pergunta-se: o que foi sendo
percebido?
Resposta: “que os problemas daquela região são...” – o sujeito da forma verbal
está representada por uma oração.
No caso de sujeito oracional, o verbo DEVE FICAR na 3ª pessoa do singular (“foi-
se percebendo que os problemas daquela região são...”).
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Aliás, essa locução teve origem justamente no adjetivo que apresenta base
participial (particípio do verbo dever). Como é interessante a ligação que os
vocábulos têm uns com os outros, não é?
20 – C
Agora, vamos tratar de sujeito indeterminado.
Os verbos acompanhados do pronome SE podem formar voz passiva (verbos
transitivos diretos ou diretos e indiretos) ou construção de sujeito
indeterminado (verbos intransitivos, transitivos indiretos e verbos de
ligação).
a) O verbo precisar é transitivo indireto e rege a preposição DE (Alguém
precisa de alguma coisa). Acompanhado do pronome, é caso de sujeito
indeterminado, devendo o verbo permanecer na 3ª pessoa do singular:
Precisa-se de muitos técnicos.
b) Vimos que Estados Unidos é um topônimo que leva artigo, pronome,
adjetivo e verbo para o plural. Assim, a forma correta seria: Os Estados
Unidos são contrários a essas medidas.
c) O verbo haver, no sentido de existência, é impessoal (sem sujeito),
devendo ficar na 3ª pessoa do singular. Assim, está correta a construção.
d) Como as bancas A-DO-RAM esse verbo. O verbo tratar é transitivo
indireto e rege a preposição DE. Está acompanhado do índice de
indeterminação do sujeito, devendo ficar na 3ª pessoa do singular:
Tratava-se de profissionais competentes.
21 – C
Essa questão é quase um exame psicotécnico. Vamos aos poucos.
O que o examinador quer saber é se, acompanhados do pronome SE, em voz
passiva, os verbos devem ou não se flexionar.
Para começar, todos os verbos são transitivos diretos, o que possibilita a
transposição para a voz passiva.
Veja, agora, como a questão era mais simples do que parecia inicialmente:
1ª oração
Voz ativa: movimentar a sua conta Î Voz passiva: sujeito é o elemento que,
antes, exercia a função de objeto direto: conta
Como o sujeito está no singular, o verbo também deve ficar no singular.
Voz passiva analítica: a conta é movimentada
Voz passiva sintética (pronominal) = movimente-se a conta
2ª oração
Voz ativa: efetuar pagamentos Î Voz passiva: sujeito é o elemento que,
antes, exercia a função de objeto direto: pagamentos
Como o sujeito está no plural, o verbo também deve ficar no plural.
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3ª oração
Voz ativa: obter crédito Î Voz passiva: sujeito é o elemento que, antes,
exercia a função de objeto direto: crédito
Como o sujeito está no singular, o verbo também deve ficar no singular.
Voz passiva analítica: crédito é obtido
Voz passiva sintética (pronominal) = obtenha-se crédito
4ª oração
Voz ativa: receber benefícios Î Voz passiva: sujeito é o elemento que, antes,
exercia a função de objeto direto: benefícios
Como o sujeito está no plural, o verbo também deve ficar no plural.
Voz passiva analítica: benefícios são recebidos
Voz passiva sintética (pronominal) = recebam-se benefícios
5ª oração
Voz ativa: adquirir produtos Î Voz passiva: sujeito é o elemento que, antes,
exercia a função de objeto direto: produtos
Como o sujeito está no plural, o verbo também deve ficar no plural.
Voz passiva analítica: produtos são adquiridos
Voz passiva sintética (pronominal) = adquiram-se produtos
22 - D
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23 - E
(A) Em uma locução verbal, o verbo auxiliar realiza a flexão que o verbo principal
faria se estivesse sozinho. Na locução verbal “teriam havido”, o verbo “haver”
(principal) é impessoal, pois apresenta o sentido de “existência”. Por isso, mantém-
se na 3ª pessoa do singular.
Assim, essa flexão deve ser realizada pelo verbo auxiliar “ter”, mantendo no
singular – “... não teria havido outras compensações...”.
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24 – E
O verbo fazer indica um lapso temporal de cinco sessões. Como estamos diante
de um caso de verbo impessoal, este deve se manter na 3ª pessoa do singular. O
mesmo iria ocorrer com o verbo haver: “Já há cinco sessões que os deputados
não votam...”. Está correta, portanto, a estrutura apresentada.
Nas opções (A), (B) e (C), o examinador explora os verbos haver e existir.
(A) O que existe? Resposta: “comissões parlamentares válidas e competentes”.
Como o verbo existir possui sujeito (cujo núcleo é comissões), deve se
flexionar no plural: “O autor disse que existem comissões parlamentares...”.
(B) Já o verbo haver, no sentido de existência, não possui sujeito – é impessoal
e deve se manter na 3ª pessoa do singular: “Havia perguntas que não foram
respondidas durante o interrogatório.”.
(C) Agora, o verbo haver é o principal de uma locução verbal. A ordem para não
se flexionar (o que faria se estivesse sozinho) ele dá ao seu auxiliar (seu “pau-
mandado”): o verbo poder. Assim, a forma correta seria: “Em toda a parte do
mundo pode haver políticos corruptos”.
(D) “É necessário reconhecer que...” – até aqui estava tudo certo. O verbo ser
possui sujeito oracional: reconhecer. O problema surgiu mais adiante: “...
reconhecer que algumas atitudes que...” – este pronome relativo, que é o sujeito
da oração adjetiva que inicia, possui como referente o substantivo atitudes.
Assim o verbo ferir deve com este substantivo concordar: “...algumas atitudes
que ferem os princípios éticos”. Por fim, um outro erro: essa atitudes (que ferem
os princípios éticos) precisam ser punidas. O verbo ser é o segundo auxiliar de
uma locução verbal com três verbos – somente o primeiro verbo auxiliar
(precisar) deve se flexionar. Os demais (segundo auxiliar e verbo principal)
devem se manter em formas nominais (respectivamente infinitivo impessoal e
particípio).
25 – Item CORRETO
Como vimos no caso 11, o verbo PODER/DEVER + SE + INFINITIVO +
SUBSTANTIVO PLURAL, possibilita duas formas de construção:
1 – não se pode culpar os publicitários – é um caso de sujeito oracional (culpar
os publicitários não é possível)
2 – não se podem culpar os publicitários - é um caso de locução verbal de voz
passiva: os publicitários não podem ser culpados.
Ambas as construções estão corretas.
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26 - E
Mencionamos anteriormente que uma das possibilidades de análise da construção
“PODER/DEVER + SE + INFINITIVO” seria como locução verbal de voz passiva
pronominal (sintética). Se o sujeito paciente estiver no plural, o verbo auxiliar
deverá ser flexionado: Devem-se evitar as aparências enganosas de exatidão.
Nessa questão, o que a banca propõe é a forma de voz passiva analítica em uma
construção idêntica.
O sujeito, no caso, é “as aparência enganosas de exatidão”.
O primeiro verbo auxiliar é “dever”. O segundo auxiliar, por ser voz passiva, seria o
verbo ser, no infinitivo impessoal.
Assim, na voz passiva analítica, a construção adequada seria: “Devem ser
evitadas as aparências enganosas de exatidão.”.
27 – Item INCORRETO
Essa questão pegou quem teve preguiça de voltar ao texto para analisar a
proposta do examinador.
Realmente, tanto a expressão “a metade” quanto “50%” são termos partitivos
(indicam a parte de um todo). Contudo, a concordância verbal vai depender
também do complemento que foi apresentado em relação à primeira.
Vamos deixar a preguiça de lado e ler o segmento em análise:
Quase a metade dos desempregados nos grandes centros no Brasil é jovem.
No fragmento, o verbo ser poderia concordar com metade (singular) ou com
desempregados (plural).
A partir do momento em que trocamos “metade” por “50%”, tanto o termo
partitivo (50%) quanto o complemento (dos desempregados) levaria o verbo
para o plural. Assim, não restaria ao verbo outra opção a não ser se flexionar:
“Quase 50% dos desempregados (...) são jovens”.
Dessa forma, como foi sugerida, a troca acarretaria incorreção gramatical,
com erro de concordância verbal.
28 - B
Essa opção envolveu dois aspectos estudados: sujeito oracional e flexão de verbos
perigosos.
Sujeito oracional mantém o verbo na 3ª pessoa do singular – “pressupõe-se que os
grupos trabalham...”.
Com os verbos derivados de pôr, ter e vir, o cuidado deve mesmo ser redobrado,
para não confiar no ouvido, pois não há diferença fonética entre a forma singular e
a plural.
Essa questão explorou o mesmo verbo da questão comentada no fim da aula, mas
de modo inverso.
29 – Item INCORRETO
Para constatar a incorreção dessa assertiva, devemos analisar os três primeiros
períodos do texto.
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30 – Item INCORRETO
A passagem que nos interessa é “No entanto, foi graças ao controle do câmbio e ao
regime de incentivos criados que as importações de bens de consumo duráveis
foram contidas.”.
Estamos diante de um dos casos da expressão de realce “é que”, que vimos no
caso 5.d.
O examinador sugere a retirada do verbo foi, sob a alegação de que é meramente
expletivo (ou seja, de realce). Contudo, se houver a retirada do verbo ser, deve
haver também a retirada da conjunção que: “No entanto, (foi) graças ao controle
do câmbio e ao regime de incentivos criados (que) as importações de bens de
consumo duráveis foram contidas.”.
A retirada apenas de uma parte da expressão “é que” prejudicaria a coesão e
coerência textuais.
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