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Manuela Paredes Página 1
O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de
operacionalização (Parte II) – Acções Futuras D1
terceiro tópico “São desencadeadas acções com vista à partilha, discussão e
aprovação da missão e objectivos da BE nos órgãos de administração e gestão
(conselho geral, director, conselho pedagógico) departamentos curriculares e
demais estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica.”, na
medida em que implica a intervenção dos vários órgãos da escola, o que vai
tornar o processo moroso o trabalho da equipa da BE. Não significa com isto
que a BE possa ou deva ter autonomia total (o que nem sequer é desejável),
mas que essas acções de partilha se restringissem ao Director que, se achasse
pertinente e indispensável, as levaria à discussão do Conselho Pedagógico.
Parece-me que o processo se tornaria funcional (não esqueçamos que cada
um dos órgãos referidos e os departamentos têm, também eles, uma longa lista
de objectivos a cumprir e que por inerência a BE já está incluída).
Nesta linha de pensamento inclui-se, nas “Acções para a
melhoria/exemplos” o primeiro tópico “Realizar reuniões com departamentos
curriculares e demais estruturas de coordenação educativa e supervisão
pedagógica que discutam e definam os objectivos e a missão da BE.”, mais
uma vez de muito difícil execução, se pensarmos no número de reuniões a que
estão sujeitos os docentes ao longo do ano. Esta será uma sobrecarga inútil,
mesmo pelo facto do Regulamento Interno da escola já contempla essa
missão, que passo a transcrever:
Artigo 24
(…)
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este último, nos termos da lei (por concurso), ouvido o Conselho
Pedagógico.
i. O aluno membro da equipa educativa de gestão da biblioteca
escolar é indicado, nos termos do presente regulamento, pela
respectiva Associação de Estudantes ou, não a havendo legalmente
constituída, pelo Director.
ii. Os docentes membros da equipa educativa de gestão da biblioteca
escolar são indicados pelo Director, um por cada departamento
curricular.
b) Ao Coordenador da Biblioteca Escolar são atribuídas as seguintes
funções:
i. Coordenar a equipa educativa de gestão da Biblioteca Escolar.
ii. Promover a integração e a relação da Biblioteca Escolar com o
conjunto da Escola.
iii. Assegurar a gestão da Biblioteca Escolar e dos recursos humanos e
materiais a ela afectos.
iv. Definir e operacionalizar, em articulação com o Director, as
estratégias e actividades de política documental da escola.
v. Favorecer o desenvolvimento das literacias, designadamente da
leitura e da informação e apoiar o desenvolvimento curricular.
vi. Elaborar o relatório anual de reflexão crítica a entregar ao
Coordenador do Conselho das Estruturas e Actividades Educativas e
Curriculares não Disciplinares.
Um outro aspecto que a/s BE/s deveriam deixar de fazer é a que concerne o
indicador D.1.4. e faz parte dos “Factores críticos de Sucesso”, o terceiro
tópico: “Os instrumentos de recolha de informação são aplicados, de forma
sistemática, e no decurso do processo de gestão.” . Este tópico parece-me, em
primeiro lugar, uma forma de avaliar/controlar o trabalho da BE. Mas não é
esse aspecto que me faz considerar que não deveria ser a BE a fazê-lo (até
porque alguém o fará…). É, acima de facto, porque a equipa terá,
permanentemente de pensar no modo como vai aplicar esses instrumentos,
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perdendo o seu tempo (desde logo, irrisório, não fora a boa vontade de todos)
com aspectos que considero menores, mas que implicam muito trabalho.
Quando se planifica uma actividade e se escolhem os seus destinatários,
facilmente, no final da actividade se mede o grau de sucesso/insucesso e o que
deverá ser melhorado e repensado numa mesma actividade do género (o
problema parece ser a ausência de números, de estatísticas).
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minha realidade este seria um aspecto novo que, reconheço, inicialmente me
parecia totalmente irrelevante, mas, após a análise do Modelo da Auto-
Avaliação de BE não posso deixar de constatar que é uma falha que complica
o processo de trabalho da biblioteca.
A BE poderá promover mais fóruns de leitura, como uma estratégia para
cativar os jovens para a leitura e o debate (esta actividade tem lugar uma vez
por período, mas num molde específico). Nesta nova proposta o livro seria
proposto pela BE, o destinatário seria um grupo específico, que o debateria no
espaço da biblioteca, do qual sairiam as conclusões que seriam registadas na
plataforma do moodle, na disciplina da biblioteca.
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