nº11 JORNAL DE A nossa OPINIÃO

LISBOA
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DEZEMBRO 08
Jornal Mensal de distribuição gratuita
Director
Francisco MORAIS Barros

jornaldelisboa@gmail.com

> Praça de Londres: Diferenças? | pag.04 > Cedência aprovada há dois anos | pag.05 > Lapa assina protocolo | pag.08
“Projecto sério” e Câmara nega “Para Uma Nova
projecto da Freguesia Biblioteca a Benfica Vida” das famílias
Sá Fernandes diz Uma deliberação camará- A Junta da Lapa assinou
que tem um “projecto ria de há dois anos aprovou a um protocolo para apoiar
sério” para o jardim instalação da Biblioteca Mário as famílias com carências
da Praça de Londres. Cesariny no antigo quartel de económicas através da
Mesmo mais caro bombeiros que cedeu à Fregue- formação. A Freguesia quer
100 mil euros que o sia de Benfica. A Câmara recusa o projecto “Para Uma Nova
da Freguesia. Descu- a entrega do imóvel invocando Vida” a estimular a inclusão
bra as diferenças. um despacho de um vereador. de famílias carenciadas.
JORNAL DE
LISBOA EntrevistaS
2008
As palavras
que marcaram
O Jornal de Lisboa contou, durante o ano de 2008,
com entrevistas de alguns dos mais relevantes
protagonistas da política de Lisboa e do País.
Palavras que marcaram a vida da capital, da
Câmara e dos lisboetas. E que prometem estender
as suas consequências ao politicamente muito
disputado Ano Novo, com as eleições europeias,
autárquicas e legislativas a condicionarem
todos os partidos. Sem excepção. Cada um por
si, e por razões que se prendem com as suas
características pessoais e políticas, todos os
entrevistados vão, à sua medida, marcar 2009. Da
Esquerda à Direita, as mudanças são inevitáveis.
Com os partidos ou sem eles. O caminho está
marcado. Os entrevistados falam por si.
Investigar Património,
Obras e Fiscalização
“Propus à Câmara uma sindicância à Direc-
ção Municipal de Obras. Assistimos siste-
maticamente a revisões de preços, a atrasos
sistemáticos nas conclusões das obras, a re-
forço de empreitadas. Ou seja, há erros no
lançamento das obras que são imputáveis a
deficiências de projecto, à má fiscalização, ou
à forma como as coisas são feitas… (…) Há
Helena Roseta muitas situações que para mim justificariam
>> Vereadora do Movimento uma sindicância à Direcção Municipal de
Obras (…), em áreas como a Direcção Muni-
Cidadãos por Lisboa
cipal de Obras, o Património, a Polícia Muni-
Fevereiro 08 cipal e a Fiscalização.”
“A mim basta-me verificar que a Bragaparques tem um terreno que comprou em
1999, por 11 milhões de euros, e foi avaliado pela Câmara em 54 milhões, seis anos
depois. Sendo que o terreno é o mesmo, não houve lá nenhuma obra. É um pouco es-
tranho que se tenha valorizado 500% em seis anos, exclusivamente porque a Câmara
aceitou para aquele local uma edificabilidade que não estava prevista antes.”
“O sector das empresas municipais foi o grande aglutinador dos empregos políti-
cos nos últimos anos. Foi o sítio por onde entraram os “boys” dos vários partidos
que estiveram na gestão da Câmara. E esse sector é o último a ser escrutinado.”
02
Lisboa e Setúbal
fora de causa
“Defendo uma Câmara forte, e que seja simul-
taneamente uma entidade reguladora e fisca-
Fernando Negrão lizadora daquilo que se faz em Lisboa.
>> Vereador do Partido Isto não leva a dizer que sou contra todas as em-
Social Democrata presas municipais. Mas seria interessante fazer
um estudo que, com certeza, apontará para uma
Março 08 diminuição de empresas municipais.”
“Poderá haver extinção de empresas municipais com algum significado.”
“Não, não encaro [recandidatura a Lisboa]. Concorri em condições de grande
dificuldade por parte do PSD. Aceitei esta candidatura também com grande sa-
crifício pessoal e considero que o PSD tem pessoas muito mais próximas de
Lisboa e dos eleitores de Lisboa e dos problemas da cidade.”
“Setúbal deixou de ser uma hipótese a partir do momento em que aceitei con-
correr à Câmara de Lisboa. Não podemos brincar às autarquias.”
António Costa só
“pintou passadeiras”
“Aspectos fundamentais para a solução dos
problemas estão suspensos. Como seja o
caso vital do empréstimo para resolução das
Ruben de Carvalho dívidas aos fornecedores, como o não escla-
recimento do problema da frente ribeirinha,
>> Vereador do PCP em que, por um lado, aparece um protocolo
assinado entre a Câmara e a Administração
Abril 08
do Porto de Lisboa, e agora surge uma situa-
ção nada clara, em que existe um decreto-lei em que ninguém quer falar.”
“Do ponto de vista prático, nada em concreto se verificou.”
“O problema de corrupção na Câmara não foi um problema pequeno. São muitos
milhões de euros, no Vale de Santo António, nas permutas do Parque Mayer, nos
negócios com o Benfica, nos negócios com o Sporting, etc. Estamos a falar de muito,
muito, muito dinheiro. Muito dele já irrecuperável. “
António Costa“tem de começar a fazer coisas. O que ele tem feito é pintar passadeiras, fa-
zer projectos, emendar algumas coisas bombásticas e fazer umas promessas. Mais nada!”
Indícios de crimes na Gebalis
Havia problemas graves [na Gebalis], de tal
forma que o conselho de administração, mal
chegou, propôs-me a realização de uma au-
ditoria interna (…). Porque eu tinha a noção
que haveria abusos.”
“Em consequência de queixas e de denúncias,
esteve, e penso que a Polícia Judiciária ainda
Ana Sara Brito está na Gebalis (...). Por outro lado, o resultado
>> Vereadora da Habitação da auditoria interna também foi enviado para a
Municipal e Acção Social Procuradoria-Geral da República e para o Mi-
nistério da Administração Interna.”
Maio 08
“Tomará a decisão quem analisa todos esses
processos. Mas, que há problemas que indiciam [matéria criminal], há.”
[No programa “LX Amigo” há] “Utilização de verbas e não realização de obras.
(…) Havia verbas que foram gastas, mas não foram feitas algumas obras. (…)
Haverá problemas relacionados com a administração autárquica e haverá outros
que terão de ir para a Procuradoria-Geral da República. Já foi enviado.”
 Ferreira Leite tem de
“corresponder a altas
expectativas”
[Santana Lopes] “Criou expectativas e mui-
ta da desilusão foi assacada a Carmona Ro-
drigues.”
“ [Pedro Santana Lopes] não tem hipóteses
e deveria ter-se concentrado noutra aposta.
Marcelo Rebelo Lisboa, por exemplo. [Pedro Passos Coelho]
de Sousa tem muito pela frente. [Manuela Ferreira Lei-
>> Ex-candidato à presidência te], provável vencedora, terá de corresponder
da Câmara de Lisboa às expectativas, muito elevadas. Em equipa,
em ideias, em eficácia. Europeia, nacional e
Junho 08 autárquica. E aí Lisboa é crucial e difícil.”
Proliferação de empresas
municipais “não é
boa conselheira”
“Passe a imodéstia, julgo que a coligação de
esquerda fez bem a síntese entre dinamismo,
inovação e gestão financeira criteriosa.”
“Se não erro, além da pré-existente EPUL, a
criação de algumas empresas municipais co-
meçou no meu tempo. Foi o caso da EMEL
Jorge Sampaio que na altura francamente se justificava.
Hoje, não penso que a existência de empresas
>> Ex-presidente da Câmara municipais se possa aceitar sem uma análise,
de Lisboa caso a caso, da sua vantagem. A proliferação
Julho 08 não é boa conselheira…”
“O PSD ajudou
Carmona até à náusea”
“Todos assistimos às centenas de assessores,
às viagens, à paralisia, à falta de autoridade.
Apesar de Carmona Rodrigues ter sido aju-
dado até à náusea pelo PSD, nada dessa cul-
tura mudou.”
“Carmona Rodrigues, quando foi constituído
arguido no caso Bragaparques, foge para In-
Paula Teixeira glaterra para ver motas com Lisboa no estado
da Cruz em que estava. Quando regressa, diz a Mar-
ques Mendes que não tem condições para
>> Presidente da Assembleia
Municipal de Lisboa continuar a gerir a Câmara de Lisboa.
Agosto 08 O PSD começou a negociar uma solução de
governabilidade face a essa predisposição.
Mas, depois, Carmona Rodrigues muda de opinião. E diz que afinal fica, quando
ele próprio tinha assumido perante líder do partido que não tinha condições
para ficar. Ou seja, voltou atrás. O que aliás, é muito curioso porque foi uma
característica da gestão dele.”
“Os factos estão aí. Não foi o PSD que se envolveu em Bragaparques, nem na In-
fante Santo, nem nos escândalos que diariamente víamos surgir. Não foi o PSD
que criou aquela hiper-estrutura de assessores que rodeava Carmona Rodrigues.
Não era o PSD que saía, em alturas críticas para a capital, numa qualquer via-
gem, numa lógica de deslumbramento do poder.”
03
Sampaio responsável
pela criação de
empresas municipais
Jorge Sampaio (…) assumiu ele próprio a can-
João Soares didatura, no fundo também para que eu não
fosse o candidato do PS e da esquerda à Câ-
>> Ex-presidente da Câmara
de Lisboa, deputado do PS mara Municipal de Lisboa.
Setembro 08 O primeiro grande surto de criação de em-
presas municipais, para além da EPUL (…), foi
entre os meados e final do mandato de Jorge Sampaio.
Jorge Sampaio criou praticamente uma empresa municipal para cada um dos pe-
louros que havia na Câmara, excepto o meu – Cultura – porque eu não quis. (…)
A ideia da criação de empresas municipais fazia sentido quando elas escapavam
à tramitação burocrática a que a Câmara estava obrigada.
“Os lisboetas em 2001 deixaram-se seduzir pelo canto da cigarra. Deu no que deu…”
“O PS tem condições
para se apresentar
sozinho às eleições”
“É fundamental que o PS aposte na possibili-
dade de ter uma maioria e quer no executivo
Maria de camarário, quer na assembleia municipal
Belém Roseira
“O PS tem todas as condições para se apre-
>> Deputada municipal
e parlamentar socialista
sentar sozinho às eleições. O debate de ideias
político-partidárias assentes em diferentes
visões, é enriquecedor da democracia. Por-
Outubro 08
tanto, vejo com muito interesse que os parti-
dos se apresentem autonomamente.”
“Não me parece que seja adequado [realizara autárquicas e legislativas em simul-
tâneo], é bom que haja momentos e campanhas diferentes, porque se vão discutir
assuntos muito diferentes.”
“Acho que o PS vai ter a maioria absoluta [nas legislativas]. (…) “O PS, não só porque
tem governado de uma forma muito determinada, mas também por não ter uma
oposição que o ponha em risco, não tem a maioria absoluta em risco.
“Não excluo” Lopes
da Costa em Oeiras
“Se me pergunta se o processo está fechado,
não está. Se excluo algum candidato ou alguma
candidata, não excluo. Mas, das informações de
que disponho, não me parece que a candidata à
Carlos Carreiras
Câmara Municipal de Oeiras seja a Helena Lo-
>> Presidente da distrital pes da Costa.”
de Lisboa do PSDl “Quanto ao processo legal, no caso de Lis-
Novembro 08 boa, foi entendimento e convergência quer
da coordenação autárquica nacional, quer da
comissão política distrital, que o PSD teria vantagem em colocar o seu candi-
dato no terreno no mais curto espaço de tempo. O processo formal, legal, foi ao
que já se deu início, no que diz respeito a Lisboa. Portanto, cumpre os estatutos
e aguarda homologação, ou não, por parte da comissão política nacional, sendo
que a nossa expectativa é, obviamente, que seja dada essa homologação.”
“Continuo solidário com a líder nacional do partido. (...) Há questões que o tem-
po vai esclarecer. Resta aguardar que o tempo venha dar esse esclarecimento.”
DESTAQUE
Projecto Câmara
Projecto Junta
> Jardim da placa central da Praça de Londres
“Projecto sério”
por mais €100 mil
O vereador dos Espaços Verdes afirma que a Câmara tem um
“projecto sério” para recuperar o jardim da placa central da Praça de
Londres. Para Sá Fernandes a Junta de São João de Deus apresentou
uma “hipotética requalificação” “insuficiente”. Mas, o “projecto sério”
da Câmara custa 139 mil euros. Mais 100 mil euros que o projecto da
Junta de Freguesia. Entre os dois projectos, descubra as diferenças.
J
osé Sá Fernandes considera que o pro-
jecto da Junta de São João de Deus para
a recuperação do jardim da placa central
da Praça de Londres é apenas um “estu-
do para uma hipotética requalificação”.
Em comunicado, difundido depois da
notícia do Jornal de Lisboa divulgar que
o projecto camarário para aquele espaço é 100 mil
euros mais caro, a preço de Outubro de 2003, o vere-
ador dos Espaços Verdes – que na altura se escusou
a responder ao Jornal de Lisboa – considerou ainda
que o projecto da Junta de Freguesia “era insuficiente
e as soluções propostas não resolveriam o proble-
ma do uso e da dignificação do local” e, frisou, “seria
mais uma operação de esbanjamento de dinheiros
públicos”, já que as soluções previstas eram “parcas”
e “inconsistentes”. Em contrapartida, Sá Fernandes
diz que o seu é um “projecto sério” que, diz, “con-
templa uma total requalificação do jardim” e não
“uma folha com ligações dos canos”.
Para esclarecer as dúvidas, o Jornal de Lisboa pu-
blica as plantas de ambos os projectos (imagens la-
terais) e divulga na íntegra os “objectivos” assumidos
no projecto da Câmara e os trabalhos a realizar defi-
> Iluminações
Natal em Alcântara
Apesar do escasso apoio da Câmara, a Junta de Freguesia de Alcântara tem vindo a colocar iluminações de Na-
tal nas ruas da freguesia. A marcar esta época do ano, especialmente dedicada ás crianças, a Junta de Alcântara
está a organizar a ida de cerca de mil crianças ao circo no Coliseu de Lisboa.
nidos no projecto da Junta de Freguesia de São João
de Deus a que o Jornal de Lisboa teve acesso.
Assim, o “projecto sério”, nas palavras de Sá Fer-
nandes, define como seus objectivos: “criação de
condições para uma maior interioridade espacial
permitindo um uso mais intimista do jardim; ma-
nutenção dos atravessamentos transversais existen-
tes; manutenção dos índices de permeabilidade para
a área global; conservação das espécies arbóreas de
médio e grande porte; substituição de espécies ar-
bóreas em mau estado sanitário; O projecto de re-
modelação introduz uma simplificação na estrutura
espacial do jardim/praça, com a hierarquização do es-
paço em três áreas, topos e área central, cujo desenho
é determinado pelo sistema de circulação pedonal e
pela estrutura verde. O perfil transversal do jardim
é constituído por pequenos taludes em aterro com
uma pendente muito suave para o interior e mais
acentuado para o exterior, permitindo criar maior
«interioridade» dentro da área da placa central. A es-
trutura verde é composta por alinhamentos arbóreos
delimitando o perímetro do jardim. Serão plantadas
«árvores do fogo» (floração vermelho intensa) entre
os lodãos existentes no extremo sul do jardim. Os
04
taludes serão revestidos com hipericão (herbácea de
flor amarela) e o relvado reveste a superfície interior
do jardim. O topo norte da praça será rematado com
uma área em relvado sobre a qual serão mantidas as
árvores existentes. Esta plataforma cria um exten-
so plano inclinado de modo a projectar visualmen-
te a superfície do relvado para o interior do jardim,
protegendo-o assim do tráfego que se concentra no
cruzamento norte.” Tudo isto por 138 mil euros, a
preços de 2003, valor corrigido pela arquitecta Ro-
sário Salema que, em e-mail de 9 de Novembro de
2007, informa a Freguesia de São João de Deus da
“estimativa de custo” de 139 mil euros.
Separados à nascença?
O projecto de São João de Deus “tem por base o
jardim existente”, com o objectivo de o “dignificar”,
mantendo a sua traça e dotando-o de “um sistema
de rega automática que torna mais eficiente a ma-
nutenção do espaço”, “com baixos custos”. Por outro
lado, propõe a substituição das árvores que “apre-
sentarem sinais de morte” por “elementos novos da
mesma espécie”, além de ser necessário “proceder
ao desbaste de alguns ramos mais baixos de árvores
que não permitem a entrada de luz no jardim”.
A Junta propõe também a desinfestação de parasi-
tas dos arbustos, além de ser “indispensável proceder
a trabalhos preparatórios de solo para recepção dos
respectivos planos de plantação, quer para relvados,
quer para herbáceas”, verificando-se ainda a neces-
sidade de “em todos os canteiros se proceder a um
enchimento com uma camada de dez centímetros de
solo fértil”, porque as “árvores existentes possuem o
seu sistema de raízes muito à superfície”.
Quanto à vegetação a colocar no jardim, são pro-
postas diversas espécies que “variam na cor e no
tempo de floração”, o que permite a existência de
“duas épocas de floração, uma no Verão e outra no
início do Outono”.
A proposta aprovada pela Junta de São João de
Deus prevê ainda a colocação de material inerte –
seixo de calcário branco e seixo de basalto preto -,
permitindo fazer sobressair, pelo contraste gera-
do, a cor da floração. Material que, de acordo com
este projecto, garante “a permeabilidade do solo” às
águas pluviais, o que “deve ser regra na selecção de
materiais” para aplicação na cidade. Tudo orçado em
39.544,50 euros.
 freguesias

Lisboa
> Ponte Chelas – Barreiro
Costa “chumba” Roseta
António Costa, utilizando o voto de qualidade, chumbou a propos-
ta de Helena Roseta para, embora dotando a nova ponte Chelas
– Barreiro da possibilidade de vir a ter vertente rodoviária, adiar a
sua concretização, reduzindo a circulação automóvel e diminuindo
custos de construção de cerca de 700 milhões de euros.

> Higiene Oral

Rastreio em São Domingos
O Gabinete Clínico de São Domingos de Benfica promoveu uma acção
de rastreio de higiene oral que consistiu numa avaliação da higiene oral
dos participantes, instruindo-os sobre os cuidados a ter. No âmbito
deste rastreio foi também promovida uma acção de formação sobre

eventos, acontecimentos & iniciativas “Cuidar dos dentes do seu filho” dirigida aos pais dos alunos das Esco-
las Básicas da Freguesia.

> Freguesia de Benfica

> Futurália

São Domingos
com Juventude Câmara nega biblioteca
e Emprego
aprovada há dois anos
A
Junta de Freguesia de São Domingos de
Benfica participa na Futurália - Feira
da Juventude, Qualificação e Emprego,
o maior evento do género que se reali-
za em Portugal, com 35000 visitantes
na edição passada, que se realiza entre os dias
Edilidade recusa cumprir 2006, no qual é publicada a deliberação aprovada em
reunião de Câmara nº 601/CM/2006, subscrita pelo
10 e 13 de Dezembro. deliberação camarária para então vereador da Cultura, José Amaral Lopes.
Durante a participação neste certame nacio- cedência de imóvel. De acordo com Domingos Pires, presidente da

nal a Junta de São Domingos – única Freguesia
a marcar presença neste evento – para além de
divulgar os seus serviços aos jovens, vai realizar
demonstrações de Grafitty e Dj no dia 10, de Fi-
tness nos dias 10 e 12 e de Artes Marciais no dia
13, que representam as actividades desenvolvi-
das pelo Pelouro do Desporto e pelo Gabinete de
Formação e Gestão de Projectos.
Com o objectivo de prevenir o insucesso escolar,
comportamentos e condutas desadequadas e, ain-
da, promover a participação das crianças e jovens
provenientes de contextos socio-económicos
desfavorecidos, problemáticos e em risco de ex-
clusão social, São Domingos organiza, no âmbito
do projecto Intervir, o Programa de Promoção de
Competências Pessoais e Sociais nas escolas de 1º
Ciclo da Freguesia. Este programa trabalha com as
crianças, com recurso a técnicas ludico-pedagó-
gicas, questões como a assertividade, a auto-es-
tima, a comunicação, as relações Interpessoais, a
expressão das emoções e sentimentos e a solução
de problemas e gestão de conflitos.
A
Junta de Freguesia do Socorro está a
fazer uma forte aposta na pre-
venção das dependências,
designadamente da
toxicodependência,
criando o Espaço
Ambijovem, des-
tinado a jovens entre os cinco
e os 18 anos.
EA Junta de Benfica está há
espera, há cerca de dois anos,
que a Câmara Municipal de Lis-
boa ceda à Freguesia o “edifício
municipal do antigo quartel do
Regimento de Sapadores Bombei-
ros da Estrada de Benfica, 549, que se
encontra devoluto devido à transferência
da 3ª Companhia do Regimento de Sapadores
Bombeiros para o edifício da Avenida Lusíada”, como
consta do Boletim Municipal de 14 de Dezembro de
Junta de Freguesia de Benfica, o presidente da Câ-
mara tem-se escusado a cumprir aquela delibera-
ção camarária porque invoca uma “manifesta con-
tradição” entre a referida deliberação e um
anterior despacho do vereador Moreira
Marques que, em 2005, teria atri-
buído aquele imóvel aos Serviços
Sociais dos Bombeiros.
No entanto, Domingos Pi-
res frisa que uma deliberação
camarária anula qualquer
despacho dos vereadores e,
consequentemente, desafia
António Costa a cumprir a
decisão já tomada pela Câ-
mara, garantindo que assume
os custos de adaptação do imó-
vel para instalação da Biblioteca
Mário Cesariny, como já foi anterior-
mente aprovado pela edilidade, salientan-
do a sua relevância para a Freguesia e para o seu
vizinho parque escolar.

05
 > terceira idade
JORNAL DE
LISBOA freguesias Sempre a aprender
A Junta de Alcântara, em associação com a Cooperativa Desporto e Cooperação, promove a
criação da Universidade Sénior Afonso Costa. As inscrições já estão abertas, contando com
áreas que vão da História á Informática.

> Zona ribeirinha

Alcântara mantém guerra

a “muralha de aço”
A Junta de Alcântara mantém a oposição à ampliação do porto
de contentores, contribuindo para a recolha de assinaturas
para travar a decisão do Governo apoiada pela Câmara.

O
grupo de cidadãos que se opõe à
construção da “muralha de aço” na
zona ribeirinha de Prazeres e Alcân-
tara, continua a recolher assinaturas
que promovam a obrigatoriedade de
discussão do assunto no Parlamento,
tentando travar a decisão do Governo,
apoiada pela CML, de ampliar a concessão portuária
à Liscont e a consequente triplicação de capacidade
de movimentação de contentores naquela zona.
Esta ambicionada ampliação da capacidade do
terminal de contentores de Alcântara implica a
criação de uma muralha com cerca de 1,5 quilóme-
tros e 12 a 15 metros de altura.
Por outro lado, a zona de Alcântara (“Docas”)
estará interdita à população durante cerca de 6
anos. Toda a actividade lúdica que envolve esta
área terá de ser encerrada, pondo em risco 700
postos de trabalho.
O Grupo de Cidadãos contesta o alargamento da
concessão pelo Estado à Liscont, passando de 30
anos para, na prática, um limite de 57 anos, ou
seja, até 2042. O Tribunal de Contas defende que
deixarão de existir benefícios provenientes da
livre concorrência. M ar co Vidigal
> Santo Estêvão
Antiguidades em Alfama
A Freguesia de Santo Estêvão promoveu a realização
da primeira feira de antiguidades, velharias, artesanato,
coleccionismo e numismática de Alfama. Com a parceria
da Associação de Comerciantes de Alfama (AICSA), esta
mostra de artes e ofícios, sem fins lucrativos e com a qual
se pretende trazer mais animação à vida do bairro, voltará
a repetir-se, com periodicidade quinzenal, pelo menos,
até ao final do ano.
Nos dias 4 e 18 de Dezembro, entre as 9 e as 18 ho-
ras, as bancas ficarão instaladas no Largo do Chafariz
de Dentro, na Rua da Regueira, no Beco da Bicha e no
Largo de São Miguel.

Concurso “Natal, A Mais Bela História”

>> A Junta de Freguesia vai promover e realizar a 4ª edição do Concurso “Natal, A Mais Bela História”,
com o apoio do Centro Comercial Fonte Nova, destinado às Escolas do 1º ao 3º Ciclo do Ensino Básico
e Secundário Oficiais e Particulares e ATL’s.
Este concurso é constituído por diversas etapas, realizando-se uma Exposição dos trabalhos alusivos
à temática do Natal, no período de 6 de Dezembro 2008 a 6 de Janeiro 2009, no Centro Comercial
Fonte Nova. Posteriormente, realiza-se a cerimónia de atribuição de prémios no dia 10 de Janeiro de
2009, na sala de cinema daquele centro comercial.
Antes, concretamente no dia 19 de Dezembro, o Espaço Jovem da Junta de Freguesia de São Domin- > Pena
gos de Benfica vai ser palco de um jantar de Natal, que constitui também uma forma de assinalar o
sucesso das actividades realizadas naquele espaço, contando, por isso, com os jovens que partici-
param nas iniciativas do Espaço Jovem.
Ainda em Dezembro, São Domingos organiza a segunda Feira do Livro, em colaboração com a Editora
Segurança e Cidadania
Sistema J, que se realiza entre os dias 1 a 21 de Dezembro, estando patente ao público entre as 9H00 A Junta de Freguesia da Pena organizou um debate com
às 21H00, em instalações especificamente criadas para o efeito, junto ao Interface de Sete-Rios. o tema “Segurança e Cidadania” em conjunto com o Ins-
Coincidindo com a época do Natal, esta mostra bibliográfica proporciona uma oportunidade singular tituto Alemão. Esta iniciativa contou com a participação
de acesso a livros variados e a custos reduzidos. de Paula Teixeira da Cruz que se debruçou sobre “Causas
Entretanto, com a parceira do Palácio Beau Séjour, a Junta de São Domingos promoveu a or- e efeitos do aumento da criminalidade”, de José Maga-
ganização do bazar de Natal, com carácter solidário, na esteira das Feiras de Artesanato, para lhães, secretário de Estado da Administração Interna, que
corresponder aos anseios dos Artesãos e Instituições que participam naquelas iniciativas. analisou “A responsabilidade do Estado como garante da
Esta iniciativa realizou-se nos passados dias 12 e 13 e contou com a participação de diversas segurança do cidadão e seus bens”, e do comandante da
Instituições e Associações de Solidariedade Social e Artesãos, que contribuíram com parte da Polícia Municipal, André Gomes, que apresentou “A con-
receita para uma instituição da Freguesia. tribuição da Polícia Municipal para a segurança do muní-
cipe”, entre outros participantes.

06
 > Carnide
Histórias à mesa
A Junta de Freguesia de Carnide está a organizar uma iniciativa “Ouvir um grande pequeno-almoço a comer uma grande
história”. Este evento realiza-se todos os sábados, às 10h30, no FalArt Bar do Teatro de Carnide, por 3,5 euros, em que se
inclui o pequeno-almoço e a animação. O número de entradas está limitado à capacidade do espaço.
> São João de Deus
Centro Clínico
aberto à cidade
A Freguesia de São João de
Deus tem um centro clínico
que está aberto a todos os
lisboetas. Para além dos seus
fregueses, o centro clínico
tem protocolos com mais seis
freguesias de Lisboa.
O
centro clínico de São João de Deus
serve a população de sete freguesias,
contando com 15 especialidades para
além dos cuidados de enfermagem.
De acordo com Rui Pessanha da
Silva, presidente da Junta de São João
de Deus, o centro clínico da sua fre-
guesia “está aberto a todos os lisboetas”, pratican-
do preços sociais. A título de exemplo, o autarca
referiu o valor das consultas médicas, cujo preço
é de 35 euros para primeiras consultas e 32,5 euros
para as consultas seguintes.
> Anjos
Projecto cultura integra jovens
A Freguesia dos Anjos tem em curso um projecto de integração
dirigido aos mais jovens, integrado num plano de prevenção de
comportamentos de risco.
E
sta acção promovida pela Junta dos Anjos de-
signa-se Projecto Contacto Cultural, que visa
ocupar os jovens da Freguesia com várias ac-
tividades e cursos, promovendo a sua integra-
ção e a absorção de conceitos de
cidadania, além de pretender preencher
os seus tempos livres com actividades
lúdicas como meio para evitar o desen-
volvimento de comportamentos de risco.
O Projecto Contacto Cultural funcionando
todos os dias das 14h às 21h no Parque Des-
portivo da Freguesia dos Anjos.
Neste mesmo espaço está instalado
um Centro de Inclusão Digital, desti-
nado à formação dos jovens na área da
informática.
Recentemente, o centro clínico de São João de
Deus passou a contar com a especialidade de fi-
sioterapia ao domicílio, destinando-se especial-
mente a doente acamados ou com dificuldades de
locomoção. Esta valência presta apoio especializa-
do de cinesioterapia respiratória, exercícios pós-
operatórios, treino de marcha, exercícios em aca-
mados e doentes neurológicos, além de massagens
de descontracção da coluna.
Nos cuidados de enfermagem, o centro clínico dis-
ponibiliza, entre outros, injecções, vacinas, pensos,
suturas, algaliações e electrocardiogramas, custos
preços variam entre os 50 cêntimos e os 20 euros,
com descontos para pacientes com mais de 65 anos.
Gratuitidade
De acordo com Rui Pessanha da Silva, os serviços
do centro clínico de São João de Deus são gratui-
tos para fregueses que tenham comprovadamente
carências designadamente económicas.
Um princípio que é alargado às restantes fre-
guesias que, através de protocolo com São João de
Deus, os respectivos fregueses são encaminhados
para este centro clínico.
Assim, os utentes provenientes das freguesias
de São Sebastião da Pedreira, Alvalade, Campo
Grande, Nossa Senhora de Fátima, Alto do Pina
e Anjos, cuja carência seja reconhecida pela res-
pectiva Junta de Freguesia são atendidos gratui-
tamente no centro clínico de São João de Deus.
Os custos daí decorrentes são suportados pelas
respectivas freguesias.
O centro clínico está instalado na Avenida Ós-
car Monteiro Torres, nº 19-A, telefone/fax 21-
7972795, telemóvel 91-6127570, funcionando de
segunda a sexta-feira das 09h00 às 20h00.
Noutra vertente da acção da Freguesia dos Anjos, na
Escola EB1 nº 26, funciona o complemento de apoio à
família (CAF), com base num protocolo de cooperação
entre a Junta, a Câmara de Lisboa e o agrupamento es-
colar, que consiste no acompanhamento das crian-
ças por técnicos especializados no prolongamento
do horário escolar e no período de férias. Neste
período as crianças praticam diversas actividades
diárias sobre a orientação das monitoras, como
jogos, pinturas, desenhos, canto e leitura. Nesta
escola, bem como no Jardim de Infância da
Freguesia, o Projecto Intervir é outra das
actividades protocoladas com a edili-
dade, que tem como objectivo prevenir
factores de risco associados às toxico-
dependências e ao insucesso escolar.
07
JORNAL DE
LISBOA
DESAFIOS
PARA LISBOA
Faça que aconteça
É bom que a CML mostre preocupação, no seu último ano
de trabalho, pelo espaço público. O orçamento agora apre-
sentado assim o diz, e por isso vamos
acreditar. Sugiro a mudança dos cri-
térios de gestão do espaço público.
A CML deve ter uma missão mais
de orientação e fiscalização. Uma
visão micro, que atenda à von-
tade dos fregueses e das Juntas
que os representam.
Em 2030, 90% da população
mundial vai viver nas cidades. Se não
formos nós, os lisboetas, cuidar do que é
nosso, quem vai evitar a degradação da cidade?
É uma boa oportunidade para a cidade criar valor.Gre-
en Village.
João Pessoa e Costa Deputado Municipal PSD
Director-Geral Grupo Imobiliário Fernando Martins
Presidente da AMBELIS DE 2OO4 A 2OO7
Azul sim mas nem tanto!
O espaço público é tanto o lugar por onde percorremos
a cidade como o reflexo da sua imagem e identidade.
Com ele se definem os vazios que dão dimensão ao
edificado e luz e cor aos conjuntos que marcam as
paisagens urbanas.
O Marquês do Pombal, mítica Rotunda onde no fim da
Liberdade outra se abriu, O Terreiro do Paço que se quis
do povo e dos comerciantes de Lisboa,
são na nossa cidade, a par do Rossio,
os mais emblemáticos espaços da
nossa cidadania. Não é por acaso
que eles também ao mesmo
tempo os locais de sagração da
liberdade de expressão (aqui se
fazem as grandes manifestações
políticas, sindicais e até as
celebrações do júbilo pela vitórias
desportivas dos clubes da cidade).
Nos dias que correm rápidos em direcção ao Natal os
espaços públicos são também a expressão desta época;
pelas iluminações e o convite à festa que as acompanha.
É por isso estranho vê-los transformados em
cenário de filme de ficção científica por obra de uma
campanha publicitária que não teve em conta o que
eles são e significam.
Quem zela pelos espaços públicos não deu por nada?
Leonel Fadigas Professor de Ordenamento do
Território e Urbanismo (FA/UTL)
Director da Fadigas + Partners
Presidente da Ambelis de 1998 a 2001
 > Artes plásticas
JORNAL DE
LISBOA freguesias Ateliers para idosos
A Lapa organiza para os utentes da Casa do Idoso um Atelier de Artes Plásticas, para
desenvolver actividades como a pintura em tela, madeira, além da moldagem de barro,
promovendo a mobilidade e a destreza manual e a capacidade de expressão.

> Freguesia da Lapa > BE sem vereador

Bloco de Esquerda retira
“Para Uma Nova Vida” confiança a Sá Fernandes
Aproximação ao PS leva a ruptura do BE com o seu
vereador em Lisboa.
Apoiar as famílias com carências económicas através da formação Relacionamento de “factos consumados” e “rela-
ção prévia, alinhada com o presidente da Câmara,
é o objectivo do projecto “Para Uma Nova Vida”. de onde excluiu o Bloco de Esquerda” constituíram

A
Junta de Freguesia da Lapa celebrou um
Protocolo com o Movimento de Solida-
riedade Rural para permitir a criação de
sinergias nas áreas da formação parental
para, nomeadamente, potenciar o pro-
grama “Para Uma Nova Vida”. Este pro-
jecto, que conta com o apoio de outras
Juntas de Freguesia, tem como objectivo a criação de
“uma unidade de apoio social à inclusão de famílias
RSI” (que dependem do Rendimento Social de In-
serção) ou em situação de carência económica e/ou
risco, proporcionando pré-formação às Mães com
crianças até aos 10 anos residentes nas freguesias
parceiras do “Para Uma Nova Vida”.
Esta formação centra-se no balanço e desenvolvi-
mento de competências pessoais, na preparação para
o exercício das responsabilidades familiares no âm-
bito da função parental, na organização de ateliers,
ao longo da formação, dirigidas a todos os elemen-
tos do agregado familiar, no apoio individualizado,
numa relação de confiança, com eventual recurso a
apoio psicoterapêutico e na orientação profissional
e acompanhamento profissional das famílias.
Parcerias sociais
Ao longo do ano de 2008, a Comissão Social de
Freguesia da Lapa tem desenvolvido a sua activi-
dade em dois eixos fundamentais: o primeiro, que
já se encontra em fase de conclusão, corresponde à
elaboração e aprovação do regulamento Interno da
Comissão Social de Freguesia da Lapa. O segun-
do corresponde ao estabelecimento de parcerias
entre os seus membros com vista à cooperação e
com o objectivo de solucionar os problemas mais
graves de pobreza e exclusão social.
Este trabalho tem-se vindo a centrar sobretudo
na resolução de problemas de insalubridade e de
carência. Neste âmbito, realizaram-se várias visi-
tas domiciliárias e reuniões de trabalho, onde se
analisa e programa a actuação seguinte.
De realçar que, este trabalho não poderia ser de-
senvolvido sem o grande empenho da Divisão de
Higiene e Controlo Sanitário da Câmara, da Santa
Casa, da Policia de Segurança Pública, dos Serviços
Sociais do Centro de Saúde e, ainda, dos Serviços
de Saúde Pública do Centro de Saúde da Lapa.
O balanço deste trabalho é muito positivo, dado
que, pela primeira vez na Freguesia da Lapa, lo-
grou-se que os parceiros começassem a trabalhar
em cooperação, possibilitando a criação de respos-
tas com maior eficácia para os problemas sociais,
rentabilizando os recursos existentes.
A Comissão Social da Freguesia - que tem como
objectivos a sinalização das situações mais graves
de pobreza e exclusão social – integra a Conferên-
cia de São Vicente de Paulo, a Santa Casa, a Segu-
rança Social, o Recolhimento de Nossa Senhora do
Carmo da Lapa, os Missionários do Espírito San-
to o Centro Padre Alves Correia, o Sport Lisboa e
Lapa, entre outras entidades.
a gota de água que levou os bloquistas a retirarem
a confiança política a José Sá Fernandes, de acordo
com declarações do líder da concelhia do BE.
De acordo com Luís Fazenda, as posições de Sá
Fernandes quanto à reestruturação das empresas
municipais, a redistribuição de pelouros e o facto
de ter apoiado o projecto para a frente ribeirinha,
assumindo uma posição de “mero voto seguidista”,
levou à ruptura entre o BE e o seu até agora único
vereador em Lisboa.
Neste contexto, a falta comunicação de Sá Fernan-
des e o seu afastamento do projecto bloquista, leva
o BE a concluir, segundo Luís Fazenda, que «isso
significou a antecâmara desta ruptura».
Por seu lado, referindo-se à aprovação do projecto
para a zona ribeirinha e ao alargamento da conces-
são da zona portuária à Liscont, Francisco Louça
considerou ser impossível haver uma concessão
sem concurso público. O líder do BE «nem queria
acreditar» nas palavras do vereador, quando defen-
deu o projecto de ampliação do Porto de
Lisboa. Em Julho, o BE referia que Sá
Fernandes se remeteu a um «mero
voto seguidista» na aprovação
da alteração dos estatutos da
EPUL. Sá Fernandes afirmou
estar desiludido com diri-
gentes do BE, que desvalo-
rizam interesses dos
lisboetas.

barómetro da mobilidade POR Rui Zi n k

Pedalar devagar “Autódromo” da Liberdade

A reprovação pela Assembleia Municipal do plano de ciclovias, A insistência da autarquia em emitir sinais contraditórios.
reconhecendo que é irresponsável promover a circulação de bi- Por um lado promovendo festivais de alta velocidade na
cicletas enquanto a velocidade automóvel na cidade não baixar para níveis razoáveis. Avenida da Liberdade, por outro lado prometendo pedonizá-la.

08

Bom Natal e Feliz Ano Novo
POR Nu n o MELO
>> Deputado do CDS-PP
B
om Natal e Feliz Ano Novo.
Pelo menos, assim se deseja, esperando que os votos que
a época natalícia justifica, transformem o ano seguinte,
numa realidade melhor, do que aquela que o ano que cessa
revelou.
Foi assim sempre. Também em 2007.
Há um ano, desejamos à família, aos amigos e aos conhecidos, que
2008 pudesse ser um pouco melhor.
Mas 2008 foi o que foi. Ou melhor, o que ainda é.
Há muito que Portugal não sentia tempos tão difíceis.
No número de empresas que encerraram, no desemprego que au-
mentou, no custo de vida que se agravou, na crise dos combustíveis,
na conflituosidade social que a mobilização de rua demonstrou, nas
dificuldades da banca que, afinal, não é todo poderosa, em muito mais.
Numa palavra, na CRISE.
Registo-a em maiúsculas!
E faço-o, porque se bem que o nacional pessimismo, tenda a senti-la
muitas vezes por predisposição quase genética, neste caso, o que se
vive, não suscita quaisquer dúvidas.
Com a agravante de que, dizem os analistas mais avalisados, estará aí
Opinião
JORNAL DE
LISBOA
para alguns anos.
A vida neste planeta é feita de ciclos. Todos o sabemos. Melhores,
e piores.
Mas em boa verdade, apesar das dificuldades, a realidade de hoje
mostra-se para já menos “madrasta”, do que a de muitas outras crises
passadas, que a história registou.
Só que nesta Europa dos valores, das conquistas sociais que custa-
ram nesse trajecto de séculos, tantas lutas e tantas vidas, a paciência e
a capacidade de sacrifício também já não é igual à de outras épocas.
Entretanto o país, receoso do que o espera, vai deprimindo.
Apesar de tudo, devemos confiar. Principalmente no nosso Povo, e
na capacidade com que sempre soube dar “a volta por cima”.
Sendo que não há nenhuma razão para que agora deixe de ser assim.
Até porque não há mal que sempre dure.
Pelo que termino, neste ano que finda, uma vez mais, com os votos
que me fazem mais sentido.
Não como expressão de mero ritual que a época natalícia imponha,
mas do desejo que as circunstâncias justificam.
Bom Natal e Feliz Ano Novo.
Que assim possa ser.
 > Terceira idade
JORNAL DE
LISBOA Opinião Linha do Cidadão Idoso
A linha telefónica do Idoso é gratuita e destina-se a prestar todo o apoio que as pessoas necessitam. Basta ligar
o 800 203 531 e terão acesso a toda a informação quanto aos direitos e benefícios dos mais velhos, na saúde,
segurança social, habitação, acção social ou lazer. A linha funciona nos dias úteis das 9h00 às 17h00.

> Instituto de Apoio à Criança (IAC)

Para uma infância feliz

IAC “dá colo” a crianças desfavorecidas e promove
igualdade de oportunidades.
Trocar 5 hospitais
por 1 em Lisboa
POR Modesto Navar r o
>> Deputado municipal do PCP

O
s hospitais dos Capuchos, São José, Des-
terro, Santa Marta e Estefânea estão condenados a
desaparecer por este governo do PS e de Sócrates e
por António Costa na Câmara Municipal.
O então ministro Correia de Campos e o actu-
al presidente da CML engendraram um “acordo

O
estratégico e de colaboração” que será a sentença de morte
para cinco hospitais no centro de Lisboa. As populações das Instituto de Apoio à Criança (IAC) No âmbito da sua actividade, o instituto
freguesias do Alto do Pina, Anjos, Beato, Castelo, Graça, é uma instituição particular de soli- promove acções de ligação à comunidade,
Madalena, Pena, Penha de França, Santa Engrácia, Santiago, dariedade social, sem fins lucrativos, como resultado de actividades de recolha e
Santo Estêvão, São Cristóvão e São Lourenço, São João, São criada em 14 de Março de 1983, por análise de situações e de casos concretos.
Miguel, São Vicente de Fora, Sé, Socorro e Santa Justa vão um grupo de pessoas de diferentes Por outro lado, o IAC tem especialmente
ser obrigadas a deslocarem-se a Chelas, em Marvila, quando áreas profissionais. em conta a actividade lúdica, essencial para
o futuro hospital de Todos-os-Santos estiver a funcionar. Esta associação, dirigida por Manuela a formação do carácter da criança, quer na
António Costa e a Câmara forneceram os terrenos a custos Eanes, fundada por médicos, magistrados, perspectiva da educação, da saúde e da vida
baixos e aceitaram a perda dos cinco hospitais que pertencem professores, psicólogos, juristas, sociólo- cultural, para além de prestar apoio jurídico,
à cidade e aos locais onde estão implantados. À volta deles, gos, técnicos de serviço social, educadores estimular a humanização dos serviços de
há restaurantes, cafés, empresas, mil e uma ligações econó- entre outros voluntários, tem como prin- atendimento à criança e de promover a mu-
micas, sociais e culturais importantes para o tecido urbano e cipal objectivo encontrar respostas para os dança de atitudes. Nas suas relações para o
identitário das freguesias abrangidas e da cidade. problemas da infância em Portugal. exterior, o objectivo é estabelecer contactos
Para António Costa e para o governo do PS nada disso O IAC pretende contri- com entidades nacio-
interessa. O que interessa é abrir um hospital lá longe, em buir para o desenvolvimen- nais e internacionais
Marvila, com 800 camas previstas, e encerrar cinco hospi- to integral da criança, na Instituto de Apoio à Criança congéneres do IAC. No
tais de Lisboa, alguns dos quais com investimentos recentes, defesa e promoção dos seus Largo da Memória nº 14 trabalho de campo, o
saídos do dinheiro dos contribuintes, e que têm 2000 camas direitos em diversas áreas, 1349 -045 Lisboa “SOS criança” previne
disponíveis. quer seja na saúde, educa- Telefone 351 21 3617880 situações de perigo,
Qual será o objectivo? Libertar terrenos para a especulação ção, segurança social ou nos Fax 351 21 3617889 ouve e dá voz à crian-
imobiliária, depois de destruídos os cinco hospitais. Enfra- seus tempos livres. iacsede@netcabo.pt ça, promove e defende
quecer mais o Serviço Nacional de Saúde. Obrigar os doentes Com intuito de informar www.iacrianca.pt os seus direitos, apoia
da cidade a deslocações difíceis, pagando mais no hospital e reforçar relações com di- a família e a integra-
de Todos-os-Santos, que terá uma gestão muito privada e versos grupos e pessoas da ção social, trabalhando
pouco pública e não dará as respostas que os cinco hospitais sociedade, este instituto estimula, apoia e com crianças de rua que apresentam um
dão hoje. divulga estudos e trabalhos de todos os que comportamento de risco.
Construir um novo hospital, para servir a zona oriental da procurem e apresentem métodos eficazes O IAC está presente nos Açores e tam-
cidade e concelhos mais próximos, deixando os hospitais a para a solução de vários problemas. Há tam- bém em Coimbra.
funcionar no centro de Lisboa, seria bom caminho. Mas o bém uma cooperação com entidades públicas Para colmatar a falta de informação sobre
projecto e o acordo do governo PS e da Câmara PS/BE não é e particulares na definição de uma política a criança, o IAC tem um centro de estudos
esse. E, ainda por cima, aprovaram agora uma proposta em nacional de prevenção e protecção à criança e de documentação para a infância (CEDI),
que concedem isenções de taxas para a construção e instala- O IAC promove, segundo os seus esta- permitindo assim, uma eficaz interacção e
ção do novo hospital. São mais umas centenas de milhares de tutos, programas de informação e sensi- interligação entre crianças e adultos.
euros para ajudar o governo PS e a iniciativa privada de mais bilização; estudos, seminários, colóquios O IAC conta com o apoio de estudan-
um banco e/ou seguradora. É “dado e arregaçado”, como se diz e outras iniciativas que permitam o de- tes universitários em áreas da psicologia,
na gíria popular. bate e a reflexão sobre os problemas da psicopedagogia, sociologia, serviço social
Votar no PS para o governo e para a Câmara Municipal infância na sociedade actual; pareceres e e política social. Estes voluntários estão
prejudica a saúde e a vida de todos nós. É uma evidência que outras tomadas de posição sobre aspectos distribuídos por diferentes jardins-de-in-
obriga a uma reflexão séria e a tirar conclusões para combater de política geral relativas à promoção dos fância, escolas do 1º, 2º e 3º ciclo do ensi-
o que nos indigna e revolta direitos da criança. no básico e centros de saúde. Marco Vidigal

10
 Portugal
> São José
Cursos de Português JORNAL DE
A Junta de São José está a organizar novos cursos de Português para estrangeiros, como
meio de promover a sua integração social e profissional. São José inicia agora o segundo LISBOA
curso de iniciação, e outro, de segundo grau, para estrangeiros com mais habilitações.

> Orçamento 2009 > Processo Casa Pia

Carlos Cruz
Divorciados pagam mais IRS cometeu “suicídio”.
O procurador do Ministério Público,
João Aibéo, no âmbito do processo
O Orçamento para 2009 prevê um agravamento do IRS para quem Casa Pia, criticou Carlos Cruz, con-
pague pensões de alimentos. As deduções caem para 20%. siderando que o apresentador de
TV cometeu um grave erro, quando

A
decidiu ir às televisões defender-
proposta socialista para o Orçamento se. Carlos Cruz, que tem ao todo seis
de 2009 acaba com a actual dedução acusações por abuso sexual, diz que está
da pensão de alimentos no IRS pela “sereno”, esperando pelo fim do processo.
totalidade. Se a proposta rosa for
aprovada, apenas 20% das pensões de
alimentos são dedutíveis ao imposto a pagar.
Esta alteração, que vinha a ser defendida há > Ano eleitoral
muito por associações de famílias numerosas,
vem acabar com os “ganhos fiscais” que eram
deduzidos no imposto, acabando com a dis-
CML reforça
torção do imposto em relação aos casados que, investimento em 2009
em muitos casos, permitia grandes vantagens
fiscais com o divórcio nomeadamente de ca- O executivo de António
sais com elevados rendimentos. Costa pretende investir
Por outro lado, o governo propõe que os cerca de 46 milhões de
proprietários de carros a gasóleo passem a euros a partir de 2009. A
pagar mais 250 euros de IRS, para além de a reabilitação urbana con-
fiscalidade ser agravada na importação de car- Fisco nos Bancos tará com 20,2 milhões de
ros usados, passando a ser também taxados os No documento governamental determina-se euros, para os espaços
até agora isentos carros de colecção ou antigos que em relação aos devedores fiscais, os ban- públicos/espaços verdes
(anteriores a 1970). cos e sociedades financeiras são obrigadas a estão previstos 21 mil-
Como alegado estímulo à economia, o Ex- transmitir às Finanças a abertura e manuten- hões de euros e o parque
ecutivo propõe a isenção do IVA aos fornece- ção de contas, além de terem de comunicar escolar da capital vai ab-
dores de exportadores, caso as suas vendas as transferências internacionais dos seus cli- sorver cinco milhões de
sejam superiores a 1000 euros. entes que devam dinheiro ao fisco. euros de investimento.
 ficha técnica Director Francisco Morais Barros Editor Colunas
de Opinião - Comunicação Unipessoal, Lda. R. D. Estefânia, nº 177, 2º C
1000-154 Lisboa Portugal Propriedade Francisco Morais Barros
JORNAL DE LISBOA Design DesignGlow www.designglow.com
Impressão Grafedisport
Estagiário Marco Vidigal
Tel 21-3304348 | Fax 21-3304347 | NIPC 508360900 | Nº de Registo na ERC 125327 | Depósito Legal: 270155/08 | Tiragem mínima: 30.000 exemplares | Periodicidade: Mensal

Editorial
H
á cerca de três, quatro meses, muitos
destacados dirigentes dos partidos da oposição
desejavam que se chegasse à discussão do
Orçamento para 2009, porque acreditavam que
E reforçar, por isso, a sorte de Sócrates. Mas, tudo tem limites. Não
é crível o primeiro-ministro insistir que Portugal é um oásis, que
não está, nem vai entrar em recessão. Lembre-se que cerca de 80%
das nossas exportações vão para mercados que estão em crise. E

A crise era a oportunidade para demonstrar a fragili-

dade do Governo de José Sócrates e a sua incapacidade de resistir
às tentações eleitoralistas. Entretanto, rebenta a crise financeira
e o oásis global. Para grande sorte de Sócrates, escancaram-se as portas da
inevitabilidade de fazer um orçamento gastador, para compensar,
através do Estado, o definhar da débil economia nacional e, assim,
dar um “bodo aos pobres” em cima das eleições. E, na oposição
não há espaço nem forma de dizer que não. Sob pena de, quem o
fizesse, capitalizar todo o odioso do desespero que percorre o país.
que o valor do euro impede, na prática, a conquista de novos mer-
cados. Antes, outros oásis também secaram.
P.S. Chegados ao fim de 2008, quero deixar uma nota de reco-
nhecimento a todos os Leitores e Parceiros do Jornal de Lisboa,
que determinaram a consolidação deste projecto. E deixo um
especial agradecimento a Helena Roseta, Nuno Morais Sarmento,
Nuno Melo, António Modesto Navarro, João Soares, Manuel João
Ramos, Isabel Goulão, Rui Zink, Leonel Fadigas e João Pessoa e
Costa que têm abnegadamente contribuído para a qualidade do
Jornal de Lisboa.

> Prazeres
Por Manuel João Ramos

Deputados ouvem peticionistas

O
presidente da Junta dos Prazeres, integrado no grupo de ci-
dadãos que se opõe ao aumento da concessão do porto de Al-
cântara à Liscont, reuniu-se com a Comissão Parlamentar de
Obras Públicas. Os deputados manifestaram interesse em ouvir os
argumentos dos contestatários, salientando ser importante verifi-
car que o exercício da democracia não se esgota nos partidos.

> Santa Isabel

Árvores na D. João V
A
Câmara cedeu às exigências da Junta de Santa Isabel, colocan-
do árvores na Av. D. João V, exigência antiga. Entretanto, o pro-
grama de limpeza de grafittis continua na Freguesia, com mais
cinco ruas a beneficiarem da limpeza do edificado. Para marcar a
época do Natal, Santa Isabel distribui cabazes de Natal a famílias
> Freguesia da Sé carenciadas e organiza o concerto natalício na Igreja da Freguesia.

Cabazes sociais
Apoio a carenciados
A
Junta da Sé vai reforçar a componente so-
cial dos cabazes de Natal, dando preferência A Junta de Freguesia do Socorro Ainda no âmbito de apoio aos
a produtos de primeira necessidade, como marca a comemoração do Natal, mais desfavorecidos, a Junta do
leite, azeite, açúcar, arroz e conservas. Ain- para além da iluminação das ruas Socorro tem desenvolvido acti-
da no âmbito natalício, a Sé organiza uma festa, da Freguesia, com a realização da vidades dirigidas especialmente
em que serão distribuídos brinquedos a crianças da peça de teatro “A Casa da Avozi- aos sem-abrigo, nomeadamente a
Freguesia. Dia 14, realiza-se a segunda edição do concerto de Natal na Igreja de nha”, mais dirigida para as crian- disponibilização dos balneários da
santo António. Entretanto, os cuidados de saúde proporcionados pela Junta passam ças, e com a entrega de cabazes Freguesia, para banhos e lavagens
a facultar consultas médias gratuitas às segundas-feiras entre as 16h00 e as 17h00, de Natal aos fregueses maia de roupa, além de apoiar o Centro
serviços de enfermagem gratuitos às segundas, quartas e sextas-feiras das 11h00 às carenciados que se tenham inscrito de Dia da Santa Casa, nas festas
para beneficiar deste “presente” da natalícias e no S. Martinho, com o
12h00, e consultas de dentista, a 20 euros, às quintas-feiras das 10h00 às 13h00.
Freguesia. magusto para aquela população.
barómetro

O Bloco chegou à conclusão que o Zé não faz falta. E o

Zé chegou à conclusão que, afinal, o Bloco não entende
como se trabalha a favor dos munícipes. Será que Sá
Corrida
Fernandes vai fazer falta a António Costa? em Janeiro
São Domingos organiza a II
Corrida da Freguesia, prova de
atletismo para pessoas de todas
Paulo Portas tem inegáveis méritos políticos. Vai sa- as faixas etárias. A prova com
ber aproveitar a desorientação que atravessa as ba- percurso de cerca de 8 Kms,
ses e os eleitores do PSD. Vai saber fazer da divisão atravessa as principais artérias
da Esquerda um trunfo. A anunciada equidistância de São Domingos de Benfica,
entre PS e PSD é o primeiro sinal. De lucidez. realiza-se dia 4 de Janeiro.
Concurso
de Presépios
A Freguesia de São João de
Brito organiza o 8º con-
curso de Presépios. Podem
concorrer todos os alunos e
professores das escolas da
Freguesia. O concurso conta
com quatro categorias, desde
o 6 até mais de 31 anos.

12