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• A principal preocupação de Piaget ao observar uma criança era elaborar uma teoria do
conhecimento. Queria saber como o mundo é conhecido. Como as crianças pensavam para chegar
nas soluções dos problemas.
• Piaget via a criança como alguém que interage com o ambiente na tentativa de conhecê-lo.
• Percebeu que de acordo com a faixa etária, a criança possui estruturas mentais que facilitavam
a sua adaptação ao meio.
• Estudou processos cognitivos. O desenvolvimento cognitivo é um processo gradual de aquisições
de habilidades nos seres humanos, no sentido de obterem conhecimento e se aperfeiçoarem
intelectualmente. Ele sofre um processo normal de SOFISTICAÇÃO. Esta passagem de menor
complexidade para maior complexidade pode sofrer interferências ambientais.
• Para Piaget o ser humano é capaz de pensar, aprender, evoluir – é racional, ativo, toma decisões,
possui livre arbítrio, MAS tem que assumir responsabilidades.
• O indivíduo constrói seu mundo a partir de suas experiências. Ele é agente do seu
desenvolvimento (crescimento) mental. Constrói sua inteligência.
• Piaget achava difícil usar testes de inteligência, pois a cada dia a criança pode tornar-se mais
inteligente. A inteligência não pode ser medida, pois é dinâmica e está em constante evolução.
(Conflito de Piaget com a Psicologia que utilizava muitos testes na época – ele ia pesquisar o por
que do erro da criança, pois às vezes nós é que não sabemos entende-las).
Conceitos fundamentais:
- Hereditariedade – A inteligência não é herdada. Herdamos as estruturas biológicas que
favorecem o aparecimento de estruturas mentais. Nenhuma criança deve ser
considerada incapaz de fazer algo por não ter herdado isto dos pais. Ela tem toda uma
vida para aprender.
- Esquemas – Sensoriais e motores inicialmente e depois passam a ser mentais. São
disposições comportamentais específicas. Por exemplo:
1. Esquema de preensão – cada vez que colocamos algo na mão de um indivíduo, este
tentará segurá-lo. (este é um esquema inicialmente sensório motor, pois a preensão é
um reflexo. Mas, depois que a criança perde os reflexos, o esquema passa a ser
mental, pois ela aprendeu a segurar).
2. Esquema de alguém, como a mãe. O Esquema de mãe – A criança se habitua à voz, ao
cheiro e ao toque da mãe, à figura física da mãe e os sentimentos que a criança tem
por ela e cria um esquema. À medida que a criança vai crescendo, o esquema vai se
modificando.
- Adaptação – Quanto mais a criança conhece algo, mais ela acha fácil lidar com isso. Dois
processos de adaptação:
- Assimilação (Absorver um conceito transmitido num esquema) - O indivíduo
enfrenta uma nova situação usando as estruturas mentais antigas. Por exemplo: Uma
criança aprendeu a subir uma escada e quando se depara com uma escada nova, que
ela nunca experimentou antes, ela vai usar o conhecimento adquirido anteriormente
e vai subir também.
- Acomodação (fixar o que foi aprendido – modificar o esquema) – O indivíduo muda
estruturas antigas com a finalidade de enfrentar situações novas. Por exemplo: Uma
criança aprende a andar de bicicleta. Depois ela ganha uma bicicleta com marcha e
não vai saber andar. Ela tem que modificar suas aquisições antigas (esquemas)
acrescentando mais informações. (ou seja, modificou um esquema anterior em
resultado nas novas informações absorvidas pela assimilação).
- Equilíbrio – Organização mental das impressões sensoriais. A criança sempre está
lutando por coerência, visando permanecer em equilíbrio.
ESQUEMAS: AÇÕES BÁSICAS DE
CONHECIMENTO INCLUINDO
AÇÕES FÍSICAS
/SENSORIAIS/MOTORAS
(PEGAR, OLHAR) E AÇÕES
MENTAIS (CLASSIFICAR,
COMPARAR).
ASSIMILAÇÃO: PROCESSO DE
ABSORVER ALGUM EVENTO OU
EXPERIÊNCIA EM ALGUM
ESQUEMA. É UM PROCESSO
ATIVO.
ACOMODAÇÃO: PROCESSO
COMPLEMENTAR, QUE ENVOLVE
MODIFICAR O ESQUEMA EM
RESULTADO DAS NOVAS
INFORMAÇÕES ABSORVIDAS
PELA ASSIMILAÇÃO. O
PROCESSO DE ACOMODAÇÃO É A
CHAVE PARA A MUDANÇA
DESENVOLVIMENTAL.
(MUDANÇAS DE ESTRATÉGIAS)
De acordo com Piaget, para cada faixa etária existiriam maneiras diferentes de adaptação
com o meio através da interação. Por isso Piaget chamou de Períodos desenvolvimentais, as
etapas em que novas aquisições mentais são adquiridas. Para estas aquisições novas é preciso
ter um esquema anterior.
Representa a conquista de todo o universo prático que cerca a criança. Isto é, a formação dos
esquemas sensoriais motores irá permitir ao bebê a organização inicial dos estímulos
ambientais, permitindo que ele tenha condições de lidar com as situações que lhe são
apresentadas. Evolução gradual que vai dos atos reflexos (inatos), até os comportamentos
mais variados e complexos (feitos com intenção – daí são considerados propriamente
inteligentes).
Há a exploração do mundo através do seu próprio corpo.
Transição para o período pré-operatório. Nesta fase se inicia a representação mental dos
acontecimentos.
A criança continua a fazer as coisas através da tentativa e erro, porém nesta fase, ela tem o
momento da interrupção. É como se ela parasse de tentar e imaginasse mentalmente um modo
melhor de conseguir. (Experimento de Piaget: Uma caixa de fósforos com um furo foi dada
para crianças colocarem um barbante. A criança do 5º estágio tenta várias vezes através da
tentativa e erro até de repente acertar. Já a do 6º estágio, tentou uma vez, e ao ver que não
conseguiu, parou, olhou para o barbante, fez uma bolinha com o mesmo e colocou no buraco -
solução mental).
Também há o aparecimento da linguagem, confirmando a existência da capacidade de
representação mental.
Permanência do objeto: A criança tem condições de saber se um objeto está ali mesmo não
fazendo parte de seu campo visual?
Quais são as reações do bebê ao desaparecimento de objetos?
Com o desenvolvimento, o bebê vai adquirindo reações diferentes frente ao aparecimento e
desaparecimento do objeto.
Durante os dois primeiros substágios não há reação ativa da criança. Ela não procura o
objeto escondido, pois ainda não existe o CONCEITO de objeto. Os objetos tornam-se
importantes principalmente no segundo estágio, porém como estímulos visuais. Não há a noção
do objeto permanente.
Estágio 3 – Há uma busca ao objeto desaparecido, embora restrita à trajetória do movimento.
A procura não é ativa. (Se o bebê olha para um objeto colorido e você o tira de seu olhar, ele
pode reencontrá-lo visualmente se ele estiver em um ponto da trajetória que percorria).
Estágio 4 – A criança busca ativamente os objetos que são tirados de seu campo perceptivo e
a busca não se limita à trajetória que o objeto vinha seguindo. Por exemplo: Se você esconde
um brinquedo em baixo de uma almofada, a criança que presenciou todo o processo, vai
diretamente procurar o brinquedo neste lugar e o encontra. Mas, se você esconder novamente,
em baixo de outra almofada, a criança procurará onde encontrou o brinquedo da primeira vez.
Há a coordenação tátil com visual (O objeto perdido é o mesmo que o encontrado e que o bebê
sente com as mãos).
Estágio 5 – A criança já leva em consideração os deslocamentos sucessivos do objeto.
Procura-o ativamente num primeiro ou segundo lugar escondido. Já tem noção da permanência
deste objeto. (ele está em algum lugar, e não desapareceu).
Mas, ainda não leva em conta movimentos invisíveis, como por exemplo, quando você esconde
um objeto na mão e depois o esconde embaixo de uma almofada sem que a criança veja. Ela irá
procurar o objeto na sua mão, ou seja, procurará o objeto no ponto em que ele foi visto da
última vez.
Estágio 6 – A criança entende a existência do objeto (adquire a noção do objeto – ele existe
mesmo que não faça parte de sua percepção visual). Leva em conta os movimentos invisíveis
(há a procura mesmo que haja desaparecimentos invisíveis longe de seu campo visual).
Período Pré-operacional (2 à 6/7 anos)
- EGOCENTRISMO SOCIAL:
BRINQUEDO PARALELO (A criança é capaz de estar junto, mas não de
brincar junto-Cada uma brinca com seu brinquedo. Não há planejamento de
brincadeiras).
CONCLUSÃO:
NOVOS TEMAS:
• Desenvolvimento da memória e da estratégia (decorar, agrupamento,
elaboração e busca sistemática).
• Perícia (conhecer bem um assunto determinado): “A Perícia faz qualquer um
de nós parecer muito inteligente, cognitivamente avançado; a falta de
perícia nos faz parecer muito burros” (Flavel, 1985).
• Variabilidade no pensamento das crianças (várias formas de resolver os
mesmos problemas).
Período das operações formais:
12 anos em diante (até 16 anos mais ou menos)