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Departamento de História
Cadeira: HCMC
Docente: Professora Doutora Fátima Nunes
Janeiro de 06
«Revolução» ou a prática cultural das Luzes? O caso Português
Ana Rita Faleiro – n.º 18889
Índice:
-----------------------------------------------------------------------------------pg. 13
5. Bibliografia --------------------------------------------------------------------pg. 21
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«Revolução» ou a prática cultural das Luzes? O caso Português
Ana Rita Faleiro – n.º 18889
1 - Prólogo:
Antes de se iniciar este breve relatório, creio ser necessário explicar porque
razão estes textos me pareceram de tal modo pertinentes que me tenha decidido a
escolhê-los.
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Para Mably, o primeiro autor que Ozouf refere, qualquer revolução deve ter um
carácter de utilidade, quer dizer, devem ter um carácter útil à pátria. É importante
notarmos que este carácter de utilidade é igualmente um dos conceitos fundamentais das
Luzes, em todos os aspectos da vida quotidiana, em todas as áreas do conhecimento e de
acção. Na época ilustrada, na época das Luzes, tudo tem que ser útil. Logo, toda e
qualquer revolução deve ter um carácter útil. Para além disso, Mably fala ainda do que
para ele são os objectivos de uma revolução: “(...)a eliminação dos abusos, o
enfraquecimento da prerrogativa monárquica, a institucionalização dos direitos da
Nação. A isso resume-se a Revolução.” (pg. 840).
1
Cujo paradigma se encontra na Encyclopédie de Diderot e d’Alembert.
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ideias, as novas políticas, que mostram aos cidadãos o que se passa noutros países.
Obviamente, isto vai permitir ao público leitor formar a sua própria opinião acerca dos
assuntos e mais cedo ou mais tarde vai ajudar à formação de correntes de opinião
contrária ao regime, facilitando assim o eclodir de rebeliões (que poderão mais tarde ser
ou não apelidadas de revoluções, consoante a sua vitória ou derrota).
Mas será que apenas existem estes conceitos das Luzes aplicados ao termo
“revolução”?
Todas estas questões são por demais importantes para serem deixadas de lado, e
mereceram grande atenção por parte de estudiosos e nomes tão conhecidos como sejam
Bossuet, Voltaire, Mably.
Em primeiro lugar, uma restauração do inicial. Que quer isto dizer? Quer dizer
que não é uma restauração do anterior mas sim do que existia primordialmente. Os
direitos do Homem. Por isso mesmo, o conceito de restauração dá rapidamente lugar ao
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Mas uma revolução não se faz do nada. Tem que existir algo que leve as pessoas
a revoltarem-se, e têm que procurar algo. Neste caso, no âmbito das Luzes, o que as
pessoas procuram é a felicidade individual (uma vez que o Homem é o centro do
Universo). E é este outro dos conceitos fundamentais das Luzes que sem dúvida
podemos encontrar na dinâmica das revoluções: a procura da Felicidade pelos cidadãos.
Mas que mais se procura quando uma revolução eclode? Obviamente, Liberdade
(que, lembremos, acabou por ser parte do “lema” da Revolução Francesa...). E o que se
obtém com esta liberdade?
São todos estes conceitos que se encontram quando se pretende definir o que é
uma revolução, e assim se percebe de que modo os conceitos que nascem com as Luzes
“pulverizam” toda e qualquer revolução que seja posterior a esta época.
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Esta é sem dúvida uma questão difícil de responder. Não há consenso para uma
definição de “Luzes”, uma vez que cada escola historiográfica (e mais propriamente
cada pessoa) vê, pensa, sente e transmite as “Luzes” de um modo diferente.
É esta a visão que Kant nos transmite (e a qual não nos deve espantar não só
porque Kant era, ele próprio, possuidor de um espírito cosmopolita mas também porque
o cenário europeu, desde finais de 1770 era devastado por sublevações, revoluções,
contestações, que deviam todas elas encontrar a sua justificação em qualquer lugar).
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que o fenómeno das “Luzes” é considerado como sendo uma vítima da Revolução
Francesa e não como o seu causador.
A agravar este facto, temos que o séc. XIX (puro apogeu do Romantismo) é
completamente incapaz de pensar nos dois acontecimentos de forma independente,
ligando sempre um ao outro, apresentando inevitavelmente uma relação causa-
consequência. Isto é uma tendência que vem desde o séc. XVIII, em que Augustin
Barruel, no ano de 1797 produz uma grande quantidade de críticas às “Lumières”.
Assim se conclui que, segundo este ponto de vista, “Luzes” não são algo que
possa justificar tais acções.
No entanto, depois de ter lido e analisado estes textos... o que são para mim as
“Luzes”?
Apesar de ainda não ter a autoridade suficiente para apresentar uma “definição”
minha de “Luzes”, creio já poder apresentar os pontos que eu considero serem os mais
característicos deste fenómeno.
Através deste ousar conhecer, aparece o espaço público, pois a informação deve
chegar a todos (mesmo a quem mal sabia ler; daí que a imagem na imprensa seja tão
importante). Espaço público este que é caracterizado por todos os conceitos que atrás já
referi, e o qual também é ajudado na sua construção através de viagens científicas,
literárias, filosóficas. É um cosmopolitismo que se começa a instaurar por todo o lado,
apesar de ser um processo lento. As mentalidades não se mudam de um dia para o outro.
Quanto às correntes que afirmam que a Ilustração foi uma vítima da Revolução
Francesa, esta posição percebe-se facilmente, pois foi aquela vista como causadora de
correntes reaccionárias na sua busca por direitos fundamentais do homem. No entanto,
na minha opinião, uma revolução deve ser vista como uma efectiva prática cultural
das Luzes, e não como algo independente dela.
Acredito que os conceitos das Luzes estão todos interligados, produzindo uma
espécie de círculo vicioso, que conduzirá mais cedo ou mais tarde, dependente do grau e
intensidade da sua aplicação, a reformas e rebeliões, provavelmente a revoluções.
Por esse motivo, não consigo fazer distinção entre aplicação do modelo das
Luzes e Revoluções. Para mim, são uma e a mesma coisa.
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Quando se fala em “Luzes” para Portugal, o nome que automaticamente nos vem
à cabeça é o de Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido por Marquês de
Pombal, pois é este homem o considerado como reprsentante do despotismo esclarecido
no nosso país. Um aspecto fundamental no modelo pombalino, atenção, é o facto de ele
introduzir as ideias iluministas mas conservando ao mesmo tempo aspectos do
absolutismo e da política mercantilista.
2
A nível religioso, as suas reformas mais importantes, para além da expulsão dos judeus, foram
as seguintes: em 1768 os nobres anti-semitas (ou puritanos) são obrigados a casar os seus filhos com
famílias judaicas. Será que haveria motivações económicas por trás? É provável, mas não há nada que o
prove. Em 1773 anula todas e quaisquer diferenças entre cristãos-velhos e cristãos-novos, proibindo
inclusivamente a utilização de tal termo quer por escrito quer oralmente, instituindo pesadas penas para
quem desobedecesse. Finalmente, em 1774 anula a inquisição portuguesa, pois emite um decreto em que
qualquer pena da Inquisição estaria dependente de sanção real.
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Mas o que dizer do modelo de D. Maria? Em primeiro lugar, que o seu governo
teve três grandes preocupações: reparar as "ofensas" a Deus, moralizar a vida pública e
governar em certos campos de uma forma mais progressiva.
Apesar de, religiosa como era, ter querido restaurar a Companhia de Jesus em
Portugal, o seu confessor convenceu-a a não o fazer, alegando que a própria ordem
religiosa já teria sido extinta e que uma hipotética re-admissão seria prejudicial ao país,
uma vez que já várias grandes potências tinham adoptado essa medida.
4 Meritocracia (do latim mereo, merecer, obter) é a forma de governo baseado no mérito. As
posições hierárquicas são conquistadas, em tese, com base no merecimento, e há uma predominância de
valores associados à educação e à competência.
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Penso que o mais importante a reter será de que D. Maria não teve, tal como a
historiografia pensou durante muito tempo, medidas verdadeiramente anti-pombal (a
única medida verdadeiramente anti-pombal teria sido reabilitar os Távoras, dilema que
assolou a alma da rainha mas que acabou por não se efectuar 7). No entanto, creio que
isto apenas terá acontecido porque a rainha terá tido a seu lado personagens influentes
(como por exemplo o seu confessor, o arcebispo de Tessalónica, ou outros homens de
estudo e ilustrados) que a ajudaram a governar o país noutro sentido que não o de
confrontos directos com políticas anteriormente tomadas.
São então, brevemente, estes os dois modelos da prática das Luzes em Portugal.
5
Obra que ficou a cargo do Intendente da Polícia (cargo criado pelo Marquês de Pombal) Pina
Manique.
6
Apesar de não ter encontrado nenhuma documentação sobre isso, penso que poderá ter a ver
com o factor de exibição do corpo, algo que a Igreja condena.
7
Facto que foi inclusivamente retratado em imagens de propaganda.
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científica, tal como o caso de “Anais das Ciências, das Artes e das Letras”, publicado
em Paris.
Será talvez curioso notar que um dos únicos jornais portugueses publicados em
Paris, primeiro baluarte das ideias Iluminadas, tem de facto uma índole que não se
encontra noutro jornal de exílio, e que isto sem dúvida vem aumentar um pouco a
confusão do “mente-moto” cultural. Para além disso, um jornal de carácter científico
está de acordo com os ideais iluminados de transmitir e desenvolver o conhecimento
técnico com carácter utilitário, inserindo-se assim sem problemas de espécie alguma no
conceito de espaço público em Portugal.
Passo a explicar.
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conhecimento útil, verdadeiro, mas também muitas vezes condutor (na medida em que
pode funcionar como espaço de propaganda)8.
8
Há aqui um paradoxo do qual eu tenho consciência. O próprio Kant admite que através do uso
público da razão os ouvintes tomam contacto com outros conhecimentos – e aqui entram mais uma vez
todos os conceitos de Luzes, como as ideias em movimento, ou a busca de felicidade, ou um ensino para
todos. No entanto, as Luzes (e mais particularmente Kant) também advogam que cada homem deve ser
capaz de pensar livremente. Porém... como pode alguém pensar livremente se alguém lhe está a dizer que
está a pensar de modo errado, e que se deve pensar de outra maneira ou ver as coisas de outra maneira?
Não será isto um pouco o papel do uso público da razão, fundar o seu objectivo num paradoxo? Fica a
reflexão...
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Creio então que ficou demonstrada a maneira segundo a qual o espaço público se
manifesta em Portugal e a maneira segundo a qual não só é influenciado pelas correntes
estrangeiras mas também a maneira como influencia (e aqui contradiz o seu objectivo
fundamental de emancipar as mentes das pessoas) a tomada de consciência do que é ser-
se cidadão.
Depois desta análise aos conceitos de revolução, depois desta análise dos
conceitos de “Luzes”, depois de analisarmos inclusivamente o que foram as Luzes em
Portugal, falta-me apenas para concluir o meu trabalho, e antes do epílogo, tentar
perceber se a nossa identidade nacional (claramente baseada numa grande desordem
político-social) foi construída com base em reformas/rebeliões ou em verdadeiras
revoluções.
9
Não nos esqueçamos que a Inglaterra era o nosso “aliado natural”, por assim dizer, e que esta
grande potência e a França eram inimigas quase viscerais. Assim, não é difícil perceber a complicada
situação em que Portugal se encontrava.
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o regresso tão esperado apenas se deu em 1821, depois da Revolução Liberal ter
ocorrido.
A partir desta altura acentua-se fenómeno dos exílios políticos, mas será apenas
com o aproximar da revolução de 1820 que este fenómeno se acentua. O meu objectivo,
neste trabalho, no entanto, limita-se a analisar a desordem política e social decorrente da
Revolução Liberal 10.
10
No entanto, devemos ter em atenção que há correntes historiográficas, como a de Alexandre
Herculano, que consideram que a verdadeira Revolução Liberal apenas ocorreu em 1834, depois da
assinatura da concessão de Evoramonte.
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mas sim, no máximo, como revoltas ou rebeliões. É o caso, mais tarde, das revoltas
populares como foi a da Maria da Fonte, que antecede a Patuleia.
Importa sim realçar a sua importância enquanto herdeiros das ideias das Luzes,
uma vez que lutaram e digladiaram-se pelo que cada um considerava ser o mais útil, o
mais propiciador de felicidade e bem estar para a Nação (estabelecendo um paralelo,
vemos aqui a mesma situação da sociedade francesa no pré-1789).
Apenas para terminar, porque não pensar que foi este o objectivo de homens,
legisladores e reformadores tão importantes para Portugal como o foram Passos
Manuel, Mouzinho da Silveira ou mesmo Fontes Pereira de Melo?...
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Vendo um pouco o que se passa hoje em Portugal, penso que todos nós
concordamos que não nos encontramos numa situação favorável. Na verdade, apesar de
muito sangue ter sido derramando em Portugal em nome da tão procurada Felicidade e
bem-estar da Nação, a ideia que é transmitida para a actualidade é que isto não só não
foi alcançado como está longe de o ser.
Especialistas como Boaventura Santos acreditam que isto é uma situação típica
de cada final de século, apresentando como exemplo o clima de instabilidade,
descontentamento político, pobreza, miséria, que era possível de se encontrar em
Portugal no virar do séc. XIX para o séc. XX. Este estudioso considera ainda que em
Portugal há uma crónica falta de um projecto nacional de desenvolvimento, vazio este
que não foi de modo nenhum colmatado pela integração num projecto internacional (a
actual U.E.).
Ao que parece, os ideais das Luzes terão tido apenas uma perfuração superficial
da sociedade, e não terão sido implantado de forma duradoura, pois na minha opinião,
pelo que vejo e pelo que li, Portugal ainda não adquiriu a felicidade que as Luzes tanto
advogam.
Penso por isso que ainda é necessária ao nosso país uma verdadeira Revolução,
uma verdadeira Regeneração.
Ou será melhor dizer... ainda faz falta, ao nosso país, uma verdadeira prática
cultural das Luzes?...
Fica a questão.
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5 - Bibliografia:
Páginas Internet:
• http://www.instituto-camoes.pt/revista/revista15s.htm (17-Dez-2005);
• http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/maria1.html (17-
Dez-2005);
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• http://www.noticiasdaamadora.com.pt/nad/artigo.php?aid=2070&codd
os (23-Dez-2005);
• http://www.arqnet.pt/dicionario/maria1.html (27-Dez-2005);
• http://www.culturabrasil.org/contestacoes.htm (27-Dez-2005);
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_liberal_do_P
orto (31-Dez-2005);
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_Jos%C3%A9_de_Carv
alho_e_Melo (31-Dez-2005).
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